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Geologia e Recursos Minerais da Folha Aripuanã - CPRM

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de cotas entre 200 e 500 m. Estruturalmente<br />

conforma sinforme de eixo NW-SE, flancos com<br />

mergulhos entre 5º e 10º e núcleo subhorizontal.<br />

Flancos próximos a zonas de cisalhamento<br />

podem ter mergulho acentuado.<br />

Durante o Projeto Alta Floresta, Frasca &<br />

Borges (2004) subdividiram a formação em quatro<br />

uni<strong>da</strong>des que, <strong>da</strong> base para o topo, compreendem:<br />

Uni<strong>da</strong>de MP2d 1 1 – arenitos e arenitos<br />

arcosianos com intercalações de conglomerados<br />

intraformacionais e estratificação plano-paralela<br />

e cruza<strong>da</strong>; Uni<strong>da</strong>de MP2d 2 – siltitos e argilitos<br />

avermelhados; Uni<strong>da</strong>de MP2d 3 – arenitos<br />

arcosianos e arenitos finos argilosos com níveis<br />

de conglomerado intraformacional e Uni<strong>da</strong>de<br />

MP2d 4 – arenitos argilosos e arenitos arcosianos<br />

com intercalações de níveis conglomeráticos. O<br />

conjunto resulta de ciclo transgressivo-regressivo.<br />

Neste trabalho, a formação foi informalmente<br />

dividi<strong>da</strong> em Uni<strong>da</strong>de MP2d 1 e Uni<strong>da</strong>de<br />

MP2d i .<br />

Uni<strong>da</strong>de MP2d 1 – No extremo noroeste e<br />

na porção oeste <strong>da</strong> folha, sustenta mesetas e<br />

formas residuais de inselbergs. O seu contato a<br />

oeste, noroeste, norte, nordeste, leste e sudeste<br />

é com as rochas do Grupo Roosevelt e os granitos<br />

Zé do Torno e <strong>Aripuanã</strong> e, a sul, com as do<br />

Grupo Roosevelt. Nas escarpas de falha, o contato<br />

não se situa, necessariamente, no pé <strong>da</strong>s<br />

mesmas, mas pode ocorrer na meia encosta,<br />

como na serra do Cafundó (altitude de 207 m),<br />

ou após o topo <strong>da</strong> escarpa, como na serra Graciosa<br />

(altitude de 299 m), a nordeste de <strong>Aripuanã</strong>.<br />

A uni<strong>da</strong>de é composta de arenitos com<br />

pelitos subordinados. Os arenitos são acinzentados,<br />

muito grossos a grossos na base, com<br />

intercalações de arenito médio a fino com locais<br />

e dispersos grânulos de quartzo. São mal selecionados,<br />

com grãos subangulosos a subarredon<strong>da</strong>dos<br />

e de esferici<strong>da</strong>de modera<strong>da</strong>. Os leitos<br />

são lenticulares, amalgamados, com 40 cm a<br />

1 m de espessura, de base plana ou com compensação<br />

de relevo, maciços ou com estratificação<br />

cruza<strong>da</strong> acanala<strong>da</strong> e eventuais marcas ondula<strong>da</strong>s<br />

simétricas no topo. A direção geral <strong>da</strong><br />

paleocorrente indica transporte para WSW. Sobrepostos<br />

ocorrem cama<strong>da</strong>s de arenito róseo,<br />

médio a fino, com grãos angulosos a subangulosos<br />

e esferici<strong>da</strong>de média a boa. Na cachoeira<br />

de <strong>Aripuanã</strong>, os arenitos são lenticulares, com<br />

40 cm de espessura média e contêm estratificação<br />

cruza<strong>da</strong> acanala<strong>da</strong> e superfícies de<br />

reativação sigmoi<strong>da</strong>l.<br />

Ao sul <strong>da</strong> Serra Graciosa, os arenitos são<br />

muito finos, possuem estratificação cruza<strong>da</strong><br />

<strong>Geologia</strong> e <strong>Recursos</strong> <strong>Minerais</strong> <strong>da</strong> <strong>Folha</strong> <strong>Aripuanã</strong><br />

27<br />

hummocky, e contêm intercalações de cama<strong>da</strong>s<br />

de 0,5 a 1 cm de pelitos cinza e estão cobertos<br />

por basalto.<br />

Os arenitos basais são interpretados como<br />

depósitos fluviais de canais anastomosados e<br />

deltáicos. Os arenitos <strong>da</strong> cachoeira de <strong>Aripuanã</strong><br />

são de planície de maré sobrepostos por depósitos<br />

de plataforma sujeitos a on<strong>da</strong>s de tempestade,<br />

como indicam arenitos com estratificação<br />

cruza<strong>da</strong> hummocky. A sucessão caracteriza evento<br />

transgressivo, com aumento <strong>da</strong> espessura de<br />

lâmina d’água indicado pelos pelitos que afloram<br />

a sudeste <strong>da</strong> ci<strong>da</strong>de de <strong>Aripuanã</strong>, no topo <strong>da</strong><br />

encosta noroeste do vale do rio <strong>Aripuanã</strong>.<br />

Os pelitos compreendem estreita faixa de<br />

siltitos, siltitos argilosos e argilitos acinzentados<br />

e se situam no topo <strong>da</strong> uni<strong>da</strong>de. São maciços<br />

ou com laminação plano-paralela ou cruza<strong>da</strong><br />

(Foto 3.25) e com intercalação de finas cama<strong>da</strong>s<br />

de arenito. Estima-se que sua espessura seja<br />

<strong>da</strong> ordem de 10 m, o que impossibilitou sua cartografia<br />

na escala adota<strong>da</strong>.<br />

Baseado em <strong>da</strong>dos de campo e na correlação<br />

com o sistema de deposição dos sedimentos<br />

desta Formação na <strong>Folha</strong> Tapaiunas, concluise<br />

pela existência de um hiato evidenciado pelo<br />

afogamento do sistema flúvio-deltáico e evolução<br />

de shoreface nesta uni<strong>da</strong>de (Fig. 3.2).<br />

A uni<strong>da</strong>de MP2d i – É o pacote superior,<br />

indiviso, <strong>da</strong> Formação Dar<strong>da</strong>nelos na área. Sua<br />

espessura mínima é de 125 m e seu topo situase<br />

na superfície de cota mais eleva<strong>da</strong> que sustenta,<br />

marca<strong>da</strong> por lateritos <strong>da</strong> uni<strong>da</strong>de NQdl.<br />

Sua base é composta de arenitos (Foto 3.26)<br />

cinza, médios a grossos, com estratificação cruza<strong>da</strong><br />

acanala<strong>da</strong> e em espinha de peixe, com<br />

superfícies de reativação sigmoi<strong>da</strong>is e ondula<strong>da</strong>s,<br />

eventualmente finos a médios e com estra-<br />

Foto 3.25 – Laminação cruza<strong>da</strong> em siltito <strong>da</strong> Formação<br />

Dar<strong>da</strong>nelos.

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