<strong>Geologia</strong> e <strong>Recursos</strong> <strong>Minerais</strong> <strong>da</strong> <strong>Folha</strong> <strong>Aripuanã</strong> Figura 3.2 – Correlação entre os perfis compostos para a Formação Dar<strong>da</strong>nelos nas <strong>Folha</strong>s <strong>Aripuanã</strong> e Tapaiúnas. 28
Foto 3.26 – Uni<strong>da</strong>de MP2d i , Formação Dar<strong>da</strong>nelos. tificação plano-paralela. Estes estão sotopostos a arenitos lenticulares, amalgamados, com espessura média de 70 cm, cinza, finos a médios, maciços com eventual laminação planoparalela no topo e compostos por grãos subangulosos, de esferici<strong>da</strong>de modera<strong>da</strong> e mal selecionados. No topo ocorrem arenitos médios a finos com eventuais grãos grossos e estratificação cruza<strong>da</strong> festona<strong>da</strong>. Os grãos de quartzo são subangulosos a subarredon<strong>da</strong>dos, de esferici<strong>da</strong>de modera<strong>da</strong> e mal selecionados. Estes possuem intercalações de arenito médio a muito grosso com estratificação cruza<strong>da</strong> acanala<strong>da</strong>. Medi<strong>da</strong>s de paleocorrente indicam transporte para sudoeste (180º a 330º), As cama<strong>da</strong>s inferiores <strong>da</strong> uni<strong>da</strong>de são interpreta<strong>da</strong>s como depósitos de shoreface e de planície de marés, sucedidos por depósitos fluviais e deltáicos de canais entrelaçados, o conjunto constituindo a fase regressiva que ocorreu após o máximo transgressivo representado pelos pelitos subjacentes. Ambas as uni<strong>da</strong>des (MP2d 1 e MP2d i ) contêm sills de basalto de até 50 m de espessura, pertencentes à Formação Arinos (Foto 3.27). Saes & Leite (2002) sugerem que o início <strong>da</strong> sedimentação <strong>da</strong> Formação Dar<strong>da</strong>nelos tem i<strong>da</strong>de máxima de 1,44Ga, determina<strong>da</strong> a partir <strong>da</strong> variação <strong>da</strong> i<strong>da</strong>de Pb-Pb entre 1.987 ± 4Ma a 1.377 ± 13Ma de cristais de zircão detríticos do conglomerado basal <strong>da</strong> uni<strong>da</strong>de. MP2γac – Formação Arinos O termo foi proposto por Silva et al. (1980) para representar basalto amig<strong>da</strong>lóide, diabásio, olivina norito e gabro de dois horizontes intercalados em arenitos <strong>da</strong> Formação <strong>Geologia</strong> e <strong>Recursos</strong> <strong>Minerais</strong> <strong>da</strong> <strong>Folha</strong> <strong>Aripuanã</strong> 29 Dar<strong>da</strong>nelos. Na <strong>Folha</strong> <strong>Aripuanã</strong> a uni<strong>da</strong>de ocorre como extenso sill intercalado em arenitos <strong>da</strong> Formação Dar<strong>da</strong>nelos. Na bor<strong>da</strong> norte <strong>da</strong> bacia constitui o assoalho <strong>da</strong> cabeceira dos rios Natal e Canamã (RR-32 e MC-195), localmente coberto por arenitos, argilitos e siltitos <strong>da</strong> Formação Dar<strong>da</strong>nelos. Na estra<strong>da</strong> <strong>Aripuanã</strong>-Filadélfia- Juína, a uni<strong>da</strong>de têm ampla distribuição na Serra Morena (MC-212 a MC-245A), onde diabásios e basaltos apresentam disjunção poliedral, possuem pirita dissemina<strong>da</strong> (MC-245A) e geram solo argiloso vermelho bordeaux bastante magnético. Neste perfil, próximo ao Rio Capivari, a uni<strong>da</strong>de está em contato lateral, por falha, com os arenitos arcosianos (MC-212 a MC-280) <strong>da</strong> Formação Dar<strong>da</strong>nelos. São maciços, homogêneos e exibem fenocristais milimétricos de plagioclásio em matriz muito fina, cinza-escuro. Amí<strong>da</strong>las preenchi<strong>da</strong>s por epidoto e carbonato são comuns (Foto 6.28) Foto 3.27 – Contato <strong>da</strong> Formação Arinos com a Formação Dar<strong>da</strong>nelos. Foto 28 - Detalhe do basalto amig<strong>da</strong>lóide <strong>da</strong> Formação Arinos, Grupo Caiabis.