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20 I 21 250 Maiores Empresas do Distrito de Leiria Os últimos indicadores mostram que Portugal tem conquistado pontos em matéria de investimento em I&D. No IPL os pedidos de patentes dispararam nos primeiros nove meses deste ano. INVESTIMENTO EM I&D pPortugal subiu cinco lugares no ranking da inovação, tendo passado da 22ª para a 17ª posição na União Europeia a 27, segundo o European Innovation Scoreboard 2008, divulgado pela Comissão Europeia, uma publicação anual que tem como objectivo medir e acompanhar a performance dos Estados Membros em matéria de inovação. Esta melhoria reflecte uma taxa de crescimento dos indicadores de inovação acima do dobro da média europeia: Portugal foi o quinto país que mais evoluiu no conjunto dos 27 países – depois da Bulgária, Roménia, Chipre e Letónia – ao registar uma progressão de 4,9%, valor que lhe garantiu a passagem do grupo dos países em “Catching-up” para o dos “Moderate Innovaters”. Neste grupo, Portugal está acompanhado de países como Chipre, Estónia, Eslovénia, República Checa, Espanha, Grécia e Itália. Para este salto qualitativo contribuiu, sobretudo, a evolução registada nos indicadores relativos à qualificação dos recursos humanos, nos quais Portugal foi o país europeu que mais progrediu. De acordo com o relatório, Portugal foi também o quinto país europeu (depois da Hungria, Turquia, Chipre e Grécia) que mais avançou no indicador dos efeitos económicos da inovação, onde se incluem a percentagem de emprega- DR PORTUGAL SOBE NO RANKING DA INOVAÇÃO bilidade na indústria de média e elevada tecnologia; a evolução do número de doutorados na população entre os 25 e os 34 anos e a percentagem da população dos 20 aos 24 anos que concluiu, pelo menos, o ensino secundário. Portugal foi ainda o quarto país, entre os 27, que mais se destacou em matéria de crescimento de registo de patentes e em percentagem de população activa empregue em serviços de conhecimento intensivo, bem como o que mais viu crescer o índice de publicações público-privadas e a despesa em Investigação & Desenvolvimento (I&D) em percentagem do PIB. Segundo dados do Ministério da Ciência Tecnologia e Ensino Superior (MCTES), a despesa portuguesa em I&D em percentagem do PIB passou de 0,82% em 1982 (32,6 milhões de euros) para 1,51% em 2009 (1,9 mil milhões de euros). Destaque ainda para o facto de, em 2009, o investimento em I&D em Portugal se repartir, em partes iguais, entre empresas e instituições, o que representa uma clara evolução relativamente à quase inexistência de I&D por parte das empresas em 1982. Segundo a mesma fonte, em 2009, 50% da despesa em I&D coube às empresas, 8% ao Estado, 34% ao ensino superior e 9% a instituições
privadas sem fins lucrativos. Os dados do Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI) confirmam as boas notícias do relatório europeu no que toca à evolução das taxas de crescimento de registo de marcas, patentes e designs, pela via nacional, dando conta que nunca antes haviam sido tão significativas: entre 2004 e 2008, as marcas registam um acréscimo de 74% (para 20.177 pedidos), as patentes de 119% (para 514 pedidos) e o design de 101% (para 791 pedidos) O European Innovation Scoreboard 2008 atribui ainda a Portugal a quinta maior subida nas exportações de serviços de conhecimento intensivo, a sexta maior progressão em percentagem de empresas com acesso a banda larga e a sétima maior escalada no número de pequenas e médias empresas que introduziram inovação ao nível dos seus produtos, processos ou serviços. Recorde-se que em 2007 Portugal registou, pela primeira vez, um saldo da Balança Tecnológica positivo, uma tendência que se repetiu em 2008, segundo dados do Banco de Portugal, evidenciando que, apesar do difícil contexto internacional, Portugal consegue exportar mais do que importa no sector tecnológico. ■ Célia Marques RANKING DO CRESCIMENTO MÉDIO ANUAL DOS INDICADORES DE INOVAÇÃO NA EU 27 FONTE: COMISSÃO EUROPEIA SALDO DA BALANÇA TECNOLÓGICA FONTE: BANCO DE PORTUGAL PUB
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