Geologia e Recursos Minerais da Folha Aripuanã - CPRM
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Foto 1.1 – Turismo no balneário Oásis nas cachoeiras<br />
do Rio <strong>Aripuanã</strong>.<br />
1.4 – Aspectos Climáticos, Fisiográficos e<br />
Geomorfológicos<br />
A área em estudo enquadra-se na<br />
microrregião Norte Mato-Grossense (Leodete &<br />
Amorim, 2000), com temperatura média anual de<br />
26ºC, com máxima de 37°C em setembro e outubro<br />
e mínima de 14°C em junho e julho.<br />
O regime de chuvas está associado ao clima<br />
<strong>da</strong> região, definido como tropical continental,<br />
com precipitação pluviométrica média anual<br />
entre 2.500 a 2.750 mm. O período de chuvas<br />
abrange de novembro a março (primavera/verão),<br />
e a estação seca de abril a setembro (ou-<br />
<strong>Geologia</strong> e <strong>Recursos</strong> <strong>Minerais</strong> <strong>da</strong> <strong>Folha</strong> <strong>Aripuanã</strong><br />
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tono/inverno), o que resulta em duas estações<br />
bem defini<strong>da</strong>s, com verão chuvoso e inverno<br />
seco.<br />
A hidrografia <strong>da</strong> área está representa<strong>da</strong><br />
pela bacia do rio <strong>Aripuanã</strong>, localiza<strong>da</strong> na porção<br />
oeste <strong>da</strong> folha e com fluxo de sul para norte. Seus<br />
principais tributários <strong>da</strong> margem direita são os rios<br />
Canamã, Taboca, Capitari, Branco, Furquim. Na<br />
porção leste <strong>da</strong> folha situam-se os rios Tucumã e<br />
Vermelho, afluentes <strong>da</strong> margem esquer<strong>da</strong> do Rio<br />
Juruena. As drenagens menores possuem padrão<br />
dendrítico com variação para radial e circular.<br />
A vegetação dominante compreende o<br />
Bioma <strong>da</strong>s Florestas (IBGE, 2007). Cerca de 60%<br />
<strong>da</strong> folha é ocupa<strong>da</strong> pela Floresta Ombrófila densa,<br />
desenvolvi<strong>da</strong> na superfície rebaixa<strong>da</strong> que circun<strong>da</strong><br />
a serra do Dar<strong>da</strong>nelos com cotas entre<br />
150 e 250 m. Esta é sempre verde, com dossel<br />
de até 15 m e árvores de até 40 m de altura,<br />
caracteriza<strong>da</strong> por mogno, cedro e ipê. Os demais<br />
40% compreendem o platô <strong>da</strong> serra do<br />
Dar<strong>da</strong>nelos, desenvolvi<strong>da</strong> entre as cotas 250 e<br />
450 m e constituí<strong>da</strong> de floresta aberta, em meio<br />
a zonas aplaina<strong>da</strong>s e disseca<strong>da</strong>s, onde se desenvolve<br />
vegetação arbustiva, arborescente,<br />
trepadeiras e epífitas e, nas áreas mais úmi<strong>da</strong>s,<br />
figueiras, jerivás e palmitos.<br />
Boaventura (1974) e Melo & Franco (1978)<br />
descrevem a existência de três domínios<br />
geomorfológicos distintos na folha, isto é, o Planalto<br />
Residual do Norte de Mato Grosso, o Planalto<br />
Dissecado Sul <strong>da</strong> Amazônia e a Depressão<br />
Interplanáltica <strong>da</strong> Amazônia Meridional (Fig. 1.2).<br />
O domínio do Planalto Residual do Norte de<br />
Figura 1.2. Mapa <strong>da</strong>s Uni<strong>da</strong>des Geomorfológicas <strong>da</strong> <strong>Folha</strong> <strong>Aripuanã</strong>, modificado do Projeto Ra<strong>da</strong>mbrasil<br />
(1970). Legen<strong>da</strong>: PRNMT – Planalto Residual do Norte do Mato Grosso; PDSA – Planalto Dissecado Sul <strong>da</strong><br />
Amazônia; DIAM – Depressão Interplanáltica <strong>da</strong> Amazônia Meridional.