13.05.2013 Views

Geologia e Recursos Minerais da Folha Aripuanã - CPRM

Geologia e Recursos Minerais da Folha Aripuanã - CPRM

Geologia e Recursos Minerais da Folha Aripuanã - CPRM

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

<strong>Geologia</strong> e <strong>Recursos</strong> <strong>Minerais</strong> <strong>da</strong> <strong>Folha</strong> <strong>Aripuanã</strong><br />

Figura 4.15 — Suíte Serra <strong>da</strong> Providência. A: diagrama discriminante de ambientes tectônicos; B: diagrama<br />

discriminante de magmatismo do tipo A. Mesma legen<strong>da</strong> <strong>da</strong> figura 4.13.<br />

constam <strong>da</strong> Tabela 4.7, juntamente com amostras<br />

do granito Canamã (alcalino) e Fontanillas,<br />

não tratados devido ao pequeno número.<br />

Os granitos Rio Vermelho estão agrupados<br />

na tabela em dois conjuntos denominados<br />

Rio Vermelho 1 (RV1) e Rio Vermelho 2 (RV2) que<br />

diferem em algumas características resultantes<br />

de magmatismo complexo. Os teores de SiO 2<br />

predominam entre 66% e 74% e os de Al 2 O 3 são<br />

maiores nos granitos RV2. Os RV2 tendem a<br />

metaluminosos e os RV1 a peraluminosos. Os<br />

índices agpaíticos ((N+K)/A, molar) situam-se<br />

entre 0,7 nas e 0,9, o que caracteriza o magmatismo<br />

como subalcalino. As razões FeOt/<br />

(FeOt+MgO) variam de 0,75 a superior a 0,90 e<br />

mostram tendência transicional ou mistura de<br />

populações de rochas subalcalinas e alcalinas.<br />

No diagrama AFM (Fig. 4.16A) as amostras de<br />

RV1, apesar de muito diferencia<strong>da</strong>s, aparentemente<br />

se colocam paralelas ao eixo AF e são,<br />

portanto, alcalinas, ao passo que as de RV2 se<br />

posicionam ao longo do trend cálcio-alcalino. No<br />

diagrama R1R2 (Fig. 4.16B) as amostras se ajustam<br />

ao padrão subalcalino, com as de RV2 algo<br />

fora do alinhamento. O diagrama multielementar<br />

(Fig. 4.17A) mostra que RV2 é mais rico em<br />

Sr, P e Ti do que RV1, por seu turno mais rico em<br />

Y e Tb, o que sugere a existência de duas linhagens,<br />

uma cálcio-alcalina de alto K (RV2) e outra<br />

alcalina (RV1). Os padrões de ETR (Fig. 4.17B)<br />

são de dois tipos distintos. Enquanto <strong>Aripuanã</strong><br />

e RV1 contêm fortes anomalias negativas de Eu,<br />

RV2 exibe padrões com teores totais semelhantes<br />

a RV1, mas com anomalias de Eu pouco pronuncia<strong>da</strong>s.<br />

A dispersão <strong>da</strong>s amostras no diagrama<br />

<strong>da</strong> figura 4.18 sugere que estas rochas são<br />

de ambiente pós-colisional a anorogênico.<br />

40<br />

Do exposto se conclui que os granitos <strong>Aripuanã</strong><br />

são alcalinos, provavelmente anorogênicos.<br />

Já os granitos Rio Vermelho são, em alguns<br />

locais, alcalinos e semelhantes aos de <strong>Aripuanã</strong><br />

e aos <strong>da</strong> Suíte Serra <strong>da</strong> Providência e, em outros,<br />

são mais compatíveis com granitos cálcioalcalinos<br />

de alto K. Embora o granito Rio Vermelho<br />

seja do Calimiano e se considere o mesmo<br />

no conjunto magmático anorogênico <strong>da</strong> Serra <strong>da</strong><br />

Providência, suas características químicas o colocam<br />

como pós-colisional ou anorogênico (Fig.<br />

4.18).<br />

4.2.3 Magmatismo máfico toleiítico<br />

O magmatismo máfico na área do Projeto<br />

NW do Mato Grosso está representado por três<br />

uni<strong>da</strong>des principais, isto é, (i) gabros Juína<br />

(Calimiano), (ii) gabros de Arinos e (iii) gabros<br />

de Cafundó.<br />

Gabros Arinos e Cafundó – Os resultados analíticos<br />

de 8 amostras do gabro Juína e de 4 do<br />

gabro Cafundó constam <strong>da</strong> Tabela 4.8. Os valores<br />

de mg# (=100Mg/Mg+Fe [molar]) entre 76 e<br />

43 sugerem acentuado fracionamento do magma<br />

original. Os teores de Al 2 O 3 de ambos os conjuntos<br />

de amostras são elevados, o que retrata a<br />

acumulação de plagioclásio. Os termos mais primitivos<br />

provêm do gabro Arinos e os mais diferenciados<br />

do gabro Cafundó, mas ambos pertencem<br />

ao mesmo trend evolutivo toleiítico de<br />

alto Mg (Figs. 4.19A e 4.19B).<br />

Elementos traços incompatíveis dão informações<br />

importantes sobre a fonte e a diferenciação<br />

magmática e o comportamento do Zr e Ti<br />

em líquidos normais é ilustrativo. Como ambos<br />

são incompatíveis, não participam de sólidos em

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!