os espaços do crescimento económico - Departamento de ...

DEPARTAMENTO DE PROSPECTIVA E PLANEAMENTO 

E RELAÇÕES INTERNACIONAIS 

Ministério do Ambiente, do Ordenamento do Território 

e do Desenvolvimento Regional 

OS ESPAÇOS DO CRESCIMENTO ECONÓMICO 

Documento de Trabalho Nº 8/2007 

Lisboa

FICHA TÉCNICA 

Título: Os Espaços do Crescimento Económico 

Autores: Natalino Martins 

Susana Barradas 

Editor: Departamento de Prospectiva e Planeamento 

e Relações Internacionais 

Av. D. Carlos I, 126 

1249-073 Lisboa 

Fax: (351) 213935208 

Telef: (351) 213935200 

E-mail: dpp@dpp.pt 

www.dpp.pt 

Edição Electrónica: Divisão de Informação e Comunicação 

Agradece-se ao Dr. Edgar Ferreira, em estágio no DPP, o apoio prestado na cartografia temática. 

Agradece-se ao Prof. Doutor Raul Lopes a paciência de ter lido atentamente a primeira versão do manuscrito e 

a sua apreciação crítica no Workshop realizado em 18/04/07 no DPP, bem como os comentários apresentados 

por outros participantes, cabendo, no entanto, a responsabilidade dos conteúdos aos autores.

ÍNDICE 

1. Introdução: o Tema e as Opções Metodológicas 5 

2. A geografia do crescimento 8 

2.1. Regiões Ganhadoras e Perdedoras de quota no VAB 8 

2.2. Dinâmicas Sectoriais e Dinâmicas Regionais 15 

2.3. Factores de Crescimento dos VAB Regionais 17 

2.4. Contributos Regionais para o Crescimento do VAB Nacional 22 

3. As actividades Sustentadoras do Crescimento 25 

3.1. Especializações Produtivas numa Óptica de Áreas de Mercado 25 

3.2. Dinâmica das Especializações Produtivas 30 

4. Os Modelos de Crescimento 34 

4.1. Metodologia 34 

4.2. Crescimentos Económicos Regionais no Espaço da UE15 41 

4.2.1. Modelos de Crescimento Regional no Período de 1995 a 1999 44 

4.2.2. Modelos de Crescimento Regional no Período de 1999 a 2003 52 

4.2.3. Análise Comparada dos Períodos 59 

4.3. Modelos de Crescimento Económico Baseados nas Actividades Mercantis Não 

Primárias no Espaço Nacional 65 

5. Conclusões 72 

6. Bibliografia 78 

7. Anexos 79 

7.1. Anexos Estatísticos 79 

7.2. Nomenclatura de Sectores 101

ÍNDICE DE QUADROS, GRÁFICOS E FIGURAS 

Quadros 

2.1 Regiões ganhadoras e perdedoras de quota de VAB a preços de 1995 11 

2.2 Factores de crescimento do VAB a preços de 1995 segundo os tipos de 

comportamentos sub-regionais 20 

2.3 Contributos regionais para o crescimento do VAB nacional 24 

3.1 Regiões ganhadoras e perdedoras e especializações produtivas 29 

3.2 Contributos sectoriais para os crescimentos regionais e global do VAB 1995– 

1999 e 1999–2003 (%) 32 

4.1 Quadro resumo dos critérios de identificação dos modelos 37 

4.2 Contributos sectoriais para o crescimento nacional do VAB, emprego e 

produtividade, expressos em taxas de variação 42 

4.3 Contributos sectoriais relevantes (20% ou mais) para o crescimento do VAB, 

do emprego e da produtividade no período 1995 a 1999 51 

4.4 Contributos sectoriais relevantes (20% ou mais) para o crescimento do VAB, 

do emprego e da produtividade no período 1999 e 2003 58 

4.5 Contributos sectoriais relevantes (20% ou mais) para o crescimento regional 

do VAB nos períodos 1995 a 1999 e 1999 a 2003 62 

5.1 Mudanças de estrutura territorial do VAB e de modelos de crescimento 77 

Gráficos 

2.1 Estrutura inter-regional do VAB a preços correntes em 2003 (%) 9 

2.2 Variação da estrutura inter-regional do VAB a preços correntes (%) 9 

2.3 Índice de crescimento do VAB (a preços de 1995) e regiões ganhadoras e 

perdedoras: períodos de 1995–1999 e 1999–2003 10 

2.4 Componentes da variação da estrutura inter-regional do VAB a preços de 1995, 

entre 1995 e 1999 16 

2.5 Componentes da variação da estrutura inter-regional do VAB a preços de 1995, 

entre 1999 e 2003 17 

2.6 Factores de crescimento do VAB, a preços de 1995, no período de 1995-1999 21 



2.9 Contributos regionais para o crescimento global do VAB (a preços de 1995), 

nos períodos de 1995–1999 e 1999–2003 23

3.1 Estrutura sectorial do VAB em 2003 26 

3.2 Quociente de localização da VAB das actividades não mercantis e mercantis 

não primárias 2003 27 

3.3 Quociente de localização do VAB dos mercados locais e extra-locais 2003 28 

3.4 Variação da estrutura inter-sectorial regional do VAB 1995–1999 (%) 30 

3.5 Variação da estrutura inter-sectorial regional do VAB 1999–2003 (%) 31 

4.1 Componentes do crescimento do VAB em Portugal e UE15 nos períodos 1995– 

1999 e 1999–2003 42 

4.2 Modelos de crescimento económico no espaço UE15 (1995–1999) 50 

4.3 Modelos de crescimento económico no espaço UE15 (1999–2003) 57 

4.4 Modelos de crescimento económico no espaço nacional (1995–1999) 68 

4.5 Modelos de crescimento económico no espaço nacional (1999–2003) 69 

4.6 Modelos de crescimento económico das actividades mercantis não primárias no 

espaço nacional (1995–1999) 

4.7 Modelos de crescimento económico das actividades mercantis não primárias no 

espaço nacional (1999–2003) 

Figuras 

2.1 Regiões Ganhadoras e Perdedoras de quota de VAB 1995-1999 12 



4.1 Representação gráfica do critério crescimento do VAB 35 

4.2 Representação gráfica do critério: crescimento do emprego 36 

4.3 Representação gráfica do critério: crescimento da produtividade 37 

4.4 Os modelos de crescimento económico 38 

4.5 Modelos de crescimento económico face ao espaço UE15 (1995-1999 e 1999- 

2003) 59 

4.6 Modelos de crescimento competitivos face ao espaço UE15 (1995-1999 e 1999- 

2003) 60 

4.7 Modelos de crescimento insuficientemente competitivos face ao espaço UE15 

(1995-1999 e 1999-2003) 63 

4.8 Modelos de crescimento não competitivos face ao espaço UE15 (1995-1999 e 

1999-2003) 64 

70 

71

Quadros - Anexo 

A 2.1 Estrutura inter-regional do VAB a preços correntes (%) 79 

A 2.2 Índices de crescimento do VAB e regiões ganhadoras e perdedoras (a 

preços de 1995) nos períodos:1995–1999 e 1999–2003 80 

A 2.3 Componentes da variação da estrutura inter-regional do VAB a preços 

de 1995 nos período 1995–1999 e 1999–2003 81 

A 2.4 Factores de crescimento do VAB, a preços de 1995, nos períodos 1995- 

1999, 1999-2003 e 1995-2003 82 

A 3.1 Estrutura sectorial do VAB em 2003 (%) 83 

A 3.2 Quocientes de localização do VAB em 2003 84 

A 3.3 Variação da estrutura inter-sectorial regional do VAB 1995–1999 e 

1999–2003 85 

A 4.1 Contributos sectoriais e regionais para o crescimento global do VAB 

1995–1999 86 


1995–1999 (%) 87 


1999–2003 (%) 88 


1999–2003 (%) 89 

A 4.5 Contributos sectoriais e regionais para o crescimento global do emprego 

1995–1999 90 


1995–1999 (%) 91 


1999–2003 (%) 92 


1999–2003 (%) 93 

A 4.9 Contributos sectoriais e regionais para o crescimento global da 

produtividade 1995–1999 94 


produtividade 1995–1999 (%) 95 





A 4.13 Taxas de crescimento do VAB, do emprego e da produtividade nos 

períodos 1995–1999 e 1999–2003 (%) 98 

A 4.14 Taxas de crescimento do VAB, do emprego e da produtividade nas 

actividades mercantis não primárias nos períodos 1995–1999 e 1999– 

2003 (%) 

A 4.15 Modelos de crescimento económico no espaço UE15 e nacional nos 

períodos 1995–1999 e 1999–2003 100 

A 7.2 Correspondência entre as nomenclaturas de actividades A31 e A7 101 

99

1. INTRODUÇÃO: O TEMA E AS OPÇÕES METODOLÓGICAS 

DEPARTAMENTO DE 

PROSPECTIVA E PLANEAMENTO 


O presente trabalho surge na esteira dos trabalhos recentemente produzidos no domínio 

das assimetrias regionais 1 e que, entre outros aspectos, se enquadraram na avaliação 

ex-ante do QREN e apoiaram a elaboração do contributo nacional para a Revista 

Territorial da OCDE a Portugal. 

No domínio das actividades produtivas e território, aqueles trabalhos incidiram sobretudo 

na geografia do sistema produtivo e da sua evolução desde 1988 a 2003, nas 

especializações produtivas (numa dupla perspectiva de conteúdos mercantis e de 

conteúdos tecnológicos e de conhecimento) e na evolução dos desequilíbrios regionais 

em termos de VAB per capita e de produtividade. 

Partindo da constatação já evidenciada naqueles trabalhos e noutros estudos 2 de que, ao 

fim de 20 anos de apoios comunitários ao desenvolvimento regional, o país está 

territorialmente mais homogéneo do ponto de vista social, mas do ponto de vista 

produtivo permanece, no essencial, uma estrutura do tipo centro periferia, embora 

caracterizada pela polinucleação do centro e pela ocorrência de elementos arquipelágicos 

na periferia, procura-se com este trabalho responder a algumas questões relevantes do 

ponto de vista do desenvolvimento regional e do crescimento económico nacional: Quais 

as mudanças de especialização regional ocorridas? Qual a sustentação do crescimento 

ocorrido nas várias regiões do país? Quais os tipos de actividades em que se apoiou? 

Quais os tipos de factores (trabalho e produtividade) que o estimularam? Quais foram as 

regiões que mais contribuíram para o crescimento económico nacional? 

Entendemos aqui que a consistência e a robustez das economias regionais depende dos 

seus suportes de mercado, das amplitudes dos seus mercados e do seu carácter 

inovador. Deste modo, destrinçamos entre actividades mercantis e não mercantis, e, nas 

primeiras, destrinçamos as actividades segundo a amplitude dos seus mercados e o seu 

carácter inovador ou não inovador: actividades exportadoras tradicionais, novas 

exportadoras, actividades de mercado nacional, actividades de mercado local/subregional. 

Pelas suas especificidades consideraram-se em sectores próprios, as actividades 

primárias e a construção. 

Na escolha da nomenclatura de actividades, houve assim que proceder de modo a 

destacar aquelas dimensões, embora de forma aproximativa, pois estivemos sujeitos à 

desagregação máxima permitida pelas fontes estatísticas utilizadas, a nomenclatura A31 

das Contas Nacionais e Regionais. Esta opção envolve alguns riscos analíticos que, 

todavia, assumimos e consideramos valer a pena para tornar possível um olhar sobre as 

especializações e dinâmicas produtivas regionais que conjugue aquelas dimensões. 

1 

DPP, 2006a e DPP, 2006b. 

2 

Nomeadamente AM&A, 2005. 

5




No anexo 7.2, apresenta-se a nomenclatura usada e a sua correspondência com a A31. 

Para melhor evidenciar as dinâmicas que pretendíamos analisar, a nomenclatura contém 

um nível intermédio de agregação (o do conjunto das actividades de base económica não 

primárias), permitindo assim analisar as incidências das actividades mercantis não 

primárias que, aproximadamente, constituem a base económica de cada sub-região 

(mercado de âmbito superior ao local/sub-regional). Ao longo do texto recorreu-se ainda 

a algumas sub-agregações dentro das actividades mercantis não primárias. 

Mas essa sustentação e robustez das economias regionais traduz-se também em 

modelos de crescimento, mais assentes no uso de factores (concretamente o trabalho) 

ou na produtividade, donde se justifica uma análise de decomposição, a vários níveis, 

que permita determinar como é que aqueles elementos se repercutiram no crescimento 

de cada região, em termos globais e sectoriais, e como é que cada região contribuiu para 

o crescimento nacional, gerando convergência (simetria geográfica) ou divergência 

(assimetria, centro-periferia). 

Desse modo, jogando com as taxas de crescimento do VAB, do emprego e da 

produtividade do emprego, globalmente relativos ao período de 1995 a 2003, e tendo em 

vista determinar comportamentos competitivos e não competitivos, procedeu-se à 

sistematização de modelos de crescimento 3 , tomando como bitola os desempenhos da 

UE15 4 naqueles indicadores. Dentro daquele período, escolheram-se dois sub-períodos 

de referência para a análise: 1995 a 1999, e 1999 a 2003. O primeiro caracteriza-se pela 

aceleração do crescimento económico e a convergência nacional com a UE, enquanto o 

segundo, apresentando ainda taxas positivas de crescimento, constitui já um período de 

desaceleração vincada e de divergência com a UE. 

Introduziu-se neste estudo uma secção exploratória em que se consideram apenas os 

sectores mercantis não primários para a determinação dos modelos de crescimento, 

tomando como bitola de referência os desempenhos nacionais nas variáveis em análise, 

uma vez que nas estatísticas do EUROSTAT não se encontraram elementos suficientes 

para produzir aquele apuramento para a UE. Com essa secção pretendeu-se criar 

sensibilidade para os possíveis enviesamentos das posições regionais nos modelos de 

crescimento, decorrentes da consideração de actividades não sujeitas à lógica de 

mercado (as actividades não mercantis) ou muito sujeitas a elementos de natureza não 

económica (as primárias). 

3 

Retomando-se uma lógica de análise seguida em trabalhos anteriores (Martins, 1993; Camagni e Cappellin, 

1986). Embora tratando-se de uma formulação relativamente simples e sem conteúdo funcional matemático, 

decidimos optar pela designação de “modelos” para podermos identificar padrões de comportamento nos 

modos como as regiões combinaram aquelas variáveis nos seus processos de crescimento. O recurso ao 

termo “trajectórias” envolveria menor carga funcional, mas exigiria continuidade nos períodos de análise. 

4 

Por ser esse o espaço efectivo de integração económica nacional, uma vez que os restantes 12 membros da 

UE só ingressaram após o horizonte do estudo. 

6




Tomaram-se as NUT III como nível territorial de referência (nível sub-regional), pois esse 

é o nível territorial mais fino (e consequentemente mais apto a evidenciar as 

diversidades territoriais), que está disponível nas Contas Regionais do INE. Aquelas 

contas constituíram a base estatística de referência, mas os autores tiveram que 

proceder a algumas estimativas de detalhes sectoriais sub-regionais para os anos 

posteriores a 2000, que, naturalmente, são da sua exclusiva responsabilidade. Embora 

concluído em Dezembro de 2007, o estudo iniciou-se bastante tempo antes 5 e foi por 

motivos relacionados com a maior urgência de outros trabalhos desenvolvidos pelos 

autores no DPP que acabou por se prolongar no tempo. Daí resultou que a base 

estatística das Contas Regionais, disponível à data da execução da maior parte do 

estudo, era ainda a de 1995, pelo que neste trabalho não se reflectem ainda os impactos 

da base 2000 das Contas Nacionais e Regionais. 

5 

Em Abril de 2007 realizou-se um worshop no DPP para discussão de uma primeira versão do trabalho com 

técnicos exteriores ao DPP e professores universitários, tendo cabido ao Prof. Raul Lopes do ISCTE a 

apresentação de um comentário. 

7




2. A GEOGRAFIA DO CRESCIMENTO 

A evolução do VAB no período 1995-2003 caracterizou-se, a nível nacional, por dois 

períodos distintos: um período, correspondente aos anos 1995-1999, de crescimento 

forte (período de aceleração) e um período de crescimento mais moderado (período de 

desaceleração) entre 1999-2003, que se prolongou nos anos seguintes 6 . Esta secção 

procura descrever como esta evolução se traduziu ao nível sub-regional (NUT III), em 

que medida as evoluções registadas resultaram de dinâmicas sectoriais ou de dinâmicas 

especificamente regionais, quais foram os impactos dos crescimentos da produtividade e 

do emprego, e qual o papel de cada sub-região no crescimento do VAB nacional. 

2.1. Regiões Ganhadoras e Perdedoras de Quota no VAB 

O gráfico 2.1 dá-nos uma imagem de chegada das posições sub-regionais em relação ao 

VAB que representa o culminar das evoluções regionais registadas nos períodos acima 

indicados. Essa imagem é-nos familiar, pela forte concentração no Litoral e pelas 

polarizações em Lisboa e Porto. Deste modo, destacam-se os fortes pesos assumidos 

pela Grande Lisboa e pelo Grande Porto, e, em patamar já bastante mais inferior, mas 

ainda relevante 7 , os pesos da Península de Setúbal, do Algarve, das sub-regiões 

industriais do Norte e Centro Litoral e ainda do Oeste, Vale do Tejo e Madeira. As subregiões 

do Interior apresentam genericamente pesos não expressivos no VAB. 

Pelo gráfico 2.2, podemos verificar que as variações de estrutura do VAB a preços 

correntes entre 1995 e 1999 e entre 1999 e 2003, foram pouco acentuadas, registandose 

apenas: 

8 

em termos de variações positivas, no primeiro período, o caso da Grande Lisboa 

com a variação de um ponto percentual 8 , e, no segundo período, os casos do 

Algarve e Madeira com variações entre os 0,5 e 0,3 pontos percentuais; e, 

em termos de variações negativas, os casos do Grande Porto e Ave, em ambos os 

períodos, do Baixo Mondego no primeiro período e da Península de Setúbal no 

segundo período. 

Salienta-se todavia que, em termos relativos, nas sub-regiões de menor incidência 

produtiva as pequenas variações absolutas podem assumir valores relativos 

significativos. Todavia isso não altera a conclusão de que a estrutura inter-regional do 

VAB não sofreu grandes variações entre 1995 e 2003, apesar de as variações do 

VAB terem registado valores regionalmente contrastados, como veremos já de seguida. 

6 

O ano de 2003 registou mesmo um declínio de 1,2% do PIB em relação a 2002 (na base das CN de 1995, que 

suporta a série de Contas Regionais usadas neste estudo). 

7 

Valores próximos do peso que cada sub-região teria se as quotas sub-regionais no VAB fossem iguais (1/30). 

8 

O que em termos relativos tem pouca expressão dado o peso desta sub-região, na ordem dos 30%.

35 

30 

25 

20 

15 

10 

5 

0 

Minho-Lima 




Gráfico 2.1 – Estrutura Inter-regional do VAB a Preços Correntes em 2003 (%) 

Cávado 

Ave 

Grande Porto 

Tâmega 

Entre Douro e Vouga 

Douro 

Alto Trás-os-Montes 

Fonte: DPP, Quadro A.2.1 

Baixo Vouga 

Baixo Mondego 

Pinhal Litoral 

Pinhal Interior Norte 

Dão-Lafões 

Pinhal Interior Sul 

Gráfico 2.2 – Variação da Estrutura Inter-regional do VAB a Preços Correntes (%) 

Alto Alentejo 

Alentejo Litoral 

Lezíria do Tejo 

Baixo Alentejo 

Alentejo Central 

Médio Tejo 

Península de Setúbal 

Grande Lisboa 

Fonte: DPP, Quadro A.2.1. 

Algarve 

Oeste 

Açores Madeira 

Serra da Estrela 

Minho-Lima 

1,0 

0,5 

0,0 

-0,5 

-1,0 

Beira Interior Norte 

Beira Interior Sul 

Cávado Ave 

Cova da Beira 

Oeste 



Tâmega 

Dão-Lafões 

Cova da Beira 






Médio Tejo 



Douro 



Baixo Vouga 




1995-1999 1999-2003 

Alto Alentejo 



Algarve 

Açores 

Madeira 

9




O gráfico 2.3 dá-nos, para ambos os períodos os índices de crescimento sub-regionais do 

VAB a preços de 1995 (os traços) e o estatuto de ganhador ou perdedor de cada subregião 

expresso em termos de índices de crescimento de base territorial 9 (as barras). 

Índice de crescimento de base territorial maior que um significa variação de quota subregional 

no VAB positiva, enquanto índice menor que um significa variação de quota subregional 

no VAB negativa. Para além daquele gráfico, a nossa análise apoia-se no quadro 

2.1 que nos dá uma visão sintética dos comportamentos ganhadores e perdedores das 

sub-regiões. 

10 

1,40 

1,30 

1,20 

1,10 

1,00 

0,90 

0,80 

Minho-Lima 

Gráfico 2.3 – Índice de Crescimento do VAB (a preços de 1995) e Regiões 


Ave 

Ganhadoras e Perdedoras: Períodos de 1995-1999 e 1999-2003 


Tâmega 


Douro 



Baixo Vouga 




Dão-Lafões 




GP 1995-1999 GP 1999-2003 IC 1995-1999 IC 1999-2003 

Como se pode facilmente verificar, apenas no segundo período se registaram índices de 

crescimento do VAB 10 inferiores a um (o que corresponde a taxas de variação negativas), 

a saber na Península de Setúbal e no Grande Porto. Todavia, em vários casos esses 

índices superaram as médias nacionais 11 de cada período (sub-regiões ganhadoras de 

quota no VAB) enquanto outras ficaram abaixo (sub-regiões perdedoras de quota no 

VAB) 12 . 

9 

Exprimem, em cada sub-região, a relação entre o índice de crescimento respectivo e o índice de crescimento 

nacional. 

10 

A preços de 1995. 

11 

1,17 em 1995-1999 e 1,07 em 1999-2003. 

12 

Em termos reais, uma vez que nos baseamos na evolução do VAB a preços de 1995. 


Cova da Beira 

Oeste 



Médio Tejo 



Alto Alentejo 



Algarve 

Açores 

Madeira




Quadro 2.1 – Regiões Ganhadoras e Perdedoras de Quota no VAB a Preços de 1995 

1995-1999 

Ganhador 

Perdedor 

1999-2003 

Ganhador Perdedor 


Dão-Lafões 

Oeste 






Tâmega 

Douro 




Alto Alentejo 

Algarve 

Açores 


Baixo Vouga 


Médio Tejo 

Minho-Lima 

Ave 






Cova da Beira 



Assim no primeiro período como ganhadoras destacam-se sobretudo sub-regiões 

industrializadas do Litoral ou da charneira do Centro (Entre-Douro e Vouga, Baixo Vouga, 

Pinhal Litoral e Dão-Lafões), e sub-regiões da região de Lisboa e ainda a Madeira. No 

segundo período há uma maior incidência de regiões ganhadoras no Sul (que tinham sido 

perdedoras ou fracamente ganhadoras no 1º período), fenómeno que acontece também 

no Cávado, Tâmega, Douro, Pinhal Interior Sul e Beira Interior Norte. Na região de 

Lisboa, se o Oeste, a Grande Lisboa e a Lezíria do Tejo se mantêm como ganhadoras 

(ainda que com menor expressão), a Península de Setúbal e o Médio Tejo tornam-se 

perdedoras (principalmente a primeira). 

Como perdedores em ambos os períodos, assinalam-se: 

a Norte Litoral, o Minho-Lima, o Ave e o Grande Porto; 

no Centro Litoral, o Baixo Mondego (com maior perda no primeiro período); e, 

várias sub-regiões do Interior e do Alentejo (Alto Trás-os-Montes, Serra da Estrela, 

Beira Interior Sul, Cova da Beira, Alentejo Litoral e Baixo Alentejo). 

Referimos já anteriormente que as evoluções registadas na estrutura regional do VAB 

foram em termos absolutos pouco relevantes para se poder verdadeiramente falar em 

mudanças de estrutura. Todavia em termos relativos (peso da mudança em relação ao 

peso à partida) as alterações são mais relevantes. Para se ter uma noção global deste 

fenómeno e da sua expressão geográfica, as figuras 2.1 a 2.3 dão-nos, para os períodos 

11




de 1995–1999 e 1999–2003, bem como para o período global de 1995–2003, a 

amplitude das mudanças positivas (cor verde) e negativas (amarelo e vermelho), com 

graduação das cores segundo a intensidade da mudança e com o peso de cada subregião 

no VAB nacional representado por círculos. 

12 

Figura 2.1 – Regiões Ganhadoras e Perdedoras de Quota de VAB a 

Preços de 1995 no Período de 1995-1999 


AÇORES 

MADEIRA 


GRANDE LISBOA 

GRANDE PORTO 

Fonte: DPP. 

Nota: A dimensão dos círculos representa o peso regional do VAB em 1995 (%). 

OESTE 

BAIXO VOUGA 

CÁVADO 

PINHAL LITORAL 

MINHO-LIMA 

ENTRE DOURO E VOUGA 

PENÍNSULA DE SETÚBAL 

ALENTEJO LITORAL 

BAIXO MONDEGO 

MÉDIO TEJO 

LEZÍRIA DO TEJO 

ALGARVE 

AVE 

TÂMEGA 

DÃO-LAFÕES 

PINHAL INTERIOR 

BEIRA 

SUL 

INTERIOR SUL 

BAIXO ALENTEJO 

BEIRA INTERIOR NORTE 

SERRA DA ESTRELA 

PINHAL INTERIOR NORTE 

ALTO ALENTEJO 

ALTO TRÁS-OS-MONTES 

COVA DA BEIRA 

ALENTEJO CENTRAL 

DOURO 

0Km 35Km 70Km




AÇORES 

MADEIRA 


GRANDE LISBOA 

GRANDE PORTO 

OESTE 

BAIXO VOUGA 

CÁVADO 

MINHO-LIMA 





ALENTEJO LITORAL BAIXO ALENTEJO 

ALGARVE 

AVE 

TÂMEGA 

DÃO-LAFÕES 



DOURO 


COVA DA BEIRA 

BAIXO MONDEGO PINHAL INTERIOR NORTE 

PINHAL INTERIOR SUL 

BEIRA INTERIOR SUL 

MÉDIO TEJO 

ALTO ALENTEJO 


Fonte: DPP. 





Como se pode verificar as mudanças mais intensas (verde escuro e vermelho) acontecem 

nas sub-regiões de menor peso no VAB, exceptuando o Algarve no 2º período. A figura 

2.3 permite-nos visualizar o efeito acumulado das variações ocorridas ao longo de todo o 

período de 1995 a 2003, sendo de realçar os comportamentos negativos ocorridos num 

número significativo de sub-regiões do Norte e Centro e ainda do Alentejo. 

13

DEPARTAMENTO 

DE 

PROSPECTIVA 

E PLANEAMENTO 


14 




AÇORES 

MADEIRA 


GRANDE LISBOA 

GRANDE PORTO 

OESTE 

BAIXO VOUGA 

CÁVADO 


MINHO-LIMA 



ALENTEJO LITORAL 

BAIXO MONDEGO 

MÉDIO TEJO 


ALGARVE 

AVE 

TÂMEGA 

DÃO-LAFÕES 

PINHAL INTERIOR 

BEIRA 

SUL 

INTERIOR SUL 

BAIXO ALENTEJO 



PINHAL INTERIOR NORTE 

ALTO ALENTEJO 


COVA DA BEIRA 


DOURO 

0Km 35Km 70Km 

Fonte: DPP. 


Deste modo, as evoluções sub-regionais em termos de VAB apresentam-se muito 

variadas em ambos os períodos, o que não facilita a retirada de conclusões, e reflecte 

aquilo que é a diversidade económica do território nacional. É notório o comportamento 

perdedor de algumas sub-regiões do Norte industrial e do Interior em ciclo de 

aceleração, que no primeiro caso poderá resultar de alguma saturação das respectivas 

bases económicas. Todavia, já no caso do Interior as perdas não seriam de esperar 

dados os previsíveis efeitos arrastamento exercidos pelos mais desenvolvidos, a não ser 

que se estivesse já perante uma dinâmica de causalidade circular 13 . 

No período de desaceleração, verifica-se que os líderes ou perdem ou ganham muito 

pouco, enquanto as sub-regiões economicamente mais fracas mostram uma resistência 

que lhes permite nalguns casos serem ganhadoras de quota no VAB. 

13 

Em que as assimetrias se auto-alimentam com o crescimento dos mais avançados, dada a superação dos 

efeitos de difusão desse crescimento pelos respectivos efeitos de atracção/sucção.




Certamente que estes comportamentos terão muito a ver com os factores indutores do 

crescimento da economia nacional: 

no primeiro período com maior impacto das exportações, mas já em curso de 

perda de importância das exportações tradicionais e, mesmo alguns 

comportamentos negativos nas exportações não tradicionais (caso da Península de 

Setúbal); e, 

no segundo período, já com maior impacto das procuras internas (incluindo de 

serviços não mercantis) nomeadamente as alimentadas pelo endividamento 

(construção e comércio). 

2.2. Dinâmicas Sectoriais e Dinâmicas Regionais 

Procuramos, nesta secção, explicar as posições de ganho e de perda de quotas regionais 

no VAB (variações estruturais positivas e negativas, respectivamente) através dos 

impactos que nelas tiveram os efeitos de arrastamento pela economia nacional (que 

designamos de “Dinâmica sectorial”) e pelo mérito próprio de crescimento das regiões 

(que designamos de “Dinâmica regional”) 14 . 

Os gráficos 2.4 e 2.5 para além de nos darem as variações de quotas regionais no VAB a 

preços de 1995 15 (representadas pelos vértices das linhas), dão-nos também a sua 

decomposição nas duas componentes referidas no parágrafo anterior. Uma primeira 

conclusão que se pode tirar é a de que a maioria das sub-regiões apresentou valores 

mais baixos para a dinâmica sectorial, embora não muito distantes dos da dinâmica 

regional, o que, embora de forma moderada, significa que os ganhos ou perdas de quota 

no VAB se deveram mais às dinâmicas das próprias sub-regiões que aos efeitos de 

arrastamento nacional. É sobretudo nas sub-regiões de maior importância económica que 

as diferenças entre dinâmicas são mais visíveis. 

No primeiro período podemos também verificar que em quase todas as sub-regiões 

ganhadoras foi de facto a componente dinâmica regional que prevaleceu. A única e 

importante excepção residiu na Grande Lisboa em que sucedeu o contrário, sendo a 

dinâmica sectorial visivelmente superior à regional, embora ambas sejam positivas. Nos 

14 

A decomposição faz-se através da fórmula seguinte, em que V representa o VAB no ano base e V’ no ano de 

chegada, I os índices de variação temporal, i o sector e r a região: 

Na primeira componente temos a variação de quota regional do VAB que ocorreria se os sectores regionais 

crescessem às taxas de variação médias nacionais, enquanto que na segunda componente temos a variação 

de quota regional do VAB que decorre dos diferenciais de crescimento de cada sector a nível regional em 

relação à média nacional. 

15 

Por isso há diferenças entre estes gráficos e o gráfico 2.2 o qual é influenciado também pelos efeitos de 

preço. Tem sentido utilizar neste caso os preços constantes pois pretende-se evidenciar dinâmicas 

produtivas. 

15




restantes casos de sub-regiões ganhadoras a dinâmica sectorial foi negativa ou muito 

próxima de zero, o que significa que estas sub-regiões apresentaram especialização 

predominante em sectores que, a nível nacional andaram mal, mas a nível regional 

tiveram melhores desempenhos. 

No que se reporta às sub-regiões perdedoras neste período, assinala-se os casos do 

Grande Porto (que perdeu quota devido à dinâmica regional fortemente negativa, apesar 

da dinâmica sectorial ser positiva) e do Baixo Mondego (em que sucedeu o mesmo que 

no Grande Porto mas de forma mais ligeira e menos contrastada). Já no caso do Ave a 

perda de quota se deveu mais à dinâmica sectorial que à regional, embora de forma 

muito pouco contrastada. 

No período de 1999 a 2003 os contributos sectoriais e regionais para os ganhos e perdas 

de quota quase se mantêm em termos ordinais, embora nalguns casos se tenham 

tornado mais contrastados (sobretudo em sub-regiões que de perdedoras passaram a 

ganhadoras – Algarve e Açores), e noutros menos contrastados (sobretudo as subregiões 

do Vale do Tejo, em que ganhos de quota acentuados deram lugar a ganhos 

marginais). 

Neste contexto deve referir-se o comportamento da Península de Setúbal que, de um 

ganho acentuado de quota no VAB explicado principalmente pela dinâmica regional, 

passou a uma perda acentuada de quota explicada também pela dinâmica regional, 

tendo em ambos os períodos registado uma dinâmica sectorial quase neutral. 

16 

Gráfico 2.4 – Componentes da Variação da Estrutura Inter-regional do VAB a 

Alto Alentejo 





Médio Tejo 




Preços de 1995, entre 1995 e 1999 

Algarve 

Oeste 


Minho-Lima 

1,0 

0,5 

0,0 

-0,5 

-1,0 



Tâmega 

Dão-Lafões 

Cova da Beira 






Douro 


Baixo Vouga 




DINÂMICA REGIONAL DINÂMICA SECTORIAL TOTAL




Gráfico 2.5 – Componentes da Variação da Estrutura Inter-regional do VAB a 

Alto Alentejo 





Médio Tejo 




Preços de 1995, entre 1999 e 2003 

Algarve 

Oeste 


Minho-Lima 

1,0 

2.3. Factores de Crescimento dos VAB Regionais 

0,5 

0,0 

-0,5 

-1,0 

-1,5 



Nesta secção procedemos à análise dos factores determinantes do crescimento dos VAB 

sub-regionais: produtividade e emprego. Para isso baseamo-nos no quadro 2.2 e nos 

gráficos 2.6 a 2.8, tomando os períodos de referência que temos vindo a utilizar mais o 

período global de 1995 a 2003. 

No quadro 2.2 são explicitados as relações entre taxas de crescimento da produtividade e 

do emprego em cada sub-região, usando-se a combinação de sinais de igualdade e de 

desigualdade para representar as situações de desigualdade marginal. As sub-regiões 

estão agrupadas segundos os seus comportamentos de ganhadoras ou perdedoras em 

cada um dos períodos, e recorre-se à diferenciação de cores dos caracteres para exprimir 

analogias de comportamento: o vermelho para desempenhos da produtividade inferiores 

aos do emprego; o lilás para desempenhos do mesmo sinal mas meramente marginais; o 

verde para os desempenhos da produtividade superiores aos do emprego; e o azul para 

o mesmo tipo de desempenhos mas marginais. 

Nos gráficos, as sub-regiões são agrupadas segundo classes de comportamento: 

desempenhos da produtividade superiores aos do emprego podem corresponder a 

criação de emprego ou a destruição de emprego; do mesmo modo, desempenhos do 

emprego superiores aos da produtividade podem corresponder a acréscimos positivos ou 

negativos de produtividade. Qualquer uma daquelas combinações pode corresponder a 

Tâmega 

Dão-Lafões 

Cova da Beira 






Douro 


Baixo Vouga 




DINÂMICA REGIONAL DINÂMICA SECTORIAL TOTAL 

17




crescimentos positivos ou negativos do VAB, o que conduz a diferentes evoluções 

qualitativas. 

No conjunto do país, como se pode verificar pelos gráficos, o crescimento do VAB foi 

sustentado em partes aproximadamente iguais pelo crescimento da produtividade e pelo 

crescimento do emprego, com ligeira vantagem para este último. No entanto, a nível das 

sub-regiões os processos de crescimento do VAB foram diversificados, como veremos de 

seguida, sendo difícil estabelecer qualquer correspondência de comportamentos com as 

tradicionais dicotomias territoriais de Portugal. Aparentemente, no segundo período 

encontram-se alguns sinais de reestruturação no facto de ter aumentado de 6 para 9 o 

número de sub-regiões com crescimento explicado pela produtividade (embora com 

níveis de crescimento inferiores), e de ter diminuído para de 12 para 10 o número de 

sub-regiões com crescimento explicado pelo emprego, diminuindo também de 12 para 11 

o número de sub-regiões com crescimento determinado em partes aproximadamente 

iguais pela produtividade ou pelo emprego (contagem com base no quadro 2.2). 

Pelo quadro 2.2 podemos também verificar que apenas em 4 sub-regiões houve 

crescimento em ambos os períodos, baseado em contributos da produtividade 

relevantemente superiores aos do emprego (crescimento menos intensivo em trabalho, 

com sublinhado a verde). Todavia, podemos também verificar que os processos 

subjacentes são diferenciados: a Madeira foi ganhadora de quota no VAB em ambos os 

períodos; Entre Douro e Vouga foi ganhador apenas em 1995-1999; e Grande Porto e 

Cova da Beira perderam quota no VAB em ambos os períodos. 

Recorrendo aos gráficos podemos verificar que a Madeira criou emprego, em termos 

líquidos, no período de 1995-1999 e praticamente o estabilizou no período de 1999- 

2003; o Entre Douro e Vouga criou emprego líquido no primeiro período, mas já no 

segundo período perdeu emprego em termos líquidos, daí que no segundo período se 

possa constatar que o acréscimo de produtividade não foi suficiente para compensar a 

perda de emprego. 

Nos casos do Grande Porto e Cova da Beira: no primeiro período há crescimento positivo 

da produtividade e do emprego, mas em níveis combinados insuficientes para evitar que 

estas sub-regiões tenham perdido importância no VAB nacional; no segundo período 

ambas perdem emprego, e no caso do Grande Porto em volume suficiente para, apesar 

do pequeno acréscimo de produtividade, ter registado crescimento negativo do VAB. 

Recorrendo novamente ao quadro 2.2 podemos verificar que em 5 sub-regiões o 

crescimento foi sempre mais determinado pelo emprego (crescimento intensivo em 

trabalho). Também neste caso podemos constatar que este modelo ocorre numa região 

que foi ganhadora de quota do VAB em ambos os períodos (o Pinhal Litoral); numa subregião 

que ganhou quota apenas no primeiro período (o Médio Tejo, que no segundo 

18




período registou decréscimo de produtividade); numa sub-região que ganhou quota 

apenas no segundo período (o Pinhal Interior Norte, que no primeiro período tem um 

ligeiro acréscimo de quota mais assimilável a estabilização do que a ganho); e o Minho- 

Lima e o Baixo Alentejo no grupo dos perdedores em ambos os períodos (a primeira 

perdeu produtividade no 2º período e a segunda perdeu produtividade no 1º período e no 

período global). 

Nos restantes casos, encontramos comportamentos mais variados entre os dois períodos. 

Deste modo, no caso das sub-regiões ganhadoras em ambos os períodos: a Grande 

Lisboa destaca-se pelo crescimento do VAB no período global ter sido determinado pela 

produtividade, mas essencialmente devido ao comportamento no primeiro período; Oeste 

e Lezíria do Tejo cresceram globalmente devido ao emprego, com particular relevância 

no segundo período. Dão-Lafões e Alentejo Central apresentaram contributos 

equilibrados da produtividade e do emprego para o crescimento do VAB no período 

global, mas com comportamentos assimétricos nos períodos intermédios: determinação 

pela produtividade no primeiro período e pelo emprego no segundo. 

No grupo dos perdedores em ambos os períodos, destaca-se o caso do Ave, que em 

termos globais teve o crescimento sustentado pelo emprego, em particular no segundo 

período. No grupo dos ganhadores no primeiro período e perdedores no segundo, 

destaca-se o caso da Península de Setúbal com crescimento explicado sobretudo pelo 

emprego, em particular no segundo período, e do Baixo Vouga com crescimento 

sustentado principalmente pela produtividade, também com especial relevância no 

segundo período. 

Na secção 4 deste trabalho, voltamos a retomar a análise dos processos de crescimento 

dos VAB regionais, explicados pela produtividade e pelo emprego, mas procurando 

identificar modelos de crescimento de maior ou menor competitividade através da 

inserção desses processos no contexto da UE15 e da avaliação dos principais contributos 

sectoriais para o comportamento de cada sub-região. Entretanto, veremos ainda quais 

foram os contributos sub-regionais mais relevantes para o crescimento nacional do VAB. 

19




20 

Tipos de 

comportamento 

em 1995-1999 

e 1999-2003 

Ganhadores / 

Ganhadores 

Ganhadores / 

Perdedores 

Perdedores / 

Ganhadores 

Perdedores / 

Perdedores 

Quadro 2.2 – Factores de Crescimento do VAB segundo os Tipos de 

Comportamentos Sub-regionais 

Sub-regiões 


Dão-Lafões 

Oeste 






Baixo Vouga 


Médio Tejo 


Tâmega 

Douro 




Alto Alentejo 

Algarve 

Açores 

Minho-Lima 

Ave 






Cova da Beira 



Factores explicativos do crescimento do VAB 

1995-1999 1999-2003 1995-2003 

Produtiv. < Emp. 


Produtiv. ≥ Emp. 

Produtiv. > Emp. 





Produtiv. ≤ Emp. 

















































































Produtiv. < Emp.

Crescimento 

baseado no 

emprego com 

acréscimo de 

produtividade 

Gráfico 2.6 – Factores de Crescimento do VAB em 1995-1999 

Crescimento baseado no 

emprego com decréscimo 

de produtividade 




Crescimento 


emprego com 




Tâmega 

Minho-Lima 

Médio Tejo 


Açores 

Dão-Lafões 





0,30 Beira Interior Sul 

Cova da Beira 


0,20 


0,10 

0,00 

-0,10 

Ave 


Algarve 

PT 

Douro 


Baixo Vouga 

Alto Alentejo 




Oeste 



VAB Emprego Produtividade 


Declínio do vab devido à produtividade 

Declínio do VAB devido ao 

Crescimento 


emprego com 

decréscimo de 





Minho-Lima 


Ave 





Médio Tejo 

Oeste 

Açores 

Tâmega 

Dão-Lafões 

0,20 

0,10 

0,00 

-0,10 

PT 

Alto Alentejo 




Algarve 


Douro 







Cova da Beira 

Baixo Vouga 






Crescimento 

baseado na 

produtividad 

e com 

criação de 

emprego 

Crescimento 



com criação de 

emprego 

Crescimento 



com destruição 

de emprego 

21

DEPARTAMENTO 

DE 

PROSPECTIVA 

E PLANEAMENTO 

E RELAÇÕES 

INTERNACIONAIS 

22 

Crescimento 


emprego com 





Crescimento baseado no emprego 

com decréscimo de produtividade 



Açores 

Tâmega 


Minho-Lima 

Oeste 



Médio Tejo 

Ave 



0,40 

0,30 

0,20 

0,10 

0,00 

-0,10 


Algarve 


Cova da Beira 



PT 

Douro 





Baixo Vouga 

Alto Alentejo 



Dão-Lafões 



2.4. Contributos Regionais para o Crescimento do VAB Nacional 

Crescimento 



com criação de 

emprego 

Nesta secção identificamos quais foram as sub-regiões que, em cada período, mais 

contribuíram para o crescimento nacional do VAB (gráfico 2.9), e em que medida esses 

contributos derivaram sobretudo da importância económica de cada sub-região e da 

respectiva especialização - efeito dimensão, ou do maior dinamismo regional - diferencial 

de crescimento 16 (quadro 2.3). 

No período de aceleração do crescimento, 53% da variação do VAB nacional foi gerado 

no conjunto da Grande Lisboa (6,3 pontos percentuais – pp – o que dá 36,5%), do 

Grande Porto (1,7 pp o que dá 9,6%) e da Península de Setúbal (1,3 pp o que dá 7,4%). 

Exceptuando os casos das Regiões Autónomas e do Alentejo Central e Dão-Lafões, todas 

as sub-regiões com contributo superior a 1% para o crescimento nacional do VAB (mais 

de 0,2 pp) são do Litoral. Ao todo, 87% do crescimento do VAB foi gerado no Litoral 

continental, incluindo o Algarve. 

Em todas as situações o efeito de dimensão é mais importante que o diferencial de 

crescimento 17 , sendo que entre o Norte e o Centro e Sul, há uma diferença notória no 

16 

O contributo de cada região r para o crescimento nacional do VAB pode ser obtido pela equação seguinte, em 

que a primeira parcela nos dá o efeito diferencial de crescimento, e a segunda o efeito de 

dimensão/especialização. Nessa fórmula, V reporta-se ao VAB, t à taxa de variação e i ao sector: 

17 

O que deverá dever-se ao facto de as diferenças inter-regionais de quota no VAB serem maiores que as 

diferenças de taxas de variação desse agregado.




facto de, no primeiro caso, em coerência com a análise já efectuada antes, os 

diferenciais de crescimento terem sido negativos. É no contexto dos efeitos de dimensão, 

que se percebe como o Grande Porto, sendo região perdedora em ambos os períodos, no 

primeiro período tenha, ainda assim, gerado o 2º maior contributo para o crescimento 

nacional do VAB. No Sul, apenas o Algarve apresenta também um ligeiro diferencial de 

crescimento negativo. 

No período de desaceleração do crescimento (1999-2003), duas das grandes alterações 

de vulto resultam dos crescimentos negativos do VAB registados pelo Grande Porto e 

pela Península de Setúbal. Deste modo, o conjunto destas sub-regiões contribuiu apenas 

com 37,1% (2,4 pp), dos quais 42,2% (2,8 pp) vieram da Grande Lisboa. O conjunto das 

sub-regiões do Litoral continental e Algarve contribuíram assim com 74,8% (4,9 pp), isto 

é, menos cerca de 12% em relação ao período anterior. 

O efeito dimensão neste período assumiu menor importância. Embora continue a ser 

predominante na maior parte das sub-regiões, isso sucede de forma relativamente 

menos importante, e há mesmo três casos em que o diferencial de crescimento foi mais 

importante (Alentejo Central, Algarve e Madeira). Reflecte-se aqui o facto, já assinalado 

a montante deste ponto, de que a crise se reflectiu sobretudo nas sub-regiões do Litoral, 

em especial Norte, tendo parte significativa das sub-regiões do Interior manifestado 

maior resistência expressa por uma menor intensidade de desaceleração do crescimento 

do VAB. 

7,0 

6,0 

5,0 

4,0 

3,0 

2,0 

1,0 

0,0 

-1,0 

Minho-Lima 

Gráfico 2.9 – Contributos Regionais para o Crescimento Global do VAB 

(a Preços de 1995), nos Períodos de 1995-1999 e 1999-2003 


Ave 


Tâmega 

Entre 

Douro e Vouga 

Fonte: DPP, Quadro 2.3. 

Douro 

Alto 

Trás-os-Montes 

Baixo Vouga 



Pinhal 

Interior Norte 

Dão-Lafões 





Cova da Beira 

Oeste 



Médio Tejo 


1995 a 1999 1999 a 2003 


Alto Alentejo 



Algarve 

Açores 


23




24 

Quadro 2.3 – Contributos Regionais para o Crescimento do VAB Nacional 

1995 a 1999 1999 a 2003 

Diferencial 

crescimento 

Dimensão 

Contributo 

Total 

Diferencial 

crescimento 

Dimensão 

Contributo 

Total 

Portugal 17,22 6,54 

Minho-Lima -0,12 0,27 0,15 -0,02 0,10 0,07 

Cávado -0,09 0,49 0,40 0,07 0,18 0,26 

Ave -0,14 0,70 0,56 -0,17 0,26 0,09 

Grande Porto -0,73 2,39 1,66 -1,02 0,87 -0,15 

Tâmega -0,02 0,43 0,41 0,08 0,16 0,24 

Entre Douro e Vouga 0,16 0,39 0,54 -0,13 0,16 0,02 

Douro -0,20 0,26 0,06 0,03 0,09 0,12 

Alto Trás-os-Montes -0,20 0,25 0,05 -0,04 0,08 0,04 

Baixo Vouga 0,14 0,60 0,74 -0,13 0,23 0,10 

Baixo Mondego -0,20 0,57 0,37 -0,02 0,20 0,18 

Pinhal Litoral 0,14 0,39 0,52 0,11 0,15 0,27 

Pinhal Interior Norte 0,00 0,13 0,12 0,03 0,05 0,07 

Dão-Lafões 0,07 0,28 0,34 0,07 0,11 0,18 

Pinhal Interior Sul -0,05 0,05 0,01 0,01 0,02 0,03 

Serra da Estrela -0,01 0,05 0,04 -0,01 0,02 0,01 

Beira Interior Norte -0,02 0,13 0,11 0,02 0,05 0,06 

Beira Interior Sul -0,05 0,13 0,08 -0,03 0,05 0,01 

Cova da Beira -0,05 0,12 0,07 -0,01 0,04 0,03 

Oeste 0,16 0,50 0,66 0,11 0,20 0,31 

Grande Lisboa 0,96 5,33 6,29 0,68 2,08 2,76 

Península de Setúbal 0,27 1,00 1,27 -0,57 0,39 -0,17 

Médio Tejo 0,10 0,34 0,44 -0,04 0,13 0,10 

Lezíria do Tejo 0,26 0,35 0,62 0,06 0,15 0,21 

Alentejo Litoral -0,16 0,19 0,03 -0,05 0,06 0,01 

Alto Alentejo -0,02 0,17 0,14 0,04 0,06 0,10 

Alentejo Central 0,03 0,23 0,27 0,13 0,09 0,22 

Baixo Alentejo -0,12 0,19 0,06 -0,02 0,06 0,04 

Algarve -0,08 0,61 0,52 0,45 0,23 0,67 

Açores -0,07 0,31 0,24 0,10 0,11 0,21 

Madeira 0,05 0,41 0,46 0,28 0,16 0,44 

Fonte: DPP, com base em INE – Contas Regionais.

3. AS ACTIVIDADES SUSTENTADORAS DO CRESCIMENTO 




Nesta secção iremos ver como é que esta geografia de crescimento se projecta em 

especializações produtivas regionais e quais foram as actividades em que o crescimento 

de cada região assentou. Trata-se no fundo de saber quais foram, em cada NUT III, as 

actividades sustentadoras do respectivo crescimento. 

3.1. Especializações Produtivas numa Óptica de Áreas de Mercado 

Vejamos, nesta secção, como é que as sub-regiões se situavam e se comportaram em 

termos das especializações produtivas e das suas evoluções, e em que sectores é que foi 

gerado o crescimento dos VAB regionais. Faz-se esta análise numa perspectiva de 

sustentabilidade do crescimento assente nas amplitudes geográficas de mercado, que 

conduziu à definição dos sectores a considerar neste trabalho. Certamente que não se 

abarca esta questão em toda a sua plenitude, o que imporia antes do mais, a análise de 

sustentabilidade da economia nacional, o que não é comportável no âmbito deste estudo. 

Teremos assim a sustentabilidade das economias regionais vista, em primeiro lugar, na 

perspectiva da sua maior ou menor dependência directa em relação ao Orçamento de 

Estado, o que é relevante sobretudo, mas não só, ao debruçarmo-nos sobre as regiões 

mais periféricas do país que, normalmente, apresentam mais dificuldades de afirmação 

nos mercados. Para além disso, essa sustentabilidade mede-se também pela maior ou 

menor dependência das actividades mercantis desenvolvidas em cada região, em relação 

a mercados que constituem despesa externa ou interna, e dentro dos últimos, aos 

mercados que não constituem base económica sub-regional (os mercados locais/subregionais) 

e àqueles que constituem base económica sub-regional (os mercados de 

âmbito nacional) e que, por isso, funcionam por impulsos extra-regionais tanto mais 

indispensáveis para o crescimento quanto mais pequenas as economias. 

Dentre as outras actividades que constituem base económica, as exportadoras para o 

estrangeiro, naturalmente que haverá maior sustentabilidade se se tratar de actividades 

cuja competitividade não assenta nos factores tradicionais, mas em novos elementos. 

Daí que, dentro dos limites impostos pelas disponibilidades estatísticas, se tenha 

distinguido aproximadamente entre actividades exportadoras tradicionais e novas 

actividades exportadoras 18 . Assim, realizou-se uma análise simultânea da evolução da 

sustentabilidade das economias regionais na perspectiva da sua dependência directa do 

Orçamento de Estado e da dependência das actividades mercantis em relação aos 

mercados que constituem despesa externa ou despesa interna. Dentre as actividades 

mercantis, distinguimos assim entre as que designámos por actividades de base 

económica não primária, que são constituídos pelas actividades exportadoras e pelas 

18 

Como se refere na nota anexa à nomenclatura, considerou-se como exportadora a hotelaria e restauração 

devido às vendas a não residentes. Trata-se de um risco assumido, uma vez que se misturam nessa 

actividade, em proporções regionalmente muito variáveis, actividades exportadoras, com actividades de 

mercado local e nacional. Essa opção visou conferir “visibilidade” exportadora às regiões mais fortemente 

especializadas no turismo. 

25




actividades orientadas para o mercado nacional; e as que designámos por mercados 

locais que agrupam as actividades orientados para os mercados local e sub-regional e a 

construção. 

Como se refere no anexo 7.2, relativo à nomenclatura de actividades do estudo, 

reportámo-nos a uma delimitação sectorial aproximativa procurando agrupar os sectores 

que têm maior expressão em cada uma das dimensões de mercado, e não a qualquer 

suposto carácter exclusivo das actividades originais englobadas em cada sector do 

estudo. 

A nossa análise incidiu num indicador da importância absoluta e num indicador da 

importância relativa de cada tipo de actividade em cada região. No primeiro caso trata-se 

da estrutura sectorial regional, que nos dá o peso que cada actividade tem no VAB de 

cada região. No segundo caso usamos o Quociente de Localização (QL) que, para cada 

actividade e região, relaciona o peso anterior com o respectivo peso médio a nível 

nacional 19 . Este último indicador costuma, assim, ser utilizado como um indicador de 

especialização regional, considerando-se uma região como especializada num sector 

quando o QL >1. 

26 

100% 

80% 

60% 

40% 

20% 

0% 

Portugal 

Minho-Lima 


Ave 


Gráfico 3.1 – Estrutura Sectorial do VAB em 2003 

Tâmega 


Douro 


Baixo Vouga 




Dão-Lafões 



Primárias Não mercantis Mercados locais Actividades de base económica não primária 


Na análise que se segue, baseamo-nos nos gráficos 3.1 a 3.3 (com referências ao quadro 

A.3.2 para maior detalhe sectorial) para a análise da situação em 2003, nos gráficos 3.4 

e 3.5 para análise da evolução daqueles indicadores nos períodos de 1995 a 1999 e 1999 

a 2003, e no quadro 3.1 para análise das especializações produtivas cruzada com a 

dinâmica de ganhadores/perdedores. 

19 A explicação deste indicador pode ser vista em Alves et al (2001). 



Cova da Beira 

Oeste 



Médio Tejo 



Alto Alentejo 



Algarve 

Açores 





Começaremos por notar que 19 sub-regiões apresentavam um peso das actividades não 

mercantis superior à média nacional (Gráfico 3.2), sendo que, não se trata em todos os 

casos de sub-regiões do Interior: Baixo Mondego e Península de Setúbal estão neste 

grupo. Depois podemos verificar (Gráfico 3.3) que apenas o Entre Douro e Vouga, Ave 20 , 

21 22 

Baixo Vouga e a Grande Lisboa se destacavam pelo peso do conjunto das actividades 

de base económica não primária acima da média nacional. Tâmega, Alentejo Litoral 

23 24 25 

(devido a Sines e a Tróia), Pinhal Litoral , Madeira, Grande Porto , Cávado , Península 

de Setúbal 26 e Médio Tejo, situavam-se próximo dessa média. As actividades locais 

apresentavam maiores pesos no Pinhal Litoral, Grande Porto, Cávado, Minho-Lima, Dão 

Lafões e Cova da Beira. 

Apresentando grande dependência de actividades primárias (Gráfico 3.1), rondando os 

20%, tínhamos o Douro e as sub-regiões alentejanas. Todo o Interior, incluindo os 

Açores, e ainda o Oeste e a Lezíria do Tejo, apresentava pesos conjuntos das actividades 

primárias e não mercantis claramente acima da média nacional. 

Gráfico 3.2 – Quocientes de Localização do VAB 2003 das Actividades Não 

Mercantis, Mercados Locais e Actividades de Base Económica Não Primária 

Ave 

Baixo Alentejo 1,8 


1,6 

Açores 

1,4 


1,2 

1 


0,8 

Douro 

0,6 

0,4 


0,2 

0 

Alto Alentejo 






Algarve 


Oeste 

Dão-Lafões 

Tâmega 

Cova da Beira 



Médio Tejo 

Minho-Lima 





Baixo Vouga 



Actv. não mercantis Mercados locais Actividades de base económica não primária 

20 

Em ambos os casos com maior especialização nas actividades exportadoras tradicionais (Quadro A.3.2.) 

21 

Com especialização nas novas exportadoras (Quadro A.3.2.). 

22 

Com especialização nas actividades orientadas para o mercado nacional (Quadro A.3.2.). 

23 


24 


25 

Com especialização nas exportadoras tradicionais (Quadro A.3.2.). 

27

DEPARTAMENTO 

DE 

PROSPECTIVA 

E PLANEAMENTO 

E RELAÇÕES 


28 

Gráfico 3.3 – Quocientes de Localização do VAB 2003 das Actividades Não 

Mercantis, Mercados Locais e Actividades de Base Económica Não Primária 

(Ordenado pelas Actividades de Base Económica Não Primária) 


Ave 

Baixo Vouga 


1,8 

1,6 

1,4 

Alto Alentejo 

Douro 



1,2 

Açores 

Tâmega 

1 

0,8 

Cova da Beira 


0,6 

0,4 



0,2 

0 









Dão-Lafões 

Médio Tejo 

Oeste 

Algarve 



Minho-Lima 


Actv. não mercantis Mercados locais Actividades de base económica não primária 


Se olharmos para o quadro 3.1, onde cruzamos os elementos anteriores com o quadro 

2.1 – Regiões ganhadoras e perdedoras de quota no VAB, podemos verificar que a 

grande maioria das sub-regiões que perdeu quota apenas no primeiro período ou em 

ambos, em 2003 apresentava especialização nas actividades não mercantis. 

Das 9 sub-regiões com perda de quota apenas no primeiro período (ganho no segundo 

período), apenas o Tâmega apresentava ligeira especialização nas actividades de base 

27 28 

económica não primária, enquanto o Cávado , Pinhais Interiores e Algarve , 

apresentavam especialização nas actividades de mercados locais/sub-regionais. 

Das 10 sub-regiões com perda de quota em ambos os períodos, apenas o Ave e o Grande 

Porto apresentavam especialização, respectivamente, nas actividades de base económica 

não primária e no segundo caso nas de mercado local. Neste grupo o Alentejo Litoral 

apresentava forte especialização nas primárias e ligeira especialização nas de base 

económica não primária. 

26 


27 

Com especialização nas exportadoras tradicionais e na construção (quadro A.3.2). 

28 

Com forte especialização nas exportadoras tradicionais e construção, para além do primário (quadro A.3.2).

Quadro 3.1 – Regiões Ganhadoras e Perdedoras e Especializações Produtivas 

Especialização produtiva em 2003 

Primárias Não mercantis Mercados locais 

Base económica não 

primária 

Ganhador / Ganhador 

Pinhal Litoral 0,62 0,82 1,17 1,00 

Dão-Lafões 0,82 1,39 1,06 0,82 

Oeste 3,42 0,99 0,96 0,83 

Grande Lisboa 0,09 0,78 1,06 1,13 

Lezíria do Tejo 3,78 0,97 0,79 0,90 

Alentejo Central 4,52 1,41 0,82 0,65 

Madeira 0,77 1,15 0,94 1,00 

Perdedor / Ganhador 

Cávado 0,73 0,99 1,11 0,96 

Tâmega 1,02 1,10 0,84 1,05 

Douro 4,90 1,46 0,75 0,64 

Pinhal Interior Norte 1,16 1,46 1,03 0,79 

Pinhal Interior Sul 1,65 1,23 1,02 0,84 

Beira Interior Norte 1,80 1,51 0,97 0,75 

Alto Alentejo 4,72 1,44 0,79 0,64 

Algarve 2,15 0,91 1,04 0,92 

Açores 2,38 1,61 0,90 0,70 

Ganhador / Perdedor 

Entre Douro e Vouga 0,23 0,72 0,69 1,36 

Baixo Vouga 0,85 0,93 0,84 1,13 

Península de Setúbal 0,85 1,21 0,95 0,96 

Médio Tejo 0,89 1,25 0,95 0,94 

Perdedor / Perdedor 

Minho-Lima 0,87 1,18 1,13 0,86 

Ave 0,36 0,67 0,85 1,28 

Grande Porto 0,26 0,92 1,21 0,97 

Alto Trás-os-Montes 2,05 1,68 0,79 0,76 

Baixo Mondego 0,66 1,39 1,00 0,87 

Serra da Estrela 1,33 1,60 1,00 0,73 

Beira Interior Sul 2,77 1,26 0,89 0,81 

Cova da Beira 2,19 1,34 1,07 0,72 

Alentejo Litoral 4,53 0,91 0,50 1,04 

Baixo Alentejo 5,81 1,71 0,72 0,48 

Fonte: DPP, com base em INE – Contas Regionais 




Das 7 sub-regiões ganhadoras em ambos os períodos, apenas o Dão-Lafões, Alentejo 

Central e Madeira, apresentam especialização nas actividades não mercantis, no primeiro 

caso complementada por especialização nas actividades de mercados locais, em que 

também o Pinhal e a Grande Lisboa apresentavam especialização. Esta última sub-região 

era a única deste grupo com especialização clara nas actividades de base económica não 

primária. Oeste, Lezíria e Alentejo Central, apresentavam forte especialização nas 

actividades primárias. 

Das 4 sub-regiões perdedoras apenas no segundo período (ganhadoras no primeiro), 

apenas a Península de Setúbal e o Médio Tejo apresentavam especialização nas não 

29




mercantis, complementada no entanto por especialização em actividades exportadoras, 

nas novas exportadoras, no caso da Península de Setúbal e nas exportadoras 

tradicionais, no caso do Médio Tejo. Entre Douro e Vouga e Baixo Vouga apresentavam 

especialização nas actividades de base económica não primária. 

3.2. Dinâmica das Especializações Produtivas 

A partir dos gráficos 3.4 e 3.5 podemos constatar que, na generalidade das sub-regiões, 

mas com especial incidência no Interior, a dependência em relação às actividades não 

mercantis teve um grande impulso no período 1995-1999 que, no período posterior, se 

repetiu embora com menor intensidade. A única excepção é a região da Grande Lisboa 

onde, mesmo sendo pouco significativa à partida, diminuiu a importância das actividades 

não mercantis, em especial no segundo período. Neste período houve também ligeiras 

diminuições de peso das não mercantis no Algarve e Alto Alentejo. 

No período 1995 a 1999 verificou-se uma diminuição da importância das actividades de 

base económica não primária na estrutura regional do VAB, com algumas excepções: 

Lezíria do Tejo, Alto Alentejo, Grande Lisboa e Baixo Alentejo, e, em menor escala, Dão- 

Lafões, Beira Interior Norte e Sul e Alentejo Litoral. No período de desaceleração 

económica, sublinhou-se a tendência do período anterior para uma especialização 

produtiva em actividades com mercados de âmbito local. Apenas o Douro, o Dão-Lafões, 

a Lezíria do Tejo, o Alentejo Central, a Madeira e a Grande Lisboa, apresentaram algum 

dinamismo no sentido da reconversão produtiva para actividades com sustentação em 

mercados mais amplos. 

30 

8 

6 

4 

2 

0 

-2 

-4 

-6 

Gráfico 3.4 – Variação da Estrutura Inter-sectorial Regional do VAB 1995-1999 (%) 

Portugal 

Minho-Lima 


Ave 


Tâmega 



Douro 


Baixo Vouga 




Dão-Lafões 



Não mercantis Mercados Locais Actividades de base económica não primária 



Cova da Beira 

Oeste 



Médio Tejo 



Alto Alentejo 



Algarve 

Açores 


6 

4 

2 

0 

-2 

-4 

-6 

-8 




Gráfico 3.5 – Variação da Estrutura Inter-sectorial Regional do VAB 1999-2003 (%) 

Portugal 

Minho-Lima 


Ave 


Tâmega 



Douro 


Baixo Vouga 




Dão-Lafões 



Não mercantis Mercados locais Actividades de base económica não primária 



Cova da Beira 

Oeste 



Médio Tejo 



Alto Alentejo 



Algarve 

Açores 


31




Quadro 3.2 – Contributos Sectoriais para os Crescimentos Regionais e Contributos 

Regionais para o Crescimento Global do VAB 1995-1999 e 1999-2003 (%) 

Primárias 

Não 

mercantis 

1995 a 1999 1999 a 2003 

Mercados 

locais 

Base 

económica 

não 

primária 

Total Primárias 

Não 

mercantis 


locais 

Base 

económica 

não primária 

Portugal 0,4 11,4 24,6 63,7 100,0 -0,9 10,2 16,3 74,4 100,0 

Minho-Lima -23,2 18,5 47,5 57,1 0,9 -19,0 7,1 49,9 61,9 1,1 

Cávado -4,0 15,6 32,8 55,6 2,4 -3,3 10,1 10,7 82,5 3,9 

Ave -2,4 8,9 24,3 69,1 3,3 -30,7 21,2 70,2 39,4 1,4 

Grande Porto 0,8 11,5 20,0 67,7 9,6 -15,6 24,3 35,8 -144,5 -2,4 

Tâmega -13,1 21,2 27,0 64,9 2,4 -11,6 23,3 3,6 84,7 3,7 

Entre Douro e Vouga -2,2 8,7 19,6 73,9 3,2 -79,7 118,8 -97,6 158,6 0,4 

Douro -71,9 78,2 61,3 32,4 0,3 -31,9 18,3 10,5 103,0 1,8 

Alto Trás-os-Montes -42,3 83,9 66,9 -8,5 0,3 -134,0 41,6 23,2 169,2 0,7 

Baixo Vouga -1,4 8,5 23,0 69,9 4,3 -38,8 38,1 31,7 69,0 1,5 

Baixo Mondego -2,3 14,9 17,8 69,5 2,2 -30,7 9,8 64,2 56,8 2,8 

Pinhal Litoral 0,5 10,2 35,1 54,2 3,0 -5,6 15,1 36,7 53,9 4,1 

Pinhal Interior Norte -7,0 27,6 44,5 34,9 0,7 -24,9 37,8 34,2 52,9 1,1 

Dão-Lafões -3,6 19,0 33,0 51,6 2,0 -31,7 27,9 -2,3 106,2 2,7 

Pinhal Interior Sul -199,3 108,8 73,2 117,3 0,0 -49,5 19,3 42,2 88,0 0,4 

Serra da Estrela 13,0 25,0 14,3 47,7 0,2 -57,8 91,4 104,4 -38,0 0,1 

Beira Interior Norte -0,9 22,2 23,6 55,2 0,6 -47,0 24,5 48,8 73,7 1,0 

Beira Interior Sul 5,2 10,9 3,1 80,8 0,4 -87,7 10,4 101,7 75,6 0,2 

Cova da Beira 6,6 32,4 40,3 20,7 0,4 5,5 48,9 48,5 -2,8 0,5 

Oeste 11,6 16,1 35,6 36,8 3,8 28,7 15,2 11,8 44,3 4,7 

Grande Lisboa 0,1 4,8 19,4 75,7 36,5 1,8 -8,5 9,7 97,0 42,2 

Península de Setúbal -1,7 15,3 27,3 59,2 7,4 26,4 34,0 -43,3 -117,1 -2,6 

Médio Tejo 0,1 19,5 29,2 51,1 2,5 -5,8 35,5 28,4 41,9 1,5 

Lezíria do Tejo 5,3 10,2 23,9 60,6 3,6 13,6 9,1 -9,9 87,2 3,2 

Alentejo Litoral 75,8 73,7 26,9 -76,5 0,2 374,7 164,5 21,6 -460,8 0,2 

Alto Alentejo 27,1 9,9 4,1 58,9 0,8 23,5 12,1 20,4 44,1 1,5 

Alentejo Central 32,3 14,2 17,2 36,2 1,5 2,9 15,7 3,1 78,3 3,4 

Baixo Alentejo -46,9 44,9 49,5 52,5 0,4 -12,2 63,3 -24,0 72,9 0,6 

Algarve 8,1 17,8 39,1 35,0 3,0 18,8 9,0 27,3 44,9 10,3 

Açores 16,5 18,9 17,6 47,0 1,4 -5,3 33,1 23,2 48,9 3,2 

Madeira -1,5 14,5 44,7 42,3 2,6 1,2 19,2 8,5 71,1 6,7 

Fonte: DPP, com base em INE – Contas Regionais. 

Tendo em conta as diferenças de crescimento dos VAB regionais, interessa, ainda, 

analisar de que modo foi conseguido o contributo de cada região para o VAB nacional. 

Através do quadro 3.2 podemos verificar em que actividades económicas se gerou o 

contributo regional para o crescimento nacional. 

A nível nacional, em ambos os períodos, as actividades que mais contribuíram para o 

crescimento foram as actividades de base económica não primária. A nível sub-regional 

esta situação repete-se, especialmente no primeiro período. Pode, todavia verificar-se 

que há algumas excepções em ambos os períodos, em que os crescimentos sub-regionais 

foram determinados maioritariamente pelas actividades de mercados locais, ou não 

mercantis e primárias. No segundo período estas excepções têm especial acutilância nas 

sub-regiões exportadoras, em especial o Ave, Grande Porto e Península de Setúbal, e 

32 

Total




nalgumas sub-regiões interiores com significado nas exportadoras tradicionais (Serra da 

Estrela, Cova da Beira) e Alentejo Litoral. 

Em suma, a sustentabilidade das economias regionais esteve muito ligada a actividades 

públicas, quer devido ao peso que as actividades não mercantis possuíam em todo o 

País, quer devido à representatividade das actividades orientadas para os mercados 

locais e da construção. Sendo assim o dinamismo das regiões dependeu do efeito de 

arrastamento da procura local, que por sua vez é muito determinado pelo sector público. 

A tendência crescente daquela dependência perdeu intensidade no período 1999-2003, 

talvez devido à contenção de despesa pública verificada nesta fase de desaceleração 

económica e ao crescente endividamento das famílias. No segundo período são também 

visíveis os efeitos da perda de competitividade das exportadoras tradicionais nalgumas 

das sub-regiões com maior incidência dessas actividades. 

33




4. OS MODELOS DE CRESCIMENTO 

Nesta secção as dinâmicas de crescimento regional são enquadradas na dinâmica de 

crescimento do conjunto da UE15, procurando-se identificar modelos de crescimento das 

regiões portuguesas, do ponto de vista da sua competitividade (crescimento acima da 

média europeia) e da sua sustentação na produtividade e emprego. Simultaneamente 

procura-se determinar quais foram as actividades que, em cada caso, mais contribuíram 

para o desempenho sub-regional. A definição de modelos de crescimento é aplicada ao 

conjunto das actividades produtivas tomando como referência a UE15 e Portugal, e 

apenas às actividades mercantis não primárias, tomando como referência Portugal, 

procurando-se assim testar a sensibilidade de conclusões à não consideração de 

actividades muito influenciadas por factores não mercantis. 

4.1. Metodologia 

A partir da relação entre a taxa de crescimento do VAB, do emprego e da produtividade 

do emprego é possível identificar modelos de crescimento económico regional. Para esta 

análise, cada região é comparada com uma região de referência. A região de referência 

deve constituir um espaço de integração das economias regionais em análise, sendo as 

taxas de crescimento do seu VAB correspondentes à média das taxas dos espaços 

integrados. 

A identificação dos modelos recorreu, numa primeira fase, a uma análise de cada um de 

três critérios, a que se seguiu depois o respectivo cruzamento dando lugar à definição 

dos modelos de crescimento. 

A classificação das regiões segundo a sua posição relativa ao crescimento do produto de 

uma região de referência 29 foi o primeiro critério adoptado, segundo o qual uma região 

poderá apresentar: 

34 

um crescimento do VAB superior ao valor de referência que corresponde a um 

ganho de quota de mercado global (que designamos por ganho absoluto), o que 

significa que a região foi competitiva no quadro territorial de referência 30 – aos 

modelos que cumprem esta característica damos a designação de modelos 

competitivos; 

29 

Exclui-se a hipótese em que a região de referência tem crescimento negativo, pois obrigaria a uma grelha de 

caracterização diferente, e tal hipótese não se verificou nos períodos em análise em nenhuma das 2 regiões 

tomadas como referência (UE e Portugal). 

30 

Tendo em conta que o aumento de quota de mercado pode provir da expansão de actividades já existentes 

ou da implantação de novas actividades, o que confere dupla dimensão à definição de competitividade: ganho 

de quotas de mercado propriamente ditas e atracção de novo investimento. Não cabe, no entanto, no âmbito 

deste trabalho discutir os factores explicativos dessa competitividade, mas apenas saber em que medida 

radica na extensão do uso do factor trabalho e/ou na produtividade do trabalho.




um crescimento inferior ao valor de referência mas ainda assim positivo, o que 

leva a uma perda quota de mercado global (há um declínio relativo), o que 

sugere um problema de competitividade, pelo que designamos de 

insuficientemente competitivos os modelos que cumprem esta característica; 

e, 

um decréscimo da taxa de crescimento do VAB – que designamos de modelo de 

declínio absoluto/não competitivo, pois não apenas perde quota de mercado 

como diminui o próprio valor do VAB em consequência de uma perda de 

competitividade acentuada. 

Figura 4.1 – Representação Gráfica* do Critério Crescimento do VAB 

Taxa de crescimento da produtividade 

Declínio relativo 

Declínio absoluto 

Ganho absoluto 

Taxa de crescimento do emprego 

Tomou-se como segundo critério de classificação a posição relativa da taxa de 

crescimento do emprego (eixo das abcissas). Quando uma região tem uma taxa de 

crescimento do emprego superior à taxa de crescimento do emprego da região de 

referência 31 apresenta um ganho de quota de emprego, se possui um valor inferior 

mas efectivamente positivo, significa que tem um ganho de emprego com perda de 

quota (ganho absoluto e perda relativa), quando tal não ocorre existe uma perda de 

emprego em termos absolutos e relativos. 

31 Que, relembre-se, é positivo. 

r vab=0 

r vab = r vab* 

rvab= logaritmo da taxa de crescimento do VAB 

rvab*= logaritmo da taxa de crescimento do VAB da região de referência 

* A representação da recta rvab=0 pela bissetriz dos quadrantes pares resulta da igualdade rvab= rempr+rprod 

35




Como último critério de análise recorreu-se à posição relativa da taxa de crescimento da 

produtividade (eixo das ordenadas). Segundo este critério, região tem um ganho de 

qualidade quando cresceu a taxa superior à verificada na região de referência 32 , o que 

significa que ocorreu um acréscimo de qualidade do sistema produtivo. Se apresenta um 

valor inferior ao valor de referência, mas ainda assim positivo, diz-se que ocorreu um 

ganho de produtividade sem ganho de qualidade, caso contrário existe perda de 

produtividade, o que significa perda de qualidade. 

Da combinação daqueles três critérios podemos obter uma projecção territorial do 

modelo de crescimento do VAB, assente no factor trabalho e na produtividade, expresso 

na seguinte equação: r vab = r emp + r prod. Deste modo, se conjugam casos que vão 

desde os ganhos de competitividade até ao declínio absoluto, explicados pela intensidade 

no uso do factor trabalho (com situações que vão desde a criação absoluta e relativa de 

emprego até à perda de emprego) e/ou pela qualidade do sistema produtivo (expressa 

em termos de produtividade do factor trabalho). Considerando os possíveis intervalos de 

cada um daqueles três critérios, há 17 possíveis modelos de crescimento económico 

regional. 

32 Que, relembre-se, é positivo. 

36 

Figura 4.2 – Representação Gráfica do Critério Crescimento do Emprego 


Perda de 

emprego 

Ganho de 

emprego 

r emp * 

Ganho de 

quota de 

emprego 


remp = logaritmo da taxa de crescimento do emprego 

remp*= logaritmo da taxa de crescimento do emprego da região de referência

Figura 4.3 – Representação Gráfica do Critério Crescimento da 

Produtividade 

Quadro 4.1 – Quadro Resumo dos Critérios de Identificação dos Modelos* 

Critério Denominação 

Taxa de crescimento do VAB 


Ganho de qualidade 

Ganho de produtividade 

Perda de produtividade 

r vab >r vab* Ganho absoluto/competitivo I 

0 ≤ r vab ≤ r vab* Declínio relativo/insuficientemente competitivo II 

r vab < 0 Declínio absoluto/não competitivo III 


r emp >r emp* Ganho de quota de emprego 1 

0 ≤ r emp ≤ r emp* Ganho de emprego 2 

r emp < 0 Perda de emprego 3 


r prod* 


rprod = logaritmo da taxa de crescimento da produtividade 

rprod*= logaritmo da taxa de crescimento da produtividade da região de referência 

r prodtv >r prodtv * Ganho de qualidade A 

0 ≤ r prodtv ≤ r prodtv* Ganho de produtividade sem ganho de qualidade B 

r prodtv < 0 Perda de produtividade C 

* Relembre-se que este quadro de análise se aplica apenas aos casos em que a região de 

referência apresenta crescimento positivo, como sucede nos períodos em análise e com os 

espaços tomados como referência (Portugal e UE15). 




37




38 

Figura 4.4 – Os Modelos de Crescimento Económico 

III3A 

III3B 

III3C 

II3A 

I3A 

II3B 

II2A 

Legenda 

Critério 

Modelos competitivos 

I1A Gerador de emprego 

I2A Insuficientemente gerador de emprego 

I3A Destruidor de emprego 

I1B Intermédio com ganho de quota de emprego 

I1C Intermédio extensivo na utilização do trabalho 

Modelos insuficientes competitivos 

II2A Com ganho de qualidade e insuficientemente gerador de emprego 

II3A Com ganhos de qualidade e destruidor de emprego 

II1B Com ganho de quota de emprego e sem ganho de qualidade 

II1C Com ganho de quota de emprego e perda de produtividade 

II2B Insuficientemente gerador de emprego sem ganho de qualidade 

II3B Destruidor de emprego sem ganho de qualidade 

II2C Insuficientemente gerador de emprego com perda de produtividade 

Modelos não competitivos / declínio 

III3A Com ganho de qualidade 

III3B Com ganho de produtividade 

III1C Com ganho de quota de emprego e perda de produtividade 

III2C Insuficientemente gerador de emprego e com perda de produtividade 

III3C Declínio absoluto total 

O crescimento do produto a níveis superiores à média do espaço de referência 

(modelos competitivos), pode processar-se segundo 5 modelos diferentes consoante 

os crescimentos comparados da produtividade e do emprego. Dentre aqueles modelos, 

podemos identificar três modelos competitivos baseados na produtividade e dois 

baseados no crescimento do emprego. 

I2A 

II2B 

II2C 

III2C 

II1B 

rempr = 0 remp = remp* 

I1A 

I1B 

II1C 

III1C 

I1C 

rprod = r prod* 

rprod = 0 

rvab = rvab* 

rvab = 0

Dentre os modelos competitivos baseados na produtividade temos: 




I1A – o modelo competitivo gerador de emprego corresponde a regiões 

desenvolvidas, com processos de desenvolvimento “ideais”, com simultâneos 

ganhos de qualidade e de emprego; 

I2A – o modelo competitivo insuficientemente gerador de emprego 

corresponde a regiões com processos de desenvolvimento competitivos, uma vez 

que apresentam crescimento do produto acima da média e ganhos simultâneos de 

qualidade, mas sem capacidade de aumentar a respectiva quota de emprego; e, 

I3A – o modelo destruidor de emprego com perda da capacidade de gerar 

emprego, competitivo destruidor de emprego. 

Dentre os modelos competitivos intermédios baseados no emprego temos: 

I1B – o modelo competitivo intermédio com ganho de quota de emprego, 

em que ocorrem perdas de qualidade que são suficientemente compensadas pela 

geração de emprego permitindo crescimento acima da média; e, 

I1C – o modelo competitivo intermédio extensivo na utilização do trabalho 

(1e), em que o crescimento do VAB é conseguido com perda de produtividade, 

graças ao crescimento do uso do factor trabalho. 

Dentro dos modelos de crescimento insuficientemente competitivos, na medida em que 

apresentam crescimentos do produto positivo mas inferiores à média de referência, 

podem ocorrer 7 situações que configuram 3 tipos de modelos diferentes, consoante a 

insuficiência competitiva se deve ao emprego, à produtividade ou simultaneamente ao 

emprego e produtividade. 

Dentre os modelos de insuficiência competitiva devido ao emprego, temos: 

II2A – o modelo insuficientemente competitivo com ganho de qualidade e 

insuficientemente gerador de emprego, porque os acréscimos no uso do factor 

trabalho foram insuficientes para gerar ganhos de quota de mercado; e, 

II3A – o modelo com perda de emprego que mais do que superou o ganho de 

produtividade situado acima da média – modelo insuficientemente competitivo 

com ganhos de qualidade e destruidor de emprego; 

Dentre os modelos de insuficiência competitiva devido à produtividade, temos: 

II1B – o modelo insuficientemente competitivo com ganho de quota de 

emprego e sem ganho de qualidade em que o crescimento do produto é 

conseguido pela extensão do uso do trabalho, ainda com ganhos de produtividade 

mas insuficientes para gerar um crescimento do produto acima da média; e, 

39




40 

II1C – o modelo insuficientemente competitivo com ganho de quota de 

emprego e perda de produtividade que mais do que supera os ganhos de 

quota de emprego. 

Dentre os modelos de insuficiência competitiva devido ao emprego e à 

produtividade, temos: 

II2B – o modelo em que o insuficiente crescimento do produto se deve aos níveis 

insuficientes de crescimento da produtividade e do emprego – modelo 

insuficientemente competitivo e insuficientemente gerador de emprego 

sem ganho de qualidade; 

II3B – o modelo insuficientemente competitivo e destruidor de emprego 

sem ganho de qualidade, em que há um ganho de produtividade inferior à 

média e insuficiente para compensar a perda de emprego e gerar crescimento do 

produto superior à média; e, 

II2C – o modelo insuficientemente competitivo e insuficientemente 

gerador de emprego com perda de produtividade, que contraria o 

crescimento do emprego, positivo mas já de si inferior à média. 

Nos casos de desenvolvimento em que ocorre uma contracção económica, traduzida num 

crescimento negativo do produto, poderão ocorrer 5 tipos modelos de declínio que 

poderá dever-se aos desempenhos negativos do emprego, da produtividade ou 

simultâneos de ambos. 

No que se refere a modelos de declínio devido ao emprego, temos: 

III3A – o modelo em que o crescimento negativo do emprego não foi compensado 

pelo ganhos de qualidade, reflectindo-se numa contracção económica – modelo de 

declínio do produto com ganho de qualidade; e, 

III3B – o modelo em que o crescimento negativo do emprego se combina com 

ganhos apenas de produtividade (isto é, crescimento da produtividade inferior à 

média) – modelo de declínio do produto com ganho de produtividade). 

No que se refere a modelos de declínio devido à produtividade, temos: 

III1C – aquele em que o crescimento da quota de emprego (crescimento do 

emprego acima da média) não foi suficiente para compensar o mau desempenho 

da produtividade, reflectindo-se num crescimento negativo do produto – modelo 

declínio do produto com ganho de quota de emprego e perda de 

produtividade; e, 

III2C – aquele em que o crescimento do emprego não foi suficiente para 

compensar o mau desempenho da produtividade, reflectindo-se num crescimento 

negativo do produto: modelo de declínio com perda de produtividade e 

insuficientemente gerador de emprego.




Finalmente temos III3C – o modelo de declínio devido à produtividade e ao 

emprego, modelo de declínio absoluto total que corresponde à situação que 

representa o expoente da perda da competitividade da região por nele coexistirem taxas 

de crescimento negativas de todas as variáveis em análise. 

A grelha de análise acima exposta é basicamente teórica, resultando do esgotamento de 

todas as possibilidades de combinação das variáveis analíticas e de referência em causa. 

Como veremos de seguida, não ocorreram todos na realidade. 

Na análise dos modelos de crescimento do VAB que se processa nos pontos seguintes, 

tomou-se a União Europeia a 15 membros como benchmarking, por se tratar 

efectivamente do espaço de integração da economia nacional nos anos de referência do 

estudo – 1995 a 2003. 

No entanto, tendo em conta as especificidades do sector primário (por ex.: a 

dependência de factores climáticos no caso da agricultura, e a operação em mercados 

internacionais com cotações muito flutuantes no caso das extractivas) bem como o facto 

de os serviços não mercantis não obedecerem à lógica de mercado 33 (reflectindo-se na 

não existência de preços, sendo a sua produção avaliada apenas pelos custos de 

produção), fez-se também uma análise relativa apenas às actividades não mercantis, no 

sentido de se saber quais as alterações de modelos daí resultantes. Neste caso teve-se, 

no entanto, que utilizar os comportamentos nacionais como benchmarking, uma vez que 

não dispomos de informação comunitária suficiente para estabelecer a desagregação 

entre actividades mercantis e não mercantis. Trata-se, por isso, de um ensaio de 

utilização de um quadro de referência alternativo para validação do quadro seguido. 

Todavia, os resultados apurados mostram que as mudanças sub-regionais de modelos de 

crescimento, quando passam do total de actividades para o subconjunto das mercantis 

não primárias, se restringem a um pequeno número de casos, pelo que a análise com 

base no total de actividades, apesar das reticências levantadas, não se afigura ser muito 

enviesador. 

4.2. Crescimentos Económicos Regionais Nacionais no Espaço da UE15 

No período 1995 a 1999 Portugal apresentou taxas de variação do VAB, do emprego e da 

produtividade superiores à média europeia (gráfico 4.1) sustentando o crescimento num 

modelo competitivo gerador de emprego face ao espaço da UE15 (modelo I1A). No 

período de 1999 a 2003 sucedeu o inverso, todas as taxas de variação registaram 

valores positivos mas inferiores aos da média da UE15, o que colocou o país no modelo 

II2B (insuficientemente competitivo e insuficientemente gerador de emprego sem ganhos 

de qualidade). 

33 

De facto, em termos restritos, a lógica de competitividade só deveria aplicar-se às actividades não 

protegidas: as transaccionáveis em qualquer referencial internacional, e essas actividades mais as de âmbito 

nacional neste referencial. 

41




42 

0,18 

0,16 

0,14 

0,12 

0,10 

0,08 

0,06 

0,04 

0,02 

0,00 

Gráfico 4.1 – Componentes do Crescimento do VAB em Portugal e UE15 nos 

Períodos 1995 a 1999 e 1999 a 2003 

1995 a 1999 1999 a 2003 1995 a 1999 1999 a 2003 

UE 15 Portugal 

Emprego 

Fonte: A partir das Contas Regionais INE e Eurostat. 


Como se pode ver pelo quadro 4.2, no primeiro período as actividades mercantis não 

primárias contribuíram com 15,2 dos 17,2% 34 de variação do VAB (88%) dos quais, 4,2 

pontos percentuais (pp) se reportaram a actividades com mercados locais e construção e 

1,1 pp se reportaram a actividades de base económica não primária (2,1 pp novas 

exportadoras, 7,8 pp mercados de âmbito nacional e 1,1 pp exportadoras tradicionais). 

As actividades não mercantis contribuem com 2 pp (11,5%) para a taxa nacional. 

Fonte: DPP. 

Quadro 4.2 – Contributos Sectoriais para os Crescimentos Nacionais do VAB, 

Actividades 

Emprego e Produtividade, expressos em Taxas de Variação 

1995 -1999 1999 -2003 

VAB Emprego Produtividade VAB Emprego Produtividade 

A1 Primárias 0,1 -0,8 0,8 -0,1 0,0 0,2 

A2 Exportadoras Tradicionais 1,1 0,8 0,3 -0,3 -1,4 1,1 

A3 Novas exportadoras 2,1 0,4 1,6 0,2 4,2 -3,9 

A4 Mercado Nacional 7,8 1,5 5,8 5,0 -4,4 9,1 

A5 Construção 1,4 2,1 -0,6 -0,7 -0,1 -0,6 

A6 Mercado Local 2,8 2,2 0,6 1,7 4,7 -2,8 

A7 Não mercantis 2,0 1,8 0,2 0,7 0,8 -0,1 

Mercados locais 4,2 4,3 -0,1 1,1 4,6 -3,4 

Actv. de base económica não 

primária 

11,0 2,7 7,7 4,9 -1,6 6,2 

Mercantis não primárias 15,2 7,0 7,6 5,9 3,0 2,8 

Total 

17,3 7,9 8,6 6,6 3,5 2,9 

34 Algumas pequenas diferenças entre as taxas apresentadas no Gráfico 1 e no Quadro 4.1, resultam do facto 

de, no primeiro caso, se tratar de taxas instantâneas e, no segundo caso, se tratar de taxas de variação entre 

extremos do período.




No período seguinte, o conjunto das actividades mercantis não primárias contribuiu em 

90,5% para o crescimento do VAB (5,9 em 6,6%). Em contrapartida o contributo das 

actividades não mercantis reduziu-se para 0,7pp, o que mesmo assim representa uma 

percentagem (10,1%) próxima da do período anterior. O contributo das actividades 

primárias, embora percentualmente pouco significativo, passou de positivo a negativo. 

Todavia, dentro do grupo das actividades mercantis registaram-se alterações 

importantes, com as actividades exportadoras tradicionais e, sobretudo, a construção, a 

contribuírem negativamente para o crescimento do VAB. Os principais contributos para o 

crescimento do VAB viriam assim das actividades com mercados de âmbito nacional (5 

pp correspondentes a 76,5% do crescimento, muito superior ao contributo relativo do 

período anterior), seguidas das actividades com mercados locais (1,7 pp, 26,6%). Apesar 

do mau desempenho da construção houve assim um deslocamento das actividades 

exportadoras para as actividades com mercados de âmbito local e nacional. 

No primeiro período, a contribuir para o ganho de produtividade estiveram sobretudo as 

actividades mercantis (7,6 dos 8,6% de crescimento da produtividade), e dentro destas 

as actividades de âmbito nacional (5,8 pp) e as novas exportadoras (1,6 pp) e as 

actividades de âmbito local (0,6 pp). A construção contribuiu com -0,6 pp, enquanto as 

exportadoras tradicionais apenas contribuíram com 0,3 pp. No período seguinte 

reforçaram-se os contributos das actividades de mercados nacionais e exportadoras 

tradicionais (com respectivamente 9,1, e 1,1 em 2,9 pp), ao mesmo tempo que as novas 

exportadoras, com -3,9%, e as actividades de mercado local, com -2,8%, davam os 

maiores contributos negativos para o crescimento da produtividade. 

Ainda no primeiro período, a contribuir para o ganho de quota de emprego estiveram as 

actividades de mercados nacionais, locais, construção e não mercantis, contribuindo no 

seu conjunto para 96% do crescimento do emprego (7,6 em 7,9 pp), enquanto no 

segundo período, a construção, as actividades exportadoras tradicionais e as actividades 

de âmbito nacional passaram a contribuir negativamente para o crescimento do 

emprego, mantendo-se as actividades de mercados locais, as novas actividades 

exportadoras e as actividades não mercantis, como principais contribuintes para o 

crescimento do emprego (com 9,7 em 3,5 pp, o que corresponde a 273,9%). 

Vejamos agora como é que os modelos nacionais de crescimento se repercutiram nas 

sub-regiões e quais as actividades que mais contribuíram para os vários tipos de 

desempenhos sub-regionais. 

Para a análise contida nos pontos seguintes baseamo-nos nos gráficos 4.2 e 4.3 

(afectação das sub-regiões aos modelos de crescimento) e ainda nos quadros 4.3 e 4.4 

(influências sectoriais nos comportamentos sub-regionais do VAB, produtividade e 

emprego). As figuras 4.5 a 4.8 dão-nos um imagem cartográfica dos modelos de 

crescimento e das mudanças de modelo operadas entre os dois períodos. 

43




4.2.1. Modelos de Crescimento Regional no Período de 1995 a 1999 

Pelo gráfico 4.2 podemos ver que 22 sub-regiões registaram modelos competitivos, 

embora com sustentação em diferentes factores. É assim que 18 das 30 sub-regiões 

registaram o modelo mais positivo de crescimento (modelo I1A – modelo competitivo 

com ganhos de qualidade e de emprego), 2 assumiram modelos competitivos com 

ganhos de qualidade mas insuficientemente geradores de emprego (I2A), e outras 2 

assumiram modelos competitivos intermédios com ganhos de quota de emprego mas 

sem ganhos de qualidade (I1B). 

Pelo quadro 4.3 podemos verificar quais foram as actividades que mais contribuíram para 

o crescimento do VAB, da produtividade e do emprego regionais (contributos iguais ou 

superiores a 20%) 35 . No primeiro caso (modelo I1A), da análise daqueles 

instrumentos, podem observar-se alguns aspectos principais. 

Das 18 sub-regiões que se encaixam nesse modelo, 12 são do Litoral ou da charneira 

(com maiores incidências no Centro 36 e Lisboa 37 ), 5 são do Interior (Centro 38 e 

Alentejo 39 ), mais o Algarve e a Madeira. 

Tendo em conta que os contributos regionais para o crescimento do VAB dependem não 

apenas das taxas de crescimento regionais (que, neste modelo, superam a média 

comunitária) mas também da dimensão económica das sub-regiões, neste modelo de 

crescimento integram-se quase todas as sub-regiões que, na secção 2, apontámos como 

tendo fornecido maiores contributos para aquele crescimento, com as principais 

excepções do Grande Porto e do Baixo Mondego que se integram no modelo competitivo 

insuficientemente gerador de emprego. 

As actividades de mercado nacional (A4) são as que apresentam contributos relevantes 

para o crescimento do VAB num maior número de sub-regiões, a saber 12. Este sector 

apresenta também contributos relevantes para o crescimento da produtividade nas 18 

sub-regiões. Contudo sem contributos relevantes para o crescimento do emprego, com 

excepção da Grande Lisboa e Lezíria do Tejo em que o crescimento do VAB resulta de 

desempenhos positivos da produtividade e do emprego. 

As novas exportadoras (A3) e as actividades de mercado local (A6) são as que se 

seguem com maiores incidências sub-regionais no crescimento do VAB (respectivamente, 

em 6 e 5 sub-regiões), em resultado, do desempenho positivo para o crescimento da 

produtividade, nas novas exportadoras (A3) e no emprego, nas A6. 

35 

Algumas eventuais referências a outros sectores reportam-se aos quadros anexos. 

36 

Baixo Vouga, Dão-Lafões, Entre Douro e Vouga e Pinhal Litoral, comparativamente a Ave e Cávado no Norte. 

37 

Médio Tejo, Lezíria do Tejo, Oeste, Grande Lisboa e Península de Setúbal. 

38 

Beira Interior Norte, Pinhal Interior Norte e Serra da Estrela. 

39 Alentejo Central e Alto Alentejo. 

44




O sector A5 – construção é o que aparece com contributos positivos relevantes para o 

crescimento do emprego em maior número de sub-regiões (15), o que não tem reflexo 

similar no VAB, pois é também aquele sector que aparece com contributos negativos 

relevantes para a produtividade num maior número de sub-regiões (8). Daí resulta que, 

exceptuando o caso do Pinhal Interior Norte, em que o crescimento do emprego supera o 

da produtividade em termos de impacto no VAB, em nenhuma das outras sub-regiões o 

efeito combinado do emprego e da produtividade gerou contributos relevantes para o 

crescimento dos respectivos VAB. 

O sector A1 – primário aparece como relevante para o crescimento da produtividade em 

11 sub-regiões, mas em nenhum desses casos o é também para o crescimento do VAB, 

porque a variação negativa ou pouco relevante do emprego travou esse crescimento. O 

sector A7 – actividades não mercantis, aparece como relevante para o crescimento do 

emprego em 10 sub-regiões. 

Os comportamentos sub-regionais são extremamente variados, sendo possível identificar 

13 agrupamentos (das 18 sub-regiões) de comportamentos aproximados no VAB, mas 

com reflexos muito diversificados nas restantes variáveis. Deste modo, as 6 sub-regiões 

com crescimento do VAB significativamente induzido pelas novas exportadoras (A3), das 

quais 4 são do Litoral (Baixo Vouga, Entre Douro e Vouga, Lezíria do Tejo e Península de 

Setúbal) e duas do Interior (Alto Alentejo e Beira Interior Norte), sustentam esse 

crescimento na produtividade e, no caso da Beira Interior Norte, também no emprego. 

Todavia o efeito indutor da A3 nos VAB sub-regionais, com excepção da Península de 

Setúbal, combina-se de modos muito diferenciados com os outros sectores: 

no Alto Alentejo, com a A1 – primário e A4 – mercado nacional, no primeiro caso 

com sustentação no emprego e, no segundo, com sustentação na produtividade; 

na Beira Interior Norte, com a A6 – mercados locais e a A7 - actividades não 

mercantis, em ambos os casos com sustentação no crescimento do emprego; 

no Baixo Vouga, com contributos das exportadoras tradicionais (A2) e das 

actividades locais (A6), em ambos os casos com sustentação na produtividade; 

no Entre Douro e Vouga, com as actividades de âmbito nacional (A4), também 

com sustentação na produtividade; e, 

na Lezíria do Tejo, com as actividades de mercado nacional (A4), com reflexos 

relevantes no crescimento da produtividade e do emprego; 

Dentre as sub-regiões com crescimento do VAB ainda significativamente induzido pelas 

exportadoras tradicionais (A2), temos o Baixo Vouga de que tratámos já em parágrafo 

anterior, e ainda: 

o Pinhal Litoral cujo crescimento depende fortemente das exportadoras tradicionais 

(A2) com sustentação na produtividade; 

45




46 

o Ave para cujo crescimento contribuíram também as actividades de âmbito 

nacional (A4) com sustentação na produtividade, e em que o contributo das 

exportadoras tradicionais (A2) coexistiu, também, com um contributo positivo para 

o crescimento do emprego; e, 

a Serra da Estrela com contributo associado às actividades não mercantis (A7) e 

sustentação no emprego e produtividade, na A2, e apenas no emprego, no caso da 

A7. 

As sub-regiões Algarve, Dão-Lafões, Médio Tejo, Cávado e Grande Lisboa, apresentam 

algumas similaridades de comportamentos. Efectivamente, nos cinco casos, o sector 

relevante para o crescimento do VAB foi o A4 – actividades de mercados nacionais, com 

contributos do sector para o crescimento da produtividade muito positivos em todos os 

casos. Na Grande Lisboa, o mesmo sector, também, tem um contributo relevante para o 

crescimento do emprego. 

No Oeste e Madeira o sector mais relevante para o crescimento do VAB foi o das 

actividades de âmbito local (A6), em ambas as sub-regiões com contributos relevantes 

para o crescimento do emprego sub-regional. Na Madeira, coexistiram as actividades de 

âmbito nacional (A4) com contributos relevantes para o crescimento do VAB e da 

produtividade. 

No Alentejo Central os sectores com maiores contributos para o crescimento do VAB 

foram a A1 – actividades primárias e a A4 – actividades nacionais, em ambos os casos 

com reflexos importantes no crescimento da produtividade. 

Finalmente no crescimento do VAB do Pinhal Interior Norte pesaram a construção (A5), 

as actividades locais (A6) e as não mercantis (A7), em todos os casos com impactos 

fortes no crescimento do emprego, e, nos dois primeiros casos, com reflexos fortemente 

negativos na produtividade. 

No modelo I2A (competitivo, com ganhos de qualidade, mas insuficientemente 

gerador de emprego) enquadram-se as sub-regiões Baixo Mondego e Grande Porto. 

Entre as actividades que mais contribuíram para o crescimento do VAB estão, em ambas 

as sub-regiões, as actividades de âmbito nacional. 

No caso da produtividade, em ambas sub-regiões os maiores contributos provêm das 

novas exportadoras (A3) e das actividades nacionais (A4). Tratando-se de um grupo em 

que o emprego cresceu positivamente, embora abaixo da média comunitária, entre os 

sectores que mais contribuíram para esse crescimento estão, em ambos os casos, a 

construção (A5), os serviços não mercantis (A7) e, no Baixo Mondego, as actividades de 

âmbito nacional (A4), e, no caso do Grande Porto, as actividades locais (A6). Salienta-se 

o facto de, já neste período, as actividades exportadoras tradicionais terem contribuído 

negativamente para o crescimento do emprego no Grande Porto (-37%).




Ainda no modelo competitivo, mas sustentado no emprego (I1B), tivemos os 

Açores e o Tâmega. No caso dos Açores, o sector que mais contribuiu para o 

crescimento do VAB, foi o A4 – actividades de âmbito nacional. No caso do Tâmega, os 

maiores contributos vieram, também, da A6 – actividades locais, da A2 – exportadoras 

tradicionais e das não mercantis (A7). 

Os principais contributos para o emprego que, como vimos, sustentaram o crescimento 

do VAB neste grupo de sub-regiões, provieram, no caso dos Açores, das actividades 

primárias (A1) e, no caso do Tâmega, das exportadoras tradicionais (A2), das actividades 

locais (A6) e das nacionais (A4). Os comportamentos sectoriais na produtividade foram 

muito bipolarizados, destacando-se pela positiva nos Açores, as actividades nacionais 

(A4), e pela negativa as actividades primárias (A7) e a construção (A5). No caso do 

Tâmega a bipolarização não foi tão grande, e destacaram-se pela positiva no crescimento 

da produtividade, as actividades primárias (A1) e as actividades nacionais (A4), que já 

tínhamos apontado como principais contribuintes para o crescimento do VAB. Salienta-se 

ainda que a outra actividade com maior contributo para o crescimento do VAB e do 

emprego (as exportadoras tradicionais – A2), apresenta um dos maiores contributos 

negativos para a produtividade, a par da construção (A5). 

Não havendo registo de modelos de declínio neste período, as restantes 8 sub-regiões 

englobam-se em modelos insuficientemente competitivos em que o VAB cresceu 

positivamente mas abaixo da média comunitária, pelo que se registaram perdas de quota 

regional no VAB. A sua distribuição por 5 sub-modelos diferentes resulta dos modos 

diferenciados como a produtividade e o emprego evoluíram nestas sub-regiões. 

Cova da Beira e Beira Interior Sul assentaram o seu insuficiente crescimento 

sobretudo no crescimento da produtividade (modelo II2A) em que registaram 

ganhos de qualidade, todavia não acompanhados por ganhos de quota de 

emprego, o que travou o seu crescimento. As influências sectoriais foram nestes casos 

bastante assimétricas, em particular no que se refere ao VAB e à produtividade. Assim 

no caso da Beira Interior Sul os principais contributos para o crescimento do VAB e da 

produtividade provieram das novas exportadoras (A3) e das actividades nacionais (A4), 

contudo com contributos divergentes para o crescimento do emprego, positivo, no 

primeiro caso, e negativo no segundo. 

Na Cova da Beira os principais contributos para o crescimento do VAB provieram da 

construção (A5), actividades nacionais (A4) e não mercantis (A7), contributos 

essencialmente sustentados no emprego, no caso da A4 com reflexo relevante no 

crescimento da produtividade. Ainda na Cova da Beira, os sectores com maior contributo 

para o crescimento da produtividade foram as actividades primárias (A1) e as 

exportadoras tradicionais (A2), em ambos os casos concomitantes com importantes 

contributos negativos para o crescimento do emprego. 

Poderíamos assim dizer que, em ambas as sub-regiões, foram comportamentos bastante 

dicotómicos do emprego, dessincronizados com a produtividade, que geraram o 

insuficiente crescimento do VAB. 

47




O Minho-Lima aparece-nos isolado no modelo II1B – insuficientemente competitivo 

devido à produtividade (crescimento positivo mas sem ganho de qualidade). Nas três 

variáveis, esta sub-região assume comportamentos relativamente bipolarizados. O 

contributo relevante para o crescimento do VAB no sector A3 – novas exportadoras 

resulta de crescimentos relevantes da produtividade. Já no caso da A1 – actividades 

primárias, o contributo positivamente relevante para o crescimento da produtividade 

sub-regional não impediu um importante contributo negativo para o crescimento do VAB, 

dada a sua conjugação com um contributo igualmente negativo para o emprego. 

Finalmente a construção (A5) que apresenta o segundo maior contributo para o 

crescimento do VAB, poderia ter dado ainda mais, caso o maior contributo para o 

crescimento do emprego não fosse acompanhado pelo maior contributo negativo para o 

crescimento da produtividade. 

Alentejo Litoral e Baixo Alentejo registaram um modelo de crescimento 

insuficientemente competitivo com perda de produtividade e ganho de quota de 

emprego (II1C). Tirando o facto de em ambas as sub-regiões um dos principais 

contributos sectoriais para o crescimento do VAB provirem das actividades não mercantis 

(A7), todos os restantes contributos são assíncronos. 

Desde logo, no que se reporta àquele sector, no caso do Baixo Alentejo a sua dinâmica 

positiva conjuga-se com importantes contributos para o crescimento da produtividade, 

conjugação que no caso do Alentejo Litoral se faz com contributos para o crescimento do 

emprego. 

No Alentejo Litoral contribuem ainda positiva e significativamente para o crescimento do 

VAB, as actividades primárias (A1) e as novas exportadoras (A3), em ambos os casos 

conjugadas com importantes contributos positivos para a produtividade. O maior 

contributo negativo para o crescimento do VAB desta sub-região provém das actividades 

de âmbito nacional (A4) e é concomitante com contributos negativos para a 

produtividade. Ainda nesta sub-região, as actividades locais (A6) acabaram por ter 

impacto pouco relevante no crescimento do VAB ao combinar importantes contributos de 

sinal simétrico, negativo na produtividade e positivo no emprego. 

No caso do Baixo Alentejo, o contributo fortemente negativo da produtividade e o 

contributo positivo do emprego geram um contributo negativo das actividades primárias 

(A1) para o crescimento do VAB. No caso da construção (A5) contributos simétricos na 

produtividade e no emprego semelhantes aos anteriores, geram todavia contributo 

positivo muito relevante para o crescimento do VAB, que no caso das actividades de 

âmbito nacional (A4) se associa claramente ao forte contributo positivo para o 

crescimento da produtividade. 

No modelo de insuficiência competitiva devida simultaneamente à produtividade 

e ao emprego (II2B), mas ainda assim com crescimento positivo da 

produtividade, surge-nos isoladamente o Douro, com comportamentos muito 

48




assimétricos nas variáveis explicativas. Deste modo, o seu insuficiente crescimento 

derivou sobretudo das actividades primárias (A1) (devido ao emprego e apesar do 

contributo positivo para a produtividade), apesar dos contributos positivos das 

actividades locais – A6, e não mercantis – A7, (em resultado sobretudo do emprego, 

embora, no último caso também com contributo relevante para a produtividade). Os 

restantes sectores, devido a desempenhos positivos no emprego associados a 

desempenhos negativos na produtividade, acabaram por ser pouco relevantes para o 

desempenho do VAB sub-regional. 

Finalmente num modelo semelhante ao anterior, mas mais gravoso por registar perda de 

produtividade (II2C), temos o Alto Trás-os-Montes e o Pinhal Interior Sul. Este 

modelo assenta também num grande contraste de desempenhos sectoriais 

assimétricos 40 a nível das três variáveis e dos modos como se combinam. Deste modo, 

em ambas as sub-regiões as actividades primárias (A1) e as actividades de mercado 

nacional (A4) apresentam fortes contributos negativos para o crescimento do VAB, mas 

com origens diferenciadas. Assim, no caso da A1 há comportamentos negativos do 

emprego que, no caso do Alto Trás-os-Montes, são simultâneos com um forte contributo 

positivo para a produtividade, todavia insuficiente para gerar comportamento positivo do 

VAB. O contributo negativo da A4 no crescimento do VAB coexiste com contributos 

negativos para a produtividade no Alto Trás-os-Montes, e, para o emprego no Pinhal 

Interior Sul. 

Em ambas as sub-regiões as exportadoras tradicionais (A2), as actividades locais (A6) e 

as não mercantis (A7), apresentam contributos positivos para o VAB, concomitantes com 

contributos semelhantes para o emprego, embora com comportamento relevante da 

produtividade apenas no caso da A7 no Alto Trás-os-Montes. 

40 

No caso deste modelo, de resto à semelhança dos outros modelos com comportamentos negativos e positivos 

simultâneos, todos os contributos tendem em termos relativos a tornar-se mais importantes, podendo 

empolar contributos absolutos mais modestos. 

49




50 

Insuficiência competitiva 

devido ao emprego e à 


Insuficiência 

competitiva devido 

à produtividade 

II2A – insuficiência competitiva 

devido ao emprego 

II2B - sem ganho 

de qualidade 

II1C – com perda 


II1B – sem ganhos de 

qualidade 

I1B - competitivo 

baseado no emprego 

I2A insuficientemente 

gerador de emprego 

Fonte: DPP, Quadro A.4.13 e A.4.15 

Gráfico 4.2 – Modelos de Crescimento Económico no Espaço UE15 (1995-1999) 

Cova da Beira 


II2C – com perda 

de produtividade 



Douro 



Minho-Lima 

Açores 

Tâmega 


30 

20 

10 

0 

-10 

UE 15 




Oeste 

Médio Tejo 


Dão-Lafões 

Baixo Vouga 





Portugal 

Ave 




Algarve 

Alto Alentejo 



Modelos competitivos 

baseados na produtividade 

I1A – com ganho de 

quota de emprego

Quadro 4.3 – Contributos Sectoriais Relevantes (20% ou mais) para o Crescimento do VAB, do Emprego e da Produtividade 

no Período 1995 a 1999 

Fonte: DPP, Quadro A.4.2 , A.4.6 e A.4.10 




Modelo NUT III 

A1 A2 A3 

VAB 

A4 A5 A6 A7 A1 A2 A3 

EMPREGO 

A4 A5 A6 A7 A1 A2 

PRODUTIVIDADE 

A3 A4 A5 A6 A7 

I1A Alentejo Central 32 24 21 23 75 50 -46 

I1A Algarve 32 26 30 36 24 23 -30 60 50 

I1A Alto Alentejo 27 23 30 41 23 40 60 -24 

I1A Ave 26 37 28 36 21 21 34 83 -50 

I1A Baixo Vouga 22 27 21 47 31 47 34 

I1A Beira Interior Norte 39 21 22 -26 33 50 28 56 52 26 -43 

I1A Cávado 33 47 25 21 31 23 39 65 -46 

I1A Dão-Lafões 21 24 37 48 115 101 -63 -116 

I1A Entre Douro e Vouga 25 32 42 38 39 52 -22 

I1A Grande Lisboa 73 35 27 86 

I1A Lezíria do Tejo 27 33 42 21 28 22 24 50 25 

I1A Madeira 37 32 -51 31 49 33 30 49 21 

I1A Médio Tejo 31 30 23 29 26 28 54 

I1A Oeste 27 -33 22 42 31 58 23 

I1A Península de Setúbal 35 31 35 54 27 

I1A Pinhal Interior Norte 24 21 28 41 38 29 35 158 36 67 -106 -106 

I1A Pinhal Litoral 27 31 29 65 21 

I1A Serra da Estrela 31 25 -21 32 35 30 99 29 46 -30 -54 

I2A Baixo Mondego 31 38 37 30 36 27 26 

I2A Grande Porto 52 -37 49 27 34 22 68 

I1B Açores 42 43 -4212 -722 99 5349 -1581 521 645 

I1B Tâmega 20 40 25 21 28 26 25 61 -87 90 -157 -26 

II2A Beira Interior Sul 53 25 -49 43 71 -31 49 28 29 44 50 

II2A Cova da Beira 31 29 32 -34 -126 31 102 50 77 32 62 30 

II1B Minho-Lima -23 32 33 -31 57 74 65 -62 -185 

II1C Alentejo Litoral 76 141 -226 29 74 28 32 26 34 141 -205 -57 -35 

II1C Baixo Alentejo -47 49 35 45 25 34 -156 82 -32 29 

II2B Douro -72 26 53 78 -341 50 30 103 151 109 380 -71 -151 -111 27 

II2C Alto Trás-os-Montes -42 25 -35 46 21 84 -129 46 26 67 39 51 322 -95 -161 -114 -80 24 

II2C Pinhal Interior Sul -199 138 64 -85 -95 168 109 -56 98 -28 -28 79 28 -81 -39 

51




4.2.2. Modelos de Crescimento Regional no Período de 1999 a 2003 

A mudança de comportamento global da economia, neste período, não se repercutiu de 

forma homogénea a nível regional, como se pode observar no gráfico 4.3, uma vez que, 

mesmo assim grande parte das sub-regiões portuguesas conseguiram níveis de 

crescimento acima da média europeia 41 embora com modelos competitivos sustentados 

em diferentes factores. 

Deste modo, o Algarve, o Alentejo Central, os Açores, o Alto Alentejo e o Tâmega 

registaram o modelo competitivo gerador de emprego (modelo I1A). Entre as 

actividades que mais contribuíram para o crescimento do VAB estão, em todas as subregiões 

(com excepção do Alentejo Central) as actividades A4 – mercado nacional em 

resultado do contributo fortemente positivo no crescimento da produtividade. 

Além destas, as actividades locais (A6), também, são relevantes no crescimento do VAB 

nos Açores e Alto Alentejo com sustentação no emprego. Ainda com um contributo 

relevante para o crescimento do VAB estão, no Tâmega e nos Açores, as actividades não 

mercantis (A7), e, no Alto Alentejo, as actividades primárias (A1). 

Por fim, no Alentejo Central, as novas actividades exportadoras (A3) foram responsáveis 

por 59% do crescimento do VAB regional e representam um forte contributo para o 

crescimento do emprego e da produtividade. 

No modelo competitivo com ganho de qualidade e insuficientemente gerador de 

emprego (modelo I2A) encontramos o Dão-Lafões, o Cávado, a Beira Interior 

Norte, a Grande Lisboa e o Douro. As actividades nacionais (A4) constituem um forte 

contributo para o crescimento neste agrupamento em resultado do desempenho positivo 

no crescimento da produtividade. Contudo o efeito indutor no crescimento combina-se, 

na maioria das regiões, de modo indiferenciado com outros sectores: 

52 

na Beira Interior Norte, no Cávado e no Dão-Lafões o contributo relevante no 

crescimento do VAB das novas exportadoras (A3) foi explicado essencialmente 

pelo emprego (e, no caso no caso da Beira Interior Norte, coexiste com 

desempenhos negativos no crescimento da produtividade); naquelas sub-regiões 

destaca-se também o contributo para o crescimento do emprego regional das das 

não mercantis (A7); 

na Grande Lisboa, para o crescimento contribuíram, também, as actividade A6 – 

mercado local, com impactos significativos no emprego. 

No modelo competitivo com ganhos de qualidade e crescimento negativo do 

emprego (I3A) enquadram-se as sub-regiões Madeira e Pinhal Interior Sul. Em 

ambas as sub-regiões, os principais contributos sectoriais para o crescimento do VAB 

41 16 sub-regiões comparativamente a 22 no período anterior, das quais em 5 o diferencial positivo de 

crescimento é marginal.




provêm da A4 – mercado nacional, em ambos os casos, em resultado do desempenho da 

produtividade. No Pinhal Interior Sul, também, o mercado local (A6) induziu o 

crescimento regional devido ao forte efeito no crescimento do emprego. 

Para o crescimento negativo do emprego contribuíram, em ambos os casos, 

principalmente as actividades exportadoras tradicionais (A2) e, na Madeira, também as 

actividades primárias (A1) e de mercado nacional (A4). 

A Lezíria do Tejo, o Pinhal Interior Norte e o Pinhal Litoral registaram um modelo 

competitivo gerador de emprego mas com perda de qualidade (I1B). O maior 

contributo, em alguns casos o único relevante, para o crescimento do VAB, nestas subregiões, 

provém das actividades de mercado nacional (A4), conjugado com contributos 

para o crescimento da produtividade. Apenas no Pinhal Interior Norte o efeito indutor das 

A4 se combina com outros sectores: as actividades de mercados locais - A6 e actividades 

não mercantis – A7 com contributos positivos no emprego. 

A perda de qualidade (traduzida num crescimento positivo da produtividade mas inferior 

à média UE15) deveu-se, neste agrupamento, ao desempenho negativo das novas 

exportadoras (A3) e do mercado local (A6). O desempenho negativo no crescimento da 

produtividade também se deveu às actividades primárias (A1), no Pinhal Litoral e no 

Pinhal Interior Norte, no segundo caso, com reflexos negativos para o crescimento do 

VAB e à construção (A5) na Lezíria do Tejo. 

Os desempenho negativos na produtividade dos sectores acima enunciados no caso da 

Lezíria do Tejo e Pinhal Litoral não tiveram reflexos no crescimento do VAB, pois 

coexistiram com os maiores contributos positivos no emprego. 

A terminar o grupo das sub-regiões competitivas surge o Oeste, isolado no modelo 

competitivo gerador de emprego com perda de produtividade (I1C). Os 

contributos relevantes para o crescimento, nesta sub-região, provêm das actividades 

primárias (A1) e do mercado nacional (A4) e conjugam-se com os maiores contributos 

positivo para a produtividade. O crescimento negativo da produtividade, no período em 

análise, foi resultado do desempenho negativo das actividades de âmbito local (A5 – 

construção e A6 – mercado local) e das A3 – novas exportadoras, que não se traduziram 

negativamente no crescimento do VAB, pois produziram também contributos positivos 

para o emprego. 

Com crescimento do VAB positivo, mas inferior à média UE15, encontramos 12 subregiões 

distribuídas por 6 submodelos diferentes consoante o diferencial de 

comportamento da produtividade e do emprego nestas sub-regiões. 

No caso em que a insuficiência competitiva se deve ao emprego – modelo II3A, 

encontramos Entre Douro e Vouga e Cova da Beira. Estas duas sub-regiões têm um 

comportamento similar: o crescimento está alicerçado em torno de três sectores: 

mercado local – A6, mercado nacional – A4 e actividades não mercantis – A7 com 

53




contributos positivos para o emprego, no caso da A6 – mercado local e da A7 – não 

mercantis, e para a produtividade, no caso da A4 – mercado nacional. A insuficiência 

competitiva é resultado do crescimento negativo do emprego, em ambas as sub-regiões, 

na A2 – actividades exportadoras tradicionais (com reflexos negativos no crescimento do 

VAB) e na A5 – construção (com reflexos negativos no crescimento do VAB em Entre 

Douro e Vouga) 

No modelo de insuficiência competitiva devido à produtividade, mas ainda assim 

com crescimento positivo da produtividade (II1B), encontramos isoladamente o 

Médio Tejo que, pese embora a sua insuficiência competitiva, não regista sectores com 

contributos negativos significativos (20% ou mais) para o crescimento do VAB (as 

actividades primárias – A1 e as novas exportadoras – A3, têm contributo negativo na 

ordem dos 5% 42 ). As actividades A4 – mercado nacional e A7 – não mercantis, registam 

os maiores contributos para o crescimento positivo do VAB devido ao emprego, na A7 e 

devido à produtividade, na A4. 

O Minho-Lima situa-se num modelo semelhante ao anterior, mas mais gravoso por 

registar perda de produtividade – modelo II1C. O modelo de crescimento desta subregião 

tem como pilares as actividades A6 – mercado local, com sustentação no 

emprego, e as actividades A4 – mercado nacional, com desempenho positivo no 

crescimento da produtividade. A insuficiência competitiva no Minho-Lima deve-se 

sobretudo à construção (A5). 

Com taxas de crescimento positivas das três variáveis, porém, inferiores à média UE15 – 

modelo II2B: insuficiência competitiva devido simultaneamente ao emprego e à 

produtividade, surgem a Norte: Alto Trás-os-Montes, Baixo Mondego, Beira 

Interior Sul e Serra da Estrela; e a Sul: o Baixo Alentejo e o Alentejo Litoral 43 . 

A Norte e Centro, contribuem positiva e significativamente para o crescimento do VAB 

as actividades A4 – mercado nacional e A6 – mercado local, no primeiro caso com 

contributos positivos para a produtividade e, no segundo caso, com importantes 

contributos para o emprego. Também com reflexos positivos no crescimento do VAB e do 

emprego na Serra da Estrela e Alto Trás-os-Montes, temos as actividades não mercantis 

(A7). 

Ainda a Norte e Centro, as actividades primárias (A1) contribuíram para o insuficiente 

crescimento do VAB concomitantemente com contributos negativos para produtividade 

(em todas as sub-regiões) e para o emprego (no Alto Trás-os-Montes e Beira Interior 

Sul). Refira-se ainda o contributo negativo das exportadoras tradicionais (A2), na Serra 

da Estrela, e das novas actividades exportadoras (A3), na Beira Interior Sul, no primeiro 

caso casos, devido a contributos negativos para o emprego e, no segundo caso, devido à 


42 

Ver quadro A.4.4. 

43 

No seu conjunto, Portugal enquadrou-se neste modelo. 

54




A Sul, as actividades não mercantis (A7) dão alguns dos maiores contributos positivos 

para o crescimento do VAB conjugados com contributos positivos para o emprego. No 

Alentejo Litoral as actividades primárias (A1) e, no Baixo Alentejo os mercados nacionais 

(A4), também, induziram positivamente o crescimento da região com reflexos positivos 

na produtividade. A insuficiência competitiva neste modelo tem origem em diferentes 

factores: 

no Alentejo Litoral o contributo negativo para o crescimento do VAB e da 

produtividade provém do mercado nacional (A4) e das novas actividades 

exportadoras (A3), concomitantes com um contributo negativo para o emprego 

(na A4) e da produtividade (na A3); e, 

no caso do Baixo Alentejo, a construção (A5) tem o maior contributo negativo para 

o crescimento do VAB devido emprego. 

O Baixo Vouga aparece isolado no modelo II3B - insuficientemente competitivo 

devido ao emprego e à produtividade (destruidor de emprego sem ganhos de 

qualidade). O sector A4 – actividades nacionais teve um forte contributo para o 

crescimento do VAB associado a contributos positivos para o crescimento da 

produtividade. Com contributos, relativamente inferiores, mas ainda relevantes, as 

actividades não mercantis (A7) e as actividades de mercado local (A6) em resultado de 

contributos positivos para o crescimento do emprego. Os impactos fortemente negativos 

no crescimento do emprego das actividades exportadoras tradicionais (A2) e na 

produtividade das novas exportadoras (A3) contribuíram para o crescimento insuficiente 

do VAB. 

Finalmente, temos ainda o Ave, no modelo insuficientemente competitivo mas mais 

gravoso, por registar perda de produtividade sem ganho de quota de emprego – II2C. 

Para a perda de produtividade contribuíram todos os sectores com excepção das 

actividades nacionais (A4) que, embora, coexistindo com o um contributo negativo para 

o crescimento do emprego, constituem o sector com o segundo maior efeito indutor do 

crescimento do VAB sub-regional. As actividades locais (A6) e as novas actividades 

exportadoras (A3) apresentam, respectivamente, o primeiro e terceiro maior contributo 

para o crescimento do VAB, que poderia ser superior, caso os contributos para o 

emprego não fossem acompanhados por contributos significativamente negativos para a 


O modelo de crescimento insuficientemente competitivo do país, entre 1999 e 2003, 

deve-se em parte aos modelos de crescimento seguidos por duas sub-regiões com peso 

importante na economia portuguesa (o Grande Porto e a Península de Setúbal) que 

registaram modelos de declínio devido, respectivamente, ao emprego e à produtividade. 

O Grande Porto, que registou declínio do VAB, apresentou também um contributo 

negativo para o crescimento do emprego nacional em resultado, principalmente, dos 

contributos fortemente negativos das actividades A5 – construção e A2 – exportadoras 

55




tradicionais, com reflexos significativos no crescimento do respectivo VAB sectorial e 

regional. De tal forma que esta sub-região registou um crescimento negativo do VAB e 

do emprego sem ganho de qualidade – modelo II3B. 

A contrariar esta tendência, as actividades locais (A6) apresentam o maior contributo 

positivo para o crescimento do VAB, que poderia ser superior, caso o maior contributo 

para o crescimento do emprego não fosse acompanhado pelo segundo maior contributo 

negativo para o crescimento da produtividade. 

A Península de Setúbal registou um crescimento negativo do VAB conjugado com 

perda de produtividade e insuficiente geração de emprego – III2C. O declínio, desta 

sub-região, deve-se ao mau desempenho da produtividade (com contributos negativos 

de todos os sectores regionais, com excepção das actividades primárias – A1 e 

actividades nacionais – A4). Esta sub-região apresenta, neste período, dificuldades de 

crescimento nas actividades exportadoras e dependência do crescimento das actividades 

protegidas: 

56 

os maiores contributos positivos para o crescimento do VAB decorrem das 

actividades primárias (A1), das actividades nacionais (A4) e das actividades não 

mercantis (A7), que conjugam os maiores contributos positivos para o crescimento 

da produtividade (A1 e A4) e do emprego (A7); e, 

os maiores contributos negativos para o crescimento do VAB decorrem das 

actividades exportadoras (A2 e A3), que sustentam também os contributos 

negativos relevantes para o crescimento do emprego (A2) e para o crescimento da 

produtividade (A3).


competitiva 

devido ao 

emprego e à 



competitiva 

devido à 


Fonte: DPP; Quadro A.4.13 e A.4.15. 

Gráfico 4.3 – Modelos de Crescimento Económico no Espaço UE15 (1999 a 2003) 

III3B – Declínio devido ao emprego 

II2C – insuficientemente gerador de 

emprego com perda de produtividade 

II3B – destruidor de 

emprego sem ganhos de 


II2B – 

insuficienteme 

nte gerador de 

emprego sem 

ganhos de 







Baixo Vouga 


Portugal 

III2C- Declínio devido à produtividade 



Ave 

II1C – com perda de produtividade Minho-Lima 

II1B – sem ganho de qualidade Médio Tejo 


Cova da Beira 

II3A – insuficiência competitiva devido ao emprego 

20 

10 

0 

-10 

UE15 

Oeste 

Algarve Alentejo Central 

Açores 

Alto Alentejo 

Tâmega 

Dão-Lafões 




Douro 






I1C - com perda de produtividade 


I1A – com ganho 

de quota de 

emprego 

I3A – destruidor de 

emprego 

I1B - com perda de 


Competitivos 

baseados no 

emprego 

I2A – 

Insuficientemente 



baseados na 





57




58 

Quadro 4.4 – Contributos Sectoriais Relevantes (20% ou mais) para o Crescimento Regional do VAB, do Emprego e da 

Produtividade no Período 1999 a 2003 

NUT III 

A1 A2 A3 

VAB 

A4 A5 A6 A7 A1 A2 A3 

EMPREGO 

A4 A5 A6 A7 A1 A2 

PRODUTIVIDADE 

A3 A4 A5 A6 A7 

Açores 45 22 33 63 -68 73 31 33 -160 316 -103 37 

Alentejo Central 59 -47 97 -46 51 34 43 30 72 -33 

Algarve 38 47 -50 52 33 44 -48 127 -27 

Alto Alentejo 23 42 22 71 -57 86 91 -101 198 -79 

Tâmega 69 23 37 28 34 -80 115 -203 503 -47 -144 -43 

Beira Interior Norte -47 31 61 20 29 25 -38 84 -44 26 48 31 -158 36 -112 347 -25 

Cávado 41 23 23 72 -79 54 27 138 -34 

Dão-Lafões -32 37 52 28 40 158 -76 -60 -45 96 -39 104 21 

Douro -32 98 -22 48 79 28 -61 -143 454 -162 

Grande Lisboa 95 25 -34 139 -187 216 25 -86 267 -91 

Madeira 62 -1111 -2167 10482 -11654 416 2377 1558 -25 89 

Pinhal Interior Sul -49 -80 181 37 -251 32 95 25 -25 51 -21 105 

Lezíria do Tejo 58 86 -76 26 50 91 55 -221 463 -73 -195 

Pinhal Interior Norte -25 65 30 38 29 57 39 -618 114 -848 1991 122 -673 

Pinhal Litoral 60 48 -25 26 37 20 -32 -158 369 -46 

Oeste 29 47 32 -27 45 42 131 36 -170 333 -170 -232 -26 

Cova da Beira -80 74 59 49 -248 86 -47 -49 81 75 45 -30 64 

Entre Douro e Vouga -80 -48 90 116 -146 48 119 -61 -1177 1330 -662 -783 758 495 -47 236 -239 242 69 -138 -23 

Médio Tejo 66 36 47 -24 33 44 22 21 -99 108 -53 -69 

Minho-Lima 43 -27 77 69 -72 109 -21 -196 293 -169 

Alentejo Litoral 375 35 -272 -225 30 165 -252 223 1328 -2147 -267 315 899 513 -625 200 49 -33 

Alto Trás-os-Montes -134 164 39 42 -54 167 -297 -36 213 127 -186 20 -108 466 -74 

Baixo Alentejo 67 -25 63 -47 90 -95 -32 101 77 105 -308 612 -336 

Baixo Mondego -31 83 63 -61 111 -88 144 -92 96 -284 444 39 -109 

Beira Interior Sul -88 -143 229 120 -74 -322 241 -442 -156 846 -94 130 -316 530 44 -206 

Serra da Estrela -58 -275 23 214 49 55 91 -587 190 46 73 255 142 -110 148 -204 443 -216 22 

Baixo Vouga -39 -56 -73 198 30 38 -29 -637 685 -410 -128 161 258 -30 35 -154 226 

Ave -31 -91 58 73 -21 91 21 -53 107 -44 81 -29 -161 173 -70 

Grande Porto -128 -24 -175 211 24 -146 188 -239 -127 203 25 167 -393 483 71 -193 -25 

Península de Setúbal 26 -85 -57 25 -28 34 -58 98 -112 47 88 52 21 -78 70 -38 -53 

Fonte: DPP, Quadro A.4.4, A.4.8 e A.4.12

4.2.3. Análise Comparada dos Períodos 




Importa agora perceber em que se fundamentaram as mudanças de modelos de 

crescimento económico regionais. Para tal recorre-se ao quadro comparativo 44 (quadro 

4.5) e à figura 4.5 que apresenta os modelos de crescimento (segundo a grelha 

competitivos, insuficientemente competitivos e não competitivos) registados nos períodos 

em análise e às figuras 4.6 a 4.8, que registam os respectivos submodelos. 

Figura 4.5 – Modelos de Crescimento Económico face ao Espaço UE15 

(1995-1999 e 1999-2003) 

Modelos Crescimento 

Económico 1995-1999 

Competitivo 

Insuficiente Competitivo 

Não Competitivo 


0Km 50Km 100Km 

Modelos Crescimento 

Económico 1999-2003 

Competitivo 

Insuficiente Competitivo 

Não Competitivo 


A convergência do espaço nacional face ao espaço europeu no período 1995 a 1999 

traduziu-se no registo, para a maioria das sub-regiões, de modelos de crescimento, que, 

como vimos, foram muito sustentados em actividades não transaccionáveis 45 e, em 

escala decrescente, em exportadoras tradicionais, o que ajuda a perceber alguns 

comportamentos do Interior do País. 

No 2º período surgem os primeiros sinais de esgotamento daquele modelo, pelo que, não 

apenas o desempenho económico nacional se alterou negativamente (o que se exprimiu 

44 

Este quadro contém os contributos sectoriais para o crescimento regional/nacional para o crescimento, em 

ambos os períodos, estando as sub-regiões ordenadas segundo a bondade dos modelos registados no 

segundo período. Deste modo, é possível confrontar as posições sub-regionais em cada um dos períodos e o 

seu desempenho na mudança de período, numa sequência do melhor para o pior. 

45 

As que designámos como sendo de mercados nacionais e locais, a construção e os serviços não mercantis. 

59




na mudança de modelo de crescimento, segundo a grelha que temos vindo a usar), como 

também os comportamentos regionais se alteraram de tal forma que, parte das subregiões 

perdeu competitividade e, em dois casos, registaram mesmo modelos não 

competitivos traduzidos em quebras do VAB. 

Pela figura 4.5 podemos ver como a mudança negativa de modelo apresenta pertinentes 

evidências no Norte e Centro litorais industrializados, com o comportamento fortemente 

negativo do Grande Porto, à imagem também do que sucedeu na Península de Setúbal, e 

a descida para o modelo insuficientemente competitivo do Entre Douro e Vouga, Baixo 

Vouga e Baixo Mondego. Podemos também observar que a nível do Interior, as subregiões 

que se inseriam no modelo com crescimento do VAB superior à média UE15 no 

primeiro período, continuam nesse modelo (excepto a Serra da Estrela e o Médio Tejo). 

No Interior, há ainda a salientar os casos do Douro e do Pinhal Interior Sul que ascendem 

a esse modelo. 

Na figura 4.6 podemos observar que significativa das sub-regiões passou de verde 

escuro a verde claro ou a amarelo ou azul. Estas mudanças de cor significam menos 

capacidade relativa de gerar emprego (verde claro) ou menor desempenho em termos de 

produtividade (amarelo e azul). Seguidamente procuramos evidenciar as principais 

diferenças de comportamento das sub-regiões do modelo competitivo na comparação 

entre períodos. 

60 

Figura 4.6 – Modelos de Crescimento Competitivos face ao Espaço UE15 

(1995-1999 e 1999-2003) 

Modelos Competitivos 

1995-1999 

Gerador de Emprego 

Insuficientemente gerador 


Destruidor de emprego 

Intemédio com ganho de quota 


Intermédio extensivo na utilização 

do trabalho 

Fonte DPP, Quadro A.4.15. 


Modelos Competitivos 

1999-2003 

Gerador de Emprego 

Insuficientemente gerador 


Destruidor de emprego 

Intemédio com ganho de quota 


Intermédio extensivo na utilização 

do trabalho 

0Km 50Km 100Km




Apenas o Alto Alentejo, Alentejo Central e Algarve, registaram o modelo competitivo com 

ganhos simultâneos de quota de emprego e de produtividade (I1A) nos dois períodos, 

destacando-se o facto de: 

no Alentejo Central, as novas actividades exportadoras (A3) se tornarem no sector 

com maior contributo (passam de 8% a 59%) para o crescimento do VAB e, 

simultaneamente, com impacto fortemente significativo na produtividade e no 

emprego e; 

no Alto Alentejo, as novas actividades exportadoras (A3) perdem importância no 

crescimento, devido ao mau desempenho da produtividade, dando lugar às 

actividades A6 – mercado local, como uma das principais indutoras do 

crescimento. 

Os Açores e o Tâmega, que no primeiro período haviam registado o modelo competitivo 

com ganho de quota de emprego mas sem ganhode qualidade, passaram, no segundo 

período, ao modelo mais positivo de crescimento – modelo I1A, em resultado, nos 

Açores, dos contributos positivos das actividades A6 – mercado local, A7 – não mercantis 

e, novamente, das A4 – mercado nacional, e, no Tâmega, do desempenho positivo no 

crescimento da produtividade das actividades A4 – mercado nacional. 

A Beira Interior Norte, o Cávado, a Grande Lisboa e o Dão-Lafões passaram do modelo 

de crescimento sustentado no emprego e com ganhos de qualidade (I1A) para modelos 

sustentados na produtividade mas com ganhos insuficientes de emprego (I2A), sendo 

que a Madeira registou a mesma tendência mas com crescimento negativo do emprego 

(I3A). Em ambos os períodos, o mercado nacional (A4) é o sector mais relevante para o 

crescimento das respectivas economias sub-regionais, (com excepção do Beira Interior 

Norte, que não registou um contributo relevante no primeiro período). Os ganhos de 

qualidade ocorridos nestas sub-regiões dependem essencialmente das actividades A4 – 

mercado nacional. 

Com evolução similar, encontramos, ainda no modelo competitivo, mas com perda de 

qualidade, a Lezíria do Tejo, o Pinhal Interior Norte e o Pinhal Litoral, e com perda de 

produtividade – o Oeste. Na origem desses piores desempenhos na produtividade 

estiveram, em todas as sub-regiões, as novas actividades exportadoras (A3) e o mercado 

local (A6). Também, com contributos negativos para o crescimento da produtividade: a 

construção (A5), na Lezíria do Tejo e no Oeste, e as actividades primárias (A1), no Pinhal 

Interior Norte. 

61




62 

Quadro 4.5 – Contributos Sectoriais Relevantes (20% ou mais) para o 

Crescimento Regional do VAB nos Períodos 1995 a 1999 e 1999 a 2003 

Nut III 

modelo 

1995 - 1999 

contributo positivo contributo negativo modelo 

1999 - 2003 

contributo positivo contributo negativo 

Algarve I1A A4, A6 I1A A4 

Alentejo Central I1A A1, A4 I1A A3 

Alto Alentejo I1A A4, A1, A3 I1A A4, A6, A1 

Açores I1B A4 I1A A4, A7, A6 

Tâmega I1B A4, A6, A7, A1 I1A A4, A7 

Dão-Lafões I1A A4 I2A A4, A3, A7 A1 

Cávado I1A A4 I2A A3, A4 

Beira Interior Norte I1A A3, A6, A7 I2A A4, A3, A5 A1 

Grande Lisboa I1A A4 I2A A4, A6 

Douro II2B A7, A6,A4 A1 I2A A4 A1 

Madeira I1A A4, A6 I3A A4 

Pinhal Interior Sul II2C A6, A2, A7, A3 A1, A4, A5 I3A A4, A6 A2, A1 

Pinhal Litoral I1A A2 I1B A4 

Pinhal Interior Norte I1A A7, A5, A6 I1B A4, A7, A6 A1 

Lezíria do Tejo I1A A4, A3 I1B A4 

Oeste I1A A6 I1C A4, A1 

Entre Douro e Vouga I1A A4, A3 II3A A7, A4, A3, A6 A5, A1 

Cova da Beira II2A A7, A5, A4 II3A A6, A4, A7 A2 

Médio Tejo I1A A4 II1B A4, A7 

Minho-Lima II1B A3, A5 A1 II1C A6, A4 A5 

Serra da Estrela I1A A2, A7 II2B A4, A7, A6, A5 A2,A1 

Baixo Mondego I2A A4 II2B A4, A6 A1 

Beira Interior Sul II2A A3,A4 II2B A4, A6 A3, A1 

Alentejo Litoral II1C A3, A1, A7, A6 A4 II2B A1, A7 A3, A4 

Baixo Alentejo II1C A4, A7, A5 A1 II2B A4, A7 A5 

Alto Trás-os-Montes II2C A7, A5, A6, A2 A4, A1 II2B A4, A6, A7 A1 

Baixo Vouga I1A A3, A4, A2 II3B A4, A6, A7 A3, A2, A1 

Ave I1A A4, A2 II2C A6, A4, A3 A2, A1 

Grande Porto I2A A4 III3B A6 A5, A2 

Península de Setúbal I1A A3 III2C A7, A1, A4 A2, A3, A5 

Por último, o forte impacto positivo da actividade A4 – mercado nacional no crescimento 

da produtividade, no período 1999 a 2003, teve reflexos significativos no crescimento do 

VAB do Pinhal Interior Sul e do Douro acima da média da UE15. 

O período de divergência face ao espaço europeu traduziu-se na perda de 

competitividade de oito sub-regiões, que passaram de modelos competitivos a modelos 

insuficientemente competitivos (Entre Douro e Vouga, Minho, Médio Tejo, o Baixo 

Mondego, Serra da Estrela e Baixo Vouga – figura 4.7) e de duas que passaram a 

modelos não competitivos (Grande Porto e Península de Setúbal - figura 4.8). 

O crescimento negativo do emprego no período de desaceleração económica ocorrido em 

Entre Douro e Vouga, traduziu-se num crescimento do VAB inferior à média UE15. Para o




qual, também, contribuiu o aumento da sustentação do crescimento regional em 

actividades de menor valor acrescentado (A6 – mercado local e A7 – não mercantis) 

face ao período anterior (A3 – novas exportadoras e A4 – mercado nacional). 

A perda de competitividade e qualidade registada no Médio Tejo e no Baixo Mondego foi 

concomitante com o desempenho negativo das actividades A3 - novas exportadoras (com 

o maior contributo negativo para o crescimento da produtividade) e ganho de 

importância das actividades sustentadas pela procura local (A6 – mercado local, no Baixo 

Mondego, e A7 – não mercantis, no Médio Tejo) no crescimento do VAB. 

Na perda de capacidade de gerar VAB acima da média ocorrida na Serra da Estrela, no 

Baixo Vouga e no Ave, destacam-se as actividades exportadoras tradicionais (A2), que 

representavam no primeiro período um dos maiores contributos para o crescimento da 

VAB, e dão, no segundo período, o maior contributo negativo devido ao emprego. 

Figura 4.7 – Modelos de Crescimento Insuficientemente Competitivos face ao Espaço UE15 

(1995-1999 e 1999-2003) 

Modelos 

Competitivos 1995- 

Com ganho de qualidade e 

insuficientemente gerador de emprego 

Com ganho de qualidade e destruidor 


Com ganho de quota de emprego 

e sem ganho de qualidade 

Com ganho de quota de emprego e 

perda de produtividade 

Insuficientemente gerador de emprego 

sem ganho de qualidade 

Destruidor de emprego sem ganho 



com perda de produtividade 




Competitivos 1999- 

Com ganho de qualidade e 

insuficientemente gerador de emprego 

Com ganho de qualidade e destruidor 



e sem ganho de qualidade 

Com ganho de quota de emprego e 

perda de produtividade 


sem ganho de qualidade 

Destruidor de emprego sem ganho 



com perda de produtividade 


Na figura 4.7 podemos verificar que no período 1995 a 1999 oito sub-regiões registaram 

modelos insuficientemente competitivos, das quais, no período seguinte, registaram: 

modelos competitivos: o Douro e o Pinhal Interior Sul, como já foi referido; e, 

novamente, modelos insuficientemente competitivos: Alentejo Litoral, Alto Trásos-Montes, 

Baixo Alentejo, Beira Interior Sul, Cova da Beira e Minho-Lima. 

63




Dentre as sub-regiões insuficientemente competitivas, nos dois períodos, o Alentejo 

Litoral, o Minho-Lima e a Beira Interior Sul, apresentam algumas similaridades de 

comportamento. Efectivamente, nos três casos, trata-se da inversão do papel positivo 

das novas actividades exportadoras (A3) no crescimento da produtividade regional, no 

período 1995 a 1999, para negativo no período seguinte, resultando na perda de 

importância no crescimento do respectivo VAB. 

Por último, a Cova da Beira, o Baixo Alentejo e o Alto Trás-os-Montes, apresentam, nos 

dois períodos, crescimento sustentado nas actividades A4 – mercado nacional (com 

excepção do Alto Trás-os-Montes) e A7 – não mercantis, verificando-se um aumento, no 

segundo período em análise, do contributo para o crescimento do VAB da A4 – mercado 

nacional. 

Para a alteração do modelo nacional de crescimento contribuiram as evoluções registadas 

no Grande Porto e na Península de Setúbal, que passaram de modelos competitivos a 

modelos de declínio (figura 4.8). Embora, com contributos assíncronos do emprego e da 

produtividade para o crescimento nacional, revelam similaridades: 

64 

Figura 4.8 – Modelos de Crescimento não Competitivos face ao Espaço UE15 

(1995-1999 e 1999-2003) 

Modelos Não Competitivos 

1995-1999 

Com ganho de qualidade 

Com ganho de produtividade 


e perda de produtividade 


e com perda de produtividade 

Declínio absoluto total 



Modelos Não Competitivos 

1999-2003 

Com ganho de qualidade 

Com ganho de produtividade 


e perda de produtividade 


e com perda de produtividade 

Declínio absoluto total 


a perda de importância das novas actividades exportadoras (A3) no crescimento 

do VAB, que, no caso da Península de Setúbal, apresentaram já um contributo 

negativo relevante, e; 

o forte contributo negativo das exportadoras tradicionais (A2) no crescimento do 

VAB.




4.3. Modelos de Crescimento Económico Baseados nas Actividades Mercantis 

Não Primárias no Espaço Nacional 

A análise realizada no ponto anterior reportou-se ao conjunto das actividades produtivas. 

Como vimos já anteriormente (no final do ponto 4.1) englobou-se naquela análise 

actividades não inseridas na lógica de mercado (actividades não mercantis) ou sujeitas a 

fortes influências não mercantis ou mercantis mas de carácter muito específico 

(actividades primárias). 

Importa agora determinar quais foram os modelos de crescimento das actividades 

mercantis não primárias confrontando-os com os modelos de crescimento do total de 

actividades no contexto nacional, uma vez que, por falta de estatísticas adequadas, não 

foi possível reportar esta análise ao contexto europeu, com fizemos no ponto anterior. 

O período 1995 a 1999, como vimos já, caracterizou-se por um crescimento forte da 

economia portuguesa com ganhos simultâneos de quota de emprego e de qualidade. 

Quando nós passamos do referencial europeu para o referencial nacional, 

comparativamente mais exigente neste período, naturalmente que o agrupamento das 

sub-regiões por modelos de crescimento económico se altera (observe-se 

comparativamente os gráficos 4.2 e 4.4). 

Assim os modelos competitivos com ganhos de qualidade, simultâneos ou não, com 

ganhos de quota de emprego (modelos I1A e I2A), ocorrem apenas num conjunto de 

sete sub-regiões do Litoral (Lezíria do Tejo, Entre Douro e Vouga, Oeste, Baixo Vouga, 

Península de Setúbal e Grande Lisboa) e na Madeira. Em quatro sub-regiões registaramse 

modelos competitivos baseados no emprego (Pinhal Litoral, Médio Tejo, Dão-Lafões e 

Alentejo Central), levando assim a que, no todo, no referencial nacional, as sub-regiões 

competitivas descessem para 11, comparativamente a 22 no referencial europeu. A 

grande maioria do país (as restantes 19 sub-regiões) teve seu o crescimento associado a 

modelos insuficientemente competitivos que, exceptuando o Alto Alentejo, foram 

sustentados no factor trabalho com perdas de qualidade e, em alguns casos mesmo de 

produtividade, em particular no Interior. 

No período de desaceleração económica, e em divergência face ao espaço europeu, a 

observação comparada dos gráficos 4.3 e 4.5 revela uma realidade diferente e inversa à 

do período anterior, uma vez que Portugal apresentou um crescimento inferior em todos 

as variáveis em análise, sendo assim a bitola nacional menos exigente. Em 

consequência, um maior número de sub-regiões passa a incorporar o modelo de 

crescimento com ganho simultâneo de qualidade e de quota de emprego (modelo I1A) 46 . 

Estas mudanças de modelo foram sustentadas sobretudo na transição de sub-regiões 

que na bitola europeia se encontravam nos modelos competitivos baseados na 

produtividade ou no emprego. Porém, os agrupamentos de sub-regiões nos modelos 

46 Onze comparativamente a cinco no referencial UE15. 

65




insuficientemente competitivos ou não competitivos, praticamente não se alteraram 

quando passamos do contexto europeu para o nacional. 

Posto isto, interessa então agora ver quais são os modelos de crescimento em cada um 

dos períodos quando consideramos apenas as actividades mercantis não primárias. 

Assim, da análise comparativa aos gráficos 4.4 e 4.6 assinalam-se, para o período 1995 

a 1999, as seguintes observações: 

66 

no grupo dos modelos competitivos permanecem quase as mesmas sub-regiões, 

sendo que os movimentos entre modelos competitivos se devem a alterações nos 

posicionamentos relativos das taxas de crescimento da produtividade e do 

emprego, nomeadamente, o Oeste sai do modelo I1A para o I1B, devido a perda 

de qualidade, e a Madeira do modelo I2A para o I1B, devido a perda de qualidade 

e ganho de quota de emprego; 

o Tâmega passou do modelo insuficientemente competitivo (II1B) para o 

competitivo (modelo I1B) mantendo ganho de quota de emprego e crescimento 

positivo da produtividade mas a níveis superiores; 

a importância das actividades primárias (A1) no crescimento do VAB do Alentejo 

Central foi tal, que a análise restrita às actividades mercantis não primárias 

revelou um crescimento do VAB inferior à média nacional (modelo II1B) enquanto 

que considerando a totalidade da economia apresentaria o modelo I1B; 

no grupo dos insuficientemente competitivos ocorreu grande número de 

mudanças: 

o positivas, em resultado de um melhor desempenho na produtividade, no 

Grande Porto e no Baixo Alentejo, ou no emprego, na Beira Interior Norte, na 

Serra da Estrela; no Pinhal Interior Sul e no Alto Trás-os-Montes; 

o negativas, no caso dos Açores e do Algarve, devido à perda de quota de 

emprego; 

o mistas, no Douro onde ocorreu um mau desempenho da produtividade e bom 

desempenho do emprego. 

no Alentejo Litoral, a taxa de crescimento do VAB restrito às actividades mercantis 

não primárias foi negativa passando a integrar um modelo de declínio (III2C), 

devido a um desempenho no emprego muito inferior ao registado ao considerar-se 

a totalidade das actividades. 

No período de 1999-2003, assinalam-se os seguintes movimentos (Gráficos 4.5 e 4.7): 

dentro do modelo competitivo gerador de ganhos de qualidade e de acréscimo de 

quotas de emprego (I1A) permanecem quase as mesmas sub-regiões, sendo que




as alterações ocorridas reportam-se essencialmente aos posicionamentos relativos 

das taxas de crescimento da produtividade e do emprego; 

o Baixo Mondego passa a integrar aquele modelo, devido a um melhor 

comportamento da produtividade; 

o Cávado e o Alto Alentejo saem do modelo I1A, no primeiro caso para o I2A 

devido a um pior comportamento do emprego, e no segundo caso passa para o 

I1B devido a pior desempenho na produtividade; 

Alto Trás-os-Montes apresenta melhor desempenho graças à produtividade (passa 

do modelo II2B ao I2A); 

no grupo dos insuficientemente competitivos há um conjunto de mudanças: 

o positivas, com melhor desempenho no emprego no Baixo Alentejo e na 

produtividade na Lezíria e no Minho-Lima; 

o negativas, com a passagem do Alentejo Litoral ao modelo de declínio com 

perda de produtividade e de emprego; 

o mistas, no Ave e na Serra da Estrela, com piores desempenhos no emprego 

mas melhores desempenhos na produtividade. 

67





competitiva 


emprego e à 


Fonte: DPP, Quadro A.4.13 e. A.4.15. 

68 


competitiva 



II2C – insuficientemente 

gerador de emprego com 

perda de qualidade 

II2B – 

insuficientemente 


sem ganhos de 


Gráfico 4.4 – Modelos de Crescimento Económico no Espaço Nacional (1995 a 1999) 







Cova da Beira 


II1C – com perda de produtividade 


Minho-Lima 

Açores 

II1B – sem ganho de qualidade 

Ave 


Douro 


Portugal 

30 

20 

10 

0 

-10 



Oeste 


Baixo Vouga 




Médio Tejo 

Dão-Lafões 


Alto Alentejo 


Tâmega 

Algarve 


I1A – Com ganho 

de quota de 

emprego 

I2A – 

Insuficientemente 

gerador de 

emprego 

I1B Competitivo 


emprego 

II2A – Insuficientemente competitivo 




produtividade


competitiva 


emprego e à 



competitiva 



Gráfico 4.5 – Modelos de Crescimento Económico no Espaço Nacional (1999-2003) 

III3B – declínio devido ao emprego 

II2C – Insuf/ gerador de empr com perda produtividade 

II3B – destruidor de emprego 

sem ganhos de qualidade 

II2B– 

insuficiência 


emprego sem 

ganho de 


II1C – com perda de 


II1B – sem ganho de qualidade 






II3A – insuficiência competitiva 



Médio Tejo 

III2C – declínio devido à produtividade 


Minho-Lima 




Ave 

Baixo Vouga 

Cova da Beira 

Oeste 

Portugal 

20 

15 

10 

5 

0 

-5 

-10 

I1C – com perda de produtividade 

Algarve Alentejo Central 

Açores 





Alto Alentejo 

Douro 

Dão-Lafões 

I1B – com perda de qualidade 


Tâmega 





I1A – com 



emprego 

I2A – insuficientemente 


I3A – destruidor de emprego 







69


PROSPECTIVA 

E PLANEAMENTO 

E RELAÇÕES 


70 

Gráfico 4.6 – Modelos de Crescimento Económico das Actividades Mercantis Não Primárias no Espaço Nacional (1995 a 1999) 



à produtividade 

II2B – 



ao emprego e à 


II1C– sem ganho 


II1B – sem ganho 



III2C – Declínio 



Algarve 





Cova da Beira 



Açores 

Ave 

Douro 

Minho-Lima 


Baixo 

Beira 

Alentejo 

Interior Norte 

Portugal 

45 

35 

25 

15 

5 

-5 

-15 



Baixo Vouga 



Dão-Lafões 


Oeste 

Médio Tejo 


Tâmega 

Alto Alentejo 





I1A – com 

ganho de quota 


I2A – Insuficiente 


emprego 

I1B – competitivo 


emprego 

II2A – Insuficiência competitiva 




produtividade

Portugal 

30 

25 

20 

15 

10 

5 

0 

-5 

-10 




Gráfico 4.7 – Modelos de Crescimento Económico das Actividades Mercantis Não Primárias no Espaço Nacional (1999 a 2003) 


competitiva 




competitiva 


emprego 

III3B – declínio devido ao emprego 

II3B – insuficientemente competitivo 

devido ao emprego e à produtividade 

II1C – com 

perda de 


II1B – sem 



II3A – 

destruidor de 

emprego 

II2A – insuficientemente gerador de emprego 


Médio Tejo 


Minho-Lima 


Baixo Vouga 

Cova da Beira 

I1C – com perda de produtividade 


baseados no 

emprego 


III2C – declínio devido à produtividade 




Ave 


Oeste 

Lezíria do 

Alto 

Tejo 

Alentejo 

I1B – com perda de qualidade 

III3C – declínio absoluto total 


Douro 

Algarve 





Açores 



Tâmega 



Dão-Lafões 



I1A – com 

ganhos de 


emprego 

I2A – insuficiente 


I3A – destruidor de emprego 




71




5. CONCLUSÕES 

Nas secções anteriores procedeu-se a uma análise da geografia produtiva do país e da 

sua transformação em dois períodos distintos: o primeiro entre 1995-1999, classificado 

como período de aceleração do crescimento económico e de convergência em relação à 

UE, e o segundo entre 1999-2003, classificado como período de desaceleração e de 

divergência em relação à UE. 

Os processos detectados mostram uma realidade multifacetada e complexa que não se 

compagina inteiramente com as tradicionais dicotomias Litoral–Interior e Norte–Sul, que, 

no essencial, continuam a marcar o país produtivo, mas com novos matizes. 

Desde logo, pudemos observar que as sub-regiões que foram mais decisivas para o 

crescimento económico nacional em ambos os períodos, foram as do Litoral. Todavia isso 

deveu-se mais ao efeito dimensão do que ao efeito dinamismo regional que, no segundo 

período, foi mesmo negativo nos casos do Grande Porto e da Península de Setúbal. 

Para além disso, no quadro das sub-regiões ganhadoras de quota do VAB em ambos os 

períodos de análise 47 , pudemos encontrar algumas sub-regiões da transição para o 

Interior (Alentejo Central e Dão-Lafões) a par de outras do Litoral (Grande Lisboa, Oeste, 

Lezíria do Tejo e Pinhal Litoral). Mas nesse quadro não encontrámos outras sub-regiões 

do Litoral, que viríamos a encontrar no quadro das perdedoras em ambos os períodos 

(como o Grande Porto, o Ave e o Baixo Mondego) ou que, de ganhadoras se 

transformaram em perdedoras no período de desaceleração (Península de Setúbal, Baixo 

Vouga, Entre Douro e Vouga e Médio Tejo), evidenciando a saturação das respectivas 

bases económicas, no primeiro caso, já a partir de meados dos anos 90. 

É certo que no quadro das sub-regiões perdedoras em ambos os períodos há diversas 

sub-regiões interiores 48 (Beira Interior Sul, Minho-Lima, Baixo Alentejo e Alto Trás-os- 

Montes). Mas também o é o facto de encontrarmos várias sub-regiões interiores (Alto 

Alentejo, Açores, Beira Interior Norte, Pinhal Interior Norte, Douro e Pinhal Interior Sul), 

a par de outras do litoral industrial nortenho (Tâmega e Cávado), no quadro das que, 

sendo perdedoras no período de aceleração, se transformaram em ganhadoras no 

período de contenção. 

Num balanceamento de quotas, para haver ganhadores, tem de haver perdedores, e 

pode suceder que os ganhadores o sejam mais em resultado do demérito dos perdedores 

do que em resultado de méritos próprios. Nesse sentido, ao decompormos as variações 

estruturais do VAB em dinâmicas sectorial e regional (neste caso, o mérito próprio das 

regiões), pudemos de facto observar que, no primeiro período, os ganhos de quota nas 

sub-regiões não metropolitanas derivaram de mérito próprio pois apresentaram 

47 

Secção 2 do texto e quadro 5.1 desta secção. 

48 

No sentido de, independemente da posição geográfica, apresentarem características económicas e sociais 

similares às sub-regiões do Interior geográfico. 

72




dinâmicas regionais positivas e claramente superiores às dinâmicas sectoriais. Todavia, 

no segundo período, exceptuando o Alentejo Central, em todas as sub-regiões 

ganhadoras do Interior, a dinâmica regional foi positiva mas muito próxima da sectorial, 

o que evidencia escasso mérito próprio dessas sub-regiões. 

No conjunto do país, o crescimento do VAB foi sustentado em partes aproximadamente 

iguais pelo crescimento da produtividade e pelo crescimento do emprego. Da diversidade 

de comportamentos registados não é possível concluir, em ambos os períodos, por 

padrões de comportamento diferenciados entre Litoral e Interior e entre Norte e Sul, e 

entre ganhadores e perdedores de quota no VAB. De facto ambas dimensões são 

atravessadas por comportamentos sub-regionais de crescimento do VAB mais explicadas 

pela produtividade ou pelo emprego. 

No entanto, o facto de, no segundo período, se registar um número crescente de 

processos de crescimento explicados sobretudo pela produtividade 49 (Dão-Lafões, 

Alentejo Central, Madeira, Entre Douro e Vouga, Baixo Vouga, Cávado e Pinhal Interior 

Sul, para além do Grande Porto e Cova da Beira que tinham sido perdedoras em ambos 

os períodos 50 ), pode ser indicador de alguns sinais de reestruturação. 

Ao analisarmos os contributos mais relevantes (> 20%) das actividades para o 

crescimento do VAB, emprego e produtividade, em cada sub-região, podemos assinalar: 

1. No período de 1995-99 (quadro 4.3): 

As actividades de mercado nacional foram as que apresentaram contributos 

mais relevantes para o crescimento do VAB num maior número de sub-regiões; 

No caso do emprego, os contributos mais relevantes em maior número de subregiões, 

provieram essencialmente da construção, das actividades de mercado 

local e das não mercantis; 

No caso da produtividade, as actividades com incidências mais relevantes em 

maior número de sub-regiões, foram as de mercados nacionais e as 

exportadoras, em especial as novas exportadoras. 

2. No período de 1999-03 (quadro 4.4): 

Foram as actividades de mercados nacionais que concorreram mais 

relevantemente para o crescimento do VAB e da produtividade num maior 

número de sub-regiões; 

49 

De seis para nove sub-regiões. 

50 

E que, tal como a Madeira, tiveram crescimento da produtividade significativamente superior ao do emprego 

em ambos os períodos. Em todos casos referidos, com excepção do Alentejo Central, a predominância da 

produtividade na explicação do crescimento do VAB estendeu-se ao conjunto do período 1995-2003. 

73




74 

Também as actividades de mercados locais e as não mercantis tiveram 

impactos mais relevantes no crescimento do VAB e do emprego num elevado 

número de sub-regiões, mas com impactos negativos nas produtividades subregionais, 

sobretudo, no caso das actividades de mercados locais; 

As novas exportadoras impulsionaram significativamente o emprego em muitas 

sub-regiões, sem impacto concomitante no VAB, o que originou contributos 

negativos para a produtividade; 

As exportadoras tradicionais tiveram impactos negativos no crescimento do VAB 

e do emprego em várias sub-regiões, contribuindo, assim, positivamente para o 

crescimento das produtividades de várias sub-regiões. 

Verificámos também que as actividades não mercantis apresentam incidências muito 

acima da média na generalidade das sub-regiões interiores, no culminar de um processo 

em que esse peso se reforçou e contribuiu para que algumas dessas sub-regiões 

pudessem apresentar melhores desempenhos no crescimento do VAB nesse período, 

comparativamente a sub-regiões mais desenvolvidas. Esses casos assumiram, todavia, 

processos de crescimento mais vulneráveis, porque assentes em actividades muito 

dependentes do Orçamento de Estado. Para o crescimento, nestes casos, contribuíram 

também outras actividades que, sendo de natureza mercantil, estão muito associadas 

aos mercados criados pelas não mercantis – especialmente a construção e as actividades 

de mercados locais. 

Globalmente e, em ambos os períodos, embora com menor intensidade no segundo 

período, em função de uma tendência nacional de reforço das actividades não 

transaccionáveis, também a nível das sub-regiões se assistiu a um reforço das 

especializações em actividades de mercado local, por vezes em detrimento das 

actividades de mercados extra-locais (nacionais e internacionais), com algumas 

excepções repartidas entre sub-regiões litorais e interiores: Grande Lisboa, Alto Alentejo 

e Baixo Alentejo, no primeiro período; Douro, Dão-Lafões, Lezíria do Tejo, Alentejo 

Central e Madeira, no segundo período. 

Ao debruçarmo-nos sobre os modelos de crescimento do VAB, segundo as posições subregionais 

em relação à média comunitária e segundo os factores determinantes dos 

crescimentos do emprego e da produtividade, pudemos também observar a mesma 

diversidade de comportamentos não muito compagináveis nas tradicionais dicotomias de 

desenvolvimento do território português. No quadro 5.1 procurámos sintetizar esses 

processos agrupados por ganhadores e perdedores na partição do VAB nacional, no 

sentido de aos processos (modelos de crescimento), podermos associar os resultados 

(ganhos e perdas de importância na produção nacional). 

Por aquele quadro podemos assim verificar que no grupo dos ganhadores em ambos 

os períodos, no primeiro período registaram-se apenas modelos de crescimento I1A,




isto é, modelos em que VAB, emprego e produtividade, cresceram a taxas superiores às 

da média da UE15. Na passagem ao segundo período, há todavia uma quebra de ritmo e 

de qualidade, que levou a que: 

Apenas o Alentejo Central se tenha mantido naquele modelo; 

O Pinhal Litoral e a Lezíria do Tejo tenham registado perdas de qualidade com a 

produtividade a crescer positivamente, mas abaixo da média europeia; 

O Oeste tenha, mesmo, registado perda de produtividade; 

O Dão-Lafões e a Grande Lisboa tenham registado perdas de quota de emprego; e, 

A Madeira tenha, mesmo, registado quebra de emprego. 

No grupo dos que, de perdedores no primeiro período, passaram a ganhadores no 

segundo: 

Alto Alentejo e Algarve mantiveram-se no melhor modelo de crescimento (I1A); 

Tâmega e Açores registaram ganhos de qualidade, ao passarem do modelo com 

VAB e emprego a crescerem acima da média e produtividade a crescer 

positivamente mas abaixo da média (I1B), para o modelo em que tudo se situa 

acima da média (I1A); 

Cávado e Beira Interior Norte evoluíram do modelo com tudo a crescer acima da 

média (I1A), para o modelo em que o emprego cresceu positivamente mas abaixo 

da média (I2A); 

Pinhal Interior Norte registou perda de qualidade dentro do modelo com VAB e 

emprego a crescerem acima da média, ao passar do crescimento da produtividade 

acima da média (I1A) para o crescimento positivo mas inferior à média (I1B); e, 

Douro e Pinhal Interior Sul registaram ganhos de competitividade e de qualidade 

(ao passarem de crescimentos do VAB e da produtividade abaixo da média para 

crescimentos acima da média) mas, no primeiro caso, evoluiu para a perda de 

quota de emprego enquanto, no segundo caso, evoluiu mesmo para a perda de 

emprego. 

No grupo dos ganhadores que passaram a perdedores, que no primeiro período 

tinha registado apenas modelos com desempenho superior à média em todas as 

variáveis, o declínio resultou de processos de crescimento bastante problemáticos. 

Assim, em três sub-regiões o desempenho no VAB foi positivo mas inferior à média 

(Médio Tejo, com perda de qualidade; Entre Douro e Vouga, com perda de emprego; e 

Baixo Vouga, com perda de emprego e qualidade). Na Península de Setúbal perdeu-se 

VAB, quota de emprego e produtividade. 

75




Finalmente no grupo dos perdedores em ambos os períodos, todas as sub-regiões 

mudaram de modelo de crescimento: 

76 

Grande Porto foi a sub-região a registar pior evolução de desempenho, com 

passagem do modelo competitivo ao modelo de declínio com perdas no emprego e 

na produtividade; 

Serra da Estrela, Ave e Baixo Mondego, passaram do modelo competitivo ao 

insuficientemente 

produtividade; 

competitivo, com perdas relativas no emprego e na 

Beira Interior Sul e Minho-Lima desceram de modelo devido a perdas relativas na 

produtividade; 

Cova da Beira também desceu de modelo mas devido a menor desempenho 

relativo no emprego; 

Alto Trás-os-Montes subiu de modelo devido a ganhos relativos na produtividade; 

Alentejo Litoral e Baixo Alentejo mudaram de modelo com melhores desempenhos 

relativos na produtividade e piores no emprego. 

A análise incidindo apenas sobre as actividades mercantis não primárias, evidenciou 

mudanças de modelo de crescimento essencialmente nos modelos insuficientemente 

competitivos. Revelou-se assim uma maior robustez aparente das sub-regiões inseridas 

nos modelos com taxas de crescimento do VAB superiores à média nacional, que apenas 

num número muito escasso de casos desceram de modelo, e uma maior sensibilidade 

das sub-regiões com menores níveis de crescimento em relação às actividades primárias 

e às não mercantis.




Quadro 5.1 – Mudanças de Estrutura Territorial do VAB e de Modelos de Crescimento 

Variação de quota no 

VAB 

Ganhador / Ganhador 


95 - 99 99 - 03 

Mudanças de modelo 

Alentejo Central I1A I1A 

Pinhal Litoral I1A I1B Perda de qualidade 

Lezíria do Tejo I1A I1B Perda de qualidade 

Oeste I1A I1C Perda de produtividade 

Dão-Lafões I1A I2A Perda de quota de emprego 

Grande Lisboa I1A I2A Perda de quota de emprego 


Perdedor / Ganhador 

I1A I3A Perda de emprego 

Alto Alentejo I1A I1A 

Algarve I1A I1A 

Tâmega I1B I1A Ganho de qualidade 

Açores I1B I1A Ganho de qualidade 

Cávado I1A I2A Perda de quota de emprego 

Beira Interior Norte I1A I2A Perda de quota de emprego 

Pinhal Interior Norte I1A I1B Perda de qualidade 

Douro II2B I2A 

Ganhos de competitividade e de qualidade, em contexto de perda 

de quota de emprego 


Ganhador / Perdedor 

II2C I3A Ganhos de competitividade e de qualidade e perda de emprego 

Médio Tejo I1A II1B Perdas de competitividade e de qualidade 

Entre Douro e Vouga I1A II3A Perdas de competitividade e de emprego 

Baixo Vouga I1A II3B Perdas de competitividade, emprego e qualidade 


Perdedor / Perdedor 

I1A III2C Perdas de VAB, de quota de emprego e de produtividade 

Serra da Estrela I1A II2B Perdas de competitividade, quota de emprego e qualidade 

Ave I1A II2C Perdas de competitividade, quota de emprego e produtividade 

Baixo Mondego I2A II2B 

Perdas de competitividade e de qualidade, em contexto de perda 

de quota de emprego 

Grande Porto I2A III3B Perdas de VAB, emprego e qualidade 

Beira Interior Sul II2A II2B 

Perda de qualidade em contexto de insuficiência competitiva e 

perda de quota de emprego 

Cova da Beira II2A II3A Perda de emprego em contexto de insuficiência competitiva 

Minho-Lima II1B II1C Perda de produtividade em contexto de insuficiência competitiva 

Alentejo Litoral II1C II2B 

Ganho de produtividade e perda de quota de emprego em contexto 

de insuficiência competitiva 

Baixo Alentejo II1C II2B 

Ganho de produtividade e perda de quota de emprego em contexto 

de insuficiência competitiva 

Alto Trás-os-Montes II2C II2B 

Ganho de produtividade em contexto de insuficiência competitiva e 

perda de quota de emprego 

Elementos de descodificação dos modelos de crescimento do VAB 

Competitividade (Quota 

de VAB) 

I – Ganho de quota 

Emprego 

1 – Ganho de quota 

II – Ganho de VAB com 

perda de quota 

2 – Ganho de emprego 

com perda de quota 

B – Ganho de produtividade 

III – Perda de VAB 3 – Perda de emprego C – Perda de produtividade 


A – Ganho de qualidade (crescimento da produtividade acima da 

média 

77




6. BIBLIOGRAFIA 

Alves, M. B., Martins, N., Pinto, M. L. e Madruga, P. (2001), Métodos de análise da 

evolução do sistema espacial português: as regiões, as cidades e os fenómenos urbanos, 

CIRIUS – Série Didáctica nº2/2001 

AM&A (2005), Competitividade Territorial e Coesão Económica e Social, ed. Observatório 

do QCA III, Colecção de Estudos do Enquadramento Prospectivo do QCA III, Lisboa 

Camagni, R., Cappellin, R. (1986), La Productivité Sectorielle et la Politique Régionale, 

Rapport de recherche présenté à la Direction Générale de la Politique Régionale de la 

Commission des Communautés Européennes, Commission des CE, Document 

DPP (2006a), Economia Portuguesa: Horizonte 2015; Evolução das Assimetrias 

Territoriais, Revista Prospectiva e Planeamento, vol. 13, nº especial 2006, Lisboa, DPP. 

DPP (2006b), Convergência Real das Regiões Portuguesas, Dezembro de 2006. 

Martins, N. (1993), Os espaços da produtividade industrial em Portugal Continental, 

1986-1989, Documento de Trabalho, Lisboa, DCP/MPAT, (mimeo) 

78

7. ANEXOS 

7.1. Anexos Estatísticos 

Quadro A 2.1 – Estrutura Inter-regional do VAB a Preços Correntes (%) 

Fonte: DPP, com base em INE. 

1995 1999 2003 

Variação 

1995-1999 1999-2003 

Minho-Lima 1,59 1,51 1,52 -0,08 0,01 

Cávado 2,87 2,83 2,87 -0,04 0,04 

Ave 4,08 3,98 3,77 -0,10 -0,21 

Grande Porto 13,83 13,28 12,38 -0,55 -0,90 

Tâmega 2,49 2,53 2,61 0,04 0,07 

Entre Douro e Vouga 2,23 2,36 2,20 0,12 -0,16 

Douro 1,51 1,34 1,40 -0,17 0,07 

Alto Trás-os-Montes 1,44 1,28 1,26 -0,16 -0,02 

Baixo Vouga 3,45 3,42 3,31 -0,03 -0,11 

Baixo Mondego 3,29 3,04 3,09 -0,25 0,05 

Pinhal Litoral 2,23 2,35 2,44 0,12 0,10 

Pinhal Interior Norte 0,74 0,74 0,79 0,01 0,05 

Dão-Lafões 1,60 1,67 1,76 0,07 0,09 

Pinhal Interior Sul 0,31 0,27 0,28 -0,04 0,01 

Serra da Estrela 0,26 0,26 0,27 0,00 0,00 

Beira Interior Norte 0,75 0,73 0,78 -0,02 0,05 

Beira Interior Sul 0,73 0,66 0,66 -0,07 -0,01 

Cova da Beira 0,67 0,64 0,65 -0,03 0,01 

Oeste 2,88 3,00 3,14 0,12 0,14 

Grande Lisboa 30,89 31,80 31,73 0,90 -0,07 

Península de Setúbal 5,79 5,86 5,47 0,07 -0,40 

Médio Tejo 1,97 2,02 2,01 0,05 -0,01 

Lezíria do Tejo 2,05 2,17 2,26 0,11 0,09 

Alentejo Litoral 1,09 1,02 1,06 -0,07 0,03 

Alto Alentejo 0,96 0,91 0,97 -0,05 0,06 

Alentejo Central 1,35 1,33 1,42 -0,02 0,09 

Baixo Alentejo 1,07 0,88 0,90 -0,19 0,02 

Algarve 3,51 3,62 4,09 0,11 0,47 

Açores 1,78 1,78 1,89 0,00 0,11 

Açores 2,36 2,49 2,80 0,13 0,30 




79




80 

Quadro A 2.2 – Índices de Crescimento do VAB e Regiões Ganhadoras e 

Perdedoras, a Preços de 1995, nos Períodos 

1995–1999 e 1999–2003 


Índice de crescimento Ganhadores e perdedores 

1995-1999 1999-2003 1995-1999 1999-2003 

Portugal 1,17 1,07 1,00 1,00 

Minho-Lima 1,10 1,05 0,93 0,99 

Cávado 1,14 1,09 0,97 1,03 

Ave 1,14 1,02 0,97 0,96 

Grande Porto 1,12 0,99 0,96 0,93 

Tâmega 1,16 1,10 0,99 1,03 

Entre Douro e Vouga 1,24 1,01 1,06 0,95 

Douro 1,04 1,09 0,89 1,02 

Alto Trás-os-Montes 1,04 1,03 0,88 0,97 

Baixo Vouga 1,21 1,03 1,04 0,97 

Baixo Mondego 1,11 1,06 0,95 0,99 

Pinhal Litoral 1,23 1,11 1,05 1,04 

Pinhal Interior Norte 1,17 1,10 0,99 1,03 

Dão-Lafões 1,22 1,11 1,04 1,04 

Pinhal Interior Sul 1,02 1,10 0,87 1,03 

Serra da Estrela 1,14 1,03 0,98 0,97 

Beira Interior Norte 1,14 1,09 0,98 1,02 

Beira Interior Sul 1,10 1,02 0,94 0,96 

Cova da Beira 1,10 1,05 0,94 0,99 

Oeste 1,23 1,10 1,05 1,03 

Grande Lisboa 1,20 1,09 1,03 1,02 

Península de Setúbal 1,22 0,97 1,04 0,91 

Médio Tejo 1,22 1,05 1,04 0,98 

Lezíria do Tejo 1,30 1,09 1,11 1,02 

Alentejo Litoral 1,03 1,01 0,88 0,95 

Alto Alentejo 1,15 1,11 0,98 1,04 

Alentejo Central 1,20 1,16 1,02 1,09 

Baixo Alentejo 1,06 1,04 0,90 0,98 

Algarve 1,15 1,20 0,98 1,12 

Açores 1,13 1,12 0,97 1,05 

Madeira 1,19 1,18 1,02 1,11




Quadro A 2.3 – Componentes da Variação da Estrutura Inter-regional do VAB, 

a Preços de 1995, nos Períodos 1995–1999 e 1999–2003 

Dinâmica 

regional 


1995-1999 1999-2003 

Dinâmica 

sectorial 

Total 

Dinâmica 

regional 

Dinâmica 

sectorial 

Minho-Lima -0,10 -0,01 -0,11 0,02 -0,01 0,01 

Cávado -0,05 -0,03 -0,08 0,08 -0,04 0,04 

Ave -0,03 -0,10 -0,12 -0,06 -0,16 -0,21 

Grande Porto -0,79 0,16 -0,62 -0,92 0,02 -0,90 

Tâmega 0,04 -0,06 -0,02 0,11 -0,03 0,07 

Entre Douro e Vouga 0,17 -0,03 0,14 -0,07 -0,09 -0,16 

Douro -0,11 -0,06 -0,17 0,05 0,02 0,07 

Alto Trás-os-Montes -0,13 -0,04 -0,17 -0,04 0,02 -0,02 

Baixo Vouga 0,13 -0,01 0,12 -0,05 -0,06 -0,11 

Baixo Mondego -0,17 0,00 -0,17 0,04 0,01 0,05 

Pinhal Litoral 0,12 0,00 0,12 0,14 -0,04 0,10 

Pinhal Interior Norte 0,01 -0,02 0,00 0,06 -0,01 0,05 

Dão-Lafões 0,07 -0,02 0,06 0,08 0,01 0,09 

Pinhal Interior Sul -0,03 -0,01 -0,04 0,01 0,00 0,01 

Serra da Estrela 0,00 -0,01 -0,01 0,00 0,00 0,00 

Beira Interior Norte 0,00 -0,02 -0,02 0,05 0,00 0,05 

Beira Interior Sul -0,03 -0,01 -0,04 0,00 0,00 -0,01 

Cova da Beira -0,02 -0,02 -0,04 0,01 0,00 0,01 

Oeste 0,20 -0,07 0,14 0,13 0,00 0,14 

Grande Lisboa 0,23 0,59 0,82 -0,39 0,32 -0,07 

Península de Setúbal 0,21 0,02 0,23 -0,37 -0,03 -0,40 

Médio Tejo 0,10 -0,01 0,08 0,00 0,00 -0,01 

Lezíria do Tejo 0,27 -0,05 0,22 0,08 0,01 0,09 

Alentejo Litoral -0,11 -0,03 -0,13 0,04 0,00 0,03 

Alto Alentejo 0,01 -0,03 -0,02 0,05 0,01 0,06 

Alentejo Central 0,06 -0,03 0,03 0,08 0,01 0,09 

Baixo Alentejo -0,05 -0,06 -0,10 0,01 0,01 0,02 

Algarve -0,03 -0,04 -0,07 0,46 0,01 0,47 

Açores -0,04 -0,02 -0,06 0,09 0,03 0,11 

Madeira 0,05 -0,01 0,04 0,30 0,00 0,30 

Total 

81





82 

Quadro A 2.4 – Factores de Crescimento do VAB, a Preços de 1995, nos 

Períodos 1995–1999, 1999–2003 e 1995–2003 

1995 - 2003 1995 - 1999 1999 - 2003 

VAB Emprego Produtividade VAB Emprego Produtividade VAB Emprego Produtividade 

Portugal 0,22 0,11 0,11 0,16 0,08 0,08 0,06 0,03 0,03 

Minho-Lima 0,14 0,13 0,01 0,09 0,08 0,01 0,05 0,05 0,00 

Cávado 0,22 0,11 0,11 0,13 0,07 0,06 0,09 0,04 0,05 

Ave 0,15 0,11 0,04 0,13 0,07 0,05 0,02 0,03 -0,01 

Grande Porto 0,10 0,02 0,09 0,11 0,04 0,07 -0,01 -0,02 0,01 

Tâmega 0,24 0,17 0,08 0,15 0,11 0,04 0,09 0,05 0,04 

Entre Douro e Vouga 0,23 0,10 0,13 0,22 0,10 0,11 0,01 0,00 0,01 

Douro 0,12 0,06 0,06 0,04 0,02 0,02 0,08 0,04 0,04 

Alto Trás-os-Montes 0,07 0,05 0,02 0,04 0,04 0,00 0,03 0,01 0,02 

Baixo Vouga 0,22 0,10 0,13 0,19 0,10 0,09 0,03 0,00 0,03 

Baixo Mondego 0,16 0,08 0,08 0,11 0,04 0,06 0,06 0,04 0,02 

Pinhal Litoral 0,32 0,21 0,11 0,21 0,13 0,08 0,11 0,08 0,03 

Pinhal Interior Norte 0,25 0,16 0,09 0,15 0,10 0,06 0,10 0,06 0,03 

Dão-Lafões 0,30 0,14 0,16 0,19 0,12 0,07 0,10 0,02 0,08 

Pinhal Interior Sul 0,12 0,00 0,11 0,02 0,04 -0,02 0,10 -0,04 0,13 

Serra da Estrela 0,16 0,08 0,09 0,14 0,06 0,07 0,03 0,01 0,02 

Beira Interior Norte 0,22 0,10 0,12 0,13 0,06 0,07 0,08 0,04 0,04 

Beira Interior Sul 0,12 0,03 0,09 0,10 0,03 0,07 0,02 0,00 0,01 

Cova da Beira 0,15 0,01 0,15 0,10 0,03 0,07 0,05 -0,02 0,07 

Oeste 0,30 0,21 0,09 0,21 0,10 0,11 0,10 0,11 -0,01 

Grande Lisboa 0,27 0,11 0,16 0,19 0,07 0,12 0,08 0,04 0,04 

Península de Setúbal 0,17 0,14 0,03 0,20 0,10 0,10 -0,03 0,03 -0,06 

Médio Tejo 0,25 0,22 0,02 0,20 0,13 0,07 0,05 0,09 -0,05 

Lezíria do Tejo 0,35 0,20 0,15 0,26 0,13 0,13 0,09 0,07 0,02 

Alentejo Litoral 0,04 0,08 -0,04 0,03 0,07 -0,05 0,01 0,00 0,01 

Alto Alentejo 0,24 0,11 0,13 0,14 0,05 0,08 0,10 0,05 0,05 

Alentejo Central 0,33 0,17 0,16 0,18 0,11 0,07 0,15 0,06 0,09 

Baixo Alentejo 0,10 0,12 -0,02 0,06 0,09 -0,03 0,04 0,03 0,01 

Algarve 0,32 0,17 0,15 0,14 0,08 0,06 0,18 0,09 0,09 

Açores 0,24 0,16 0,08 0,12 0,10 0,02 0,11 0,06 0,05 

Madeira 0,34 0,07 0,28 0,18 0,07 0,11 0,17 0,00 0,17


Quadro A.3.1 – Estrutura Sectorial do VAB em 2003 (%) 

A1 A2 A3 A4 A5 A6 A7 


locais 




Act. de base 

económica 


Mercantis não 

primárias 

Portugal 3,98 10,96 4,02 32,95 6,67 22,08 19,33 28,75 47,93 76,68 

Minho-Lima 3,45 12,03 5,70 23,69 10,94 21,48 22,72 32,4 41,4 73,8 

Cávado 2,89 21,36 4,20 20,52 11,45 20,51 19,08 32,0 46,1 78,0 

Ave 1,42 36,67 5,67 18,95 6,63 17,72 12,95 24,4 61,3 85,6 

Grande Porto 1,03 9,35 5,06 31,95 6,63 28,21 17,78 34,8 46,4 81,2 

Tâmega 4,08 20,48 1,65 28,27 8,85 15,39 21,29 24,2 50,4 74,6 

Entre Douro e Vouga 0,90 33,03 8,70 23,69 5,36 14,47 13,85 19,8 65,4 85,2 

Douro 19,51 2,84 0,71 27,17 5,40 16,05 28,33 21,4 30,7 52,2 

Alto Trás-os-Montes 8,15 3,87 0,16 32,62 5,97 16,83 32,40 22,8 36,7 59,5 

Baixo Vouga 3,39 17,85 8,26 28,25 5,89 18,31 18,05 24,2 54,4 78,6 

Baixo Mondego 2,63 11,89 2,59 27,34 6,21 22,52 26,82 28,7 41,8 70,5 

Pinhal Litoral 2,48 15,47 6,80 25,62 11,89 21,88 15,86 33,8 47,9 81,7 

Pinhal Interior Norte 4,63 14,45 1,55 21,69 11,02 18,49 28,17 29,5 37,7 67,2 

Dão-Lafões 3,25 10,30 4,98 24,23 8,84 21,60 26,80 30,4 39,5 69,9 

Pinhal Interior Sul 6,59 8,82 0,63 30,70 7,85 21,60 23,81 29,4 40,2 69,6 

Serra da Estrela 5,31 10,02 0,82 24,21 8,55 20,13 30,97 28,7 35,0 63,7 

Beira Interior Norte 7,17 6,71 7,75 21,25 7,44 20,57 29,11 28,0 35,7 63,7 

Beira Interior Sul 11,03 10,72 4,94 23,40 6,47 19,07 24,37 25,5 39,1 64,6 

Cova da Beira 8,72 14,65 0,46 19,53 6,78 23,88 25,97 30,7 34,6 65,3 

Oeste 13,64 10,72 2,14 26,87 7,94 19,59 19,11 27,5 39,7 67,3 

Grande Lisboa 0,38 6,52 3,13 44,47 5,05 25,38 15,07 30,4 54,1 84,6 

Península de Setúbal 3,39 7,76 10,04 28,17 7,52 19,67 23,45 27,2 46,0 73,2 

Médio Tejo 3,56 12,41 3,95 28,79 8,41 18,81 24,07 27,2 45,1 72,4 

Lezíria do Tejo 15,04 6,41 6,66 30,21 5,91 16,92 18,85 22,8 43,3 66,1 

Alentejo Litoral 18,04 3,34 2,46 43,97 5,07 9,44 17,69 14,5 49,8 64,3 

Alto Alentejo 18,78 4,73 3,84 22,07 3,85 18,97 27,76 22,8 30,6 53,5 


Baixo Alentejo 23,16 2,79 0,18 20,25 3,98 16,66 32,97 20,6 23,2 43,9 

Algarve 8,58 14,42 0,29 29,25 8,23 21,56 17,66 29,8 44,0 73,8 

Açores 9,48 3,55 0,18 29,85 7,46 18,35 31,14 25,8 33,6 59,4 

Madeira 3,08 11,17 0,22 36,39 8,94 17,97 22,23 26,9 47,8 74,7 

83




84 

Quadro A.3.2 – Quocientes de Localizaçãodo VAB em 2003 

A1 A2 A3 A4 A5 A6 A7 


locais 


económica 



primárias 

Portugal 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 

Minho-Lima 0,87 1,10 1,42 0,72 1,64 0,97 1,18 1,13 0,86 0,96 

Cávado 0,73 1,95 1,04 0,62 1,72 0,93 0,99 1,11 0,96 1,02 

Ave 0,36 3,35 1,41 0,58 0,99 0,80 0,67 0,85 1,28 1,12 

Grande Porto 0,26 0,85 1,26 0,97 0,99 1,28 0,92 1,21 0,97 1,06 

Tâmega 1,02 1,87 0,41 0,86 1,33 0,70 1,10 0,84 1,05 0,97 

Entre Douro e Vouga 0,23 3,01 2,16 0,72 0,80 0,66 0,72 0,69 1,36 1,11 

Douro 4,90 0,26 0,18 0,82 0,81 0,73 1,46 0,75 0,64 0,68 

Alto Trás-os-Montes 2,05 0,35 0,04 0,99 0,90 0,76 1,68 0,79 0,76 0,78 

Baixo Vouga 0,85 1,63 2,05 0,86 0,88 0,83 0,93 0,84 1,13 1,02 

Baixo Mondego 0,66 1,08 0,64 0,83 0,93 1,02 1,39 1,00 0,87 0,92 

Pinhal Litoral 0,62 1,41 1,69 0,78 1,78 0,99 0,82 1,17 1,00 1,06 

Pinhal Interior Norte 1,16 1,32 0,39 0,66 1,65 0,84 1,46 1,03 0,79 0,88 

Dão-Lafões 0,82 0,94 1,24 0,74 1,33 0,98 1,39 1,06 0,82 0,91 

Pinhal Interior Sul 1,65 0,80 0,16 0,93 1,18 0,98 1,23 1,02 0,84 0,91 

Serra da Estrela 1,33 0,91 0,20 0,73 1,28 0,91 1,60 1,00 0,73 0,83 

Beira Interior Norte 1,80 0,61 1,93 0,64 1,12 0,93 1,51 0,97 0,75 0,83 

Beira Interior Sul 2,77 0,98 1,23 0,71 0,97 0,86 1,26 0,89 0,81 0,84 

Cova da Beira 2,19 1,34 0,11 0,59 1,02 1,08 1,34 1,07 0,72 0,85 

Oeste 3,42 0,98 0,53 0,82 1,19 0,89 0,99 0,96 0,83 0,88 

Grande Lisboa 0,09 0,59 0,78 1,35 0,76 1,15 0,78 1,06 1,13 1,10 

Península de Setúbal 0,85 0,71 2,50 0,85 1,13 0,89 1,21 0,95 0,96 0,95 

Médio Tejo 0,89 1,13 0,98 0,87 1,26 0,85 1,25 0,95 0,94 0,94 

Lezíria do Tejo 3,78 0,58 1,66 0,92 0,89 0,77 0,97 0,79 0,90 0,86 

Alentejo Litoral 4,53 0,30 0,61 1,33 0,76 0,43 0,91 0,50 1,04 0,84 

Alto Alentejo 4,72 0,43 0,95 0,67 0,58 0,86 1,44 0,79 0,64 0,70 


Baixo Alentejo 5,81 0,25 0,04 0,61 0,60 0,75 1,71 0,72 0,48 0,57 

Algarve 2,15 1,32 0,07 0,89 1,23 0,98 0,91 1,04 0,92 0,96 

Açores 2,38 0,32 0,05 0,91 1,12 0,83 1,61 0,90 0,70 0,77 

Madeira 0,77 1,02 0,06 1,10 1,34 0,81 1,15 0,94 1,00 0,97 

Fonte: DPP, com base em INE.

Quadro A.3.3 – Variação da Estrutura Inter-sectorial Regional do VAB 


locais 


1995–1999 e 1999–2003 

1995 - 1999 1999 - 2003 


económica 



primárias 


locais 


económica 






primárias 

Portugal 0,67 -0,33 0,34 0,88 -1,77 -0,90 

Minho-Lima 3,45 -2,49 0,96 2,93 -2,80 0,13 

Cávado 1,85 -2,15 -0,30 1,10 -2,03 -0,93 

Ave 1,43 -1,65 -0,22 3,31 -4,28 -0,97 

Grande Porto -1,02 -0,32 -1,33 0,85 -2,60 -1,75 

Tâmega 1,42 -0,11 1,31 0,36 -1,55 -1,19 

Entre Douro e Vouga 1,14 -1,05 0,09 0,46 -2,37 -1,92 

Douro 2,92 -1,47 1,45 0,27 1,34 1,61 

Alto Trás-os-Montes 2,95 -4,67 -1,72 1,59 -0,64 0,95 

Baixo Vouga 2,13 -1,63 0,50 2,03 -3,58 -1,55 

Baixo Mondego 1,01 -2,19 -1,18 3,18 -2,65 0,53 

Pinhal Litoral 2,55 -2,27 0,28 3,20 -4,32 -1,12 

Pinhal Interior Norte 4,46 -3,94 0,52 1,64 -2,53 -0,89 

Dão-Lafões 1,80 0,09 1,89 -1,71 1,85 0,14 

Pinhal Interior Sul 2,17 -0,51 1,66 3,71 -1,28 2,43 

Serra da Estrela -0,06 -1,26 -1,33 3,85 -6,38 -2,53 

Beira Interior Norte 1,76 0,24 2,00 3,06 -1,27 1,80 

Beira Interior Sul 0,23 0,21 0,44 2,54 -3,12 -0,59 

Cova da Beira 2,51 -2,72 -0,21 1,93 -5,38 -3,46 

Oeste 3,89 -2,08 1,82 0,47 -2,70 -2,23 

Grande Lisboa -1,27 1,52 0,26 0,86 -0,24 0,62 

Península de Setúbal 3,01 -3,85 -0,84 0,85 -4,36 -3,50 

Médio Tejo 3,25 -4,25 -1,00 1,64 -3,54 -1,90 

Lezíria do Tejo 2,93 3,01 5,95 -1,76 1,14 -0,62 

Alentejo Litoral 0,26 0,20 0,45 -0,33 -5,64 -5,97 

Alto Alentejo -0,53 2,52 1,99 0,11 -1,25 -1,14 

Alentejo Central 1,05 -0,32 0,73 -1,25 1,05 -0,20 

Baixo Alentejo 4,95 3,46 8,40 -1,96 0,02 -1,94 

Algarve 1,33 -2,10 -0,76 1,24 -1,49 -0,25 

Açores -0,46 -0,78 -1,24 0,84 -1,60 -0,75 

Madeira 2,76 -2,34 0,42 -2,98 1,93 -1,04 

85




86 

Quadro A.4.1 – Contributos Sectoriais e Regionais para o Crescimento Global do 


VAB 1995–1999 

A1 A2 A3 A4 A5 A6 A7 


locais 

Base 

económica 


Mercantis 

não 

primárias 

Portugal 0,07 1,06 2,11 7,80 1,38 2,85 1,96 4,23 10,97 15,20 17,22 

Minho-Lima -0,04 0,02 0,05 0,02 0,05 0,02 0,03 0,07 0,09 0,16 0,15 

Cávado -0,02 0,05 0,04 0,13 0,08 0,05 0,06 0,13 0,23 0,36 0,40 

Ave -0,01 0,15 0,04 0,21 0,06 0,08 0,05 0,14 0,39 0,52 0,56 

Grande Porto 0,01 -0,06 0,33 0,85 0,18 0,15 0,19 0,33 1,12 1,45 1,66 

Tâmega -0,05 0,08 0,02 0,17 0,01 0,10 0,09 0,11 0,27 0,38 0,41 

Entre Douro e Vouga -0,01 0,09 0,13 0,18 0,07 0,04 0,05 0,11 0,40 0,51 0,54 

Douro -0,04 0,00 0,00 0,02 0,00 0,03 0,04 0,04 0,02 0,05 0,06 

Alto Trás-os-Montes -0,02 0,01 0,00 -0,02 0,02 0,01 0,04 0,03 0,00 0,03 0,05 

Baixo Vouga -0,01 0,16 0,20 0,16 0,04 0,13 0,06 0,17 0,52 0,69 0,74 

Baixo Mondego -0,01 0,07 0,07 0,12 0,05 0,02 0,06 0,07 0,26 0,32 0,37 

Pinhal Litoral 0,00 0,14 0,07 0,07 0,10 0,09 0,05 0,18 0,28 0,47 0,52 

Pinhal Interior Norte -0,01 0,02 0,01 0,02 0,03 0,03 0,03 0,05 0,04 0,10 0,12 

Dão-Lafões -0,01 0,05 0,05 0,07 0,05 0,07 0,07 0,11 0,18 0,29 0,34 

Pinhal Interior Sul -0,01 0,01 0,00 -0,01 -0,01 0,01 0,01 0,00 0,01 0,01 0,01 

Serra da Estrela 0,00 0,01 0,00 0,01 0,00 0,00 0,01 0,01 0,02 0,02 0,04 

Beira Interior Norte 0,00 0,01 0,04 0,01 0,00 0,02 0,02 0,03 0,06 0,09 0,11 

Beira Interior Sul 0,00 0,00 0,04 0,02 0,01 0,00 0,01 0,00 0,06 0,06 0,08 

Cova da Beira 0,00 -0,01 0,00 0,02 0,02 0,01 0,02 0,03 0,01 0,04 0,07 

Oeste 0,08 0,07 0,05 0,13 0,06 0,18 0,11 0,23 0,24 0,48 0,66 

Grande Lisboa 0,01 0,03 0,17 4,56 0,21 1,01 0,30 1,22 4,76 5,98 6,29 

Península de Setúbal -0,02 0,06 0,45 0,24 0,11 0,24 0,19 0,35 0,75 1,10 1,27 

Médio Tejo 0,00 0,03 0,06 0,13 0,06 0,07 0,09 0,13 0,22 0,35 0,44 

Lezíria do Tejo 0,03 0,01 0,17 0,20 0,04 0,11 0,06 0,15 0,37 0,52 0,62 

Alentejo Litoral 0,02 0,00 0,04 -0,07 0,00 0,01 0,02 0,01 -0,02 -0,02 0,03 

Alto Alentejo 0,04 0,01 0,03 0,04 -0,01 0,01 0,01 0,01 0,08 0,09 0,14 

Alentejo Central 0,09 0,01 0,02 0,06 0,00 0,05 0,04 0,05 0,10 0,14 0,27 

Baixo Alentejo -0,03 0,00 0,00 0,03 0,02 0,01 0,03 0,03 0,03 0,06 0,06 

Algarve 0,04 0,01 0,01 0,17 0,07 0,14 0,09 0,20 0,18 0,39 0,52 

Açores 0,04 0,01 0,00 0,10 0,01 0,03 0,04 0,04 0,11 0,15 0,24 

Madeira -0,01 0,02 0,00 0,17 0,06 0,14 0,07 0,20 0,19 0,40 0,46 

Total





VAB 1995–1999 (%) 

A1 A2 A3 A4 A5 A6 A7 



locais 

Base 

económica 


Mercantis 

não 

primárias 

PT 0,41 6,13 12,28 45,27 8,01 16,54 11,35 24,55 63,68 88,23 100,0 

Minho-Lima -23,16 14,11 32,26 10,75 32,54 14,97 18,53 47,51 57,12 104,63 0,9 

Cávado -3,98 11,58 10,93 33,08 19,48 13,31 15,61 32,79 55,58 88,37 2,4 

Ave -2,36 25,88 6,59 36,68 10,72 13,60 8,89 24,32 69,15 93,47 3,3 

Grande Porto 0,82 -3,73 19,87 51,55 10,72 9,26 11,51 19,98 67,68 87,66 9,6 

Tâmega -13,11 20,16 4,33 40,41 1,96 25,05 21,20 27,01 64,90 91,91 2,4 

Entre Douro e Vouga -2,16 16,91 24,75 32,20 12,86 6,79 8,66 19,64 73,86 93,50 3,2 

Douro -71,92 4,42 1,82 26,14 8,11 53,21 78,22 61,32 32,38 93,70 0,3 

Alto Trás-os-Montes -42,32 24,98 1,27 -34,74 46,17 20,75 83,89 66,92 -8,49 58,43 0,3 

Baixo Vouga -1,44 21,58 27,26 21,09 5,16 17,85 8,50 23,01 69,94 92,94 4,3 

Baixo Mondego -2,31 18,36 19,97 31,21 12,72 5,11 14,94 17,83 69,54 87,37 2,2 

Pinhal Litoral 0,48 27,41 13,66 13,13 18,35 16,78 10,19 35,13 54,20 89,33 3,0 

Pinhal Interior Norte -6,98 12,36 9,98 12,54 23,78 20,76 27,57 44,54 34,88 79,41 0,7 

Dão-Lafões -3,61 14,75 16 21,13 13,65 19,38 18,99 33,03 51,60 84,63 2,0 

Pinhal Interior Sul -199,32 137,80 64,49 -85,01 -95,15 168,35 108,83 73,20 117,29 190,49 0,0 

Serra da Estrela 13,03 30,79 -1,00 17,89 4,43 9,88 24,99 14,31 47,67 61,98 0,2 

Beira Interior Norte -0,92 7,69 38,90 8,58 2,66 20,92 22,18 23,58 55,16 78,74 0,6 

Beira Interior Sul 5,21 3,02 52,64 25,14 8,78 -5,65 10,87 3,12 80,80 83,92 0,4 

Cova da Beira 6,57 -10,53 0,68 30,58 28,79 11,52 32,39 40,31 20,73 61,04 0,4 

Oeste 11,59 10,19 6,97 19,61 8,57 27,02 16,06 35,58 36,77 72,35 3,8 

Grande Lisboa 0,13 0,44 2,67 72,56 3,39 15,98 4,84 19,37 75,66 95,03 36,5 

Península de Setúbal -1,70 4,58 35,47 19,12 8,37 18,90 15,26 27,27 59,17 86,44 7,4 

Médio Tejo 0,14 6,95 13,42 30,77 13,09 16,10 19,53 29,19 51,14 80,33 2,5 

Lezíria do Tejo 5,33 0,98 26,94 32,66 6,57 17,33 10,18 23,90 60,59 84,49 3,6 

Alentejo Litoral 75,80 8,16 140,97 -225,62 -1,61 28,55 73,74 26,94 -76,48 -49,54 0,2 

Alto Alentejo 27,13 5,47 23,37 30,06 -3,93 8,03 9,87 4,10 58,91 63,01 0,8 


Baixo Alentejo -46,90 0,30 2,80 49,40 35,25 14,29 44,86 49,54 52,50 102,04 0,4 

Algarve 8,11 2,13 1,04 31,88 13,10 25,97 17,78 39,07 35,05 74,11 3,0 

Açores 16,51 3,81 1,65 41,51 2,90 14,68 18,93 17,58 46,97 64,55 1,4 

Madeira -1,47 4,76 0,61 36,94 12,98 31,68 14,50 44,66 42,31 86,97 2,6 

Total 

87




88 



VAB 1999-2003 

A1 A2 A3 A4 A5 A6 A7 


locais 

Base 

económica 


Mercantis 

não 

primárias 

PT -0,06 -0,31 0,16 5,01 -0,68 1,75 0,66 1,06 4,87 5,93 6,54 

Minho-Lima -0,01 0,01 0,00 0,03 -0,02 0,06 0,01 0,04 0,05 0,08 0,07 

Cávado -0,01 0,05 0,11 0,06 -0,01 0,03 0,03 0,03 0,21 0,24 0,26 

Ave -0,03 -0,08 0,05 0,07 -0,02 0,08 0,02 0,06 0,04 0,10 0,09 

Grande Porto -0,02 -0,20 0,01 -0,04 -0,27 0,33 0,04 0,06 -0,22 -0,17 -0,15 

Tâmega -0,03 0,02 0,01 0,17 0,00 0,01 0,06 0,01 0,20 0,21 0,24 

Entre Douro e Vouga -0,02 -0,01 0,02 0,03 -0,04 0,01 0,03 -0,02 0,04 0,01 0,02 

Douro -0,04 0,01 0,00 0,11 -0,01 0,02 0,02 0,01 0,12 0,13 0,12 

Alto Trás-os-Montes -0,06 0,00 0,00 0,07 -0,01 0,02 0,02 0,01 0,07 0,08 0,04 

Baixo Vouga -0,04 -0,06 -0,07 0,20 0,00 0,03 0,04 0,03 0,07 0,10 0,10 

Baixo Mondego -0,06 -0,02 -0,03 0,15 0,00 0,11 0,02 0,12 0,10 0,22 0,18 

Pinhal Litoral -0,01 -0,03 0,01 0,16 0,05 0,05 0,04 0,10 0,14 0,24 0,27 

Pinhal Interior Norte -0,02 -0,01 0,00 0,05 0,00 0,02 0,03 0,03 0,04 0,06 0,07 

Dão-Lafões -0,06 0,03 0,07 0,09 -0,01 0,00 0,05 0,00 0,19 0,19 0,18 

Pinhal Interior Sul -0,01 -0,02 0,00 0,05 0,00 0,01 0,01 0,01 0,02 0,04 0,03 

Serra da Estrela 0,00 -0,02 0,00 0,02 0,00 0,00 0,01 0,01 0,00 0,01 0,01 

Beira Interior Norte -0,03 -0,01 0,02 0,04 0,01 0,02 0,02 0,03 0,05 0,08 0,06 

Beira Interior Sul -0,01 0,00 -0,02 0,03 0,00 0,02 0,00 0,01 0,01 0,02 0,01 

Cova da Beira 0,00 -0,03 0,00 0,02 0,00 0,02 0,02 0,02 0,00 0,02 0,03 

Oeste 0,09 0,00 0,00 0,14 0,05 -0,01 0,05 0,04 0,14 0,17 0,31 

Grande Lisboa 0,05 0,07 -0,02 2,63 -0,42 0,69 -0,24 0,27 2,68 2,94 2,76 

Península de Setúbal 0,05 -0,15 -0,10 0,04 -0,05 -0,03 0,06 -0,07 -0,20 -0,27 -0,17 

Médio Tejo -0,01 -0,02 -0,01 0,06 0,01 0,02 0,03 0,03 0,04 0,07 0,10 

Lezíria do Tejo 0,03 0,04 0,02 0,12 0,00 -0,02 0,02 -0,02 0,18 0,16 0,21 

Alentejo Litoral 0,05 0,00 -0,04 -0,03 0,00 0,00 0,02 0,00 -0,06 -0,06 0,01 

Alto Alentejo 0,02 0,00 0,00 0,04 0,00 0,02 0,01 0,02 0,04 0,06 0,10 


Baixo Alentejo -0,01 0,00 0,00 0,03 -0,01 0,00 0,03 -0,01 0,03 0,02 0,04 

Algarve 0,13 0,05 0,00 0,26 0,09 0,10 0,06 0,18 0,30 0,49 0,67 

Açores -0,01 0,01 0,00 0,09 0,00 0,04 0,07 0,05 0,10 0,15 0,21 

Madeira 0,01 0,04 0,00 0,27 -0,03 0,07 0,08 0,04 0,31 0,35 0,44 

Total





VAB 1999–2003 (%) 

A1 A2 A3 A4 A5 A6 A7 


locais 

Base 

económica 


Mercantis 

não 

primárias 

PT -0,86 -4,69 2,46 76,67 -10,44 26,70 10,16 16,26 74,44 90,69 100,00 

Minho-Lima -18,96 16,09 2,45 43,37 -26,96 76,90 7,10 49,94 61,92 111,86 1,1 

Cávado -3,29 18,64 40,85 23,01 -2,15 12,83 10,11 10,68 82,50 93,19 3,9 

Ave -30,71 -91,29 57,94 72,70 -21,26 91,45 21,16 70,19 39,35 109,54 1,4 

Grande Porto -15,61 -127,75 7,07 -23,79 -175,47 211,23 24,33 35,75 -144,47 -108,72 -2,4 

Tâmega -11,60 10,34 5,50 68,87 -1,70 5,27 23,32 3,57 84,71 88,27 3,7 

Entre Douro e Vouga -79,75 -47,57 89,85 116,29 -145,69 48,04 118,82 -97,65 158,57 60,92 0,4 

Douro -31,89 4,48 0,23 98,31 -8,85 19,40 18,33 10,55 103,02 113,56 1,8 

Alto Trás-os-Montes -133,97 4,49 0,44 164,27 -16,11 39,27 41,62 23,15 169,19 192,35 0,7 

Baixo Vouga -38,79 -56,29 -72,87 198,17 1,30 30,40 38,08 31,70 69,01 100,71 1,5 

Baixo Mondego -30,72 -10,33 -15,92 83,03 1,49 62,69 9,77 64,17 56,78 120,95 2,8 

Pinhal Litoral -5,65 -9,78 3,95 59,68 17,51 19,22 15,06 36,73 53,85 90,58 4,1 

Pinhal Interior Norte -24,88 -8,34 -3,99 65,26 4,19 30,00 37,76 34,19 52,93 87,12 1,1 

Dão-Lafões -31,75 16,64 37,29 52,24 -4,90 2,57 27,90 -2,33 106,17 103,85 2,7 

Pinhal Interior Sul -49,49 -79,50 -13,33 180,79 5,31 36,89 19,34 42,20 87,96 130,15 0,4 

Serra da Estrela -57,77 -275,18 22,69 214,45 49,25 55,18 91,39 104,43 -38,05 66,38 0,1 

Beira Interior Norte -47,03 -18,49 30,84 61,39 20,16 28,59 24,53 48,75 73,75 122,50 1,0 

Beira Interior Sul -87,72 -9,80 -143,36 228,74 -17,90 119,62 10,42 101,72 75,58 177,30 0,2 

Cova da Beira 5,46 -80,45 3,97 73,66 -10,39 58,88 48,87 48,49 -2,82 45,67 0,5 

Oeste 28,68 -1,35 -1,08 46,76 15,02 -3,26 15,25 11,75 44,32 56,07 4,7 

Grande Lisboa 1,82 2,51 -0,71 95,23 -15,31 25,00 -8,54 9,69 97,03 106,72 42,2 

Península de Setúbal 26,41 -84,90 -57,26 25,11 -27,69 -15,64 33,97 -43,33 -117,05 -160,39 -2,6 

Médio Tejo -5,84 -16,21 -8,24 66,36 11,99 16,45 35,51 28,43 41,90 70,34 1,5 

Lezíria do Tejo 13,58 19,33 9,39 58,49 1,29 -11,21 9,13 -9,92 87,21 77,29 3,2 

Alentejo Litoral 374,70 35,47 -271,68 -224,58 -8,51 30,08 164,53 21,56 -460,79 -439,23 0,2 

Alto Alentejo 23,46 -2,09 4,19 41,99 -1,65 22,05 12,05 20,40 44,09 64,49 1,5 

Alentejo Central 2,88 -0,54 59,45 19,41 -1,31 4,37 15,74 3,07 78,32 81,38 3,4 

Baixo Alentejo -12,21 6,97 -1,44 67,37 -24,95 0,91 63,34 -24,03 72,90 48,87 0,6 

Algarve 18,79 7,24 -0,24 37,94 12,70 14,58 9,00 27,28 44,94 72,21 10,3 

Açores -5,30 6,41 -2,36 44,89 1,65 21,57 33,14 23,22 48,94 72,16 3,2 

Madeira 1,19 9,43 -0,23 61,89 -7,09 15,58 19,23 8,49 71,09 79,58 6,7 


Total 

89




90 



Emprego 1995–1999 

A1 A2 A3 A4 A5 A6 A7 

Mercantis 

não 

primárias 

Total 

PT -0,84 0,78 0,38 1,53 2,07 2,21 1,78 6,97 7,91 

Minho-Lima -0,06 0,02 0,03 0,03 0,10 0,02 0,03 0,21 0,18 

Cávado -0,05 0,02 0,00 0,06 0,13 0,07 0,06 0,28 0,29 

Ave -0,05 0,11 -0,02 0,07 0,14 0,08 0,05 0,39 0,40 

Grande Porto -0,02 -0,19 0,08 0,09 0,26 0,14 0,18 0,37 0,53 

Tâmega -0,08 0,13 0,01 0,12 0,09 0,12 0,09 0,46 0,46 

Entre Douro e Vouga -0,01 0,00 0,04 0,05 0,12 0,05 0,05 0,26 0,29 

Douro -0,12 0,02 0,00 0,01 0,04 0,05 0,04 0,12 0,04 

Alto Trás-os-Montes -0,10 0,04 0,00 0,02 0,05 0,03 0,04 0,13 0,08 

Baixo Vouga -0,03 0,05 0,04 0,04 0,05 0,18 0,06 0,36 0,39 

Baixo Mondego -0,03 -0,01 0,02 0,06 0,06 0,01 0,05 0,13 0,15 

Pinhal Litoral -0,01 0,03 0,04 0,03 0,11 0,10 0,05 0,31 0,35 

Pinhal Interior Norte -0,01 -0,01 0,01 0,01 0,04 0,04 0,03 0,09 0,11 

Dão-Lafões -0,03 0,05 0,01 0,03 0,07 0,11 0,06 0,28 0,30 

Pinhal Interior Sul -0,01 0,02 0,00 -0,01 -0,01 0,02 0,01 0,03 0,02 

Serra da Estrela -0,01 0,01 0,00 0,00 0,00 0,01 0,01 0,02 0,03 

Beira Interior Norte -0,02 0,01 0,02 0,00 0,00 0,04 0,02 0,07 0,07 

Beira Interior Sul -0,01 0,01 0,02 -0,01 0,01 0,00 0,01 0,03 0,02 

Cova da Beira -0,01 -0,03 0,00 0,01 0,03 0,01 0,02 0,02 0,03 

Oeste -0,11 0,06 0,01 0,05 0,07 0,14 0,10 0,34 0,34 

Grande Lisboa -0,02 0,19 0,00 0,57 0,19 0,44 0,27 1,40 1,66 

Península de Setúbal -0,03 0,03 0,06 0,04 0,07 0,17 0,19 0,38 0,54 

Médio Tejo -0,04 0,03 0,01 0,05 0,08 0,06 0,08 0,24 0,27 

Lezíria do Tejo -0,05 0,02 -0,01 0,11 0,06 0,08 0,06 0,26 0,27 

Alentejo Litoral 0,01 0,00 0,00 0,00 0,02 0,02 0,02 0,03 0,06 

Alto Alentejo 0,02 0,01 0,00 -0,01 0,01 0,01 0,01 0,03 0,06 


Baixo Alentejo 0,02 0,00 0,00 0,00 0,03 0,01 0,02 0,05 0,10 

Algarve -0,01 0,08 0,00 0,02 0,10 0,02 0,07 0,23 0,28 

Açores 0,10 0,02 0,00 0,02 0,03 0,03 0,04 0,10 0,23 

Madeira -0,09 0,03 0,00 0,03 0,05 0,09 0,06 0,21 0,18






Emprego 1995–1999 (%) 

A1 A2 A3 A4 A5 A6 A7 

Mercantis 

não 

primárias 

Total 

PT -10,59 9,86 4,76 19,33 26,20 27,96 22,48 88,11 100,00 

Minho-Lima -31,44 10,58 16,45 19,16 57,39 13,54 14,31 117,13 2,29 

Cávado -18,44 6,69 -0,70 19,67 46,81 24,50 21,47 96,96 3,62 

Ave -11,43 28,01 -4,91 17,47 36,28 21,38 13,20 98,23 4,99 

Grande Porto -4,53 -36,91 15,39 16,36 48,67 27,14 33,87 70,65 6,64 

Tâmega -18,43 27,53 1,88 26,04 19,09 25,15 18,73 99,70 5,82 

Entre Douro e Vouga -3,84 -0,62 12,97 15,50 42,12 18,16 15,70 88,14 3,72 

Douro -341,48 49,59 -0,97 30,15 103,09 151,04 108,58 332,90 0,46 

Alto Trás-os-Montes -128,52 46,48 -0,11 25,52 66,99 38,89 50,76 177,76 0,95 

Baixo Vouga -8,07 12,99 9,27 9,71 12,77 47,49 15,84 92,23 4,90 

Baixo Mondego -16,87 -6,18 10,36 37,99 37,48 6,73 30,48 86,39 1,95 

Pinhal Litoral -4,08 8,66 10,53 9,37 31,20 29,47 14,85 89,23 4,43 

Pinhal Interior Norte -12,52 -6,92 6,53 5,37 40,96 37,53 29,05 83,47 1,36 

Dão-Lafões -10,35 16,30 2,78 10,75 23,66 37,03 19,82 90,52 3,84 

Pinhal Interior Sul -55,59 98,16 6,22 -28,21 -27,53 78,94 27,99 127,59 0,27 

Serra da Estrela -21,19 31,61 -0,53 6,72 18,04 35,20 30,16 91,03 0,35 

Beira Interior Norte -26,41 11,12 32,92 0,62 3,80 49,81 28,14 98,27 0,95 

Beira Interior Sul -49,18 43,05 71,45 -30,52 49,16 -11,81 27,84 121,34 0,30 

Cova da Beira -34,39 -126,28 0,48 31,01 102,09 50,24 76,84 57,55 0,34 

Oeste -32,76 17,74 3,69 16,25 21,64 42,43 31,01 101,75 4,27 

Grande Lisboa -1,18 11,73 0,14 34,63 11,40 26,81 16,47 84,70 20,92 

Península de Setúbal -5,24 6,32 11,17 8,09 13,50 31,12 35,04 70,20 6,84 

Médio Tejo -15,40 11,20 4,71 17,24 29,90 23,09 29,26 86,14 3,46 

Lezíria do Tejo -18,42 8,25 -3,18 42,41 20,84 27,79 22,31 96,11 3,42 

Alentejo Litoral 19,60 2,69 -2,93 -5,76 28,30 31,67 26,44 53,96 0,80 

Alto Alentejo 40,92 17,12 1,18 -9,49 22,55 19,26 8,45 50,63 0,77 


Baixo Alentejo 25,13 4,41 -0,14 2,71 34,19 15,18 18,53 56,34 1,23 

Algarve -4,73 29,56 1,52 8,23 35,85 5,31 24,25 80,49 3,58 

Açores 43,15 8,38 1,03 8,08 12,87 11,49 14,99 41,86 2,96 

Madeira -51,10 19,60 0,50 18,43 30,61 48,76 33,20 117,90 2,25 

91




92 


Emprego 1999–2003 

A1 A2 A3 A4 A5 A6 A7 

Mercantis 

não 

primárias 

Total 

PT -0,27 -1,41 4,21 -4,36 -0,10 4,67 0,80 3,00 3,53 

Minho-Lima -0,01 0,01 0,08 -0,08 -0,02 0,12 0,01 0,11 0,11 

Cávado -0,01 0,03 0,10 -0,11 0,01 0,07 0,04 0,11 0,14 

Ave 0,00 -0,09 0,18 -0,08 -0,01 0,14 0,03 0,14 0,17 

Grande Porto -0,01 -0,42 0,54 -0,69 -0,37 0,59 0,07 -0,35 -0,29 

Tâmega 0,00 -0,01 0,08 0,01 0,01 0,06 0,07 0,14 0,21 

Entre Douro e Vouga 0,00 -0,09 0,10 -0,05 -0,06 0,06 0,04 -0,04 -0,01 

Douro -0,02 0,00 0,04 -0,02 -0,01 0,07 0,02 0,08 0,09 

Alto Trás-os-Montes -0,01 0,00 0,03 -0,05 -0,01 0,04 0,02 0,00 0,02 

Baixo Vouga 0,00 -0,10 0,11 -0,06 -0,02 0,02 0,04 -0,05 -0,02 

Baixo Mondego 0,00 -0,07 0,14 -0,11 -0,02 0,18 0,01 0,11 0,12 

Pinhal Litoral 0,00 -0,02 0,10 -0,05 0,05 0,08 0,04 0,16 0,21 

Pinhal Interior Norte 0,00 -0,01 0,02 -0,01 0,00 0,04 0,03 0,04 0,07 

Dão-Lafões -0,01 0,02 0,08 -0,04 -0,03 -0,02 0,05 0,01 0,05 

Pinhal Interior Sul 0,00 -0,04 0,01 0,00 0,00 0,02 0,00 -0,02 -0,02 

Serra da Estrela 0,00 -0,03 0,01 0,00 0,00 0,01 0,01 0,00 0,00 

Beira Interior Norte 0,00 -0,02 0,04 -0,02 0,01 0,02 0,01 0,04 0,05 

Beira Interior Sul 0,00 -0,01 0,01 -0,02 -0,01 0,03 0,00 0,01 0,00 

Cova da Beira 0,00 -0,05 0,02 -0,01 -0,01 0,02 0,02 -0,04 -0,02 

Oeste -0,01 -0,03 0,12 -0,10 0,17 0,16 0,07 0,32 0,38 

Grande Lisboa 0,00 -0,35 1,45 -1,96 -0,19 2,25 -0,16 1,20 1,04 

Península de Setúbal -0,03 -0,10 0,18 -0,20 0,09 0,16 0,09 0,11 0,18 

Médio Tejo -0,01 -0,04 0,09 -0,05 0,07 0,09 0,04 0,16 0,20 

Lezíria do Tejo -0,02 0,01 0,13 -0,12 0,04 0,08 0,03 0,15 0,16 

Alentejo Litoral -0,01 0,01 0,03 -0,05 -0,01 0,01 0,02 -0,01 0,00 

Alto Alentejo -0,01 0,00 0,04 -0,03 0,00 0,05 0,01 0,06 0,06 

Alentejo Central -0,05 0,00 0,10 -0,05 0,01 0,05 0,03 0,11 0,10 

Baixo Alentejo -0,02 0,00 0,03 -0,03 -0,01 0,03 0,03 0,02 0,03 

Algarve -0,02 0,03 0,16 -0,17 0,18 0,11 0,05 0,31 0,34 

Açores -0,01 -0,01 0,09 -0,10 0,01 0,11 0,05 0,11 0,15 

Madeira -0,011 -0,022 0,107 -0,119 0,004 0,024 0,016 -0,01 0,00 

Fonte: DPP, com base em INE – Contas Regionais






Emprego 1999–2003 (%) 

A1 A2 A3 A4 A5 A6 A7 

Mercantis 

não 

primárias 

Total 

PT -7,50 -40,01 119,20 -123,54 -2,83 132,11 22,58 84,92 100,00 

Minho-Lima -5,21 8,08 68,96 -72,14 -18,12 108,63 9,81 95,40 3,20 

Cávado -6,87 22,52 72,22 -79,45 9,95 54,38 27,25 79,63 3,86 

Ave -2,17 -53,37 106,94 -43,99 -7,88 81,04 19,42 82,75 4,84 

Grande Porto -3,66 -146,19 187,70 -238,55 -126,84 202,94 24,61 -120,95 -8,19 

Tâmega -1,08 -5,67 37,39 2,46 5,29 28,09 33,52 67,56 5,89 

Entre Douro e Vouga -61,33 -1177,13 1330,44 -661,92 -782,99 757,53 495,39 -534,06 -0,21 

Douro -22,37 2,08 47,68 -19,39 -15,37 79,25 28,12 94,25 2,45 

Alto Trás-os-Montes -54,38 -19,30 166,95 -297,01 -36,45 212,74 127,46 26,93 0,48 

Baixo Vouga -29,24 -636,94 684,82 -410,07 -128,15 161,18 258,40 -329,17 -0,44 

Baixo Mondego -1,57 -60,60 111,07 -88,07 -16,32 144,07 11,40 90,16 3,49 

Pinhal Litoral 1,70 -8,11 48,16 -24,84 25,84 36,95 20,30 78,00 5,90 

Pinhal Interior Norte -1,93 -13,08 28,64 -9,22 -0,36 57,21 38,75 63,18 2,00 

Dão-Lafões -12,38 39,57 157,72 -76,22 -59,63 -44,58 95,52 16,86 1,45 

Pinhal Interior Sul -13,63 -251,36 31,85 10,54 2,86 94,92 24,82 -111,19 -0,50 

Serra da Estrela -19,26 -586,96 189,57 46,12 73,38 254,99 142,17 -22,91 0,12 

Beira Interior Norte -6,01 -38,43 83,51 -43,94 26,00 48,25 30,62 75,39 1,34 

Beira Interior Sul -73,99 -322,11 240,76 -442,08 -155,95 846,15 7,22 166,77 0,11 

Cova da Beira 2,35 -247,84 86,45 -47,31 -48,98 80,53 74,80 -177,15 -0,58 

Oeste -2,19 -8,01 32,16 -26,76 45,14 42,28 17,38 84,81 10,77 

Grande Lisboa -0,12 -33,82 138,78 -187,48 -18,01 215,82 -15,18 115,30 29,55 

Península de Setúbal -15,41 -58,10 97,97 -112,35 47,50 88,04 52,36 63,05 5,11 

Médio Tejo -2,51 -18,71 47,27 -24,49 33,18 43,74 21,52 81,00 5,68 

Lezíria do Tejo -12,20 7,41 86,27 -76,30 25,94 50,14 18,73 93,47 4,41 

Alentejo Litoral -252,11 223,33 1328,14 -2146,56 -267,28 315,13 899,35 -547,24 0,07 

Alto Alentejo -19,16 -5,63 70,73 -56,67 7,17 86,10 17,44 101,71 1,74 

Alentejo Central -46,88 -2,13 96,71 -45,97 12,84 50,99 34,44 112,43 2,82 

Baixo Alentejo -47,20 5,15 90,29 -95,46 -31,72 101,49 77,45 69,75 0,92 

Algarve -6,56 10,01 46,97 -50,38 52,27 32,75 14,94 91,62 9,57 

Açores -3,93 -4,72 63,17 -68,29 8,88 73,50 31,38 72,55 4,16 

Madeira -1110,73 -2167,41 10481,64 -11653,96 416,19 2376,53 1557,75 -547,02 -0,03 

93




94 

Quadro A.4.9 – Contributos Sectoriais e Regionais para o Crescimento Global da 

Produtividade 1995–1999 

A1 A2 A3 A4 A5 A6 A7 

Mercantis 

não 

primárias 

Total 

PT 0,84 0,26 1,61 5,81 -0,64 0,59 0,16 7,62 8,63 

Minho-Lima 0,02 0,00 0,02 -0,02 -0,05 0,00 0,00 -0,05 -0,03 

Cávado 0,03 0,03 0,04 0,07 -0,05 -0,02 0,00 0,07 0,11 

Ave 0,03 0,03 0,05 0,13 -0,08 -0,01 0,00 0,13 0,15 

Grande Porto 0,03 0,12 0,23 0,71 -0,07 0,01 0,01 1,00 1,05 

Tâmega 0,03 -0,04 0,01 0,04 -0,07 -0,01 0,00 -0,08 -0,05 

Entre Douro e Vouga 0,00 0,09 0,09 0,12 -0,05 -0,02 0,00 0,23 0,23 

Douro 0,08 -0,01 0,00 0,00 -0,03 -0,02 0,01 -0,06 0,02 

Alto Trás-os-Montes 0,07 -0,02 0,00 -0,03 -0,02 -0,02 0,01 -0,10 -0,02 

Baixo Vouga 0,02 0,10 0,15 0,11 -0,01 -0,05 0,00 0,31 0,33 

Baixo Mondego 0,02 0,07 0,05 0,05 -0,01 0,01 0,01 0,18 0,20 

Pinhal Litoral 0,02 0,11 0,03 0,03 -0,01 -0,01 0,00 0,14 0,16 

Pinhal Interior Norte 0,00 0,02 0,00 0,01 -0,01 -0,01 0,00 0,01 0,01 

Dão-Lafões 0,02 0,00 0,04 0,04 -0,02 -0,04 0,00 0,01 0,04 

Pinhal Interior Sul 0,00 -0,01 0,00 0,00 0,00 -0,01 0,00 -0,01 -0,01 

Serra da Estrela 0,01 0,00 0,00 0,00 0,00 -0,01 0,00 0,00 0,01 

Beira Interior Norte 0,02 0,00 0,02 0,01 0,00 -0,01 0,00 0,01 0,03 

Beira Interior Sul 0,01 -0,01 0,02 0,02 0,00 0,00 0,00 0,03 0,05 

Cova da Beira 0,01 0,02 0,00 0,01 -0,01 -0,01 0,00 0,03 0,04 

Oeste 0,17 0,01 0,03 0,07 -0,02 0,03 0,00 0,12 0,30 

Grande Lisboa 0,03 -0,15 0,15 3,70 0,02 0,52 0,03 4,24 4,29 

Península de Setúbal 0,01 0,02 0,36 0,18 0,03 0,07 0,00 0,66 0,67 

Médio Tejo 0,04 0,00 0,04 0,08 -0,02 0,01 0,00 0,11 0,15 

Lezíria do Tejo 0,08 -0,02 0,16 0,08 -0,01 0,03 0,00 0,24 0,32 

Alentejo Litoral 0,01 0,00 0,04 -0,06 -0,02 -0,01 0,01 -0,05 -0,03 

Alto Alentejo 0,01 0,00 0,03 0,04 -0,02 0,00 0,01 0,05 0,07 

Alentejo Central 0,06 -0,01 0,01 0,04 -0,04 0,00 0,01 0,01 0,08 

Baixo Alentejo -0,05 0,00 0,00 0,03 -0,01 -0,01 0,01 0,01 -0,03 

Algarve 0,05 -0,07 0,00 0,13 -0,03 0,11 0,02 0,15 0,22 

Açores -0,06 -0,01 0,00 0,07 -0,02 0,01 0,01 0,05 0,00 

Madeira 0,08 -0,01 0,00 0,13 0,00 0,05 0,01 0,17 0,26 






Produtividade 1995–1999 (%) 

A1 A2 A3 A4 A5 A6 A7 

Mercantis 

não 

primárias 

Total 

PT 9,76 2,96 18,67 67,31 -7,45 6,85 1,90 88,34 100,00 

Minho-Lima 73,92 7,53 64,63 -62,32 -184,90 -6,22 7,36 -181,28 -0,32 

Cávado 30,82 23,35 38,91 65,35 -46,30 -13,62 1,49 67,69 1,28 

Ave 19,31 20,79 34,08 82,55 -50,35 -4,98 -1,40 82,09 1,78 

Grande Porto 3,30 11,66 21,94 67,88 -6,89 0,96 1,14 95,56 12,16 

Tâmega 61,32 -86,91 17,82 89,65 -157,04 -25,97 1,13 -162,45 -0,55 

Entre Douro e Vouga -0,18 37,58 38,64 51,90 -21,66 -6,63 0,35 99,83 2,68 

Douro 380,21 -71,35 6,51 19,41 -151,19 -110,87 27,29 -307,50 0,23 

Alto Trás-os-Montes 322,32 -94,82 3,23 -161,00 -113,79 -79,68 23,74 -446,07 -0,25 

Baixo Vouga 5,87 31,06 47,12 33,65 -3,24 -14,86 0,40 93,73 3,78 

Baixo Mondego 8,10 35,91 26,85 26,36 -5,00 3,96 3,83 88,08 2,32 

Pinhal Litoral 9,63 65,11 19,96 20,70 -7,50 -8,73 0,82 89,55 1,87 

Pinhal Interior Norte 34,82 157,95 36,00 66,68 -105,97 -105,87 16,39 48,79 0,15 

Dão-Lafões 48,03 2,83 115,08 100,75 -63,20 -116,07 12,58 39,39 0,43 

Pinhal Interior Sul -8,09 -80,60 19,59 3,04 -2,42 -39,33 7,82 -99,72 -0,16 

Serra da Estrela 98,83 28,74 -2,18 45,87 -29,68 -53,61 12,03 -10,86 0,12 

Beira Interior Norte 55,90 0,05 52,22 26,32 0,12 -43,49 8,89 35,21 0,36 

Beira Interior Sul 29,34 -14,75 44,30 49,84 -9,14 -2,92 3,34 67,32 0,57 

Cova da Beira 32,18 61,85 0,81 30,30 -17,04 -12,69 4,60 63,23 0,46 

Oeste 58,41 2,22 10,43 23,16 -5,23 10,74 0,27 41,32 3,44 

Grande Lisboa 0,59 -3,60 3,58 86,10 0,53 12,12 0,68 98,72 49,78 

Península de Setúbal 0,94 3,28 53,57 27,34 4,54 9,80 0,53 98,53 7,81 

Médio Tejo 26,35 -0,21 28,10 53,58 -15,26 4,31 3,14 70,52 1,74 

Lezíria do Tejo 23,85 -4,69 50,44 25,07 -4,56 9,18 0,72 75,43 3,72 

Alentejo Litoral 34,39 2,56 141,15 -205,41 -57,02 -34,66 18,99 -153,38 -0,35 

Alto Alentejo 16,58 -3,44 40,35 60,32 -24,20 -0,56 10,94 72,48 0,86 

Alentejo Central 74,89 -14,29 16,58 50,48 -46,12 4,07 14,37 10,73 0,88 

Baixo Alentejo -155,54 -11,86 5,47 81,81 -32,25 -16,78 29,15 26,39 -0,37 

Algarve 23,23 -30,20 0,48 59,74 -13,72 50,31 10,16 66,61 2,58 

Açores -4211,63 -722,19 99,05 5349,01 -1580,50 521,40 644,86 3666,77 0,02 

Madeira 30,35 -4,75 0,68 48,81 1,67 20,73 2,51 67,14 2,98 


95




96 


Produtividade 1999–2003 

A1 A2 A3 A4 A5 A6 A7 

Mercantis 

não 

primárias 

Total 

PT 0,20 1,07 -3,91 9,06 -0,56 -2,82 -0,13 2,83 2,90 

Minho-Lima -0,01 0,00 -0,07 0,11 0,00 -0,06 -0,01 -0,02 -0,04 

Cávado 0,00 0,02 0,01 0,16 -0,02 -0,04 -0,01 0,13 0,12 

Ave -0,02 0,01 -0,13 0,14 -0,01 -0,05 -0,01 -0,04 -0,08 

Grande Porto -0,01 0,22 -0,51 0,63 0,09 -0,25 -0,03 0,18 0,13 

Tâmega -0,02 0,04 -0,06 0,15 -0,01 -0,04 -0,01 0,07 0,03 

Entre Douro e Vouga -0,01 0,07 -0,07 0,07 0,02 -0,04 -0,01 0,05 0,03 

Douro -0,02 0,00 -0,04 0,13 0,00 -0,04 0,00 0,05 0,03 

Alto Trás-os-Montes -0,05 0,01 -0,03 0,12 0,00 -0,02 0,00 0,08 0,03 

Baixo Vouga -0,03 0,04 -0,17 0,25 0,02 0,01 0,00 0,15 0,11 

Baixo Mondego -0,05 0,05 -0,16 0,25 0,02 -0,06 0,00 0,11 0,06 

Pinhal Litoral -0,02 -0,01 -0,09 0,20 -0,01 -0,03 0,00 0,08 0,06 

Pinhal Interior Norte -0,02 0,00 -0,02 0,05 0,00 -0,02 0,00 0,02 0,00 

Dão-Lafões -0,05 0,01 -0,01 0,13 0,02 0,03 0,00 0,17 0,12 

Pinhal Interior Sul -0,01 0,02 -0,01 0,05 0,00 -0,01 0,00 0,05 0,04 

Serra da Estrela 0,00 0,00 -0,01 0,01 0,00 -0,01 0,00 0,01 0,00 

Beira Interior Norte -0,03 0,01 -0,02 0,06 0,00 0,00 0,00 0,04 0,02 

Beira Interior Sul -0,01 0,01 -0,03 0,05 0,00 -0,02 0,00 0,02 0,01 

Cova da Beira 0,00 0,02 -0,02 0,03 0,01 0,00 0,00 0,05 0,05 

Oeste 0,09 0,03 -0,12 0,24 -0,12 -0,17 -0,02 -0,15 -0,07 

Grande Lisboa 0,05 0,41 -1,42 4,43 -0,23 -1,51 -0,07 1,68 1,66 

Península de Setúbal 0,07 -0,04 -0,27 0,24 -0,13 -0,18 -0,04 -0,37 -0,34 

Médio Tejo 0,00 0,02 -0,10 0,11 -0,05 -0,07 -0,01 -0,09 -0,10 

Lezíria do Tejo 0,05 0,03 -0,11 0,23 -0,04 -0,10 -0,01 0,01 0,05 

Alentejo Litoral 0,06 0,00 -0,07 0,02 0,01 0,00 0,00 -0,05 0,01 

Alto Alentejo 0,03 0,00 -0,04 0,07 -0,01 -0,03 0,00 0,00 0,04 

Alentejo Central 0,05 0,00 0,04 0,09 -0,02 -0,04 0,00 0,07 0,12 

Baixo Alentejo 0,01 0,00 -0,03 0,06 0,00 -0,03 0,00 0,00 0,01 

Algarve 0,14 0,01 -0,15 0,41 -0,09 -0,01 0,01 0,17 0,32 

Açores -0,01 0,02 -0,09 0,19 -0,01 -0,06 0,02 0,04 0,06 

Madeira 0,02 0,06 -0,10 0,38 -0,03 0,04 0,07 0,34 0,43 






Produtividade 1999–2003 (%) 

A1 A2 A3 A4 A5 A6 A7 

Mercantis 

não 

primárias 

Total 

PT 6,96 36,83 -134,77 312,02 -19,39 -97,21 -4,43 97,48 100,00 

Minho-Lima -21,13 7,28 -196,30 293,32 1,20 -169,37 -14,99 -63,88 -1,29 

Cávado 0,73 14,28 5,60 138,14 -15,74 -33,85 -9,15 108,42 4,04 

Ave -29,30 11,55 -160,98 172,66 -6,88 -69,57 -17,49 -53,21 -2,71 

Grande Porto -9,95 167,20 -393,46 483,19 71,44 -193,49 -24,93 134,88 4,50 

Tâmega -80,28 114,91 -202,85 502,68 -47,34 -143,86 -43,26 223,54 1,06 

Entre Douro e Vouga -47,13 235,58 -238,52 242,44 69,02 -138,20 -23,18 170,31 1,06 

Douro -60,68 11,75 -143,33 454,37 10,86 -161,65 -11,31 171,99 0,95 

Alto Trás-os-Montes -185,99 20,05 -108,43 465,83 -2,82 -74,14 -14,50 300,49 0,87 

Baixo Vouga -29,79 35,45 -153,85 226,21 18,09 5,05 -1,16 130,94 3,88 

Baixo Mondego -92,19 95,63 -283,60 443,68 39,02 -108,87 6,33 185,86 1,95 

Pinhal Litoral -32,50 -15,86 -157,63 368,59 -12,94 -45,58 -4,09 136,58 1,90 

Pinhal Interior Norte -618,36 114,24 -847,78 1991,39 121,88 -673,49 12,13 706,24 0,09 

Dão-Lafões -39,50 7,46 -10,92 103,67 17,01 21,44 0,83 138,67 4,25 

Pinhal Interior Sul -24,56 51,18 -20,64 105,22 2,08 -15,17 1,90 122,67 1,49 

Serra da Estrela -110,08 148,29 -203,98 443,08 16,46 -216,21 22,43 187,65 0,11 

Beira Interior Norte -158,40 35,66 -112,15 347,40 4,31 -24,80 7,99 250,41 0,58 

Beira Interior Sul -93,88 130,32 -315,69 529,70 44,03 -206,33 11,86 182,02 0,30 

Cova da Beira 2,48 44,69 -30,50 63,62 12,24 5,74 1,73 95,79 1,78 

Oeste 130,64 35,69 -170,49 332,68 -170,48 -231,79 -26,25 -204,39 -2,45 

Grande Lisboa 3,00 24,61 -85,58 267,24 -13,67 -91,09 -4,51 101,51 57,09 

Península de Setúbal 20,76 -11,49 -78,16 69,90 -37,86 -52,81 -10,35 -110,42 -11,69 

Médio Tejo -0,56 21,02 -98,52 108,34 -52,73 -68,94 -8,60 -90,83 -3,47 

Lezíria do Tejo 90,88 55,07 -221,14 462,63 -72,62 -195,16 -19,65 28,77 1,73 

Alentejo Litoral 513,14 -6,02 -625,01 199,90 48,63 -32,88 2,23 -415,37 0,37 

Alto Alentejo 90,82 3,52 -101,01 197,96 -15,60 -79,22 3,53 5,65 1,29 

Alentejo Central 42,72 0,73 29,60 71,78 -12,64 -32,96 0,76 56,51 4,15 

Baixo Alentejo 104,89 13,08 -308,40 612,24 -2,27 -335,66 16,11 -21,00 0,32 

Algarve 44,35 4,44 -47,85 127,01 -27,21 -3,74 3,01 52,64 11,16 

Açores -8,60 33,10 -159,55 316,37 -15,69 -102,99 37,36 71,24 2,04 

Madeira 3,76 14,44 -24,54 88,77 -8,04 10,03 15,58 80,66 14,65 


97




98 

Quadro A.4.13 – Taxas de Crescimento do VAB, do Emprego e da Produtividade nos 


Períodos 1995–1999 e 1999–2003 (%) 

1995 - 1999 1999 - 2003 


EU 15 10,46 5,28 4,92 8,35 4,81 3,37 

Portugal 17,25 7,93 8,63 6,35 3,52 2,73 

Minho-Lima 9,52 8,34 1,09 4,99 5,19 -0,18 

Cávado 14,12 7,59 6,07 9,23 3,63 5,41 

Ave 13,72 7,71 5,58 2,26 3,34 -1,04 

Grande Porto 11,98 3,94 7,73 -1,17 -2,25 1,11 

Tâmega 16,45 12,13 3,85 9,69 5,27 4,20 

Entre Douro e Vouga 24,35 11,01 12,02 1,03 -0,27 1,30 

Douro 3,81 1,79 1,99 8,62 4,55 3,89 

Alto Trás-os-Montes 3,63 3,82 -0,18 3,39 0,90 2,47 

Baixo Vouga 21,44 10,63 9,77 2,83 -0,41 3,26 

Baixo Mondego 11,27 4,60 6,38 5,83 3,79 1,97 



Dão-Lafões 21,51 12,93 7,60 10,80 2,08 8,54 

Pinhal Interior Sul 2,12 4,38 -2,16 10,02 -3,74 14,29 

Serra da Estrela 14,50 6,68 7,33 2,95 1,08 1,85 

Beira Interior Norte 14,43 6,49 7,46 8,82 4,15 4,48 

Beira Interior Sul 10,45 2,72 7,52 1,88 0,49 1,38 

Cova da Beira 10,44 2,78 7,45 5,23 -2,20 7,60 

Oeste 22,84 10,42 11,26 10,16 11,46 -1,16 



Médio Tejo 22,10 13,84 7,26 4,69 9,62 -4,50 

Lezíria do Tejo 30,02 13,63 14,43 9,12 7,46 1,54 

Alentejo Litoral 2,84 7,71 -4,52 1,43 0,30 1,12 

Alto Alentejo 14,71 5,41 8,82 10,71 5,58 4,87 


Baixo Alentejo 5,83 9,56 -3,40 4,36 3,15 1,17 

Algarve 14,92 7,96 6,45 19,56 9,49 9,20 

Açores 13,27 10,62 2,39 12,15 6,51 5,29 

Madeira 19,31 7,10 11,40 18,29 -0,04 18,34




Quadro A.4.14 – Taxas de Crescimento do VAB, do Emprego e da Produtividade nas 

Actividades Mercantis Não Primárias nos Períodos 1995–1999 e 1999–2003 (%) 

1995 - 1999 1999 - 2003 


Portugal 19,67 10,05 8,74 7,52 4,24 3,15 

Minho-Lima 13,69 16,73 -2,61 7,40 7,87 -0,44 

Cávado 15,74 9,90 5,31 10,70 3,81 6,64 

Ave 14,77 9,08 5,21 2,83 3,28 -0,43 

Grande Porto 12,46 3,37 8,79 -1,50 -3,32 1,88 

Tâmega 20,28 17,98 1,95 11,11 5,03 5,79 

Entre Douro e Vouga 26,15 11,56 13,07 0,71 -1,70 2,45 

Douro 7,27 17,29 -8,54 19,29 10,82 7,64 

Alto Trás-os-Montes 3,52 20,36 -13,99 10,84 0,62 10,15 

Baixo Vouga 25,03 13,75 9,91 3,48 -1,85 5,43 

Baixo Mondego 13,84 6,39 7,00 9,69 5,40 4,06 



Dão-Lafões 26,81 21,70 4,20 15,82 0,60 15,12 

Pinhal Interior Sul 6,16 11,16 -4,50 19,14 -7,80 29,22 

Serra da Estrela 13,30 11,18 1,90 2,93 -0,44 3,38 

Beira Interior Norte 18,96 12,83 5,43 17,34 5,94 10,75 

Beira Interior Sul 13,54 5,79 7,32 5,00 1,38 3,56 

Cova da Beira 9,24 2,46 6,61 3,50 -6,03 10,15 

Oeste 24,43 17,84 5,59 8,31 15,32 -6,08 



Médio Tejo 23,59 19,41 3,50 4,33 12,10 -6,93 

Lezíria do Tejo 41,73 23,22 15,02 10,63 11,40 -0,69 

Alentejo Litoral -2,02 6,99 -8,42 -9,44 -2,80 -6,84 

Alto Alentejo 17,61 5,13 11,88 12,81 10,66 1,95 


Baixo Alentejo 15,91 11,83 3,65 5,20 4,73 0,45 

Algarve 14,79 9,47 4,86 18,92 12,68 5,54 

Açores 13,96 8,71 4,83 14,20 9,41 4,37 

Madeira 22,30 13,97 7,31 18,85 -0,35 19,27 


99




100 

Quadro A.4.15 – Modelos de Crescimento Económico no Espaço UE15 e Nacional nos 

Fonte: DPP. 

Períodos 1995–1999 e 1999–2003 

Espaço UE15 

Espaço nacional 

Total da economia Mercantis não primárias 

1995-1999 1995-1999 1995-1999 1999-2003 1995-1999 1999-2003 

Portugal I1A II2B 

Minho-Lima II1B II1C II1B II1C II1C II1B 

Cávado I1A I2A II2B I1A II2B I2A 

Ave I1A II2C II2B II2C II2B II3B 

Grande Porto I2A III3B II2B III3B II2A III3B 

Tâmega I1B I1A II1B I1A I1B I1A 

Entre Douro e Vouga I1A II3A I1A II3B I1A II3B 

Douro II2B I2A II2C I1A II1C I1A 

Alto Trás-os-Montes II2C II2B II2B II2B II1C I2A 

Baixo Vouga I1A II3B I1A II3A I1A II3A 

Baixo Mondego I2A II2B II2C II1B II2B I1A 

Pinhal Litoral I1A I1B I1B I1A I1B I1A 

Pinhal Interior Norte I1A I1B II1B I1A II1B I1A 

Dão-Lafões I1A I2A I1B I2A I1B I2A 

Pinhal Interior Sul II2C I3A II2B I3A II1C I3A 

Serra da Estrela I1A II2B II2B II2B II1B II3A 

Beira Interior Norte I1A I2A II2B I1A II1B I1A 

Beira Interior Sul II2A II2B II2B II2B II2B II2A 

Cova da Beira II2A II3A II2B II3A II2B II3A 

Oeste I1A I1C I1A I1C I1B I1C 

Grande Lisboa I1A I2A I2A I1A I2A I1A 

Península de Setúbal I1A III2C I1A III2C I1A III2C 

Médio Tejo I1A II1B I1B II1C I1B II1C 

Lezíria do Tejo I1A I1B I1A I1B I1A I1C 

Alentejo Litoral II1C II2B II2C II2B III2C III3C 

Alto Alentejo I1A I1A II2A I1A II2A I1B 

Alentejo Central I1A I1A I1B I1A II1B I1A 

Baixo Alentejo II1C II2B II1C II2B II1B II1B 

Algarve I1A I1A II1B I1A II2B I1A 

Açores I1B I1A II1B I1A II2B I1A 

Madeira I1A I3A I2A I3A I1B I3A

7.2. Nomenclatura de Sectores 

Quadro 7.2 

Correspondência entre as Nomenclaturas de Actividades A31 e A7. 

A7 – PRODUTIV. A31 – CAE (Rev. 2) 




1. Actividades primárias AA - Agricultura, produção animal, caça e silvicultura 

BB - Pesca 

C - Indústrias extractivas 

2. Actividades exportadoras DB - Indústria têxtil 

tradicionais 

DC - Indústria do couro e dos produtos do couro 

DD – Indústrias da madeira e da cortiça e suas obras 

DE - Indústrias de pasta e de papel e cartão e seus artigos; edição e 

impressão 

DI - Fabricação de outros produtos minerais não metálicos 

DJ - Indústrias metalúrgicas de base e de produtos metálicos 

HH - Alojamento e restauração 

3. Novas actividades 

DG - Fabricação de produtos químicos e de fibras sintéticas ou 

exportadoras 

artificiais 

DH - Fabricação de artigos de borracha e de matérias plásticas 

DK - Fabricação de máquinas e de equipamentos, n. e. 

DL - Fabricação de equipamento eléctrico e de óptica 

DM - Fabricação de material de transporte 

4. Actividades orientadas para o DA - Indústrias alimentares, das bebidas e do tabaco 

mercado nacional 

DF - Fabricação de coque, produtos petrolíferos refinados e 

combustível nuclear 

DN - Indústrias transformadoras n. e. 

EE - Produção e distribuição de electricidade, de gás e de água 

II - Transportes, armazenagem e comunicações 

JJ - Actividades financeiras 

KK - Actividades imobiliárias, alugueres e serviços prestados às 

empresas 

5. Construção FF – Construção 

6. Actividades com mercados GG - Comércio por grosso e a retalho; reparação de automóveis, 

localizados 

motociclos e de bens de uso pessoal e doméstico 

MM - Educação (Outros sectores institucionais) 

NN - Saúde e acção social (Outros sectores institucionais) 

OO - Outras actividades de serviços pessoais, sociais e colectivos 

7. Actividades não mercantis LL - Administração pública, defesa e segurança social obrigatória 

MM - Educação (Adm. Públ.) 

NN - Saúde e acção social (Adm. Públ.) 

PP - Famílias com empregados domésticos 

Notas Explicativas: 

A nomenclatura de actividades a considerar no projecto, resulta de um compromisso 

entre o interesse do estudo – destacar as actividade de acordo com o duplo critério do 

seu carácter mercantil, ou não mercantil, e da dimensão dos seus mercados, com as 

possibilidades limitadas de classificação proporcionadas pela nomenclatura A31. As 

101




actividades primárias constituem uma categoria independente devido à sua dependência 

de factores de contingência muito específicos (naturais, políticas comunitárias, etc.) e/ou 

fraco posicionamento nas cadeias de valor acrescentado. 

A evidenciação de algumas especificidades regionais apontaria para uma maior 

desagregação de actividades, todavia, tratando-se de um estudo de estrutura interregional, 

e não de análise intra-regional, procurou-se evitar níveis de desagregação 

sectorial que, depois, dificultassem a obtenção de conclusões sintéticas. Isso não impede 

que, não se façam algumas observações de maior detalhe no desenrolar do estudo. 

Consideraram-se como actividades exportadoras, os ramos A31 não primários com mais 

de 10% de produção exportada e uma quota superior a 2% nas exportações totais 

nacionais. Apenas o alojamento e restauração foi considerado neste grupo, mesmo não 

verificando a condição anterior (sem contabilização do consumo de não residentes), dada 

a necessidade de evidenciar as regiões turísticas. 

Consideraram-se como exportadoras tradicionais, as actividades resultantes da abertura 

internacional da economia portuguesa operada desde os anos 60 até à integração na 

União Europeia, e como novas exportadoras as actividades cujo desenvolvimento em 

Portugal se operou a partir dos anos 80 e, sobretudo, após a integração europeia. 

As actividades com mercados localizados são aquelas em que há coincidência espacial 

predominante entre o lugar de oferta e o lugar de procura. Neste caso apenas se 

autonomizou a construção, dado a sua relevância macroeconómica. 

As actividades orientadas para o mercado nacional são todas as actividades mercantis 

não primárias, não consideradas em nenhuma das outras categorias. 

102

os espaços do crescimento económico - Departamento de ...

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