Descarregar PDF - Jornal de Leiria
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quando se <strong>de</strong>bruça nas suas criações? Quer a<br />
i<strong>de</strong>ia, ou solução, residam no subconsciente – ou<br />
como <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>m alguns, no consciente universal a<br />
que <strong>de</strong> alguma forma o cérebro tem acesso – o<br />
processo não será muito diferente do que levou<br />
Mozart a <strong>de</strong>scobrir a harmonia em notas discordantes<br />
e contraditórias, do que conduziu Einstein<br />
à teoria da relativida<strong>de</strong>, ou às primeiras pinceladas<br />
<strong>de</strong> Van Gogh, acreditando que um padrão<br />
emergiria se confiasse nos instintos e tivesse a coragem<br />
<strong>de</strong> os seguir.<br />
As comparações são do conhecido realizador<br />
indiano Shekhar Kapur, do oscarizado Elizabeth, e<br />
surgem num artigo on<strong>de</strong> analisa o lado artístico<br />
dos empreen<strong>de</strong>dores, e <strong>de</strong>staca, como principal<br />
semelhança, a coragem <strong>de</strong> criar a partir do nada.<br />
«A verda<strong>de</strong>ira viagem do<br />
<strong>de</strong>scobrimento não consiste<br />
em procurar novas<br />
paisagens, mas em ter novos<br />
olhos.»<br />
Marcel Proust<br />
Mas e a coragem? O que <strong>de</strong>termina a sua gran<strong>de</strong>za<br />
e <strong>de</strong> on<strong>de</strong> virá? Dos genes associados ao<br />
gosto pelo risco que tanto os artistas como os empreen<strong>de</strong>dores<br />
terão? Shekhar Kapur acredita que<br />
a coragem surge da paixão, um ingrediente tão<br />
presente no verda<strong>de</strong>iro empreen<strong>de</strong>dor como no<br />
artista, que leva, instintivamente, a fazer as coisas<br />
<strong>de</strong> uma forma diferente do habitual.<br />
FOCO E DISCIPLINA<br />
Nos negócios, tal como na arte, a criativida<strong>de</strong><br />
não é tudo. Os empreen<strong>de</strong>dores são criativos, têm<br />
milhões <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ias e vêem oportunida<strong>de</strong>s em todo<br />
lado, mas sem o foco e a disciplina que conduzem<br />
à execução e aos resultados, a criativida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
pouco vale.<br />
Os estudiosos da temática apontam outra semelhança:<br />
os empreen<strong>de</strong>dores, tal como os artistas,<br />
permanecem verda<strong>de</strong>iros à sua visão e<br />
ten<strong>de</strong>m a conhecer apenas o seu modo <strong>de</strong> fazer as<br />
coisas. Por mais sugestões que recebam. Para o<br />
empreen<strong>de</strong>dor, as boas práticas representam<br />
apenas um conjunto <strong>de</strong> ferramentas que permitem<br />
dar a conhecer e materializar a sua visão. Tal<br />
como a técnica para os artistas. A justificação é a<br />
mesma para ambos: ao aceitar sugestões <strong>de</strong>ixam<br />
<strong>de</strong> sentir a obra como sua. PUB<br />
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Alvará 6159