13.05.2013 Views

Geologia e Recursos Minerais da Folha Aripuanã - CPRM

Geologia e Recursos Minerais da Folha Aripuanã - CPRM

Geologia e Recursos Minerais da Folha Aripuanã - CPRM

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

Diamantina. O mesmo se observa nas amostras<br />

de Cafundó, embora seus teores se aproximem<br />

mais dos <strong>da</strong> Chapa<strong>da</strong>. Duas amostras de Arinos<br />

exibem baixos teores de ETR, talvez por serem<br />

cumulados, com mg# de 76 e 70. As reduzi<strong>da</strong>s<br />

anomalias positivas de Eu se relacionam com a<br />

presença de plagioclásio.<br />

Conclui-se <strong>da</strong>í que as rochas máficas de<br />

Arinos e Cafundó são toleiitos pouco diferenciados.<br />

Embora os processos que resultaram nas<br />

suas características químicas não sejam claros,<br />

ambas não diferem em mecanismos petrogenéticos.<br />

Se não houver restrições de outra ordem,<br />

ambas podem ser interpreta<strong>da</strong>s comagmáticas.<br />

Rochas máficas de Juína - Os gabros de Juína<br />

estão em intima relação com as rochas alcalinas<br />

<strong>da</strong> Suíte Serra <strong>da</strong> Providência, com as quais exibem<br />

relações de mingling, perceptíveis também<br />

nos <strong>da</strong>dos químicos <strong>da</strong>quela suíte. Esta uni<strong>da</strong>de<br />

é mais abun<strong>da</strong>nte na folha <strong>Aripuanã</strong>.<br />

Os resultados analíticos de 9 amostras<br />

constam <strong>da</strong> Tabela 4.8. Os seus valores de mg#<br />

(=100Mg/Mg+Fe [molar]) variam de 57 a pouco<br />

mais de 35, o que reflete ampla diferenciação<br />

magmática. No diagrama AFM (Fig. 4.19A) as<br />

amostras são toleiitos de alto Fe, com algumas<br />

amostras posiciona<strong>da</strong>s próximas ao limite com a<br />

série cálcio-alcalina. A abundância em Fe também<br />

é revela<strong>da</strong> no diagrama <strong>da</strong> figura 4.19B, o<br />

qual também mostra a diferença entre estas<br />

<strong>Geologia</strong> e <strong>Recursos</strong> <strong>Minerais</strong> <strong>da</strong> <strong>Folha</strong> <strong>Aripuanã</strong><br />

Figura 4.22 — Gabros Juína. A: diagrama multielementar; B: padrões de ETR.<br />

43<br />

amostras e as de Arinos e Cafundó.<br />

As relações entre os elementos traços incompatíveis<br />

mostram a natureza <strong>da</strong> fonte e a<br />

forma de evolução do líquido magmático. Assim,<br />

na figura 4.20, que inclui a razão Ti/Zr condrítica<br />

(linha traceja<strong>da</strong>), os gabros de Juína são continentais<br />

e a distribuição <strong>da</strong> maioria <strong>da</strong>s amostras<br />

próximo <strong>da</strong> razão condrítica sugere evolução<br />

por cristalização fraciona<strong>da</strong>. Isto também é<br />

observado em diagrama La x Ce, não mostrado<br />

neste relatório, em contraste com as amostras<br />

de Arinos e Cafundó que não evidenciam de forma<br />

clara a cristalização fraciona<strong>da</strong>, ou a fusão<br />

parcial.<br />

Os diagramas multielementar com normalização<br />

ao manto primordial (Fig. 4.22A) e de<br />

padrão de ETR (Fig. 4.22B) contêm os <strong>da</strong>dos <strong>da</strong>s<br />

amostras estu<strong>da</strong><strong>da</strong>s e os envelopes composicionais<br />

<strong>da</strong>s rochas básicas toleiíticas <strong>da</strong> Chapa<strong>da</strong><br />

Diamantina (Teixeira, 2005). Na figura 4.22A, as<br />

amostras de Juína têm comportamento irregular<br />

(Fig. 4.22A), mas mais harmônico do que as de<br />

Arinos e Cafundó, e, compara<strong>da</strong>s com os gabros<br />

<strong>da</strong> Chapa<strong>da</strong> Diamantina, são sensivelmente<br />

mais ricas na maioria dos elementos. Os teores<br />

mais elevados de Y, Yb e Zr e as anomalias negativas<br />

de Sr e Ti sugerem magmatismo de acentua<strong>da</strong><br />

tendência alcalina. A figura 4.22B mostra<br />

que há enriquecimento em ETR e que estes estão<br />

fracionados, também sugestivo <strong>da</strong> tendência<br />

alcalina destes gabros.

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!