baixar em PDF - Coleção Aplauso - Imprensa Oficial
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16<br />
frente de uma plateia <strong>em</strong>basbacada. Aliás, é<br />
preciso dizer que parte deste livro deve-se a esta<br />
brilhante entrevista onde Débora desnudou-se<br />
com uma força que poucos talvez possam entender,<br />
mas todos, s<strong>em</strong> dúvida, irão compartilhar<br />
ao longo do livro. Foi então que, realmente, eu<br />
conheci a Débora. No palco. Como um peixe que<br />
não se pode compreender fora da água, Débora<br />
não é Débora longe da cena.<br />
Explico o porquê. A Débora que vi no palco não<br />
era a mesma do sofá de sua casa, n<strong>em</strong> sequer era<br />
aquela que abriu o baú para reviver e compartilhar<br />
tantas m<strong>em</strong>órias. A verdadeira Débora não<br />
apenas atrai toda a luz, atenção e suspiros da<br />
plateia <strong>em</strong> sua direção – mais, b<strong>em</strong> mais do que<br />
isso. Ela própria <strong>em</strong>ana luz, cores, sons, brilhos<br />
no olhar, uma explosão de mulher, de atriz, de<br />
ser humano que supera todas as outras Débora<br />
– e que é, acima de tudo, a verdadeira Débora.<br />
Foi neste palco, portanto, que eu compreendi<br />
qu<strong>em</strong> ela é. Sua alma. Sua potência. Sua essência.<br />
A Débora que não sofre no trabalho, mas<br />
dilacera-se na vida. Uma criatura divina que<br />
está nesta jornada, como ela mesma definiu,<br />
para servir! Servir de canal para as <strong>em</strong>oções,<br />
de ponte para os sentimentos, de instrumento<br />
(primoroso) para a arte. E como um cego, que<br />
tateia do objeto mais próximo até o seguinte,