Descarregar PDF - Jornal de Leiria
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78 I 79<br />
250 Maiores<br />
Empresas do<br />
Distrito <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong><br />
Luís Delgado, partner<br />
da consultora<br />
<strong>de</strong> recursos humanos<br />
Jason Associates<br />
FORMAÇÃO DOS NOVOS GESTORES<br />
massificação das licenciaturas, dos mestrados, pois<br />
a integração <strong>de</strong> pessoas com estes perfis mudam as<br />
dinâmicas empresariais.<br />
José Redondo, director-geral da Bial, laboratório<br />
farmacêutico nacional reconhecido como muito inovador,<br />
não po<strong>de</strong>ria estar mais <strong>de</strong> acordo. “As pessoas<br />
que saem agora das universida<strong>de</strong>s estão mais abertas<br />
às novas tecnologias, à aprendizagem <strong>de</strong> línguas<br />
estrangeiras, a conhecer outras culturas e outras<br />
formas <strong>de</strong> estar”, diz o executivo.<br />
A experiência internacional é cada vez mais uma<br />
mais-valia no currículo <strong>de</strong> um bom profissional no<br />
mercado <strong>de</strong> trabalho. Luis Delgado, partner da consultora<br />
<strong>de</strong> Recursos Humanos, Jason Associates, diz<br />
que os jovens que procuram trabalhar fora do país,<br />
<strong>de</strong>monstram elevada capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> lidar com outras<br />
formas <strong>de</strong> estar e com pessoas diferentes,<br />
pondo as suas competências à prova. “Quando<br />
somos confrontados com culturas mais empreen<strong>de</strong>doras,<br />
em que o falhanço não é mal visto, apren<strong>de</strong>mos<br />
a arriscar”, diz o consultor. Mas, ainda assim,<br />
DR<br />
não acredita que haja, agora, uma geração <strong>de</strong> profissionais<br />
mais criativos. Há, isso sim, maior estímulo.<br />
“A chamada geração Y está mais exposta a um<br />
gran<strong>de</strong> conjunto <strong>de</strong> <strong>de</strong>safios e a muito mais informação;<br />
tem curiosida<strong>de</strong> natural pela busca <strong>de</strong> informação”.<br />
Pelo contrário, Gonçalo Quadros, fundador da Critical<br />
Software, enten<strong>de</strong> que, <strong>de</strong> uma forma geral, os<br />
novos gestores são mais criativos, com sentido prático<br />
para assumir o risco. “Quando procuram uma<br />
experiência internacional estão a assumir risco em<br />
contextos que não dominam. Quem sai do país sai<br />
da sua zona <strong>de</strong> conforto, arrisca. E uma pessoa criativa<br />
não tem medo <strong>de</strong> errar, aceita o <strong>de</strong>sconforto que<br />
isso lhe traz”, diz o empresário. Filipe <strong>de</strong> Botton, acredita,<br />
igualmente, que as novas gerações vão marcar<br />
a diferença.<br />
O problema que a procura <strong>de</strong> experiências internacionais<br />
acarreta é a dificulda<strong>de</strong> em trazer <strong>de</strong> volta<br />
os talentos nacionais. Uns voltam, mas outros nem<br />
por isso. Muito porque as nossas empresas não conseguem<br />
competir, em termos <strong>de</strong> salários, com as<br />
companhias mundiais, diz António Câmara, presi<strong>de</strong>nte<br />
da Ydreams. “E <strong>de</strong>pois porque não têm projectos<br />
consi<strong>de</strong>rados <strong>de</strong>safiantes para esses talentos”,<br />
diz.<br />
Alberto Castro afirma que faz sentido criar condições<br />
para o regresso e atracção dos alunos que<br />
vão para o estrangeiro, pois nem todos estão disponíveis<br />
para <strong>de</strong>ixar as condições que <strong>de</strong>terminadas<br />
multinacionais lhes oferecem. “O país é mau a gerir<br />
os contactos com os alunos que saem, não sabemos<br />
para on<strong>de</strong> foram, on<strong>de</strong> estão actualmente. E tudo<br />
isso po<strong>de</strong>ria ser melhorado”, esclarece.<br />
Uma gran<strong>de</strong> vantagem do percurso internacional<br />
é a questão dos idiomas. Apren<strong>de</strong>r um inglês como<br />
se fosse uma segunda língua-mãe representa uma<br />
gran<strong>de</strong> vantagem no mundo dos negócios. Dominar<br />
bem esta língua é estar bem posicionado na hora <strong>de</strong><br />
fazer negócios.<br />
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“Quando somos<br />
confrontados com culturas<br />
mais empreen<strong>de</strong>doras,<br />
em que o falhanço não é mal<br />
visto, apren<strong>de</strong>mosa arriscar”,<br />
diz o consultor.