Geologia e Recursos Minerais da Folha Aripuanã - CPRM
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<strong>Geologia</strong> e <strong>Recursos</strong> <strong>Minerais</strong> <strong>da</strong> <strong>Folha</strong> <strong>Aripuanã</strong><br />
Figura 2.2 - Compartimentação do Cráton Amazônico, em Províncias com a subdivisão <strong>da</strong> Província<br />
Rondônia-Juruena em domínios, Santos (2003) modifica<strong>da</strong> por Lacer<strong>da</strong> Filho (2006).<br />
2.1 - Domínio Roosevelt-<strong>Aripuanã</strong> (1.790-<br />
1.740. Ma)<br />
Este domínio é um segmento crustal do<br />
Paleoproterozóico exposto na porção noroeste<br />
do Estado de Mato Grosso (Fig. 2.2.). Limita-se<br />
a nordeste pelo Domínio Juruena, caracterizado<br />
pelo Arco Magmático Juruena de i<strong>da</strong>de-modelo<br />
Sm-Nd (T DM ) de 2.100 Ma e i<strong>da</strong>des U-Pb entre<br />
1.850 e 1.773 Ma, e, ao sul, pelo Domínio Jamari<br />
de i<strong>da</strong>de U-Pb 1.763-1.734 Ma e Sm-Nd T DM de<br />
2,2-2,1 (Payola et al., 2002; Santos, 2003). O<br />
domínio consiste de (i) rochas do embasamento;<br />
(ii) suítes de rochas graníticas cálcio-alcalinas;<br />
(ii) grupos de rochas vulcânicas e vulcanossedimentares<br />
(iii) granitos anorogênicos e (iv) bacias<br />
sedimentares a leste <strong>da</strong> Serra <strong>da</strong> Providência<br />
(Rondônia) até o limite com o domínio Juruena<br />
(Rio Apiacás) e abrange o noroeste de Mato Grosso<br />
(municípios de <strong>Aripuanã</strong>, Juruena, Nova Monte<br />
Verde e Apiacás).<br />
(i) Embasamento - Ocorrem dois tipos de<br />
embasamento. O mais antigo é representado por<br />
rochas supracrustais e metaplutônicas<br />
(ortognaisses, metagabros e anfibolitos) do Complexo<br />
Bacaeri Mogno, com i<strong>da</strong>de isocrônica Sm-<br />
Nd de 2.243 ± 130 Ma (Souza et al., 2004). O<br />
mais jovem consiste de ortognaisses e rochas<br />
supracrustais do Complexo Nova Monte Verde<br />
(1.785 ± 8 Ma). Pimentel (2001) registra a ocorrência<br />
de evento tectono-metamórfico de i<strong>da</strong>de<br />
16<br />
U-Pb SHRIMP em zircão de anfibolito do Complexo<br />
Monte Verde de 1.653 ± 42 Ma, a qual pode<br />
representar a fase colisional marca<strong>da</strong> por<br />
metamorfismo de grau alto acompanha<strong>da</strong> <strong>da</strong><br />
recristalização do zircão (Santos, 2003).<br />
(ii) Suítes Graníticas Orogênicas a Pós-<br />
Orogênicas - Caracteriza<strong>da</strong>s por diversas suítes<br />
graníticas cálcio-alcalinas do intervalo entre<br />
1.790 e 1.740 Ma (U/Pb SHRIMP) e compostas<br />
por quatzo-dioritos, tonalitos e granodioritos <strong>da</strong><br />
Suíte Intrusiva Vitória (1.775 Ma a 1.785 ± 8 Ma),<br />
quartzo-dioritos, granodioritos e granitos cálcioalcalinos<br />
de alto K São Pedro (1.784 ±17 Ma,<br />
Pimentel, 2001), São Romão (1.770 ± 9 Ma) e Zé<br />
do Torno (1.743 ± 4 Ma) além de rochas graníticas<br />
alcalinas e cálcio-alcalinas <strong>da</strong>s Suítes Nova<br />
Canaã e Morro do Índio. Este conjunto, de i<strong>da</strong>de-modelo<br />
Sm-Nd T DM de 2.182 Ma, sugere longo<br />
período de residência crustal e pode<br />
corresponder a um arco magmático continental,<br />
do qual o Complexo Monte Verde representa a<br />
fração dominantemente juvenil.<br />
(iii) Grupos Vulcânicos e<br />
Vulcanossedimentares (Grupos Roosevelt e<br />
São Marcelo Cabeça) – Formaram-se no início<br />
do Estateriano, são contemporâneos a algumas<br />
<strong>da</strong>s supracita<strong>da</strong>s suítes graníticas e possuem<br />
afini<strong>da</strong>de cálcio-alcalina de alto potássio. O Grupo<br />
Roosevelt é vulcanossedimentar, se originou<br />
em bacias intermontanas de arco vulcânico (San-