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Geologia e Recursos Minerais da Folha Aripuanã - CPRM

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Figura 4.2 — Complexo Bacaeri-Mogno, Suíte Vitória<br />

e Granito Morro do Índio. A: diagrama<br />

multielementar; B: padrões de ETR.<br />

Figura 4.3 — Complexo Bacaeri-Mogno, Suíte Vitória<br />

e Granito Morro do Índio. Diagrama discriminante<br />

de Pearce (1996). Mesma legen<strong>da</strong> <strong>da</strong> figura 4.1.<br />

SiO 2 variam entre 62 a 72% e caracterizam a<br />

uni<strong>da</strong>de como a menos diferencia<strong>da</strong> dentre as<br />

estu<strong>da</strong><strong>da</strong>s. O teor médio de Al 2 O 3 é <strong>da</strong> ordem de<br />

15%. As amostras são metaluminosas a<br />

peraluminosas, levemente potássicas, com razão<br />

K 2 O/Na 2 O média de 1,24. As razões molares<br />

(K 2 O+Na 2 O)/Al 2 O 3 inferiores a 0,87 indicam cará-<br />

<strong>Geologia</strong> e <strong>Recursos</strong> <strong>Minerais</strong> <strong>da</strong> <strong>Folha</strong> <strong>Aripuanã</strong><br />

33<br />

ter subalcalino. No diagrama AFM (Fig. 4.1A) as<br />

amostras definem um trend cálcio-alcalino e no<br />

diagrama R1R2 (Fig. 4.1B) a maioria <strong>da</strong>s amostras<br />

se posiciona entre os trends cálcio-alcalinos<br />

normal e de alto K. Quando os <strong>da</strong>dos <strong>da</strong>s<br />

amostras do Projeto Alta Floresta (Souza et al.,<br />

2005) são lançados no diagrama, a uni<strong>da</strong>de é<br />

caracteriza<strong>da</strong> como cálcio-alcalina normal.<br />

No diagrama multielementar normalizado<br />

pelo manto primordial <strong>da</strong> figura 4.2A, o lado esquerdo<br />

mostra que os elementos móveis ocorrem<br />

em conteúdos bastante variáveis e irregulares,<br />

conseqüência de algum processo pósmagmático.<br />

Anomalias pronuncia<strong>da</strong>s de Ta e Nb<br />

e de fracionamento destes elementos sugerem<br />

origem a partir de manto metassomatizado. Os<br />

teores de Sr são elevados, com anomalias negativas<br />

pouco pronuncia<strong>da</strong>s. Os teores de Tb e<br />

Y são baixos, o que também condiz com fonte<br />

mantélica metassomatiza<strong>da</strong>. Os padrões de ETR<br />

(Fig. 4.2B) variam desde 10 a 20 vezes o condrito<br />

e possuem anomalias negativas de Eu pouco<br />

pronuncia<strong>da</strong>s. O segmento plano dos ETRP, comum<br />

a todos os granitóides de alto K <strong>da</strong> área,<br />

se assemelha ao de termos alcalinos, mas com<br />

teores menores. No diagrama <strong>da</strong> figura 4.3, os<br />

pontos <strong>da</strong>s amostras situam-se no canto superior<br />

direito do campo dos arcos vulcânicos, porém<br />

dentro do campo dos granitos póscolisionais.<br />

A Suíte Vitória é a única dentre as do<br />

Estateriano estu<strong>da</strong><strong>da</strong>s com características compatíveis<br />

com magmatismo cálcio-alcalino de arco<br />

magmático. Contudo, sua i<strong>da</strong>de (1775/1785 Ma)<br />

é semelhante a dos extensivos granitóides póscolisionais<br />

<strong>da</strong> área, cuja i<strong>da</strong>de varia de 1784 a<br />

1740 Ma (Souza et al., 2005). Isto sugere que<br />

esta suíte também possa ser pós-colisional e sua<br />

geração se <strong>da</strong>ria a partir <strong>da</strong> fusão do manto<br />

metassomatizado, ain<strong>da</strong> presente na base do<br />

edifício colisional durante o soerguimento. A presença<br />

de rochas cálcio-alcalinas de arco magmático<br />

coloca<strong>da</strong>s em ambiente pós-colisional não<br />

é desconheci<strong>da</strong>, como ocorre no Rio Grande do<br />

Sul (Gastal & Lafon, 2006) e de a<strong>da</strong>kitos no sul<br />

do platô Tibetano (Guo et al., 2007). Isto é reforçado<br />

pelas i<strong>da</strong>des-modelo de todos os granitóides<br />

estaterianos <strong>da</strong> área, mais velhos do que<br />

2100 Ma. Como a sua gênese envolveu contribuição<br />

crustal importante, se depreende que o<br />

embasamento que fundiu teria pelo menos 2100<br />

Ma. A presença de material mantélico do<br />

Estateriano e sua interação com material crustal<br />

pode diminuir a T DM <strong>da</strong> fração proveniente do<br />

último e, assim, resultar em i<strong>da</strong>de intermediária<br />

entre a dos dois componentes (Noce et al., 2000).

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