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Ana Rita Santigo da Silva - texto.pdf - RI UFBA - Universidade ...

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narrativas cita<strong>da</strong>s, personagens e vozes, figura<strong>da</strong>s por eu (s) referenciais e ficcionais,<br />

aparecem com desejos de auto-entendimento, mostrando-se e, ao mesmo tempo,<br />

formando-se. Há a discussão de que, em <strong>texto</strong>s autoficcionais dessas autoras, histórias<br />

conta<strong>da</strong>s e personagens não se esbarram nelas mesmas e em suas experiências, elas<br />

também se espalham e se estendem por vivências de outras narrativas, configurando-se<br />

como escrita e cui<strong>da</strong>do de si/nós. O capítulo analisa <strong>texto</strong>s literários <strong>da</strong>s escritoras em<br />

evidência, quanto à escrita e ao cui<strong>da</strong>do de si na perspectiva dos estudos de M.<br />

Foucault, presentes em contos de <strong>Rita</strong> Santana e de Mel Adún, demonstrando possíveis<br />

relações entre autoras e a escrita, personagens e vozes. A escrita torna-se um exercício<br />

de autoficcionalização, no qual elas, como sujeitos <strong>da</strong> escrita, se inscrevem como<br />

protagonistas e personagens em narrativas em construção.<br />

O quinto capítulo, Memórias Literárias de Autoria de Mulheres Negras Baianas,<br />

abor<strong>da</strong> Memórias de si/nós em tessituras literárias também <strong>da</strong>s autoras Aline França,<br />

Fátima Trinchão e Mel Adún. Memórias afrofemininas são evidencia<strong>da</strong>s como<br />

possibili<strong>da</strong>des de (re) elaborações de si/nós a partir de referenciais mitológicos africano-<br />

brasileiros. Faz exposições sobre essas memórias que se mostram aleatórias,<br />

fragmenta<strong>da</strong>s e embaça<strong>da</strong>s com esparsos acontecimentos por elas vivenciados, tornando<br />

perceptível que a mão que escreve e a voz narradora, imaginariamente, aparecem pouco<br />

distancia<strong>da</strong>s.<br />

Em Preciso (amos) ir, Deixe-me (nos) An<strong>da</strong>r, nas Considerações Finais,<br />

aparecem sentimentos e lembranças dos caminhos percorridos e memórias inventa<strong>da</strong>s<br />

sobre a pesquisa e o ato de escrever; além de estabelecer algumas apreciações sobre<br />

suas prováveis significações e relevância. Apontam-se algumas proposições sobre<br />

outras trilhas a serem percorri<strong>da</strong>s e sobre outras milhas a serem reconstituí<strong>da</strong>s, como<br />

indicativas de continui<strong>da</strong>de <strong>da</strong> pesquisa. São preconiza<strong>da</strong>s outras linhas que poderão ser<br />

entrelaça<strong>da</strong>s para coser possíveis significações almeja<strong>da</strong>s por outras metas, que<br />

apareceram ao longo do processo, as quais são vislumbra<strong>da</strong>s como sugestões para serem<br />

alcança<strong>da</strong>s em outros projetos de pesquisa e descoser aquelas que o percurso se<br />

incumbiu de desconstruir.<br />

As características <strong>da</strong>s abor<strong>da</strong>gens do estudo foram marca<strong>da</strong>mente políticas,<br />

emergenciais e contemporâneas, como se constata pela breve apresentação dos<br />

capítulos; por isso, esta tese não tem um campo teórico estável e sólido. Segmentos<br />

científicos e estudiosos/as de literatura negra e de gênero e literatura, por exemplo, não<br />

negam a proposta de autoquestionamento e de subversão dos paradigmas canônicos nela<br />

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