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TEORIA E HISTÓRIA DA ARQUITETURA E URBANISMO I<br />

<strong>Glossário</strong><br />

2008<br />

Ábaco ( palavra latina, do grego ábax: tampo): remate superior do capitel.<br />

Abadia: mosteiro dirigido por um abade ou abadessa sujeito a uma regra e podendo fundar abadias<br />

secundárias.<br />

Abóbada de ângulo ou de barrete de clérigo: formada pela interseção em ângulo reto de duas<br />

abóbadas de berço.<br />

Abóbada de aresta: formada pela interseção em ângulo reto de duas abóbadas de berço de igual<br />

tamanho e altura.<br />

Abóbada de berço: abóbada de forma semicilíndrica.<br />

Abóbada: construção em forma de arco formada pela junção de pedras que se apoiam umas nas<br />

outras.<br />

Abside: construção abobadada semicircular ou poligonal, por trás do altar da igreja.<br />

Absidíola: abside secundária e menor do que a abside central, geralmente disposta ao redor do<br />

deambulatório ou nos braços do transepto.<br />

Adossado: diz-se de qualquer elemento arquitetônico ( coluna, pilastra, pilar, etc.) encostado a uma<br />

parede ou a outro elemento de maior dimensão.<br />

Adro: terreno em frente e/ou em volta da igreja, plano ou escalonado, aberto ou murado.<br />

Aduela: pedra talhada em forma de cunha que se emprega para a construção; elemento integrante de<br />

um arco ou de uma abóbada.<br />

Água-furtada: janela com frontão no telhado.<br />

Alpendre: ou telhado de uma só água (tipo de telhado).<br />

Arcada: seqüência de arcos sobre pilares ou colunas.<br />

Arco de ferradura: arco que ultrapassa o semicírculo (mourisco).<br />

Arco de volta perfeita: arco em forma de semicírculo. O raio é igual à flecha ( metade do vão).<br />

Arco ogival ou quebrado: formado por dois arcos de círculo que se cortam no fecho.<br />

Arco rebaixado: aquele em que a flecha é inferior à metade do vão (raio).<br />

Arco: estrutura que cobre um vão, entre dois pilares ou pés-direitos, constituída por aduelas.<br />

Arcobotante: arco que suporta a pressão das abóbadas, descarregando-a no contraforte.<br />

Arquitrave: parte inferior do entablamento que assenta diretamente nos capitéis.<br />

Arquivolta: conjunto de arcos ou molduras sobrepostas que formam o portal; moldura do extradorso de<br />

um arco.<br />

Artes liberais: Na antigüidade, consideravam-se as 7 artes liberais aquelas disciplinas que um homem<br />

livre deveria dominar, em contraposição às artes manuais. Em 400 d.C., o escritor Marcianus Capella


euniu-as e subdividiu-as no Trivium: Gramática, Aritmética e Geometria; e no Quadrivium: Astronomia,<br />

Dialética, Retórica e Música.<br />

Átrio: adro frontal freqüentemente rodeado por colunatas que nas igrejas paleocristãs e medievais<br />

situava-se a oeste, também como referência do paraíso.<br />

Balista: (Latim: ballista; derivado do grego: ballistēs) era uma máquina de guerra da antigüidade que<br />

atirava dardos. Basicamente são arcos ampliados e apoiados no chão.<br />

A balista era um tipo de artilharia anterior a pólvora, usada principalmente contra homens em formação.<br />

Era um grande arco montado em posição lateral. Utilizava um guincho e uma catraca para criar a<br />

tensão do arco. Geralmente o projétil era uma grande lança de metal ou de madeira com a ponta de<br />

metal. Atirados contra uma massa de pessoas a distâncias de até 300 metros, as lanças podiam<br />

incapacitar diversos inimigos.<br />

A forma de arremesso era bem simples: esticava-se um pedaço longo de borracha (ou de outro<br />

material flexível, no início somente artelhos de boi, daí artilharia), e colocava-o sobre uma trava que<br />

impedia o disparo acidental. Logo depois colocavam o dardo sobre uma fileira talhada no suporte de<br />

madeira. Quando a trava era retirada o material elástico esticado voltava à sua posição em repouso,<br />

lançando para longe o dardo.<br />

As balistas podiam ser colocadas em montagens fixas em muralhas ou navios ou em montagens com<br />

rodas para utilização em campos de batalha. Não eram muito eficientes contra muralhas e edificações<br />

fortificadas. (Marta)<br />

Basílica: igreja de várias naves, cuja nave central, mais elevada, possui uma fiada de janelas que<br />

iluminam o interior do templo. Em Roma, as basílicas eram edifícios públicos destinados a atividades<br />

cívicas, reuniões públicas, tribunais, etc. Com planta retangular e colunata interior dividindo o espaço<br />

em naves, serviu como modelo às igrejas paleocristãs e foram, mais tarde, adaptadas ao culto cristão.<br />

Batistério: recinto ou capela onde se encontra a pia batismal<br />

Cadeiral: filas de cadeiras destinadas ao clero, situadas, em degraus, dos dois lados do coro.<br />

Campanário: torre ou parte aberta da torre da igreja, onde estão os sinos.<br />

Campanil: campanário italiano.<br />

Cantaria: pedra aparelhada de forma geométrica, disposta de forma regular.


Capela-mor: capela principal de uma igreja, onde se situa o altar-mor.<br />

Capelas radiantes: capela abertas ao longo do deambulatório.<br />

Capitel: elemento arquitetônico que coroa a coluna ou o pilar.<br />

Cariátide: Suporte arquitetônico originário da Grécia antiga, que se apresentava quase sempre sob a<br />

forma de estátua feminina e cuja função era sustentar um entablamento; sacerdotisas de Diana de<br />

Caria; figuras de mulheres que sustentavam uma cimalha; diz-se que essas mulheres, após a<br />

destruição de Caria, foram levadas cativas e serviram de modelos para estátuas construídas em forma<br />

de colunas. (Houaiss)<br />

Cartuxa ( ou mosteiro cartuxo): mosteiro onde as celas dos monges eram pequenas casas isoladas,<br />

ligadas apenas pelo claustro.<br />

Castelo: originalmente, acampamento militar romano; mais tarde, construção de defesa.<br />

Catedral: igreja episcopal.<br />

Chave: fecho de um arco ou de uma abóbada.<br />

Cimalha: A parte mais alta da cornija/ Molduras que terminam o capitel; arquitrave. / Alto das paredes<br />

de um edifício que faz sacada onde assentam os beirais do telhado. (Nathalya)<br />

Clausura: parte do mosteiro a que só os monges têm acesso.<br />

Clerestório: conjunto das janelas de iluminação situadas na parte superior da igreja.<br />

Colaterais: naves paralelas à nave principal e dela separadas por colunatas ou arcadas. Também<br />

denominadas naves laterais.<br />

Consola: elemento saliente para servir de ponto de apoio; quando construído em pedra é também<br />

designado mísula.<br />

Contraforte: elemento maciço saliente e vertical de um muro; pilar ou pilastra que reforça a solidez e<br />

estabilidade da parede, sustentando, por exemplo, a pressão da abóbada.<br />

Cornija: moldura que forma saliências na parte superior de um muro ou parede e onde assenta o<br />

frechal do telhado.<br />

Coro alto: coro situado acima da porta principal da igreja.<br />

Coro escalonado: coro com absides escalonadas, no qual também poderia ser incluída a abside do<br />

transepto.


Coro: ( palavra latina chorus, do grego choros: dança de roda): Nas igrejas cristãs, refere-se ao espaço<br />

reservado aos clérigos, que remata a nave principal onde se encontram o altar-mor e os cadeirais.<br />

Cripta: capela subterrânea para o sepulcro de um santo sobre o qual é edificado o altar.<br />

Cruzeiro: área de uma igreja onde a nave central e o transepto se cruzam.<br />

Cúpula: abóbada esferóide assentada sobre um plano circular, elíptico ou poligonal.<br />

Deambulatório: galeria que rodeia o coro e que nasce da continuação das naves laterais.<br />

Edifício de planta central: edifício em que não há uma direção predominante, pois os eixos principais<br />

são do mesmo comprimento. A sua forma pode ser um quadrado, um círculo ou um polígono regular.<br />

Epistílio: o mesmo que arquitrave; arquitrave quando é de pedra ou mármore. (Emanuelly)<br />

www.artifexbalear.org<br />

Eqüino: parte inferior do capitel, entre o ábaco e o fuste de coluna. É uma peça redonda para impedir a<br />

penetração de água das chuvas. (Larousse Cultural)


Evangeliário: livro litúrgico em que estão compilados os textos dos evangelhos escolhidos para leitura<br />

durante a missa, segundo os dias festivos do calendário da Igreja. Do mesmo modo que os<br />

evangelhos, fazem parte dos valiosos e artísticos manuscritos da Idade Média.<br />

Estereóbato: em uma base de pedra que fosse composta pelos silhares irregulares de forma mais ou<br />

menos quadrangular que se denomina estereóbato, foi colocado um elemento nivelando (eunciterio)<br />

seguido por uma plataforma pisada (crepidomos).<br />

Extradorso: superfície exterior de um arco ou de uma abóbada.


Fasciculada: coluna formada por um feixe de fascículos.<br />

Frechal: trave de madeira, disposta longitudinalmente numa parede onde se assentam vigas dos<br />

soalhos ou telhados.<br />

Fresco (ou afresco): pintura mural na qual são utilizados pigmentos dissolvidos em água. Estes,<br />

aplicam-se sobre o reboco ainda fresco, impregnando-se assim na parede.<br />

Friso: franja horizontal decorativa das ordens clássicas, entre a arquitrave e a cornija; também<br />

semicircular, que coroa a entrada principal de um edifício ou a parte superior de portas ou janelas..<br />

Frontão: peça arquitetônica geralmente triangular, que coroa a entrada principal de um edifício ou a<br />

parte superior de portas ou janelas.<br />

Frontão: Elemento de composição arquitetônica constituído de um triângulo isósceles<br />

correspondente a empena frontal formada pelas duas águas do telhado, arrematado por molduras e<br />

frequentemente decorado no tímpano. Encima fachadas, pórticos, portas, janelas ou nichos para<br />

esculturas.<br />

Fuste: Parte central de uma coluna ou pilar, compreendida entre o capitel e a base. Pode ser<br />

monolítico ou composto por diversas pedras chamadas tambores (Ching,2006)<br />

Igreja salão: igreja com três naves da mesma altura.<br />

Intradorso: superfície interior de uma abóbada.<br />

Lacrimal: parte saliente do telhado, com moldura, que impede o<br />

escoamento.


Lanternim ou lanterna: pequena torre estreita que se assenta em cima da cumeeira, freqüentemente<br />

disposta como suporte de sino sobre o cruzeiro.<br />

Lintel ou dintel: ( palavra francesa: verga de porta) remate superior e horizontal da abertura de uma<br />

porta ou janela.<br />

Luneta: ( palavra francesa: pequena lua) abertura circular ou elíptica de iluminação; por vezes<br />

encaixilhada e normalmente ornamentada, que se situa por cima das portas e janelas ou também na<br />

parte superior ou lateral de uma abóbada.<br />

Métopa: área freqüentemente decorada com esculturas entre os tríglifos do friso dórico.<br />

Mútulo: modilhão quadrado saliente numa cornija dórica, com o aspecto da extremidade de um<br />

batente de madeira, algumas vezes com ligeiro pendente e com igual largura à do tríglifo sobre o qual<br />

é colocado.<br />

Nártex: átrio ou espaço entre o átrio e a nave principal de uma basílica cristã.<br />

Nave central: parte da igreja entre a fachada e o transepto ou coro.<br />

Nave: espaço central, longitudinal de uma igreja que vai da entrada até a abside, transepto ou<br />

santuário das basílicas romanas e cristãs. Espaço da igreja entre a entrada e a capela-mor, ladeado<br />

por colunas ou arcadas. As igrejas são de uma ou várias naves ( três, cinco ou, eventualmente, sete).<br />

Nervura: moldura saliente do intradorso de uma abóbada ou de uma cúpula.<br />

Óculo: janela circular ou oval nas fachadas; também se pode encontrar nas portas e nas partes altas<br />

das paredes para iluminar ou arejar o interior.<br />

Ogiva: arcada formada de dois arcos que se cortam na parte superior, fazendo ângulo agudo.<br />

Ombreira: peça vertical dos lados de janelas ou portais, muitas vezes perfilada com colunas ou<br />

esculturas nos diversos níveis.<br />

parte da igreja entre a fachada e o transepto ou coro.<br />

Ordem: Cada um dos cinco estilos da arquitetura clássica caracterizados pelo tipo e a disposição das<br />

colunas e entablamentos adotados, como as ordens dórica, jônica, coríntia, toscana e compósita.<br />

Ordem Dórica - era simples e maciça. O fuste da coluna era monolítico e grosso. O capitel era uma<br />

almofada de pedra. Nascida do sentir do povo grego, nela se expressa o pensamento. Sendo a mais


antiga das ordens arquitetônicas gregas, a ordem dórica, por sua simplicidade e severidade,<br />

empresta uma idéia de solidez e imponência.<br />

Pilar cruciforme: pilar ao qual estão adossadas meias-colunas; muito comuns na arquitetura românica.<br />

Pilar fasciculado: várias colunas unidas forma de feixe formando um único bloco, típico da arquitetura<br />

gótica.<br />

Plinto: moldura saliente quadrangular que forma a parte mais baixa da base de um pedestal, coluna ou<br />

muralha.<br />

Polilobado: composto por vários lóbulos ( ex: janela polilobada)<br />

Portal: porta de grandes proporções, normalmente decorado com esculturas.<br />

Púlpito: tribuna destinada à pregação no interior das igrejas.<br />

Regula: Em um entablamento dórico, faixa situada sob a tênia o triglifo, do mesmo comprimento que<br />

último, e fazem o papel de pingadeira. Rígido. (Tauly)<br />

“En un entablamento dórico, filete situado bajo la tenia y el triglifo, de la misma longitud que el último, y<br />

del que cuelgan las gotas. rígido.”<br />

Relíquia: parte do corpo de um santo ou de algum objeto que lhe pertenceu.<br />

Retábulo: construção colocada sobre o altar ou por trás deste, ricamente ornamentada.


Rosácea: grande janela circular apresentando a forma de uma rosa estilizada. Decorada com vitrais,<br />

situa-se geralmente na fachada principal ou nas extremidades dos braços do transepto.<br />

Rotunda: construção de plano circular ou próximo do círculo (por exemplo, octogonal) muitas vezes<br />

rematada com uma cúpula.<br />

Saltério: contém os 150 salmos do Antigo Testamento e é o mais importante livro de orações para o<br />

coro dos mosteiros. Em particular, os saltérios do Românico e respectivas iluminuras são hoje fontes<br />

importantes de interpretação dos conteúdos simbólicos da escultura da Idade Média.<br />

Tambor: corpo circular que sustenta a cúpula ou o zimbório; bloco cilíndrico que, sobrepondo-se a<br />

outros, formam o fuste de uma coluna.<br />

Tênia: Faixa ou filete projetado, que separa o friso e a arquitrave em um entablamento dórico. (Isadora)<br />

Tramo: parte da abóbada compreendida entre dois suportes (pilares ou colunas) ou entre dois arcos<br />

torais ou mestres.<br />

Transepto: nave transversal perpendicular à nave central dando origem a uma planta em cruz<br />

Tribuna: espaço interior em forma de galeria sobre as naves laterais (basílicas) e sobre o<br />

deambulatório (construção de planta central) e também por cima da entrada.<br />

Trifório cego: arcada cega simulada na parede com três arcos em cada tramo.<br />

Trifório: conjunto de aberturas da tribuna ou galeria de circulação voltadas para a nave central.<br />

Tríptico: retábulo de três painéis que se compõe de uma parte central e duas laterais, que se podem<br />

dobrar.<br />

Zimbório: parte superior e mais elevada de uma cúpula.

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