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bens e serviços transacionáveis terão de conquistar
elevados ganhos de produtividade que possibilitem
aumentar a competitividade e conquistar quotas de
mercado, produzindo eficientemente. Ao mesmo
tempo, terão de adquirir as competências e conhecimentos
necessários para conceberem de forma
inovadora produtos desejados pelos mercados, disponibilizando-os
de forma a maximizar a sua valorização,
potenciando o retorno. Importa recordar
que inovação é, acima de tudo, aquilo que o mercado
reconhece como tal.
A IMPORTÂNCIA
DO FINANCIAMENTO
Para poder evoluir na vertente exportadora, no
reforço da competitividade das nossas PME e na
sua capacidade inovativa existe uma condição sine
qua non: o acesso ao financiamento. Sem financiamento
adequado, tudo o que se referiu sobre a necessidade
de internacionalização e de inovação será
inconsequente.
Apesar dos sinais de que o início da recuperação
económica poderá não estar longe, o financiamento
das empresas permanece limitado, do lado da
oferta, por diversas razões: num contexto em que a
saúde do sistema bancário internacional ainda não
foi totalmente restabelecida, o custo do financiamento
bancário nos mercados financeiros internacionais
permanece alto, repercutindo-se nos
spreads; além disso, as regras de supervisão e os rácios
de solvabilidade tornaram-se mais exigentes,
limitando a capacidade de concessão de crédito. Por
outro lado, a perceção do risco é mais aguda e a
aversão ao risco mais generalizada.
As dificuldades no acesso ao financiamento
constituem um dos principais constrangimentos
com que se defrontam as PME, apresentando Portugal
condições estruturalmente mais restritivas
que a UEM. Por outro lado, o custo do endividamento
para as PME é comummente considerado elevado
dada a perceção de risco por parte do sistema financeiro
e tenderá a agravar-se por força das novas
regras prudenciais e da alteração do paradigma de
financiamento do setor financeiro. Ora, é justamente
sobre estes dois vectores, a melhoria do acesso ao
crédito e a redução do custo do financiamento, que
se centra a actividade da Garval enquanto sociedade
de garantia mútua.
Desde o início da sua atividade, em 2003, a Garval
já emitiu mais de 800 milhões de euros de garantias,
apoiando mais de 7500 empresas, permitindo
a obtenção de financiamentos num montante
superior a 2,3 mil milhões de euros. Esta intervenção
no mercado tem vindo a possibilitar às
empresas da região uma maior facilidade no acesso
ao crédito e em condições mais vantajosas, num
contexto de elevada proximidade às empresas. ■