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Relatório de Impacto Ambiental – RIMA Projeto Primavera PARÁ ...

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<strong>Relatório</strong> <strong>de</strong> <strong>Impacto</strong><br />

<strong>Ambiental</strong> <strong>–</strong> <strong>RIMA</strong><br />

<strong>Projeto</strong> <strong>Primavera</strong><br />

<strong>PARÁ</strong><br />

Votorantim<br />

CIMENTOS N/NE<br />

S/A.


<strong>RIMA</strong> <strong>–</strong> <strong>Projeto</strong> <strong>Primavera</strong> / Pará <strong>–</strong> Votorantim<br />

1<br />

_________________________________________________________________________________________________________________<br />

_________________________________________________________________________________________________________________<br />

1. INFORMAÇÕES GERAIS 02<br />

2. DESCRIÇÃO DO EMPREENDIMENTO 05<br />

3. DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO FÍSICO 16<br />

4. DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO BIÓTICO 38<br />

5. DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO MEIO ANTRÓPICO 51<br />

6. IMPACTOS AMBIENTAIS, MEDIDAS MITIGADORAS E<br />

COMPENSATÓRIAS 78<br />

7. PLANOS E PROGRAMAS AMBIENTAIS 92<br />

8. CONCLUSÕES 99<br />

9. EQUIPE TÉCNICA 101<br />

10. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 104<br />

11. GLOSSÁRIO 128<br />

SUMÁRIO


<strong>RIMA</strong> <strong>–</strong> <strong>Projeto</strong> <strong>Primavera</strong> / Pará <strong>–</strong> Votorantim<br />

2<br />

_________________________________________________________________________________________________________________<br />

_________________________________________________________________________________________________________________<br />

1<br />

1.1. Apresentação<br />

O que é <strong>RIMA</strong>?<br />

O <strong>Relatório</strong> <strong>de</strong> <strong>Impacto</strong><br />

<strong>Ambiental</strong> - <strong>RIMA</strong>, <strong>de</strong>ve ser<br />

entendido, conforme a<br />

Resolução CONAMA<br />

001/86, como um resumo do<br />

EIA. Devendo ser elaborado<br />

<strong>de</strong> forma objetiva e<br />

a<strong>de</strong>quada à compreensão<br />

por pessoas menos<br />

familiarizadas com os temas<br />

ambientais. Esse<br />

instrumento <strong>de</strong>ve ser<br />

colocado à disposição <strong>de</strong><br />

entida<strong>de</strong>s e comunida<strong>de</strong>s<br />

interessadas.<br />

O presente <strong>RIMA</strong> <strong>–</strong> <strong>Relatório</strong> <strong>de</strong> <strong>Impacto</strong><br />

<strong>Ambiental</strong> contém a análise da viabilida<strong>de</strong><br />

ambiental da fábrica <strong>de</strong> cimento e da lavra <strong>de</strong><br />

calcário e argila que a VOTORANTIM<br />

CIMENTOS N/NE S/A, preten<strong>de</strong> implantar no<br />

município <strong>de</strong> <strong>Primavera</strong>, no Estado do Pará<br />

<strong>de</strong>nominado <strong>de</strong> <strong>Projeto</strong> <strong>Primavera</strong>/PA ‐<br />

Votorantim.<br />

INFORMAÇÕES GERAIS<br />

Figura 1.1‐1: Localização do Empreendimento<br />

O EIA‐<strong>RIMA</strong>, <strong>de</strong> autoria da empresa CEMA<br />

Consultoria e Estudos Ambientais Ltda., para<br />

fins <strong>de</strong> licenciamento ambiental e obtenção da<br />

Licença Prévia (LP), tem o seu conteúdo<br />

estruturado <strong>de</strong> acordo com o roteiro<br />

orientativo, <strong>de</strong>finido no Termo <strong>de</strong> Referência<br />

da Secretaria do Meio Ambiente do Estado do<br />

Pará <strong>–</strong> SEMA/PA.<br />

Tanto o local previsto para a implantação da<br />

fábrica <strong>de</strong> cimento quanto à área <strong>de</strong> lavra <strong>de</strong><br />

calcário situam‐se em terrenos <strong>de</strong><br />

proprieda<strong>de</strong> da CALMIT Mineração e<br />

Participação Ltda, do mesmo grupo<br />

econômico da empresa Votorantim Cimentos<br />

N/NE S/A, conce<strong>de</strong>u a esta última Termo <strong>de</strong><br />

Anuência para efetuar pesquisa e/ou<br />

explotação mineral ou fazer uso <strong>de</strong> qualquer<br />

natureza na superfície e/ou no subsolo dos<br />

imóveis <strong>de</strong> sua proprieda<strong>de</strong>.<br />

A área construída prevista para a fábrica é <strong>de</strong><br />

282781,67 m 2 , neste valor estão incluídos a<br />

fábrica e o pátio <strong>de</strong> estacionamento e para a<br />

área da mina <strong>de</strong> calcário são previstos<br />

1.687.462,09 m 2 . A área total <strong>de</strong> intervenção<br />

será <strong>de</strong> 2.972.857,14m 2 .


<strong>RIMA</strong> <strong>–</strong> <strong>Projeto</strong> <strong>Primavera</strong> / Pará <strong>–</strong> Votorantim<br />

3<br />

_________________________________________________________________________________________________________________<br />

_________________________________________________________________________________________________________________<br />

O método <strong>de</strong> exploração será o <strong>de</strong> lavra a céu<br />

aberto, conduzida em bancadas, com<br />

escavação mecânica dos materiais (minério e<br />

estéril), resultando em três cavas distribuídas<br />

entre as drenagens naturais existentes na área<br />

da proprieda<strong>de</strong>, preservando <strong>de</strong>sta forma, as<br />

Áreas <strong>de</strong> Preservação Permante (APPs).<br />

O <strong>Projeto</strong> <strong>Primavera</strong>/PA ‐ Votorantim possui<br />

as seguintes estimativas <strong>de</strong> produção e <strong>de</strong><br />

vida útil da jazida, consi<strong>de</strong>rando um forno<br />

para produzir 3.000 toneladas por dia <strong>de</strong><br />

clinquer, em uma semana <strong>de</strong> 06 dias.<br />

Produção anual <strong>de</strong> 1.550.000 t <strong>de</strong> minério<br />

bruto;<br />

Remoção anual <strong>de</strong> 880.000 m 3 <strong>de</strong> estéril;<br />

Produção anual <strong>de</strong> 1.000.000 <strong>de</strong> toneladas<br />

<strong>de</strong> clinquer;<br />

Produção anual <strong>de</strong> 1.200.000 toneladas <strong>de</strong><br />

cimento;<br />

Vida útil <strong>de</strong> 55 anos.<br />

O número <strong>de</strong> postos <strong>de</strong> trabalho nas fases <strong>de</strong><br />

implantação e operação do empreendimento<br />

<strong>de</strong>verá atingir cerca <strong>de</strong> 1.200 e 500<br />

funcionários, respectivamente.<br />

1.2. Empreen<strong>de</strong>dor<br />

Razão Social: Votorantim Cimentos N/NE S/A<br />

En<strong>de</strong>reço: Rua Madre <strong>de</strong> Deus, n° 27 <strong>–</strong> CEP:<br />

50030‐906<br />

Bairro: do Recife Antigo<br />

Município: Recife / PE<br />

Telefone/Fax: (81) 2101‐4324<br />

E‐mail: www.votorantimcimentos.com.br<br />

CNPJ: 10.656.452/0001‐80<br />

Representantes legais:<br />

Responsável Legal:<br />

Patrícia Monteiro Montenegro<br />

CPF: 632.537.126‐72<br />

En<strong>de</strong>reço: Centro Corporativo Berrini ‐ Edifício<br />

Berrini 500<br />

Praça Professor José Lannes nº 40 <strong>–</strong> 8º andar<br />

São Paulo <strong>–</strong> SP/CEP 04571‐100<br />

Fone/ Fax: (11) 2162‐0501/(11) 2162‐0744<br />

Celular: (11) 8714‐6878<br />

E‐mail:<br />

patricia.montenegro@vcimentos.com.br.<br />

Luizalpes Barreto da Silva Nen<br />

Gerente da Fabrica Barcarena<br />

CPF: 021.261.174‐72<br />

En<strong>de</strong>reço: Rodovia PA‐483 <strong>–</strong> Km 20 <strong>–</strong> Vila do<br />

Con<strong>de</strong> ‐ Distrito Industrial<br />

Barcarena <strong>–</strong> PA/CEP: 68447‐000<br />

Telefone/celular: (91) 3733‐9100/(91) 8111‐<br />

4735<br />

E‐mail: luizalpes.nen@vcimentos.com.br<br />

1.3. Empresa Responsável pela Elaboração do<br />

Estudo <strong>de</strong> <strong>Impacto</strong> <strong>Ambiental</strong><br />

Razão Social: CEMA Consultoria e Estudos<br />

Ambientais Ltda<br />

En<strong>de</strong>reço: R. Purpurina, 131, cj 131‐132<br />

São Paulo ‐ SP CEP: 05435‐030<br />

Tel/Fax: (11) 3032‐3888;<br />

CNPJ: 02.512.866/0001‐07<br />

E‐mail: cema@cema.com.br<br />

Responsável: MSc. Rosa Cristina <strong>de</strong> Itapema<br />

Silveira. Geógrafa <strong>–</strong> CREA nº 0601022423/D<br />

1.4. Localização e Acessos do<br />

Empreendimento<br />

A área preconizada para a implantação do<br />

empreendimento é a da Fazenda Santa Julia ‐<br />

Sanjagro, situada na Estrada PA 446, km 02,<br />

<strong>Primavera</strong>, município que dista cerca <strong>de</strong> 220<br />

km da capital paranaense, situada entre as<br />

coor<strong>de</strong>nadas UTM 239153 E e 9897019 N,<br />

Zona 23S.<br />

O acesso principal é feito, a partir <strong>de</strong> Belém,<br />

por via terrestre através da BR‐316 passando<br />

por Castanhal, Capanema quando se alcança a<br />

PA‐124, on<strong>de</strong> a mesma inflexiona para NW até<br />

atingir a PA‐446, que dá acesso a cida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

<strong>Primavera</strong>, no percurso <strong>de</strong> 35 km.


<strong>RIMA</strong> <strong>–</strong> <strong>Projeto</strong> <strong>Primavera</strong> / Pará <strong>–</strong> Votorantim<br />

4<br />

__________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________<br />

________________________________________________<br />

1.4‐1. Figura: Localização e Acessos ao Empreendimento (A3)


<strong>RIMA</strong> <strong>–</strong> <strong>Projeto</strong> <strong>Primavera</strong> / Pará <strong>–</strong> Votorantim<br />

5<br />

_________________________________________________________________________________________________________________<br />

_________________________________________________________________________________________________________________<br />

2<br />

O empreendimento consiste na viabilização <strong>de</strong><br />

empreendimento <strong>de</strong> explotação <strong>de</strong> calcário e<br />

fabricação <strong>de</strong> cimento na região <strong>de</strong> <strong>Primavera</strong>,<br />

estado do Pará, on<strong>de</strong> as pesquisas geológicas<br />

<strong>de</strong>monstraram a existência <strong>de</strong> uma jazida<br />

mineral suficiente para aproveitamento como<br />

matéria prima para fabricação <strong>de</strong> cimento.<br />

A VOTORANTIM CIMENTOS BRASIL N/NE vem<br />

realizando serviços <strong>de</strong> pesquisa mineral <strong>de</strong>s<strong>de</strong><br />

2008 no município <strong>de</strong> <strong>Primavera</strong> no estado <strong>de</strong><br />

Pará.<br />

2.1. Informações Gerais<br />

2.1.1 Objetivos<br />

A empresa Votorantim Cimentos é a holding<br />

operacional que reúne as empresas <strong>de</strong><br />

cimento, agregados, cal hidratada, argamassa,<br />

calcário agrícola, gesso e concreto do Grupo<br />

Votorantim. Uma das <strong>de</strong>z maiores empresas<br />

<strong>de</strong> cimento do mundo atua no Brasil, nos<br />

Estados Unidos e no Canadá.<br />

No Brasil, atua com 40 unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> produção<br />

(cimento, argamassa, cal hidratada e calcário<br />

agrícola), 90 centrais <strong>de</strong> concreto (Engemix), 5<br />

unida<strong>de</strong>s exclusivas para a produção <strong>de</strong><br />

agregados, 56 centros <strong>de</strong> distribuição, 08<br />

terminais <strong>de</strong> cimentos, 4 navios <strong>de</strong> transporte<br />

e 4 escritórios centrais, a Votorantim<br />

Cimentos é lí<strong>de</strong>r do mercado nacional <strong>de</strong><br />

cimento, na qual tem participação <strong>de</strong> 40%.<br />

Sua capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> produção total alcança<br />

36,6 milhões <strong>de</strong> toneladas/ano <strong>de</strong> cimento; 12<br />

milhões <strong>de</strong> metros cúbicos <strong>de</strong> concreto/ano; e<br />

29 milhões <strong>de</strong> toneladas/ano <strong>de</strong> agregados.<br />

Dentre o Brasil e a América do Norte,<br />

totalizam mais <strong>de</strong> 11 mil funcionários.<br />

A Votorantim Cimentos fez nos últimos anos<br />

investimento recor<strong>de</strong> <strong>de</strong> R$ 1,660 bilhão para<br />

a instalação <strong>de</strong> novas fábricas, moagens,<br />

reativação e incremento <strong>de</strong> produção em<br />

plantas <strong>de</strong> cimento e argamassa em todo o<br />

País. A empresa aumentou em<br />

aproximadamente 30% sua capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

produção, passando <strong>de</strong> 25 para 36,6 milhões<br />

<strong>de</strong> toneladas <strong>de</strong> cimento por ano no mercado<br />

DESCRIÇÃO DO EMPREENDIMENTO<br />

brasileiro, visando manter sua li<strong>de</strong>rança no<br />

País.<br />

Este investimento terá impacto em várias<br />

regiões brasileiras, especialmente no Norte e<br />

Nor<strong>de</strong>ste do Brasil. O plano <strong>de</strong> expansão<br />

contemplou a construção <strong>de</strong> três novas<br />

fábricas integradas em Xamboiá (TO), Baraúna<br />

(RN) e Vidal Ramos (SC); cinco novas moagens<br />

localizadas em Barcarena (PA), Pecém (CE),<br />

Aratu (BA), Sepetiba (RJ) e no litoral <strong>de</strong> Santa<br />

Catarina (em cida<strong>de</strong> a ser <strong>de</strong>finida). Além a<br />

reativação da fábrica <strong>de</strong> Cocalzinho (GO) e a<br />

Nobres (MT). Adicionalmente, cinco novas<br />

plantas <strong>de</strong> argamassas: em Pecém (CE), Aratu<br />

(BA), Goiânia (GO), Esteio (RS) e São Paulo<br />

(SP).<br />

Este plano <strong>de</strong> expansão representou na<br />

geração <strong>de</strong> cerca <strong>de</strong> 3.300 novos empregos<br />

diretos e indiretos na ca<strong>de</strong>ia produtiva, além<br />

<strong>de</strong> aproximadamente 10 mil empregos no<br />

período <strong>de</strong> construção ou mo<strong>de</strong>rnização das<br />

16 unida<strong>de</strong>s. As localida<strong>de</strong>s para a<br />

implantação <strong>de</strong> novas fábricas <strong>de</strong> moagens<br />

foram estudadas para que a Votorantim<br />

Cimentos atenda às <strong>de</strong>mandas crescentes dos<br />

principais mercados regionais e se aproxime<br />

do consumidor final. No caso das fábricas<br />

integradas, que incluem a ativida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

mineração, a localização das jazidas <strong>de</strong><br />

calcário torna‐se <strong>de</strong>terminante na <strong>de</strong>finição<br />

das instalações das plantas.<br />

A Fábrica integrada prevista para implantação<br />

no município <strong>de</strong> <strong>Primavera</strong>/PA apresenta as<br />

seguintes características:<br />

- Matéria‐prima: calcário minerado<br />

localmente;<br />

- Mercado‐alvo: Norte e Nor<strong>de</strong>ste;<br />

- Valor estimado do investimento: R$ 390<br />

milhões;<br />

- Capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> produção: 1.300.000<br />

toneladas <strong>de</strong> cimento / ano;<br />

- Empregos: 1.000 postos <strong>de</strong> trabalho na<br />

fase <strong>de</strong> construção e 360 na fase <strong>de</strong><br />

operação (ca<strong>de</strong>ia produtiva);


<strong>RIMA</strong> <strong>–</strong> <strong>Projeto</strong> <strong>Primavera</strong> / Pará <strong>–</strong> Votorantim<br />

6<br />

_________________________________________________________________________________________________________________<br />

_________________________________________________________________________________________________________________<br />

- Previsão do início da operação: final <strong>de</strong><br />

2012 a início <strong>de</strong> 2013.<br />

2.1.2 Fase <strong>de</strong> Planejamento do<br />

empreendimento<br />

Nas áreas objeto <strong>de</strong>ste estudo foram<br />

realizados pela Votorantim Cimentos N/NE, 66<br />

furos ou cerca <strong>de</strong> 3.250 metros <strong>de</strong> sondagem.<br />

Atualmente, além do <strong>de</strong>talhamento da infra‐<br />

estrutura do projeto básico, e coleta <strong>de</strong><br />

informações técnicas na área, estão sendo<br />

realizadas negociações <strong>de</strong> aquisição <strong>de</strong><br />

proprieda<strong>de</strong>s necessárias para a implantação<br />

do projeto. Só após a obtenção da Licença<br />

<strong>Ambiental</strong> Prévia será <strong>de</strong>talhado o projeto, <strong>de</strong><br />

acordo com as condições ambientais<br />

consi<strong>de</strong>radas viáveis ambientalmente e<br />

elaborado o Plano <strong>de</strong> Controle <strong>Ambiental</strong> para<br />

a obtenção <strong>de</strong> Licença <strong>Ambiental</strong> <strong>de</strong><br />

Instalação.<br />

2.1.3 Fase <strong>de</strong> implantação<br />

O início da fase <strong>de</strong> implantação envolve<br />

serviços básicos <strong>de</strong> infra‐estrutura como ‐<br />

acerto das áreas ‐ e serviços <strong>de</strong> apoio<br />

(terceirizados) como alimentação, transporte<br />

e topografia. Ainda na fase inicial <strong>de</strong><br />

implantação será formado o Canteiro <strong>de</strong><br />

Obras, que contempla a construção do<br />

escritório, enfermaria, usina <strong>de</strong> concreto,<br />

subestação elétrica, poços artesianos e<br />

equipamentos para tratamento <strong>de</strong> efluentes.<br />

Para implantação da fábrica <strong>de</strong> cimentos serão<br />

necessárias ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> terraplanagem,<br />

construções civis <strong>de</strong> edificações, montagem<br />

<strong>de</strong> equipamentos e pavimentação <strong>de</strong> vias.<br />

Para a realização <strong>de</strong>stes trabalhos os serviços<br />

serão terceirizados.<br />

Os insumos utilizados nesta fase <strong>de</strong><br />

implantação serão basicamente: água, energia<br />

elétrica e combustível.<br />

Os resíduos gerados na fase <strong>de</strong> implantação<br />

serão oriundos das ativida<strong>de</strong>s específicas dos<br />

diversos setores envolvidos, como resíduos<br />

domésticos do canteiro <strong>de</strong> obras, resíduos da<br />

construção civil, das obras <strong>de</strong> montagem<br />

mecânica e das instalações elétricas.<br />

A mobilização da mão <strong>de</strong> obra ocorrerá <strong>de</strong><br />

forma gradativa em função das necessida<strong>de</strong>s<br />

<strong>de</strong> cada etapa da implantação. Será priorizada<br />

a utilização <strong>de</strong> mão <strong>de</strong> obra local/regional,<br />

não havendo esta possibilida<strong>de</strong>, trabalhadores<br />

<strong>de</strong> outras localida<strong>de</strong>s serão chamados.<br />

2.1.4 Fase <strong>de</strong> operação<br />

Na fase <strong>de</strong> operação do projeto, a Votorantim<br />

Cimentos N/NE <strong>de</strong>senvolverá as ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong><br />

lavra, disposição <strong>de</strong> estéreis, britagem do<br />

minério, transporte do minério até o<br />

armazenamento da fábrica, moagem da<br />

matéria‐prima, fabricação <strong>de</strong> clinquer,<br />

moagem <strong>de</strong> cimento e expedição. As etapas<br />

do processo <strong>de</strong> produção <strong>de</strong> cimento po<strong>de</strong> ser<br />

visualizado na figura abaixo:<br />

Figura 2.1.4‐1: Fluxograma do processo <strong>de</strong><br />

fabricação <strong>de</strong> cimento.<br />

As operações <strong>de</strong> lavra compreen<strong>de</strong>m <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a<br />

preparação da área até a entrega do material<br />

na fábrica <strong>de</strong> cimentos. Essas operações<br />

consistem basicamente no <strong>de</strong>smonte da<br />

rocha, britagem e transporte do material.<br />

Na fabricação do cimento estão envolvidos 6<br />

(seis) processos: Moagem <strong>de</strong> Cru, Aditivos <strong>de</strong><br />

Cru, Homogeneização e Dosagem <strong>de</strong> Farinha<br />

Crua, Calcinação e Clinquerização, Moagem do<br />

Cimento e Aditivos do Cimento. Segue‐se a<br />

isso o ensacamento e paletização do mesmo.<br />

Cada uma <strong>de</strong>ssas etapas, tanto da fabricação<br />

do cimento quanto do ensacamento e<br />

paletização, apresentam equipamentos e<br />

controles antipoluição próprios.<br />

Na fase <strong>de</strong> operação o forno utiliza como<br />

principal combustível o coque <strong>de</strong> petróleo,


<strong>RIMA</strong> <strong>–</strong> <strong>Projeto</strong> <strong>Primavera</strong> / Pará <strong>–</strong> Votorantim<br />

7<br />

_________________________________________________________________________________________________________________<br />

_________________________________________________________________________________________________________________<br />

tendo como opções o carvão mineral e/ou<br />

vegetal e o óleo combustível.<br />

O sistema <strong>de</strong> produção utiliza água em<br />

sistema <strong>de</strong> circuito fechado, portanto, não<br />

2.1.5 Fase <strong>de</strong> fechamento<br />

haverá efluentes líquidos industriais. Apenas<br />

efluentes líquidos domésticos, que serão<br />

tratados conforme sistemas dimensionados.<br />

Figura 2.1.4‐2: Croqui ilustrativo das etapas <strong>de</strong> fabricação do cimento.<br />

O Plano <strong>de</strong> Fechamento <strong>de</strong>ve ser concebido<br />

seguindo os critérios apresentados na Portaria<br />

237 do DNPM <strong>de</strong> 18/10/2001 e alterados pela<br />

Portaria 12 <strong>de</strong> 29/01/2002, que <strong>de</strong>termina as<br />

normas para a mineração. A Norma 20 <strong>de</strong>fine<br />

as diretrizes do Fechamento <strong>de</strong> Mina. Essa<br />

norma estabelece uma série <strong>de</strong> planos e<br />

monitoramentos que <strong>de</strong>vem ser apresentados<br />

no Plano <strong>de</strong> Aproveitamento Econômico na<br />

fase <strong>de</strong> solicitação <strong>de</strong> concessão <strong>de</strong> lavra.<br />

O Plano <strong>de</strong> Fechamento fornecerá as<br />

diretrizes para a execução do fechamento. A<br />

implantação das medidas relacionadas ao<br />

fechamento ao longo da vida útil irá permitir<br />

maior agilida<strong>de</strong> para compilar esses dados e<br />

otimizar os custos no encerramento das<br />

ativida<strong>de</strong>s.<br />

O Plano <strong>de</strong> Fechamento <strong>de</strong>verá ser revisto a<br />

cada cinco anos, como forma <strong>de</strong> a<strong>de</strong>quar as<br />

medidas em função dos resultados <strong>de</strong><br />

monitoramentos realizados na fase <strong>de</strong><br />

operação. Portanto, o Plano <strong>de</strong> Fechamento é<br />

um documento dinâmico, que <strong>de</strong>ve ser<br />

administrado sob a supervisão <strong>de</strong> equipe<br />

interna e externa capacitada.<br />

2.2. Arranjo Espacial do <strong>Projeto</strong><br />

2.2.1. Alternativas tecnológicas no processo<br />

<strong>de</strong> Lavra<br />

O método <strong>de</strong> lavra a ser adotado em uma<br />

mina <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> <strong>de</strong> diversos fatores, tais quais<br />

as condições topográficas, geotécnicas, do<br />

jazimento, restrições ambientais, custos <strong>de</strong><br />

implantação e <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento, valor<br />

agregado do minério e mercado. As<br />

alternativas tecnológicas analisadas para a<br />

lavra do calcário foram: (1) Lavra Subterrânea<br />

(2) Lavra a Céu Aberto.<br />

A lavra subterrânea consiste em uma<br />

alternativa tecnológica para a exploração da<br />

jazida <strong>de</strong> calcário, porém esta alternativa<br />

exige condições muito particulares para sua<br />

viabilização e é empregado quando custo <strong>de</strong><br />

retirada do estéril é alto, como na lavra <strong>de</strong>


<strong>RIMA</strong> <strong>–</strong> <strong>Projeto</strong> <strong>Primavera</strong> / Pará <strong>–</strong> Votorantim<br />

8<br />

_________________________________________________________________________________________________________________<br />

_________________________________________________________________________________________________________________<br />

minérios profundos que ocorrem em bolsões<br />

ou camadas restritas. Além do mais, o minério<br />

tem que apresentar um alto valor agregado,<br />

pois o custo <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento é muito<br />

maior na mineração subterrânea. As<br />

condições geotécnicas também são limitantes<br />

para lavra subterrânea, pois o minério tem<br />

que ser competente.<br />

Quanto à lavra a céu aberto com <strong>de</strong>smonte<br />

por explosivos, esta alternativa possibilita um<br />

maior aproveitamento do minério e melhores<br />

condições <strong>de</strong> segurança, ao contrário da lavra<br />

subterrânea que, por questões geotécnicas,<br />

necessita <strong>de</strong>ixar pilares e lajes entre os blocos<br />

lavrados, reduzindo em até 50% a quantida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> minério que po<strong>de</strong> ser aproveitada. Uma<br />

lavra subterrânea somente se justifica quando<br />

é mais vantajosa do ponto <strong>de</strong> vista econômico<br />

que a lavra a céu aberto.<br />

Devido aos motivos tecnológicos ou<br />

econômicos expostos, as alternativas <strong>de</strong> lavra<br />

subterrânea foi <strong>de</strong>scartada do projeto da<br />

VOTORANTIM CIMENTOS BRASIL N/NE.,<br />

optando‐se pela alternativa <strong>de</strong> lavra a céu<br />

aberto.<br />

Outra alternativa tecnológica se refere a uso<br />

<strong>de</strong> explosivos para <strong>de</strong>smonte <strong>de</strong> rocha, a<br />

exemplo das outras lavras <strong>de</strong> calcário da<br />

empresa existentes no Brasil. Também essa<br />

alternativa <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> das condições geológicas<br />

do minério, da escala <strong>de</strong> produção e<br />

principalmente da escarificabilida<strong>de</strong> do<br />

material. O <strong>de</strong>pósito <strong>de</strong> <strong>Primavera</strong> apresenta‐<br />

se bem escarificável, razão da escavação por<br />

meio mecânico ser a mais a<strong>de</strong>quada ao<br />

contrário do <strong>de</strong>smonte por explosivo, que só<br />

se justificaria caso o minério se apresente<br />

compacto sem possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> fragmentação<br />

por equipamentos convencionais.<br />

2.2.2. Alternativas Locacionais da Unida<strong>de</strong><br />

Industrial<br />

A localização da unida<strong>de</strong> industrial <strong>de</strong><br />

fabricação <strong>de</strong> cimento <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> <strong>de</strong> fatores<br />

técnicos, econômicos e socioambientais.<br />

Como fatores técnicos po<strong>de</strong>‐se citar a<br />

condição geotécnica do terreno, a<br />

disponibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> insumos, e a distância <strong>de</strong><br />

recebimento <strong>de</strong> matéria prima e minério.<br />

Fatores econômicos são também a localização<br />

em relação ao recebimento e escoamento da<br />

produção, custos <strong>de</strong> produção e o retorno do<br />

investimento, que <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> da escala <strong>de</strong><br />

produção, potência da jazida, e mercado<br />

consumidor. Questões socioeconômicas são<br />

relacionadas aos possíveis impactos que<br />

po<strong>de</strong>m promover ao meio, incômodos à<br />

comunida<strong>de</strong> local, e como fatores positivos, a<br />

geração <strong>de</strong> empregos, <strong>de</strong>senvolvimento local<br />

e regional, geração <strong>de</strong> tributos, e circulação <strong>de</strong><br />

recursos monetários.<br />

Dentre as áreas estudadas para a implantação<br />

da unida<strong>de</strong> industrial po<strong>de</strong>mos citar as três<br />

apresentadas a seguir:<br />

Alternativa 1: Na junção do Ramal dos Cacos e<br />

da La<strong>de</strong>ira Paraguaia, a alternativa 1 é a que<br />

apresenta as características que implicam nos<br />

impactos socioambientais menos<br />

significativos, visto que, ao contrário das<br />

outras alternativas, o acesso à fábrica se dará<br />

sem a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> fluxos constantes <strong>de</strong><br />

caminhões e outros veículos automotivos<br />

<strong>de</strong>ntro da cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>Primavera</strong>. Esta<br />

alternativa também é a<strong>de</strong>quada em relação à<br />

topografia, condições geotécnicas e <strong>de</strong><br />

escoamento. Todavia, um fator <strong>de</strong>sfavorável é<br />

a distância com o centro das cavas <strong>de</strong><br />

explotação, aumentando os custos com o<br />

transporte e as perturbações por ruído,<br />

suspensão <strong>de</strong> partículas sólidas e vibração.<br />

Alternativa 2: Localiza‐se próximo à<br />

intersecção da Rodovia Estadual PA 344 com o<br />

Ramal dos Peixes, à aproximadamente 2,5 km<br />

à Oeste <strong>de</strong> <strong>Primavera</strong>, no interflúvio que<br />

<strong>de</strong>limita as subbacias do Rio <strong>Primavera</strong> e do<br />

Peixe. Nas proximida<strong>de</strong>s existem algumas<br />

nascentes e pequenas lagoas e represas.<br />

Apresenta como fatores favoráveis a<br />

proximida<strong>de</strong> com a PA‐344, que facilita os<br />

fluxos do transporte, e localização mais<br />

próxima das cavas <strong>de</strong> explotação em relação à<br />

alternativa 1. Contudo, a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

atravessar o núcleo urbano <strong>de</strong> <strong>Primavera</strong> para<br />

acessar às áreas <strong>de</strong> produção e a proximida<strong>de</strong><br />

à algumas comunida<strong>de</strong>s ribeirinhas,<br />

principalmente aquelas instaladas próximas ao<br />

rio do Peixe e do rio <strong>Primavera</strong>.<br />

Alternativa 3: Localiza‐se próxima à<br />

intersecção do Ramal dos Peixes com as<br />

estradas <strong>de</strong> Jaboroca e dos Macacos,<br />

circundada por alguns ramais viários


<strong>RIMA</strong> <strong>–</strong> <strong>Projeto</strong> <strong>Primavera</strong> / Pará <strong>–</strong> Votorantim<br />

9<br />

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pontualmente povoados por famílias <strong>de</strong><br />

trabalhadores rurais.<br />

Esta alternativa está disposta sobre um<br />

gran<strong>de</strong> fragmento <strong>de</strong> Floresta Ombrófila<br />

Densa <strong>de</strong> Terras Baixas associado à Vegetação<br />

Secundária com agricultura familiar e muito<br />

próxima à comunida<strong>de</strong> <strong>de</strong>nominada <strong>de</strong> Vila do<br />

Doca.<br />

Apresenta como fatores favoráveis a<br />

localização em relação às cavas <strong>de</strong> explotação,<br />

mais próxima do que as alternativas 1 e 2; e a<br />

maior disponibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> acessos existentes<br />

para escoamento da produção, em relação à<br />

alternativa 1. Contudo, a localização em local<br />

<strong>de</strong> baixada, com solos moles e sujeitos a<br />

inundações, a presença <strong>de</strong> áreas protegidas<br />

(APP) e a proximida<strong>de</strong> com a Vila do Doca são<br />

aspectos socioambientais <strong>de</strong>sfavoráveis<br />

presentes nesta alternativa.<br />

Alternativa Selecionada<br />

A alternativa selecionada foi a 1, por<br />

apresentar <strong>de</strong>svantagem técnica que acarreta<br />

maior custo <strong>de</strong> produção, mas que<br />

ambientalmente estará interferindo menos no<br />

conforto da comunida<strong>de</strong> (ruídos, poeira, etc),<br />

pois não passará por nenhum núcleo urbano<br />

(como a Alternativa 2), ou com áreas<br />

protegidas (APPs) e instáveis<br />

geotecnicamente, como a Alternativa 3.<br />

2.2.3. Alternativas Locacionais <strong>de</strong> Acesso<br />

O acesso ao empreendimento <strong>de</strong>ve ser<br />

dimensionado consi<strong>de</strong>rando a capacida<strong>de</strong><br />

necessária para recebimento e escoamento da<br />

produção, se aproveita acesso já existente ou<br />

a abertura <strong>de</strong> novo acesso, e as restrições<br />

ambientais (interferências com cursos d’água,<br />

vegetação nativa) e técnico‐econômicas<br />

(necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> corte e aterros ou<br />

substituição <strong>de</strong> solos).<br />

Alternativa 1: Esta alternativa apresenta‐se<br />

em uma estrada <strong>de</strong> terra já existente, ramal<br />

da PA‐124 que liga Capanema à Salinópolis,<br />

com 7.017 metros pelo Ramal da Sétima e<br />

9.954 metros através da Estrada dos Cacos.<br />

Mesmo se utilizando <strong>de</strong> estradas existentes,<br />

esta proposta <strong>de</strong> acesso ainda <strong>de</strong>manda a<br />

ampliação dos respectivos leitos carroçáveis,<br />

para tal, consi<strong>de</strong>rou‐se uma possível expansão<br />

<strong>de</strong> 6 metros no leito carroçável ao longo <strong>de</strong><br />

seu trajeto.<br />

Alternativa 2: Esta alternativa foi projetada<br />

com saída para rodovia PA‐446 num ponto <strong>de</strong><br />

excelente visibilida<strong>de</strong> nos dois sentidos da<br />

rodovia para construção <strong>de</strong> um trevo, e segue<br />

num percurso numa região alta, sem muito<br />

<strong>de</strong>clive ou aclive, sendo necessário atravessar<br />

apenas um pequeno igarapé, tendo 25% das<br />

terras já pertencente à Votorantim Cimentos<br />

N/NE e aproximadamente 60% dos<br />

proprietários <strong>de</strong> terras no percurso já<br />

concordaram com a venda <strong>de</strong> uma faixa <strong>de</strong><br />

terra para a passagem da mesma.<br />

Alternativa 3: Alternativa projetada com saída<br />

da rodovia PA‐446 num ponto <strong>de</strong> excelente<br />

visibilida<strong>de</strong> nos dois sentidos da rodovia para<br />

construção <strong>de</strong> um trevo, e segue num<br />

percurso numa região alta para uma região<br />

baixa, tendo um certo grau <strong>de</strong> <strong>de</strong>clive e aclive<br />

com necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> atravessar um igarapé <strong>de</strong><br />

porte médio. Por atravessar uma região <strong>de</strong><br />

alagamento, será necessário um aterro numa<br />

certa extensão, além <strong>de</strong> atravessar também<br />

um igarapé <strong>de</strong> porte pequeno, tendo 35% das<br />

terras já pertencente à Votorantim Cimentos<br />

N/NE, sendo que a negociação para adquirir o<br />

restante da faixa <strong>de</strong> terra <strong>de</strong> passagem tem<br />

muitas dificulda<strong>de</strong>s. Quase não há<br />

<strong>de</strong>smatamentos, tendo um percurso <strong>de</strong> 3.946<br />

metros.<br />

A alternativa selecionada é a Alternativa 2,<br />

<strong>de</strong>vido a pouca interferência com recursos<br />

naturais, menos movimentação <strong>de</strong> solo e <strong>de</strong><br />

supressão <strong>de</strong> vegetação, e às facilida<strong>de</strong>s em<br />

relação à ocupação das terras <strong>de</strong>vido à<br />

anuência dos proprietários.<br />

2.2.4. Linha <strong>de</strong> Transmissão<br />

Para o fornecimento <strong>de</strong> energia temos duas<br />

fases: <strong>de</strong> implantação e <strong>de</strong> operação.<br />

Para a implantação é solicitada para a<br />

Distribuidora o fornecimento provisório. Tal<br />

qual a linha <strong>de</strong>finitiva, a responsabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

execução, conforme legislação vigente, é da<br />

distribuidora. O ramal <strong>de</strong> linha <strong>de</strong><br />

transmissão, que normalmente objetiva<br />

aten<strong>de</strong>r o período <strong>de</strong> obras tem capacida<strong>de</strong><br />

entre 10 e 20% da <strong>de</strong>finitiva e em tensão


<strong>RIMA</strong> <strong>–</strong> <strong>Projeto</strong> <strong>Primavera</strong> / Pará <strong>–</strong> Votorantim<br />

10<br />

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(13,8kV, 24kV ou 34,5kV). Esse ramal<br />

provisório construído é <strong>de</strong>sativado ao final da<br />

obra com a entrada do fornecimento<br />

<strong>de</strong>finitivo. Para a provisória, a Celpa tem linha<br />

<strong>de</strong> circuito primário nos acessos próximos ao<br />

terreno. Para a fase <strong>de</strong> implantação, esta em<br />

estudo, este circuito para o fornecimento, que<br />

será <strong>de</strong>sativada com o início <strong>de</strong> operação da<br />

linha <strong>de</strong>finitiva.<br />

A Fábrica <strong>de</strong> <strong>Primavera</strong> terá o seu<br />

fornecimento <strong>de</strong>finitivo <strong>de</strong> energia em 138kV<br />

a partir <strong>de</strong> Subestação a ser construída pela<br />

Celpa no município <strong>de</strong> Capanema. A<br />

interligação entre a subestação e a fábrica<br />

será por meio <strong>de</strong> uma Linha <strong>de</strong> Transmissão<br />

<strong>de</strong> aproximadamente 40 km. A Figura 2.1.9‐1<br />

a seguir apresenta o traçado previsto <strong>de</strong>sta<br />

linha.<br />

Figura 2.1.9‐1: Traçado da linha <strong>de</strong> transmissão existente.<br />

2.3. Caracterização do Arranjo Espacial do<br />

<strong>Projeto</strong><br />

2.3.1. Serviços técnicos <strong>de</strong> engenharia<br />

Na fase inicial <strong>de</strong> implantação serão<br />

necessários os serviços <strong>de</strong> engenharia mais<br />

básicos, como logística, acertos das áreas <strong>de</strong><br />

infra‐estrutura e suprimento à obra. Nesta<br />

fase também serão realizadas sondagens mais<br />

<strong>de</strong>talhadas objetivando maior conhecimento<br />

dos aspectos geotécnicos para<br />

dimensionamento das fundações das obras<br />

civis. Após a emissão da licença prévia serão<br />

contratadas empresas <strong>de</strong> engenharia para<br />

<strong>de</strong>talhamento do projeto.<br />

Caso o empreendimento seja consi<strong>de</strong>rado<br />

viável pelas autorida<strong>de</strong>s ambientais e receba a<br />

LAP (Licença <strong>Ambiental</strong> Prévia), será<br />

apresentado à SEMA (Secretaria <strong>de</strong> Meio<br />

Ambiente), o <strong>de</strong>talhamento das medidas <strong>de</strong><br />

controle ambiental, assim como o plano <strong>de</strong><br />

monitoramento ambiental na fase <strong>de</strong><br />

implantação, para emissão <strong>de</strong> Licença<br />

<strong>Ambiental</strong> <strong>de</strong> Instalação. Após a emissão da<br />

Licença <strong>Ambiental</strong> <strong>de</strong> Instalação serão<br />

contratados serviços <strong>de</strong> monitoramento<br />

ambiental, e engenharia <strong>de</strong> fiscalização das<br />

obras.<br />

2.3.2. Serviços terceirizados<br />

O início dos serviços será <strong>de</strong> preparação da<br />

infra‐estrutura das obras, principalmente<br />

relativa à logística <strong>de</strong> recebimento <strong>de</strong><br />

materiais, equipamentos e acomodação <strong>de</strong><br />

pessoal.<br />

Os serviços locais que serão mais utilizados<br />

nesta primeira fase serão <strong>de</strong> hospedagem,


<strong>RIMA</strong> <strong>–</strong> <strong>Projeto</strong> <strong>Primavera</strong> / Pará <strong>–</strong> Votorantim<br />

11<br />

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alimentação, abastecimento <strong>de</strong> veículos e<br />

aquisição <strong>de</strong> materiais básicos <strong>de</strong> construção<br />

civil.<br />

A mão‐<strong>de</strong>‐obra inicial será <strong>de</strong> trabalhadores<br />

contratados por empreiteiros locais<br />

responsáveis por cercamentos <strong>de</strong> área,<br />

limpezas, abertura <strong>de</strong> poços e trincheiras,<br />

apoio aos trabalhos <strong>de</strong> sondagens e<br />

topografia, e à construção ou<br />

aperfeiçoamento das instalações sanitárias e<br />

sistemas <strong>de</strong> tratamento <strong>de</strong> esgoto sanitário<br />

dos canteiros <strong>de</strong> obras. Nesta fase a mão‐<strong>de</strong>‐<br />

obra será basicamente local, pois será <strong>de</strong><br />

apoio à obra.<br />

A seguir são relacionados os serviços previstos<br />

nesta fase:<br />

- Hospedagem;<br />

- Alimentação;<br />

- Transporte;<br />

- Vigilância;<br />

- Abertura <strong>de</strong> picadas;<br />

- Topografia;<br />

- Abastecimento <strong>de</strong> combustíveis;<br />

- Canteiro <strong>de</strong> obras (civis e elétricas);<br />

- Manutenção mecânica.<br />

Na fase <strong>de</strong> obras <strong>de</strong> implantação do projeto,<br />

que consiste em serviços <strong>de</strong> terraplenagem,<br />

<strong>de</strong>capeamento da mina, construção das bases<br />

<strong>de</strong> equipamentos e das edificações <strong>de</strong>finitivas,<br />

a mão‐<strong>de</strong>‐obra passará a contar com<br />

empresas especializadas, que mesclará a mão‐<br />

<strong>de</strong>‐obra local, regional e <strong>de</strong> outras localida<strong>de</strong>s,<br />

com quadro <strong>de</strong> funcionários da própria<br />

empresa contratada.<br />

Os engenheiros, técnicos e encarregados<br />

serão provavelmente <strong>de</strong> fora do município,<br />

salvo nos casos em que a mão‐<strong>de</strong>‐obra local<br />

pu<strong>de</strong>r preencher tais vagas, havendo a<br />

preferência na contratação local.<br />

Os seguintes serviços serão terceirizados<br />

nesta fase:<br />

- Terraplenagem;<br />

- Transporte;<br />

- Vigilância;<br />

- Refeitório e Limpeza;<br />

- Obras <strong>de</strong> engenharia civil;<br />

- Montagens eletro‐mecânicas;<br />

- Ensaios tecnológicos;<br />

- Auditoria e fiscalização;<br />

- Topografia;<br />

- Monitoramento ambiental;<br />

- Recuperação ambiental.<br />

Na fase <strong>de</strong> pré‐operação, quando a montagem<br />

das instalações e da construção da infra‐<br />

estrutura já se apresentar em etapa final,<br />

serão prestados os seguintes serviços <strong>de</strong><br />

forma terceirizada:<br />

- Transporte;<br />

- Recrutamento e treinamento;<br />

- Vigilância;<br />

- Refeitório e Limpeza;<br />

- Fiscalização;<br />

- Monitoramento ambiental;<br />

- Recuperação ambiental.<br />

2.3.3. Canteiro <strong>de</strong> obras<br />

O canteiro <strong>de</strong> obras será constituído das<br />

seguintes instalações: refeitório, vestiário,<br />

sanitário, usina <strong>de</strong> concreto, escritório,<br />

enfermaria, oficinas e almoxarifado.<br />

De maneira geral, o canteiro <strong>de</strong> obras para o<br />

<strong>Projeto</strong> <strong>Primavera</strong>, constará basicamente das<br />

seguintes estruturas:<br />

Escritório Votorantim<br />

Cimentos/Gerenciadora <strong>–</strong> 600m²<br />

Empreiteira Construção Civil <strong>–</strong> 3000 m²<br />

Empreiteira Mecânica <strong>–</strong> 2000 m²<br />

Empreiteira Elétrica <strong>–</strong> 800 m²<br />

Área <strong>de</strong> Estocagem <strong>de</strong> Material e Depósito<br />

<strong>de</strong> Resíduos ‐1100m²<br />

Central <strong>de</strong> Concreto <strong>–</strong> 3000 m²


<strong>RIMA</strong> <strong>–</strong> <strong>Projeto</strong> <strong>Primavera</strong> / Pará <strong>–</strong> Votorantim<br />

12<br />

_________________________________________________________________________________________________________________<br />

_________________________________________________________________________________________________________________<br />

2.3.4. Ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> abertura <strong>de</strong>senvolvimento<br />

das minas<br />

A etapa <strong>de</strong> abertura e <strong>de</strong>senvolvimento das<br />

Minas <strong>de</strong> Calcário é aquela que antece<strong>de</strong> à<br />

lavra propriamente dita e é constituída pelos<br />

seguintes serviços e ativida<strong>de</strong>s básicas:<br />

- Locação topográfica do empreendimento,<br />

conforme o projeto;<br />

- Supressão da vegetação, quando<br />

necessário;<br />

- Decapeamento ou retirada do solo<br />

orgânico e <strong>de</strong> cobertura do corpo <strong>de</strong><br />

minério para po<strong>de</strong>r acessá‐lo, em<br />

volumes compatíveis com a produção<br />

anual prevista; O solo orgânico será<br />

estocado em local apropriado para<br />

posterior utilização na recuperação <strong>de</strong><br />

áreas <strong>de</strong>gradadas.<br />

- Abertura <strong>de</strong> vias <strong>de</strong> acesso às bancadas<br />

<strong>de</strong> lavra, <strong>de</strong> acordo com o projeto da<br />

mina;<br />

- Trabalhos <strong>de</strong> drenagem e proteção da<br />

área da mina visando evitar o afluxo das<br />

águas da chuva para <strong>de</strong>ntro da cava da<br />

mina;<br />

- Outros trabalhos eventualmente<br />

necessários ao <strong>de</strong>senvolvimento racional<br />

e seguro do projeto da mina e que<br />

complemente a pesquisa mineral.<br />

- Decapeamento e Terraplenagem na Área<br />

da Mineração da Mina<br />

- Melhorias das Vias <strong>de</strong> Acessos<br />

2.3.5. Ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> implantação da fábrica <strong>de</strong><br />

cimentos<br />

- Terraplanagem para ajustes do relevo<br />

- Construções Civis das Edificações e<br />

Montagem dos Equipamentos<br />

- Pavimentação das Vias Internas e Pátio<br />

da Fábrica<br />

Tabela 2.3.5‐1 Equipamentos, máquinas e<br />

veículos utilizados na fase <strong>de</strong> implantação<br />

EQUIPAMENTO QUANT<br />

Escava<strong>de</strong>ira hidráulica <strong>de</strong> esteira,<br />

diesel, <strong>de</strong> 140 HP e 21.000 kg, 1<br />

marca CAT‐320C ou similar<br />

Trator <strong>de</strong> esteira, diesel, <strong>de</strong> 310 HP, 1<br />

peso <strong>de</strong> 37.500 kg, mo<strong>de</strong>lo CAT‐<br />

D8R ou similar;<br />

Retro‐escava<strong>de</strong>iras hidráulicas <strong>de</strong><br />

esteiras, diesel, <strong>de</strong> 410 HP e 65.000<br />

kg, marca CAT‐365C ou similar<br />

Caminhões basculantes <strong>de</strong> 350 HP <strong>–</strong><br />

6x4<br />

Carro‐pipa (caminhão), tração 6x2,<br />

diesel, 400 HP<br />

Moto‐niveladora <strong>de</strong> lâmina, diesel,<br />

<strong>de</strong> 140 HP, do tipo CAT‐120H ou<br />

similar<br />

Caminhonete pick‐up 10<br />

automóveis, VW, mo<strong>de</strong>lo Gol ou<br />

similar<br />

2.3.6. Estimativa <strong>de</strong> insumos na fase <strong>de</strong><br />

implantação<br />

- Água ‐100 m³/dia (cerca <strong>de</strong> 5 m³/h)<br />

- Elétrica <strong>–</strong> 300 kW<br />

- Combustíveis <strong>–</strong> 4.000 litros/dia<br />

2.3.7. Geração <strong>de</strong> resíduos na fase <strong>de</strong><br />

implantação<br />

- Resíduos domésticos<br />

- Construção Civil<br />

- Ma<strong>de</strong>ira<br />

- Aço<br />

- Concreto<br />

- Mecânica<br />

- Elétrica<br />

- Outros Resíduos<br />

2<br />

12<br />

2.3.8. Estimativa <strong>de</strong> mão‐<strong>de</strong>‐obra durante a<br />

fase <strong>de</strong> implantação<br />

A construção do <strong>Projeto</strong> terá fases distintas<br />

em função das necessida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> engenharia,<br />

ocorrendo uma <strong>de</strong>manda gradativa dos<br />

colaboradores <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a mobilização do <strong>Projeto</strong><br />

como um todo, até a <strong>de</strong>smobilização <strong>de</strong> mão<br />

<strong>de</strong> obra executiva. Serão envolvidos em torno<br />

<strong>de</strong> 1.000 colaboradores <strong>de</strong> diversas empresas<br />

especializadas contratadas para implantação<br />

do <strong>Projeto</strong>.<br />

2.3.9. Valor do investimento para implantação<br />

do empreendimento<br />

O valor do investimento para implantação do<br />

empreendimento da VOTORANTIM CIMENTOS<br />

BRASIL LTDA. no município <strong>de</strong> <strong>Primavera</strong><br />

1<br />

1<br />

1


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13<br />

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_________________________________________________________________________________________________________________<br />

consiste em R$ 390.000.000,00 (trezentos e<br />

noventa milhões <strong>de</strong> reais).<br />

2.3.10. Etapa <strong>de</strong> operação<br />

Na fase <strong>de</strong> operação do projeto, a<br />

VOTORANTIN CIMENTOS BRASIL LTDA<br />

<strong>de</strong>senvolverá as ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> lavra,<br />

disposição <strong>de</strong> estéreis, britagem do minério,<br />

transporte do minério até o armazenamento<br />

da fábrica, moagem da matéria‐prima,<br />

fabricação <strong>de</strong> clinquer, moagem <strong>de</strong> cimento e<br />

expedição.<br />

2.3.11. Operação <strong>de</strong> Lavra do Calcário<br />

As operações <strong>de</strong> lavra são consi<strong>de</strong>radas a<br />

partir da preparação da área a ser lavrada até<br />

a entrega do produto britado e pré‐<br />

homogeneizado na fabrica.<br />

2.3.12. Decapeamento da jazida e estimativa<br />

<strong>de</strong> volume<br />

A jazida é sedimentar horizontalizada, on<strong>de</strong> se<br />

tem uma camada <strong>de</strong> estéril arenoso/ argiloso<br />

<strong>de</strong> aproximadamente <strong>de</strong> 6 metros <strong>de</strong><br />

espessura. Abaixo <strong>de</strong>ste estéril tem‐se a<br />

camada <strong>de</strong> calcário. Logo para se ter acesso ao<br />

calcário, sempre será preciso a retirada <strong>de</strong>sta<br />

camada <strong>de</strong> estéril <strong>de</strong> cobertura.<br />

O <strong>de</strong>capeamento da jazida será feito <strong>de</strong> forma<br />

gradual, sendo retirada a quantida<strong>de</strong> do<br />

estéril <strong>de</strong> cobertura a medida que seja<br />

possível a operacionalização da mina e<br />

abastecimento da fábrica.<br />

Consi<strong>de</strong>rando uma espessura média <strong>de</strong> estéril<br />

<strong>de</strong> 6 metros, temos um volume total estimado<br />

<strong>de</strong> estéril <strong>de</strong> 22.116.652 m³ “in situ”.<br />

A totalida<strong>de</strong> do material estéril será<br />

<strong>de</strong>positada novamente <strong>de</strong>ntro das cavas,<br />

sendo feito um enchimento parcial das cavas<br />

que já foram explotadas.<br />

2.3.13. Processo <strong>de</strong> Lavra<br />

A lavra se dará a céu aberto, <strong>de</strong>nominada <strong>de</strong><br />

“open pit”.<br />

A lavra se dará em 3 cavas totalizando uma<br />

área <strong>de</strong> 168 há, on<strong>de</strong> estarão fisicamente<br />

separadas. A causa <strong>de</strong>stas separações é a<br />

preservação das principais drenagens da<br />

região (rio Tabocal e seus afluentes) e por<br />

uma estrada (estrada do Jaboroca).<br />

A primeira fase será o <strong>de</strong>capeamento da jazida<br />

até que seja encontrada a camada <strong>de</strong> minério<br />

(calcário). Não será usado explosivo <strong>de</strong>vido a<br />

baixa dureza do material e por se apresentar<br />

como um <strong>de</strong>pósito sedimentar.<br />

Este <strong>de</strong>capeamento será feito por máquina<br />

retroescava<strong>de</strong>ira e por caminhões rodoviários<br />

convencionais.<br />

A segunda fase será a escavação do calcário.<br />

Da mesma forma não será usado explosivos<br />

<strong>de</strong>vido a friabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong>ste material.<br />

O calcário será escavado por retroescava<strong>de</strong>ira<br />

e posteriormente carregado em caminhões<br />

rodoviários convencionais.<br />

Os caminhões farão o transporte do minério<br />

para a instalação da britagem, que estará<br />

localizada próxima a saída da mina ou na<br />

unida<strong>de</strong> disponível mais próxima.<br />

A britagem será em circuito fechado, on<strong>de</strong><br />

haverá um controle físico da sua<br />

granulometria antes <strong>de</strong> ser enviado para a<br />

fábrica.<br />

Esta redução granulométrica se dará em uma<br />

sequência <strong>de</strong> britadores e a classificação em<br />

peneiras.<br />

O produto final da britagem será armazenado<br />

em pilhas <strong>de</strong> estocagem que abastecerão <strong>de</strong><br />

forma dosada uma correia transportadora.<br />

Esta correia transportadora fará o transporte<br />

do minério para a fábrica <strong>de</strong> forma contínua e<br />

evitando o tráfego <strong>de</strong> caminhões.<br />

2.3.14. Estocagem <strong>de</strong> minério<br />

Haverá um estoque regulador <strong>de</strong> pequeno<br />

porte na britagem para abastecimento da<br />

correia transportadora.<br />

Uma estocagem <strong>de</strong> médio porte na fábrica,<br />

sendo as pilhas <strong>de</strong> pré‐homogeneização, com<br />

o objetivo <strong>de</strong> homogeneização da matéria<br />

prima e <strong>de</strong> estoque regulador para o<br />

abastecimento da fábrica.<br />

2.3.15. <strong>Projeto</strong> <strong>de</strong> Lavra<br />

O <strong>de</strong>senvolvimento da lavra prevê a<br />

explotação em três áreas. Os parâmetros <strong>de</strong><br />

lavra, <strong>de</strong>finidos pelo projeto básico são:<br />

Ângulo <strong>de</strong> face das bancadas em rocha:<br />

60º;


<strong>RIMA</strong> <strong>–</strong> <strong>Projeto</strong> <strong>Primavera</strong> / Pará <strong>–</strong> Votorantim<br />

14<br />

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_________________________________________________________________________________________________________________<br />

Ângulo <strong>de</strong> face das bancadas em solo: 45º;<br />

Largura das bermas: 10 metros;<br />

Altura das bancadas: 10 metros;<br />

Largura das rampas: 10 metros;<br />

Inclinação máxima das rampas: 10%.<br />

2.3.16. Equipamentos utilizados na lavra do<br />

minério<br />

Os equipamentos a serem utilizados na<br />

operação da lavra da mina serão retro‐<br />

escava<strong>de</strong>iras, caminhões rodoviários<br />

convencionais, patrol, trator <strong>de</strong> esteiras,<br />

caminhão Pipa, pá carrega<strong>de</strong>ira.<br />

2.3.17. Descrição dos combustíveis a serem<br />

utilizados<br />

Para os trabalhos <strong>de</strong> mineração, o combustível<br />

a ser usado nos veículos e equipamentos<br />

pesados será o óleo diesel e para os veículos<br />

leves (automóveis <strong>de</strong> apoio) há as opções <strong>de</strong><br />

veículos multi‐flex à gasolina, álcool ou gás.<br />

O consumo estimado <strong>de</strong> diesel, para as<br />

produções projetadas <strong>de</strong> minério bruto e<br />

estéril será da or<strong>de</strong>m <strong>de</strong> 0,55 litros por<br />

tonelada <strong>de</strong> minério bruto produzido, já<br />

consi<strong>de</strong>rando a produção <strong>de</strong> estéril. Isso<br />

significa um consumo projetado da or<strong>de</strong>m <strong>de</strong><br />

1.500.000 litros anuais <strong>de</strong> diesel.<br />

2.3.18. Depósitos <strong>de</strong> estéril<br />

Para a primeira área <strong>de</strong> <strong>de</strong>capeamento, na<br />

Cava 1, o material será estocado na área<br />

<strong>de</strong>nominada <strong>de</strong>pósito D1, sendo que o volume<br />

total a ser <strong>de</strong>positada é <strong>de</strong> 18.176.000m³, que<br />

será utilizada posteriormente para a<br />

recuperação da área <strong>de</strong> lavra Cava 2.<br />

A <strong>de</strong>posição do estéril <strong>de</strong>verá ocorre<br />

concomitante com a lavra do calcário, o estéril<br />

removido da primeira cava “passo <strong>de</strong> lavra 1”<br />

será <strong>de</strong>posito em uma pilha <strong>de</strong> <strong>de</strong>posição <strong>de</strong><br />

estéril <strong>de</strong> caráter provisório. Para a segunda<br />

fase <strong>de</strong> lavra “passo <strong>de</strong> lavra 2”, o estéril<br />

retirado da cava será <strong>de</strong>positado na área<br />

lavrada na etapa anterior e assim por diante.<br />

2.3.19. Controle <strong>de</strong> Particulados<br />

O sistema <strong>de</strong> controle dos particulados tem<br />

início na fase <strong>de</strong> mineração, com a umectação<br />

das pistas <strong>de</strong> rodagem dos caminhões.<br />

Também há umectação do minério e do<br />

estéril, quando necessário, antes do<br />

carregamento para redução das poeiras<br />

fugitivas no ato do carregamento.<br />

Na britagem serão aspergidos as<br />

transferências <strong>de</strong> correias transportadoras,<br />

pontos <strong>de</strong> <strong>de</strong>scarga dos caminhões e a<br />

<strong>de</strong>scarga final da saída da britagem.<br />

Também serão construídos filtros <strong>de</strong> mangas<br />

nos principais equipamentos on<strong>de</strong> somente a<br />

aspersão não seja suficiente para a redução<br />

das emissões.<br />

2.3.20. Etapas da fabricação do cimento<br />

O processo <strong>de</strong> fabricação <strong>de</strong> cimento po<strong>de</strong> ser<br />

resumido em duas etapas:<br />

- 1º Etapa <strong>–</strong> Fabricação do Clínquer;<br />

- 2º Etapa <strong>–</strong> Fabricação dos Tipos <strong>de</strong><br />

Cimentos.<br />

2.3.21. Tratamento dos Gases<br />

Uma parcela dos gases do forno e do<br />

resfriador <strong>de</strong> clínquer é aproveitada como<br />

fonte <strong>de</strong> energia térmica nos processos <strong>de</strong><br />

moagem <strong>de</strong> cru e <strong>de</strong> moagem <strong>de</strong> coque <strong>de</strong><br />

petróleo/carvão.<br />

2.3.22. Co‐processamento <strong>de</strong> pneus<br />

Uma unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Co‐processamento po<strong>de</strong>rá<br />

ser implementada à medida que o mercado <strong>de</strong><br />

resíduos <strong>de</strong> pneus viabilize a coleta e entrega<br />

do mesmo na Unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>Primavera</strong>.<br />

Para que os mesmos sejam processados é<br />

necessário um volume mínimo no entorno <strong>de</strong><br />

500 kg por hora para viabilizar tecnicamente o<br />

processamento.<br />

Para alimentação dos fornos <strong>de</strong> cimentos a<br />

VOTORANTIM CIMENTOS BRASIL LTDA.<br />

necessitará <strong>de</strong> 300 t/dia (9000 t/mês) <strong>de</strong><br />

coque. Como forma <strong>de</strong> combustível<br />

alternativo é possível fazer o co‐<br />

processamento <strong>de</strong> pneus nos fornos.<br />

Porém o uso dos pneus como combustível é<br />

limitado ao máximo <strong>de</strong> 30%, tanto para as<br />

indústrias cimenteiras nacionais como<br />

internacionais, <strong>de</strong>vido à presença <strong>de</strong> metais<br />

pesados em sua composição, principalmente o<br />

zinco (RENÓ, 2007). Este tem o efeito abaixar<br />

a resistência inicial, mas garante alta


<strong>RIMA</strong> <strong>–</strong> <strong>Projeto</strong> <strong>Primavera</strong> / Pará <strong>–</strong> Votorantim<br />

15<br />

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resistência final do cimento (PIPILIKAKI et al.,<br />

2005; BHATTY, 1995, apud RENÓ, 2007)<br />

Devido a estes fatores a VOTORANTIM<br />

CIMENTOS irá substituir apenas 30% do coque<br />

total, ou seja, será utilizado 90 t/dia <strong>de</strong> pneus<br />

(2700 t/mês).<br />

Os pneus utilizados na produção <strong>de</strong> clínquer<br />

po<strong>de</strong>rão ser injetados <strong>de</strong> duas formas: inteiros<br />

ou picados após o seu beneficiamento.<br />

O beneficiamento <strong>de</strong>stes resíduos ocorrem na<br />

própria fábrica, on<strong>de</strong> são processados,<br />

cortados em pedaços menores, retiradas as<br />

partes metálicas, para realização da<br />

incorporação somente da parte pneumática.<br />

Nos fornos a parte orgânica será totalmente<br />

consumida, a parte inorgânica, como os<br />

metais serão capturados por filtros <strong>de</strong> alta<br />

eficiência e retornam ao processo on<strong>de</strong> são<br />

incorporados ao clínquer, sem alterar a<br />

qualida<strong>de</strong> do produto final.<br />

2.3.23. Insumos do processo produtivo<br />

- Água Industrial<br />

Será captada <strong>de</strong> poços e estocada em caixa<br />

d’água central elevada. Deste ponto a água<br />

será distribuída por gravida<strong>de</strong> aos pontos <strong>de</strong><br />

abastecimento. Toda a água industrial servida<br />

será recirculada, passando por uma torre <strong>de</strong><br />

resfriamento.<br />

O consumo médio <strong>de</strong> água no processo<br />

industrial é <strong>de</strong> 30 m³/h. Este volume se refere<br />

à água que será evaporada durante o<br />

processo, <strong>de</strong>vendo portando ser reposta ao<br />

sistema <strong>de</strong> recirculação que re‐circula 80<br />

m 3 /h.<br />

- Água <strong>de</strong> Consumo<br />

O Consumo estimado <strong>de</strong> água <strong>de</strong> uso<br />

doméstico é <strong>de</strong> 35 m³/dia. Este volume será<br />

suprido com captação em poços.<br />

- Resíduos Sólidos Industriais<br />

Gran<strong>de</strong> parte dos resíduos gerados<br />

internamente durante o processo <strong>de</strong><br />

fabricação <strong>de</strong> cimento serão co‐processados<br />

no forno <strong>de</strong> cimento, reutilizados quando<br />

cabível e parte encaminhado para reciclagem.<br />

2.3.24. Tratamento <strong>de</strong> efluentes <strong>de</strong> esgoto<br />

doméstico e laboratório<br />

O tratamento <strong>de</strong> esgoto doméstico e<br />

laboratório previsto para a fase <strong>de</strong> operação<br />

será efetuado através <strong>de</strong> Estação <strong>de</strong><br />

Tratamento <strong>de</strong> Efluentes.<br />

Serão utilizadas “ETE’s Compactas”,<br />

produzidas e montadas por fornecedor do<br />

mercado nacional (foto 2.3.24‐1).<br />

Foto 2.3.24‐1: Estação <strong>de</strong> tratamento similar<br />

As estações estão projetadas para aten<strong>de</strong>r aos<br />

padrões <strong>de</strong> lançamento <strong>de</strong> efluentes <strong>de</strong><br />

esgotos sanitários, laboratório e refeitório,<br />

conforme a legislação Fe<strong>de</strong>ral CONAMA 357 e<br />

a legislação estadual do Pará, Decreto<br />

Estadual nº 14250.<br />

Foram planejadas quatro Estações Compactas<br />

<strong>de</strong> atendimento para suprir as <strong>de</strong>mandas do<br />

empreendimento.<br />

O monitoramento das Estações Compactas no<br />

corpo receptor será ativida<strong>de</strong> rotineira e<br />

padronizada. As amostras serão enviadas a<br />

laboratório especializado.


<strong>RIMA</strong> <strong>–</strong> <strong>Projeto</strong> <strong>Primavera</strong> / Pará <strong>–</strong> Votorantim<br />

16<br />

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_________________________________________________________________________________________________________________<br />

3<br />

Este item apresenta a síntese das principais<br />

características ambientais levantadas no<br />

estudo ambiental realizado, contemplando os<br />

seguintes tópicos: ruído, clima e qualida<strong>de</strong> do<br />

ar, aspectos geológicos, geomorfológicos,<br />

pedológicos, geotécnico, recursos hídricos e<br />

qualida<strong>de</strong> da água.<br />

3.1 Áreas <strong>de</strong> Influência<br />

Área Diretamente Afetada <strong>–</strong> ADA<br />

Consiste no espaço estrito da implantação<br />

física do empreendimento, isto é, on<strong>de</strong> as<br />

alterações no ambiente serão intensas, seja<br />

pela substituição completa dos usos atuais,<br />

seja pela alteração das feições morfológicas,<br />

<strong>de</strong> vegetação e <strong>de</strong> outros fatores ambientais.<br />

Esta classe <strong>de</strong> área <strong>de</strong> influência se aplica para<br />

os meios físico e biótico e nem sempre se<br />

aplica para o meio socioeconômico.<br />

Área <strong>de</strong> Influência Direta <strong>–</strong> AID<br />

Compreen<strong>de</strong> o espaço on<strong>de</strong> as alterações nos<br />

fatores do meio ambiente resultam clara e<br />

diretamente dos processos e tarefas inerentes<br />

à implantação, operação e <strong>de</strong>sativação do<br />

empreendimento. Os limites <strong>de</strong>sta área irão<br />

variar <strong>de</strong> acordo com aspectos ambientais<br />

analisados, mas para maior facilida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

representação cartográfica, geralmente se<br />

<strong>de</strong>fine um perímetro para o meio físico, outro<br />

para o meio biótico e um terceiro para o<br />

socioeconômico.<br />

Área <strong>de</strong> Influência Indireta <strong>–</strong> AII<br />

Abrange o espaço on<strong>de</strong> se <strong>de</strong>senvolverão os<br />

impactos indiretos da instalação, operação e<br />

<strong>de</strong>sativação do empreendimento, sendo <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>finição mais precisa para o meio<br />

socioeconômico. Para os meios físico e<br />

biótico, especialmente para o primeiro, sua<br />

<strong>de</strong>limitação não é tão precisa e muitas vezes<br />

se restringe a uma abordagem do contexto<br />

regional ou da bacia hidrográfica, quando<br />

aplicável.<br />

CARACTERÍSTICAS DO MEIO FÍSICO<br />

Excluindo‐se a Área Diretamente Afetada, cuja<br />

<strong>de</strong>limitação é praticamente um mol<strong>de</strong> do<br />

arranjo geral do projeto do empreendimento,<br />

as <strong>de</strong>mais áreas <strong>–</strong> AID e AII <strong>–</strong> são <strong>de</strong>finidas<br />

segundo as características do meio físico,<br />

biótico e antrópico.<br />

3.1.1 Clima e Meteorologia<br />

A caracterização climática do Estado do Pará<br />

foi obtida através <strong>de</strong> bibliografias <strong>de</strong> autores<br />

conceituados, e séries históricas, obtidas em<br />

estações climatológicas presente nas áreas <strong>de</strong><br />

influência do empreendimento, como<br />

temperatura, evaporação, insolação, direção<br />

predominante, velocida<strong>de</strong> média dos ventos e<br />

regimes <strong>de</strong> chuvas, consi<strong>de</strong>rando a sua<br />

sazonalida<strong>de</strong>.<br />

Classificação Climática<br />

No Brasil ocorrem seis tipos <strong>de</strong> clima:<br />

Equatorial, Semi‐Árido, Tropical, Tropical <strong>de</strong><br />

Altitu<strong>de</strong>, Tropical Atlântico e Subtropical. De<br />

maneira geral o Pará está situado na Zona do<br />

Equador, possui clima equatorial,<br />

caracterizado por ser quente e úmido, com<br />

ventos constantes e altos índices<br />

pluviométricos.<br />

Uma das metodologias mais utilizadas para a<br />

classificação climática <strong>de</strong> uma região é a<br />

classificação <strong>de</strong> Köppen, pela metodologia, na<br />

<strong>de</strong>terminação dos tipos climáticos são<br />

consi<strong>de</strong>rados a sazonalida<strong>de</strong> e os valores<br />

médios anuais e mensais da temperatura do<br />

ar e da precipitação. Cada gran<strong>de</strong> tipo<br />

climático é representado por um código,<br />

constituído por letras maiúsculas e<br />

minúsculas, cuja combinação expressa os tipos<br />

e subtipos consi<strong>de</strong>rados.<br />

No caso da região <strong>de</strong> <strong>Primavera</strong>, o clima é<br />

classificado, <strong>de</strong> acordo com a classificação <strong>de</strong><br />

Köppen como Am, como po<strong>de</strong> ser visualizado<br />

na Figura 3.1.1‐1. A classificação Am, <strong>de</strong>nota<br />

um clima com temperaturas elevadas com<br />

altos índices pluviométricos e pequena<br />

estiagem na primavera.


<strong>RIMA</strong> <strong>–</strong> <strong>Projeto</strong> <strong>Primavera</strong> / Pará <strong>–</strong> Votorantim<br />

17<br />

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Fonte: SIPAM, 2009 (Adaptado).<br />

Os dados utilizados para caracterização do<br />

clima local são referentes aos da estação<br />

convencional, 82145 <strong>–</strong> Tracuateua‐PA,<br />

localizada na latitu<strong>de</strong> <strong>de</strong> 01° 04’ S e longitu<strong>de</strong><br />

46° 54’ W, e altitu<strong>de</strong> 36,00m, pertencente ao<br />

Instituto Nacional <strong>de</strong> Meteorologia <strong>–</strong> INMET.<br />

Observa‐se que essa estação é a mais próxima<br />

do empreendimento com dados<br />

climatológicos, distante cerca <strong>de</strong> 30 km <strong>de</strong><br />

<strong>Primavera</strong>/PA, a exceção são os dados <strong>de</strong><br />

pluviosida<strong>de</strong>, que foram utilizados os dados da<br />

ANA (Agência Nacional <strong>de</strong> Águas) da Estação<br />

<strong>Primavera</strong> localizada no município <strong>de</strong><br />

<strong>Primavera</strong>, operado pelo CPRM <strong>–</strong> Serviço<br />

Geológico do Brasil.<br />

Temperatura<br />

Como já <strong>de</strong>scrito acima, para a caracterização<br />

da temperatura local utilizou‐se os dados da<br />

estação mais próxima, Tracuateua/PA, no<br />

período <strong>de</strong> 01/01/2000 a 31/07/2010 a análise<br />

dos dados possibilitou chegar às médias<br />

anuais.<br />

Figura 3.1.1‐1: Classificação climática do Pará.<br />

A partir dos dados disponíveis e respectivas<br />

análises, conclui‐se que a região não registrou<br />

mudanças bruscas <strong>de</strong> temperatura nos<br />

últimos <strong>de</strong>z anos, oscilando entre 25,8º e<br />

27,3º. Nota‐se também que o período <strong>de</strong><br />

agosto a janeiro mantem‐se sempre acima dos<br />

26°, caracterizado como o período <strong>de</strong> calor<br />

mais intenso. Para o período observado<br />

verificou‐se que a temperatura média anual<br />

na região para o período foi <strong>de</strong> 26,3ºC. O<br />

fenômeno das altas temperaturas po<strong>de</strong> ser<br />

explicado pela localização geográfica da<br />

região, que por ser próxima ao Equador,<br />

aumenta a incidência <strong>de</strong> raios solares<br />

potencializando o aumento das temperaturas.<br />

Evaporação<br />

A evaporação também foi caracterizada<br />

através da estação <strong>de</strong> Tracuateua<strong>–</strong>PA, don<strong>de</strong><br />

se obteve os dados <strong>de</strong> evaporação no período<br />

<strong>de</strong> 01/01/2000 a 31/07/2010. Assim, po<strong>de</strong>‐se<br />

concluir que a evaporação na região é<br />

bastante alta, com média mensal <strong>de</strong> 90,8 mm,<br />

principalmente nos últimos meses do ano,


<strong>RIMA</strong> <strong>–</strong> <strong>Projeto</strong> <strong>Primavera</strong> / Pará <strong>–</strong> Votorantim<br />

18<br />

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aon<strong>de</strong> chega a 171,8 mm no mês <strong>de</strong><br />

novembro, fato que se po<strong>de</strong> correlacionar as<br />

altas temperaturas na região.<br />

Insolação<br />

Para o parâmetro Insolação, a estação <strong>de</strong><br />

Tracuateua‐Pa do INMET, apontou para o<br />

período <strong>de</strong> 01/01/2000 a 31/07/2010, os<br />

seguintes valores em horas, apresentados na<br />

tabela e figura abaixo:<br />

Observa‐se pelas informações obtidas na<br />

estação <strong>de</strong> Tracuateua‐Pa do INMET, para o<br />

período <strong>de</strong> 01/01/2000 a 31/07/2010 que, no<br />

segundo semestre, apresenta índices <strong>de</strong><br />

insolação maiores, acima <strong>de</strong> 200 horas<br />

mensais, enquanto que no primeiro semestre<br />

o mês <strong>de</strong> maior incidência solar é o <strong>de</strong> junho<br />

com pouco mais <strong>de</strong> 180 horas. Os meses <strong>de</strong><br />

agosto a novembro apresentaram insolação<br />

acima <strong>de</strong> 250 horas mensais, coincidindo com<br />

o período <strong>de</strong> temperaturas mais elevadas e <strong>de</strong><br />

maior evaporação.<br />

Direção Predominante e Velocida<strong>de</strong><br />

Média dos Ventos<br />

Os dados obtidos na Estação <strong>de</strong> Tracuateua‐<br />

Pa, obtidos no período <strong>de</strong> 01/01/2000 a<br />

31/07/2010, permitiu caracterizar o regime <strong>de</strong><br />

ventos atuantes na região bem como a<br />

direção dos mesmos.<br />

De acordo com os dados obtidos na estação,<br />

nota‐se que o período <strong>de</strong> maior intensida<strong>de</strong><br />

dos ventos é <strong>de</strong> agosto a <strong>de</strong>zembro, mesmo<br />

período que se observa as maiores<br />

temperaturas e baixos índices pluviométricos.<br />

De modo geral a região apresenta calmaria na<br />

maior parte do ano (Janeiro a Julho) com<br />

velocida<strong>de</strong>s médias abaixo <strong>de</strong> 1 m/s (3,6<br />

km/h), quando então, <strong>de</strong> julho a <strong>de</strong>zembro, a<br />

velocida<strong>de</strong> chega a 1,7 m/s, cerca <strong>de</strong> 6 km/h.<br />

Quanto à direção dos ventos, a figura 3‐2<br />

apresenta a rosa dos ventos para a média<br />

anual da região <strong>de</strong> <strong>Primavera</strong>, que apresenta<br />

as seguintes características para torre<br />

meteorológica <strong>de</strong> 15 metros <strong>de</strong> altura para<br />

período <strong>de</strong> 2.005 a 2.009: A velocida<strong>de</strong> média<br />

do período é <strong>de</strong> 3,06 m/s e direção<br />

predominante leste‐nor<strong>de</strong>ste (ENE) 31,7%.<br />

Figura 3.1.1‐2 apresenta a rosa dos ventos<br />

para a média anual da região <strong>de</strong> <strong>Primavera</strong><br />

Umida<strong>de</strong> Relativa do Ar<br />

Os dados relativos a Umida<strong>de</strong> relativa do Ar,<br />

também foram colhidos na estação do INMET<br />

em Tracuateua‐PA, no período <strong>de</strong> 01/01/2000<br />

a 31/07/2010.<br />

De acordo com os dados, nota‐se que a região<br />

apresenta um valor alto <strong>de</strong> umida<strong>de</strong> relativa<br />

do ar, com média anual <strong>de</strong> 83,4%. Fato este<br />

que também se relaciona com as altas<br />

temperaturas na região, já que quanto mais<br />

quente é o ar, mais vapor <strong>de</strong> água ele<br />

consegue reter. O clima equatorial e a<br />

proximida<strong>de</strong> da floresta amazônica, também<br />

influenciam a umida<strong>de</strong> da região, já que a<br />

floresta carrega bastante umida<strong>de</strong>.<br />

Regimes <strong>de</strong> Chuvas<br />

Para caracterização do regime <strong>de</strong> chuvas, ao<br />

contrário dos outros parâmetros que foram<br />

utilizados dados da estação <strong>de</strong> Tracuateua‐Pa,<br />

foram utilizados dados da estação<br />

pluviométrica da ANA <strong>–</strong> Agência Nacional <strong>de</strong><br />

Águas, no próprio município <strong>de</strong> <strong>Primavera</strong>. O<br />

código <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntificação na ANA <strong>de</strong>sta Estação<br />

é 47004, está localizada na Latitu<strong>de</strong> ‐0:55:46 e<br />

Longitu<strong>de</strong> ‐47:5:58 e é operada pelo CPRM <strong>–</strong><br />

Serviço Geológico do Brasil.<br />

Os dados da estação, o período <strong>de</strong> observação<br />

foi <strong>de</strong> 27 anos, <strong>de</strong> Janeiro <strong>de</strong> 1983 a Dezembro<br />

<strong>de</strong> 2009. Observam‐se, para o período, altos<br />

índices <strong>de</strong> pluviosida<strong>de</strong> anual, com média <strong>de</strong><br />

2755,7 mm/ano.


<strong>RIMA</strong> <strong>–</strong> <strong>Projeto</strong> <strong>Primavera</strong> / Pará <strong>–</strong> Votorantim<br />

19<br />

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Foi possível verificar a presença <strong>de</strong> duas<br />

estações bem <strong>de</strong>finidas quanto ao regime<br />

pluviométrico, uma chuvosa que vai <strong>de</strong><br />

Dezembro a Agosto, atingindo o ápice em<br />

Março com índices pluviométricos mensal <strong>de</strong><br />

566,8 mm e outra <strong>de</strong> seca, <strong>de</strong> Outubro a<br />

Novembro, com média <strong>de</strong> 6,8 mm em<br />

Novembro.<br />

Quanto à freqüência <strong>de</strong> chuvas observadas na<br />

estação verificou‐se que em média chove<br />

aproximadamente 193 dias no ano. Sendo<br />

que, a máxima precipitação observada foi em<br />

março <strong>de</strong> 2009, quando houve um episódio <strong>de</strong><br />

chuva <strong>de</strong> 116,3 mm no dia.<br />

De maneira geral, é possível concluir que o<br />

município <strong>de</strong> <strong>Primavera</strong> apresenta regime <strong>de</strong><br />

chuvas constante, chovendo na maioria dos<br />

dias do ano. Porém, não são bem distribuídas<br />

ocorrendo um período <strong>de</strong> seca entre os meses<br />

<strong>de</strong> Setembro e Novembro.<br />

3.1.2 Qualida<strong>de</strong> do Ar<br />

Introdução<br />

Foi realizada campanha <strong>de</strong> monitoramento do<br />

ar ambiente visando avaliar a qualida<strong>de</strong> do ar<br />

na área <strong>de</strong> empreendimento do Grupo<br />

Votorantim e área urbana da cida<strong>de</strong> próxima,<br />

ambos em <strong>Primavera</strong> <strong>–</strong> PA. A campanha teve<br />

duração <strong>de</strong> 3 períodos <strong>de</strong> 24 horas em cada<br />

um dos dois pontos. Os pontos das coletas<br />

foram selecionados para obe<strong>de</strong>cer ao critério<br />

<strong>de</strong> representativida<strong>de</strong> da área enfocada no<br />

EIA/<strong>RIMA</strong>. As coletas estiveram<br />

compreendidas entre 11 e 18/08/2010. Os<br />

poluentes enfocados foram: Partículas Totais<br />

em Suspensão ‐ PTS, Dióxido <strong>de</strong> Enxofre SO2 e<br />

Dióxido <strong>de</strong> Nitrogênio NO2.<br />

Os padrões ambientais empregados neste<br />

estudo estão <strong>de</strong>finidos na Resolução CONAMA<br />

03/1990 para PTS, SO2, e NO2.<br />

Consi<strong>de</strong>rações sobre os Poluentes Amostrados<br />

PTS ‐ Partículas Totais em Suspensão<br />

O PTS é <strong>de</strong>finido como sendo as partículas<br />

com diâmetro aerodinâmico equivalente<br />

inferior a 50 μm. Aerossóis sólidos <strong>de</strong><br />

diâmetro maior ou igual a 50 μm são<br />

categorizados como fuligem. Esta <strong>de</strong>finição é<br />

coerente com o fato <strong>de</strong> aerossóis sólidos com<br />

diâmetro aerodinâmico superior a 50 μm, não<br />

terem capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> permanecer em<br />

suspensão, sendo atraídos ao solo pela ação<br />

da gravida<strong>de</strong>.<br />

Óxidos <strong>de</strong> enxofre ‐ SOx<br />

Os óxidos <strong>de</strong> enxofre <strong>–</strong> SOx, são compostos<br />

em que o átomo <strong>de</strong> enxofre (S) se associa a<br />

diversos átomos <strong>de</strong> oxigênio (O). Este<br />

conjunto <strong>de</strong> gases sulfurosos costuma ser<br />

expresso na forma <strong>de</strong> SO2. O trigás captura o<br />

SOx que é expresso na forma <strong>de</strong> SO2, ou seja,<br />

assume‐se que a totalida<strong>de</strong> dos SOx são SO2.<br />

Esta hipótese conservadora permite a<br />

comparação das concentrações <strong>de</strong> SOx ao<br />

padrão ambiental.<br />

Óxidos <strong>de</strong> nitrogênio ‐ NOx<br />

Os NOx são gases poluentes capazes <strong>de</strong> causar<br />

danos a saú<strong>de</strong> e ao meio ambiente. Além<br />

disto, o NO2 atua como precursor para a<br />

formação do O3 troposférico, que é o poluente<br />

que apresenta o maior número <strong>de</strong><br />

ultrapassagens <strong>de</strong> padrão na RMSP, assim<br />

como em outros centros urbanos.<br />

Analogamente aos SOx, os óxidos <strong>de</strong><br />

nitrogênio <strong>–</strong> NOx, são compostos em que o<br />

átomo <strong>de</strong> nitrogênio (N) se associa a diversos<br />

átomos <strong>de</strong> oxigênio (O), geralmente na<br />

presença <strong>de</strong> calor. Este conjunto gasoso<br />

costuma ser expresso na forma <strong>de</strong> NO2. O<br />

trigás captura o NOx que é expresso na forma<br />

<strong>de</strong> NO2, ou seja, assume‐se que a totalida<strong>de</strong><br />

dos NOx são NO2. Embora esta hipótese seja<br />

interessante por permitir a comparação das<br />

concentrações <strong>de</strong> NOx ao padrão ambiental,<br />

ela é conservadora porque, enquanto do NO2<br />

atua como precursor do O3, o NO não<br />

<strong>de</strong>sempenha este papel.<br />

Os laudos analíticos <strong>de</strong> SO2 mostram que<br />

todos os resultados apresentam massas<br />

bastante baixas, sendo inferiores ao limite <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>tecção do método (Norma NBR ABNT<br />

12.979), qual seja; 4 µg/m 3 . Entre os laudos<br />

analíticos que tiveram valores mais altos as<br />

concentrações médias diárias <strong>de</strong> SO2<br />

resultantes aten<strong>de</strong>ram a padrão primário<br />

CONAMA 03/1990 aplicável.<br />

Analogamente ao caso do SO2, todos os laudos<br />

analíticos <strong>de</strong> NO2 estiveram todos abaixo do<br />

limite <strong>de</strong> <strong>de</strong>tecção do método. Portanto,<br />

todas as concentrações <strong>de</strong> NO2 estiveram


<strong>RIMA</strong> <strong>–</strong> <strong>Projeto</strong> <strong>Primavera</strong> / Pará <strong>–</strong> Votorantim<br />

20<br />

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muito baixas, sendo inferiores ao limite <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>tecção, conforme Norma EPA EQN 1277<br />

26/1977; qual seja; 11 µg/m 3 . Neste caso, as<br />

concentrações médias horárias <strong>de</strong> NO2<br />

resultantes aten<strong>de</strong>m ao padrão primário<br />

CONAMA 03/1990 aplicável.<br />

As concentrações <strong>de</strong> PTS estiveram<br />

relativamente baixas, da or<strong>de</strong>m <strong>de</strong> 10% do<br />

padrão CONAMA aplicável.<br />

Quanto à qualida<strong>de</strong> do ar, foi <strong>de</strong>monstrado<br />

que as concentrações <strong>de</strong> PTS, SO2, e <strong>de</strong> NO2<br />

estão em ampla conformida<strong>de</strong> aos respectivos<br />

padrões primários CONAMA aplicáveis.<br />

Este resultado, associado a fato <strong>de</strong> <strong>Primavera</strong><br />

localizar‐se em área com baixo potencial para<br />

o acúmulo <strong>de</strong> poluentes atmosféricos, permite<br />

que se conclua que a área é favorável para a<br />

instalação <strong>de</strong> empreendimentos com<br />

potencial poluidor atmosférico.<br />

Em relação à dispersão <strong>de</strong> poluentes<br />

atmosféricos, os resultados das simulações<br />

apresentaram contribuições <strong>de</strong> concentrações<br />

máximas <strong>de</strong> partículas totais em suspensão<br />

(PTS), partículas inaláveis (PI), dióxido <strong>de</strong><br />

enxofre (SO2), monóxido <strong>de</strong> carbono (CO) e<br />

dióxido <strong>de</strong> nitrogênio (NO2) nas áreas urbanas<br />

da área <strong>de</strong> influência do empreendimento<br />

valores relativamente menores que os<br />

padrões primários <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> do ar da<br />

Resolução CONAMA 03/90.<br />

As emissões residuais <strong>de</strong> material particulado<br />

e óxidos <strong>de</strong> nitrogênio emitidas pelas<br />

chaminés do forno <strong>de</strong> clinquer, e material<br />

particulado dos moinhos <strong>de</strong> cimento e<br />

ensaca<strong>de</strong>iras aten<strong>de</strong>m aos limites <strong>de</strong> emissões<br />

constantes no Anexo XI da Resolução<br />

CONAMA 382/06 que estabelece os limites<br />

máximos <strong>de</strong> emissão <strong>de</strong> poluentes<br />

atmosféricos para fontes fixas.<br />

As operações das unida<strong>de</strong>s industriais com as<br />

emissões residuais dos fornos <strong>de</strong> clinquer<br />

coprocessando pneus apresentam viabilida<strong>de</strong><br />

ambiental em termos <strong>de</strong> emissões e<br />

contribuições <strong>de</strong> poluentes na qualida<strong>de</strong> do<br />

ar. As emissões <strong>de</strong> poluentes atmosféricos do<br />

forno <strong>de</strong> clinquer aten<strong>de</strong>m os limites<br />

estabelecidos nas Resoluções CONAMA<br />

264/00, 316/02 e 382/06.<br />

3.1.3 Ruído<br />

As ondas sonoras se propagam em uma forma<br />

esférica ou cilíndrica, a partir <strong>de</strong> uma fonte<br />

pontual, por exemplo, uma máquina ruidosa,<br />

ou a partir <strong>de</strong> uma fonte linear, por exemplo,<br />

uma via <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> volume <strong>de</strong> tráfego. Esta<br />

situação po<strong>de</strong> ser alterada pela presença <strong>de</strong><br />

obstáculos na trajetória <strong>de</strong> propagação ou<br />

pela não uniformida<strong>de</strong> do meio em campo<br />

aberto.<br />

Para o diagnóstico do parâmetro ruído as<br />

medições <strong>de</strong> nível <strong>de</strong> pressão sonora foram<br />

realizadas pela medição em pontos<br />

selecionados <strong>de</strong> maneira que pu<strong>de</strong>sse<br />

caracterizar a AII e AID.<br />

Como critério <strong>de</strong> avaliação a NBR 10151<br />

(2000) “Avaliação <strong>de</strong> Ruído em Área Habitadas<br />

Visando o Conforto da Comunida<strong>de</strong>”, que é<br />

dada como referencia em casos <strong>de</strong> ruído<br />

ambiental pela Resolução CONAMA n 0 01 <strong>de</strong><br />

08 <strong>de</strong> Março <strong>de</strong> 1990.<br />

Na etapa <strong>de</strong> Diagnóstico <strong>Ambiental</strong> foram<br />

executadas medidas do nível <strong>de</strong> pressão<br />

sonora em alguns pontos pré‐selecionados <strong>de</strong><br />

forma que pu<strong>de</strong>sse caracterizar o parâmetro<br />

ruído na AID e AII <strong>de</strong> visando obter o nível <strong>de</strong><br />

pressão sonora existente antes da instalação<br />

do empreendimento. Os resultados obtidos<br />

indicam que apenas em locais próximos as<br />

rodovias o nível <strong>de</strong> ruído é elevado.<br />

Fontes <strong>de</strong> Ruído<br />

Consi<strong>de</strong>ra‐se que o nível <strong>de</strong> pressão sonora<br />

equivalente gerado por cada equipamento<br />

individualmente é <strong>de</strong> 85 dB(A) medidos a<br />

cerca <strong>de</strong> 5 metros <strong>de</strong> distância. O nível <strong>de</strong><br />

pressão sonora permitido para uma área com<br />

ocupação industrial é <strong>de</strong> 70 dB(A) no período<br />

diurno e 60 dB(A) no noturno <strong>de</strong> acordo com a<br />

NBR 10151 (2000).<br />

Consi<strong>de</strong>ra‐se, como nível <strong>de</strong> pressão sonora<br />

médio no interior da gleba, o LAeq <strong>de</strong> 74 dB(A).<br />

O <strong>de</strong>caimento das fontes sonoras envolvidas<br />

com a implantação e operação <strong>de</strong><br />

empreendimento po<strong>de</strong> ser calculado <strong>de</strong>vido<br />

ao aumento da distância, absorção do ar e<br />

efeito vegetação e/ou solo.<br />

A absorção da energia sonora irradiada<br />

através do fluido <strong>de</strong> propagação, neste caso o<br />

ar, se <strong>de</strong>ve ao fato do mesmo ser um meio


<strong>RIMA</strong> <strong>–</strong> <strong>Projeto</strong> <strong>Primavera</strong> / Pará <strong>–</strong> Votorantim<br />

21<br />

_________________________________________________________________________________________________________________<br />

_________________________________________________________________________________________________________________<br />

perfeitamente elástico, e durante suas<br />

sucessivas compressões e rarefações, ocorrem<br />

processos internos resultando das<br />

combinações dos efeitos <strong>de</strong> viscosida<strong>de</strong> e <strong>de</strong><br />

condução do calor durante o ciclo <strong>de</strong> pressão<br />

da onda acústica. Ocorre também a relaxação<br />

e dissipação <strong>de</strong> energia durante o processo <strong>de</strong><br />

vibratório das moléculas <strong>de</strong> oxigênio, que é<br />

<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte da umida<strong>de</strong>, temperatura e<br />

pressão. A norma ISO 9613‐2 (2001) indica<br />

que para a freqüência <strong>de</strong> 1000 Hz, <strong>de</strong> 20C e a<br />

umida<strong>de</strong> relativa <strong>de</strong> 70% a atenuação é <strong>de</strong><br />

cerca <strong>de</strong> 0,005 dB/m.<br />

Zonas <strong>de</strong> <strong>de</strong>nsa folhagem produzem uma<br />

atenuação na pressão sonora, geralmente<br />

mais perceptível nas altas freqüências.<br />

Folhagens <strong>de</strong>nsas po<strong>de</strong>m ter atenuação <strong>de</strong> até<br />

8dB/100m, para arvores duras 15dB/100m e<br />

plantações <strong>de</strong> pinhos 20dB/100m, nas faixas<br />

<strong>de</strong> 1000Hz. Para tal é necessário que haja<br />

grupos <strong>de</strong> vegetação <strong>de</strong> pelo menos 50<br />

metros <strong>de</strong> largura. Consi<strong>de</strong>ra‐se um grupo <strong>de</strong><br />

vegetação quando não se consegue contato<br />

visual além <strong>de</strong> 2 metros. Como na região há<br />

uma alternância na condição da vegetação<br />

será consi<strong>de</strong>rado a existência <strong>de</strong> um único<br />

grupo <strong>de</strong> 50 metros <strong>de</strong> largura <strong>de</strong> árvores <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>nsa folhagem com uma atenuação <strong>de</strong> 4<br />

dB(A) e a energia absorvida pela vegetação<br />

rasteira <strong>de</strong>vido ao efeito solo.<br />

Fazendo‐se uso da metodologia existente é<br />

possível estimar o <strong>de</strong>caimento <strong>de</strong>vido aos<br />

principais atenuadores <strong>de</strong> ruído conforme é<br />

apresentado na abaixo. Consi<strong>de</strong>ra‐se LAeq <strong>de</strong><br />

74 dB(A) a 25 metros <strong>de</strong> distância dos<br />

equipamentos em operação.<br />

Tabela: 3.1.3‐1 Pressão Sonora gerada pelos<br />

equipamentos <strong>de</strong>vido o aumento da<br />

distância, absorção sonora do ar e absorção<br />

sonora pela vegetação.<br />

Dist<br />

(m)<br />

Nível At.<br />

Dist.<br />

Abs.<br />

do Ar<br />

Efeit<br />

o<br />

solo<br />

dB(A<br />

)<br />

At<br />

Veg<br />

NPS<br />

Prev.<br />

dB(A dB(A) dB(A dB(A dB(A<br />

)<br />

)<br />

) )<br />

25 74 0 0 0 0 74<br />

50 6,0 0,3 0,9 0 67<br />

100 12,0 0,5 3,8 4 54<br />

200 18,1 1,0 4,4 0 51<br />

400 24,1 2,0 4,6 0 43<br />

800 30,1 4,0 4,7 0 35<br />

Na tabela Nível é o nível <strong>de</strong> pressão sonora na<br />

dada distância; At. Dist. é o <strong>de</strong>caimento do<br />

nível <strong>de</strong> pressão sonora <strong>de</strong>vido o aumento da<br />

distância; Abs. do Ar é o <strong>de</strong>caimento <strong>de</strong>vido a<br />

absorção do ar, Efeito Solo é o <strong>de</strong>caimento<br />

<strong>de</strong>vido ao efeito da vegetação consi<strong>de</strong>rando<br />

formações rasteiras que absorvem as ondas<br />

sonoras dificultando sua propagação At Veg é<br />

o <strong>de</strong>caimento consi<strong>de</strong>rado pelo um grupo<br />

único <strong>de</strong> 50 metros <strong>de</strong> largura <strong>de</strong> vegetação<br />

<strong>de</strong> folhagem <strong>de</strong>nsa; NPS Prev é o nível <strong>de</strong><br />

pressão sonora previsto.<br />

Po<strong>de</strong>‐se observar nos resultados da Tabela<br />

que a distâncias inferiores a 500 m das cavas<br />

<strong>de</strong> mineração há um <strong>de</strong>caimento do nível <strong>de</strong><br />

ruído para valores inferiores a 45 dB(A) sendo<br />

este o NCA sugerido pela NBR 10151 (2000)<br />

para zona rural em horário diurno. O NCA das<br />

<strong>de</strong>mais áreas analisadas são superiores a este.<br />

Desta maneira po<strong>de</strong>‐se avaliar que a natureza<br />

do impacto é negativa já que o ruído gerado<br />

pela ativida<strong>de</strong> <strong>de</strong> mineração tem o potencial<br />

<strong>de</strong> incômodo à população lin<strong>de</strong>ira, mas <strong>de</strong>cai<br />

para níveis aceitáveis antes que haja núcleos<br />

resi<strong>de</strong>nciais na AID, sendo consi<strong>de</strong>rada <strong>de</strong><br />

abrangência local. A ocorrência é normal já<br />

que é inerente a operação dos equipamentos,<br />

reversível, pois basta <strong>de</strong>sligar os mesmos que<br />

a geração <strong>de</strong> ruído finda e <strong>de</strong> ocorrência<br />

imediata.<br />

3.1.4 Vibração<br />

Na AII não existem fontes significativas <strong>de</strong><br />

vibração, a não ser o gerado pela passagem <strong>de</strong><br />

veículos, principalmente <strong>de</strong> caminhões na<br />

rodovia PA 446, sendo mais sensível nos locais<br />

on<strong>de</strong> o pavimento está danificado. Mesmo<br />

assim as velocida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> <strong>de</strong>slocamento na sua<br />

maioria foram imperceptíveis ao aparelho <strong>de</strong><br />

medição. O local que apresentou maior valor<br />

foi o ponto <strong>de</strong> medição 3 que está a cerca <strong>de</strong> 5<br />

metros da PA 446, on<strong>de</strong> a mesma apresenta<br />

muitos buracos, sendo esta uma condição<br />

agravante. Assim po<strong>de</strong>‐se concluir que o<br />

parâmetro vibração praticamente inexiste na<br />

AII não sendo causa <strong>de</strong> incômodo a população<br />

lin<strong>de</strong>ira.<br />

Na AID a única fonte <strong>de</strong> vibração que po<strong>de</strong> ser<br />

consi<strong>de</strong>rada é a gerada pelo tráfego da PA 446<br />

agravado pelo pavimento esburacado da via.<br />

Este fato gerou o resultado da medida no


<strong>RIMA</strong> <strong>–</strong> <strong>Projeto</strong> <strong>Primavera</strong> / Pará <strong>–</strong> Votorantim<br />

22<br />

_________________________________________________________________________________________________________________<br />

_________________________________________________________________________________________________________________<br />

ponto <strong>de</strong> medição <strong>de</strong> PPV igual a 9, 0,25<br />

mm/s, que aten<strong>de</strong> aos critérios estruturais da<br />

DIN 4150‐3 (1990) sendo limítrofe ao <strong>de</strong><br />

incomodida<strong>de</strong> da ISO 2631‐2 (1997) no<br />

período noturno, e aten<strong>de</strong> ao critério diurno.<br />

Deve‐se ressaltar que este <strong>de</strong>slocamento é<br />

gerado pela passagem <strong>de</strong> veículos pesados <strong>de</strong><br />

forma lenta <strong>de</strong>vido a via ser esburacada,<br />

causando incomodo por um curto período, <strong>de</strong><br />

poucos segundos.<br />

3.1.5 Geologia<br />

As áreas <strong>de</strong> influência <strong>de</strong>finidas para o<br />

parâmetro Geologia são as mesmas dos<br />

parâmetros Geomorfologia; Pedologia;<br />

Geodinâmica; e Recursos hídricos.<br />

Estes parâmetros serão caracterizados<br />

obe<strong>de</strong>cendo as <strong>de</strong>limitações das três áreas <strong>de</strong><br />

influência <strong>de</strong>finidas consi<strong>de</strong>rando‐se a<br />

implantação do empreendimento mineiro<br />

<strong>de</strong>nominado<br />

Votorantim.<br />

<strong>Projeto</strong> <strong>Primavera</strong>/PA <strong>–</strong><br />

Cabe <strong>de</strong>stacar, porém, que para os<br />

parâmetros do meio físico apresentados neste<br />

relatório <strong>–</strong> Geologia, Geomorfologia,<br />

Pedologia e Geodinâmica, a <strong>de</strong>limitação das<br />

áreas <strong>de</strong> influência a partir das bacias<br />

hidrográficas <strong>de</strong>ve ser realizada utilizando‐se<br />

<strong>de</strong> outro critério que se sobrepõe à<br />

<strong>de</strong>limitação da bacia como um todo, trata‐se<br />

dos mecanismos <strong>de</strong> transporte do material a<br />

sofrer alterações a partir da intervenção.<br />

Assim, consi<strong>de</strong>rando‐se que em termos <strong>de</strong><br />

Geologia, Geomorfologia, Pedologia e<br />

Geodinâmica os eventuais impactos causados<br />

pelo empreendimento correspon<strong>de</strong>m à<br />

remoção <strong>de</strong> material terroso/rochoso;<br />

incremento <strong>de</strong> material <strong>de</strong>sagregado para<br />

transporte até os cursos d´água e através dos<br />

mesmos; incremento na taxa <strong>de</strong> <strong>de</strong>posição <strong>de</strong><br />

sedimentos recentes nos fundos <strong>de</strong> vales <strong>de</strong><br />

drenagem e, possível alteração no relevo com<br />

base na taxa <strong>de</strong> <strong>de</strong>posição nos fundos <strong>de</strong> vale,<br />

torna‐se evi<strong>de</strong>nte que não ocorrem impactos<br />

à montante do ponto <strong>de</strong> intervenção, haja<br />

vista que não ocorre transporte <strong>de</strong> material<br />

<strong>de</strong>sagregado para porções mais elevadas, com<br />

exceção das partículas suspensas pelo ar,<br />

porém, os volumes envolvidos seriam<br />

insuficientes, consi<strong>de</strong>rando‐se o regime <strong>de</strong><br />

ventos na região, para a formação <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>pósitos em terrenos mais altos, alterando<br />

assim sua composição litológica e/ou seu<br />

relevo.<br />

AII <strong>–</strong> Área <strong>de</strong> Influência Indireta<br />

Com base nas características das ativida<strong>de</strong>s<br />

minerária e nas dimensões da área a ser<br />

lavrada, bem como aquela a receber as<br />

construções da planta <strong>de</strong> beneficiamento do<br />

minério e unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> apoio como áreas <strong>de</strong><br />

estocagem <strong>de</strong> minério, estéril e rejeito, entre<br />

outras, foi <strong>de</strong>finida como área <strong>de</strong> influência<br />

indireta a bacia do rio <strong>Primavera</strong>,<br />

especialmente a jusante <strong>de</strong> seu ponto <strong>de</strong><br />

contato com os eventuais fluxos oriundos do<br />

empreendimento.<br />

AID <strong>–</strong> Área <strong>de</strong> Influência Direta<br />

Foi <strong>de</strong>finido como AID a área localizada a<br />

jusante do empreendimento na micro‐bacia<br />

do rio Tabocal, até pouco a jusante do ponto<br />

<strong>de</strong> confluência com o rio do <strong>Primavera</strong>,<br />

<strong>de</strong>limitada pelos divisores <strong>de</strong> água que<br />

separam o mesmo dos rios Aguiar a Oeste e<br />

do Peixe a Leste.<br />

ADA <strong>–</strong> Área Diretamente Afetada<br />

A ADA relativa ao <strong>Projeto</strong> <strong>de</strong> Implantação <strong>de</strong><br />

Fábrica Integrada <strong>de</strong> Cimentos (fábrica e mina<br />

<strong>de</strong> calcário) <strong>Primavera</strong>‐PA abrange todo o<br />

espaço da implantação do empreendimento,<br />

incluindo pátio <strong>de</strong> recebimento e estocagem<br />

<strong>de</strong> minério, vias <strong>de</strong> acesso internas e <strong>de</strong><br />

ligação entre fábrica e mina e estruturas <strong>de</strong><br />

apoio.<br />

Geologia da Área <strong>de</strong> Influência Indireta<br />

Contida no contexto da Bacia Bragantina, a<br />

sub‐bacia do rio <strong>Primavera</strong>, on<strong>de</strong> se insere a<br />

AII está representada por sedimentos do<br />

Terciário <strong>de</strong>nominados <strong>de</strong> Formação<br />

Barreiras, associados a Quaternários Atuais e<br />

Subatuais <strong>de</strong>scritos na literatura específica<br />

como Formação Pós‐Barreiras e <strong>de</strong>pósitos <strong>de</strong><br />

mangue subjacentes às anteriores.<br />

Ainda po<strong>de</strong> ser registrada na AII a ocorrência<br />

da Formação Pirabas, datada do Mioceno<br />

Inferior, cuja constituição rochosa é <strong>de</strong>finida<br />

basicamente por calcários puros e fossiliferos,<br />

associados margas e brechas conglomeráticas


<strong>RIMA</strong> <strong>–</strong> <strong>Projeto</strong> <strong>Primavera</strong> / Pará <strong>–</strong> Votorantim<br />

23<br />

_________________________________________________________________________________________________________________<br />

_________________________________________________________________________________________________________________<br />

basais, as quais se sobrepõem a gnaisses do<br />

embasamento cristalino.<br />

Os sedimentos recentes em ocorrência na AII<br />

estão relacionados a <strong>de</strong>pósitos fluviais com<br />

gran<strong>de</strong> acúmulo <strong>de</strong> seixos, areias <strong>de</strong><br />

granulação fina a média, argila escura, <strong>de</strong><br />

coloração cinza a amarronzada <strong>de</strong>vido à sua<br />

riqueza em matéria orgânica, associadas à<br />

influência <strong>de</strong> maré. Estes <strong>de</strong>pósitos<br />

sedimentares caracterizam as baixas atuais <strong>de</strong><br />

rios, mangue e praias.<br />

A Formação Pós‐Barreiras é caracterizada por<br />

sedimentos amarelados a avermelhados,<br />

inconsolidados, areno‐argilosos a argilo‐<br />

arenosos compostos principalmente por grãos<br />

<strong>de</strong> quartzo e frações <strong>de</strong> silte e argila com<br />

leitos finos <strong>de</strong> seixos <strong>de</strong> arenitos ferruginosos.<br />

A formação apresenta estruturas <strong>de</strong><br />

acamamento plano‐paralelo que localmente<br />

<strong>de</strong>lineiam suaves ondulações, apresentando<br />

lentes. Sua ida<strong>de</strong> foi datada no Quaternário<br />

Pleistocênico por Rossetti & Góes et al. (2001)<br />

e atribuem sua formação a processos eólicos.<br />

A Formação Barreiras é a mais antiga unida<strong>de</strong><br />

litoestratigráfica citada no Brasil em termos<br />

históricos, <strong>de</strong> acordo com Rodovalho et al.<br />

(2003), remontando à carta <strong>de</strong> Pero Vaz <strong>de</strong><br />

Caminha ao rei <strong>de</strong> Portugal, em 1500.<br />

Esta unida<strong>de</strong> possui uma extensão<br />

praticamente contínua ao longo da costa<br />

brasileira, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o Estado do Rio <strong>de</strong> Janeiro<br />

até o Estado do Amapá, sendo constituído por<br />

<strong>de</strong>pósitos sedimentares <strong>de</strong> origem<br />

predominantemente continental, embora<br />

sedimentos <strong>de</strong> origem marinha, incluídos<br />

neste grupo, tenham sido encontrados no<br />

litoral Paraense.<br />

Os sedimentos <strong>de</strong>sta formação apresentam<br />

características siliciclásticas, sendo<br />

constituídos por argilitos, siltitos, arenitos e<br />

conglomerados.<br />

A Formação Pirabas po<strong>de</strong> ser caracterizada<br />

pela ocorrência <strong>de</strong> calcários marinhos datados<br />

do Mioceno Inferior com larga distribuição<br />

espacial, porém com afloramentos mais<br />

concentrados na zona litorânea entre<br />

Bragança e Salinas na foz do rio Pirabas, cuja<br />

<strong>de</strong>nominação foi também atribuída à unida<strong>de</strong><br />

estratigráfica. Em termos <strong>de</strong> AII, o<br />

afloramento mais significativo foi observado<br />

na Baia <strong>de</strong> Japerica, a Noroeste da área do<br />

empreendimento.<br />

Geologia da Área <strong>de</strong> Influência Direta<br />

Conforme era esperado, após a caracterização<br />

do contexto geológico da AII, foi observada<br />

em campo a presença da mesma associação<br />

litológica <strong>de</strong>scrita para a mesma, ou seja, do<br />

topo para a base as seguintes:<br />

Sedimentos Recentes / Depósitos <strong>de</strong><br />

Mangue;<br />

Formação Pós‐Barreiras;<br />

Formação Barreiras e,<br />

Formação Pirabas.<br />

Cabe <strong>de</strong>staque nesta <strong>de</strong>scrição o fato <strong>de</strong> que<br />

embora escassos, foi encontrado um<br />

afloramento <strong>de</strong> calcários fossilíferos da<br />

Formação Pirabas na AID, conforme <strong>de</strong>scrito a<br />

seguir.<br />

Durante os levantamentos <strong>de</strong> campo,<br />

realizados entre os dias 17 e 22 <strong>de</strong> julho <strong>de</strong><br />

2010, foi possível observar na Área <strong>de</strong><br />

Influência Direta do empreendimento a<br />

ocorrência <strong>de</strong> <strong>de</strong>pósitos sedimentares<br />

recentes, caracterizados predominantemente<br />

por sedimentos <strong>de</strong> mangue. Foto 3.1.5‐1<br />

abaixo:<br />

Foto 3.1.5‐1: Vista em <strong>de</strong>talhe <strong>de</strong><br />

afloramento <strong>de</strong> sedimentos <strong>de</strong> mangue na<br />

AID.<br />

Estes sedimentos correspon<strong>de</strong>m a material<br />

argiloso com porção arenosa, caracterizado<br />

pela gran<strong>de</strong> concentração <strong>de</strong> matéria orgânica<br />

que lhe confere coloração variada do marrom<br />

ao cinza escuro e cheiro característico <strong>de</strong><br />

material em putrefação.


<strong>RIMA</strong> <strong>–</strong> <strong>Projeto</strong> <strong>Primavera</strong> / Pará <strong>–</strong> Votorantim<br />

24<br />

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_________________________________________________________________________________________________________________<br />

Em termos <strong>de</strong> resistência a esforços<br />

tensionais, esse material tem características<br />

muito moles, sendo facilmente <strong>de</strong>formado<br />

sobre pressão mínima.<br />

Neste contexto, os sedimentos <strong>de</strong> mangue<br />

presentes, não oferecem boas condições para<br />

ocupação urbana <strong>de</strong>vido à baixa resistência e<br />

cheiro característico, porém, haja vista que<br />

não será utilizado durante as ativida<strong>de</strong>s, não<br />

foram observadas características<br />

<strong>de</strong>sfavoráveis ao empreendimento proposto.<br />

Conforme mencionado anteriormente, a<br />

Formação Pós‐Barreiras é composta <strong>de</strong><br />

sedimentos amarelados e avermelhados,<br />

inconsolidados, areno‐argilosos a argilo‐<br />

arenosos compostos principalmente por grãos<br />

<strong>de</strong> quartzo e frações <strong>de</strong> silte e argila com<br />

leitos finos <strong>de</strong> seixos <strong>de</strong> arenitos ferruginosos.<br />

Os sedimentos <strong>de</strong>sta formação ocorrem na<br />

AID com granulometria predominantemente<br />

média a fina, porém não são incomuns as<br />

camadas <strong>de</strong> material mais grosso, ocorrendo<br />

localmente cascalho quartzoso.<br />

Por meio da observação <strong>de</strong> campo foi possível<br />

atribuir a coloração avermelhada dos<br />

sedimentos Pós‐Barreiras às concentrações <strong>de</strong><br />

ferro no perfil, sendo inclusive observadas<br />

concreções lateríticas em meio aos mesmos<br />

conforme Foto 3.1.5‐2.<br />

Foto 3.1.5‐2: Vista em <strong>de</strong> afloramento <strong>de</strong><br />

sedimentos Pós‐Barreiras na AID, expondo<br />

sua coloração avermelhada e características<br />

arenosas ‐ cascalhentas.<br />

Os sedimentos da Formação Barreiras<br />

ocorrem em toda a AID com exposição<br />

diretamente sob as camadas <strong>de</strong> Pós‐Barreiras<br />

nas porções mais elevadas do terreno, ou<br />

ainda, em afloramentos no nível do solo sob<br />

camada <strong>de</strong> solo superficial, nas porções<br />

menos elevadas do terreno.<br />

Em linhas gerais ocorrem arenitos mal<br />

selecionados <strong>de</strong> grãos angulosos a sub‐<br />

angulosos, associados à argilitos e siltitos.<br />

Os arenitos em ocorrência tem coloração<br />

predominantemente em tons <strong>de</strong> cinza,<br />

po<strong>de</strong>ndo ocorrer camadas mais avermelhadas<br />

<strong>de</strong>vido à influência <strong>de</strong> material ferruginoso.<br />

O conteúdo argiloso <strong>de</strong>sta formação ocorre na<br />

área em linhas gerais sob as camadas<br />

arenosas, marcando grano<strong>de</strong>crescência do<br />

topo para a base e, predominam colorações<br />

esbranquiçadas a avermelhadas, sendo esta<br />

segunda variável em <strong>de</strong>corrência da presença<br />

<strong>de</strong> ferro no perfil.<br />

Conforme <strong>de</strong>scrito anteriormente é possível<br />

observar nos afloramentos <strong>de</strong> sedimentos da<br />

Formação Barreiras na AID a ocorrência <strong>de</strong><br />

acamamento horizontal nas argilas e<br />

estratificação cruzada em areias, ver Foto<br />

3.1.5‐3 abaixo.<br />

Foto 3.1.5‐3: Vista <strong>de</strong> sedimentos arenosos<br />

da Formação Barreiras, expostos na AID por<br />

meio <strong>de</strong> furo <strong>de</strong> sondagem rasa mostrando<br />

coloração acizentada predominante na área.<br />

A espessura dos sedimentos <strong>de</strong>ssa formação<br />

na AID é variável, po<strong>de</strong>ndo estar restrita a<br />

aproximadamente 1 metro ou alcançar valores<br />

superiores a 5m, <strong>de</strong> acordo com o observado<br />

em campo e na <strong>de</strong>scrição <strong>de</strong> furos <strong>de</strong><br />

sondagens executados anteriormente por<br />

parte do interessado.<br />

Assim como mencionado anteriormente a<br />

<strong>de</strong>scrição da presença da Formação Pirabas na<br />

AID em linhas gerais, é fundamentada em


<strong>RIMA</strong> <strong>–</strong> <strong>Projeto</strong> <strong>Primavera</strong> / Pará <strong>–</strong> Votorantim<br />

25<br />

_________________________________________________________________________________________________________________<br />

_________________________________________________________________________________________________________________<br />

conhecimento <strong>de</strong> estudos da literatura<br />

específica e furos <strong>de</strong> sondagem <strong>de</strong> prospecção<br />

executados previamente na área pelo<br />

interessado, porém, durante os<br />

levantamentos <strong>de</strong> campo foi possível observar<br />

a ocorrência <strong>de</strong> um único afloramento <strong>de</strong><br />

rochas calcáreas <strong>de</strong>ssa formação, ocorrendo<br />

no leito <strong>de</strong> um córrego sem nome ali<br />

existente.<br />

Trata‐se <strong>de</strong> calcários marinhos datados do<br />

Mioceno Inferior com alto teor fossilífero, a<br />

ser futuramente caracterizado em termos <strong>de</strong><br />

taxonomia em item especifico <strong>de</strong>ste relatório.<br />

As observações <strong>de</strong> campo <strong>de</strong>ixam claro o<br />

gran<strong>de</strong> potencial fossilífero dos calcários da<br />

Formação Pirabas na AID, ver Foto 3.1.5‐4<br />

abaixo.<br />

Foto 3.1.5‐4: Vista <strong>de</strong> rocha calcárea da<br />

Formação Pirabas, em ocorrência na AID.<br />

Note‐se a presença <strong>de</strong> fragmentos fósseis.<br />

Geologia da Área Diretamente Afetada ‐<br />

ADA<br />

A contextualização da geologia do local a<br />

sofrer intervenção, ou seja, da ADA, retrata<br />

claramente a “monotonia” representada pelo<br />

contexto regional que se repete para as três<br />

áreas <strong>de</strong> influência.<br />

A afirmativa anterior se baseia no fato <strong>de</strong> que<br />

a geologia da ADA é espelho do que já foi<br />

<strong>de</strong>scrito para a AII e AID, excetuando‐se pela<br />

total ausência <strong>de</strong> afloramento <strong>de</strong> rochas da<br />

Formação Pirabas, embora sejam estas o alvo<br />

principal das ativida<strong>de</strong>s a serem licenciadas<br />

com a análise do presente EIA‐<strong>RIMA</strong>.<br />

3.1.6 Diagnóstico Paleontológico<br />

Este diagnóstico consiste na apresentação do<br />

material Paleontológico (fósseis) já registrado<br />

para as rochas <strong>de</strong> formações ocorrentes na<br />

área do futuro empreendimento.<br />

Apesar <strong>de</strong> encontrarmos fósseis nas amostras<br />

<strong>de</strong> furo <strong>de</strong> sondagem, nesta etapa não houve<br />

retirada e/ou i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> espécimes<br />

fossilíferos, visto que isso fará parte apenas da<br />

etapa <strong>de</strong> prospecção paleontológica.<br />

Entre os fósseis documentados nas rochas<br />

carbonáticas da Formação Pirabas estão:<br />

Vertebrados, Invertebrados, Microfósseis e<br />

Paleobotânica.<br />

Laudo<br />

Os dados obtidos, aliados às informações<br />

constantes na extensa literatura sobre o rico<br />

conteúdo fossilífero da Formação Pirabas,<br />

tornam imprescindível a realização <strong>de</strong><br />

projetos <strong>de</strong> prospecção paleontológica na<br />

área a ser executado o empreendimento,<br />

antes do início das ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> implantação<br />

do mesmo. Apesar da vasta documentação do<br />

conteúdo fossilífero da formação, novos<br />

grupos <strong>de</strong> organismos continuam a ser<br />

recuperados nesses <strong>de</strong>pósitos, por exemplo,<br />

nas minas <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong> da empresa Cimentos<br />

do Brasil S/A (CIBRASA) no município <strong>de</strong><br />

Capanema, preenchendo lacunas na história<br />

evolutiva <strong>de</strong>stes grupos.<br />

Os fósseis constituem um patrimônio natural<br />

importante para o conhecimento da história<br />

da vida no planeta, sendo por isso a sua<br />

proteção amparada por lei. O<br />

empreendimento a ser realizado pelo Grupo<br />

Votorantim no município <strong>de</strong> <strong>Primavera</strong> po<strong>de</strong>rá<br />

viabilizar o resgate <strong>de</strong> valiosos grupos /<br />

espécies para a ciência, os quais po<strong>de</strong>riam<br />

permanecer <strong>de</strong>sconhecidos sem o auxílio da<br />

ativida<strong>de</strong> mineradora na região.<br />

3.1.7 Geomorfologia<br />

Geomorfologia da ‐ AII<br />

A AII engloba a bacia do rio <strong>Primavera</strong> on<strong>de</strong><br />

são <strong>de</strong>finidas duas unida<strong>de</strong>s geomorfológicas<br />

baseadas na homogeneida<strong>de</strong> e na posição<br />

altimétrica das formas <strong>de</strong> relevo.<br />

A <strong>de</strong>scrição das unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> relevo presentes<br />

na AII <strong>–</strong> Planalto Rebaixado da Amazônia (ou<br />

zona Bragantina) e Litoral <strong>de</strong> Rias remetem a<br />

porções <strong>de</strong> terras <strong>de</strong> pouca elevação<br />

topográfica, à qual se associam baixas


<strong>RIMA</strong> <strong>–</strong> <strong>Projeto</strong> <strong>Primavera</strong> / Pará <strong>–</strong> Votorantim<br />

26<br />

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<strong>de</strong>clivida<strong>de</strong>s, mais acentuadas nas encostadas<br />

<strong>de</strong> colinas suaves observadas localmente.<br />

A baixa variação entre as cotas locais, bem<br />

como as <strong>de</strong>clivida<strong>de</strong>s suaves, permitem a<br />

formação <strong>de</strong> formas <strong>de</strong> relevo bastante<br />

discretas, não sendo comum a observação <strong>de</strong><br />

elementos <strong>de</strong> relevo muito pronunciados<br />

como vales profundos e fechados e/ou<br />

elevações abruptas e íngremes no terreno. Ao<br />

contrário, ao percorrer a AII é possível<br />

observar um terreno predominantemente<br />

plano com porções levemente onduladas a<br />

onduladas. Ver Foto 3.1.7‐1.<br />

Foto 3.1.7‐1: Vista parcial da AII mostrando a<br />

leve ondulação presente em porções<br />

localizadas do terreno.<br />

Esta suavida<strong>de</strong> no relevo se reflete no padrão<br />

<strong>de</strong> drenagem local, ocorrendo zonas<br />

alagadiças ou brejosas, comumente cobertas<br />

por vegetação rasteira e indivíduos arbóreos<br />

característicos, especialmente Buritizeiros<br />

(Mauritia flexuosa) e, leitos <strong>de</strong> rios que<br />

surgem na paisagem acompanhando<br />

in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte da formação <strong>de</strong> vales<br />

rebaixados.<br />

Em linhas gerais, os cursos d’água existentes<br />

seguem um padrão meandrante, po<strong>de</strong>ndo ser<br />

observados trechos retilíneos, <strong>de</strong>vido à<br />

monotonia do relevo on<strong>de</strong> as águas não<br />

encontram gran<strong>de</strong>s obstáculos para<br />

contornar. Ver Foto a seguir3.1.7‐2.<br />

Foto 3.1.7‐2: Detalhe da foto anterior,<br />

mostrando o padrão meandrante do rio e a<br />

baixa dissecação vertical existente. Note‐se,<br />

também, a presença <strong>de</strong> <strong>de</strong>pósito arenoso<br />

inconsolidado às margens do rio.<br />

A elaboração do mapa <strong>de</strong> <strong>de</strong>clivida<strong>de</strong>s<br />

regionais foi baseada nas classes <strong>de</strong>finidas por<br />

Lepschi (1991) tendo sido apenas adaptada<br />

uma nova classe <strong>de</strong> <strong>de</strong>clivida<strong>de</strong> para que a<br />

divisão final permitisse a i<strong>de</strong>ntificação dos<br />

terrenos com <strong>de</strong>clives acima <strong>de</strong> 30%, <strong>de</strong> modo<br />

a facilitar a visualização e analise com relação<br />

à Lei Fe<strong>de</strong>ral 6.766/79.<br />

Desta forma, chegou‐se a sete classes <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>clive, i<strong>de</strong>ntificadas pelas letras seqüenciais<br />

<strong>de</strong> “A” a “G” da seguinte maneira:<br />

Classe A: Declivida<strong>de</strong>s entre 0% e 6%;<br />

Classe B: Declivida<strong>de</strong>s entre 6% e 12%;<br />

Classe C: Declivida<strong>de</strong>s entre 12% e 20%;<br />

Classe D: Declivida<strong>de</strong>s entre 20% e 30%;<br />

Classe E: Declivida<strong>de</strong>s entre 30% e 50%;<br />

Classe F: Declivida<strong>de</strong>s entre 50% e 100%<br />

e,<br />

Classe G: Declivida<strong>de</strong>s superiores a 100%.<br />

Pela analise das <strong>de</strong>clivida<strong>de</strong>s locais, observa‐<br />

se a evi<strong>de</strong>ncia <strong>de</strong> um comportamento das<br />

<strong>de</strong>clivida<strong>de</strong>s em termos regionais no qual<br />

80,44% das terras apresentam inclinações<br />

abaixo <strong>de</strong> 20%, ou seja, entre as Classes A e C,<br />

com leve predomínio dos <strong>de</strong>clives entre 6 e<br />

12% (Classe B), que são representados em<br />

30,84% do mapa.<br />

Declives entre 20 e 30% (Classe D)<br />

representam 11,88% das terras, seguido pela<br />

Classe E, com 6,68% <strong>de</strong> freqüência. Inclinações


<strong>RIMA</strong> <strong>–</strong> <strong>Projeto</strong> <strong>Primavera</strong> / Pará <strong>–</strong> Votorantim<br />

27<br />

_________________________________________________________________________________________________________________<br />

_________________________________________________________________________________________________________________<br />

superiores a 50% são apontadas em apenas<br />

1% das terras e se associam a barrancos e<br />

bases <strong>de</strong> encosta, especialmente às margens<br />

<strong>de</strong> rios e estradas. Ver Figura 3.1.7‐1.<br />

Figura 3.1.7‐1: Gráfico <strong>de</strong> distribuição das<br />

Classes <strong>de</strong> Declive por área na AII.<br />

Área <strong>de</strong> Influência Direta ‐ AID<br />

Nesta área ocorrem influências no relevo<br />

representadas por 4 unida<strong>de</strong>s morfológicas<br />

pertencentes à Zona Bragantina, quais sejam:<br />

Planalto Costeiro, Planícies Estuárias, Planície<br />

<strong>de</strong> Maré e Sistema <strong>de</strong> Lagos.<br />

O relevo observado na AID revela a<br />

continuida<strong>de</strong> do observado em termos<br />

regionais com cotas altimétricas relativamente<br />

baixas com características <strong>de</strong> área litorânea<br />

com influência <strong>de</strong> maré.<br />

As baixas elevações do terreno na AID se<br />

refletem nas <strong>de</strong>clivida<strong>de</strong>s, que apresentam<br />

predominantemente valores abaixo <strong>de</strong> 15%.<br />

Neste contexto, as terras da AID<br />

correspon<strong>de</strong>m a terrenos planos e<br />

suavemente ondulados, com maiores<br />

elevações ocorrendo <strong>de</strong> forma localizada,<br />

caracterizadas por colinas maiores ou ainda<br />

por pequenos morrotes isolados.<br />

O padrão <strong>de</strong> drenagem da AID é meandrante<br />

com corpos <strong>de</strong>ndríticos a semi‐<strong>de</strong>ndriticos.<br />

Em resposta às baixas elevações do terreno na<br />

AID ainda po<strong>de</strong>m ser observados vales<br />

bastante discretos, muito abertos, ocorrendo<br />

ainda pontos on<strong>de</strong> os cursos d’água correm<br />

sobre áreas planas.<br />

Área Diretamente Afetada ‐ ADA<br />

A análise da geomorfologia em termos<br />

regionais apresentada anteriormente, permite<br />

a conclusão <strong>de</strong> que a área a ser diretamente<br />

afetada em <strong>de</strong>corrência da implantação do<br />

empreendimento proposto é caracterizada<br />

pela ocorrência <strong>de</strong> unida<strong>de</strong>s morfológicas<br />

pertencentes a Zona Bragantina, contendo<br />

principalmente os sistemas <strong>de</strong> lagos com<br />

domínio <strong>de</strong> estruturas planas alagadas,<br />

principalmente por eventos chuvosos e, pelo<br />

nível freático que se encontra muito raso<br />

localmente, bem como pela influência <strong>de</strong><br />

águas salobras provenientes <strong>de</strong> canais <strong>de</strong><br />

maré e pelos manguezais existentes.<br />

Em vistoria técnica à ADA, foi possível<br />

confirmar tais informações, <strong>de</strong>stacando‐se as<br />

baixas <strong>de</strong>clivida<strong>de</strong>s locais e a ausência <strong>de</strong><br />

gran<strong>de</strong>s elevações no terreno caracterizando,<br />

portanto terras <strong>de</strong> relevo suavizado, conforme<br />

Foto 3.1.7‐3.<br />

Foto 3.1.7‐3: Vista parcial da ADA mostrando<br />

o relevo aplainado.<br />

Assim como observado para a AII e AID,<br />

<strong>de</strong>scritas anteriormente, a ADA apresenta a<br />

ocorrência <strong>de</strong> corpos d’água em meio plano,<br />

caracterizados por cursos intermitentes que<br />

fluem em meio à vegetação local ou ainda<br />

régios brejosas com acúmulo <strong>de</strong> água em<br />

lagos <strong>de</strong> diferentes dimensões, em linhas<br />

gerais com lamina d’água <strong>de</strong> pequenas<br />

espessuras.<br />

Localmente é possível observar na ADA<br />

maiores elevações no terreno, que se<br />

correspon<strong>de</strong>m colinas amplas com amplitu<strong>de</strong>s<br />

não superiores a 10 metros.<br />

Associam‐se às porções mais elevadas do<br />

terreno na ADA, vales abertos drenados ou<br />

não.


<strong>RIMA</strong> <strong>–</strong> <strong>Projeto</strong> <strong>Primavera</strong> / Pará <strong>–</strong> Votorantim<br />

28<br />

_________________________________________________________________________________________________________________<br />

_________________________________________________________________________________________________________________<br />

O contexto geológico local ainda mereceu<br />

atenção no estudo em termos <strong>de</strong><br />

geomorfologia, <strong>de</strong>vido ao fato <strong>de</strong> que sob as<br />

rochas sedimentares ocorrem corpos<br />

calcáreos, os quais por sua composição<br />

química estão sujeitos à dissolução e<br />

formação <strong>de</strong> vazios <strong>de</strong>nominados cavernas<br />

subterrâneas, os quais em existindo po<strong>de</strong>m<br />

gerar formas <strong>de</strong> relevo negativas, chamadas<br />

dolinas. Porém, esse tipo <strong>de</strong> feição <strong>de</strong> relevo<br />

não foi observado na ADA, não ocorrendo,<br />

portanto cavernas nem dolinas no local.<br />

Outro fator a contribuir com a baixa taxa <strong>de</strong><br />

erosão nas camadas superficiais do solo e<br />

rochas e, conseqüentemente no grau <strong>de</strong><br />

dissecação vertical do relevo, correspon<strong>de</strong> às<br />

baixas <strong>de</strong>clivida<strong>de</strong>s locais.<br />

Consi<strong>de</strong>rando o fato <strong>de</strong> que as <strong>de</strong>clivida<strong>de</strong>s<br />

observadas em termos regionais representam<br />

quase que exclusivamente terrenos com<br />

inclinações inferiores a 30%, as classes <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>clive utilizadas para a elaboração do mapa<br />

local foram <strong>de</strong>finidas <strong>de</strong> modo a permitir uma<br />

visualização mais <strong>de</strong>talhada.<br />

Ressalta‐se que as classes <strong>de</strong> <strong>de</strong>clive foram<br />

<strong>de</strong>finidas após tentativas <strong>de</strong> representar<br />

graficamente a ADA, consi<strong>de</strong>rando o fato <strong>de</strong><br />

que as <strong>de</strong>clivida<strong>de</strong>s observadas foram quase<br />

que exclusivamente inferiores a 12%, estando<br />

os trechos <strong>de</strong> maior <strong>de</strong>clive associados às<br />

margens dos corpos d´água e estradas, bem<br />

como a trechos <strong>de</strong> encosta das colinas<br />

existentes. Ver figura 3.1.7‐2.<br />

Figura 3.1.7‐2: Gráfico <strong>de</strong> distribuição das<br />

Classes <strong>de</strong> Declive por área na ADA.<br />

Em termos <strong>de</strong> distribuição espacial das classes<br />

<strong>de</strong> <strong>de</strong>clive notamos uma distribuição<br />

relativamente uniforme em toda a área<br />

mapeada, sendo que s <strong>de</strong>clives inferiores a 1%<br />

estão associados aos cursos d´água e em<br />

parte, a uma distorção causada pelo pequena<br />

escala do mapa topográfico disponível para o<br />

trabalho.<br />

3.1.8 Pedologia<br />

Área <strong>de</strong> Influência Indireta ‐ AII<br />

Basicamente, foram levantados 4 (quatro)<br />

diferentes tipos <strong>de</strong> solo na AII, indicados<br />

abaixo do mais abundante ao mais raro:<br />

Neossolos (Areias Quartzosas);<br />

Latossolos Vermelho Amarelos;<br />

Gleissolos e,<br />

Argissolos Vermelho Amarelos.<br />

Área <strong>de</strong> Influência Direta ‐ AID<br />

Os solos presentes na AID seguiram a mesma<br />

tendência apresentada para a AII e, também<br />

em parte para a ADA, haja vista que os<br />

contextos geológico e geomorfológicos<br />

regionais apresentam‐se os mesmos nas 3<br />

áreas <strong>de</strong> influência citadas.<br />

Neste contexto é possível afirmar que os solos<br />

presentes na AID correspon<strong>de</strong>m a solos com<br />

textura predominantemente arenosa,<br />

associados a subordinados solos argilosos.<br />

Estes solos têm sua gênese <strong>de</strong>finida pela<br />

alteração das rochas sedimentares das<br />

Formações Barreiras e Pós‐Barreiras em<br />

ambientes com forte influência marinha ou <strong>de</strong><br />

marés, sendo notável a componente <strong>de</strong><br />

redução química responsável por um acumulo<br />

<strong>de</strong> ferro na forma do processo <strong>de</strong> laterização<br />

que po<strong>de</strong> ser observado por toda a região.<br />

Em linhas gerais é possível afirmar que o<br />

ambiente <strong>de</strong> alteração das rochas na AID,<br />

permitiu localmente a formação <strong>de</strong> solos mais<br />

<strong>de</strong>senvolvidos, caso dos Latossolos Vermelho<br />

Amarelos, bem como aqueles mais rasos,<br />

como os Neossolos Quartzarênicos formados<br />

diretamente sobre os sedimentos Barreiras e<br />

Pós Barreiras, ou ainda nas margens dos<br />

diversos corpos d’água presentes, sejam com<br />

influência <strong>de</strong> maré ou não.<br />

Área Diretamente Afetada ‐ ADA<br />

De acordo com o contexto regional<br />

apresentado anteriormente é possível prever


<strong>RIMA</strong> <strong>–</strong> <strong>Projeto</strong> <strong>Primavera</strong> / Pará <strong>–</strong> Votorantim<br />

29<br />

_________________________________________________________________________________________________________________<br />

_________________________________________________________________________________________________________________<br />

que a área objeto das futuras intervenções<br />

com a implantação da ativida<strong>de</strong> mineira a que<br />

se preten<strong>de</strong> licenciar, apresenta<br />

predominância <strong>de</strong> Neossolos Quartzarenicos,<br />

associados à Latossolos e Gleissolos.<br />

Esta informação foi em parte confirmada em<br />

campo, através dos levantamentos realizados<br />

por meio da execução <strong>de</strong> furos <strong>de</strong> sondagem<br />

rasa em topossequências que atravessam a<br />

ADA nas diversas direções. O fato que diferiu<br />

do <strong>de</strong>scrito anteriormente para a AID, consiste<br />

na ausência <strong>de</strong> perfis <strong>de</strong> latossolo na ADA.<br />

Essa ausência <strong>de</strong> latossolos revela que na<br />

ADA, a formação dos solos não permite o<br />

<strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> horizontes mais<br />

profundos, como um B latossolico típico o<br />

qual apresentaria espessuras métricas.<br />

Através da execução <strong>de</strong> furos <strong>de</strong> sondagem foi<br />

possível a observação <strong>de</strong> que na ADA, assim<br />

como na AID predominam os Neossolos<br />

Quartzarênicos, os quais se mostraram<br />

distróficos, muito pouco <strong>de</strong>senvolvidos <strong>de</strong><br />

coloração acinzentada, altamente<br />

intemperizados e, com conteúdo <strong>de</strong> argila<br />

baixo. Ver Fotos 3.1.8‐1, 3.1.8‐2 e 3.1.8‐3.<br />

Foto 3.1.8‐1: Detalhe <strong>de</strong> afloramento <strong>de</strong><br />

Neossolo Quartzarênico, típico da região <strong>de</strong><br />

inserção do empreendimento.<br />

Horizonte A<br />

Horizonte C<br />

Pós-Barreiras<br />

Foto 3.1.8‐2: Vista <strong>de</strong> outro afloramento <strong>de</strong><br />

Neossolo Quartzarênico típico da região <strong>de</strong><br />

inserção do empreendimento.<br />

Foto 3.1.8‐3: Vista <strong>de</strong> material <strong>de</strong> Neossolo<br />

Quartzarenico, retirado por meio <strong>de</strong><br />

tradagem, na ADA.<br />

3.1.9 Geodinâmica<br />

As características geodinâmicas <strong>de</strong> uma<br />

<strong>de</strong>terminada área estão intimamente ligadas<br />

com o equilíbrio natural do solo, ou seja, ao<br />

fato <strong>de</strong> o solo estar ou não estável do ponto<br />

<strong>de</strong> vista dos processos <strong>de</strong> dinâmica superficial.<br />

A estabilida<strong>de</strong> no solo ocorre quando o<br />

mesmo está protegido da meteorização <strong>de</strong><br />

partículas e/ou <strong>de</strong> <strong>de</strong>slizamentos e<br />

movimentação <strong>de</strong> massa.<br />

Uma área instabilizada torna‐se mais<br />

susceptível à ocorrência <strong>de</strong> processos <strong>de</strong><br />

erosão, através do escoamento superficial das<br />

águas e <strong>de</strong> escorregamentos, <strong>de</strong>slizamentos<br />

ou movimentação <strong>de</strong> massa, induzidos ou<br />

naturais.<br />

Os diagnósticos da AII e AID serão<br />

apresentados em conjunto, sendo<br />

individualizado apenas aquele relativo à ADA.


<strong>RIMA</strong> <strong>–</strong> <strong>Projeto</strong> <strong>Primavera</strong> / Pará <strong>–</strong> Votorantim<br />

30<br />

_________________________________________________________________________________________________________________<br />

_________________________________________________________________________________________________________________<br />

Área <strong>de</strong> Influência Indireta <strong>–</strong> AII/Área <strong>de</strong><br />

Influência Direta ‐ AID<br />

Na área estudada ocorrem terrenos <strong>de</strong> Muito<br />

Baixa a Baixa suscetibilida<strong>de</strong> à ocorrência <strong>de</strong><br />

processos erosivos. As suscetibilida<strong>de</strong>s médias<br />

aparecem em aproximadamente 15% da área<br />

mapeada enquanto os graus mais elevados<br />

somados abrangem cerca <strong>de</strong> 35% do terreno.<br />

Não foram observados processos erosivos<br />

ativos muito <strong>de</strong>senvolvidos na área, tendo<br />

sido restritos os casos registrados a sulcos<br />

rasos a profundos em estradas vicinais não<br />

pavimentadas, ver Fotos 3.1.9‐1 e 3.1.9‐2.<br />

Foto 3.1.9‐1: Vista <strong>de</strong> ocorrência <strong>de</strong> sulcos<br />

rasos na AID, causados por escoamento<br />

superficial concentrado <strong>de</strong> águas pluviais<br />

sobre solo exposto em estrada vicinal<br />

Foto 3.1.9‐2: Vista <strong>de</strong> ocorrência <strong>de</strong> sulcos<br />

mais evoluídos em relação à foto anterior,<br />

também originado por escoamento<br />

superficial concentrado sobre solo exposto<br />

na AID.<br />

Determinadas a baixa suscetibilida<strong>de</strong> a<br />

processos <strong>de</strong> escorregamentos na AII e AID,<br />

bem como a predominância <strong>de</strong> baixos graus<br />

<strong>de</strong> riscos <strong>de</strong> ocorrência <strong>de</strong> processos erosivos<br />

é possível analisar que, em termos naturais, a<br />

possibilida<strong>de</strong> do surgimento <strong>de</strong> pontos <strong>de</strong><br />

assoreameto é também reduzida, haja vista<br />

que não ocorreria aporte <strong>de</strong> material para os<br />

cursos d’ água, porém, com a futura<br />

introdução <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> movimentação <strong>de</strong><br />

terra com remoção <strong>de</strong> vegetação e exposição<br />

do solo em <strong>de</strong>corrência do empreendimento<br />

proposto, a componente antrópica ganhará<br />

novo peso, alterando este quadro para Alto<br />

Grau <strong>de</strong> suscetibilida<strong>de</strong>s a processos <strong>de</strong><br />

assoreamento.<br />

Área Diretamente Afetada ‐ ADA<br />

Com base na análise da matriz <strong>de</strong> correlação<br />

elaborada para os parâmetros ambientas<br />

existentes na ADA, ficou claro que a<br />

suscetibilida<strong>de</strong> a processos erosivos é muito<br />

baixa a baixa em termos gerais, ocorrendo<br />

porções <strong>de</strong> terrenos associadas aos trechos <strong>de</strong><br />

encosta mais <strong>de</strong>clivosos e/ou talu<strong>de</strong>s <strong>de</strong> corte<br />

e barrancos naturais on<strong>de</strong> os riscos são<br />

maiores, porém ainda <strong>de</strong> caráter médio ou<br />

mo<strong>de</strong>rado. Ver Foto 3.1.9‐3.<br />

Foto 3.1.9‐3: Vista <strong>de</strong> área <strong>de</strong> plantio com<br />

solo parcialmente exposto na ADA, sofrendo<br />

erosão laminar evi<strong>de</strong>nciada pelo material<br />

<strong>de</strong>sagregado e transportado localmente<br />

pelas chuvas.<br />

3.1.10 Recursos Hídricos<br />

Neste item será apresentada a caracterização<br />

física e hidrológica da bacia do Rio <strong>Primavera</strong><br />

<strong>–</strong> AII e <strong>de</strong> suas sub‐bacias: Rio do Peixe, Rio<br />

Tabocal, Rio Aguiar, Rio Morcego e Rio<br />

Bacabal.<br />

Hidrologia<br />

Descrição da Fisiografia da Bacia Hidrográfica<br />

Local


<strong>RIMA</strong> <strong>–</strong> <strong>Projeto</strong> <strong>Primavera</strong> / Pará <strong>–</strong> Votorantim<br />

31<br />

_________________________________________________________________________________________________________________<br />

_________________________________________________________________________________________________________________<br />

Tabela 3.1.10‐1: Características da Bacia do<br />

Rio <strong>Primavera</strong><br />

CARACTERÍSTICAS FÍSICAS TAMANHO<br />

Área <strong>de</strong> Contribuição da Bacia 94,18 Km 2<br />

Perímetro da Bacia (P) 44,65 Km<br />

Cumprimento <strong>de</strong> todos os cursos<br />

d'água 106 Km<br />

Comprimento Axial da Bacia * (L) 16,95 Km<br />

Largura Média da Bacia 6,57 Km<br />

Diferença entre as Cotas Extremas da<br />

Bacia 60 m<br />

* ‐ Comprimento do Rio medido do exutório,<br />

até seu ponto mais remoto, seguindo‐se as<br />

gran<strong>de</strong>s curvas do rio (não se consi<strong>de</strong>rou os<br />

meandros).<br />

Grau <strong>de</strong> Impermeabilização da Bacia<br />

O grau <strong>de</strong> impermeabilização da bacia do rio<br />

<strong>Primavera</strong> foi <strong>de</strong>terminado, através <strong>de</strong><br />

imagens, vistoria em campo e auxílio <strong>de</strong><br />

software. Dos 94,18 Km 2 , aproximadamente,<br />

2,2% da área da bacia po<strong>de</strong> ser consi<strong>de</strong>rada<br />

como urbana, 63% formada por vegetação e<br />

31,4% por áreas cultivadas e solo exposto. Por<br />

esses dados po<strong>de</strong>‐se concluir que o grau <strong>de</strong><br />

impermeabilização é baixo o que caracteriza<br />

uma bacia com ótimas condições <strong>de</strong><br />

permeabilida<strong>de</strong>.<br />

Declivida<strong>de</strong> da Bacia<br />

De maneira geral a área do empreendimento<br />

apresenta uma <strong>de</strong>clivida<strong>de</strong> baixa, <strong>de</strong> 1 a 3%<br />

em direção aos talvegues.<br />

Altitu<strong>de</strong><br />

A maior altitu<strong>de</strong> apresentada no terreno,<br />

tomando como base a carta topográfica, é <strong>de</strong><br />

60 metros, no topo <strong>de</strong> um morro, e a menor<br />

altitu<strong>de</strong>, ou seja, o exutório da bacia chega<br />

próximo ao nível do mar, estimado em 2<br />

metros.<br />

Contudo, embora a amplitu<strong>de</strong> altimétrica da<br />

bacia seja <strong>de</strong> aproximadamente 58 metros, as<br />

áreas com altitu<strong>de</strong>s inferiores a 10 metros<br />

constituem cerca <strong>de</strong> 70% do total, estando<br />

localizadas principalmente junto ao leito dos<br />

rios, caracterizando uma bacia <strong>de</strong> baixa<br />

elevação.<br />

Or<strong>de</strong>m dos cursos d’água<br />

A caracterização quanto à or<strong>de</strong>m dos<br />

principais rios da bacia do rio <strong>Primavera</strong>,<br />

po<strong>de</strong>m ser visualizados na tabela a seguir:<br />

Tabela 3.1.10‐3: Or<strong>de</strong>m dos Rios<br />

RIO ORDEM<br />

Rio <strong>Primavera</strong> 4°<br />

Rio do Peixe 3º<br />

Rio Tabocal 3º<br />

Rio Aguiar 3º<br />

Rio Morcego 2°<br />

Rio Bacabal 3º<br />

Foto 3.1.10‐1: Rio dos Peixes.<br />

Foto 3.1.10‐2: Encontro dos rios Tabocal e<br />

<strong>Primavera</strong>.


<strong>RIMA</strong> <strong>–</strong> <strong>Projeto</strong> <strong>Primavera</strong> / Pará <strong>–</strong> Votorantim<br />

32<br />

_________________________________________________________________________________________________________________<br />

_________________________________________________________________________________________________________________<br />

Foto 3.1.10‐3: Rio Bacabal.<br />

Densida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Drenagem<br />

A <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong> <strong>de</strong> drenagem da bacia do rio<br />

<strong>Primavera</strong> (1,1 Km/Km 2 ) é pequena,<br />

caracterizando uma velocida<strong>de</strong> baixa <strong>de</strong><br />

escoamento superficial.<br />

Padrão <strong>de</strong> Drenagem<br />

A bacia do rio <strong>Primavera</strong>, bem como as suas<br />

sub‐bacias, apresentam padrão <strong>de</strong> drenagem<br />

<strong>de</strong>ndrítico, que se caracteriza pela forma<br />

arborescente, não possuindo nenhuma<br />

orientação predominante. Quanto a<br />

classificação do escoamento da bacia do rio<br />

<strong>Primavera</strong>, o mesmo é classificado como<br />

exorréico, isto é, a bacia <strong>de</strong>ságua diretamente<br />

no mar.<br />

Orientação da Bacia<br />

Analisando as sub‐bacias que compõem a<br />

bacia do rio <strong>Primavera</strong>, verifica‐se que as<br />

bacias da margem direita (Rio do Peixe, Rio<br />

Tabocal, Rio Aguiar) tem suas águas<br />

direcionadas para o Norte, enquanto que as<br />

sub‐bacias da margem esquerda (Rio Morcego<br />

e Rio Bacabal), tem sua orientação voltadas<br />

para Leste.<br />

Caracterização do Sistema Hidrográfico e<br />

Regime Hidrológico das Áreas <strong>de</strong><br />

Influência<br />

A seguir são apresentadas algumas<br />

características hidrológicas da região,<br />

utilizadas para <strong>de</strong>terminação das vazões na<br />

bacia do rio <strong>Primavera</strong> bem como em suas<br />

sub‐bacias.<br />

Precipitação Média <strong>de</strong> Longo Período = 2755,7<br />

mm<br />

Evapotranspiração Potencial Anual = 1650 mm<br />

Microbacia do rio Morcego<br />

Essa micro‐bacia é formada pelo tributário<br />

principal do rio Morcego, que corre <strong>de</strong> SW a<br />

NE, e se esten<strong>de</strong> por mais <strong>de</strong> 3 km <strong>de</strong><br />

comprimento e 500 m <strong>de</strong> largura e possui uma<br />

área <strong>de</strong> 298 hectares. Sua vazão não <strong>de</strong>pen<strong>de</strong><br />

das estações climáticas, possuindo água<br />

corrente o ano todo.<br />

Microbacia do rio Aguiar<br />

Os dados fluviométricos <strong>de</strong>sta drenagem<br />

mostram que curso <strong>de</strong> água é perene, e suas<br />

vazões oscilam nos períodos <strong>de</strong> chuva e<br />

estiagem. O fator importante <strong>de</strong>ssa<br />

drenagem, próxima à fonte, é que não seca<br />

mesmo durante o período <strong>de</strong> estiagem. Ver<br />

Foto 3.1.10‐4.<br />

Foto 3.1.10‐4: Rio das Pedras ou Aguiar.<br />

Microbacia do Caco<br />

Essa micro‐bacia é <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> porte e seu<br />

principal tributário é o rio dos Cacos, que<br />

corre <strong>de</strong> SW a NE e <strong>de</strong>pois E a W, até chegar<br />

aos campos <strong>de</strong> água <strong>de</strong> Igaçabão e finalmente<br />

se juntar ao rio <strong>de</strong> Quatipuru. A área da<br />

microbacia é <strong>de</strong> 1.314 hectares.<br />

Nas áreas das nascentes não há ocupação<br />

habitacional e nenhum tipo <strong>de</strong> plantação <strong>de</strong><br />

consumo comercial.<br />

Caracterização da pluviosida<strong>de</strong> e a<br />

evapotranspiração da área <strong>de</strong> influência.<br />

Pluviosida<strong>de</strong><br />

A região é caracterizada pelos altos índices<br />

pluviométricos na estação chuvosa e uma<br />

estação seca, <strong>de</strong> agosto a <strong>de</strong>zembro.


<strong>RIMA</strong> <strong>–</strong> <strong>Projeto</strong> <strong>Primavera</strong> / Pará <strong>–</strong> Votorantim<br />

33<br />

_________________________________________________________________________________________________________________<br />

_________________________________________________________________________________________________________________<br />

Evapotranspiração<br />

A região <strong>de</strong> <strong>Primavera</strong> possui para<br />

Evapotranspiração Potencial uma perda entre<br />

1600,1 e 1650,0 mm ao ano. Enquanto que<br />

para Evapotranspiração Real, a perda fica<br />

entre 1300,1 e 1400 mm por ano.<br />

Balanço Hídrico<br />

A região <strong>de</strong> primavera possui um escoamento<br />

ou exce<strong>de</strong>nte hídrico anual <strong>de</strong> 1.105,7 mm.<br />

Verifica‐se que <strong>de</strong> agosto a <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong><br />

2010, há um déficit hídrico <strong>de</strong> 480 mm, sendo<br />

Figura 3.1.10‐1: Pontos <strong>de</strong> amostragem <strong>de</strong> água<br />

mais acentuado nos meses <strong>de</strong> Setembro,<br />

Outubro e Novembro. Lembrando que esta é a<br />

estação tida como seca.<br />

Qualida<strong>de</strong> dos corpos d’água<br />

Visando a avaliação da qualida<strong>de</strong> das águas<br />

dos cursos d’água e aqüíferos que drenam as<br />

áreas <strong>de</strong> influência do empreendimento,<br />

<strong>de</strong>terminou‐se 8 pontos <strong>de</strong> coletas <strong>de</strong> águas<br />

superficiais e 4 pontos <strong>de</strong> coleta <strong>de</strong> água<br />

subterrânea <strong>de</strong> modo que contemplasse a<br />

ADA e AID do empreendimento, conforme<br />

figura abaixo.


<strong>RIMA</strong> <strong>–</strong> <strong>Projeto</strong> <strong>Primavera</strong> / Pará <strong>–</strong> Votorantim<br />

34<br />

_________________________________________________________________________________________________________________<br />

_________________________________________________________________________________________________________________<br />

Dos pontos coletados, nota‐se que os pontos<br />

1, 2, 3 e 6 estão na faixa que não sofre<br />

influência da água salobra já os pontos 4, 5 e 7<br />

estão sob influência da mesma.<br />

Classificação dos corpos d’água quanto à<br />

classe e Enquadramento<br />

De acordo com a Resolução CONAMA nº 357<br />

<strong>de</strong> 17 <strong>de</strong> março <strong>de</strong> 2005, <strong>de</strong>fine‐se<br />

enquadramento como o estabelecimento da<br />

meta ou objetivo <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> da água<br />

(classe) a ser, obrigatoriamente, alcançado ou<br />

mantido em um segmento <strong>de</strong> corpo d'água,<br />

<strong>de</strong> acordo com os usos prepon<strong>de</strong>rantes<br />

pretendidos ao longo do tempo. Porém o<br />

estado do Pará ainda não possui o<br />

enquadramento dos corpos d’água, partindo<br />

<strong>de</strong>ste princípio convencionou‐se adotar, para<br />

as águas dos rios que não possuem<br />

classificação quanto ao enquadramento, a<br />

classe 2.<br />

Caracterização Hidroquímica das Águas<br />

O laboratório CORPLAB SERVIÇOS ANALÍTICOS<br />

AMBIENTAIS LTDA, realizou as coletas no dia<br />

22/09/2010, ressaltando‐se que as coletas<br />

seguiram os procedimentos <strong>de</strong> coleta e<br />

conservação <strong>de</strong> acordo com as normas<br />

aplicáveis, sendo o laboratório certificado<br />

através da NBR ISO/IEC 17025.<br />

A caracterização da qualida<strong>de</strong> das águas<br />

superficiais, seguiram os padrões <strong>de</strong><br />

referência estabelecidos na Resolução<br />

CONAMA 357, <strong>de</strong> 17 <strong>de</strong> março <strong>de</strong> 2005,<br />

padrões para classe 2 Art 15, e art. 21 para<br />

águas salobras. Salienta‐se que dos 8 (oito)<br />

pontos coletados apenas 1 (um) se <strong>de</strong>u em<br />

água salobra.<br />

O ponto número 7 foi diagnosticado como <strong>de</strong><br />

água salobra, assim os parâmetros foram<br />

comparados com o art. 21 do CONAMA 357.<br />

Para este ponto ultrapassaram os limites<br />

permitidos os parâmetros: Ferro dissolvido<br />

(Fe) e Zinco (Zn), o oxigênio dissolvido não<br />

alcançou o mínimo estabelecido.<br />

PH <strong>–</strong> Potencial Hidrogeniônico<br />

Dos 8 pontos amostrados apresentaram pH<br />

abaixo dos limites estabelecidos os pontos 1 e<br />

5, nascente do rio Aguiar e rio Tabocal.<br />

Resíduos Sólidos Objetáveis<br />

Este parâmetro foi <strong>de</strong>tectado em 4 pontos<br />

amostrados, pontos 2 (Próximo a fábrica), 4<br />

(rio <strong>Primavera</strong>), 5 (rio Tabocal) e 8 (rio<br />

<strong>Primavera</strong>), sendo que o CONAMA 357<br />

estabelece ausência.<br />

Ferro Dissolvido<br />

Nas águas superficiais, o nível <strong>de</strong> ferro po<strong>de</strong><br />

ser explicado pela composição mineralógica<br />

dos solos, tendo em vista que estes, em<br />

estações chuvosas, são carreados para o leito<br />

dos rios aliados a ocorrência <strong>de</strong> processos <strong>de</strong><br />

erosão das margens.<br />

Contudo, foram <strong>de</strong>tectados ferro dissolvido<br />

acima dos limites estabelecidos nos pontos 02<br />

(rio Aguiar), 03 (rio Morcego), 04 (<strong>Primavera</strong>)<br />

e 08 (<strong>Primavera</strong>).<br />

Cianeto Livre<br />

Foi diagnosticada uma pequena quantida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> cianeto livre no ponto localizado no ponto<br />

8, junto ao rio <strong>Primavera</strong>. O cianeto é muito<br />

usado no processo <strong>de</strong> lixiviação do ouro, na<br />

produção <strong>de</strong> fibras sintéticas e borrachas,<br />

indústrias <strong>de</strong> galvanização, compostos<br />

farmacêuticos. Também são encontrados em<br />

efluentes <strong>de</strong> produção e processamento <strong>de</strong><br />

alimentos, originado <strong>de</strong> glicosídios<br />

cianogênicos presentes em vários vegetais e<br />

frutos, como mandioca, sorgo, amêndoas,<br />

pêssegos, cerejas e bambu. Ressalta‐se que na<br />

região a produção <strong>de</strong> mandioca nas beiras dos<br />

rios é bastante comum.<br />

IQA <strong>–</strong> Índice <strong>de</strong> Qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Água<br />

Neste item serão <strong>de</strong>monstrados os índices <strong>de</strong><br />

qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> águas para os pontos <strong>de</strong> coleta<br />

<strong>de</strong> água superficial nas áreas do<br />

empreendimento. A metodologia empregada<br />

é a mesma adota pela CETESB <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 1975<br />

com vistas a servir <strong>de</strong> informação básica <strong>de</strong><br />

qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> água para o público em geral.<br />

Incorpora nove variáveis consi<strong>de</strong>radas<br />

relevantes para a avaliação da qualida<strong>de</strong> das<br />

águas: Coliformes Fecais, pH, Demanda<br />

Bioquímica <strong>de</strong> Oxigênio, Nitrogênio Total,<br />

Fósforo Total, Temperatura, Turbi<strong>de</strong>z, Resíduo<br />

Total e Oxigênio Dissolvido.<br />

A qualida<strong>de</strong> dos corpos d’água <strong>de</strong> acordo com<br />

a metodologia adota pela CETESB, mostrou<br />

que os mesmos possuem suas águas


<strong>RIMA</strong> <strong>–</strong> <strong>Projeto</strong> <strong>Primavera</strong> / Pará <strong>–</strong> Votorantim<br />

35<br />

_________________________________________________________________________________________________________________<br />

_________________________________________________________________________________________________________________<br />

classificadas como “BOA” em todos os pontos.<br />

Ressalta‐se que esta metodologia reflete<br />

principalmente a contaminação dos corpos<br />

hídricos ocasionada pelo lançamento <strong>de</strong><br />

esgotos domésticos visando o tratamento<br />

para abastecimento público.<br />

Caracterização Hidroquímica das Águas<br />

Subterrâneas<br />

A caracterização hidroquímica das águas<br />

subterrâneas foi feita baseado nas análises<br />

coletadas <strong>de</strong> 4 (quatro) pontos inseridos na<br />

AID e ADA do empreendimento. Os<br />

parâmetros analisados foram comparados<br />

com a Portaria 518 <strong>de</strong> 24 <strong>de</strong> março <strong>de</strong> 2004<br />

do Ministério da Saú<strong>de</strong>.<br />

Coliformes Totais<br />

Nos quatro poços amostrados, foram<br />

<strong>de</strong>tectados a presença <strong>de</strong> Coliformes Totais,<br />

que são bactérias gram‐negativos, aeróbios ou<br />

anaeróbios facultativos, não formadores <strong>de</strong><br />

esporos, e que estão associadas à<br />

<strong>de</strong>composição <strong>de</strong> matéria orgânica em geral.<br />

Coliformes Fecais (termotolerantes)<br />

Este parâmetro foi diagnosticado apenas no<br />

Poço Amazonas (Cacimba) nº 01, as bactérias<br />

coliformes Fecais são consi<strong>de</strong>radas os<br />

principais indicadores <strong>de</strong> contaminação por<br />

esgotos sanitários e são mais significativas do<br />

que as Coliformes Totais, pelo fato das<br />

bactérias fecais serem restritas ao trato<br />

intestinal <strong>de</strong> animais <strong>de</strong> sangue quente.<br />

A <strong>de</strong>terminação da concentração dos<br />

coliformes assume importância como<br />

parâmetro indicador da possibilida<strong>de</strong> da<br />

existência <strong>de</strong> microorganismos patogênicos,<br />

responsáveis pela transmissão <strong>de</strong> doenças <strong>de</strong><br />

veiculação hídrica, tais como febre tifói<strong>de</strong>,<br />

febre paratifói<strong>de</strong>, <strong>de</strong>sinteria bacilar e cólera.<br />

PH <strong>–</strong> Potencial Hidrogeniônico<br />

Dos quatro poços amostrados três estão com<br />

o índice pH abaixo do mínimo estabelecido<br />

pela portaria 518, Poços 01, 03 e 04, fato que<br />

po<strong>de</strong> estar relacionado a formação<br />

mineralógica do solo.<br />

Conclusões<br />

A análise da qualida<strong>de</strong> das águas superficiais<br />

nos pontos amostrados indica uma qualida<strong>de</strong><br />

boa em relação aos parâmetros avaliados,<br />

porém é verificado, <strong>de</strong>vido a baixa altitu<strong>de</strong>,<br />

que os rios sofrem salinização <strong>de</strong>vido a<br />

influência da maré, o que inviabiliza a<br />

captação para consumo humano.<br />

As águas subterrâneas amostradas<br />

<strong>de</strong>monstraram em todos os pontos a presença<br />

<strong>de</strong> coliforme totais, além <strong>de</strong> que no poço<br />

número 01, foi <strong>de</strong>tectado coliforme fecal. O<br />

fato po<strong>de</strong> ser explicado <strong>de</strong>vido ao município<br />

<strong>de</strong> <strong>Primavera</strong> não dispor <strong>de</strong> um sistema <strong>de</strong><br />

tratamento <strong>de</strong> esgoto, e os efluentes serem<br />

<strong>de</strong>scartados em fossas negras. Contudo<br />

recomenda‐se que as águas captadas para<br />

consumo humano sejam feitas através <strong>de</strong><br />

poço tubular profundo distantes das fossas<br />

negras, <strong>de</strong>vendo estas águas serem<br />

periodicamente monitoradas através <strong>de</strong><br />

análises físico, químicas e bacteriológicas,<br />

além <strong>de</strong> serem previamente cloradas para o<br />

consumo.<br />

Uso das Águas Superficiais<br />

As águas superficiais no Município <strong>de</strong><br />

<strong>Primavera</strong> são utilizadas pela população,<br />

principalmente na lavagem <strong>de</strong> roupa, banho e<br />

<strong>de</strong> carros. Essas águas <strong>de</strong> superfície são<br />

também aproveitadas para <strong>de</strong>sse<strong>de</strong>ntação do<br />

gado nas fazendas circunvizinhas.<br />

A água superficial é imprópria para consumo<br />

humano, pois além <strong>de</strong> sofrerem salinização da<br />

água do mar em certos trechos, os<br />

lançamentos <strong>de</strong> esgoto são realizados através<br />

<strong>de</strong> fossas negras, já que o Município <strong>de</strong><br />

<strong>Primavera</strong> não é provido <strong>de</strong> sistema <strong>de</strong><br />

tratamento <strong>de</strong> efluentes.<br />

Uso das Águas Subterrâneas<br />

O uso dominantemente das águas<br />

subterrâneas no município <strong>de</strong> <strong>Primavera</strong> é o<br />

doméstico, pois não temos conhecimento <strong>de</strong><br />

indústrias no Município <strong>de</strong> <strong>Primavera</strong>. Existe<br />

apenas uma pequena restrição quanto ao uso<br />

do aqüífero Pirabas, pois o mesmo apresenta<br />

uma dureza, cujo sabor é diferente dos poços<br />

das aluviões.<br />

Abastecimento <strong>de</strong> Água no Município <strong>de</strong><br />

<strong>Primavera</strong><br />

O abastecimento no município se dá através<br />

<strong>de</strong> poços tubulares e <strong>de</strong> cacimba, sendo que


<strong>RIMA</strong> <strong>–</strong> <strong>Projeto</strong> <strong>Primavera</strong> / Pará <strong>–</strong> Votorantim<br />

36<br />

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_________________________________________________________________________________________________________________<br />

na se<strong>de</strong> municipal é proveniente <strong>de</strong> três<br />

Baterias <strong>de</strong> poços tubulares do SAAE.<br />

Em <strong>Primavera</strong>, principalmente na se<strong>de</strong><br />

municipal, o Serviço Autônomo <strong>de</strong> Água e<br />

Esgoto ‐ SAAE e a prefeitura são responsáveis<br />

pela distribuição <strong>de</strong> água para a população.<br />

O regime <strong>de</strong> bombeamento inicia às 3 horas<br />

da manhã e termina às 21 horas, com vazões<br />

<strong>de</strong> 90 m³/h para o conjunto das três Baterias.<br />

Com o crescimento da população houve<br />

necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> perfurarem‐se poços<br />

tubulares, com finalida<strong>de</strong> <strong>de</strong> aten<strong>de</strong>r a<br />

<strong>de</strong>manda exigida pela população,<br />

principalmente,<br />

distantes.<br />

nas comunida<strong>de</strong>s mais<br />

3.1.11 Caracterização Hidrogeológica Local<br />

A hidrogeologia do sistema tem o seu<br />

contexto representado principalmente por<br />

unida<strong>de</strong>s Cenozóicas, estudadas em<br />

afloramentos naturais e através <strong>de</strong> perfís<br />

litoestratigráficos <strong>de</strong> poços tubulares<br />

perfurados na área costeira.<br />

Fazem parte <strong>de</strong>sse contexto as unida<strong>de</strong>s:<br />

Sedimentos Holocênicos, Barreiras e Pirabas.<br />

Sedimentos Holocênicos caracterizam<br />

aqüíferos <strong>de</strong> natureza livre e <strong>de</strong>scontínuos,<br />

constituídos <strong>de</strong> argila cinza‐esbranquiçada,<br />

areia e cascalho inconsolidados. Em geral<br />

apresentam boa porosida<strong>de</strong> e<br />

permeabilida<strong>de</strong>, <strong>de</strong>vido o caráter arenoso <strong>de</strong><br />

sua estrutura.<br />

A unida<strong>de</strong> Barreiras consiste em sedimentos<br />

areno‐argilosos, inconsolidados. Nas áreas <strong>de</strong><br />

influência do futuro empreendimento<br />

ocorrem a profundida<strong>de</strong>s entre 2,0 e 18,0<br />

metros, São aqüíferos <strong>de</strong> natureza livre, semi‐<br />

livre a confinado, pelas camadas <strong>de</strong> solo e<br />

argila variegada, com espessuras variando <strong>de</strong><br />

até 2,0 a 6,0 metros.<br />

Devido a sua constituição argilosa e aliadas a<br />

sua pouca espessura, não se constituem<br />

aqüíferos para gran<strong>de</strong>s <strong>de</strong>mandas <strong>de</strong> água em<br />

toda a sua extensão. Estas unida<strong>de</strong>s<br />

constituem os sistemas aqüíferos mais<br />

explorados nas áreas <strong>de</strong> influência do<br />

empreendimento proposto.<br />

A unida<strong>de</strong> Pirabas aflora, principalmente, no<br />

litoral Nor<strong>de</strong>ste do Estado do Pará, em<br />

especial na Ilha <strong>de</strong> Fortaleza, e nos Municípios<br />

<strong>de</strong> São João <strong>de</strong> Pirabas, Salinópolis, Capanema<br />

e Quatipuru. Em <strong>Primavera</strong> as rochas <strong>de</strong>sta<br />

unida<strong>de</strong> po<strong>de</strong>m ser encontradas a<br />

aproximadamente 5,0 a 18,0 metros <strong>de</strong><br />

profundida<strong>de</strong>, atingindo o topo do<br />

embasamento a profundida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> 60,0<br />

metros, conforme se observou nos furos <strong>de</strong><br />

sondagens. O aqüífero Pirabas, <strong>de</strong> natureza<br />

cárstica, é o mais complexo, apresentando<br />

potencialida<strong>de</strong>s hidrogeológicas baixa a<br />

média.<br />

Caracterização da piezometria dos<br />

aqüíferos e sua re<strong>de</strong> <strong>de</strong> monitoramento<br />

na área <strong>de</strong> influência direta do<br />

empreendimento<br />

Para um melhor entendimento das condições<br />

hidrogeológicas da área do Município <strong>de</strong><br />

<strong>Primavera</strong>, foi realizado o levantamento dos<br />

poços tubulares e cacimba (também<br />

<strong>de</strong>nominado poços amazonas), levando em<br />

conta os parâmetros <strong>de</strong> construção dos<br />

mesmos. Os poços cacimba apresentam níveis<br />

estáticos rasos (entre 2,0 a 4,0 metros),<br />

enquanto os tubulares mais profundos<br />

chegam a 13,0 metros <strong>de</strong> profundida<strong>de</strong>.<br />

Os poços do tipo cacimba e ponteira<br />

exploram, geralmente, zonas aqüíferas dos<br />

terraços alúvio‐coluvionares, com<br />

profundida<strong>de</strong>s variando entre 6,0 e 12,0<br />

metros, respectivamente. Já os poços<br />

tubulares rasos, explotando zonas aqüíferas<br />

dos sedimentos Barreiras, apresentam<br />

profundida<strong>de</strong>s predominantes entre 12,0‐18,0<br />

metros. O nível estático medido na época do<br />

cadastro variava <strong>de</strong> 3,0‐8,0 metros, com o<br />

valor médio <strong>de</strong> 5,0 metros.<br />

Ressalta‐se que a maioria dos poços<br />

construídos nos Municípios <strong>de</strong> Castanhal,<br />

Salinópolis e áreas circunvizinhas atingiram<br />

profundida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> 60,0‐130,0 metros e vazões<br />

na or<strong>de</strong>m <strong>de</strong> 10 a 80 m3/h.<br />

Proposta <strong>de</strong> uso dos recursos hídricos<br />

superficiais e subterrâneos e<br />

interferências nos recursos hídricos<br />

existentes<br />

Fase <strong>de</strong> Implantação<br />

A <strong>de</strong>manda <strong>de</strong> água durante o período <strong>de</strong><br />

Implantação do <strong>Projeto</strong> inicia com a fase <strong>de</strong>


<strong>RIMA</strong> <strong>–</strong> <strong>Projeto</strong> <strong>Primavera</strong> / Pará <strong>–</strong> Votorantim<br />

37<br />

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_________________________________________________________________________________________________________________<br />

mobilização <strong>de</strong> canteiro, prevendo‐se um<br />

consumo <strong>de</strong> 100 m³/dia. A água será utilizada<br />

tanto para aten<strong>de</strong>r a <strong>de</strong>manda das obras <strong>de</strong><br />

engenharia como do uso doméstico<br />

(escritórios, banheiros, salas <strong>de</strong> manutenção<br />

<strong>de</strong> equipamentos, entre outros). Para o<br />

consumo humano <strong>de</strong>verá ser adquirida água<br />

mineral. O teste <strong>de</strong> bombeamento realizado<br />

em poço perto da fábrica mostrou<br />

disponibilida<strong>de</strong> para atendimento <strong>de</strong>sta<br />

<strong>de</strong>manda inicial sem comprometimento do<br />

aqüífero.<br />

Fase <strong>de</strong> Operação<br />

Na fase <strong>de</strong> operação, está previsto um<br />

consumo médio <strong>de</strong> água no processo<br />

industrial <strong>de</strong> 30 m³/h, e uso doméstico<br />

(potável) <strong>de</strong> 35 m³/dia.<br />

A alternativa para suprir o <strong>de</strong>ficit <strong>de</strong><br />

disponibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> águas superficiais, é a<br />

execução <strong>de</strong> poços tubulares nas<br />

proximida<strong>de</strong>s da futura fábrica.<br />

O estudo hidrogeológico realizado pela<br />

empresa Hidroplan no local, mostrou que<br />

existe disponibilida<strong>de</strong> hídrica no local sem<br />

comprometimento do aqüífero <strong>de</strong>vendo ser<br />

feito uma bateria <strong>de</strong> poços para suprir a<br />

<strong>de</strong>manda.


<strong>RIMA</strong> <strong>–</strong> <strong>Projeto</strong> <strong>Primavera</strong> / Pará <strong>–</strong> Votorantim<br />

38<br />

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_________________________________________________________________________________________________________________<br />

4<br />

Para o meio biótico apresentado neste item,<br />

foram caracterizados os seguintes aspectos:<br />

Ecossistemas Terrestres e Ecossistemas<br />

Aquáticos, com especial atenção para a<br />

vegetação e fauna (mamíferos, aves, répteis e<br />

anfíbios).<br />

4.1. Ecossistemas Terrestres<br />

4.1.1 Vegetação<br />

Introdução<br />

A área do empreendimento localiza‐se na<br />

bacia do rio <strong>Primavera</strong>, que por sua vez está<br />

inserida na região Bragantina, situada no<br />

nor<strong>de</strong>ste do estado do Pará, Bioma<br />

Amazônico, on<strong>de</strong> originalmente predominava<br />

a Floresta Ombrófila, em ambientes <strong>de</strong> terra<br />

firme, e Florestas Aluviais em áreas úmidas e<br />

inundáveis.<br />

Historicamente a ocupação <strong>de</strong>sor<strong>de</strong>nada<br />

acelerou a transformação <strong>de</strong> vastas áreas da<br />

floresta <strong>de</strong> terra firme, inicialmente com a<br />

comercialização <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>iras <strong>de</strong> alto valor<br />

comercial e posteriormente para conciliar<br />

projetos <strong>de</strong> uso da terra como pecuária e<br />

agricultura, aparentemente, sem muito<br />

sucesso.<br />

Objetivos<br />

Caracterizar a vegetação nativa e as formas <strong>de</strong><br />

uso dos solos nas Áreas <strong>de</strong> Influência Direta ‐<br />

AID e Diretamente Afetada <strong>–</strong> ADA da futura<br />

Fábrica <strong>de</strong> Cimentos Votorantin, que se<br />

preten<strong>de</strong> instalar em <strong>Primavera</strong>, Pará.<br />

Indicar medidas minimizadoras e/ou<br />

compensatórias para reduzir o efeito dos<br />

impactos ambientais sobre a vegetação.<br />

Procedimentos<br />

Área Diretamente Afetada <strong>–</strong> ADA<br />

Para os estudos do meio biótico foi<br />

consi<strong>de</strong>rado como Área Diretamente Afetada<br />

CARACTERÍSTICAS DO MEIO BIÓTICO<br />

<strong>–</strong> ADA, a área das minas <strong>de</strong> calcário, <strong>de</strong> jazidas<br />

<strong>de</strong> argila e da planta industrial da fábrica <strong>de</strong><br />

cimento.<br />

Área <strong>de</strong> Influência Direta <strong>–</strong> AID<br />

Consi<strong>de</strong>rou‐se como Área <strong>de</strong> Influência Direta<br />

<strong>–</strong> AID as sub‐bacias dos rios Bacabal, Morcego,<br />

Aguiar, Tabocal e Peixes <strong>de</strong>s<strong>de</strong> suas cabeceiras<br />

mais altas, até a confluência dos rios<br />

<strong>Primavera</strong> e Peixes.<br />

Área <strong>de</strong> Influência Indireta <strong>–</strong> AII<br />

A Área <strong>de</strong> Influência Indireta <strong>–</strong> AII correspon<strong>de</strong><br />

aos territórios dos municípios <strong>de</strong> <strong>Primavera</strong>,<br />

Quatipuru, Salinópolis e Capanema.<br />

Para efetivar o diagnóstico da vegetação<br />

foram planejadas duas campanhas <strong>de</strong> campo.<br />

A primeira para i<strong>de</strong>ntificar e mapear todas as<br />

fitofisionomias existentes e o uso dos solos, e<br />

a segunda, após seleção das mais<br />

representativas unida<strong>de</strong>s, fazer amostragens<br />

quantitativas.<br />

Todo trabalho foi <strong>de</strong>senvolvido em duas<br />

etapas, escritório e campo, <strong>de</strong> forma que se<br />

obtenha o maior número possível <strong>de</strong><br />

informações.<br />

Resultados<br />

Após verificação dos diferentes padrões da<br />

vegetação nativa e investigação no interior<br />

das unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> mapeamento (itens<br />

observados: presença <strong>de</strong> espécies típicas,<br />

estrutura da formação, características e<br />

fatores como umida<strong>de</strong> do solo, presença <strong>de</strong><br />

lianas e palmeiras e sinais <strong>de</strong> anomalias como<br />

troncos cortados, resto <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>iras e<br />

palmeiras cortadas) e <strong>de</strong> usos dos solos, na<br />

Área Diretamente e na Área <strong>de</strong> Influência<br />

Direta, do empreendimento, ficou<br />

caracterizada que a Região Fitoecológica<br />

estudada é a Floresta Ombrófila Densa.<br />

De uma forma geral, as unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> vegetação<br />

mapeadas encontram‐se muito alteradas, não<br />

foi encontrada nenhuma área íntegra e os<br />

remanescentes e fragmentos visitados contêm<br />

muitas clareiras e trilhas <strong>de</strong>correntes <strong>de</strong><br />

exploração do material lenhoso.


<strong>RIMA</strong> <strong>–</strong> <strong>Projeto</strong> <strong>Primavera</strong> / Pará <strong>–</strong> Votorantim<br />

39<br />

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Pelas características próprias foram<br />

i<strong>de</strong>ntificadas e espacializadas as seguintes<br />

fitofisionomias: Floresta Ombrófila Densa<br />

Aluvial (ao longo dos flúvios), Floresta<br />

Ombrófila Densa <strong>de</strong> Terras Baixas (em terras<br />

firmes), Formações Pioneiras (Mangues,<br />

Campos marinhos, Palmeiral) e Áreas<br />

Antropizadas (Vegetação Secundária:<br />

Capoeiras Altas e Capoeiras Baixas; Pastagem<br />

e Agricultura <strong>de</strong> subsistência) a Tabela 4.1.1‐1,<br />

apresenta o resumo das áreas ocupadas por<br />

cada uma <strong>de</strong>stas unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> vegetação.<br />

Tabela 4.1.1‐1. Áreas <strong>de</strong> Vegetação e Usos do<br />

Solo<br />

Símbolo Fitofisionomias Área total<br />

(ha)<br />

Floresta Ombrófila 100,40<br />

Db Densa <strong>de</strong> Terras<br />

Baixas<br />

Da<br />

Floresta Ombrófila<br />

Densa Aluvial<br />

5,89<br />

Floresta Ombrófila 246,34<br />

Densa Aluvial+<br />

Da+Db Floresta Ombrófila<br />

Densa <strong>de</strong> Terras<br />

Baixas<br />

M Manguezal 1.620,83<br />

Cs Campos Salinos 233,50<br />

Vegetação<br />

2.259,98<br />

Vs<br />

Secundária<br />

(Capoeiras Altas e<br />

Baixas)<br />

Vegetação<br />

Secundária<br />

365,24<br />

Vs+Da +Floresta<br />

Ombrófila<br />

Aluvial<br />

Densa<br />

Vegetação<br />

2.527,70<br />

Vs+Af<br />

Secundária<br />

Agricultura<br />

Familiar<br />

+<br />

P Pastagem 1.841,45<br />

Af<br />

Agricultura<br />

Familiar<br />

199,49<br />

Au<br />

Área Urbana<br />

<strong>Primavera</strong><br />

<strong>de</strong> 189,76<br />

ÁREA TOTAL 9.590,63<br />

Fonte: CEMA, 2010.<br />

A seguir são apresentados relatos <strong>de</strong>ssas<br />

fitofisionomias como também ilustrações e<br />

comentários sobre a situação atual.<br />

Região Fitoecológica da Floresta<br />

Ombrófila<br />

A vegetação do Brasil, compreendida na Zona<br />

Neotropical, po<strong>de</strong> ser dividida, segundo o<br />

aspecto geográfico em dois gran<strong>de</strong>s<br />

territórios: o amazônico e o extra‐amazônico.<br />

No território Amazônico, o sistema ecológico<br />

vegetal respon<strong>de</strong> a um clima <strong>de</strong> temperatura<br />

média em torno <strong>de</strong> 25ºC e <strong>de</strong> chuvas<br />

torrenciais bem distribuídas durante o ano,<br />

sem déficit hídrico mensal no balanço<br />

ombrotérmico anual.<br />

Nessa região com clima ombrotérmico e sem<br />

um período biologicamente seco durante o<br />

ano, com mais <strong>de</strong> 2.300mm <strong>de</strong> chuvas anuais,<br />

ocorre uma das maiores biodiversida<strong>de</strong>s do<br />

planeta.<br />

Na área em estudo, as composições florísticas<br />

e estrutura das distintas fitofisionomias estão<br />

mais ligadas às variações edáficas, do que<br />

variações altitudinais. Dentro <strong>de</strong>ssa Região<br />

foram encontradas as seguintes<br />

Fitofisonomias:<br />

Floresta Ombrófila Densa Aluvial<br />

De modo geral, trata‐se <strong>de</strong> uma formação<br />

ribeirinha que ocupa as planícies inundadas,<br />

periodicamente inundáveis como também os<br />

antigos terraços quaternários.<br />

Em alguns locais formam dossel emergente<br />

uniforme com árvores com mais <strong>de</strong> 35 metros<br />

<strong>de</strong> altura com Taperebá, Envira, Andiroba e<br />

Pente‐<strong>de</strong>‐macaco. A área em estudo esta<br />

associada à diversas espécies <strong>de</strong> palmeiras na<br />

submata como também, lianas lenhosas e<br />

herbáceas.<br />

Em geral, esta formação circunda a Floresta<br />

Ombrófila Densa Aluvial das áreas<br />

permanentemente inundadas, conhecida<br />

regionalmente como “mata <strong>de</strong> igapó”. Em<br />

campo é possível diferenciar essas fisionomias<br />

tanto pelo nível <strong>de</strong> encharcamento <strong>de</strong> solo,<br />

como pela seleção <strong>de</strong> um número menor <strong>de</strong><br />

espécies adaptadas, com <strong>de</strong>staque pela<br />

ocorrência <strong>de</strong> anani, sumaúma e as palmeiras<br />

açaí, inajá, e buriti.<br />

Na área em estudo ocorrem poucos<br />

remanescentes <strong>de</strong>ssa formação. O melhor<br />

remanescente em termos <strong>de</strong> conservação e<br />

características próprias da formação<br />

(0º58’33,9S e 47º07’07,5”W), foi observado<br />

próximo ao terreno da futura fábrica <strong>de</strong>


<strong>RIMA</strong> <strong>–</strong> <strong>Projeto</strong> <strong>Primavera</strong> / Pará <strong>–</strong> Votorantim<br />

40<br />

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cimentos. Na amostragem <strong>de</strong>ssa área<br />

verificou‐se a presença <strong>de</strong> espécies comuns<br />

<strong>de</strong>ssa formação como: Ucuuba, Umiri,<br />

Abiurana, Taxi, Mangirana, Mandioqueiro,<br />

Goiabinha‐da‐mata, entre outras. A fisionomia<br />

florestal, com árvores adultas com mais <strong>de</strong> 35<br />

metros <strong>de</strong> altura, dossel fechado, sub‐bosque<br />

uniforme, raízes tabulares e solo encharcado<br />

proporcionaram a caracterização da mata <strong>de</strong><br />

várzea. Em seu interior, diversos testemunhos<br />

<strong>de</strong> troncos cortados, clareiras <strong>de</strong>vido ao corte<br />

seletivo e restos <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>ira cortada por<br />

moto‐serra. Destaca‐se a ausência <strong>de</strong><br />

indivíduos <strong>de</strong> valor comercial.<br />

Foto 4.1.1‐1: Sapopemas <strong>de</strong> ucuúba (Virola<br />

surinamensis).<br />

Foto 4.1.1‐2: Exploração <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>ira.<br />

Floresta Ombrófila Densa das Terras<br />

Baixas<br />

A Formação Ombrófila Densa das Terras<br />

Baixas ocupa a faixa marginal, a partir da<br />

“mata <strong>de</strong> várzea”, em terrenos mais secos e<br />

com maior altitu<strong>de</strong> do que esta.<br />

É caracterizada pela exuberância da sua<br />

cobertura vegetal, com predomínio <strong>de</strong> árvores<br />

<strong>de</strong> gran<strong>de</strong> porte, gran<strong>de</strong> quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

biomassa na serapilheira, gran<strong>de</strong> número <strong>de</strong><br />

espécies epífitas.<br />

Os fragmentos encontrados estão totalmente<br />

<strong>de</strong>scaracterizados, tanto em composição,<br />

como em estrutura.<br />

Gran<strong>de</strong> parte <strong>de</strong>ssas áreas está ocupada pela<br />

agricultura <strong>de</strong> subsistência. Nas proprieda<strong>de</strong>s<br />

maiores, o <strong>de</strong>smatamento para formação <strong>de</strong><br />

pastagens também abriu muitas áreas.<br />

Foram encontrados nesses fragmentos<br />

“indivíduos testemunho” que caracterizam<br />

essa floresta, como abiorana‐cutite, pequiá,<br />

quinarana, sorva, acapu, andiroba, bacuri,<br />

caju‐açu, e ajudaram na i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong>ssa<br />

fisionomia.<br />

Foto 4.1.1‐3: Fragmento da Floresta Ombrófila<br />

Densa <strong>de</strong> Terra Baixa.<br />

Formações Pioneiras<br />

Formação Pioneira Arbórea<br />

Na área <strong>de</strong> Influência Indireta <strong>–</strong> AID, <strong>de</strong>vido ao<br />

balanceamento <strong>de</strong> maré do oceano sobre os<br />

rios <strong>Primavera</strong> e Peixe, ocorre um ecossistema<br />

costeiro, <strong>de</strong> transição entre os ambientes<br />

terrestres e marinhos, <strong>de</strong>nominado<br />

“manguezal”. Em virtu<strong>de</strong> do solo salino e da<br />

<strong>de</strong>ficiência <strong>de</strong> oxigênio, nos manguezais<br />

predominam os vegetais halófilos (que<br />

suportam solos salgados), especialmente<br />

mangue (Rhizophora mangle), adaptado e<br />

composto por longas raízes respiratórias que<br />

permitem a sustentação das árvores no solo<br />

lodoso. Entre os indivíduos <strong>de</strong> mangue,<br />

ocorrem alguns <strong>de</strong> aturis (Drepanocarpus<br />

luna‐tus). Em seu entorno ocorrem buriti<br />

(Mauritia flexuosa) e o açaí (Euterpe oleracea),<br />

que se comportam como pioneiras e<br />

indicadoras da transição do mangue para a


<strong>RIMA</strong> <strong>–</strong> <strong>Projeto</strong> <strong>Primavera</strong> / Pará <strong>–</strong> Votorantim<br />

41<br />

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vegetação das áreas alagadas com água doce<br />

(influência fluvial).<br />

Foto 4.1.1‐4: Manguezal ocupando as margens<br />

do rio <strong>Primavera</strong>. Maré alta.<br />

Palmeiral<br />

Os palmeirais ocorrem em todas as formações<br />

visitadas. Em áreas alteradas tornam‐se<br />

pioneiras, (0º 56’29,7”S e 47º 05’17,00”W).<br />

Nas capoeiras <strong>de</strong>senvolvem populações<br />

chegando a formar comunida<strong>de</strong>s próprias.<br />

Destacam‐se as espécies: babaçu (Orbygnia<br />

speciosa), inajá (Attalea maripa), buriti<br />

(Mauritia flexuosa), buritirana ou caranã‐<strong>de</strong>‐<br />

espinho (Mauritiella aculeata.), muru‐muru<br />

(Astrocarium murumuru), tucumã<br />

(Astrocarium aculeatum), marajá (Bactris sp.),<br />

pupunharana (Duckeo<strong>de</strong>ndron cestroi<strong>de</strong>s) e<br />

principalmente o açaí (Euterpe oleraceae).<br />

Formação Pioneira Herbácea<br />

Nas áreas sobre influência fluviomarinha do<br />

rio <strong>Primavera</strong>, ocorre em menor escala, os<br />

Campos Salinos, uma formação pioneira<br />

<strong>de</strong>stituída <strong>de</strong> árvores que ocupa as planícies<br />

represadas com água do mar pelos terraços<br />

dos rios. São os campos ordinariamente<br />

povoados por gramíneas adaptadas ao<br />

ambiente salobro limnófitico, especialmente<br />

por Spartina sp., além <strong>de</strong> outras herbáceas.<br />

Foto 4.1.1‐5: Campo Salino, margem direita do<br />

rio <strong>Primavera</strong>.<br />

Áreas Antropizadas<br />

Vegetação Secundária (Capoeiras)<br />

O surgimento <strong>de</strong> áreas alteradas está<br />

diretamente relacionado com o processo <strong>de</strong><br />

ocupação humana na Amazônia. Nessa<br />

conjuntura <strong>de</strong>sor<strong>de</strong>nada <strong>de</strong> uso dos recursos<br />

naturais, a agricultura familiar, tem papel<br />

significativo no processo <strong>de</strong> conversão da<br />

cobertura vegetal, inserindo‐se<br />

predominantemente em parcelas da<br />

paisagem representadas pela vegetação<br />

secundária, que constituem as “capoeiras”.<br />

Segundo COSTA (2006, in MOREIRA, 2008), as<br />

capoeiras são componentes da paisagem rural<br />

<strong>de</strong> gran<strong>de</strong> significado na Amazônia.<br />

Distinguem‐se <strong>de</strong> outras formas <strong>de</strong> áreas<br />

alteradas por ação antrópica, por se<br />

constituírem estágios <strong>de</strong> regeneração<br />

espontânea da cobertura vegetal.<br />

Nesse contexto, estudos <strong>de</strong>monstram que na<br />

região Bragantina, após 120 anos <strong>de</strong><br />

colonização agrícola, existe menos <strong>de</strong> 15 % da<br />

cobertura vegetal original e as capoeiras<br />

ocupam cerca <strong>de</strong> 53 % (VIEIRA, 1996).<br />

As Áreas Diretamente Afetadas e <strong>de</strong> Influência<br />

Direta do empreendimento, estão quase que<br />

totalmente antropizadas. A maior parte <strong>de</strong>ssa<br />

área, anteriormente <strong>de</strong>smatada e<br />

posteriormente abandonada, foi recoberta<br />

por Capoeiras, que cortadas em épocas<br />

diferentes atualmente possuem ida<strong>de</strong>s e<br />

etapas sucessionais diferentes.<br />

As Capoeiras mais antigas formam<br />

comunida<strong>de</strong>s arbóreas, possuem estrutura e<br />

fisionomia <strong>de</strong> uma Floresta Secundária<br />

(Capoeira Alta), com espécies como morototó


<strong>RIMA</strong> <strong>–</strong> <strong>Projeto</strong> <strong>Primavera</strong> / Pará <strong>–</strong> Votorantim<br />

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(Didymopanax morototoni), Imbaubarana<br />

(Pouroma sp.), Cega‐machado (Maprounea<br />

guianensis), Grão‐<strong>de</strong>‐galo (Guatteria<br />

poeppigiana), entre outras, (0º 54’04,4” S 47º<br />

09’ 43,4” W).<br />

Foto 4.1.1‐6: Aspectos do interior da Capoeira<br />

Alta.<br />

Pecuária<br />

A área <strong>de</strong> Pecuária na região pesquisada está<br />

recoberta por pastagens plantadas, sendo em<br />

sua maioria Brachiaria <strong>de</strong>cumbens (em terras<br />

firmes e <strong>de</strong> baixa umida<strong>de</strong>) e Brachiaria<br />

humidicolia (em áreas rebaixadas e sobre<br />

solos hidromóorficos), geralmente as<br />

pastagens estão em proprieda<strong>de</strong>s <strong>de</strong> tamanho<br />

médio e estão distribuídas por toda área <strong>de</strong><br />

estudos ocupando significativo espaço<br />

territorial.<br />

Agricultura <strong>de</strong> Subsistência ou Familiar<br />

Essa ativida<strong>de</strong> é a mais importante fonte da<br />

produção agrícola na região nor<strong>de</strong>ste do Pará,<br />

principalmente no que se refere à produção<br />

<strong>de</strong> alimentos e oferta <strong>de</strong> empregos e<br />

ocupação no meio rural. Nesse sentido, os<br />

agricultores da região se caracterizam por<br />

exercer uma diversida<strong>de</strong> <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s<br />

fundamentais para complementar seus<br />

rendimentos e suas necessida<strong>de</strong>s <strong>de</strong><br />

sobrevivência, e direcionam as <strong>de</strong>cisões<br />

relativas às ativida<strong>de</strong>s agrícolas<br />

prioritariamente para aten<strong>de</strong>r as<br />

necessida<strong>de</strong>s básicas e imediatas <strong>de</strong> consumo<br />

alimentar da família. Assim, a produção<br />

<strong>de</strong>stina‐se à subsistência da família do<br />

agricultor, que se alimenta praticamente<br />

daquilo que planta, <strong>de</strong>ixando em segundo<br />

plano a questão da rentabilida<strong>de</strong>.<br />

Assim, o caboclo tem poucas chances para<br />

melhoria <strong>de</strong> suas condições <strong>de</strong> vida, porém,<br />

mantém seus hábitos culturais <strong>de</strong> modo <strong>de</strong><br />

vida tradicional em relação à moradia,<br />

alimentação, lazer e relação com a natureza.<br />

O tipo <strong>de</strong> agricultura familiar mais encontrado<br />

na área <strong>de</strong> estudo é a agricultura itinerante,<br />

sistema primitivo e predominante nos<br />

ecossistemas <strong>de</strong> florestas tropicais, em que o<br />

homem <strong>de</strong>rruba a floresta, queimando‐a<br />

como preparo da terra para cultivo <strong>de</strong><br />

subsistência, produzindo alimento durante 4 a<br />

6 anos, <strong>de</strong>pois abandona a área, quando essa<br />

se torna improdutiva, seguindo<br />

continuamente com esse processo em novos<br />

trechos da floresta. A área inicial abandonada,<br />

on<strong>de</strong> se estabeleceu vegetação secundária,<br />

após cerca <strong>de</strong> vinte anos, po<strong>de</strong>rá ser<br />

novamente utilizada para o cultivo.<br />

A Pesca<br />

O município <strong>de</strong> <strong>Primavera</strong> <strong>de</strong>staca‐se na<br />

região Bragantina como um produtor <strong>de</strong><br />

pescado, ativida<strong>de</strong> que envolve um número<br />

consi<strong>de</strong>rável da população <strong>de</strong> baixa renda<br />

local, <strong>de</strong>senvolvida predominantemente <strong>de</strong><br />

forma artesanal. Coletam principalmente<br />

camarão, caranguejo e peixes nos rios do<br />

município, principalmente no rio <strong>Primavera</strong><br />

próximo à sua foz com o mar, em<br />

comunida<strong>de</strong>s como Japerica, Muru‐Muru,<br />

Bacabal, que vive essencialmente <strong>de</strong>stas<br />

ativida<strong>de</strong>s, explorando as extensas áreas <strong>de</strong><br />

mangues adjacentes ao rio e a zona estuarina.<br />

Uma parcela significativa das comunida<strong>de</strong>s <strong>de</strong><br />

pescadores vive em condições precárias <strong>de</strong><br />

moradia, saneamento e renda, o que não lhes<br />

permite melhoria das condições <strong>de</strong> vida,<br />

embora a maioria tenha moradia própria, mas<br />

o estilo das moradias é muito rústico à<br />

semelhança das residências dos agricultores<br />

familiares.<br />

Segundo Lourenço et al. (2003), a ativida<strong>de</strong> da<br />

pesca artesanal no Nor<strong>de</strong>ste Paraense<br />

caracteriza‐se por ser <strong>de</strong>senvolvida com<br />

regularida<strong>de</strong> durante o ano todo, com baixo<br />

percentual <strong>de</strong> população <strong>de</strong> pescadores,<br />

<strong>de</strong>senvolvem a ativida<strong>de</strong> <strong>de</strong> forma<br />

<strong>de</strong>scontínua.<br />

Os métodos empregados pelos pescadores<br />

artesanais são variados, sendo a prática mais<br />

comum <strong>de</strong> pesca a utilização <strong>de</strong> re<strong>de</strong>s


<strong>RIMA</strong> <strong>–</strong> <strong>Projeto</strong> <strong>Primavera</strong> / Pará <strong>–</strong> Votorantim<br />

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(malha<strong>de</strong>iras ou tarrafas). A prática <strong>de</strong> pesca<br />

com espinhel ou tira<strong>de</strong>ira vem em segundo<br />

lugar, seguida da pesca em currais, com puçá,<br />

matapi e a captura <strong>de</strong> caranguejos e outras<br />

espécies dos manguezais. (Foto 5.3.1.1‐65,<br />

Foto 5.3.1.1‐66 e Foto 5.3.1.1‐67).<br />

A pesca <strong>de</strong> curral é praticada em menor<br />

proporção, comparativamente aos métodos<br />

analisados anteriormente, mas assume um<br />

papel <strong>de</strong> extrema importância para os<br />

pescadores, pois em <strong>de</strong>terminados períodos<br />

do ano garante o abastecimento e a renda<br />

para muitas famílias.<br />

Os currais são estruturados com peças <strong>de</strong><br />

ma<strong>de</strong>ira, ligadas por cipós e fixadas em áreas<br />

próximas às margens que permitem o<br />

aprisionamento das espécies para posterior<br />

<strong>de</strong>spesca por ocasião da baixa da maré.<br />

Os pescadores utilizam barcos, canoa a remo<br />

ou vela para a execução <strong>de</strong> suas pescarias.<br />

Quanto ao tempo médio <strong>de</strong> duração do<br />

esforço <strong>de</strong> pesca, predominam as pescarias <strong>de</strong><br />

curta duração (até 24 horas), que incluem<br />

pequenas embarcações que apresentam<br />

limitações <strong>de</strong> <strong>de</strong>slocamento em gran<strong>de</strong>s<br />

distâncias e englobam as pescarias com anzol,<br />

tarrafas, e também, as <strong>de</strong>spescas <strong>de</strong> curral.<br />

As principais espécies capturadas são o<br />

ban<strong>de</strong>irado e a pescada gó, pescada, corvina,<br />

bagre e pratiqueira.<br />

Foto 4.1.1‐7: Porto <strong>de</strong> Pesca no encontro do rio<br />

dos Peixes e <strong>Primavera</strong>, em Japerica.<br />

Conclusões do Diagnóstico <strong>de</strong> Vegetação<br />

Nesta etapa <strong>de</strong> campo, com visitas às<br />

comunida<strong>de</strong>s e o interior das áreas com<br />

vegetação nativa, pô<strong>de</strong>‐se avaliar a situação<br />

atual do tema estudado. Apesar da ocupação<br />

e do uso <strong>de</strong>sor<strong>de</strong>nado, a vegetação nativa<br />

ainda mantém parte <strong>de</strong> sua estrutura e<br />

fisionomia preservadas, nos poucos e raros<br />

remanescentes testemunhos, principalmente<br />

nos terrenos distantes das vias <strong>de</strong> acesso. A<br />

presença <strong>de</strong> espécies, o porte dos indivíduos e<br />

o local <strong>de</strong> ocorrência, foram escenciais para a<br />

classficação e avaliação das fitofisionomias.<br />

Dentre as formações naturais, a única que<br />

mantém suas características básicas em<br />

melhores condições é o Manguezal. Como não<br />

é interessante o uso <strong>de</strong>sse solo e a ocupação<br />

<strong>de</strong>sse espaço para moradias ou lazer <strong>de</strong>vido à<br />

influência <strong>de</strong> maré, a vegetação mantém‐se<br />

íntegra.<br />

4.1.2 Mastofauna<br />

O Brasil é o país com maior diversida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

mamíferos do mundo (Costa et al., 2005). Em<br />

comparação com os <strong>de</strong>mais biomas, a<br />

Amazônia é o que apresenta a mastofauna<br />

mais distinta, embora tenha espécies em<br />

comum com os outros biomas.<br />

Regionalmente, 15 espécies são consi<strong>de</strong>radas<br />

ameaçadas <strong>de</strong> extinção no Estado do Pará, por<br />

terem sido enquadradas em uma das<br />

seguintes categorias: criticamente em perigo;<br />

em perigo; vulnerável, segundo os critérios da<br />

IUCN (Aleixo, 2006).<br />

Os resultados obtidos nas ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong><br />

campo registraram pelo menos 35 espécies <strong>de</strong><br />

mamíferos, pertencentes a 22 famílias <strong>de</strong> oito<br />

or<strong>de</strong>ns, sendo quatro espécies da Or<strong>de</strong>m<br />

Di<strong>de</strong>lphimorphia, cinco espécies da Or<strong>de</strong>m<br />

Xenarthra, três espécies da Or<strong>de</strong>m Primates,<br />

uma espécie da Or<strong>de</strong>m Lagomorpha, nove<br />

espécies da Or<strong>de</strong>m Chiroptera, cinco espécies<br />

da Or<strong>de</strong>m Carnivora, uma espécie da Or<strong>de</strong>m<br />

Artiodactyla e sete espécies da Or<strong>de</strong>m<br />

Ro<strong>de</strong>ntia.<br />

Pequenos Mamíferos Não Voadores<br />

Dezessete indivíduos <strong>de</strong> cinco espécies <strong>de</strong><br />

pequenos mamíferos não voadores foram<br />

capturados com o uso <strong>de</strong> armadilhas <strong>de</strong><br />

captura viva. Dessas, três espécies <strong>de</strong><br />

marsupiais (Marmosa murina, Micoureus<br />

<strong>de</strong>merarae e Philan<strong>de</strong>r opossum) e duas <strong>de</strong><br />

roedores <strong>de</strong> duas famílias distintas: Oecomys<br />

cf. paricola, um cricetí<strong>de</strong>o e Proechimys cf.<br />

roberti, um equimí<strong>de</strong>o.


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44<br />

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Foto 4.1.2‐1: Um marsupial, Marmosa murina (A),<br />

capturado em armadilha Sherman na área em<br />

estudo.<br />

Mamíferos Voadores<br />

Cinquenta e quatro indivíduos <strong>de</strong> nove<br />

espécies <strong>de</strong> morcegos foram capturados com<br />

o uso <strong>de</strong> re<strong>de</strong>s <strong>de</strong> neblina. Dessas, uma<br />

espécie pertence à Família Emballonuridae<br />

(Saccopteryx cf. leptura), sete espécies da<br />

Família Phyllostomidae (Artibeus cf cinereus,<br />

Carollia perpicillata, Carollia sp., Platyrrhinus<br />

helleri, Rhinophylla fischerae, Uro<strong>de</strong>rma cf.<br />

bilobatum e Vampyressa bi<strong>de</strong>ns) e uma<br />

espécie é da Família Vespertilionidae<br />

(Eptesicus sp.).<br />

Mamíferos <strong>de</strong> médio e gran<strong>de</strong> porte<br />

Dezenove espécies <strong>de</strong> mamíferos <strong>de</strong> médio e<br />

gran<strong>de</strong> porte foram registradas para a área<br />

em estudo. Destas, quatro espécies (Saimiri cf.<br />

sciureus, Saguinus cf. niger, Cerdocyons thous<br />

e Guerlinguetus cf. aestuans) foram<br />

registradas por avistamento (Foto 5.3.1.2‐10)<br />

e duas por observação indireta, através do<br />

registro <strong>de</strong> pegada (Leopardus pardalis e<br />

Nasua nasua).<br />

Foto 4.1.2‐2: Um marsupial, Marmosa murina (A),<br />

capturado em armadilha Sherman na área em<br />

estudo.<br />

Dentre as espécies registradas na região,<br />

apenas o tamanduá‐ban<strong>de</strong>ira é consi<strong>de</strong>rado<br />

como tendo o estado <strong>de</strong> conservação<br />

vulnerável (Chiarello et al., 2008).<br />

4.1.3 Herpetofauna<br />

Durante a primeira campanha <strong>de</strong> campo,<br />

realizada no mês <strong>de</strong> outubro <strong>de</strong> 2010<br />

(hidroperíodo <strong>de</strong> seca) foram registrados 131<br />

exemplares da fauna herpetológica, <strong>de</strong>stes,<br />

105 espécimes pertencem ao grupo dos<br />

anfíbios (sapos, rãs, pererecas e salamandras)<br />

e 26 espécimes pertencem ao grupo dos<br />

répteis (lagartos) (Figura 4.1.3‐1).<br />

Figura 4.1.3‐1: Número <strong>de</strong> registros <strong>de</strong><br />

anfíbios e répteis amostrados na primeira<br />

campanha do Hidroperíodo <strong>de</strong> seca nas Áreas<br />

<strong>de</strong> Influência do empreendimento.<br />

O total <strong>de</strong> 30 espécies, sendo 21 espécies<br />

pertence ao grupo dos anfíbios, representado<br />

por duas or<strong>de</strong>ns seis famílias e dois gêneros<br />

(Figura 4.1.3‐2), e nove espécies para o grupo<br />

dos répteis, representadas por uma or<strong>de</strong>m,


<strong>RIMA</strong> <strong>–</strong> <strong>Projeto</strong> <strong>Primavera</strong> / Pará <strong>–</strong> Votorantim<br />

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uma subor<strong>de</strong>m e sete famílias foi registrado<br />

na primeira campanha.<br />

Figura 4.1.3‐2: Número <strong>de</strong> registros <strong>de</strong><br />

anfíbios por família amostrada na primeira<br />

campanha do (Hidroperíodo <strong>de</strong> seca) nas<br />

Áreas <strong>de</strong> Influência do empreendimento<br />

A riqueza <strong>de</strong> espécies <strong>de</strong> anfíbios registrada na<br />

área po<strong>de</strong> ser consi<strong>de</strong>rada extremamente<br />

baixa em comparação com outras regiões da<br />

Amazônia ou mesmo com outras localida<strong>de</strong>s<br />

no estado do Pará. A mesma constatação<br />

po<strong>de</strong> ser feita com relação aos répteis, on<strong>de</strong><br />

localida<strong>de</strong>s na Amazônia apresentam riqueza<br />

superior a 80 espécies (BERNARDE & ABE,<br />

2006; MACEDO et al., 2007; ZIMMERMANN &<br />

RODRIGUES, 1993). A baixa riqueza registrada<br />

para os grupos <strong>de</strong>ve‐se muito provavelmente<br />

ao curto tempo <strong>de</strong> amostragem e época da<br />

realização da campanha (estação seca), sendo<br />

necessário para maior conhecimento das<br />

espécies e melhor entendimento dos impactos<br />

gerados, refinando assim a proposição das<br />

medidas mitigadoras para os mesmos, a<br />

realização <strong>de</strong> pelo menos mais uma campanha<br />

(preferencialmente na estação chuvosa).<br />

Abundância relativa das espécies<br />

registradas<br />

Durante o diagnóstico, para o grupo <strong>de</strong><br />

anfíbios apenas quatro espécies foram<br />

responsáveis por 62% dos registros (L.<br />

andreae, R. margaritifera, S. nebulosus e A.<br />

hahneli), e oito espécies contribuíram com<br />

apenas 7% dos registros. Tal padrão <strong>de</strong><br />

abundâncias pontuais são, no entanto,<br />

irrelevantes <strong>de</strong>vido ao baixo esforço e a baixa<br />

<strong>de</strong>tectabilida<strong>de</strong>s na seca.<br />

Nenhuma das espécies <strong>de</strong> anfíbios ou <strong>de</strong><br />

répteis registradas durante o diagnóstico<br />

consta das listas da IUCN (IUCN, 2008), CITES<br />

(CITES, 2008) ou da Lista Nacional das Espécies<br />

da Fauna Brasileira Ameaçadas <strong>de</strong> Extinção<br />

(BRASIL, 2008). No entanto, a salamandra<br />

Bolitoglossa paraensis é consi<strong>de</strong>rada<br />

vulnerável à extinção na lista <strong>de</strong> espécies<br />

ameaçadas do Pará, que conta atualmente<br />

com três espécies <strong>de</strong> anfíbios consi<strong>de</strong>radas<br />

vulneráveis (PRUDENTE et al., 2006). A<br />

presença <strong>de</strong>ssa espécie na área do<br />

empreendimento, aliada ao fato <strong>de</strong> seu<br />

registro em apenas um ponto amostrado,<br />

torna preocupante a utilização dos dados aqui<br />

apresentados <strong>de</strong> forma <strong>de</strong>finitiva na<br />

elaboração do Estudo <strong>de</strong> <strong>Impacto</strong> <strong>Ambiental</strong>.<br />

Para isso, é extremamente necessária a<br />

realização <strong>de</strong> ao menos mais uma campanha<br />

no período da chuva, <strong>de</strong> forma a<br />

complementar a amostragem na região,<br />

tornando possível a indicação das áreas e/ou<br />

espécies prioritárias para a conservação em<br />

ativida<strong>de</strong>s subseqüentes, como o<br />

monitoramento.<br />

As espécies <strong>de</strong> interesse comercial como<br />

jacarés, tartarugas e tracajás não foram<br />

registradas nas áreas amostradas. Esses<br />

grupos necessitam <strong>de</strong> metodologias<br />

específicas e um maior esforço amostral, mas<br />

sua ocorrência e os impactos nas mesmas<br />

<strong>de</strong>vido à perda <strong>de</strong> hábitat e a caça ilegal não<br />

po<strong>de</strong> ser <strong>de</strong>scartada.<br />

Espécies Exóticas e Invasoras<br />

A única espécie <strong>de</strong> réptil possivelmente<br />

exótica e <strong>de</strong> possível ocorrência para a área do<br />

empreendimento é a lagartixa‐<strong>de</strong>‐pare<strong>de</strong><br />

Hemidactylus mabouia, registrada em áreas<br />

urbanas <strong>de</strong> <strong>Primavera</strong> e Capanema. A espécie<br />

ocorre tanto na América do Sul e Antilhas<br />

como na África do Sul e em Madagascar, não<br />

se sabendo ao certo em que sentido <strong>de</strong>u‐se<br />

sua dispersão, à época das constantes viagens<br />

<strong>de</strong> navios negreiros <strong>de</strong> um continente a outro<br />

(ÁVILA‐PIRES 1995).<br />

Embora, a espécie <strong>de</strong> calango‐ver<strong>de</strong> Ameiva.<br />

ameiva pertença à fauna autóctone (nativa),


<strong>RIMA</strong> <strong>–</strong> <strong>Projeto</strong> <strong>Primavera</strong> / Pará <strong>–</strong> Votorantim<br />

46<br />

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raramente é encontrado em áreas <strong>de</strong> floresta<br />

pouco perturbada e sua ocorrência na área<br />

amostrada não <strong>de</strong>ve ser <strong>de</strong>scartada. Em áreas<br />

on<strong>de</strong> existem trilhas e clareiras abertas, ele<br />

po<strong>de</strong>‐se tornar abundante, competindo com<br />

espécies nativas <strong>de</strong> hábitos semelhantes. O<br />

calango‐ver<strong>de</strong> po<strong>de</strong> ser consi<strong>de</strong>rado como<br />

espécie invasora <strong>de</strong> ambientes florestados<br />

que venham a sofrer perturbações.<br />

Os impactos gerados pelo possível avanço<br />

<strong>de</strong>stas espécies em populações naturais das<br />

áreas <strong>de</strong> estudo <strong>de</strong>vem ser evitados e<br />

mantidos sobre controle através do<br />

monitoramento.<br />

4.1.4 Invertebrados<br />

O trabalho <strong>de</strong> campo foi <strong>de</strong>senvolvido em 03<br />

pontos amostrais durante os dias 05 a 09 <strong>de</strong><br />

outubro <strong>de</strong> 2010. Foram <strong>de</strong>finidos na Área <strong>de</strong><br />

Influência Direta (AID) dois (02) pontos <strong>de</strong><br />

amostragem, e na Área Diretamente Afetada<br />

(ADA) 01 ponto <strong>de</strong> amostragem na área do<br />

empreendimento (Tabela 4.1.4‐1).<br />

Tabela 4.1.4‐1 ‐ Pontos amostrados na área<br />

<strong>de</strong> estudo, município <strong>de</strong> <strong>Primavera</strong>, Pará/BR,<br />

em outubro <strong>de</strong> 2010.<br />

Número<br />

Área De<br />

Influência<br />

Descrição<br />

P2 FÁBRICA AID Floresta<br />

Ombrófila Aluvial<br />

P7 TABOCAL AID Floresta<br />

Ombrófila <strong>de</strong><br />

terra baixa<br />

P3 MANGUE ADA Manguezal<br />

Análise dos grupos<br />

Hymenoptera Linnaeus, 1758 <strong>–</strong> São<br />

consi<strong>de</strong>rados os insetos mais evoluídos.<br />

Po<strong>de</strong>m ser divididos em um grupo que<br />

compreen<strong>de</strong> as espécies nocivas,<br />

representadas pelas saúvas, principalmente;<br />

pelas formigas quen‐quéns; pela abelha irapuá<br />

que são pragas <strong>de</strong> flores <strong>de</strong> citros; pelas<br />

vespas fitófagas; pelas espécies cecidógenas<br />

(causadoras <strong>de</strong> galhas) e pelos hiper<br />

parasitói<strong>de</strong>s e outro grupo maior que<br />

pertencem espécies úteis, como as abelhas; as<br />

polinizadoras; as vespas predadoras e os<br />

micro himenópteros parasitói<strong>de</strong>s, que<br />

mantém o equilíbrio ambiental, pois são<br />

poucas as espécies que não têm pelo menos<br />

um micro himenóptero como inimigo natural.<br />

Thysanoptera Haliday, 1836 <strong>–</strong> Alimentam‐se<br />

<strong>de</strong> seiva, existindo espécies que se alimentam<br />

<strong>de</strong> esporos <strong>de</strong> fungos e células <strong>de</strong> algas;<br />

outros formam galhas ou cecídias. Além dos<br />

fitófagos que são a maioria, existem espécies<br />

predadoras <strong>de</strong> ácaros, pulgões e cochonilhas<br />

ou mesmo outros tripes. Às vezes auxiliam na<br />

polinização <strong>de</strong> flores, mas na maioria das<br />

vezes afetam os órgãos reprodutivos<br />

causando esterilida<strong>de</strong>.<br />

Hemiptera Linnaeus, 1758 <strong>–</strong> Subor<strong>de</strong>m<br />

Auchenorrhyncha (cigarras, cigarrinhas,<br />

jequitiranabóia). São fitófagos, sugam tanto as<br />

partes aéreas como as raízes <strong>de</strong> vegetais. A<br />

postura é feita sobre folhas e ramos ou no<br />

interior dos tecidos das plantas. Constituem<br />

um grupo <strong>de</strong> insetos largamente distribuído.<br />

Subor<strong>de</strong>m Heteroptera, vulgarmente<br />

conhecidos com percevejos, po<strong>de</strong>m ser<br />

fitófagos ou predadores, aquáticos ou<br />

terrestres. As espécies fitófagas realizam<br />

postura sobre as folhas e a providas <strong>de</strong><br />

ovipositor colocam seus ovos<br />

endofiticamente.<br />

Acari <strong>–</strong> Constitui um dos mais abundantes<br />

grupos da Classe Arachinida com 30.000<br />

espécies <strong>de</strong>scritas e talvez um milhão ou mais<br />

a serem <strong>de</strong>scobertas (BRUSCA & BRUSCA<br />

1990). Sua presença está relacionada com as<br />

variações sazonais, principalmente <strong>de</strong><br />

umida<strong>de</strong> e temperatura, assim como a espécie<br />

vegetal predominante e o uso do solo (LOPES<br />

ASSAD 1997).<br />

Collembola <strong>–</strong> Embora seja menos diverso e<br />

numeroso do que Acari, sua capacida<strong>de</strong><br />

reprodutiva parece ser bem maior e<br />

<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte da temperatura e umida<strong>de</strong> do<br />

solo, sendo os ovos, mais resistentes que os<br />

adultos às adversida<strong>de</strong>s do pedoclima,<br />

po<strong>de</strong>ndo constituir formas <strong>de</strong> sobrevivência.<br />

São mais freqüentes em áreas <strong>de</strong> floresta<br />

on<strong>de</strong> contribuem para a fragmentação fina da<br />

serapilheira (LOPES ASSAD l.c.).<br />

Grupos Bioindicadores<br />

Formicidae (Hymenoptera) ‐ Formigas<br />

Invertebrados po<strong>de</strong>m ser utilizados como<br />

bioindicadores do grau <strong>de</strong> alteração ambiental


<strong>RIMA</strong> <strong>–</strong> <strong>Projeto</strong> <strong>Primavera</strong> / Pará <strong>–</strong> Votorantim<br />

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e fornecer informações importantes para<br />

conservação, restauração, monitoramento e<br />

uso sustentável <strong>de</strong> recursos naturais<br />

(LEWINSOHN et al., 2005; FREITAS et al., 2001)<br />

quanto em fragmentos florestais<br />

(VASCONCELOS, 1998; LUTINSKI e GARCIA,<br />

2005), respon<strong>de</strong>ndo a diferenças mais sutis<br />

tanto <strong>de</strong> habitat quanto <strong>de</strong> intensida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

impacto (p. ex. OLIVER et al., 1998).<br />

As formigas são freqüentemente utilizadas<br />

para estudos sobre diversida<strong>de</strong> e<br />

comunida<strong>de</strong>s, por ter a vantagem <strong>de</strong> serem<br />

organismos dominantes nos ecossistemas,<br />

dadas a sua dominância tanto em riqueza <strong>de</strong><br />

espécies quanto em número <strong>de</strong> indivíduos,<br />

além <strong>de</strong> relativa facilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> coleta e baixa<br />

mobilida<strong>de</strong> das populações (FOWLER et al.,<br />

1991). Inventários <strong>de</strong> espécies <strong>de</strong> formigas<br />

têm sido consi<strong>de</strong>rados como uma importante<br />

ferramenta em estudos <strong>de</strong> conservação da<br />

biodiversida<strong>de</strong> tropical (AGOSTI et al., 2000).<br />

O conhecimento sobre essas comunida<strong>de</strong>s é<br />

<strong>de</strong> suma importância por nos fornecer uma<br />

imagem sobre a situação transitória ou<br />

permanente do ambiente avaliado,<br />

enfatizando sobre sua conservação ou<br />

<strong>de</strong>gradação, freqüentemente associada ao uso<br />

da terra pelo homem (NOSS, 1990;<br />

SPELLERBERG, 1993; MCKENZIE, 1995);<br />

impactos <strong>de</strong> práticas florestais (YORK, 1994),<br />

sucesso <strong>de</strong> recuperação ecológica (MAJER &<br />

KOCK, 1992), comparação <strong>de</strong> diferentes<br />

ferramentas <strong>de</strong> manejo, impacto <strong>de</strong><br />

perturbações em áreas <strong>de</strong> conservação,<br />

avaliação da diversida<strong>de</strong> biológica (MAJER,<br />

1976; OLIVEIRA & BRANDÃO, 1991).<br />

No presente estudo foram obtidos os registros<br />

<strong>de</strong> 11 gêneros <strong>de</strong> Formicidae, distribuídos em<br />

5 subfamílias. Dentre as subfamílias<br />

amostradas, as mais representativas foram<br />

Myrmicinae (735 ind.; 5 gêneros), seguido <strong>de</strong><br />

Formicinae (190 ind.; 2 gêneros),<br />

Dolicho<strong>de</strong>rinae (75 ind.; 2 gêneros). Ponerinae<br />

(27 ind.; 1 gênero) e Pseudomyrmicinae (4<br />

ind.; 1 gênero) foram os menos<br />

representativos.<br />

A or<strong>de</strong>m Coleóptera constitui‐se no maior<br />

agrupamento <strong>de</strong> animais que conhecemos,<br />

pois possuem aproximadamente 358.000<br />

espécies <strong>de</strong>scritas e representam 40% do total<br />

<strong>de</strong> insetos (TRIPLEHORN & JOHNSON, 2005).<br />

Esses indivíduos exercem diversas funções nas<br />

comunida<strong>de</strong>s arbóreas, principalmente nos<br />

diferentes níveis tróficos que atuam, <strong>de</strong>vido<br />

aos seus múltiplos hábitos alimentares, além<br />

<strong>de</strong> participar dos processos <strong>de</strong> <strong>de</strong>composição<br />

da matéria orgânica e ciclagem <strong>de</strong> nutrientes,<br />

e <strong>de</strong>sempenharem o papel <strong>de</strong> polinizadores<br />

em inúmeras espécies vegetais (ENDRESS<br />

1994; ERWIN & SCOTT 1980; STORK 1978b).<br />

OVERAL 2001, argumenta que algumas<br />

famílias como Carabidae, Cerambycidae,<br />

Cicin<strong>de</strong>lidae, Chrysomelidae e Scarabaeidae,<br />

<strong>de</strong>vido ao seu padrão <strong>de</strong> ocorrência, são as<br />

mais utilizadas como indicadoras <strong>de</strong><br />

biodiversida<strong>de</strong>.<br />

Algumas famílias <strong>de</strong>ste grupo, como<br />

Scarabaeidae, possuem atributos <strong>de</strong>sejáveis<br />

para incluí‐los como bioindicadores,<br />

possuindo boa parte das espécies com alta<br />

fi<strong>de</strong>lida<strong>de</strong> ecológica, sendo altamente<br />

diversificados taxonômica e ecologicamente,<br />

facilmente coletáveis em gran<strong>de</strong>s amostras e<br />

funcionalmente importantes nos<br />

ecossistemas, além <strong>de</strong> se associarem<br />

intimamente com outras espécies e recursos,<br />

(BROWN, 1991). A família Scarabaeidae<br />

compreen<strong>de</strong> cerca <strong>de</strong> 28.000 espécies e,<br />

<strong>de</strong>ntre estas, cerca <strong>de</strong> 6.000 espécies<br />

pertencem à subfamília Scarabaeinae<br />

(HANSKI, 1991; SCARABNET, 2008), tendo uma<br />

gran<strong>de</strong> abundância <strong>de</strong> indivíduos distribuídos<br />

preferencialmente nas regiões tropicais e<br />

subtropicais do planeta (HALFFTER &<br />

MATHEWS, 1966; HALFFTER & EDMONDS,<br />

1982; HANSKI, 1991).<br />

Os insetos da família Scarabaeidae (sensu<br />

stricto, consi<strong>de</strong>rada por muitos autores como<br />

subfamília Scarabaeinae) são <strong>de</strong>tritívoros,<br />

utilizando principalmente fezes, carcaças e<br />

frutos em <strong>de</strong>composição como recurso<br />

alimentar e são popularmente conhecidos<br />

como “rola‐bostas”. Os Scarabaeidae,<br />

principalmente em florestas e savanas,<br />

formam uma comunida<strong>de</strong> bem <strong>de</strong>finida em<br />

termos taxonômicos e funcionais (HANSKI,<br />

1991). Por sua eficiência no manejo e<br />

remoção <strong>de</strong> excrementos, cadáveres e frutos<br />

<strong>de</strong>compostos, este grupo <strong>de</strong> insetos é um dos<br />

componentes fundamentais na manutenção<br />

<strong>de</strong> vários ecossistemas (HALFFTER &


<strong>RIMA</strong> <strong>–</strong> <strong>Projeto</strong> <strong>Primavera</strong> / Pará <strong>–</strong> Votorantim<br />

48<br />

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MATTHEWS, 1966). Por essa razão, vêm sendo<br />

cada vez mais usados como bioindicadores <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>gradação ambiental em florestas tropicais<br />

(HALFFTER & FAVILA, 1993). Segundo Halffter<br />

& Matthews (1966) são freqüentemente<br />

utilizados em trabalhos <strong>de</strong> ecologia,<br />

comportamento, entomologia econômica e<br />

entomologia forense.<br />

No presente estudo foram obtidos os registros<br />

<strong>de</strong> 05 gêneros <strong>de</strong> Scarabaeidae<br />

(Scarabaeinae), entre os gêneros amostrados,<br />

os mais representativas foram Ontherus (65<br />

ind.;69,15%) e Delthochilum (19 ind.; 20,21%)<br />

e os menos representativos Canthon e<br />

Canthidium.<br />

4.1.5 Avifauna<br />

A área <strong>de</strong> estudo <strong>de</strong> influência indireta e<br />

indireta do empreendimento encontra‐se bem<br />

modificada pelas ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> extração <strong>de</strong><br />

ma<strong>de</strong>ira, garimpos abandonados, extração <strong>de</strong><br />

carvão e agropecuária.<br />

A avifauna <strong>de</strong>sta região está muito<br />

<strong>de</strong>scaracterizada e com baixa riqueza e<br />

abundância <strong>de</strong> espécies, não apresentando<br />

nenhuma espécie, ameaçada <strong>de</strong> extinção ou<br />

endêmicas da região. A característica avifauna<br />

da região é <strong>de</strong> aves <strong>de</strong> ampla distribuição e<br />

com plasticida<strong>de</strong> a ambientes antropizadas.<br />

Na Área <strong>de</strong> Influência Direta (área prevista da<br />

instalação da indústria), a riqueza <strong>de</strong> espécies<br />

se mostrou um pouco elevada <strong>de</strong>vido ao<br />

fragmento <strong>de</strong> mata Ombrófila nesta área, com<br />

a existência <strong>de</strong> algumas espécies seguidoras<br />

<strong>de</strong> correções. Nesse contexto, vale ressaltar a<br />

importância das poucas áreas fragmentadas<br />

<strong>de</strong> floresta Ombrófila, on<strong>de</strong> ainda são<br />

encontradas espécies como os gran<strong>de</strong>s<br />

rapinantes e aves seguidoras <strong>de</strong> formigas <strong>de</strong><br />

correição. Tais espécies indicam que essa área<br />

suporta uma boa amostra da avifauna do sob‐<br />

bosque, principalmente espécies <strong>de</strong> aves<br />

indicadoras <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> habitat e este<br />

fragmento <strong>de</strong> mata Ombrópila está sofrendo<br />

a<strong>de</strong>nsamento <strong>de</strong> aves da região <strong>de</strong>vido a<br />

poucas áreas florestadas na região. Portanto,<br />

sugerimos a proteção <strong>de</strong> manejo <strong>de</strong>sta<br />

floresta para que possa servir <strong>de</strong> abrigo, fonte<br />

<strong>de</strong> alimento e sítios <strong>de</strong> nidificação para<br />

espécies <strong>de</strong> aves locais.<br />

Os Micro‐hábitats especiais existentes como<br />

lagoas, brejos e pequenos igarapés que<br />

sofrem a influência da bacia do rio <strong>Primavera</strong><br />

são extremamente importantes para aves<br />

migratórias. Isso ocorre porque existem<br />

nesses locais várias poças d’água on<strong>de</strong> tais<br />

espécies se alimentam. É possível que a<br />

maioria <strong>de</strong>ssas espécies migrantes <strong>de</strong>penda<br />

<strong>de</strong>sses ambientes para fazer paradas regulares<br />

durante suas longas jornadas migratórias.<br />

As pastagens abrigam espécies <strong>de</strong> aves<br />

comuns e <strong>de</strong> ampla plasticida<strong>de</strong> ambiental,<br />

sendo que algumas <strong>de</strong>las têm expandido suas<br />

áreas <strong>de</strong> distribuição originais em virtu<strong>de</strong> dos<br />

<strong>de</strong>smatamentos como exemplo o anu branco<br />

(Quira quira), anu‐preto (Crotophaga ani),<br />

bem‐te‐vi (Pitangus sulphuratus) entre outros.<br />

Nas Fotos 5.3.1.5‐11 e 5.3.1.5‐12 po<strong>de</strong>m ser<br />

observadas espécies que se beneficiam com a<br />

antropização e áreas abertas registradas na<br />

área da Fábrica <strong>de</strong> Cimentos Votorantim,<br />

<strong>Primavera</strong> <strong>–</strong> PA.<br />

Foto 4.1.5‐1: Volatinia jacarina.<br />

Foto 4.1.5‐2: Coereba flaveola.


<strong>RIMA</strong> <strong>–</strong> <strong>Projeto</strong> <strong>Primavera</strong> / Pará <strong>–</strong> Votorantim<br />

49<br />

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Assim, os estudos sobre a composição da<br />

avifauna, <strong>de</strong>senvolvidos na Área <strong>de</strong> Influência<br />

da fábrica <strong>de</strong> cimento e da lavra <strong>de</strong> calcário e<br />

argila da VOTORANTIM CIMENTOS N/NE S/A<br />

somente po<strong>de</strong>m ser consi<strong>de</strong>rados como<br />

primeira aproximação da riqueza ocorrente na<br />

região.<br />

Os dados já obtidos não permitem maiores<br />

consi<strong>de</strong>rações sobre a representativida<strong>de</strong> e a<br />

exclusivida<strong>de</strong> <strong>de</strong>ssa fauna em contexto<br />

regional, especialmente no que diz respeito a<br />

espécies <strong>de</strong> sob‐bosque e aquáticas, estas<br />

sub‐amostradas <strong>de</strong>vido a coleta ser realizada<br />

no período <strong>de</strong> estiagem. Além do incremento<br />

<strong>de</strong> espécies, a realização da segunda<br />

campanha <strong>de</strong>ve proporcionar o melhor<br />

entendimento acerca dos possíveis impactos<br />

do empreendimento nas Áreas <strong>de</strong> Influência<br />

do empreendimento sobre a avifauna local e<br />

regional, bem como ações que visem à<br />

manutenção das populações <strong>de</strong> aves local.<br />

Resumidamente, os resultados indicam que a<br />

comunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> aves na região está muito<br />

modificada <strong>de</strong>vido a exploração das áreas <strong>de</strong><br />

florestas contínuas, com uma comunida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

aves <strong>de</strong> sob‐bosque pobre e não<br />

representativa da região Amazônica.<br />

Os dados <strong>de</strong> aves para a área indicam que o<br />

ambiente parece estar <strong>de</strong>sequilibrado, não<br />

sustentando uma avifauna rica e<br />

representativa da fauna amazônica, po<strong>de</strong>ndo<br />

se concluir que a avifauna da região vem ao<br />

longo dos anos sofrendo muito pressão pela<br />

ocupação e exploração intensa da região.<br />

4.2. Ecossistemas Aquáticos<br />

Os levantamentos para os estudos dos<br />

Ecossistemas Aquáticos foram realizados no<br />

dia 04 <strong>de</strong> outubro <strong>de</strong> 2010, período <strong>de</strong><br />

estiagem na região, não sendo registrada<br />

ocorrência chuva nas últimas 24 horas na<br />

bacia do rio <strong>Primavera</strong>, local dos estudos.<br />

Foram feitas coletas em 05 estações <strong>de</strong><br />

amostragem, codificados como P1‐P5,<br />

localizados nas áreas direta e indiretamente<br />

afetadas pelo empreendimento. A <strong>de</strong>scrição e<br />

a codificação <strong>de</strong>sses locais são apresentadas a<br />

seguir:<br />

P1 <strong>–</strong> Cabeceira do Rio dos Peixes<br />

P2 <strong>–</strong> Rio dos Peixes<br />

P3 <strong>–</strong> Córrego Tabocal<br />

P4 <strong>–</strong> Rio <strong>Primavera</strong><br />

P5 <strong>–</strong> Rio <strong>Primavera</strong> na comunida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

Japerica<br />

4.2.1. Fitoplâncton, Zooplâncton e Zoobentos<br />

Os resultados da avaliação das comunida<strong>de</strong>s<br />

<strong>de</strong> fitoplâncton, zooplâncton e zoobentos nos<br />

cursos d’ água nas áreas direta e<br />

indiretamente afetadas pela Votorantim<br />

Cimentos, no município <strong>de</strong> <strong>Primavera</strong>/PA, em<br />

fase <strong>de</strong> diagnóstico, indicaram comunida<strong>de</strong>s<br />

específicas <strong>de</strong> ambientes estuarinos, ou seja,<br />

ambiente <strong>de</strong> transição entre água doce e<br />

salgada e sujeitos e variações estremas <strong>de</strong><br />

nível d'água, <strong>de</strong>vido a influência das marés. Os<br />

resultados dos atributos, riqueza, <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong>,<br />

diversida<strong>de</strong> e composição das comunida<strong>de</strong>s<br />

bióticas avaliadas indicaram que P3, área <strong>de</strong><br />

nascente, foi diferenciado das <strong>de</strong>mais<br />

estações <strong>de</strong> coleta por ser ambiente <strong>de</strong> água<br />

doce e a estação <strong>de</strong> coleta P4 apresentou<br />

maior <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong> e menor diversida<strong>de</strong>,<br />

indicando uma provável influência do aporte<br />

<strong>de</strong> efluente doméstico da área urbana <strong>de</strong>sta<br />

cida<strong>de</strong>. Ressalta‐se que a próxima avaliação,<br />

no período chuvoso, permitirá o<br />

estabelecimento <strong>de</strong>ssa influência e um melhor<br />

entendimento da estrutura e dinâmica das<br />

comunida<strong>de</strong>s bióticas <strong>de</strong>stes ambientes.<br />

4.2.2. Ictiofauna<br />

Foram amostrados nove igarapés e um lago<br />

construído artificialmente. Na ADA foram<br />

amostrados dois igarapés, na AID quatro e na<br />

AII três. O lago artificial está na AII. Essa coleta<br />

da ictiofauna no lago se justifica, pois ele tem<br />

conexão com o igarapé <strong>Primavera</strong>, quando a<br />

maré está muito alta. Todos os igarapés<br />

coletados são <strong>de</strong> água doce, com exceção do<br />

rio <strong>Primavera</strong> e do lago artificial que<br />

apresentam água salobra.


<strong>RIMA</strong> <strong>–</strong> <strong>Projeto</strong> <strong>Primavera</strong> / Pará <strong>–</strong> Votorantim<br />

50<br />

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Fotos: 5.3.2.6‐1: Esforço amostral no rio Tabocal<br />

na ADA do empreendimento.<br />

Até o momento, das coletas efetivadas foram<br />

i<strong>de</strong>ntificadas 38 espécies <strong>de</strong> peixes. É possível<br />

que essa lista venha a aumentar <strong>de</strong>pois da<br />

coleta das chuvas. Do material já coletado os<br />

peixes estão assim divididos: oito or<strong>de</strong>ns e 19<br />

familias (Tabela 5.3.2.4‐1). O maior número <strong>de</strong><br />

famílias encontra‐se nas or<strong>de</strong>ns Characiformes<br />

e Siluriformes (5), seguidas <strong>de</strong><br />

Cyprinodontiformes (3), Gymnotiformes (2),<br />

Perciformes, Pleuronectiformes, Clupeiformes<br />

e Tetraodontiformes (1).<br />

A família que apresentou o maior número <strong>de</strong><br />

espécies foi Cichlidae (6), Characidae (4),<br />

seguidas <strong>de</strong> Loricariidae, Callichthyidae,<br />

Heptapteridae e Erythrinidae (3),<br />

Tricomichyteridae e Poeciliidae (2) e as <strong>de</strong>mais<br />

famílias apenas uma espécie.<br />

Os igarapés coletados em sua gran<strong>de</strong> maioria<br />

não foram influenciados pela maré, sendo<br />

esses constituídos por água doce e sua fauna<br />

<strong>de</strong> peixe bem características <strong>de</strong>sses<br />

ambientes. O igarapé rio <strong>Primavera</strong> e o açu<strong>de</strong><br />

Santa Julia já apresentam influencia das marés<br />

e apresentam água salobra. A fauna <strong>de</strong> peixes<br />

<strong>de</strong>sses ambientes é constituída por espécies<br />

que vivem em estuários, sendo uma fauna <strong>de</strong><br />

peixes bem diferente das encontradas em<br />

outros igarapés. Foram coletados indivíduos<br />

juvenis <strong>de</strong> Brachyplatystoma rousseauxii, a<br />

dourada, que é uma espécie <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> bagre<br />

<strong>de</strong> água doce que cresce no estuário (Barthem<br />

& Goulding, 1997). Isso <strong>de</strong>monstra a<br />

importância <strong>de</strong>sses corpos d’água para<br />

espécies migradoras e <strong>de</strong> importância<br />

comercial. Cabe aqui ressaltar que a influência<br />

da maré po<strong>de</strong> ser visualmente observada,<br />

visto que o igarapé antes da maré alta possui<br />

somente alguns centímetros <strong>de</strong> profundida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> água, para alguns metros na maré alta. No<br />

açu<strong>de</strong> há pelo menos uma espécie exótica,<br />

pois foram coletados alguns indivíduos da<br />

tilápia Oreochromis sp.. Como é peixe exótico<br />

com excelente capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> dispersão, ele<br />

po<strong>de</strong> se espalhar para os outros igarapés e<br />

outros açu<strong>de</strong>s, já que o açu<strong>de</strong> apresenta<br />

ligação com o rio <strong>Primavera</strong>.<br />

4.3. Áreas Protegidas <strong>–</strong> Áreas <strong>de</strong> Preservação<br />

Permanente (APP)<br />

As APP’s da bacia do Rio <strong>Primavera</strong>, <strong>de</strong> modo<br />

geral, encontram‐se relativamente<br />

preservadas, com mais <strong>de</strong> 88% <strong>de</strong> sua área<br />

coberta por vegetação natural.<br />

As áreas com menores áreas <strong>de</strong> conservação<br />

das APP’s são aqueles terrenos on<strong>de</strong> a<br />

ativida<strong>de</strong> pecuária se encontra a mais tempo<br />

estruturada, localizando‐se, principalmente,<br />

nas colinas e terras firmes do entorno da<br />

cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>Primavera</strong>. Constata‐se que as<br />

pastagens são os principais vetores <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>smatamento <strong>de</strong> APP’s na bacia, todavia,<br />

não se po<strong>de</strong> generalizar essa interpretação,<br />

visto que gran<strong>de</strong>s áreas <strong>de</strong> predomínio <strong>de</strong><br />

pastagem ainda preservam suas matas<br />

ciliares. Em contraposição, as maiores áreas<br />

<strong>de</strong> preservação encontram‐se em terrenos<br />

baixos e/ou inundáveis, cobertos por<br />

vegetação <strong>de</strong> manguezal.<br />

Especificamente <strong>de</strong>ntro da ADA, as APP’s<br />

estão relativamente menos preservadas, uma<br />

vez que se calculou que somente 56% do total<br />

<strong>de</strong> áreas em APP estão com cobertura vegetal<br />

natural. Essa diminuição, relativa e absoluta,<br />

das áreas <strong>de</strong> preservação se <strong>de</strong>ve à<br />

proximida<strong>de</strong> da ADA com a cida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

<strong>Primavera</strong> e às áreas <strong>de</strong> maior produção<br />

agropecuária, que se encontra em terrenos<br />

colinosos e/ou terrenos mais elevados.


<strong>RIMA</strong> <strong>–</strong> <strong>Projeto</strong> <strong>Primavera</strong> / Pará <strong>–</strong> Votorantim<br />

51<br />

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5<br />

Aspectos Socioeconômicos<br />

A elaboração dos estudos sobre os aspectos<br />

socioeconômicos está baseada em<br />

levantamentos <strong>de</strong> dados secundários obtidos<br />

através <strong>de</strong> bibliografia específica, <strong>de</strong> fontes<br />

oficiais,<br />

A elaboração dos estudos sobre os aspectos<br />

sócio‐econômicos e culturais esteve baseada<br />

em levantamentos <strong>de</strong> dados secundários<br />

obtidos através <strong>de</strong> bibliografia específica,<br />

além <strong>de</strong> sítios oficiais: Instituto Brasileiro <strong>de</strong><br />

Geografia e Estatística‐IBGE, Secretaria do<br />

Tesouro Nacional, Ministério da Educação,<br />

Ministério do Trabalho e Emprego, Ministério<br />

da Saú<strong>de</strong>‐DATASUS e do Governo do Estado<br />

do Pará. Foram utilizados dados estatísticos e<br />

análises elaboradas pelo SEPOF, IDESP e SIR<br />

especificamente Atlas <strong>de</strong> Integração Regional<br />

do Estado do Pará. Foi utilizado, também, o<br />

diagnóstico resultado <strong>de</strong> pesquisa executada<br />

pela Associação Brasileira <strong>de</strong> Desenvolvimento<br />

Sustentável/ABRADESA na Fazenda Santa Julia<br />

situada no município <strong>de</strong> <strong>Primavera</strong>, áre0a <strong>de</strong><br />

Influência Direta do Empreendimento. Para<br />

este item, as áreas <strong>de</strong> influência estão<br />

<strong>de</strong>scritas a seguir:<br />

‐ Área <strong>de</strong> Influência Indireta ‐ AII:<br />

compreen<strong>de</strong> os municípios que fazem limite<br />

geográfico com o município <strong>de</strong> <strong>Primavera</strong> e<br />

engloba, além da própria AID (<strong>Primavera</strong>), os<br />

seguintes municípios: Capanema, São João <strong>de</strong><br />

Pirabas, Quatipuru, Peixe‐Boi e Santarém<br />

Novo. Este recorte foi consi<strong>de</strong>rado por ser<br />

aquele que po<strong>de</strong>rá vir a ser impactado pelo<br />

Empreendimento;<br />

‐ Área <strong>de</strong> Influência Direta ‐ AID: consi<strong>de</strong>ra<br />

a inclusão da ADA (Área Diretamente Afetada)<br />

e seu entorno imediato. Frente a este<br />

conceito, a AID correspon<strong>de</strong> aos limites<br />

territoriais do município <strong>de</strong> <strong>Primavera</strong>, on<strong>de</strong><br />

será implantado o Empreendimento;<br />

CARACTERÍSTICAS DO MEIO ANTRÓPICO<br />

‐ Área Diretamente Afetada ‐ ADA:<br />

correspon<strong>de</strong> à área do Empreendimento<br />

propriamente dito, que sofrerá os impactos<br />

ambientais diretos das fases <strong>de</strong> implantação,<br />

operação e <strong>de</strong>sativação do Empreendimento<br />

(Jazida <strong>Primavera</strong> e Fábrica <strong>de</strong> Cimento).<br />

‐ Processo Histórico <strong>de</strong> Ocupação do<br />

Território<br />

A ocupação econômica da Região teve seu<br />

início vinculado à expansão mercantilista<br />

européia a partir do século XV e buscava<br />

incorporar novas áreas ao sistema econômico<br />

e social em processo <strong>de</strong> formação. Por se<br />

tratar <strong>de</strong> uma região em que não existia cana<br />

<strong>de</strong> açúcar nem havia sido <strong>de</strong>scoberto ouro ou<br />

outros minerais valiosos, apenas a fixação e a<br />

<strong>de</strong>fesa territorial nortearam sua ocupação. Foi<br />

um momento em que a presença européia se<br />

<strong>de</strong>u com a constituição <strong>de</strong> fortificações<br />

militares e al<strong>de</strong>amentos missionários os quais<br />

<strong>de</strong>ram origem para as futuras ocupações,<br />

incluindo a formação <strong>de</strong> cida<strong>de</strong>s, como Belém<br />

do Pará, que se solidificou com a criação do<br />

Estado do Grão Pará no século XVII.<br />

Ao longo dos séculos, XVII e XVIII, a ocupação<br />

permaneceu assentada na herança dos fortes<br />

militares, nas al<strong>de</strong>ias missionárias e na<br />

subordinação do trabalho indígena, contudo,<br />

um fato novo ocorreu: a exploração<br />

econômica das chamadas “drogas do sertão”,<br />

tais como a canela, o cravo, o cacau, ma<strong>de</strong>iras<br />

e manteiga <strong>de</strong> peixe, entre outros. A partir da<br />

exploração <strong>de</strong>stes produtos, que eram super<br />

valorizados na Europa, po<strong>de</strong> ser observado um<br />

incremento da ocupação territorial, ainda<br />

restrita às zonas ribeirinhas.<br />

Como conseqüência do acúmulo <strong>de</strong> riquezas<br />

<strong>de</strong>correntes do extrativismo <strong>de</strong>u‐se a<br />

reestruturação das vilas, das cida<strong>de</strong>s assim<br />

como crescimento <strong>de</strong>mográfico, com<br />

<strong>de</strong>staque em Belém do Pará.<br />

No século XIX, a revolução industrial européia<br />

reflete em toda a Região porque <strong>de</strong>sestrutura<br />

as relações econômicas do período anterior.<br />

Ao romper com o monopólio do estado<br />

mercantil quebra as antigas práticas


<strong>RIMA</strong> <strong>–</strong> <strong>Projeto</strong> <strong>Primavera</strong> / Pará <strong>–</strong> Votorantim<br />

52<br />

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comerciais ocasionando crise no comércio <strong>de</strong><br />

produtos tropicais.<br />

A Região Amazônica sofre com a baixa dos<br />

preços do cacau, seu principal produto no<br />

mercado internacional e com a queda <strong>de</strong><br />

interesse pelas “drogas do sertão”. Decorre<br />

um período <strong>de</strong> estagnação e <strong>de</strong>clínio regional<br />

que se esten<strong>de</strong> por aproximadamente oito<br />

décadas.<br />

Será apenas com a expansão e o extrativismo<br />

da borracha, iniciado em meados do século<br />

XIX (1850) e encerrado no início do século XX<br />

(1920), que haverá uma nova fase <strong>de</strong> re‐<br />

or<strong>de</strong>namento e reestruturação territorial e<br />

econômica da Região Amazônica. A economia<br />

da borracha, impulsionada por uma <strong>de</strong>manda<br />

externa crescente <strong>de</strong>corrente da Revolução<br />

Industrial assume um importante papel na<br />

economia mundial.<br />

É por intermédio da produção da borracha, a<br />

qual mobiliza e organiza enorme contingente<br />

<strong>de</strong> trabalhadores, que o mercado mundial é<br />

abastecido. A importância da produção da<br />

borracha na Região Amazônica é crescente<br />

entre 1850 e 1920 e po<strong>de</strong> ser dimensionada<br />

pela sua participação no cenário mundial: em<br />

1890, contribuía com 90% <strong>de</strong> toda a produção<br />

mundial.<br />

A economia baseada na extração da borracha<br />

provocou gran<strong>de</strong>s transformações na Região.<br />

As inovações técnicas advindas com a<br />

Revolução Industrial propiciaram a melhoria<br />

do transporte fluvial com a introdução <strong>de</strong><br />

barcos a vapor que, por sua vez,<br />

revolucionaram a circulação <strong>de</strong> mercadorias, o<br />

acesso da mão‐<strong>de</strong>‐obra e a circulação dos<br />

insumos necessários à realização econômica.<br />

Nessa nova fase extrativista, tornou‐se<br />

crescente a necessida<strong>de</strong> por mão‐<strong>de</strong>‐obra,<br />

cuja escassez foi solucionada com a imigração<br />

em dois movimentos distintos e<br />

complementares. O primeiro ocorreu entre<br />

1850 e 1870, com o <strong>de</strong>slocamento <strong>de</strong><br />

paraenses para os vales dos rios Ma<strong>de</strong>ira,<br />

Purus, Juruá e Amazonas. A partir <strong>de</strong> 1870 em<br />

diante ocorreu um significativo fluxo<br />

migratório <strong>de</strong> nor<strong>de</strong>stinos, fugiam da gran<strong>de</strong><br />

seca <strong>de</strong> 1877‐1880, contribuindo assim para<br />

aumentar em muito a população regional.<br />

O ciclo econômico da borracha foi responsável<br />

por uma nova etapa da formação territorial da<br />

Região Amazônica. A economia da borracha<br />

propiciou uma nova divisão territorial e social<br />

porque a centralização do processo produtivo<br />

se <strong>de</strong>u pela combinação <strong>de</strong> espaço urbano,<br />

rural e capital financeiro em larga escala.<br />

A concorrência internacional associada a<br />

crises no cenário mundial, particularmente a<br />

Primeira Gran<strong>de</strong> Guerra, contribuíram <strong>de</strong><br />

forma <strong>de</strong>cisiva para a <strong>de</strong>cadência do ciclo da<br />

borracha provocando um quadro recessivo e<br />

<strong>de</strong> estagnação na Região Amazônica.<br />

Entre 1920 e 1960, a Região registrou<br />

diminuição <strong>de</strong> fluxos migratórios, crescimento<br />

populacional com taxas inferiores ao<br />

crescimento vegetativo.<br />

Com a queda da economia da borracha, a<br />

Região Amazônica não teve <strong>de</strong> imediato<br />

nenhuma perspectiva para a retomada <strong>de</strong><br />

novo ciclo econômico. Houve retorno aos<br />

produtos tradicionais, com <strong>de</strong>staque para as<br />

produções <strong>de</strong> juta e castanha. Estes dois<br />

produtos permitiram a manutenção <strong>de</strong><br />

articulação, ainda que tímida, da Região com o<br />

mercado nacional e o mercado internacional<br />

com a exportação da castanha do Pará.<br />

A partir da meta<strong>de</strong> dos anos 60, ocorre nova<br />

incorporação da Região Amazônica por meio<br />

do processo <strong>de</strong> interiorização comandado por<br />

políticas e ações do Governo Fe<strong>de</strong>ral. A Região<br />

passa a ser objeto <strong>de</strong> intervenções que<br />

potencializam a exploração <strong>de</strong> seus recursos<br />

naturais (especialmente minério e energia)<br />

assim como o foco do Governo se voltou para<br />

a distensão e dispersão dos conflitos sociais e<br />

agrários.<br />

Para aten<strong>de</strong>r aos objetivos <strong>de</strong>ste estudo será<br />

focado o território do Estado do Pará na busca<br />

da compreensão do novo estágio <strong>de</strong><br />

incorporação e integração econômica e<br />

territorial que teve seu início em fins dos anos<br />

60 e ocorre até hoje.<br />

A instituição <strong>de</strong> novas bases para a<br />

reprodução do capital no Pará caracterizou‐se,<br />

em primeiro lugar, pela <strong>de</strong>cisiva intervenção<br />

do Governo Fe<strong>de</strong>ral que implantou um<br />

conjunto <strong>de</strong> obras <strong>de</strong> infra estrutura,<br />

viabilizou projetos <strong>de</strong> mineração e <strong>de</strong><br />

empreendimentos agropecuários. Mais ainda,


<strong>RIMA</strong> <strong>–</strong> <strong>Projeto</strong> <strong>Primavera</strong> / Pará <strong>–</strong> Votorantim<br />

53<br />

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essas ações fe<strong>de</strong>rais, em geral, buscaram a<br />

composição com o gran<strong>de</strong> capital que<br />

acabaram por induzir à concentração <strong>de</strong><br />

riquezas, à centralização territorial e à eleição<br />

<strong>de</strong> algumas áreas como privilegiadas no<br />

processo <strong>de</strong> crescimento econômico.<br />

De forma quase que reativa, o po<strong>de</strong>r público<br />

estadual do Pará “combinou suas políticas<br />

territoriais” aos ditames das diretrizes dos<br />

gran<strong>de</strong>s projetos nacionais (estatais ou<br />

privados), pois estes tiveram e têm condições<br />

<strong>de</strong> alavancar oportunida<strong>de</strong>s econômicas,<br />

promover transformações sociais e<br />

territoriais. Assim, por aquela ocasião a<br />

proposição gerencial do governo do estado do<br />

Pará, no que tange ao <strong>de</strong>senvolvimento<br />

econômico em seu território, assegurou uma<br />

forte centralida<strong>de</strong> aos gran<strong>de</strong>s projetos,<br />

sobretudo aos projetos <strong>de</strong> mineração.<br />

O po<strong>de</strong>r estadual produziu uma divisão<br />

territorial, adotando as seguintes categorias e<br />

classificações: Principais Cida<strong>de</strong>s e Pólos<br />

Econômicos; Distritos e Áreas Industriais.<br />

De acordo com a classificação adotada pelo<br />

governo estadual, as Principais Cida<strong>de</strong>s e<br />

Pólos Econômicos são: Belém, Barcarena,<br />

Ananin<strong>de</strong>ua, Castanhal, Marabá, Tucuruí,<br />

Santarém, Altamira, Conceição do Araguaia,<br />

Re<strong>de</strong>nção e Paragominas. Os Distritos e Áreas<br />

Industriais estariam inseridos em algumas<br />

<strong>de</strong>stas cida<strong>de</strong>s ou pólos econômicos.<br />

Através <strong>de</strong>sta sucinta <strong>de</strong>scrição po<strong>de</strong>‐se<br />

observar que houve sintonia entre as esferas<br />

<strong>de</strong> governo, fe<strong>de</strong>ral e estadual para valorizar a<br />

infra estrutura já implantada <strong>de</strong>s<strong>de</strong> outros<br />

ciclos econômicos. Gran<strong>de</strong> parte <strong>de</strong>rivados<br />

dos gran<strong>de</strong>s projetos <strong>de</strong> energia elétrica,<br />

mineração, rodovias, telecomunicações,<br />

portos e aeroportos, os quais servem <strong>de</strong><br />

“garantia” para a integração <strong>de</strong> sua produção<br />

aos mercados nacional e internacional.<br />

A influência direta da ativida<strong>de</strong> <strong>de</strong> mineração<br />

na reestruturação territorial do Estado do<br />

Pará é gran<strong>de</strong>. Dela <strong>de</strong>corre um conjunto <strong>de</strong><br />

fenômenos como migração, crescimento<br />

urbano, aparelhamento <strong>de</strong> infra estrutura<br />

existente, ampliação e melhoria dos<br />

equipamentos e serviços, estímulo ao<br />

comércio, especulação e expansão imobiliária<br />

e atração <strong>de</strong> novas oportunida<strong>de</strong>s <strong>de</strong><br />

negócios.<br />

Dentro <strong>de</strong>ste cenário, a subordinação e<br />

integração entre os municípios do Pará<br />

passam a se dar pelos fluxos <strong>de</strong> serviços<br />

(saú<strong>de</strong> e educação), migrações, circulação <strong>de</strong><br />

mercadorias e bens e pela instalação e<br />

melhoria <strong>de</strong> infra estrutura <strong>de</strong> energia e<br />

transportes.<br />

Neste processo, as ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> mineração,<br />

promovem mudança nas relações sociais <strong>de</strong><br />

produção, <strong>de</strong>slocam a concentração <strong>de</strong><br />

riqueza, do sentido agrário para o urbano‐<br />

industrial. Ao propiciar o crescimento<br />

<strong>de</strong>mográfico com fluxos migratórios,<br />

aparelhamento da infra estrutura e das<br />

cida<strong>de</strong>s, as novas bases <strong>de</strong> produção reduzem<br />

sensivelmente a importância da terra para<br />

subsistência ou da pequena proprieda<strong>de</strong><br />

como conceito único e exclusivo <strong>de</strong> riqueza na<br />

região.<br />

As mudanças impulsionadas pela implantação<br />

e exploração da mineração possibilitam o<br />

aumento da <strong>de</strong>manda a qual acaba por gerar<br />

o crescimento do mercado local, a<br />

especialização da produção agrícola e da<br />

pecuária, modificando‐as, qualitativamente,<br />

<strong>de</strong> subsistência para <strong>de</strong> mercado. Outro<br />

fenômeno também ocorre. A utilização da<br />

infra estrutura <strong>de</strong> circulação, implantada ou<br />

retificada para aten<strong>de</strong>r a mineração, passa a<br />

ser elemento <strong>de</strong> importância na ampliação do<br />

mercado nos níveis regional, estadual e<br />

nacional para a produção local.<br />

Frente à complexida<strong>de</strong> da questão é preciso<br />

ressaltar que, ainda que a ativida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

mineração possa contribuir como um<br />

elemento <strong>de</strong> mo<strong>de</strong>rnização na base produtiva<br />

local, a internalização <strong>de</strong> renda e o progresso<br />

social nas regiões não <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>m, única e<br />

exclusivamente, das ações <strong>de</strong><br />

responsabilida<strong>de</strong> social dos empreen<strong>de</strong>dores.<br />

É imprescindível um reforço <strong>de</strong> iniciativas do<br />

po<strong>de</strong>r público, combinado com as empresas,<br />

para ampliar e consolidar acessos e<br />

oportunida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> empregos e negócios na<br />

localida<strong>de</strong> da mineração.<br />

A análise das áreas <strong>de</strong> influência (AII, AID e<br />

ADA) do empreendimento Jazida <strong>Primavera</strong><br />

no município <strong>de</strong> <strong>Primavera</strong> será <strong>de</strong>senvolvida


<strong>RIMA</strong> <strong>–</strong> <strong>Projeto</strong> <strong>Primavera</strong> / Pará <strong>–</strong> Votorantim<br />

54<br />

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utilizando as duas fontes, IBGE e Atlas. Por<br />

esta razão, ora a referência se reportará à<br />

classificação do IBGE que insere o município<br />

<strong>de</strong> <strong>Primavera</strong> na Microrregião Bragantina do<br />

Nor<strong>de</strong>ste Paraense ora à do Atlas <strong>de</strong><br />

Integração Regional que insere o referido<br />

município na Região Rio Caeté.<br />

O Nor<strong>de</strong>ste Paraense, on<strong>de</strong> se localiza o<br />

município <strong>de</strong> <strong>Primavera</strong>, concentra 22% do<br />

território do Pará e é a menor região <strong>de</strong>ste<br />

estado. Nela se localiza a capital Belém como<br />

também é consi<strong>de</strong>rada a região com melhor<br />

qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida no Estado. Possui gran<strong>de</strong><br />

malha viária, apresenta bom estado <strong>de</strong><br />

conservação da floresta amazônica e maior<br />

presença do po<strong>de</strong>r público. É uma região <strong>de</strong><br />

pouca concentração fundiária e especializada<br />

em serviços. É também a mais populosa,<br />

povoada e sua população é “tradicionalmente<br />

paraense”, isto é, <strong>de</strong> origem luso‐indígena.<br />

Seus municípios são os menores do Estado e<br />

sua elite é ligada aos setores <strong>de</strong> comunicação,<br />

construção civil e supermercadista.<br />

Entre as 22 Microrregiões que formam o<br />

Nor<strong>de</strong>ste Paraense encontra‐se a<br />

Microrregião Bragantina, objeto <strong>de</strong>ste<br />

documento, que é composta por 13<br />

municípios: Augusto Corrêa, Bonito, Bragança,<br />

Capanema, Igarapé‐Açu, Nova Timboteua,<br />

Peixe‐Boi, <strong>Primavera</strong>, Quatipuru, Santa Maria<br />

do Pará, Santarém Novo, São Francisco do<br />

Pará e Tracuateua. Dentre estes, o município<br />

<strong>de</strong> Bragança e o <strong>de</strong> Capanema são os que se<br />

apresentam como “força <strong>de</strong> atração” para os<br />

outros municípios da microrregião.<br />

Área <strong>de</strong> Influência Indireta (AII)<br />

Para efeito do documento sócio‐econômico<br />

serão consi<strong>de</strong>rados além do município <strong>de</strong><br />

Capanema, pólo <strong>de</strong> atrativida<strong>de</strong>, o município<br />

<strong>de</strong> <strong>Primavera</strong> e os seus outros municípios<br />

limítrofes (São João <strong>de</strong> Pirabas, Quatipuru,<br />

Peixe‐Boi e Santarém Novo). Tudo indica que<br />

serão estes os que estarão mais relacionados<br />

com a instalação da jazida <strong>de</strong> calcário e a<br />

fábrica <strong>de</strong> cimento, ambas, a serem instaladas<br />

no município <strong>de</strong> <strong>Primavera</strong> pela Empresa<br />

Votorantim Cimento.<br />

O pólo <strong>de</strong> Capanema é aquele que, não só em<br />

sua microrregião (Bragantina), mas em toda a<br />

mesorregião do Nor<strong>de</strong>ste Paraense, exerce o<br />

maior po<strong>de</strong>r <strong>de</strong> influência sobre os <strong>de</strong>mais<br />

municípios. O município <strong>de</strong> Capanema,<br />

contudo, é aquele que mais se <strong>de</strong>staca em<br />

termos <strong>de</strong> maior atrativida<strong>de</strong>. Mesmo fazendo<br />

esta ressalva não se po<strong>de</strong> esquecer que são os<br />

três municípios, Abaetetuba, Capanema e<br />

Bragança, no Nor<strong>de</strong>ste Paraense, aqueles que<br />

<strong>de</strong>monstram a “qualida<strong>de</strong>” potencial <strong>de</strong><br />

centros <strong>de</strong> enredamento <strong>de</strong> relações<br />

econômicas. Ainda que não sejam os únicos<br />

municípios, são os três que se <strong>de</strong>stacam por<br />

apresentarem maior “atrativida<strong>de</strong>” numa<br />

apreciação econômico‐espacial. Funcionam,<br />

pois, como “pólos” mesorregionais. Salienta‐<br />

se o fato <strong>de</strong> que dois (Bragantina e Capanema)<br />

dos três principais municípios com po<strong>de</strong>r <strong>de</strong><br />

atração localizam‐se na microrregião<br />

Bragantina. Isto faz <strong>de</strong>sta microrregião a <strong>de</strong><br />

maior potencial, portanto, mais “sensível”, em<br />

tese, a ações públicas e privadas. Desse modo,<br />

po<strong>de</strong>m “respon<strong>de</strong>r” mais rapidamente aos<br />

investimentos e intervenções porque<br />

apresentam uma gama <strong>de</strong> serviços mais<br />

complexa e <strong>de</strong>nsa. Porém, não se po<strong>de</strong><br />

esquecer que os fundamentos da polarida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>sses municípios se encontram em<br />

patamares baixos quando comparados às<br />

regiões mais <strong>de</strong>senvolvidas do país e à própria<br />

média brasileira e paraense. A observação dos<br />

indicadores gerais, daqueles municípios,<br />

indica que são limitados os recursos locais em<br />

termos <strong>de</strong> po<strong>de</strong>rem produzir rendimentos<br />

crescentes e, assim, <strong>de</strong> transformar suas<br />

vantagens em fundamento <strong>de</strong> um<br />

<strong>de</strong>senvolvimento com maior grau <strong>de</strong><br />

“sustentabilida<strong>de</strong>”.<br />

Destaca‐se que a Mesorregião do Nor<strong>de</strong>ste<br />

Paraense está revelando um iniciante<br />

potencial <strong>de</strong> recursos minerais.<br />

A origem do município <strong>de</strong> <strong>Primavera</strong> está<br />

relacionada, <strong>de</strong> forma direta, com o município<br />

<strong>de</strong> Capanema e, <strong>de</strong> forma indireta, com o<br />

município <strong>de</strong> Bragança. Este, ao <strong>de</strong>sanexar<br />

parte <strong>de</strong> sua área patrimonial, <strong>de</strong>u origem a<br />

Capanema. Por sua vez, Capanema ce<strong>de</strong>u uma<br />

fração <strong>de</strong> seu território para compor o<br />

município <strong>de</strong> <strong>Primavera</strong>. Assim, também, o<br />

município <strong>de</strong> Salinópolis participou da<br />

composição territorial <strong>de</strong> <strong>Primavera</strong>, através<br />

do Distrito <strong>de</strong> São João <strong>de</strong> Pirabas.


<strong>RIMA</strong> <strong>–</strong> <strong>Projeto</strong> <strong>Primavera</strong> / Pará <strong>–</strong> Votorantim<br />

55<br />

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O município <strong>de</strong> <strong>Primavera</strong> pertence à<br />

Mesorregião Nor<strong>de</strong>ste Paraense e à<br />

Microrregião Bragantina. A se<strong>de</strong> municipal<br />

apresenta as seguintes coor<strong>de</strong>nadas<br />

geográficas: 00° 56’ 36” <strong>de</strong> latitu<strong>de</strong> Sul e 47°<br />

07’ 06” <strong>de</strong> longitu<strong>de</strong> a Oeste <strong>de</strong> Greenwich.<br />

Por toda a região do Nor<strong>de</strong>ste Paraense<br />

observa‐se um fenômeno, a dinâmica <strong>de</strong><br />

pertencimento e <strong>de</strong>smembramento é uma das<br />

gran<strong>de</strong>s características da formação das<br />

cida<strong>de</strong>s e transformação em municípios.<br />

Dentro <strong>de</strong>ste processo, povoados foram<br />

formados, se transformaram em municípios e<br />

estes acabaram por se <strong>de</strong>smembrarem entre<br />

si em novos municípios, o que nem sempre<br />

resultou em melhoria social e econômica. A<br />

base produtiva permaneceu precária<br />

apresentando extrativismo<br />

(fundamentalmente <strong>de</strong> açaí), pesca e pequena<br />

agricultura, na maioria <strong>de</strong> subsistência, a<br />

estrutura ocupacional não se consolidou e<br />

tampouco os empregos formais foram<br />

expandidos. Tais <strong>de</strong>sor<strong>de</strong>ns econômicas e<br />

sociais dos pequenos municípios estão<br />

relacionadas a emancipações administrativas<br />

que mais tiveram a ver com interesses<br />

políticos do que com estudos <strong>de</strong> viabilida<strong>de</strong><br />

econômica. É uma situação que tem resultado<br />

em <strong>de</strong>sperdício <strong>de</strong> recursos públicos e<br />

incapacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> alavancar <strong>de</strong>senvolvimento.<br />

Do ponto <strong>de</strong> vista da classificação da re<strong>de</strong><br />

municipal (Atlas <strong>de</strong> Integração Regional), as<br />

unida<strong>de</strong>s que compõem a Região Rio Caeté<br />

são, em sua maioria, <strong>de</strong> classe <strong>de</strong> tamanho<br />

pequeno. Existem dois municípios CTMP2 com<br />

população <strong>de</strong> 5.001 a 10.000 hab.; sete<br />

municípios CTPM3, com população <strong>de</strong> 10.001<br />

a 20.000 hab.; três municípios CTPM4, com<br />

população <strong>de</strong> 20.001 a 50.000 hab; dois<br />

municípios CTPM5, com população <strong>de</strong> 50.001<br />

a 100.000 hab. e um município médio com<br />

população <strong>de</strong> 100.001 a 500.000 hab. Dentre<br />

os 15 municípios, onze (73%) foram instalados<br />

antes da Constituição <strong>de</strong> 1988 e quatro<br />

municípios (27%) após a mesma.<br />

‐ Dinâmica Populacional<br />

A Área <strong>de</strong> Influência Indireta (AII)<br />

A Área <strong>de</strong> Influência Indireta (AII) do projeto<br />

totalizava uma população <strong>de</strong> 112.051<br />

habitantes em 2009. Neste universo, o<br />

município <strong>de</strong> Capanema representava 57,5%<br />

da AII. Contrastando com Capanema, o menor<br />

município da AII, Santarém Novo, tinha uma<br />

população <strong>de</strong> apenas 6.347 habitantes em<br />

2009, o que representava apenas 5,7% da AII,<br />

ou seja, <strong>de</strong>z vezes menor do que Capanema.<br />

Os dados da população dos municípios da AII<br />

estão apresentados na Tabela 5‐1, on<strong>de</strong> estes<br />

percentuais po<strong>de</strong>m ser melhor observados.<br />

Tabela 5‐1: AII <strong>–</strong> População 2009.<br />

Municípios População %<br />

Capanema 64.429 57,5%<br />

Peixe‐Boi 7.916 7,1%<br />

Quatipuru 13.459 12,0%<br />

Santarém Novo 6.347 5,7%<br />

São João <strong>de</strong> Pirabas 19.900 17,8%<br />

Total AII 112.051 100,0%<br />

Total PA<br />

Fonte: IBGE, 2010.<br />

7.431.020 1,5%<br />

(AII/PA)<br />

A <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong> <strong>de</strong>mográfica dos municípios da<br />

AII apresenta gran<strong>de</strong> dispersão e é bastante<br />

baixa, variando <strong>de</strong> 105,50 hab./km²<br />

(Capanema) a 17,58 (Peixe‐Boi). Note‐se que o<br />

Estado do Pará tem uma das menores<br />

<strong>de</strong>nsida<strong>de</strong>s populacionais do Brasil, apenas<br />

5,96 hab./km², em 2009. No entanto a<br />

<strong>de</strong>nsida<strong>de</strong> <strong>de</strong>mográfica evoluiu mais neste<br />

último do que na média da AII (apenas o<br />

município <strong>de</strong> Quatipuru evoluiu mais do que o<br />

Estado, neste quesito). Também é gran<strong>de</strong> a<br />

dispersão do grau <strong>de</strong> urbanização nos<br />

municípios da AII que, em 2007, oscilavam <strong>de</strong><br />

80,06 (Capanema) a 28,20% (Santarém Novo),<br />

enquanto para o Estado o número era <strong>de</strong><br />

70,1% em 2007. Comparando‐se com o grau<br />

<strong>de</strong> urbanização para o país como um todo, em<br />

2009, que era <strong>de</strong> 86,1% da população<br />

percebe‐se o quão baixos são os números do<br />

grau <strong>de</strong> urbanização aqui apresentados para a<br />

AII.<br />

A evolução da população da AII no período<br />

2000‐2009 passou <strong>de</strong> 98.702 habitantes para<br />

112.501. A média do crescimento anual da AII<br />

(1,42% a.a.) ficou abaixo da media <strong>de</strong><br />

crescimento do Estado do Pará que foi <strong>de</strong><br />

2,05% no mesmo período e mesmo abaixo da<br />

média brasileira que foi <strong>de</strong> 1,48% a.a.


<strong>RIMA</strong> <strong>–</strong> <strong>Projeto</strong> <strong>Primavera</strong> / Pará <strong>–</strong> Votorantim<br />

56<br />

_________________________________________________________________________________________________________________<br />

_________________________________________________________________________________________________________________<br />

A evolução da população da AII no período<br />

2000‐2009 acrescentando‐se o município <strong>de</strong><br />

<strong>Primavera</strong> (AID) para melhor compreensão <strong>de</strong><br />

toda a área a ser influenciada pelo projeto.<br />

A dinâmica populacional da área é baixa,<br />

comparando‐se com as taxas <strong>de</strong> crescimento<br />

da população do estado do Pará.<br />

A evolução da população urbana e rural dos<br />

municípios da AII, entre 2000 e 2007, passou<br />

respectivamente <strong>de</strong> 66,8% e 33,2% em 2000<br />

para 66,5% e 33,5% em 2007, permanecendo,<br />

praticamente, estável no período. Ou seja,<br />

além dos índices <strong>de</strong> urbanização da AII serem<br />

baixos em relação ao Estado do Pará (70,1%<br />

<strong>de</strong> população urbana) e ao Brasil (86,1%) eles<br />

praticamente não evoluíram no período<br />

analisado.<br />

Quanto ao percentual das populações urbanas<br />

e rurais dos municípios da AII e, incluindo‐se<br />

ainda a cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>Primavera</strong>, também da AID.<br />

Além do elevado grau <strong>de</strong> dispersão dos<br />

números apresentados entre os municípios da<br />

AII, mais uma vez <strong>de</strong>vem ser notadas as baixas<br />

taxas <strong>de</strong> urbanização dos municípios da área,<br />

com a exceção <strong>de</strong> Capanema que apresenta<br />

taxa mais elevada para a realida<strong>de</strong> do Estado<br />

do Pará.<br />

Consi<strong>de</strong>rando‐se a dinâmica populacional, a<br />

faixa etária e a razão entre sexo para a<br />

população da AII em 2009 existiam na AII mais<br />

homens do que mulheres (51,1% e 48,9%<br />

respectivamente) o que contraria o padrão<br />

normal <strong>de</strong> que a população feminina sempre é<br />

ligeiramente maior do que a masculina, por<br />

causa da menor taxa <strong>de</strong> mortalida<strong>de</strong> infantil e<br />

maior longevida<strong>de</strong> das mulheres <strong>–</strong> em 2009 o<br />

IBGE estimava, para todo o Brasil, em 50,9% o<br />

percentual <strong>de</strong> mulheres na população. A<br />

Figura5‐4, abaixo, ilustra a situação exposta<br />

acima, através da construção da pirâmi<strong>de</strong><br />

populacional para a AII que mostra um perfil<br />

bastante jovem da população regional<br />

Figura 5‐1: AII <strong>–</strong> Pirâmi<strong>de</strong> Etária da População<br />

2009.<br />

Fonte: IBGE, estimativa da população, 2009.<br />

As taxas, referentes ao índice <strong>de</strong><br />

envelhecimento da população da AII, obtidas<br />

são bastante baixas, embora acima do índice<br />

para todo o estado (13,71%).<br />

A média <strong>de</strong> moradores por unida<strong>de</strong> familiar<br />

em 2007 era <strong>de</strong> 3,8 moradores por domicílio,<br />

o mesmo valor apurado pelo IBGE para toda a<br />

Região Norte em 2008 e 2009 e superior à<br />

média nacional que era <strong>de</strong> 3,3 em 2008 e 2009<br />

(IBGE‐PNAD, 2009).<br />

A Área <strong>de</strong> Influência Direta (AID) <strong>–</strong> Município<br />

<strong>de</strong> <strong>Primavera</strong><br />

A <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong> <strong>de</strong>mográfica da população <strong>de</strong><br />

<strong>Primavera</strong>, que é o município da Área <strong>de</strong><br />

Influência Direta do projeto, evoluiu<br />

mo<strong>de</strong>stamente no período 2000‐2009,<br />

acompanhando o baixo crescimento<br />

populacional. Por outro lado, o município<br />

sofreu involução em sua taxa <strong>de</strong> urbanização,<br />

que já era baixa, no período 2000‐2007,<br />

quando a taxa <strong>de</strong> urbanização caiu <strong>de</strong> 65,54%<br />

para 64,29.<br />

A população <strong>de</strong> <strong>Primavera</strong> apresentou<br />

crescimento <strong>de</strong>clinante se comparados os<br />

períodos 2000/1996 com 2009/2000, O<br />

crescimento <strong>de</strong> 1,38% a.a. entre 2000 e 2009<br />

é muito baixo comparado ao crescimento<br />

populacional do Estado do Pará que foi <strong>de</strong><br />

2,05% a.a..<br />

A população rural <strong>de</strong> <strong>Primavera</strong> <strong>de</strong>cresceu<br />

muito no período 1996‐2000, mas voltou a<br />

subir ligeiramente em 2009.<br />

A gran<strong>de</strong> mudança da população urbana em<br />

2000 vis a vis 1994 possivelmente <strong>de</strong>ve‐se


<strong>RIMA</strong> <strong>–</strong> <strong>Projeto</strong> <strong>Primavera</strong> / Pará <strong>–</strong> Votorantim<br />

57<br />

_________________________________________________________________________________________________________________<br />

_________________________________________________________________________________________________________________<br />

ainda ao <strong>de</strong>smembramento do município em<br />

1994.<br />

A população masculina predominava em<br />

relação à feminina na proporção <strong>de</strong> 52,5% e<br />

47,5% respectivamente, conservando o<br />

padrão que se observou anteriormente para a<br />

AII (em 2009 o IBGE estimava, para todo o<br />

Brasil, uma relação ao contrário <strong>de</strong> 49,1% e<br />

50,9% para homens e mulheres).<br />

Observa‐se ainda que 61,9% da população do<br />

município encontrava‐se na faixa <strong>de</strong> 0 a 29<br />

anos <strong>de</strong> ida<strong>de</strong>, o que revela uma população<br />

bastante mais jovem do que a média brasileira<br />

e igual à média paraense (52,8% 61,9%,<br />

respectivamente).<br />

O índice <strong>de</strong> envelhecimento da população<br />

apurado (22,82%) é significativamente<br />

superior ao índice para todo o Estado do Pará.<br />

A evolução do número médio <strong>de</strong> moradores<br />

por unida<strong>de</strong> domiciliar no município <strong>de</strong><br />

<strong>Primavera</strong>. Observa‐se que este número caiu<br />

<strong>de</strong> 4,76 moradores por domicilio, apurado no<br />

censo 2000, para uma média <strong>de</strong> 3,57 em 2007.<br />

‐ Condições <strong>de</strong> Vida das Comunida<strong>de</strong>s<br />

Localizadas na Área <strong>de</strong> Influência<br />

A Área <strong>de</strong> Influência Indireta (AII)<br />

Os indicadores <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida revelam<br />

um quadro <strong>de</strong> severa pobreza na região da AII.<br />

O IDH dos municípios da região são muito<br />

baixos e com a exceção <strong>de</strong> Capanema estão<br />

bem abaixo do IDH estadual que colocava o<br />

Pará na 16ª posição no ranking do IDH dos 27<br />

estados e DF do Brasil, No ranking municipal<br />

referente ao IDH.<br />

O número <strong>de</strong> famílias atendidas pelo<br />

programa Bolsa Família do Governo Fe<strong>de</strong>ral<br />

indica que é gran<strong>de</strong> o percentual <strong>de</strong> famílias<br />

atendidas pelo programa, como proporção da<br />

população total.<br />

A análise das condições habitacionais nas<br />

cida<strong>de</strong>s da AII revela um quadro <strong>de</strong> extrema<br />

precarieda<strong>de</strong>, apenas 21,6% dos domicílios e<br />

21,8% dos moradores eram atendidos<br />

regularmente por re<strong>de</strong> <strong>de</strong> água. Os <strong>de</strong>mais,<br />

78,4% e 78,2%, respectivamente, tinham<br />

atendimento precário neste quesito.<br />

O atendimento <strong>de</strong> re<strong>de</strong> <strong>de</strong> esgoto revela um<br />

quadro muito pior ainda. Os dados mostram<br />

que apenas 0,1% da população da AII eram<br />

servidos por re<strong>de</strong> <strong>de</strong> esgoto em 2000 e que<br />

5,6% dos domicílios sequer tinham banheiro<br />

ou sanitário em suas <strong>de</strong>pendências. Mostra<br />

ainda que quase a meta<strong>de</strong> da população local<br />

usava fossa rudimentar para <strong>de</strong>spejo <strong>de</strong> seus<br />

<strong>de</strong>jetos.<br />

Apenas 22,4% dos domicílios e 21,0% dos<br />

moradores eram servidos por coleta regular<br />

<strong>de</strong> lixo na AII. Enquanto isto, 41,6% dos<br />

domicílios e 42,6% dos moradores queimavam<br />

seus resíduos sólidos, enquanto cerca <strong>de</strong><br />

23,5% simplesmente os <strong>de</strong>spejavam em<br />

terreno baldio ou qualquer logradouro.<br />

Quanto os números <strong>de</strong> consumidores e<br />

consumo <strong>de</strong> Energia Elétrica observa‐se que,<br />

em 2008, os consumidores industriais eram<br />

apenas 49 na região da AII (40 em Capanema,<br />

6 em Quatipuru e 3 em São João <strong>de</strong> Pirabas) e<br />

representavam apenas 7,9% do consumo <strong>de</strong><br />

Energia Elétrica da área.<br />

A estrutura do sistema educacional é<br />

fundamental para a análise da qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

vida na região, neste sentido, verificou‐se que<br />

não existem escolas <strong>de</strong> nível superior em<br />

nenhum município da área. Não há também<br />

nenhuma unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> ensino fe<strong>de</strong>ral, apenas<br />

estabelecimentos municipais e estaduais no<br />

ensino fundamental e estaduais no ensino<br />

médio, quando se consi<strong>de</strong>ra apenas a esfera<br />

pública. Já o setor privado atua tanto no<br />

ensino fundamental como no médio.<br />

Quanto ao número <strong>de</strong> alunos matriculados,<br />

estes estão concentrados basicamente no<br />

ensino fundamental (66,6% dos alunos). O<br />

número <strong>de</strong> docentes empregados no sistema<br />

<strong>de</strong> ensino da AII é 1.388 professores, dos quais<br />

896 (64,5%) lecionando no ensino<br />

fundamental, 283 (20,4%) no ensino médio e<br />

o restante (15,1%) na pré‐escola.<br />

Verifica‐se que 80,8% dos responsáveis pelos<br />

domicílios da AII tinham 7 anos ou menos <strong>de</strong><br />

estudo, quando do censo <strong>de</strong> 2000. Este<br />

número é muito baixo, mesmo comparando‐<br />

se com a média nacional <strong>de</strong> anos <strong>de</strong> estudo<br />

para a população brasileira com 10 anos ou<br />

mais estimada pelo IBGE na PNAD 2009, que<br />

em 2009 era <strong>de</strong> 7,2 anos.<br />

A taxa <strong>de</strong> analfabetismo (indivíduos com 15<br />

anos ou mais) dos municípios vai <strong>de</strong> 17,12%


<strong>RIMA</strong> <strong>–</strong> <strong>Projeto</strong> <strong>Primavera</strong> / Pará <strong>–</strong> Votorantim<br />

58<br />

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para Capanema, a menor, a 28,87% para<br />

Quatipuru, a maior, números sensivelmente<br />

piores do que para o Estado (16,8%) e para o<br />

Brasil (13,6%).<br />

Complementando a análise da qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

vida na região da AII <strong>de</strong>vem‐se observar os<br />

dados referentes à estrutura da área <strong>de</strong> saú<strong>de</strong><br />

na AII.<br />

Os recursos físicos <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> são precários na<br />

AII do projeto. Não há nenhum hospital<br />

público na área, sendo que os 4 existentes são<br />

privados: 3 <strong>de</strong>les situavam‐se em Capanema e<br />

o outro em São João <strong>de</strong> Pirabas. Os gastos per<br />

capita com saú<strong>de</strong> também são muito baixos,<br />

mas não há informações a respeito a nível<br />

estadual ou fe<strong>de</strong>ral.<br />

A mortalida<strong>de</strong> infantil no Pará (23,0) é bem<br />

mais elevada do que no Brasil (16,4) e nos<br />

municípios da área analisada é maior ainda,<br />

chegando a 35,7 em Quatipuru.<br />

A Área <strong>de</strong> Influência Direta (AID) <strong>–</strong> Município<br />

<strong>de</strong> <strong>Primavera</strong><br />

Os indicadores <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida revelam<br />

um quadro <strong>de</strong> pobreza acentuada no<br />

município <strong>de</strong> <strong>Primavera</strong>. O IDH do município é<br />

muito baixo estando abaixo do IDH estadual<br />

que colocava o Pará na 16ª posição no ranking<br />

do IDH dos 27 estados e DF do Brasil, segundo<br />

os últimos resultados disponíveis. O Índice <strong>de</strong><br />

Desenvolvimento Familiar (IDF) mostra<br />

também um quadro pouco favorável, embora<br />

ligeiramente acima do índice estadual.<br />

Finalmente, o número <strong>de</strong> famílias atendidas<br />

pelo Programa Bolsa Família do Governo<br />

Fe<strong>de</strong>ral no município indica que é gran<strong>de</strong> o<br />

percentual <strong>de</strong> famílias atendidas pelo<br />

programa em proporção da população total.<br />

Enquanto no Brasil e no Pará as famílias<br />

atendidas pelo Programa Bolsa Família<br />

correspondiam a, respectivamente, 6,7% e<br />

9,1% da população total, em <strong>Primavera</strong> este<br />

número representava 13,6% da população<br />

total.<br />

A análise das condições habitacionais do<br />

município <strong>de</strong> <strong>Primavera</strong>, revela um quadro<br />

precário neste serviço público, observa‐se que<br />

pouco mais da meta<strong>de</strong> dos domicílios e<br />

moradores (52,8% e 51,3% respectivamente)<br />

eram atendidos regularmente por re<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

água. O atendimento <strong>de</strong> re<strong>de</strong> <strong>de</strong> esgoto revela<br />

um quadro muito mais grave, pois em 2000<br />

não havia re<strong>de</strong> <strong>de</strong> esgoto no município e que<br />

16,2%% dos domicílios e moradores sequer<br />

tinham banheiro ou sanitário em suas<br />

<strong>de</strong>pendências. Mostra ainda que 83,8% da<br />

população local utilizava fossa rudimentar,<br />

vala ou outros <strong>de</strong>stinos precários para <strong>de</strong>spejo<br />

<strong>de</strong> seus <strong>de</strong>jetos.<br />

Apenas 23,1% dos domicílios e 22,1% dos<br />

moradores eram servidos por coleta regular<br />

<strong>de</strong> lixo na AII. Enquanto isto, 54,6% dos<br />

domicílios e 54,3% dos moradores queimavam<br />

seus resíduos sólidos, enquanto cerca <strong>de</strong><br />

11,9% dos domicílios e 12,6% dos moradores<br />

simplesmente os <strong>de</strong>spejavam em terreno<br />

baldio ou outro logradouro.<br />

Em relação ao consumo <strong>de</strong> Energia Elétrica<br />

observa‐se que, em 2008, os consumidores<br />

industriais eram apenas 2, que representavam<br />

apenas 0,5% do consumo no município.<br />

O sistema educacional <strong>de</strong> primavera é ainda<br />

mais precário do que na AII. Em <strong>Primavera</strong>,<br />

não existem escolas <strong>de</strong> nível superior. Não há<br />

também nenhuma unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> ensino publico<br />

fe<strong>de</strong>ral, apenas estabelecimentos públicos<br />

municipais no ensino pré‐escolar e municipais<br />

e estaduais no fundamental e 1<br />

estabelecimento estadual no ensino médio.<br />

Os alunos matriculados estão concentrados no<br />

ensino fundamental (69,3% dos alunos).<br />

No município existem 138 professores, dos<br />

quais 90 (65,2%) lecionam no ensino<br />

fundamental, 23 (16,7%) no ensino médio e 25<br />

(18,1%) na pré‐escola.<br />

A taxa <strong>de</strong> analfabetismo (indivíduos com 15<br />

anos ou mais) do município era <strong>de</strong> 24,6% em<br />

2000, muito abaixo do que para o Estado<br />

(16,8%) e para o Brasil (13,6%).<br />

Como já visto acima para a AII, os recursos<br />

físicos <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> são ainda mais precários no<br />

município <strong>de</strong> <strong>Primavera</strong> a AID do projeto. Não<br />

há nenhum hospital no município (na AII,<br />

apenas Capanema e São João <strong>de</strong> Pirabas tem).<br />

No caso <strong>de</strong> <strong>Primavera</strong>, o atendimento em<br />

geral era realizado pelas unida<strong>de</strong>s básicas <strong>de</strong><br />

saú<strong>de</strong> (UBS).<br />

Sobre a mortalida<strong>de</strong> infantil, <strong>Primavera</strong><br />

apresenta uma taxa <strong>de</strong> 23,6 mortos entre<br />

nascidos vivos com menos <strong>de</strong> 1 ano. Chama


<strong>RIMA</strong> <strong>–</strong> <strong>Projeto</strong> <strong>Primavera</strong> / Pará <strong>–</strong> Votorantim<br />

59<br />

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_________________________________________________________________________________________________________________<br />

atenção também o elevado percentual <strong>de</strong><br />

óbitos por causas mal <strong>de</strong>finidas que chega a<br />

63,0% dos óbitos no município, o que po<strong>de</strong><br />

gerar distorções em outros coeficientes <strong>de</strong><br />

mortalida<strong>de</strong>.<br />

5.1 Uso e Ocupação do Solo<br />

O presente item tem como objetivo<br />

apresentar o uso e ocupação atuais das terras<br />

<strong>de</strong>finidas como ADA, no raio <strong>de</strong> 4 km<br />

consi<strong>de</strong>rado como AID e no raio <strong>de</strong> 10 km<br />

consi<strong>de</strong>rado como AII.<br />

A caracterização <strong>de</strong>ssas áreas po<strong>de</strong>rá subsidiar<br />

e/ou auxiliar a avaliação dos impactos<br />

ambientais que apresentam relação com este<br />

tema, como alteração da paisagem, alteração<br />

dos níveis <strong>de</strong> pressão sonora, geração <strong>de</strong><br />

tráfego, dinamização <strong>de</strong> processos erosivos,<br />

entre outros.<br />

O empreendimento, que contempla a<br />

abertura <strong>de</strong> uma mina <strong>de</strong> calcário e argila e a<br />

implantação <strong>de</strong> uma fábrica <strong>de</strong> cimentos será<br />

implantado próximo ao Rio Morcego em Zona<br />

Rural do município <strong>de</strong> <strong>Primavera</strong>, região<br />

conhecida como salgado paraense. Em termos<br />

<strong>de</strong> divisão por Região hidrográfica, o<br />

empreendimento se localiza na Região<br />

Hidrográfica <strong>de</strong> Costa Atlântica Nor<strong>de</strong>ste.<br />

- Materiais e Métodos<br />

Para fins do levantamento <strong>de</strong> uso e ocupação<br />

das terras, as áreas <strong>de</strong> influência foram<br />

<strong>de</strong>finidas, em conformida<strong>de</strong> com a<br />

abrangência e o tipo dos potenciais impactos<br />

sobre as mesmas, conforme <strong>de</strong>finições abaixo:<br />

ÁREA DIRETAMENTE AFETADA (ADA):<br />

correspon<strong>de</strong> à área objeto <strong>de</strong> licenciamento<br />

ambiental.<br />

ÁREA DE INFLUÊNCIA DIRETA (AID):<br />

correspon<strong>de</strong> ao entorno do empreendimento,<br />

abrangendo um raio <strong>de</strong> aproximadamente 4<br />

km do mesmo.<br />

ÁREA DE INFLUÊNCIA INDIRETA (AII):<br />

correspon<strong>de</strong> a todos os municípios próximos à<br />

ADA, sendo eles: <strong>Primavera</strong>, Quatipuru, São<br />

João <strong>de</strong> Pirabas, Tracuateua e Capanema.<br />

Esses municípios estão contidos no raio <strong>de</strong> 10<br />

km em relação à ADA.<br />

Os pontos obtidos em campo foram plotados<br />

sobre imagens <strong>de</strong> satélite recente, capturadas<br />

em 2007 pelo satélite Quickbird, com<br />

resolução espacial <strong>de</strong> 60 cm e precisão<br />

posicional <strong>–</strong> 23 m. As imagens multiespectrais<br />

foram apresentadas em bandas espectrais R,<br />

G, B e IR. Devido à significativa incidência <strong>de</strong><br />

nuvens nas imagens <strong>de</strong> 2007, optou‐se<br />

também por adquirir imagens recentes, com<br />

programação do satélite Worldview‐2, com<br />

resolução espacial <strong>–</strong> 0,5 m e precisão<br />

posicional <strong>de</strong> 6 m. A resolução espectral<br />

<strong>de</strong>ssas imagens também foram apresentadas<br />

nas bandas R, G, B e IR. Assim, com o auxílio<br />

<strong>de</strong> técnicas <strong>de</strong> fotointerpretação e<br />

geoprocessamento <strong>de</strong>ssas e <strong>de</strong> outras<br />

imagens, associadas aos trabalhos <strong>de</strong> campo,<br />

foi possível a elaboração do mapa temático <strong>de</strong><br />

Uso e Ocupação do Solo além do<br />

levantamento das classes e feições <strong>de</strong> uso<br />

existentes na área.<br />

Além das imagens acima <strong>de</strong>scritas, os<br />

produtos cartográficos abaixo, também estão<br />

sendo utilizados para a caracterização,<br />

elaboração da base cartográfica e<br />

mapeamento temático das áreas <strong>de</strong><br />

influência. São eles:<br />

Mosaico <strong>de</strong> imagens <strong>de</strong> Satélite do CBERS‐II,<br />

com data <strong>de</strong> captura das imagens <strong>de</strong><br />

17/07/2008, com resolução espacial <strong>de</strong> 20<br />

metros nas bandas espectrais R, G, B e<br />

Pancromática com resolução <strong>de</strong> 2,7 metros;<br />

Carta Topográfica <strong>de</strong> Salinópolis <strong>–</strong> MI 338<br />

1:100.000 do IBGE <strong>de</strong> 1982;<br />

Carta Topográfica <strong>de</strong> Capanema <strong>–</strong> MI 386<br />

1:100.000 do IBGE <strong>de</strong> 1982;<br />

Polígonos do DNPM em shapefile, SIGMINE <strong>de</strong><br />

2010;<br />

Limites Políticos Municipais <strong>–</strong> Estado do Pará ‐<br />

IBGE, 2005;<br />

Divisão das Regiões Hidrográficas do Estado<br />

do Pará <strong>–</strong> SISCOM <strong>–</strong> IBAMA;<br />

Plantas disponibilizadas pelo empreen<strong>de</strong>dor<br />

em extensão DWG.<br />

Área <strong>de</strong> Influência Indireta ‐ AII<br />

Foram consi<strong>de</strong>rados como AII os municípios:<br />

<strong>Primavera</strong>, Quatipuru, São João <strong>de</strong> Pirabas,<br />

Capanema e Tracuateua, localizados na Região


<strong>RIMA</strong> <strong>–</strong> <strong>Projeto</strong> <strong>Primavera</strong> / Pará <strong>–</strong> Votorantim<br />

60<br />

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<strong>de</strong> Integração do Rio Caeté, porção nor<strong>de</strong>ste<br />

do Estado. Os acessos a esses municípios são<br />

pelas Rodovias BR 316, PA 124 e PA 446. O<br />

bioma original <strong>de</strong>sta área é o Amazônico com<br />

influência Costeira, com interferência <strong>de</strong><br />

bioma costeiro. Essa região dista cerca <strong>de</strong> 200<br />

km <strong>de</strong> Belém.<br />

<strong>Primavera</strong><br />

<strong>Primavera</strong> abrange uma área <strong>de</strong> 259 km 2 , com<br />

uma população <strong>de</strong> aproximadamente 10.993<br />

hab. Esse município vem, nos últimos quatro<br />

anos, per<strong>de</strong>ndo contingente populacional,<br />

pois segundo os dados do IBGE, no censo <strong>de</strong><br />

1991 o município tinha 17.132 hab., em 1996<br />

a população era <strong>de</strong> 18.875, já no censo <strong>de</strong><br />

2000 esse número caiu para 9.718 e,<br />

finalmente, na última contagem populacional<br />

o número <strong>de</strong> habitantes era 10.463.<br />

Foto 5.1‐1: Fachada do Palácio Legislativo <strong>de</strong><br />

<strong>Primavera</strong>.<br />

Segundo o Censo <strong>de</strong> 2000, o município tinha<br />

no início do século XXI, 65,63% <strong>de</strong> sua<br />

população vivendo na área urbana e 34,47%<br />

na área rural.<br />

De acordo com a publicação da Secretaria <strong>de</strong><br />

Estado da Integração Regional, “Atlas da<br />

Integração Regional do Estado do Pará”, <strong>de</strong><br />

maio <strong>de</strong> 2010 o uso do solo no município é<br />

predominantemente <strong>de</strong>stinado à mineração,<br />

entretanto, segundo o IBGE, <strong>Primavera</strong> possui<br />

9.054 hectares <strong>de</strong> terras plantadas, divididas<br />

em: 58,5% em Lavoura Temporária, 0,47% em<br />

Horticultura e Floricultura, 3,76% em Lavoura<br />

Permanente, 29,6% em Pecuária e Criação <strong>de</strong><br />

outros animais e 2,34% em Florestas Nativas.<br />

Em relação ao <strong>de</strong>sflorestamento, esse<br />

município já apresenta segundo os dados do<br />

INPE para 2009, 176,3 km 2 , o que representa<br />

68% da área do município sem a cobertura<br />

florestal primária.<br />

Em relação aos atos legais que disciplinam o<br />

uso e ocupação do solo no município,<br />

verificou‐se que <strong>Primavera</strong> não tem Plano<br />

Diretor, uma vez que não aten<strong>de</strong> aos<br />

requisitos previstos na Lei nº 10.257, <strong>de</strong> 10 <strong>de</strong><br />

julho <strong>de</strong> 2001, que regulamenta os art. 182 e<br />

183 da Constituição Fe<strong>de</strong>ral, estabelece<br />

diretrizes gerais da política urbana e dá outras<br />

providências.<br />

Entretanto, pela Lei nº 2.588 <strong>de</strong> 15 <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> 2008, <strong>Primavera</strong> instituiu seu<br />

Código <strong>de</strong> Postura Municipal que: “Dispõe<br />

sobre o Código <strong>de</strong> Postura Municipal e Normas<br />

sobre Política Administrativa no Município <strong>de</strong><br />

<strong>Primavera</strong>”. Essa lei vem contribuindo para o<br />

or<strong>de</strong>namento do município.<br />

Quatipuru<br />

O município <strong>de</strong> Quatipuru ocupa 324 km 2 ,<br />

com uma população <strong>de</strong> 13.459 hab. segundo a<br />

contagem populacional do IBGE para 2009.<br />

Esse município, assim como <strong>Primavera</strong>,<br />

localiza‐se a uma distância <strong>de</strong> 200 km em<br />

relação a capital do Estado. Segundo o Censo<br />

<strong>de</strong> 2000, o município tinha no início dos anos<br />

2000, 39,79% <strong>de</strong> sua população vivendo na<br />

área urbana e 60,21% na área rural.<br />

Foto 5.1‐2: Fachada da Prefeitura Municipal<br />

<strong>de</strong> Quatipuru <strong>–</strong> Palácio Executivo Dr. Almir<br />

Gabriel.<br />

Segundo o IBGE, Quatipuru possui 11.312<br />

hectares <strong>de</strong> terras plantadas, divididas em:<br />

65,09% em Lavoura Temporária, 14,84 em<br />

Lavoura Permanente, 18,79% em Pecuária e<br />

Criação <strong>de</strong> outros animais e 1,27% em<br />

Florestas Plantadas.


<strong>RIMA</strong> <strong>–</strong> <strong>Projeto</strong> <strong>Primavera</strong> / Pará <strong>–</strong> Votorantim<br />

61<br />

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Em relação ao <strong>de</strong>sflorestamento, esse<br />

município já apresenta segundo os dados do<br />

INPE para 2009, 79,8 km 2 , o que representa<br />

aproximadamente 24% da área do município<br />

sem a cobertura vegetal primária.<br />

Verificou‐se que Quatipuru, assim como<br />

<strong>Primavera</strong>, não tem Plano Diretor, uma vez<br />

que não aten<strong>de</strong> aos requisitos previstos na Lei<br />

nº 10.257, <strong>de</strong> 10 <strong>de</strong> julho <strong>de</strong> 2001. Também<br />

não possui Lei <strong>de</strong> Parcelamento do Solo, Lei <strong>de</strong><br />

zoneamento ou equivalente, Código <strong>de</strong> Obras,<br />

etc. O município conta somente com o Código<br />

<strong>de</strong> Posturas como instrumento disciplinador<br />

do uso do solo.<br />

São João <strong>de</strong> Pirabas<br />

O município <strong>de</strong> São João <strong>de</strong> Pirabas ocupa 702<br />

km 2 , com uma população <strong>de</strong> 19.900 hab.<br />

segundo a contagem populacional do IBGE<br />

para 2009. Esse município também se localiza<br />

a uma distância <strong>de</strong> 200 km em relação à<br />

capital do Estado.<br />

Foto 5.1‐3: Prefeitura <strong>de</strong> São João <strong>de</strong> Pirabas<br />

Fonte: (http://www.panoramio.com/photo/28347155)<br />

Segundo o Censo <strong>de</strong> 2000, o município tinha<br />

no início dos anos 2000, 56,23% <strong>de</strong> sua<br />

população vivendo na área urbana e 43,77%<br />

na área rural.<br />

São João <strong>de</strong> Pirabas possui 24.112 hectares <strong>de</strong><br />

terras plantadas, divididas em: 49,63% em<br />

Lavoura temporária, 6,21% em Lavoura<br />

Permanente, 1,16% Horticultura e Floricultura,<br />

32,9% em Pecuária e Criação <strong>de</strong> outros<br />

animais e 9,86% em Florestas Nativas.<br />

Na perspectiva do <strong>de</strong>sflorestamento, esse<br />

município apresentava em 2009, 197,1 km 2 , o<br />

que representa aproximadamente 28% da<br />

área do município sem a cobertura vegetal<br />

primária.<br />

Verificou‐se que São João <strong>de</strong> Pirabas não tem<br />

Plano Diretor, uma vez que não aten<strong>de</strong> aos<br />

requisitos previstos na Lei nº 10.257, <strong>de</strong> 10 <strong>de</strong><br />

julho <strong>de</strong> 2001. Segundo o Perfil dos<br />

Municípios Brasileiros <strong>de</strong> 2009 o município<br />

possui legislação específica sobre zona e/ou<br />

área <strong>de</strong> interesse especial, Lei <strong>de</strong><br />

parcelamento do solo, Lei <strong>de</strong> zoneamento ou<br />

equivalente, Código <strong>de</strong> obras e Código <strong>de</strong><br />

Posturas.<br />

Tracuateua<br />

O município <strong>de</strong> Tracuateua ocupa 852 km 2 ,<br />

com uma população <strong>de</strong> 27.825 hab. segundo a<br />

contagem populacional do IBGE para 2009.<br />

Também está situado na Região <strong>de</strong> Integração<br />

Regional do Rio Caeté. Distante cerca <strong>de</strong> 170<br />

km <strong>de</strong> Belém.<br />

Foto 5.1‐4: Centro comercial <strong>de</strong> Tracuateua<br />

Fonte: (http://tracuateua.net/fotos/simpleviewer/fotos.php)<br />

O município tinha, no início dos anos 2000,<br />

20,56% <strong>de</strong> sua população vivendo na área<br />

urbana e 79,44% na área rural.<br />

Com 28,925 hectares <strong>de</strong> terras plantadas, as<br />

lavouras temporárias representam 64,11%, as<br />

permanentes 8,79%. A pecuária representa<br />

22, 8% dos hectares plantados, as florestas<br />

plantadas e nativas representam, 0,79 e<br />

2,66%, respectivamente.<br />

O <strong>de</strong>sflorestamento em 2009 era <strong>de</strong> 465,3<br />

km 2 , o que representa aproximadamente 54%<br />

da área do município sem a cobertura vegetal<br />

primária.<br />

Verificou‐se que Tracuateua tem Plano<br />

Diretor, pois aten<strong>de</strong> aos requisitos previstos<br />

na Lei nº 10.257, <strong>de</strong> 10 <strong>de</strong> julho <strong>de</strong> 2001.


<strong>RIMA</strong> <strong>–</strong> <strong>Projeto</strong> <strong>Primavera</strong> / Pará <strong>–</strong> Votorantim<br />

62<br />

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Segundo o Perfil dos Municípios Brasileiros <strong>de</strong><br />

2009 o município também possui legislação<br />

específica sobre zona e/ou área <strong>de</strong> interesse<br />

especial, Lei <strong>de</strong> parcelamento do solo, Lei <strong>de</strong><br />

zoneamento ou equivalente, Código <strong>de</strong> obras<br />

e Código <strong>de</strong> Posturas.<br />

Capanema<br />

O município <strong>de</strong> Capanema ocupa 614 km 2 ,<br />

com uma população <strong>de</strong> 64.429 hab. segundo a<br />

contagem populacional do IBGE para 2009.<br />

Também está situado na Região <strong>de</strong> Integração<br />

Regional do Rio Caeté.<br />

Foto 5.1‐‐5: Fachada da Prefeitura Municipal<br />

<strong>de</strong> Capanema<br />

Fonte: (http://www.panoramio.com/photo)<br />

Distante cerca <strong>de</strong> 160 km <strong>de</strong> Belém pela<br />

rodovia (BR 316). É o município mais<br />

<strong>de</strong>senvolvido da região bragantina do<br />

nor<strong>de</strong>ste paraense. Lá é fabricado o cimento<br />

Nassau, a maior fábrica <strong>de</strong> cimento do estado.<br />

Capanema é o maior município da região<br />

bragantina, configurando‐se como a segunda<br />

cida<strong>de</strong> no número <strong>de</strong> habitantes, superada<br />

somente por Bragança.<br />

O município tinha, no início dos anos 2000,<br />

81,11% <strong>de</strong> sua população vivendo na área<br />

urbana e 18,89% na área rural.<br />

Com 15.455 hectares <strong>de</strong> terras plantadas, as<br />

lavouras temporárias representam 61,04%, as<br />

permanentes 2,35%. A pecuária representa<br />

36,27% dos hectares <strong>de</strong>stinados à ativida<strong>de</strong>s<br />

agropastoris, as plantações <strong>de</strong> horticultura<br />

ocupam apenas 51 hectares com uma<br />

representativida<strong>de</strong> <strong>de</strong> 0,33%. Em relação ao<br />

<strong>de</strong>sflorestamento, esse município apresenta<br />

segundo os dados do INPE para 2009, 512,5<br />

km 2 , o que representa 83% da área do<br />

município sem a cobertura florestal original.<br />

Em relação aos atos legais que disciplinam o<br />

uso do solo no município, Capanema possui,<br />

segundo a publicação “Perfil dos Municípios<br />

Brasileiros” do IBGE, Plano Diretor, Lei<br />

específica <strong>de</strong> Estudo <strong>de</strong> <strong>Impacto</strong> <strong>de</strong><br />

Vizinhança, Código <strong>de</strong> Posturas e Código <strong>de</strong><br />

Obras.<br />

Área <strong>de</strong> Influência Direta ‐ AID<br />

Em atenção ao solicitado no Termo <strong>de</strong><br />

Referência emitido pela Secretaria Estadual <strong>de</strong><br />

Meio Ambiente do Pará, a Área <strong>de</strong> Influência<br />

Indireta adotada correspon<strong>de</strong> ao raio <strong>de</strong> 4 km<br />

a partir da borda externa da Área do<br />

Empreendimento.<br />

A caracterização da AID foi realizada<br />

inicialmente através da análise das imagens <strong>de</strong><br />

satélite e do material cartográfico originários<br />

<strong>de</strong> fontes como IBGE, INPE, além da aquisição<br />

<strong>de</strong> imagens <strong>de</strong> satélite recentes do Satélite<br />

WorldView‐02, <strong>de</strong> resolução espacial <strong>de</strong> 50 cm<br />

nas bandas R, G, B e IR, associados os<br />

materiais diversos fornecidos pelo<br />

empreen<strong>de</strong>dor como o <strong>Projeto</strong> Conceitual.<br />

Após a preparação da base cartográfica, em<br />

etapa posterior, foi realizada vistoria <strong>de</strong><br />

campo nas Áreas <strong>de</strong> Influência <strong>de</strong>finidas<br />

previamente. Assim confirmaram‐se os dados<br />

previamente obtidos na análise das imagens<br />

<strong>de</strong> satélite, i<strong>de</strong>ntificando os <strong>de</strong>talhes e<br />

padrões imperceptíveis em gabinete.<br />

O empreendimento localiza‐se, em área rural<br />

<strong>de</strong> <strong>Primavera</strong>. Tanto o município quanto a<br />

área do empreendimento são<br />

significativamente <strong>de</strong>stinadas às ativida<strong>de</strong>s<br />

agropastoris para subsistência, mas também<br />

para comercialização local. Nessas áreas os<br />

cultivos mais correntes são <strong>de</strong> mandioca,<br />

milho, feijão e arroz. A cana‐<strong>de</strong>‐açúcar<br />

também aparece em algumas proprieda<strong>de</strong>s,<br />

assim como os coqueiros, jerimum, batata<br />

doce e frutas da região como açaí, cupuaçu e<br />

muruci. Em gran<strong>de</strong> parte das proprieda<strong>de</strong>s<br />

rurais se produz farinha <strong>de</strong> mandioca.<br />

Desta forma, o entorno imediato ao<br />

empreendimento é marcado pela existência<br />

<strong>de</strong> área rural e <strong>de</strong> pastagem verificando‐se<br />

inúmeras proprieda<strong>de</strong>s com ativida<strong>de</strong>s


<strong>RIMA</strong> <strong>–</strong> <strong>Projeto</strong> <strong>Primavera</strong> / Pará <strong>–</strong> Votorantim<br />

63<br />

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essencialmente agropecuárias. Verifica‐se<br />

também a ocorrência <strong>de</strong> alguns conjuntos <strong>de</strong><br />

edificações isoladas, sobretudo nas<br />

proximida<strong>de</strong>s das estradas que cortam o<br />

município.<br />

Po<strong>de</strong>‐se verificar que a região, mesmo a muito<br />

tempo ocupada, ainda conserva uma matriz<br />

florestal em sua paisagem, isto é, as<br />

formações florestais representam a maior<br />

parte da cobertura do solo.<br />

A vegetação florestal não apresenta um<br />

padrão <strong>de</strong> distribuição, esten<strong>de</strong>ndo‐se por<br />

quase a totalida<strong>de</strong> das áreas <strong>de</strong> mangue, áreas<br />

alagadiças e leitos <strong>de</strong> rios. Nas terras firmes a<br />

presença <strong>de</strong> campos antrópicos e áreas<br />

cultivadas são mais significativas. As Áreas <strong>de</strong><br />

Preservação Permanente (APP), <strong>de</strong>terminadas<br />

pelo Código Florestal (Lei Fe<strong>de</strong>ral 4771/65),<br />

apresentam algumas <strong>de</strong>sconformida<strong>de</strong>s com a<br />

legislação, com a presença <strong>de</strong> trilhas e<br />

caminhos, áreas <strong>de</strong> recreação, bebedouro <strong>de</strong><br />

gado, pastos antrópicos e pequenas vilas<br />

ribeirinhas, que utilizam o próprio corpo<br />

d’água no seu cotidiano, contudo a situação<br />

geral das matas ciliares é satisfatória, com<br />

mais <strong>de</strong> 80% <strong>de</strong> preservação <strong>de</strong>ntro da AID.<br />

É importante <strong>de</strong>stacar a existência <strong>de</strong><br />

buritizais (Mauritia flexuosa) ao longo da AID,<br />

indicando a presença <strong>de</strong> muitos olhos d’água e<br />

áreas alagadiças, uma vez que, o buriti se<br />

localiza preferencialmente em áreas com<br />

umida<strong>de</strong> abundante. Da palmeira po<strong>de</strong> se<br />

retirar diversas matérias primas <strong>de</strong> alto e<br />

baixo valor agregado, todavia em campo não<br />

se observou nenhum uso econômico da<br />

mesma.<br />

No mapa <strong>de</strong> Uso e Ocupação do Solo, verifica‐<br />

se a existência <strong>de</strong> pastagem/campo antrópico<br />

em algumas das áreas mapeadas, com a<br />

criação <strong>de</strong> gado. As áreas <strong>de</strong>stinadas a esse<br />

uso ocupam glebas, com predomínio da<br />

pecuária em sistema <strong>de</strong> criação extensivo,<br />

com a mescla entre pastagens plantadas e<br />

vegetação arbustiva natural.<br />

A pecuária é <strong>de</strong> baixa produtivida<strong>de</strong>, voltada<br />

somente à comercialização local com a cida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> <strong>Primavera</strong> e arredores. Segundo o IBGE, em<br />

2008 o município <strong>de</strong> <strong>Primavera</strong> contava com<br />

2500 cabeças <strong>de</strong> gado, sendo que apenas 100<br />

eram bovinos produtores <strong>de</strong> leite (IBGE,<br />

Produção da Pecuária Municipal 2008. Rio <strong>de</strong><br />

Janeiro: IBGE, 2009).<br />

Foto 5.1‐6: Em primeiro plano vista <strong>de</strong> áreas<br />

<strong>de</strong>stinadas à pastagem na AID.<br />

Devemos lembrar também a presença <strong>de</strong><br />

galinhas e suínos, que embora não contenham<br />

áreas representativas, são ativida<strong>de</strong>s básicas<br />

que abastecem a população do município.<br />

Na AID, as terras agrícolas são voltadas para a<br />

subsistência, com a comercialização dos<br />

exce<strong>de</strong>ntes na cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>Primavera</strong>. Tem‐se<br />

então o cultivo predominante <strong>de</strong> leguminosas<br />

como o feijão e a vagem, <strong>de</strong> cereais como o<br />

milho e o arroz, além da mandioca (ou<br />

Maniva), que configura como uma das<br />

principais matrizes <strong>de</strong> alimentação local.<br />

Foto 5.1‐7: Cultura consorciada <strong>de</strong> milho e<br />

mandioca, técnica muito difundida no estado<br />

do Pará.<br />

A farinha, o tucupi (caldo que se extraia da<br />

raiz da mandioca) e a goma da mandioca são<br />

extraídos <strong>de</strong> maneira rudimentar, geralmente<br />

na proprieda<strong>de</strong> em que é plantada, e com<br />

mão <strong>de</strong> obra familiar.


<strong>RIMA</strong> <strong>–</strong> <strong>Projeto</strong> <strong>Primavera</strong> / Pará <strong>–</strong> Votorantim<br />

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Foto 5.1‐8: Extração do tucupi com trabalho<br />

familiar.<br />

A condição <strong>de</strong> subsistência da agricultura <strong>de</strong><br />

<strong>Primavera</strong> aparece enfatizada no Produto<br />

Interno Bruto do município. Em 2007, segundo<br />

o IBGE, a agropecuária colaborava com 1,6<br />

milhão <strong>de</strong> um PIB <strong>de</strong> 20,5 milhões, ou seja,<br />

pouco mais <strong>de</strong> 8% do total.<br />

Na AID, verifica‐se a ocorrência <strong>de</strong> inúmeros<br />

cursos d’ água, incluindo rios estuarinos, em<br />

contato com a água salobra do oceano,<br />

represas e áreas alagadiças.<br />

Os principais corpos hídricos presentes na AID<br />

são os rios do Peixe e Morcego, Bacabal e<br />

Tabocal, todos estes tributários do rio<br />

<strong>Primavera</strong>. Gran<strong>de</strong> parte <strong>de</strong>stes rios<br />

apresentam sazonalida<strong>de</strong> diária, uma vez que<br />

estão em contato com o ambiente estuarino,<br />

sob os efeitos das marés.<br />

Os rios apresentam importante função social<br />

na região, uma vez que são áreas <strong>de</strong> recreação<br />

e lazer, além <strong>de</strong> importante fonte <strong>de</strong><br />

subsistência para a população ribeirinha que<br />

ali resi<strong>de</strong>, como a comunida<strong>de</strong> do rio do Peixe<br />

e do rio <strong>Primavera</strong>.<br />

Foto 5.1‐9: Vista do Rio do Peixe, com o nível<br />

<strong>de</strong> suas águas no período do dia mais<br />

elevado.<br />

Foto 5.1‐10: Área do Rio Morcego usado para<br />

a recreação, próximo <strong>de</strong> <strong>Primavera</strong>.<br />

Os conjuntos <strong>de</strong> edificações isoladas estão<br />

relacionados com a presença <strong>de</strong>stas pequenas<br />

centralida<strong>de</strong>s locais. Templos religiosos, bares<br />

e mercearias, escolas e pequenas praças são<br />

on<strong>de</strong> momentos <strong>de</strong> lazer, recreação e<br />

encontro das famílias que resi<strong>de</strong>m nas<br />

proximida<strong>de</strong>s.<br />

Foto 5.1‐11: Centro Comunitário ao lado <strong>de</strong><br />

Capela católica <strong>de</strong> Vila dos Cacos.


<strong>RIMA</strong> <strong>–</strong> <strong>Projeto</strong> <strong>Primavera</strong> / Pará <strong>–</strong> Votorantim<br />

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Entre as comunida<strong>de</strong>s mais importantes,<br />

po<strong>de</strong>mos citar a Vila do Peixe, Vila dos Cacos,<br />

Bairro das Pacas e Vila do Doca. A presença<br />

<strong>de</strong>stes conjuntos <strong>de</strong> edificações também está<br />

relacionada com presença <strong>de</strong> áreas agrícolas,<br />

uma vez que os moradores po<strong>de</strong>m ser<br />

empregados ou parceiros do responsável pela<br />

lavoura.<br />

Consi<strong>de</strong>rou‐se que somente a se<strong>de</strong> municipal<br />

<strong>de</strong> <strong>Primavera</strong> apresentava características<br />

suficientes para ser classificada como área<br />

urbana, uma vez que apresenta concentração<br />

<strong>de</strong> serviços, presença <strong>de</strong> escolas <strong>de</strong> ensino<br />

médio, posto <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, iluminação pública,<br />

abastecimento <strong>de</strong> água e coleta <strong>de</strong> lixo,<br />

elevado valor relativo do preço do solo,<br />

concentração resi<strong>de</strong>ncial, entre outros.<br />

Foto 5.1‐12: Prédio e ambulância da<br />

Secretaria municipal da saú<strong>de</strong>.<br />

Percebe‐se um importante número <strong>de</strong> novas<br />

residências e <strong>de</strong> migrantes na cida<strong>de</strong>, o que<br />

po<strong>de</strong> indicar um pequeno processo <strong>de</strong><br />

a<strong>de</strong>nsamento urbano. Esse processo já<br />

contribui com a expansão da cida<strong>de</strong> ao longo<br />

das ruas e avenidas que “saem” da cida<strong>de</strong>,<br />

além <strong>de</strong> aumentar o nível <strong>de</strong> precarieda<strong>de</strong> das<br />

residências e intensificar os problemas <strong>de</strong><br />

abastecimento, coleta <strong>de</strong> esgoto e do lixo.<br />

Po<strong>de</strong>‐se notar também na cida<strong>de</strong> a<br />

precarieda<strong>de</strong> das edificações, excetuando<br />

somente algumas moradias da Av. Moura<br />

Carvalho, on<strong>de</strong> se encontra residências com<br />

melhores estruturas e até mesmo alguns<br />

“sobrados”, todavia não impe<strong>de</strong> ainda a<br />

persistência <strong>de</strong> casas pau‐a‐pique.<br />

Foto 5.1‐13: Casa <strong>de</strong> pau‐a‐pique na Av.<br />

Moura Carvalho, principal <strong>de</strong> <strong>Primavera</strong>.<br />

Foto 5.1‐14: Sobrado construído<br />

recentemente, também na Av. Moura<br />

Carvalho.<br />

Os núcleos populacionais e a própria cida<strong>de</strong> se<br />

dispõem <strong>de</strong> maneira paralela à PA‐446,<br />

indicando que a rodovia é o principal vetor <strong>de</strong><br />

surgimento e expansão das áreas urbanizadas,<br />

o que é corroborado pela enorme quantida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> núcleos urbanos ao longo das rodovias<br />

existentes.<br />

O município <strong>de</strong> <strong>Primavera</strong> conta com<br />

equipamentos urbanos precários para receber<br />

visitantes e turistas, uma vez que possui<br />

serviços pouco especializados.<br />

O abastecimento <strong>de</strong> água é feito a partir <strong>de</strong><br />

captação e distribuição sem tratamento pela<br />

Prefeitura. Não há tratamento <strong>de</strong> esgoto e os<br />

resíduos sólidos domiciliares são coletados<br />

pela Prefeitura e <strong>de</strong>spejados em um lixão a<br />

céu aberto, cujo registro fotográfico po<strong>de</strong> ser<br />

observado abaixo.


<strong>RIMA</strong> <strong>–</strong> <strong>Projeto</strong> <strong>Primavera</strong> / Pará <strong>–</strong> Votorantim<br />

66<br />

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Foto 5.1‐15: Vista do lixão <strong>de</strong> <strong>Primavera</strong>. Lixo<br />

<strong>de</strong>positado diretamente sobre o solo, sem<br />

tratamento. Nota‐se a presença <strong>de</strong> urubus,<br />

ao fundo vegetação arbustiva.<br />

Toda a caracterização apresentada até o<br />

presente <strong>de</strong>screveu os usos i<strong>de</strong>ntificados no<br />

trabalho <strong>de</strong> campo e nas análises<br />

<strong>de</strong>senvolvidas em gabinete. Posto isso,<br />

apresenta‐se abaixo o Quadro 5.4.1.4‐1 com<br />

as áreas aproximadas, referentes às tipologias<br />

<strong>de</strong> uso i<strong>de</strong>ntificadas na AID.<br />

Quadro 5.1‐1: Áreas ocupadas pelos tipos <strong>de</strong><br />

uso i<strong>de</strong>ntificados na AID (em m 2 e %).<br />

Tipologia <strong>de</strong> Uso Área (m²) Porcent<br />

agem<br />

(%)<br />

Vegetação Natural Arbórea 50.227.793,93 39,48<br />

Vegetação Natural<br />

Arbustiva/Campestre<br />

32.387.420,62 25,46<br />

Pastagem/Campo<br />

36.234.030,32 28,48<br />

Antrópico<br />

Lavoura Temporária 4.917.381,46 3,86<br />

Corpos d'água 1.087.560,92 0,85<br />

Conjunto <strong>de</strong> Edificações<br />

Isoladas<br />

403.460,25 0,32<br />

Áreas Urbanizadas 1.975.236,56 1,55<br />

Total<br />

Fonte: CEMA, 2010.<br />

127.232.884,0<br />

7<br />

100,00<br />

Tem‐se aqui um pequeno panorama do uso do<br />

solo na área. Embora seja uma área já<br />

altamente antropizada e <strong>de</strong> ocupação pioneira<br />

<strong>de</strong>ntro do Estado, a AID conserva gran<strong>de</strong> parte<br />

<strong>de</strong> sua vegetação natural, perfazendo<br />

aproximadamente 65% da área total<br />

(Vegetação natural Arbórea e<br />

Arbustiva/Campestre). As áreas <strong>de</strong> produção<br />

agrícola, embora numerosas, são <strong>de</strong> pequena<br />

relevância no que toca a área total em estudo.<br />

Releva‐se também a relação entre a gran<strong>de</strong><br />

área ocupada por Campos Antrópicos e<br />

Pastagens em <strong>de</strong>trimento da pequena<br />

produção pecuária, fato que evi<strong>de</strong>ncia a<br />

pequena produtivida<strong>de</strong> da região.<br />

Área Diretamente Afetada<br />

A Área Diretamente Afetada <strong>–</strong> ADA refere‐se,<br />

conforme apresentado no capítulo <strong>de</strong><br />

Caracterização do Empreendimento que<br />

compõe esse Estudo, à área que abrigará <strong>de</strong><br />

fato o empreendimento, sem um limite<br />

natural ou <strong>de</strong> proprieda<strong>de</strong>. A ADA ocupa uma<br />

área <strong>de</strong> 17,78 km².<br />

A área <strong>de</strong>stinada ao empreendimento tem um<br />

histórico associado às ativida<strong>de</strong>s agropastoris,<br />

como pequenas hortas <strong>de</strong> subsistência e<br />

criação <strong>de</strong> gado <strong>de</strong> baixa produtivida<strong>de</strong>.<br />

A área apresenta ainda áreas <strong>de</strong> vegetação,<br />

todavia se encontra em um elevado índice <strong>de</strong><br />

fragmentação.<br />

Também conta com algumas estradas <strong>de</strong><br />

terra, chamadas <strong>de</strong> Ramais, que permitem o<br />

tráfego <strong>de</strong> carros e caminhões, e pequenos<br />

caminhos e trilhas, utilizados por pe<strong>de</strong>stres,<br />

bicicletas e motos. Estes veículos são os mais<br />

populares e difundidos da cida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

<strong>Primavera</strong>.<br />

A ADA ainda conta com a falta <strong>de</strong> acesso a<br />

<strong>de</strong>terminados serviços e infraestruturas.<br />

Serviços essenciais <strong>de</strong> saneamento básico,<br />

como água encanada e coleta e tratamento <strong>de</strong><br />

esgoto praticamente não existem <strong>de</strong>ntro da<br />

ADA. Há na maior parte das proprieda<strong>de</strong>s<br />

visitadas o abastecimento por poço<br />

Amazonas, localizado quase sempre a uma<br />

distância inferior a 50 metros <strong>de</strong> “fossas<br />

negras” que, por conta da falta <strong>de</strong> coleta <strong>de</strong><br />

esgoto, estão presentes em quase todas as<br />

proprieda<strong>de</strong>s. Ressalta‐se que muitos <strong>de</strong>stes<br />

poços estão em áreas on<strong>de</strong> o lençol freático<br />

entra em contato com a água salobra do mar,<br />

impossibilitando a utilização regular da água e<br />

obrigando a população a estocar uma<br />

<strong>de</strong>terminada quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> segurança.


<strong>RIMA</strong> <strong>–</strong> <strong>Projeto</strong> <strong>Primavera</strong> / Pará <strong>–</strong> Votorantim<br />

67<br />

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Foto 5.1‐16: Lançamento <strong>de</strong> esgoto<br />

diretamente no lençol freático.<br />

Foto 5.1‐17: Estrutura utilizada para banho e<br />

higiene.<br />

Entre as edificações, serviços e outras<br />

benfeitorias existentes na ADA, cita‐se:<br />

Presença <strong>de</strong> Agricultura <strong>de</strong> subsistência,<br />

principalmente feijão, vagem, mandioca,<br />

arroz e hortaliças;<br />

Abastecimento <strong>de</strong> água por captação em<br />

poços;<br />

Presença <strong>de</strong> energia elétrica em algumas<br />

localida<strong>de</strong>s;<br />

Linha regular <strong>de</strong> transporte coletivo;<br />

Áreas <strong>de</strong> recreação, lazer e convivência<br />

local;<br />

Organização Social, Cultural e Político‐<br />

Institucional.<br />

É notório que a questão <strong>de</strong> saneamento é um<br />

dos problemas ambientais mais sérios da área.<br />

Embora não existam dados oficiais a respeito,<br />

espera que haja muitos casos <strong>de</strong> doenças<br />

relacionadas à contaminação das águas pelo<br />

esgoto, como a cólera, hepatite A,<br />

esquistossomose, teníase, entre outras. Outro<br />

problema ambiental, <strong>de</strong> menor proporção, é a<br />

utilização <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>ira, nativa ou não, para a<br />

fabricação <strong>de</strong> carvão e no dia‐dia, como fonte<br />

<strong>de</strong> energia térmica e na construção <strong>de</strong> quase<br />

todas as edificações presentes.<br />

Foto 5.1‐18: A ma<strong>de</strong>ira é queimada <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong><br />

fornos <strong>de</strong> barro, originando em carvão<br />

vegetal.<br />

Foto 5.1‐19: Utilização quase que exclusiva<br />

<strong>de</strong> ma<strong>de</strong>iras e barro na construção <strong>de</strong> casas.<br />

Com a Constituição <strong>de</strong> 1988 e com o objetivo<br />

<strong>de</strong> <strong>de</strong>mocratizar a administração pública, visto<br />

que os municípios são o espaço <strong>de</strong> realização<br />

em que os serviços públicos estão ligados<br />

diretamente à vida e ao dia a dia dos cidadãos,<br />

diversas atribuições, que eram das outras<br />

esferas <strong>de</strong> governo, passaram para os<br />

municípios no processo <strong>de</strong> <strong>de</strong>scentralização<br />

da gestão pública.


<strong>RIMA</strong> <strong>–</strong> <strong>Projeto</strong> <strong>Primavera</strong> / Pará <strong>–</strong> Votorantim<br />

68<br />

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A saú<strong>de</strong>, a educação e, mais recentemente, a<br />

agricultura, foram atribuições <strong>de</strong>legadas aos<br />

municípios, com repasses <strong>de</strong> recursos<br />

financeiros <strong>de</strong> programas específicos, como o<br />

Paes, Fun<strong>de</strong>f e Pronaf. Estes passaram a ser<br />

gerenciados pelas prefeituras municipais, com<br />

a fiscalização <strong>de</strong> conselhos municipais com<br />

po<strong>de</strong>r <strong>de</strong> <strong>de</strong>legação sobre as priorida<strong>de</strong>s a<br />

serem atendidas. Contudo, boa parte dos<br />

municípios da Região <strong>de</strong> Integração Regional<br />

Rio Caeté, até o presente estudo, não<br />

conseguiu fazer a montagem dos necessários<br />

instrumentos para a gestão municipal<br />

<strong>de</strong>scentralizada da área social.<br />

O município <strong>de</strong> Santarém Novo é o único da<br />

Região Rio Caeté que possui Conselho<br />

Municipal <strong>de</strong> Habitação assim como montou o<br />

Consorcio Intermunicipal na área <strong>de</strong><br />

educação. Todos os outros municípios não<br />

apresentam formas organizacionais <strong>de</strong><br />

cooperação intergovernamental e tampouco<br />

convênios <strong>de</strong> parceria com o setor privado<br />

para a educação. Nenhum dos municípios<br />

selecionados para análise neste documento,<br />

pertencente à Região Rio Caeté, possui algum<br />

instrumento que celebre apoio do setor<br />

privado ou <strong>de</strong> comunida<strong>de</strong>s.<br />

Em termos da área <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> nenhum<br />

instrumento <strong>de</strong> parceria foi celebrado com<br />

outras instâncias <strong>de</strong> governo ou mesmo<br />

intermunicipal. Não existem convênios entre<br />

os municípios e o setor privado e tampouco há<br />

apoio <strong>de</strong>ste setor ou <strong>de</strong> comunida<strong>de</strong>s para<br />

com o município.<br />

Quando se consi<strong>de</strong>ra, contudo, do ponto <strong>de</strong><br />

vista da freqüência e da abrangência dos<br />

principais instrumentos legais da<br />

administração pública local verifica‐se uma<br />

situação diferente daquela das áreas sociais,<br />

como será visto a seguir.<br />

Nos municípios selecionados para este<br />

documento cabe salientar que Capanema<br />

possui Lei <strong>de</strong> Diretrizes Orçamentária, <strong>de</strong><br />

Orçamento Anual, <strong>de</strong> Perímetro Urbano, Lei<br />

Orgânica/1990 e possui Plano Diretor; Peixe<br />

Boi possui Lei <strong>de</strong> Diretrizes Orçamentária, <strong>de</strong><br />

Orçamento Anual, não possui Lei <strong>de</strong> Perímetro<br />

Urbano, sua Lei Orgânica é <strong>de</strong> 1990 e não<br />

possui Plano Diretor; <strong>Primavera</strong> possui Lei <strong>de</strong><br />

Diretrizes Orçamentária, <strong>de</strong> Orçamento Anual,<br />

não possui Lei <strong>de</strong> Perímetro Urbano, possui<br />

Lei Orgânica/1990 e não possui Plano Diretor;<br />

Quatipuru possui Lei <strong>de</strong> Diretrizes<br />

Orçamentária, <strong>de</strong> Orçamento Anual, não<br />

possui Lei <strong>de</strong> Perímetro Urbano, possui Lei<br />

Orgânica/1997 e não possui Plano Diretor;<br />

Santarém Novo possui Lei <strong>de</strong> Diretrizes<br />

Orçamentária, Lei <strong>de</strong> Orçamento Anual, não<br />

possui Lei <strong>de</strong> Perímetro Urbano, Possui Lei<br />

Orgânica/1989 e possui Plano Diretor; quanto<br />

a São João <strong>de</strong> Pirabas, este município possui<br />

Lei <strong>de</strong> Diretrizes Orçamentária, Lei <strong>de</strong><br />

Orçamento Anual, não possui Lei <strong>de</strong> Perímetro<br />

Urbano, possui Lei Orgânica/1990 e não<br />

possui Lei <strong>de</strong> Perímetro Urbano.<br />

Quanto ao quesito recurso para gestão cabe<br />

ressaltar que Capanema cobra IPTU, possui<br />

Cadastro ISS informatizado, cobra Taxa <strong>de</strong><br />

Iluminação Pública e cobra Taxa <strong>de</strong> Coleta <strong>de</strong><br />

Lixo; Peixe Boi cobra IPTU, não possui<br />

Cadastro ISS, Cobra Taxa <strong>de</strong> Iluminação<br />

Pública e não tem Taxa <strong>de</strong> Coleta <strong>de</strong> Lixo;<br />

<strong>Primavera</strong> cobra IPTU, possui Cadastro ISS não<br />

informatizado, cobra Taxa <strong>de</strong> Iluminação<br />

Pública e cobra Taxa <strong>de</strong> Coleta <strong>de</strong> Lixo;<br />

Quatipuru cobra IPTU, possui Cadastro ISS não<br />

informatizado, cobra Taxa <strong>de</strong> Iluminação<br />

Pública e não tem Taxa <strong>de</strong> Coleta <strong>de</strong> Lixo;<br />

Santarém Novo cobra IPTU, não tem Cadastro<br />

ISS, cobra Taxa <strong>de</strong> Iluminação Pública não tem<br />

Taxa <strong>de</strong> Coleta <strong>de</strong> Lixo;São João <strong>de</strong> Pirabas<br />

cobra IPTU, tem Cadastro ISS informatizado e<br />

tem Taxa <strong>de</strong> Coleta <strong>de</strong> Lixo.<br />

5.2 Ações Governamentais<br />

Quanto à existência <strong>de</strong> Conselhos Setoriais os<br />

dados obtidos se referem a 2001/IBGE no<br />

exato período em que se <strong>de</strong>u forte<br />

<strong>de</strong>sconcentração e <strong>de</strong>scentralização da gestão<br />

pública para a ponta da <strong>de</strong>manda, isto é, o<br />

município.<br />

Em relação ao município <strong>de</strong> Capanema<br />

verifica‐se a existência dos seguintes<br />

conselhos setoriais: Conselho Paritário <strong>de</strong><br />

Assistência Social que se reúne mensalmente;<br />

Conselho Paritário dos Direitos das Crianças e<br />

Adolescentes com reuniões mensais; Conselho<br />

Municipal <strong>de</strong> Educação com reuniões mensais;<br />

Conselho <strong>de</strong> Meio Ambiente com reuniões<br />

mensais; Conselho <strong>de</strong> Desenvolvimento<br />

Econômico com reuniões mensais; Conselho


<strong>RIMA</strong> <strong>–</strong> <strong>Projeto</strong> <strong>Primavera</strong> / Pará <strong>–</strong> Votorantim<br />

69<br />

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<strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> com reuniões mensais. Existem os<br />

programas governamentais <strong>de</strong> Geração <strong>de</strong><br />

Trabalho e Renda assim como o <strong>de</strong><br />

Capacitação Profissional.<br />

O município <strong>de</strong> Peixe Boi possui Conselho<br />

Paritário <strong>de</strong> Assistência Social que se reúne<br />

mensalmente e Conselho Paritário das<br />

Crianças e dos Adolescentes que se reúne<br />

mensalmente.<br />

Quanto ao município <strong>de</strong> <strong>Primavera</strong>, este<br />

possui, apenas, Conselho Paritário <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong><br />

que se reúne mensalmente. O município <strong>de</strong><br />

Quatipuru possui Conselho Paritário <strong>de</strong><br />

Assistência Social que se reúne mensalmente;<br />

Conselho Paritário <strong>de</strong> Educação que se reúne<br />

mensalmente e Conselho Paritário <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong><br />

com reuniões mensais. Não se obteve<br />

informação sobre a existência ou não <strong>de</strong><br />

programas governamentais.<br />

O município <strong>de</strong> São João <strong>de</strong> Pirabas possui<br />

Conselho Paritário <strong>de</strong> Assistência Social com<br />

reuniões mensais; Conselho Paritário <strong>de</strong><br />

Educação com reuniões mensais e Conselho<br />

Paritário <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> que se reúne<br />

mensalmente. Quanto aos programas<br />

governamentais verifica‐se a existência do<br />

Programa <strong>de</strong> Geração <strong>de</strong> Trabalho e Renda<br />

como também o <strong>de</strong> Capacitação Profissional.<br />

Em relação a Santarém Novo verifica‐se a<br />

existência do Conselho Paritário <strong>de</strong> Assistência<br />

Social com reuniões mensais e Conselho<br />

Paritário <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> também com reuniões<br />

mensais. Em termos <strong>de</strong> programas verifica‐se<br />

a existência do Programa <strong>de</strong> Geração <strong>de</strong><br />

Trabalho e Renda, mas, não existe o Programa<br />

<strong>de</strong> Capacitação Profissional para aquele fim.<br />

- Planos e Programas governamentais.<br />

Neste item do Estudo, foram consi<strong>de</strong>rados<br />

como projetos co‐localizados aqueles<br />

previstos na área <strong>de</strong> Influência Direta e<br />

Indireta do empreendimento.<br />

Os programas <strong>de</strong> maior relevância são aqueles<br />

<strong>de</strong>stinados a ampliar ou aperfeiçoar a re<strong>de</strong><br />

infra‐estrutural do município <strong>de</strong> <strong>Primavera</strong> e<br />

seu entorno, além <strong>de</strong> projetos <strong>de</strong><br />

características econômicas e sociais<br />

relevantes. Contudo, todas as informações<br />

presentes apresentam relações, sejam elas<br />

diretas ou indiretas com as instalações e<br />

operações propostas no <strong>Projeto</strong> <strong>Primavera</strong> da<br />

Votorantim Cimentos N/NE.<br />

Ressalta‐se que, em virtu<strong>de</strong> da natureza do<br />

empreendimento proposto, estabeleceu‐se<br />

como critério para obtenção e pesquisa dos<br />

planos governamentais aqueles que<br />

assegurassem o atendimento à Resolução<br />

CONAMA nº. 01/86.<br />

Buscou‐se i<strong>de</strong>ntificar os planos e projetos<br />

incluídos nas políticas públicas <strong>de</strong> transporte,<br />

habitação, educação, saneamento, saú<strong>de</strong>,<br />

entre outros nas três esferas governamentais<br />

<strong>–</strong> fe<strong>de</strong>ral, estadual e municipal.<br />

Programas Fe<strong>de</strong>rais<br />

Programa Nacional <strong>de</strong> Extensionismo Mineral<br />

O Programa Nacional <strong>de</strong> Extensionismo<br />

Mineral tem como premissa fomentar e<br />

promover a inserção, transferência, e<br />

inovação <strong>de</strong> tecnologia em micro e pequenas<br />

empresas do setor mineral. Uma das<br />

ferramentas utilizadas pelo governo é a<br />

organização dos pequenos produtores em<br />

Arranjos Produtivos Locais (APL’s).<br />

Plano Nacional <strong>de</strong> Aproveitamento <strong>de</strong><br />

Agregados para a Construção Civil<br />

Este plano, instituído pela portaria do<br />

Ministério <strong>de</strong> Minas e Energia ‐ MME <strong>de</strong> nº<br />

249 <strong>de</strong> 28 <strong>de</strong> outubro <strong>de</strong> 2004. A criação <strong>de</strong>ste<br />

instrumento legal objetiva assegurar o<br />

suprimento <strong>de</strong> insumos minerais, vitais ao<br />

crescimento econômico e à melhoria da<br />

qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida da população, em frente ao<br />

forte aumento da <strong>de</strong>manda gerado a partir do<br />

crescimento acelerado das cida<strong>de</strong>s.<br />

Programa nacional <strong>de</strong> educação e controle da<br />

poluição sonora ‐ SILÊNCIO<br />

O programa nacional <strong>de</strong> educação e controle<br />

da poluição sonora ‐ SILÊNCIO foi instituído<br />

pela Resolução CONAMA nº. 2, <strong>de</strong> 8/3/90<br />

consi<strong>de</strong>rando a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> estabelecer<br />

normas, métodos e ações para controlar o<br />

ruído excessivo que interfere na saú<strong>de</strong> e bem<br />

estar da população.<br />

Programa Sala Ver<strong>de</strong><br />

O <strong>Projeto</strong> Sala Ver<strong>de</strong> é coor<strong>de</strong>nado pela<br />

Diretoria <strong>de</strong> Educação <strong>Ambiental</strong> do<br />

Ministério do Meio Ambiente (DEA/MMA), e


<strong>RIMA</strong> <strong>–</strong> <strong>Projeto</strong> <strong>Primavera</strong> / Pará <strong>–</strong> Votorantim<br />

70<br />

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consiste no incentivo à implantação <strong>de</strong><br />

espaços sócio‐ambientais pelo país.<br />

Programa Nacional <strong>de</strong> Microbacias<br />

Hidrográficas e Conservação <strong>de</strong> Solos na<br />

Agricultura<br />

A <strong>de</strong>gradação ambiental no Brasil atinge níveis<br />

críticos, impondo elevados custos à socieda<strong>de</strong>,<br />

pela gran<strong>de</strong> perda <strong>de</strong> solos agricultáveis<br />

através da erosão, causando a redução da<br />

capacida<strong>de</strong> produtiva do solo, o assoreamento<br />

dos cursos d'água e represas e,<br />

consequentemente, o empobrecimento do<br />

produtor rural, com reflexos negativos para a<br />

economia nacional. Para tanto, as ações<br />

voltadas para o racional uso e manejo dos<br />

recursos naturais, principalmente o solo, a<br />

água e a biodiversida<strong>de</strong> visam promover uma<br />

agricultura sustentável, aumentar a oferta <strong>de</strong><br />

alimentos e melhorar os níveis <strong>de</strong> emprego e<br />

renda no meio rural.<br />

Programa <strong>de</strong> Aceleração do Crescimento<br />

O PAC é um programa do governo fe<strong>de</strong>ral que<br />

prevê investimentos em infra‐estrutura que,<br />

aliado às medidas econômicas, preten<strong>de</strong><br />

estimular os setores produtivos e, ao mesmo<br />

tempo, levar benefícios sociais para todas as<br />

regiões do país.<br />

Para o estado do Pará o investimento total<br />

previsto é <strong>de</strong> R$ 35,9 bilhões, sendo que até<br />

2010 esse investimento chegará a R$ 12,1<br />

bilhões e após os investimentos totalizarão R$<br />

23,8 bilhões.<br />

Nos municípios que compõem a AII do<br />

empreendimento, estão previstos<br />

investimentos na infra‐estrutura social e<br />

urbana. Especificamente para os municípios<br />

<strong>de</strong> <strong>Primavera</strong> e Quatipuru, os três projetos<br />

que receberão investimentos do PAC são:<br />

Provisão habitacional na Comunida<strong>de</strong> Nossa<br />

Senhora <strong>de</strong> Nazaré em <strong>Primavera</strong>, Plano Local<br />

<strong>de</strong> Habitação em Quatipuru e Sistema <strong>de</strong><br />

Abastecimento <strong>de</strong> Água no município <strong>de</strong><br />

Quatipuru, juntos esses projeto somam<br />

1.629,60 milhares <strong>de</strong> reais. Já no município <strong>de</strong><br />

Capanema, verificam‐se três projetos, sendo<br />

dois <strong>de</strong> saneamento básico, cujos<br />

investimentos somam 19.939,20 milhares <strong>de</strong><br />

reais e um referente a elaboração <strong>de</strong> Plano<br />

Local <strong>de</strong> Habitação, com investimento <strong>de</strong> 31,4<br />

milhões <strong>de</strong> reais. São João <strong>de</strong> Pirabas também<br />

é contemplado com investimentos do PAC, um<br />

voltado para saneamento e melhoria da<br />

qualida<strong>de</strong> da água e outro referente à<br />

elaboração do Plano Local <strong>de</strong> Habitação.<br />

Finalmente, Santarém Novo conta com dois<br />

projetos habitacionais.<br />

Programa mais educação<br />

O Programa Mais Educação (Portaria<br />

Interministerial nº 17/2007) é uma iniciativa<br />

do Governo Fe<strong>de</strong>ral que tem como priorida<strong>de</strong><br />

contribuir para a formação integral <strong>de</strong><br />

crianças, adolescentes e jovens, por meio do<br />

apoio a ativida<strong>de</strong>s sócio‐educativas (campo<br />

das Artes, Cultura, do Esporte, do Lazer, da<br />

Inclusão Digital, das Tecnologias <strong>de</strong><br />

Informação e Comunicação (TICs), Tecnologia<br />

<strong>de</strong> Aprendizagem e Convivência (TAC), da<br />

Saú<strong>de</strong>, etc.) no contraturno escolar,<br />

articulando diferentes ações, projetos e<br />

programas do Estado, Distrito Fe<strong>de</strong>ral e<br />

Municípios, em consonância com o <strong>Projeto</strong><br />

Político Pedagógico da escola.<br />

Implantação no Estado do Pará: a) no segundo<br />

semestre <strong>de</strong> 2008 foram atendidas no<br />

Programa 56 escolas; b) no ano <strong>de</strong> 2009: além<br />

das escolas já atendidas foram incluídas mais<br />

180, perfazendo um total <strong>de</strong> 235 escolas,<br />

sendo: 222 <strong>de</strong> ensino fundamental e 13 <strong>de</strong><br />

ensino Médio; c) no ano <strong>de</strong> 2010 serão<br />

incluídas mais 88 escolas, situadas nos<br />

municípios <strong>de</strong> Ananin<strong>de</strong>ua, Belém, Benevi<strong>de</strong>s,<br />

Santa Barbara, Santarém, Abaetetuba,<br />

Bragança e Castanhal, abrangendo um total <strong>de</strong><br />

370 escolas.<br />

Programas Estaduais<br />

Plano Plurianual 2008‐2011<br />

O Estado do Pará adotou o novo mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong><br />

planejamento, orçamento e gestão para as<br />

ações <strong>de</strong> governo. Os programas <strong>de</strong> governo<br />

passam a ser a referência básica para a gestão<br />

orientada para resultados, integrando‐se ao<br />

processo <strong>de</strong> reforma do Estado. Por esta<br />

razão, a administração por programas vem se<br />

transformando no modo principal <strong>de</strong><br />

organização e gestão.<br />

Na elaboração do PPA 2008‐2011 houve mais<br />

um avanço conceitual e metodológico. A<br />

população teve a oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> participar<br />

da construção do processo <strong>de</strong> planejamento


<strong>RIMA</strong> <strong>–</strong> <strong>Projeto</strong> <strong>Primavera</strong> / Pará <strong>–</strong> Votorantim<br />

71<br />

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ao votar 430 obras e serviços prioritários nos<br />

143 municípios paraenses e incluí‐los no PPA<br />

2008‐2011.<br />

O Pará já implantou o sistema <strong>de</strong> Gestão <strong>de</strong><br />

Programas ‐ GP<strong>PARÁ</strong>, com o objetivo <strong>de</strong><br />

permitir aos gerentes <strong>de</strong> programas o<br />

monitoramento, a execução das ações <strong>de</strong><br />

governo, e a avaliação <strong>de</strong> resultados, ao final<br />

<strong>de</strong> cada exercício.<br />

Desenvolve Pará<br />

Segundo a Secretaria <strong>de</strong> Estado <strong>de</strong><br />

Desenvolvimento Ciência e Tecnologia <strong>–</strong><br />

SEDECT, o “Desenvolve Pará” é uma das ações<br />

do Plano Plurianual (PPA) 2008‐2011, que traz<br />

as diretrizes das ações governamentais para o<br />

período. Esse programa reúne ações diretas<br />

na área do <strong>de</strong>senvolvimento, implementadas<br />

e articuladas por várias secretarias e órgãos,<br />

como a Secretaria do Desenvolvimento,<br />

Ciência e Tecnologia (Se<strong>de</strong>ct), <strong>de</strong> Obras<br />

Públicas (Sepof) e Banco do Estado do Pará<br />

(Banpará).<br />

Dentre as primeiras ações do programa está a<br />

Implantação<br />

Mineração<br />

do Sistema Estadual <strong>de</strong><br />

Macrozoneamento Ecológico‐Econômico<br />

Segundo a Lei Estadual nº 6.745, <strong>de</strong> 6 <strong>de</strong> maio<br />

<strong>de</strong> 2005 foi instituído o Macrozoneamento<br />

Ecológico‐Econômico do Estado do Pará. Esse<br />

instrumento tem como objetivo compatibilizar<br />

a utilização <strong>de</strong> recursos naturais com a<br />

preservação e a conservação do meio<br />

ambiente, bem como realizar o levantamento<br />

e o monitoramento periódico da área<br />

geográfica estadual <strong>de</strong> acordo com as<br />

tendências e <strong>de</strong>senvolvimento científico e<br />

tecnológico, garantindo a conservação das<br />

amostras representativas dos ecossistemas do<br />

território estadual.<br />

Com esse Macrozoneamento, o território do<br />

Pará foi distribuído em gran<strong>de</strong>s zonas: 65%<br />

(sessenta e cinco por cento), no mínimo,<br />

<strong>de</strong>stinados a áreas especialmente protegidas e<br />

35% (trinta e cinco por cento), no máximo,<br />

para consolidação e expansão <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s<br />

produtivas, áreas <strong>de</strong> recuperação e áreas<br />

alteradas.<br />

Zoneamento Ecológico‐Econômico da Calha<br />

Norte e Zona Leste do Estado do Pará<br />

O Zoneamento Ecológico‐Econômico da Calha<br />

Norte e Zona Leste do Estado do Pará foi<br />

instituído pela Lei nº 7.398 <strong>de</strong> 16 <strong>de</strong> abril <strong>de</strong><br />

2010. Esse instrumento tem como objetivos<br />

principais a organização e o planejamento do<br />

território no estado do Pará, contribui<br />

também para o estabelecimento <strong>de</strong> políticas<br />

públicas, programas e projetos para a gestão<br />

territorial, melhoria da qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida e das<br />

condições socioeconômicas das populações<br />

urbanas e rurais.<br />

<strong>Projeto</strong> NavegaPará<br />

O NAVEGA<strong>PARÁ</strong>, lançado no dia 30 <strong>de</strong> março<br />

<strong>de</strong> 2007, é um programa do Governo do<br />

Estado do Pará, implantado <strong>de</strong> forma conjunta<br />

pela Secretaria <strong>de</strong> Estado <strong>de</strong><br />

Desenvolvimento, Ciência e Tecnologia<br />

(SEDECT) e a Empresa <strong>de</strong> Processamento <strong>de</strong><br />

Dados do Estado do Pará (PRODEPA). É<br />

consi<strong>de</strong>rado o maior programa <strong>de</strong> inclusão<br />

digital do Brasil, pois leva acesso gratuito à<br />

internet a mais <strong>de</strong> três milhões <strong>de</strong> cidadãos<br />

paraenses, por meio <strong>de</strong> uma re<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

comunicação que interliga as unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong><br />

governo como instituições públicas <strong>de</strong> ensino<br />

e pesquisa, hospitais, postos <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> e<br />

órgãos <strong>de</strong> segurança pública, chegando ao<br />

cidadão diretamente nos telecentros <strong>de</strong><br />

negócios, laboratórios <strong>de</strong> escolas púbicas e<br />

nas salas públicas <strong>de</strong> acesso à internet<br />

<strong>de</strong>nominadas infocentros, além <strong>de</strong><br />

logradouros públicos como praças e orlas.<br />

O Estado do Pará já apresenta mais <strong>de</strong> 100<br />

infocentros implantados, 16 Cida<strong>de</strong>s Digitais e<br />

cerca <strong>de</strong> 1.200 pontos conectados, entre eles<br />

mais <strong>de</strong> 500 escolas, unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong><br />

administração, educação, saú<strong>de</strong>, segurança<br />

pública e terceiro setor.<br />

A segunda fase do NavegaPará já está sendo<br />

concluída e beneficiará mais <strong>de</strong> 40 municípios<br />

paraenses. São eles: Acará, Augusto Corrêa,<br />

Benevi<strong>de</strong>s, Bonito, Bragança, Bujaru,<br />

Capanema, Capitão Poço, Castanhal, Colares,<br />

Concórdia do Pará, Curuçá, Garrafão do Norte,<br />

Igarapé‐Açu, Igarapé‐Miri, Inhangapi, Irituia,<br />

Itupiranga, Magalhães Barata, Maracanã,<br />

Marapanim, Moju, Nova Timboteua, Ourém,<br />

Paragominas, Peixe Boi, <strong>Primavera</strong>,<br />

Quatipuru, Salinópolis, Santa Bárbara do Pará,<br />

Santa Isabel do Pará, Santa Luzia do Pará,


<strong>RIMA</strong> <strong>–</strong> <strong>Projeto</strong> <strong>Primavera</strong> / Pará <strong>–</strong> Votorantim<br />

72<br />

_________________________________________________________________________________________________________________<br />

_________________________________________________________________________________________________________________<br />

Santarém Novo, Santo Antonio do Tauá, São<br />

Caetano <strong>de</strong> Odivelas, São Domingos do Capim,<br />

São Francisco do Pará, São João da Ponta, São<br />

João <strong>de</strong> Pirabas, São João do Araguaia, São<br />

Miguel do Guamá, Terra Alta, Tomé‐Açu,<br />

Traquateua e Vigia.<br />

<strong>Projeto</strong> <strong>de</strong> Inclusão Socioprodutiva<br />

O <strong>Projeto</strong> Inclusão Sócio produtiva no Estado<br />

do Pará: Construindo Alicerces <strong>de</strong><br />

Sustentabilida<strong>de</strong> através <strong>de</strong> Arranjos<br />

Produtivos Locais, tem como objetivo<br />

estratégico gerar oportunida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> trabalho e<br />

renda às famílias paraenses em<br />

vulnerabilida<strong>de</strong> social e econômica, inseridas<br />

no Cadastro Único <strong>de</strong> Programas Sociais do<br />

Governo Fe<strong>de</strong>ral ‐ CadÚnico, prioritariamente,<br />

as beneficiadas no Programa Bolsa Família ‐<br />

PBF.<br />

Este projeto prevê investimentos na<br />

implantação e no fortalecimento <strong>de</strong><br />

empreendimentos sócioprodutivos coletivos,<br />

nas áreas urbanas e rurais, envolvendo um<br />

universo <strong>de</strong> famílias, com atuação nas 5<br />

(cinco) Regiões <strong>de</strong> Integração do Marajó,<br />

Metropolitana, Rio Caetés, Baixo Amazonas e<br />

Baixo Tocantins. Destaca‐se que os municípios<br />

da AII estão inseridos na Região <strong>de</strong> Integração<br />

do Rio Caetés.<br />

5.3 Economia Regional<br />

Em relação à economia regional da<br />

mesorregião do Nor<strong>de</strong>ste do Pará verifica‐se<br />

que há historicamente e <strong>de</strong> forma natural o<br />

consumo e a comercialização <strong>de</strong> frutas<br />

diversificadas, as chamadas frutas tropicais,<br />

que são consumidas in natura ou como polpa<br />

processada, a saber: açaí, acerola, caju,<br />

graviola, abacaxi, maracujá, murici e cupuaçu<br />

entre outras. Este consumo constitui um<br />

hábito estrutural da cultura alimentícia da<br />

população local que vem se expandindo para<br />

outras regiões e estados. Dentre aquelas, a<br />

que mais tem se <strong>de</strong>stacado, nos últimos trinta<br />

anos, é o açaí. A Região é responsável por<br />

mais <strong>de</strong> 80% da produção <strong>de</strong> polpa <strong>de</strong> açaí do<br />

Estado do Pará. Só em Belém é processada<br />

mais <strong>de</strong> 50.000 toneladas <strong>de</strong> polpa por ano, o<br />

que é insuficiente para aten<strong>de</strong>r a <strong>de</strong>manda.<br />

Nos últimos anos, o consumo <strong>de</strong> açaí<br />

expandiu‐se e o seu mercado continua sendo<br />

ampliado, o que se choca com a oferta in<br />

natura. Isto porque, a economia tradicional do<br />

açaí envolve arranjos produtivos significativos<br />

com ca<strong>de</strong>ias que incluem o processamento<br />

industrial massivo <strong>de</strong> uma produção que é<br />

rural, <strong>de</strong> base fundamentalmente extrativa<br />

limitada a disponibilida<strong>de</strong>s naturais, isto é,<br />

sujeita às condições naturais peculiares da<br />

Região.<br />

Por estas razões, segundo o estudo<br />

<strong>de</strong>senvolvido pelo NAEA/UFPA, O<br />

processamento <strong>de</strong> frutas no Nor<strong>de</strong>ste<br />

Paraense e Região Metropolitana <strong>de</strong> Belém‐<br />

Um arranjo emergente, é que está sendo<br />

reforçada a posição, segundo a qual, o<br />

potencial <strong>de</strong> industrialização <strong>de</strong><br />

processamento <strong>de</strong> frutas associado à<br />

produção rural apresenta limites que não<br />

estão sendo superados, há necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> se<br />

privilegiar outra forma <strong>de</strong> estrutura industrial<br />

para o processamento <strong>de</strong> frutas que não seja<br />

conflitante com a produção rural.<br />

Para que sejam evitados os gargalos entre<br />

oferta e <strong>de</strong>manda é necessário, segundo o<br />

estudo, que se privilegie não a gran<strong>de</strong> planta<br />

industrial, mas sim a re<strong>de</strong> <strong>de</strong> micro e<br />

pequenas empresas, a organização em APLs. A<br />

organização em APL possibilita consolidar a<br />

expansão da oferta <strong>de</strong> produção com geração<br />

<strong>de</strong> trabalho e renda e melhora da qualida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> vida da população associada ao<br />

<strong>de</strong>senvolvimento local. Trata‐se <strong>de</strong> um arranjo<br />

que combina produção rural diversificada e <strong>de</strong><br />

base permanente que exige as condições<br />

edafoclimáticas da região combinada com a<br />

agroindustrialização regionalizada e formada<br />

por cooperativas <strong>de</strong> produtores rurais e<br />

empresas individuais/micro e pequenas locais.<br />

O resultado do estudo conclui e recomenda<br />

que o potencial <strong>de</strong> produção <strong>de</strong> frutas<br />

tropicais po<strong>de</strong> ser expandido para além dos<br />

municípios que já fazem parte do network<br />

existente atualmente e que ocorre nas<br />

microrregiões <strong>de</strong> Cametá e Tomé‐Açú,<br />

principalmente nos municípios <strong>de</strong> Tomé‐Açu,<br />

Castanhal, Igarapé‐Miri, Ananin<strong>de</strong>ua, Santa<br />

Izabel do Pará, Santa Bárbara do Pará,<br />

Abaetetuba, São Francisco do Pará e Igarapé‐<br />

Açu.


<strong>RIMA</strong> <strong>–</strong> <strong>Projeto</strong> <strong>Primavera</strong> / Pará <strong>–</strong> Votorantim<br />

73<br />

_________________________________________________________________________________________________________________<br />

_________________________________________________________________________________________________________________<br />

Outra ativida<strong>de</strong> econômica regional <strong>de</strong> gran<strong>de</strong><br />

potencial se concentra nos municípios <strong>de</strong><br />

Augusto Corrêa, Bragança, Curuça, Maracanã,<br />

Marapanin, Viseu e São João <strong>de</strong> Pirabas<br />

porque são aqueles que respon<strong>de</strong>m por um<br />

quarto da produção do pescado no Estado do<br />

Pará. Trata‐se <strong>de</strong> uma ativida<strong>de</strong> que tem<br />

importante papel sócio econômico na<br />

ocupação <strong>de</strong> mão <strong>de</strong> obra, geração <strong>de</strong> renda e<br />

oferta <strong>de</strong> alimento para a população,<br />

especialmente para as pequenas comunida<strong>de</strong>s<br />

do meio rural. Contudo, é uma ativida<strong>de</strong> que<br />

apresenta dificulda<strong>de</strong>s na ca<strong>de</strong>ia produtiva:<br />

organização e integração social, assistência<br />

técnica e acesso ao crédito. Aquelas precisam<br />

ser superadas por meio <strong>de</strong> políticas públicas e<br />

ações empresariais visto que a possibilida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> crescimento da produção na Região ser<br />

amplo e o Pará ser um dos gran<strong>de</strong>s<br />

produtores nacionais <strong>de</strong> pescado.<br />

Outra ativida<strong>de</strong> econômica regional no<br />

Nor<strong>de</strong>ste Paraense diz respeito à APL <strong>de</strong><br />

apicultura estruturada com apoio do Governo<br />

Estadual e participação do SEBRAE, ente<br />

muitos outros, e envolve os municípios <strong>de</strong><br />

gran<strong>de</strong> potencial apícola que já produzem<br />

mel: Capitão Poço, Capanema, Nova<br />

Timboteua, Santarém Novo, Ourém, Viseu,<br />

São João <strong>de</strong> Pirabas, <strong>Primavera</strong>, Tracuateua,<br />

Bragança, Augusto Correia, Salinópolis,<br />

Igarapé‐Açu, Quatipuru, Aurora do Pará, São<br />

Domingos do Capim, Ipixuna, Mãe do Rio,<br />

Concórdia do Pará, Garrafão do Norte, Nova<br />

Esperança do Piriá e Castanhal.<br />

Área <strong>de</strong> Influência Indireta (AII)<br />

A dinâmica da economia da AII tem sido<br />

satisfatória (crescimento anual <strong>de</strong> 6,23% a.a.<br />

no período, pouco abaixo da média para o<br />

Estado do Pará, que foi 6,35% a.a. e acima da<br />

média para o Brasil que foi <strong>de</strong> 4,74% a.a. no<br />

período). O PIB per capita da região<br />

acompanha a tendência acima, pois cresceu a<br />

média <strong>de</strong> 5,39% a.a., contra 5,50% a.a. do<br />

Pará e 4,02% do Brasil. No entanto, observa‐se<br />

que o PIB per capita da AII é muito inferior ao<br />

do Pará, que por sua vez está muito abaixo ao<br />

do Brasil (R$ 4.048,00; R$ 9.315,00 e R$<br />

14.465,00 em 2007, respectivamente). Isto<br />

significa que o PIB per capita regional<br />

representava, em 2007, apenas 43,5% do PIB<br />

per capita estadual e 28,0% do PIB per capita<br />

brasileiro.<br />

Nota‐se que o crescimento da economia<br />

regional é consistente e que se acentuou em<br />

2006 e 2007.<br />

Embora a AII seja uma região<br />

predominantemente agrícola, o setor<br />

agropecuário respondia por apenas 10,08% do<br />

Valor Adicionado em 2007. Provavelmente<br />

esta baixa participação no VA indica uma baixa<br />

taxa <strong>de</strong> formalização da ativida<strong>de</strong><br />

agropecuária que não é captada pelos dados<br />

oficiais. Nota‐se ainda a gran<strong>de</strong> participação<br />

do setor público na composição do VA<br />

regional (28,96% do VA), que, no entanto,<br />

ainda ficou abaixo da contribuição do setor <strong>de</strong><br />

serviços (43,18% do VA).<br />

O setor mais dinâmico foi o <strong>de</strong> Serviços, com<br />

crescimento <strong>de</strong> 44,89% e o <strong>de</strong> menor<br />

dinamismo foi a Indústria, que cresceu apenas<br />

8,20% no período.<br />

Área <strong>de</strong> Influência Direta (AID) <strong>–</strong> Município<br />

<strong>Primavera</strong><br />

A fragilida<strong>de</strong> da economia do município <strong>de</strong><br />

<strong>Primavera</strong> (AID), vis a vis a economia regional<br />

da AII, que conforme já observado acima, pelo<br />

indicador do PIB per capita encontrava‐se<br />

muito abaixo do perfil do PIB per capita<br />

estadual e nacional. O PIB per capita <strong>de</strong><br />

<strong>Primavera</strong> em 2007 era <strong>de</strong> apenas R$ 1.965,<br />

portanto menos da meta<strong>de</strong> do PIB per capita<br />

da AII, 21,0% do estadual e somente 13,6% do<br />

PIB per capita nacional. Além do mais o<br />

crescimento da economia local também ficou<br />

abaixo da média regional e estadual,<br />

superando por pouco a taxa <strong>de</strong> crescimento<br />

nacional no período 2003‐2007.<br />

A economia do município cresceu muito<br />

pouco nos 3 primeiros anos consi<strong>de</strong>rados,<br />

aumentou vigorosamente em 2006 com<br />

relação a 2005 (crescimento <strong>de</strong> 16,9%) e<br />

<strong>de</strong>pois teve uma pequena involução em 2007.<br />

O que se nota aqui é um predomínio absoluto<br />

da Administração Pública na composição do<br />

Valor Adicionado <strong>de</strong> <strong>Primavera</strong>, que em 2007,<br />

atingiu o percentual <strong>de</strong> 51,52% <strong>de</strong>ste<br />

indicador. Esta é uma situação típica <strong>de</strong><br />

municípios <strong>de</strong> baixa renda, como é o caso <strong>de</strong><br />

<strong>Primavera</strong> e, portanto, não chega a


<strong>RIMA</strong> <strong>–</strong> <strong>Projeto</strong> <strong>Primavera</strong> / Pará <strong>–</strong> Votorantim<br />

74<br />

_________________________________________________________________________________________________________________<br />

_________________________________________________________________________________________________________________<br />

surpreen<strong>de</strong>r. Abaixo da ativida<strong>de</strong> do setor<br />

publico municipal vem o setor <strong>de</strong> serviços,<br />

com quase 30% do VA e muito abaixo, a<br />

Indústria e a Agropecuária, com 10,25% e<br />

8,34% do VA, respectivamente.<br />

Figura 5.3‐1: <strong>Primavera</strong> <strong>–</strong> Composição<br />

percentual do VA, 2007.<br />

Fonte: IBGE, 2010<br />

Observa‐se que a Agropecuária teve<br />

crescimento pífio no período analisado (meros<br />

1,89%), enquanto os <strong>de</strong>mais setores da<br />

economia cresceram <strong>de</strong> modo significativo no<br />

período.<br />

5.4 Estrutura Ocupacional<br />

Área <strong>de</strong> Influência Indireta (AII)<br />

Em números absolutos, em 2008, os<br />

municípios da AII geraram 6.541 empregos<br />

formais (dos quais 4.655 em Capanema).<br />

Destes 2.762 correspondiam a Administração<br />

Pública e outros 1.954 ao Comércio.<br />

Em números percentuais, a Administração<br />

Pública respondia por 42,23% dos empregos<br />

formais em 2008, na AII, enquanto o Comércio<br />

era responsável por 29,87% das vagas. Nos<br />

municípios da AII somente em Capanema é<br />

que o setor público não era o maior<br />

empregador (nesta o Comercio ocupava este<br />

lugar com 1.917 empregos formais, contra<br />

1.169 na Administração Pública).<br />

O número médio <strong>de</strong> empregos formais por<br />

estabelecimento na AII indica que com<br />

exceção da Administração Pública, a região<br />

apresenta um numero mais elevado <strong>de</strong><br />

emprego médio por unida<strong>de</strong> administrativa,<br />

nos <strong>de</strong>mais setores da economia da AII o<br />

número é bastante baixo, indicando a<br />

predominância da micro e pequena empresa.<br />

Em geral a média da remuneração dos<br />

empregados dos municípios da AII é menor do<br />

que a média para o Estado do Pará com 2<br />

exceções. A média elevada do emprego na<br />

indústria em Peixe‐Boi <strong>de</strong>ve ser relevada, pois<br />

se trata <strong>de</strong> apenas 1 empresa com 4<br />

empregos. Já o número <strong>de</strong> Capanema para o<br />

mesmo setor é significativo, pois se tratam <strong>de</strong><br />

30 indústrias que geram 602 empregos<br />

formais. Os <strong>de</strong>mais empregos na AII tem<br />

rendimento inferior a média do Pará.<br />

Município <strong>Primavera</strong> <strong>–</strong> A Área <strong>de</strong> Influência<br />

Direta (AID)<br />

A quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> empregos formais gerados<br />

no município <strong>de</strong> <strong>Primavera</strong> apenas 370<br />

empregos. Mais uma vez, como aconteceu na<br />

AII, a Administração Pública respon<strong>de</strong>u pela<br />

maior parte das vagas (329 dos 370<br />

empregos), portanto numa proporção muito<br />

maior do que na AII, observada<br />

anteriormente.<br />

No caso <strong>de</strong> <strong>Primavera</strong> 88,92% dos empregos<br />

formais gerados no município pertenciam à<br />

Administração Pública em 2008, enquanto os<br />

<strong>de</strong>mais setores da economia juntos geravam<br />

apenas 11,08% dos empregos formais.<br />

Figura 5.3‐2: <strong>Primavera</strong> <strong>–</strong> Empregos Formais<br />

por Setor da Economia, 2008.<br />

Agropecuária<br />

10<br />

Comércio<br />

15<br />

Construção<br />

‐ 10 6<br />

Indústria<br />

Serviços<br />

Fonte: SEPOF, PA, 2009.<br />

Adm Pública<br />

O número <strong>de</strong> estabelecimentos registrados no<br />

município <strong>de</strong> <strong>Primavera</strong> era muito reduzido,<br />

totalizando apenas 15 unida<strong>de</strong>s em 2008.<br />

Observe‐se que não havia nenhuma empresa<br />

<strong>de</strong> construção registrada na cida<strong>de</strong>.<br />

Na média geral, os rendimentos médios<br />

mensais equivaliam a 68,77% da média<br />

apurada para o Estado do Pará na mesma<br />

época e, portanto, po<strong>de</strong>m ser consi<strong>de</strong>rados<br />

muito baixos.<br />

329


<strong>RIMA</strong> <strong>–</strong> <strong>Projeto</strong> <strong>Primavera</strong> / Pará <strong>–</strong> Votorantim<br />

75<br />

_________________________________________________________________________________________________________________<br />

_________________________________________________________________________________________________________________<br />

Finanças Públicas Municipais<br />

Área <strong>de</strong> Influência Indireta (AII)<br />

Em relação às receitas municipais e sua<br />

composição percentual em 2009. Observa‐se<br />

que, <strong>de</strong> cerca <strong>de</strong> 103 milhões em receitas<br />

totais das administrações municipais dos<br />

municípios da AII apenas 4,7 milhões são<br />

receitas próprias. O restante vem das<br />

transferências constitucionais e outras fontes.<br />

Em termos percentuais, as receitas próprias<br />

dos municípios da AII equivaliam em 2009, a<br />

apenas 4,6% das receitas totais, enquanto as<br />

transferências montavam a 95,9%. Este perfil<br />

percentual <strong>de</strong> composição das receitas<br />

municipais dos municípios da AII, aqui<br />

observados, se repete pelo Brasil todo e via <strong>de</strong><br />

regra, quanto menor e mais pobre for o<br />

município, menor será o percentual das<br />

receitas próprias sobre as suas receitas totais.<br />

Figura 5.3‐3: AII ‐ Receitas Municipais 2009<br />

(Reais mil)<br />

Fonte: STN, 2009.<br />

Para a composição percentual das receitas<br />

próprias dos municípios da AII em 2009<br />

observa‐se o baixo valor percentual das<br />

receitas <strong>de</strong> IPTU sobre as receitas próprias<br />

(6,2%), enquanto os recursos provenientes do<br />

ISS são mais significativos (42,7% das receitas<br />

próprias). A baixa arrecadação <strong>de</strong> IPTU parece<br />

seguir também um padrão em que quanto<br />

menor e mais pobre o município menor será a<br />

importância da arrecadação <strong>de</strong> IPTU nas<br />

finanças municipais.<br />

Verifica‐se que as transferências da União<br />

totalizaram cerca <strong>de</strong> 58,5 milhões <strong>de</strong> Reais em<br />

2009 para um total <strong>de</strong> quase 99 milhões <strong>de</strong><br />

transferências.<br />

Em termos percentuais, nota‐se que, em 2009,<br />

as transferências da União, representaram<br />

quase 60% das transferências totais, enquanto<br />

as estaduais atingiram apenas 14,1% do total<br />

<strong>de</strong> transferências. Os restantes foram<br />

transferências <strong>de</strong> outra or<strong>de</strong>m, que não as<br />

constitucionais e, portanto <strong>de</strong> caráter não<br />

permanente.<br />

Os investimentos somam apenas pouco mais<br />

<strong>de</strong> 8 milhões <strong>de</strong> Reais num universo <strong>de</strong> mais<br />

<strong>de</strong> 102 milhões em <strong>de</strong>spesas dos municípios<br />

da AII.<br />

A maior <strong>de</strong>spesa, em 2009, foi com pessoal<br />

(inclusive encargos) que correspon<strong>de</strong>u a<br />

46,2% das <strong>de</strong>spesas totais dos municípios da<br />

AII. Observa‐se o baixo percentual das<br />

<strong>de</strong>spesas <strong>de</strong> investimentos que somaram<br />

apenas 8,1% das <strong>de</strong>spesas totais.<br />

Município <strong>de</strong> <strong>Primavera</strong> <strong>–</strong> A Área <strong>de</strong><br />

Influência Direta (AID)<br />

Os dados sobre a composição das receitas<br />

municipais <strong>de</strong> <strong>Primavera</strong> (AID) dão conta da<br />

insignificância das receitas próprias do<br />

município em relação a suas receitas totais,<br />

situação que é típica <strong>de</strong> municípios pequenos<br />

e pobres.<br />

As receitas próprias representavam em 2009<br />

apenas 1,9% das receitas totais. Portanto o<br />

município <strong>de</strong>pendia em 98,1% das<br />

transferências para compor suas receitas.<br />

Figura 5.3‐3: <strong>Primavera</strong> <strong>–</strong> Composição<br />

Percentual das Receitas Municipais 2009.<br />

Fonte: STN, 2009.<br />

A arrecadação <strong>de</strong> IPTU foi irrisória no período.<br />

Consi<strong>de</strong>rando‐se o pequeno montante <strong>de</strong><br />

receitas próprias, mesmo a arrecadação <strong>de</strong> ISS<br />

(55,6% das receitas) po<strong>de</strong> ser consi<strong>de</strong>rada<br />

<strong>de</strong>sprezível para as finanças municipais como<br />

um todo.<br />

Em relação ao percentual das transferências<br />

verifica‐se que 62% vem da União, 24% do


<strong>RIMA</strong> <strong>–</strong> <strong>Projeto</strong> <strong>Primavera</strong> / Pará <strong>–</strong> Votorantim<br />

76<br />

_________________________________________________________________________________________________________________<br />

_________________________________________________________________________________________________________________<br />

estado e o restante <strong>de</strong> outras transferências.<br />

Mais uma vez observa‐se a gran<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>pendência que os pequenos municípios têm<br />

das transferências, especialmente as que vêm<br />

da União.<br />

Figura 5.3‐4: <strong>Primavera</strong> <strong>–</strong> Receitas Municipais<br />

2009 (Reais mil).<br />

Fonte: STN, 2009.<br />

A composição das <strong>de</strong>spesas municipais indica<br />

que em 2009, estas tiveram um perfil muito<br />

próximo do observado para a AII, ressalvados<br />

os diferentes montantes.<br />

Aqui as <strong>de</strong>spesas <strong>de</strong> pessoal são um pouco<br />

menores em termos percentuais (42% das<br />

<strong>de</strong>spesas totais) e a diferença quase toda está<br />

nos gastos com custeio (47%), enquanto os<br />

investimentos atingiram 9% dos gastos.


<strong>RIMA</strong> <strong>–</strong> <strong>Projeto</strong> <strong>Primavera</strong> / Pará <strong>–</strong> Votorantim<br />

77<br />

_________________________________________________________________________________________________________________<br />

_________________________________________________________________________________________________________________<br />

Figura 5‐2: Mapa <strong>de</strong> Uso e Ocupação do<br />

Solo (A3)


<strong>RIMA</strong> <strong>–</strong> <strong>Projeto</strong> <strong>Primavera</strong> / Pará <strong>–</strong> Votorantim<br />

78<br />

__________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________<br />

__________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________<br />

6<br />

Meio Físico (Ar, Ruído, Vibração, Solo e Água)<br />

Aspectos Ambientais <strong>Impacto</strong>s Ambientais Medidas Mitigadoras ou Compensatórias<br />

Ruído: Emissão <strong>de</strong> ruídos por máquinas,<br />

equipamentos e veículos.<br />

Vibração: Emissão <strong>de</strong> vibração por máquinas,<br />

equipamentos e veículos.<br />

IMPACTOS AMBIENTAIS, MEDIDAS MITIGADORAS E COMPENSATÓRIAS<br />

Geração <strong>de</strong> ruído pela operação <strong>de</strong> veículos e<br />

equipamentos pesados.<br />

Geração <strong>de</strong> ruído pelo <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong><br />

ativida<strong>de</strong>s industriais.<br />

Geração <strong>de</strong> ruído pelo tráfego <strong>de</strong> veículos leves<br />

e pesados.<br />

Geração <strong>de</strong> vibração pelo <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong><br />

ativida<strong>de</strong>s industriais<br />

Geração <strong>de</strong> vibração pelo tráfego <strong>de</strong> veículos<br />

leves e pesados.<br />

Geração <strong>de</strong> vibração pela operação <strong>de</strong> veículos<br />

e equipamentos pesados.<br />

Devidos os ruídos gerados pelos equipamentos e veículos pesados os<br />

trabalhadores <strong>de</strong>vem estar protegidos pelos equipamentos <strong>de</strong> proteção<br />

individual (EPI) a<strong>de</strong>quado e passar por exames audiométricos periódicos<br />

<strong>de</strong> acordo com a legislação vigente.<br />

Os equipamentos empregados na obra <strong>de</strong>verão passar por rigoroso<br />

controle e manutenção, <strong>de</strong>vendo ser observados os dispositivos<br />

responsáveis pela atenuação dos ruídos produzidos.<br />

A velocida<strong>de</strong> dos veículos <strong>de</strong>verá ser controlada, pois, a partir <strong>de</strong> 60<br />

Km/h. O asfalto utilizado nas vias internas e <strong>de</strong> acesso <strong>de</strong>verá ser <strong>de</strong> boa<br />

qualida<strong>de</strong> e baixa rugosida<strong>de</strong>, diminuindo o atrito dos pneus no solo e<br />

controlando o nível <strong>de</strong> pressão sonora emitido ao meio ambiente.<br />

Manutenção da vegetação nativa e implantação <strong>de</strong> cortina vegetal ao<br />

redor <strong>de</strong> todo o empreendimento.<br />

As vias pavimentadas e não pavimentadas <strong>de</strong>vem receber conservação<br />

periódica <strong>de</strong> maneira que não tenham buracos e <strong>de</strong>sníveis que possam<br />

causar <strong>de</strong>slocamentos no solo <strong>de</strong> forma <strong>de</strong>snecessária. A velocida<strong>de</strong> dos<br />

veículos, principalmente os pesados, também <strong>de</strong>ve ser limitada.<br />

Continua


<strong>RIMA</strong> <strong>–</strong> <strong>Projeto</strong> <strong>Primavera</strong> / Pará <strong>–</strong> Votorantim<br />

79<br />

__________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________<br />

__________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________<br />

Continuação<br />

Aspectos Ambientais<br />

Qualida<strong>de</strong> do ar: Alteração das proprieda<strong>de</strong>s<br />

atmosféricas, pela emissão <strong>de</strong> material<br />

particulado proveniente do tráfego <strong>de</strong> veículos<br />

pesados nas áreas <strong>de</strong> influência direta, assim<br />

como <strong>de</strong>vido a movimentação <strong>de</strong> solo durante<br />

as obras <strong>de</strong> terraplanagem;<br />

Alteração das proprieda<strong>de</strong>s atmosféricas, pela<br />

emissão <strong>de</strong> material particulado proveniente<br />

do tráfego <strong>de</strong> veículos pesados nas áreas <strong>de</strong><br />

influência direta, assim como <strong>de</strong>vido a extração<br />

e ao manuseio <strong>de</strong> materiais pulverulentos, tais<br />

como: minério bruto (1.550.000 t/a) e estéril<br />

(880.000 m 3 /a);<br />

Alteração das proprieda<strong>de</strong>s atmosféricas, pela<br />

emissão <strong>de</strong> material particulado e <strong>de</strong> gases dos<br />

fornos <strong>de</strong> clinquer nas áreas <strong>de</strong> influência<br />

direta.<br />

<strong>Impacto</strong>s Ambientais<br />

Comprometimento da saú<strong>de</strong> da população,<br />

durante a implantação.<br />

Comprometimento da saú<strong>de</strong> da população,<br />

durante a operação.<br />

Comprometimento da saú<strong>de</strong> da população,<br />

pelo aumento da concentração <strong>de</strong> gases e<br />

particulados, durante a fase <strong>de</strong> operação.<br />

Comprometimento da Fauna e Flora pelo<br />

aumento da concentração <strong>de</strong> gases e<br />

particulados<br />

Medidas Mitigadoras ou Compensatórias<br />

Visando à redução da suspensão <strong>de</strong> material particulado das vias <strong>de</strong> acesso<br />

internas do empreendimento, durante a implantação e operação, são<br />

recomendadas as seguintes medidas:<br />

Umectação <strong>de</strong> vias não pavimentadas interna e externamente ao<br />

empreendimento, por on<strong>de</strong> os caminhões trafegam;<br />

Controle <strong>de</strong> velocida<strong>de</strong> <strong>de</strong> veículos pesados à velocida<strong>de</strong> máxima,<br />

estabelecida para caminhões, nas vias <strong>de</strong> acesso internas, <strong>de</strong> 20 km/h.<br />

Para minimização dos efeitos causados pela emissão <strong>de</strong> gases, <strong>de</strong>vido à<br />

queima <strong>de</strong> combustíveis fósseis para atmosfera, recomenda‐se:<br />

Manutenção dos veículos automotores do empreendimento;<br />

Altura <strong>de</strong> chaminé do forno <strong>de</strong> clinquer a<strong>de</strong>quada para assegurar boa<br />

dispersão dos poluentes atmosféricos. Recomenda‐se adotar os<br />

procedimentos da USEPA <strong>de</strong>nominados GEP <strong>–</strong> Good Engineering Practice (boa<br />

prática <strong>de</strong> engenharia) na <strong>de</strong>terminação da altura i<strong>de</strong>al da(s) chaminé(s);<br />

Ressalta‐se que estão previstas no projeto diversas operações unitárias <strong>de</strong><br />

controle <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> ambiental, conforme <strong>de</strong>scritas no item 3 <strong>–</strong> Descrição<br />

do Empreendimento, e apresentadas resumidamente a seguir:<br />

Utilização <strong>de</strong> Filtros <strong>de</strong> Mangas <strong>de</strong> processo para equipamentos<br />

principais como, forno, moinho <strong>de</strong> cru, moinho <strong>de</strong> cimento.<br />

Utilização <strong>de</strong> Filtros <strong>de</strong> mangas menores para <strong>de</strong>sempoeiramento dos<br />

silos <strong>de</strong> estocagem, transferência das correias transportadoras,<br />

balanças dosadoras etc.<br />

O monitoramento contínuo das emissões dos gases através dos<br />

equipamentos (analisadores <strong>de</strong> gases) instalados na caixa <strong>de</strong> fumaça,<br />

torre <strong>de</strong> ciclones e chaminé do forno.<br />

Monitoramento continuo das partículas no chaminé do forno. A<br />

altura <strong>de</strong> chaminé do forno <strong>de</strong> clinquer a<strong>de</strong>quada para assegurar boa<br />

dispersão dos poluentes atmosféricos. Recomenda‐se adotar os<br />

procedimentos da US EPA <strong>de</strong>nominados GEP <strong>–</strong> Good Engineering<br />

Practice (boa prática <strong>de</strong> engenharia) na <strong>de</strong>terminação da altura i<strong>de</strong>al<br />

da(s) chaminé(s);<br />

Ressalta‐se que <strong>de</strong> acordo com o estudo <strong>de</strong> simulação <strong>de</strong> dispersão <strong>de</strong> poluentes,<br />

os parâmetros analisados estão em conformida<strong>de</strong> com as legislações aplicáveis.<br />

Continua


<strong>RIMA</strong> <strong>–</strong> <strong>Projeto</strong> <strong>Primavera</strong> / Pará <strong>–</strong> Votorantim<br />

80<br />

__________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________<br />

__________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________<br />

Continuação<br />

Aspectos Ambientais <strong>Impacto</strong>s Ambientais Medidas Mitigadoras ou Compensatórias<br />

Solo: Dinamização <strong>de</strong> processos <strong>de</strong><br />

geodinâmica superficial, com assoreamento <strong>de</strong><br />

cursos d’águas;<br />

Degradação física dos solos por processos <strong>de</strong><br />

erosões, escorregamento <strong>de</strong> talu<strong>de</strong>s e<br />

transporte <strong>de</strong> materiais <strong>de</strong> solo para os cursos<br />

d’água receptores<br />

As medidas propostas para os impactos i<strong>de</strong>ntificados constituem, em sua maior<br />

parte, procedimentos que fazem parte das próprias diretrizes <strong>de</strong> projeto do<br />

empreendimento e <strong>de</strong> normas construtivas e <strong>de</strong> implantação <strong>de</strong> obras <strong>de</strong><br />

engenharia, conforme <strong>de</strong>scritas a seguir:<br />

Conservar a vegetação natural nos cursos d’água, os quais constituem Áreas <strong>de</strong><br />

Preservação Permanente (APP);<br />

Planejar a remoção da cobertura vegetal para que isto ocorra apenas no<br />

momento em que a área necessite ser utilizada, evitando assim que áreas sejam<br />

expostas às intempéries antes do momento <strong>de</strong> sua exploração;<br />

Implantar um sistema <strong>de</strong> drenagem a<strong>de</strong>quado para a condução das águas<br />

objetivando evitar o fluxo concentrado <strong>de</strong> águas e conseqüente incremento na<br />

remoção e carreamento <strong>de</strong> partículas;<br />

Regularizar o escoamento superficial <strong>de</strong> forma a impedir que o fluxo atinja locais<br />

com solo exposto ou partículas <strong>de</strong>sagragadas;<br />

Construir e dar manutenção às canaletas <strong>de</strong> drenagens <strong>de</strong> águas pluviais nos<br />

acessos e nas frentes <strong>de</strong> trabalho;<br />

Executar os cortes e aterros forma cuidadosa e planejada, procurando não <strong>de</strong>ixar<br />

o solo exposto às intempéries por tempos excessivos;<br />

O material <strong>de</strong> escavação das frentes <strong>de</strong> lavra <strong>de</strong>verá ser utilizado como<br />

recobrimento das mesmas ao final dos trabalhos e <strong>de</strong>verá ser disposto em pilhas<br />

junto com dispositivo <strong>de</strong> contenção na base, impedindo o carreamento <strong>de</strong><br />

material pelas águas das chuvas para as áreas à jusante e para os cursos d’água<br />

existentes;<br />

Promover, quando for necessário, a proteção do solo exposto com o plantio <strong>de</strong><br />

gramíneas ou outra forma <strong>de</strong> impermeabilização temporária;<br />

Instalar dissipadores <strong>de</strong> energia nos pontos <strong>de</strong> lançamento do sistema <strong>de</strong> drenagem<br />

pluvial;<br />

Realizar ou permitir a coleta periódica dos resíduos sólidos armazenados para<br />

posterior disposição em local a<strong>de</strong>quado pelo serviço público local;<br />

Implantar um sistema <strong>de</strong> coleta, afastamento, tratamento e disposição final dos<br />

efluentes domésticos gerados no empreendimento através <strong>de</strong> fossa séptica e<br />

sumidouro;<br />

Instalar bacia <strong>de</strong> contenção em concreto e caixa separadora <strong>de</strong> óleos e graxas nos<br />

locais on<strong>de</strong> ocorram armazenamento e manipulação <strong>de</strong> combustíveis e/ou<br />

manutenção dos equipamentos;<br />

Conduzir todos os efluentes resultantes do processo <strong>de</strong> lavra ou <strong>de</strong> serviços auxiliares<br />

à bacia <strong>de</strong> <strong>de</strong>cantação para posterior reuso no processo;<br />

Efetuar monitoramento e controle ambiental.


<strong>RIMA</strong> <strong>–</strong> <strong>Projeto</strong> <strong>Primavera</strong> / Pará <strong>–</strong> Votorantim<br />

81<br />

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Aspectos Ambientais <strong>Impacto</strong>s Ambientais Medidas Mitigadoras ou Compensatórias<br />

Qualida<strong>de</strong> das Águas Superficiais e<br />

Subterrâneas<br />

Exploração dos Recursos Hídricos;<br />

Dinamização <strong>de</strong> processos superficiais e <strong>de</strong><br />

carreamento <strong>de</strong> materiais para os cursos<br />

d’água, na fase <strong>de</strong> terraplenagem;<br />

Geração <strong>de</strong> resíduos <strong>de</strong> material <strong>de</strong><br />

construção;<br />

Geração <strong>de</strong> efluentes sanitários no<br />

empreendimento;<br />

Abastecimento e manutenção dos veículos;<br />

Disposição e transporte <strong>de</strong> resíduos sólidos.<br />

Exaustão dos aqüíferos<br />

Alteração da qualida<strong>de</strong> das águas superficiais,<br />

subterrâneas e solos<br />

As medidas propostas para os potenciais impactos, aqui i<strong>de</strong>ntificados, constituem, em sua<br />

maior parte, procedimentos integrantes das próprias diretrizes <strong>de</strong> projeto do empreendimento<br />

e <strong>de</strong> normas técnicas, tais como:<br />

Exaustão do aqüífero e interferência em nascentes e poços pela explotação <strong>de</strong> águas<br />

subterrânea<br />

Implantação<br />

As captações <strong>de</strong> água subterrâneas <strong>de</strong>verão respeitar o máximo <strong>de</strong> 80% da vazão do teste <strong>de</strong><br />

produção (9,2m 3 /hora), contudo a previsão do consumo para a fase <strong>de</strong> implantação será <strong>de</strong><br />

5m 3 /hora, sendo o período máximo <strong>de</strong> funcionamento do poço <strong>de</strong> 20 horas, <strong>de</strong> forma a<br />

permitir a recuperação do aqüífero e prolongar a vida útil do poço, conforme preconiza a<br />

Instrução Normativa nº 55 <strong>de</strong> 2010, da SEMA-PA.<br />

O controle quantitativo do poço será feito através <strong>de</strong> hidrômetro e medidor <strong>de</strong> nível <strong>de</strong>vendo<br />

seus dados serem anotados em planilhas diariamente, respeitando os dados <strong>de</strong> outorga.<br />

Com relação a possíveis contaminantes a água do poço <strong>de</strong>verá ser clorada e filtrada antes da<br />

distribuição.<br />

O poço somente entrará em funcionamento quando da emissão da respectiva outorga <strong>de</strong><br />

Direito <strong>de</strong> Uso pelo órgão ambiental competente.<br />

Operação<br />

Assim como na implantação as captações subterrâneas <strong>de</strong>verão respeitar o que estabelece a<br />

Instrução Normativa nº 55 <strong>de</strong> 2010, da SEMA-Pa. Contudo a previsão para a fase <strong>de</strong><br />

operação é <strong>de</strong> 30m 3 /hora. De acordo com o estudo específico sobre o aqüífero realizado, a<br />

estimativa é que três poços sejam o suficiente para suprir esta <strong>de</strong>manda sem<br />

comprometimento da capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> recuperação do aqüífero e sem interferência nas<br />

nascentes e poços da região.<br />

O controle quantitativo do poço será feito através <strong>de</strong> hidrômetro e medidor <strong>de</strong> nível <strong>de</strong>vendo<br />

seus dados serem registrados em planilhas diariamente, respeitando os dados <strong>de</strong> outorga.<br />

Com relação a possíveis contaminantes a água do poço <strong>de</strong>verá ser clorada e filtrada antes da<br />

distribuição.<br />

Os poços somente entrarão em funcionamento quando da emissão das respectivas outorgas <strong>de</strong><br />

Direito <strong>de</strong> Uso pelo órgão ambiental competente.<br />

Alteração da qualida<strong>de</strong> das águas superficiais, subterrâneas e solos pela Movimentação<br />

<strong>de</strong> terra por máquinas e <strong>de</strong>pósito <strong>de</strong> estéreis;<br />

O solo orgânico <strong>de</strong>verá ser estocado em local apropriado, visando evitar o afluxo das águas<br />

da chuva para <strong>de</strong>ntro da cava da mina e cursos d’água e visando sua posterior utilização na<br />

recuperação <strong>de</strong> áreas <strong>de</strong>gradadas;<br />

À medida que esses <strong>de</strong>pósitos forem atingindo suas configurações finais, esse solo <strong>de</strong>verá ser<br />

utilizado na recuperação e reconstituição dos terrenos e áreas <strong>de</strong>gradadas (revegetação <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>pósitos <strong>de</strong> estéril e <strong>de</strong> talu<strong>de</strong>s finais em solo <strong>de</strong>ntro da própria da mina, bem como dos<br />

talu<strong>de</strong>s da implantação e terraplenagem das <strong>de</strong>mais instalações industriais);<br />

Deverão ser realizadas a<strong>de</strong>quações da estrada <strong>de</strong> acesso interno á Mina, com regularização do<br />

leito carroçável, abertura das curvas e rampas para acesso <strong>de</strong> veículos maiores, implantação<br />

<strong>de</strong> sinalização e iluminação nos pontos <strong>de</strong> maior risco <strong>de</strong> aci<strong>de</strong>ntes, bem como a implantação<br />

<strong>de</strong> sistema <strong>de</strong> drenagem para evitar escorregamentos <strong>de</strong> encostas e erosões do leito;<br />

(continua)


<strong>RIMA</strong> <strong>–</strong> <strong>Projeto</strong> <strong>Primavera</strong> / Pará <strong>–</strong> Votorantim<br />

82<br />

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__________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________<br />

(continuação)<br />

Aspectos Ambientais <strong>Impacto</strong>s Ambientais Medidas Mitigadoras ou Compensatórias<br />

Qualida<strong>de</strong> das Águas Superficiais e<br />

Subterrâneas<br />

Exploração dos Recursos Hídricos;<br />

Dinamização <strong>de</strong> processos superficiais e <strong>de</strong><br />

carreamento <strong>de</strong> materiais para os cursos<br />

d’água, na fase <strong>de</strong> terraplenagem;<br />

Geração <strong>de</strong> resíduos <strong>de</strong> material <strong>de</strong><br />

construção;<br />

Geração <strong>de</strong> efluentes sanitários no<br />

empreendimento;<br />

Abastecimento e manutenção dos veículos;<br />

Disposição e transporte <strong>de</strong> resíduos sólidos.<br />

Exaustão dos aqüíferos<br />

Alteração da qualida<strong>de</strong> das águas superficiais,<br />

subterrâneas e solos<br />

O material <strong>de</strong> corte que não aten<strong>de</strong>r as especificações <strong>de</strong> aterros técnicos, como capa vegetal<br />

e <strong>de</strong>mais, <strong>de</strong>verá ser transportado para o bota fora da Mina, o qual, por sua vez, <strong>de</strong>verá ser<br />

área especificada com o menor impacto ambiental possível, <strong>de</strong>ntro das necessida<strong>de</strong>s do<br />

empreendimento.<br />

Estruturas do sistema <strong>de</strong> drenagem<br />

As águas <strong>de</strong> contribuição pluviométricas <strong>de</strong>verão ser captadas através <strong>de</strong> um sistema <strong>de</strong><br />

drenagem, constituído <strong>de</strong> canaletas <strong>de</strong> concreto armado, sendo que, nas encostas provenientes<br />

<strong>de</strong> terraplenagem, <strong>de</strong>verá haver canaletas <strong>de</strong> concreto na crista e no pé <strong>de</strong> talu<strong>de</strong>;<br />

As drenagens superficiais <strong>de</strong>verão ser executadas e conectadas à galeria principal. Deverão,<br />

ainda, passar por uma caixa <strong>de</strong> <strong>de</strong>cantação <strong>de</strong> sólidos, a qual <strong>de</strong>verá ser limpa<br />

periodicamente, antes <strong>de</strong> ser direcionada à drenagem fluvial;<br />

Caixa Retentora <strong>de</strong> óleo: contemplará a água <strong>de</strong> lavagem vinda da área <strong>de</strong> influência e<br />

canaletas da região. Sua estrutura é executada em concreto armado e sua capacida<strong>de</strong> é <strong>de</strong><br />

1000L. O óleo será direcionado para um compartimento próprio e coletado para envio a<br />

empresas <strong>de</strong> reciclagem <strong>de</strong> óleo.<br />

Alteração da qualida<strong>de</strong> das águas superficiais, subterrâneas e solos pela Geração <strong>de</strong><br />

Resíduos <strong>de</strong> construção durante a fase <strong>de</strong> implantação da fábrica<br />

Concreto: <strong>de</strong>verá ser utilizado concreto usinado nas obras civis, para o que será necessário<br />

implantar uma central <strong>de</strong> concreto no canteiro <strong>de</strong> obras. Os agregados <strong>de</strong>verão ser estocados<br />

em baias e o cimento em silos <strong>de</strong> aço. Além disso, as sobras <strong>de</strong> concreto <strong>de</strong>verão ser<br />

aplicadas em placas <strong>de</strong> concreto que, posteriormente, serão utilizadas em passeios e jardins<br />

do <strong>Projeto</strong>;<br />

Ma<strong>de</strong>ira: os tocos <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>ira <strong>de</strong> construção, utilizados para execução <strong>de</strong> formas, estão<br />

estimados em 2000 kg, material este que <strong>de</strong>verá ser vendido ou doado;<br />

Aço: os pequenos resíduos <strong>de</strong> barras <strong>de</strong> ferro que sobram no corte das ferragens do projeto<br />

estão estimados em 80 toneladas, material este que <strong>de</strong>verá ser vendido e/ou reciclados;<br />

Ferro: as obras <strong>de</strong> montagem mecânica <strong>de</strong>verão gerar em torno <strong>de</strong> 70 toneladas <strong>de</strong> ferro que<br />

serão vendidos para reciclagem;<br />

Instalação Elétrica: <strong>de</strong>verá gerar em torno <strong>de</strong> 200 kg <strong>de</strong> tocos <strong>de</strong> cabos elétricos que serão<br />

vendido para reciclagem. Demais resíduos da fase <strong>de</strong> implantação serão <strong>de</strong>stinados conforme<br />

quadro 3.5.2.8-1, apresentado no item 3, já citado, que faz a <strong>de</strong>scrição do empreendimento.<br />

Alteração da qualida<strong>de</strong> das águas superficiais, subterrâneas e solos pela disposição e<br />

transporte <strong>de</strong> resíduos sólidos durante a operação da fábrica<br />

Resíduos gerados nos setores administrativos <strong>de</strong>verão ser encaminhados para reciclagem e os<br />

não recicláveis para aterro sanitário;<br />

O transporte será feito obe<strong>de</strong>cendo os critérios legais para cada tipo <strong>de</strong> resíduo, <strong>de</strong>vendo a<br />

empresa transportadora ser autorizada para o serviço.<br />

Alteração da qualida<strong>de</strong> das águas superficiais, subterrâneas e solos pela geração <strong>de</strong><br />

Efluentes domésticos e sanitários<br />

Implantação<br />

(continua)


<strong>RIMA</strong> <strong>–</strong> <strong>Projeto</strong> <strong>Primavera</strong> / Pará <strong>–</strong> Votorantim<br />

83<br />

__________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________<br />

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(continuação)<br />

Aspectos Ambientais <strong>Impacto</strong>s Ambientais Medidas Mitigadoras ou Compensatórias<br />

Qualida<strong>de</strong> das Águas Superficiais e<br />

Subterrâneas<br />

Exploração dos Recursos Hídricos;<br />

Dinamização <strong>de</strong> processos superficiais e <strong>de</strong><br />

carreamento <strong>de</strong> materiais para os cursos<br />

d’água, na fase <strong>de</strong> terraplenagem;<br />

Geração <strong>de</strong> resíduos <strong>de</strong> material <strong>de</strong><br />

construção;<br />

Geração <strong>de</strong> efluentes sanitários no<br />

empreendimento;<br />

Abastecimento e manutenção dos veículos;<br />

Disposição e transporte <strong>de</strong> resíduos sólidos.<br />

Exaustão dos aqüíferos<br />

Alteração da qualida<strong>de</strong> das águas superficiais,<br />

subterrâneas e solos<br />

Refeitório: será dotado <strong>de</strong> caixa <strong>de</strong> gordura, sistema <strong>de</strong> fossa séptica para tratamento dos<br />

esgotos, sua limpeza será periodicamente através <strong>de</strong> sucção por caminhões do tipo limpa<br />

fossa <strong>de</strong>vidamente autorizados para realização da operação;<br />

Sanitários/Vestiários: os efluentes serão encaminhados para a fossa séptica e sumidouros, e<br />

sua limpeza será periodicamente através <strong>de</strong> sucção por caminhões do tipo limpa fossa.<br />

Operação<br />

Sanitários/Vestiários: os efluentes gerados nesta fase serão encaminhados para tratamento em<br />

estações projetadas para atendimento da condições <strong>de</strong> lançamento preconizadas pela<br />

CONAMA 357 e a legislação estadual do Pará, Decreto Estadual nº 14250;<br />

Laboratório: os efluentes do laboratório serão monitorados constantemente e o pH corrigido<br />

quando necessário, variando em 6 a 8, e posteriormente encaminhado a ETE compactas.<br />

Estações <strong>de</strong> tratamento: As estações estão projetadas para aten<strong>de</strong>r aos padrões <strong>de</strong> lançamento<br />

<strong>de</strong> efluentes <strong>de</strong> esgotos sanitários , laboratório e refeitório , conforme a legislação Fe<strong>de</strong>ral<br />

CONAMA 357 e a legislação estadual do Pará, Decreto Estadual nº 14250. O monitoramento<br />

das Estações Compactas no corpo receptor, será ativida<strong>de</strong> rotineira e padronizada. As<br />

amostras serão enviadas a laboratório especializado. O lodo retirado da estação <strong>de</strong>verá ser<br />

encaminhado para os locais licenciados para o recebimento, cre<strong>de</strong>nciados por órgãos<br />

fiscalizadores competentes;<br />

Lavador <strong>de</strong> Pneus: Os Efluentes oriundos do lavador <strong>de</strong> pneus, bem como, do pátio e acesso<br />

circundante a estocagem, serão direcionados via canaletas <strong>de</strong> concreto para caixas<br />

sedimentadoras que ficarão a jusante do sistema <strong>de</strong> drenagem.<br />

Alteração da qualida<strong>de</strong> das águas superficiais, subterrâneas e solos pelo abastecimento<br />

e Manutenção <strong>de</strong> Veículos e Máquinas no local<br />

Oficina mecânica: com piso impermeabilizado e dotado <strong>de</strong> canaleta para captação da água <strong>de</strong><br />

lavagem do mesmo;<br />

Manutenção: somente serão realizadas manutenções preventivas e diárias, como<br />

lubrificações. As mais prolongadas serão realizadas fora do canteiro <strong>de</strong> obras, sob<br />

responsabilida<strong>de</strong> da própria empresa proprietária <strong>de</strong> cada equipamento ou veículo;<br />

Lavador <strong>de</strong> veículos e máquinas: <strong>de</strong>verá dispor <strong>de</strong> sistema <strong>de</strong> <strong>de</strong>cantação e separação <strong>de</strong><br />

óleos e graxas;<br />

Resíduos gerados:<strong>de</strong>verão ser acondicionados em tambores vedados e enviados à fábrica da<br />

Votorantim Cimentos N/NE, mais próxima, que tenha o sistema <strong>de</strong> co-processamento.<br />

Abastecimento: Quanto ao abastecimento <strong>de</strong>stas máquinas o mesmo será realizado no próprio<br />

canteiro <strong>de</strong> obras através <strong>de</strong> caminhões tanque <strong>de</strong>vidamente autorizados para este serviço,<br />

não dispondo o canteiro <strong>de</strong> obras <strong>de</strong> armazenamento <strong>de</strong> combustíveis para abastecimento. A<br />

estimativa <strong>de</strong> consumo diário para esta fase é <strong>de</strong> 4.000 litros <strong>de</strong> combustível.<br />

Alteração da qualida<strong>de</strong> das águas superficiais, subterrâneas e solos pelo<br />

Armazenamento <strong>de</strong> óleo para abastecimento do forno rotativo<br />

Tanque <strong>de</strong> óleo: Este sistema é necessário para armazenar combustível que acen<strong>de</strong> o<br />

maçarico do forno rotativo. Sua capacida<strong>de</strong> é <strong>de</strong> 15.000 L. Possui uma caixa <strong>de</strong> contenção<br />

própria, na qual o tanque está inserido, muretas <strong>de</strong> contenção <strong>de</strong> 0,80 m e área para<br />

armazenagem <strong>de</strong> óleo em situação <strong>de</strong> vazamento <strong>de</strong> 265m², assim seu volume <strong>de</strong> contenção é<br />

<strong>de</strong> 212m³.


<strong>RIMA</strong> <strong>–</strong> <strong>Projeto</strong> <strong>Primavera</strong> / Pará <strong>–</strong> Votorantim<br />

84<br />

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Meio Biótico (Vegetação e Fauna)<br />

Aspectos Ambientais <strong>Impacto</strong>s Ambientais Medidas Mitigadoras<br />

Remoção da cobertura vegetal<br />

Alteração do uso do solo<br />

Recomposição <strong>de</strong> área ver<strong>de</strong><br />

Perda <strong>de</strong> vegetação na limpeza das<br />

áreas do empreendimento<br />

Alteração da paisagem natural na<br />

implantação e operação do<br />

empreendimento;<br />

Substituição das ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong><br />

agricultura familiar e pecuária extensiva<br />

por mineração<br />

Alteração local da disponibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

recursos <strong>de</strong> flora e fauna para as<br />

comunida<strong>de</strong>s extrativistas;<br />

Enriquecimento da cobertura vegetal e<br />

conseqüente proteção dos cursos<br />

d’água pela revegetação e conservação<br />

<strong>de</strong> APP.<br />

Os impactos negativos gerados sobre a área com vegetação natural serão mitigados/compensados através<br />

<strong>de</strong> ações que visam preservação, conservação, recuperação e manejo da vegetação natural na área do<br />

empreendimento. Estas medidas, que já integram as diretrizes <strong>de</strong> projeto, po<strong>de</strong>m, em médio prazo,<br />

aumentar a diversida<strong>de</strong> vegetal local, garantir a preservação e proporcionar o conhecimento da flora local.<br />

A seguir, são elencadas as medidas já previstas, conforme referido:<br />

a) <strong>de</strong>stinar área da proprieda<strong>de</strong> da empresa, selecionada exclusivamente para soltura <strong>de</strong> animais<br />

nativos resgatados durante a construção e operação do empreendimento. Em função <strong>de</strong> suas<br />

características regionais e presença <strong>de</strong> animais raros, essa área po<strong>de</strong>rá ser enquadrada na linha <strong>de</strong><br />

“Reserva Particular do Patrimônio Natural ‐ RPPN”, com as seguintes funções:<br />

contribuir para a manutenção da diversida<strong>de</strong> biológica e dos recursos genéticos regionais;<br />

proteger espécies ameaçadas <strong>de</strong> extinção no âmbito regional;<br />

contribuir para a preservação e a restauração da diversida<strong>de</strong> <strong>de</strong> ecossistemas naturais;<br />

promover a utilização dos princípios e práticas <strong>de</strong> conservação da natureza;<br />

proteger paisagens naturais;<br />

proteger recursos hídricos e edáficos;<br />

recuperar ecossistemas <strong>de</strong>gradados;<br />

proporcionar pesquisa científica, estudos e monitoramento ambiental;<br />

promover a educação e interpretação ambiental.<br />

b) promover medidas <strong>de</strong> compensação da supressão da vegetação nativa, na região do<br />

empreendimento, proporcionando condições para o enriquecimento do solo, a recuperação <strong>de</strong><br />

fragmentos remanescentes e o monitoramento das áreas a serem recuperadas, objetivando sua<br />

manutenção e proteção;<br />

c) estabelecer procedimentos para manutenção dos fragmentos e remanescentes florestais existentes<br />

na proprieda<strong>de</strong> rural, <strong>de</strong> forma à preservá‐los;<br />

d) estabelecer diretriz básica para os projetos <strong>de</strong> enriquecimento, recuperação e manutenção <strong>de</strong><br />

remanescentes florestais e APP’s, sua integração com o projeto paisagístico visando<br />

incentivar/facilitar a dispersão <strong>de</strong> sementes e propágulos, possibilitando o recrutamento e<br />

estabelecimento <strong>de</strong> outras espécies vegetais;<br />

e) implantar Programa <strong>de</strong> Recuperação <strong>de</strong> Áreas Degradadas ‐ PRAD, em todas as áreas disponíveis e<br />

alteradas pela obra, especialmente em APP’s, com estabelecimento <strong>de</strong> procedimentos <strong>de</strong> controle e<br />

fiscalização <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s potencialmente impactantes;<br />

f) estabelecer e implantar Programa <strong>de</strong> conscientização da população local, em relação ao uso <strong>de</strong><br />

recursos naturais e à necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> conservação do meio ambiente, através <strong>de</strong> práticas educativas;<br />

g) <strong>de</strong>senvolver programas <strong>de</strong> geração <strong>de</strong> emprego e renda no município <strong>de</strong> <strong>Primavera</strong> para aten<strong>de</strong>r a<br />

população remanescente da área ocupada pelo empreendimento;<br />

h) elaboração <strong>de</strong> projetos <strong>de</strong> or<strong>de</strong>namento territorial e planejamento das políticas públicas municipais<br />

para atendimento às <strong>de</strong>mandas sociais e ao <strong>de</strong>senvolvimento econômico regional.<br />

Além da execução das medidas mitigadoras indicadas o empreendimento irá disponibilizar um percentual<br />

<strong>de</strong> seus recursos, para implantar medidas <strong>de</strong> compensação em função dos impactos gerados.<br />

Continua


<strong>RIMA</strong> <strong>–</strong> <strong>Projeto</strong> <strong>Primavera</strong> / Pará <strong>–</strong> Votorantim<br />

85<br />

__________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________<br />

__________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________<br />

Continuação<br />

Aspectos Ambientais <strong>Impacto</strong>s Ambientais Medidas Mitigadoras<br />

Fauna (Ecossistemas Terrestres): Proteção <strong>de</strong><br />

áreas (recomposição vegetal e proteção dos<br />

corpos d'água);<br />

Remoção da vegetação;<br />

Exploração das jazidas;<br />

Cavas abandonadas;<br />

Poluição do solo pela disposição <strong>de</strong> resíduos<br />

sólidos e materiais estéreis;<br />

Poluição <strong>de</strong> águas e solo pela produção e<br />

disposição <strong>de</strong> efluentes domésticos e resíduos<br />

líquidos;<br />

Emissão <strong>de</strong> ruído;<br />

Emissões gasosas;<br />

Movimentação <strong>de</strong> veículos e máquinas;<br />

A<strong>de</strong>nsamento e trânsito <strong>de</strong> pessoas;<br />

Disposição ina<strong>de</strong>quada <strong>de</strong> resíduos sólidos<br />

domésticos.<br />

Atração da fauna associada à floresta; melhoria<br />

da qualida<strong>de</strong> ambiental para espécies.<br />

Perda e/ou alteração <strong>de</strong> habitat.<br />

Afugentamento da fauna.<br />

Mortalida<strong>de</strong> da fauna terrestre por<br />

atropelamento e caça.<br />

Atração e a<strong>de</strong>nsamento <strong>de</strong> espécies<br />

potencialmente transmissoras <strong>de</strong> doenças<br />

(ratos e gambás).<br />

O principal impacto negativo a ser gerado sobre a fauna terrestre está<br />

diretamente ligado à perda e/ou alteração <strong>de</strong> habitat. Desta forma, a principal<br />

medida mitigadora está associada à preservação, recuperação, manejo e<br />

enriquecimento do fragmento <strong>de</strong> Floresta Ombrófila Densa Aluvial, notadamente<br />

aquele localizado na cabeceira do rio Aguiar, próximo ao local selecionado para a<br />

instalação da fábrica. O referido fragmento apresenta vegetação em boa fase <strong>de</strong><br />

recuperação, e nele foram registradas maior riqueza e abundância <strong>de</strong> espécies<br />

vulneráveis <strong>de</strong> extinção.<br />

Como previsto em projeto, a proteção dos corpos d’água é fundamental para a<br />

manutenção da qualida<strong>de</strong> ambiental, favorecendo toda a biota, sobretudo,<br />

aquelas <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes ou semi‐<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes <strong>de</strong>les. Está previsto a recuperação e<br />

enriquecimento das Áreas <strong>de</strong> Preservação Permanente e das áreas <strong>de</strong>stinadas a<br />

Reserva Legal.<br />

Para evitar o afugentamento da fauna por emissão <strong>de</strong> ruídos e particulados, as<br />

medidas mitigadoras propostas incluem:<br />

‐ sinalização <strong>de</strong> velocida<strong>de</strong> máxima permitida;<br />

‐ manutenção dos veículos e equipamentos para reduzir emissão <strong>de</strong> ruídos.<br />

Ressalta‐se que gran<strong>de</strong> parte da fauna exposta, continuamente, a ruídos acaba<br />

por se acostumar a eles, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que o ruído não seja seguido <strong>de</strong> uma ameaça real.<br />

Para evitar a mortalida<strong>de</strong> por atropelamento e caça, as medidas mitigadoras<br />

propostas incluem:<br />

‐ programa <strong>de</strong> educação ambiental sobre caça e direção <strong>de</strong>fensiva;<br />

‐ instalação <strong>de</strong> sinalizadores e redutores <strong>de</strong> velocida<strong>de</strong> em locais <strong>de</strong> maior<br />

incidência <strong>de</strong> aci<strong>de</strong>ntes;<br />

‐ coibição ativa <strong>de</strong> caça e retenção <strong>de</strong> exemplares da fauna.<br />

Para evitar a atração e o a<strong>de</strong>nsamento <strong>de</strong> espécies potencialmente transmissoras<br />

<strong>de</strong> doenças (ratos e gambás) recomenda‐se:<br />

‐ programa <strong>de</strong> educação ambiental sobre o lixo;<br />

‐ a<strong>de</strong>quada disposição dos resíduos sólidos domésticos em aterros sanitários.<br />

Como forma <strong>de</strong> avaliar como a implantação e a operação do empreendimento<br />

afeta a fauna silvestre, recomenda‐se que um programa <strong>de</strong> monitoramento <strong>de</strong><br />

fauna seja efetuado.<br />

Continua


<strong>RIMA</strong> <strong>–</strong> <strong>Projeto</strong> <strong>Primavera</strong> / Pará <strong>–</strong> Votorantim<br />

86<br />

__________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________<br />

__________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________<br />

Conclusão<br />

Aspectos Ambientais <strong>Impacto</strong>s Ambientais Medidas Mitigadoras<br />

Comunida<strong>de</strong>s aquáticas: Conservação e<br />

recomposição da mata ciliar;<br />

Redução do aporte <strong>de</strong> materiais alóctones;<br />

Incremento da heterogeneida<strong>de</strong> <strong>de</strong> habitats;<br />

Remoção da cobertura vegetal;<br />

Movimentação <strong>de</strong> terra;<br />

Assoreamento, sedimentação, geração <strong>de</strong><br />

efluentes líquidos, óleos e graxas;<br />

Aumento da pressão antrópica;<br />

Aumento do aporte <strong>de</strong> materiais alóctones nos<br />

corpos d’água;<br />

Alterações nos atributos das comunida<strong>de</strong>s<br />

planctônicas e zoobentônicas;<br />

Emissão <strong>de</strong> ruído;<br />

Movimentação <strong>de</strong> veículos e máquinas;<br />

Trânsito <strong>de</strong> pessoas.<br />

Aumento/Manutenção da Ictiofauna, da<br />

<strong>de</strong>nsida<strong>de</strong>, diversida<strong>de</strong> e riqueza das<br />

comunida<strong>de</strong>s planctônicas e zoobentônicas;<br />

Perda e/ou alteração <strong>de</strong> habitat e Poluição das<br />

águas;<br />

Redução da <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong>, diversida<strong>de</strong> e riqueza<br />

das comunida<strong>de</strong>s planctônicas e zoobentônicas;<br />

Redução do número <strong>de</strong> indivíduos e <strong>de</strong> espécies<br />

<strong>de</strong> peixes.<br />

Os principais impactos sofridos no ambiente aquático estão ligados com a<br />

supressão da vegetação ciliar e com a alteração da qualida<strong>de</strong> d’água e seu<br />

conseqüente assoreamento. A ictiofauna <strong>de</strong> igarapés é altamente<br />

<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte da vegetação ciliar, sendo necessária a preservação,<br />

recuperação e manejo <strong>de</strong>ssas áreas.<br />

A preservação dos igarapés é necessária para que as espécies <strong>de</strong> peixes<br />

possam completar seu ciclo <strong>de</strong> vida e manter populações viáveis. Sugere‐<br />

se que seja feito o monitoramento da qualida<strong>de</strong> d’água nos igarapés<br />

diretamente afetados.<br />

Além disso, para evitar a redução do número <strong>de</strong> espécies <strong>de</strong> peixes, pelo<br />

trânsito <strong>de</strong> automóveis e <strong>de</strong> pessoas, as medidas mitigadoras propostas<br />

incluem:<br />

‐ sinalização <strong>de</strong> velocida<strong>de</strong> máxima permitida;<br />

‐ manutenção dos veículos e equipamentos para reduzir emissão<br />

<strong>de</strong> ruídos;<br />

‐ saneamento básico nos locais do empreendimento.<br />

Outras medidas para evitar o carreamento <strong>de</strong> materiais alóctones para os<br />

curso d’água como a exposição do solo somente na área estritamente<br />

necessária para a construção das infraestruturas, aproveitando áreas já<br />

abertas, estradas já construídas e evitando a passagem sobre cursos<br />

d'água. Evitar o a instalação <strong>de</strong>ssas obras muito próximas aos corpos<br />

d'água e construir canais para escoamento superficial ou bacias <strong>de</strong><br />

contenção, reduzindo ao máximo a chegada <strong>de</strong>sses materiais nos corpos<br />

d'água.


<strong>RIMA</strong> <strong>–</strong> <strong>Projeto</strong> <strong>Primavera</strong> / Pará <strong>–</strong> Votorantim<br />

87<br />

__________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________<br />

__________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________<br />

Meio Antrópico (Geração <strong>de</strong> empregos e renda, educação profissional, finanças públicas, arqueologia, paleontologia, saneamento público<br />

:água para consumo humano, coleta, tratamento <strong>de</strong> esgoto, resíduos sólidos, saú<strong>de</strong> e segurança pública)<br />

Aspectos Ambientais <strong>Impacto</strong>s Ambientais Medidas Maximizadoras<br />

Educação Profissional (qualificação, formação<br />

e capacitação): Oferta <strong>de</strong> postos <strong>de</strong> trabalhos<br />

nas fases <strong>de</strong> instalação <strong>de</strong> infra‐estrutura,<br />

implantação e operação do Empreendimento.<br />

Atendimento da <strong>de</strong>manda por cursos<br />

profissionais: formação básica e qualificação <strong>de</strong><br />

nível médio associadas às ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong><br />

instalação <strong>de</strong> infra‐estrutura, implantação e<br />

operação do Empreendimento.<br />

Ampliação do EJA‐ Educação <strong>de</strong> Jovens e<br />

Adultos no município <strong>de</strong> <strong>Primavera</strong>. e/ou nos<br />

municípios próximos.<br />

Atendimento da <strong>de</strong>manda por capacitação<br />

continuada em serviço nas áreas técnica e<br />

administrativa relacionadas às diferentes fases<br />

do Empreendimento.<br />

Atendimento da <strong>de</strong>manda por cursos<br />

profissionais <strong>de</strong> nível superior (tecnólogo)<br />

associado às áreas <strong>de</strong>mandadas pelo<br />

Empreendimento.<br />

O Instituto Votorantim <strong>de</strong> Responsabilida<strong>de</strong> Social tem como objetivos<br />

prioritários os seguintes pontos:<br />

‐ i<strong>de</strong>ntificação da população do município <strong>de</strong> <strong>Primavera</strong> e <strong>de</strong> suas<br />

<strong>de</strong>mandas;<br />

‐ abertura <strong>de</strong> canal <strong>de</strong> comunicação para esclarecer a população local a<br />

respeito do Empreendimento e oportunida<strong>de</strong>s;<br />

‐ incentivar o <strong>de</strong>senvolvimento local;<br />

‐ organizar a Feira <strong>de</strong> Oportunida<strong>de</strong>s cujo foco é a formação em<br />

<strong>de</strong>senvolvimento local; planejamento, metodologia e<br />

empreen<strong>de</strong>dorismo.<br />

Continua


<strong>RIMA</strong> <strong>–</strong> <strong>Projeto</strong> <strong>Primavera</strong> / Pará <strong>–</strong> Votorantim<br />

88<br />

__________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________<br />

__________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________<br />

Continuação<br />

Aspectos Ambientais <strong>Impacto</strong>s Ambientais Medidas Maximizadoras<br />

Emprego e Renda: Oferta <strong>de</strong> postos <strong>de</strong><br />

trabalho em diferentes funções na implantação<br />

e operação do Empreendimento<br />

Crescimento populacional: Oferta <strong>de</strong> novas<br />

vagas <strong>de</strong> postos <strong>de</strong> trabalho durante a<br />

implantação e operação do empreendimento.<br />

Aumento da taxa <strong>de</strong> urbanização <strong>de</strong> <strong>Primavera</strong><br />

associada ao crescimento populacional,<br />

durante a implantação e operação do<br />

empreendimento<br />

Geração <strong>de</strong> empregos associada à instalação da<br />

infra‐estrutura básica do empreendimento com<br />

a preparação do terreno.<br />

Geração <strong>de</strong> empregos em áreas técnicas e<br />

administrativas relacionadas à operação do<br />

Empreendimento.<br />

Geração (direta ou indireta) <strong>de</strong> movimento<br />

econômico, associada à instalação <strong>de</strong> infra‐<br />

estrutura, implantação e operação do<br />

empreendimento e <strong>de</strong>manda por serviços em<br />

geral.<br />

Crescimento populacional associado à<br />

implantação da infraestrutura básica e<br />

construção civil do empreendimento.<br />

Crescimento populacional associado à abertura<br />

<strong>de</strong> postos <strong>de</strong> trabalho nas áreas técnica,<br />

administrativa, operacional relacionada à<br />

operação do empreendimento.<br />

Geração (direta ou indireta) <strong>de</strong> movimento<br />

econômico associada à expansão da população<br />

e o consequente aumento da <strong>de</strong>manda por<br />

bens e serviços no município <strong>de</strong> <strong>Primavera</strong>‐AID<br />

e na AII, <strong>de</strong>correntes das ativida<strong>de</strong>s da<br />

Votorantim Cimentos N/NE.<br />

O Instituto Votorantim <strong>de</strong> Responsabilida<strong>de</strong> Social tem como objetivos<br />

prioritários os seguintes pontos:<br />

‐ i<strong>de</strong>ntificação da população do município <strong>de</strong> <strong>Primavera</strong> e <strong>de</strong> suas<br />

<strong>de</strong>mandas;<br />

‐ abertura <strong>de</strong> canal <strong>de</strong> comunicação para esclarecer a população local a<br />

respeito do Empreendimento e oportunida<strong>de</strong>s;<br />

‐ incentivar o <strong>de</strong>senvolvimento local;<br />

‐ organizar a Feira <strong>de</strong> Oportunida<strong>de</strong>s cujo foco é a formação em<br />

<strong>de</strong>senvolvimento local; planejamento, metodologia e<br />

empreen<strong>de</strong>dorismo.<br />

Priorizar a contratação <strong>de</strong> mão <strong>de</strong> obra da AID e AII.<br />

Continua


<strong>RIMA</strong> <strong>–</strong> <strong>Projeto</strong> <strong>Primavera</strong> / Pará <strong>–</strong> Votorantim<br />

89<br />

__________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________<br />

__________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________<br />

Continuação<br />

Aspectos Ambientais <strong>Impacto</strong>s Ambientais Medidas Maximizadoras<br />

Finanças Públicas Municipais e Estaduais:<br />

Cobrança <strong>de</strong> impostos municipais e estaduais.<br />

Arqueologia: Movimentação <strong>de</strong> terra, para a<br />

extração do minério.<br />

Mudança no uso e ocupação do solo.<br />

Crescimento da arrecadação <strong>de</strong> IPTU <strong>de</strong><br />

<strong>Primavera</strong>‐(AID) <strong>de</strong>vido ao incremento<br />

populacional combinado com o aumento da<br />

taxa <strong>de</strong> urbanização <strong>de</strong>correntes da<br />

implantação e operação do empreendimento.<br />

Aumento da arrecadação do ICMS <strong>de</strong><br />

<strong>Primavera</strong>‐(AID) associado ao início <strong>de</strong><br />

operações da Votorantim Cimentos N/NE.<br />

Geração (direta ou indireta) <strong>de</strong> movimento<br />

econômico associada ao aumento da<br />

arrecadação do IPTU e da arrecadação <strong>de</strong> ICMS<br />

gerado pela operação da Votorantim Cimentos<br />

N/NE.<br />

Alteração ou <strong>de</strong>struição <strong>de</strong> patrimônio<br />

arqueológico e paleontológico pelas<br />

intervenções previstas.<br />

Recomenda‐se que as contratações <strong>de</strong> serviços diversos sejam feitas<br />

preferencialmente no município <strong>de</strong> <strong>Primavera</strong>.<br />

De acordo com o que estabelece a Portaria IPHAN/MinC nº230, <strong>de</strong> 17 <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> 2002, a ação cabível para minimizar ou eliminar os impactos<br />

i<strong>de</strong>ntificados, é a elaboração e o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> um Programa <strong>de</strong><br />

Prospecção e Resgate do Patrimônio Arqueológico, dando conta do<br />

patrimônio envolvido a ser implantado antes do início das obras. Este<br />

Programa <strong>de</strong>verá prever a realização <strong>de</strong> levantamentos intensivos<br />

sistemáticos (varredura) em 100% das áreas <strong>de</strong> intervenção, para<br />

mapeamento total dos possíveis vestígios existentes.<br />

Continua


<strong>RIMA</strong> <strong>–</strong> <strong>Projeto</strong> <strong>Primavera</strong> / Pará <strong>–</strong> Votorantim<br />

90<br />

__________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________<br />

__________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________<br />

Continuação<br />

Saneamento Público (água para consumo<br />

humano, coleta e tratamento <strong>de</strong> esgoto e<br />

resíduos): Implantação do empreendimento<br />

nas fases <strong>de</strong> Construção Civil, Montagem<br />

Mecânica e Montagem Elétrica.<br />

Operação da planta industrial <strong>de</strong> cimento e da<br />

mina <strong>de</strong> calcário.<br />

Saú<strong>de</strong>: Implantação do empreendimento nas<br />

fases <strong>de</strong> Construção Civil, Montagem Mecânica<br />

e Montagem Elétrica.<br />

Operação da planta industrial <strong>de</strong> cimento e da<br />

mina <strong>de</strong> calcário.<br />

Necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> construção e instalação <strong>de</strong> re<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> saneamento<br />

Ampliação das re<strong>de</strong>s já existentes para aten<strong>de</strong>r<br />

ao novo nível <strong>de</strong> <strong>de</strong>manda gerada pelo<br />

aumento da população, migração e taxa <strong>de</strong><br />

urbanização<br />

Aumento da <strong>de</strong>manda por serviços <strong>de</strong><br />

saneamento público na região potencializada<br />

pelo aumento da migração, população e taxa <strong>de</strong><br />

urbanização<br />

Geração (direta ou indireta) <strong>de</strong> movimento<br />

econômico, associada à necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

instalação e expansão da re<strong>de</strong> <strong>de</strong> saneamento<br />

relacionadas às diferentes etapas da<br />

implantação da Votorantim Cimentos N/NE.<br />

Necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> um maior efetivo <strong>de</strong> servidores<br />

da saú<strong>de</strong><br />

Construção <strong>de</strong> novas instalações e ampliação<br />

das já existentes para aten<strong>de</strong>r ao novo nível <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>manda das ações <strong>de</strong> saú<strong>de</strong><br />

Possível aumento da <strong>de</strong>manda por serviços <strong>de</strong><br />

saú<strong>de</strong> pública na região potencializada pelo<br />

aumento da migração, população e taxa <strong>de</strong><br />

urbanização<br />

Geração (direta ou indireta) <strong>de</strong> movimento<br />

econômico, associada à necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

expansão das ativida<strong>de</strong>s especificas <strong>de</strong> saú<strong>de</strong><br />

pública relacionadas às diferentes etapas da<br />

implantação da Votorantim Cimentos N/NE.<br />

Deverão ser reforçadas as ações da política pública <strong>de</strong> saneamento, abrir<br />

parcerias e ampliar os recursos para saneamento <strong>de</strong>ntro do escopo <strong>de</strong><br />

uma agenda próativa elaborada pelos seguintes partícipes: Governo<br />

Fe<strong>de</strong>ral, Estadual, municípios da AID e Empreendimento Votorantim<br />

N/NE, que exigirá perfeita sintonia e colaboração entre as partes<br />

envolvidas.<br />

Deverão ser reforçadas as ações setoriais da política <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, ampliados<br />

os convênios e reforçado o repasse <strong>de</strong> verbas na saú<strong>de</strong> <strong>de</strong>ntro do escopo<br />

<strong>de</strong> uma agenda próativa elaborada pelos seguintes partícipes: Estado,<br />

municípios da AID e Empreendimento Votorantim N/NE.<br />

Continua


<strong>RIMA</strong> <strong>–</strong> <strong>Projeto</strong> <strong>Primavera</strong> / Pará <strong>–</strong> Votorantim<br />

91<br />

__________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________<br />

__________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________<br />

Conclusão<br />

Segurança Pública: Implantação do<br />

empreendimento nas fases <strong>de</strong> Construção Civil,<br />

Montagem Mecânica e Montagem Elétrica.<br />

Operação da planta industrial <strong>de</strong> cimento e da<br />

mina <strong>de</strong> calcário.<br />

Necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> um maior efetivo <strong>de</strong> servidores<br />

da segurança pública;<br />

Construção <strong>de</strong> novas instalações e ampliação<br />

das já existentes para aten<strong>de</strong>r ao novo nível <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>manda das ações <strong>de</strong> segurança pública;<br />

Possível aumento da criminalida<strong>de</strong> e da<br />

violência na região potencializado pelo<br />

aumento da migração, população e taxa <strong>de</strong><br />

urbanização;<br />

Geração (direta ou indireta) <strong>de</strong> movimento<br />

econômico, associada à necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

expansão das ativida<strong>de</strong>s especificas <strong>de</strong><br />

segurança pública relacionadas às diferentes<br />

etapas da implantação da Votorantim Cimentos<br />

N/NE.<br />

Deverão ser empreendidos contatos com o governo do Estado, a quem<br />

compete a área <strong>de</strong> segurança publica, e ampliada a política pública <strong>de</strong><br />

Segurança.<br />

As medidas na área <strong>de</strong> segurança pública mencionadas acima exigirão<br />

perfeita sintonia e colaboração entre a Secretaria <strong>de</strong> Segurança Pública<br />

do Pará e as autorida<strong>de</strong>s dos municípios da AID.


<strong>RIMA</strong> <strong>–</strong> <strong>Projeto</strong> <strong>Primavera</strong> / Pará <strong>–</strong> Votorantim<br />

92<br />

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_________________________________________________________________________________________________________________<br />

7<br />

Com o objetivo <strong>de</strong> acompanhar as medidas<br />

mitigadoras propostas, bem como prevenir<br />

possíveis ocorrências nas áreas <strong>de</strong> influência<br />

do empreendimento, foram elaborados planos<br />

<strong>de</strong> monitoramento que <strong>de</strong>verão ser<br />

implementados conforme segue:<br />

Quadro 7‐1: Relação dos planos e programas<br />

<strong>de</strong> monitoramento<br />

Programas <strong>de</strong> monitoramento<br />

Emissões Atmosféricas Meteorológicas e da<br />

Qualida<strong>de</strong> do Ar<br />

Plano <strong>de</strong> Monitoramento <strong>de</strong> Ruído<br />

Programa <strong>de</strong> Controle <strong>de</strong> Erosão e<br />

<br />

Assoreamento<br />

Programa <strong>de</strong> Monitoramento <strong>de</strong> Estabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

Talu<strong>de</strong>s<br />

Programa <strong>de</strong> Gestão <strong>de</strong> Drenagem Pluvial<br />

Programa <strong>de</strong> Gestão <strong>de</strong> Recursos Hídricos:<br />

Qualida<strong>de</strong> das Águas Superficiais e<br />

<br />

Subterrâneas e Efluentes Líquidos<br />

Programa <strong>de</strong> Gestão <strong>de</strong> Resíduos Sólidos<br />

Programa <strong>de</strong> Compensação pela Supressão <strong>de</strong><br />

Vegetação<br />

Programa <strong>de</strong> Monitoramento e Afugentamento<br />

<strong>de</strong> Fauna<br />

Programa <strong>de</strong> Capacitação <strong>de</strong> Mão <strong>de</strong> Obra<br />

Programa <strong>de</strong> Educação <strong>Ambiental</strong><br />

Programa <strong>de</strong> Compensação da Lei do SNUC<br />

Programa <strong>de</strong> Resgate Arqueológico<br />

Programa <strong>de</strong> Prevenção e Combate a Incêndios<br />

Florestais<br />

Plano <strong>de</strong> Monitoramento do Desempenho dos<br />

Sistemas <strong>de</strong> Controle Previstos<br />

Emissões Atmosféricas e da qualida<strong>de</strong> do ar<br />

A indústria cimenteira mundial é um dos<br />

gran<strong>de</strong>s responsáveis pela emissão <strong>de</strong><br />

elevadas quantida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> dióxido <strong>de</strong> carbono.<br />

A emissão <strong>de</strong> materiais particulados <strong>de</strong>ve ser<br />

controlada e mantida <strong>de</strong>ntro do padrão <strong>de</strong><br />

aceitabilida<strong>de</strong> segundo as Resoluções 003/90<br />

e 005/89 do CONAMA.<br />

PLANOS E PROGRAMAS AMBIENTAIS<br />

Para o monitoramento das emissões <strong>de</strong><br />

poluentes atmosféricos <strong>de</strong>verão ser<br />

cumpridas os itens <strong>de</strong>scritos na Resolução<br />

CONAMA n° 382, <strong>de</strong> 26 <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> 2006<br />

e da CONAMA nº 264, <strong>de</strong> 26 <strong>de</strong> agosto <strong>de</strong><br />

1999.<br />

A implantação <strong>de</strong>ste Programa justifica‐se<br />

pela possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> ocorrer à redução <strong>de</strong><br />

gases poluentes e redução <strong>de</strong> dissipação <strong>de</strong><br />

material particulado, gerando uma melhoria<br />

da qualida<strong>de</strong> ambiental.<br />

Visa monitorar a qualida<strong>de</strong> do ar e da<br />

possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> contaminação atmosférica<br />

por poluentes provenientes ou não das<br />

ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> mineração, fabricação e<br />

ativida<strong>de</strong>s do entorno, comparando os<br />

resultados com os padrões <strong>de</strong> referência<br />

estabelecidos pelas normas técnicas vigentes,<br />

<strong>de</strong> modo que possibilite a aplicação <strong>de</strong><br />

medidas preventivas e corretivas <strong>de</strong> controle.<br />

Plano <strong>de</strong> Monitoramento <strong>de</strong> Ruídos<br />

Os efeitos do ruído em excesso são nocivos à<br />

saú<strong>de</strong> e po<strong>de</strong>m causar problemas temporários<br />

ou permanentes <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ndo <strong>de</strong> fatores tais<br />

como, a intensida<strong>de</strong>, o tempo <strong>de</strong> exposição e<br />

a susceptibilida<strong>de</strong> individual.<br />

A ativida<strong>de</strong> cimenteira é potencialmente<br />

geradora <strong>de</strong> ruído, seja na parte <strong>de</strong> mineração<br />

propriamente dita, seja durante <strong>de</strong><br />

beneficiamento. O objetivo <strong>de</strong>ste programa é<br />

ter o conhecimento através <strong>de</strong> análises<br />

periódicas <strong>de</strong> que maneira a ativida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

mineração (áreas <strong>de</strong> lavra e beneficiamento),<br />

<strong>de</strong> processo e ativida<strong>de</strong>s no entorno<br />

interferem no conforto acústico dos<br />

trabalhadores e da população do entorno.<br />

Para se ter o conhecimento do nível <strong>de</strong> ruído<br />

gerado na ativida<strong>de</strong> <strong>de</strong> mineração e <strong>de</strong><br />

processo <strong>de</strong>verá ser realizado medições<br />

audiométricas periódicas nas áreas <strong>de</strong> lavra,<br />

benefiaciamento, na fábrica e dos <strong>de</strong>mais<br />

pontos com potencial propagador <strong>de</strong> ruídos.<br />

Estas medições <strong>de</strong>verão ser baseadas nas<br />

normas técnicas da ABNT NBR‐10151<br />

(Avaliação do ruído em áreas habitadas


<strong>RIMA</strong> <strong>–</strong> <strong>Projeto</strong> <strong>Primavera</strong> / Pará <strong>–</strong> Votorantim<br />

93<br />

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_________________________________________________________________________________________________________________<br />

visando o conforto da comunida<strong>de</strong> <strong>–</strong><br />

Procedimento) e ABNT NBR‐10152 (Avaliação<br />

do ruído ambiente em recintos <strong>de</strong> edificações<br />

visando o conforto dos usuários <strong>–</strong><br />

Procedimento).<br />

Cabe ressaltar que os trabalhadores<br />

envolvidos em ativida<strong>de</strong>s geradoras <strong>de</strong> ruídos<br />

<strong>de</strong>verão estar protegidos por equipamentos<br />

que atendam a NR 6 e terem a saú<strong>de</strong><br />

monitorada segundo a NR 7 do Ministério do<br />

Trabalho.<br />

Programa <strong>de</strong> Controle <strong>de</strong> Erosão e<br />

Assoreamento<br />

A supressão da cobertura vegetal e a<br />

movimentação <strong>de</strong> terras são ações inerentes à<br />

fase <strong>de</strong> implantação <strong>de</strong> empreendimentos<br />

minerários, que expõe o solo à ação das águas<br />

pluviais por certo período <strong>de</strong> tempo e<br />

dinamizam processos erosivos e consequentes<br />

transportes <strong>de</strong> materiais <strong>de</strong> solo para as<br />

drenagens naturais e cursos d’água.<br />

Durante a fase <strong>de</strong> operação do<br />

empreendimento, as principais áreas a serem<br />

expostas e a ficarem suscetíveis àqueles<br />

processos são as correspon<strong>de</strong>ntes às frentes<br />

<strong>de</strong> lavra e pilhas <strong>de</strong> materiais (rejeito, estéril e<br />

estoque), em setores recém‐formados e não<br />

providos <strong>de</strong> proteção superficial. Por outro<br />

lado, instalações que resultem em<br />

impermeabilização do solo ou em redução<br />

significativa <strong>de</strong> sua permeabilida<strong>de</strong>, como a<br />

área industrial, vias <strong>de</strong> acesso, edificações <strong>de</strong><br />

apoio e outros, <strong>de</strong>verão provocar um<br />

aumento do escoamento superficial e redução<br />

<strong>de</strong> infiltração das águas pluviais, po<strong>de</strong>ndo<br />

induzir o surgimento <strong>de</strong> processos erosivos.<br />

Durante a fase <strong>de</strong> <strong>de</strong>sativação do<br />

empreendimento e recuperação das áreas<br />

afetadas, <strong>de</strong>verão ocorrer ativida<strong>de</strong>s que<br />

resultem na movimentação <strong>de</strong> terras e<br />

exposição <strong>de</strong> solos, como obras <strong>de</strong><br />

estabilização geotécnica dos talu<strong>de</strong>s,<br />

implantação <strong>de</strong> sistemas <strong>de</strong> drenagem e,<br />

mesmo, <strong>de</strong> <strong>de</strong>smontagem e remoção das<br />

estruturas existentes.<br />

Ressalta‐se que controles dos processos <strong>de</strong><br />

erosão e <strong>de</strong> transporte e <strong>de</strong>posição <strong>de</strong><br />

materiais <strong>de</strong> solos já estão contemplados no<br />

projeto, tais como, sistemas <strong>de</strong> drenagem<br />

superficial, cobertura vegetal das pilhas <strong>de</strong><br />

materiais, canaletas, bueiros, bacias <strong>de</strong><br />

contenção <strong>de</strong> sedimentos entre outros.<br />

O presente Programa visa reduzir<br />

gradativamente o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong><br />

processos erosivos e <strong>de</strong> assoreamento,<br />

otimizar as técnicas <strong>de</strong> controle preventivo e<br />

corretivo, bem como, subsidiar a<br />

implementação dos Programas <strong>de</strong><br />

Recuperação <strong>de</strong> Áreas Degradadas e <strong>de</strong><br />

Supressão <strong>de</strong> Vegetação.<br />

Programa Monitoramento da Estabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

Talu<strong>de</strong>s<br />

O rompimento dos talu<strong>de</strong>s na área do<br />

empreendimento po<strong>de</strong>rá colocar em risco a<br />

vida <strong>de</strong> trabalhadores que eventualmente<br />

estejam trabalhando nas frentes <strong>de</strong> lavra, dos<br />

<strong>de</strong>pósitos <strong>de</strong> estéril e terraplenagens <strong>de</strong><br />

gran<strong>de</strong> porte, bem como ocasionar danos ao<br />

meio ambiente, através da contaminação do<br />

solo e <strong>de</strong> águas subterrâneas, e também do<br />

lançamento <strong>de</strong> material para os cursos d’água<br />

próximos.<br />

Desta forma, este programa se justifica para<br />

evitar aci<strong>de</strong>ntes durante a implantação,<br />

operação e na recuperação da área<br />

<strong>de</strong>gradada, evitando escorregamentos ou<br />

<strong>de</strong>slizamentos que possam até mesmo<br />

inviabilizar parte do projeto e a necessida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> aportar gran<strong>de</strong> quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> recursos<br />

para conter o processo ou na recuperação <strong>de</strong><br />

áreas afetadas diretamente ou indiretamente.<br />

O objetivo do monitoramento geotécnico é<br />

tratar os aspectos <strong>de</strong> segurança do<br />

empreendimento no que diz respeito à sua<br />

estabilida<strong>de</strong>.<br />

Programa <strong>de</strong> Gestão <strong>de</strong> Drenagem Pluvial<br />

Este plano terá função complementar o<br />

programa <strong>de</strong> gestão <strong>de</strong> efluentes líquidos, <strong>de</strong><br />

monitoramento dos processos erosivos,<br />

estabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> talu<strong>de</strong>s tratando mais<br />

especificamente das obras do sistema <strong>de</strong><br />

drenagem pluvial.<br />

O objetivo <strong>de</strong>ste programa é o <strong>de</strong> estabelecer<br />

procedimentos <strong>de</strong> controle <strong>de</strong> eficiência e<br />

performance do sistema <strong>de</strong> drenagem nas<br />

áreas do empreendimento, envolvendo <strong>de</strong>s<strong>de</strong><br />

a concepção do projeto (dimensionamento) e<br />

posterior i<strong>de</strong>ntificação e acompanhamento <strong>de</strong><br />

funcionamento das obras <strong>de</strong> drenagem


<strong>RIMA</strong> <strong>–</strong> <strong>Projeto</strong> <strong>Primavera</strong> / Pará <strong>–</strong> Votorantim<br />

94<br />

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durante as etapas <strong>de</strong> implantação, operação e<br />

<strong>de</strong>sativação do projeto.<br />

Este Programa <strong>de</strong>verá conter um diagnóstico<br />

através <strong>de</strong> vistorias <strong>de</strong> campo, das causas e<br />

mapeamento <strong>de</strong> estruturas subdimensionadas<br />

ou danificadas. Os resultados do<br />

levantamento <strong>de</strong>verão ser tratados e<br />

registrados em relatórios específicos,<br />

contendo mapas, tabelas e fotos ilustrativas<br />

dos locais i<strong>de</strong>ntificados e tratados.<br />

Com base nestes resultados <strong>de</strong>verão ser<br />

propostas obras e medidas corretivas para<br />

áreas com estruturas danificadas, ou ainda,<br />

on<strong>de</strong> as obras e medidas implantadas não<br />

cumpriram com as funções <strong>de</strong>stinadas por<br />

<strong>de</strong>ficiência <strong>de</strong> projeto ou <strong>de</strong> execução.<br />

Programa <strong>de</strong> Gestão <strong>de</strong> Recursos Hídricos:<br />

Qualida<strong>de</strong> das Águas Superficiais e<br />

Subterrâneas e Efluentes Líquidos<br />

As águas subterrâneas e superficiais po<strong>de</strong>m<br />

ser contaminadas por diferentes fontes <strong>de</strong><br />

poluição (vazamentos <strong>de</strong> combustíveis, óleos<br />

e graxas, oriundos <strong>de</strong> equipamentos e<br />

máquinas, substâncias orgânicas e<br />

inorgânicas), provenientes da ativida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

mineração e <strong>de</strong> processo.<br />

O monitoramento dos recursos hídricos<br />

superficiais se justifica pelo fato das ativida<strong>de</strong>s<br />

que serão empreendidas pela Votorantim<br />

Cimentos N/NE serem consi<strong>de</strong>radas<br />

potencialmente causadoras <strong>de</strong> <strong>de</strong>gradação<br />

ambiental.<br />

No entanto, <strong>de</strong>vido à adoção <strong>de</strong> medidas <strong>de</strong><br />

controle e mitigação dos impactos essa<br />

ativida<strong>de</strong> é possível. Desta forma, este<br />

programa é proposto para acompanhar e<br />

mitigar os possíveis efeitos <strong>de</strong>letérios às águas<br />

superficiais.<br />

O monitoramento dos cursos d’água objetiva<br />

acompanhar a evolução da qualida<strong>de</strong><br />

ambiental, as possíveis alterações nos<br />

parâmetros <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> das águas, através<br />

<strong>de</strong> análises periódicas, relacionando‐as com<br />

possíveis fontes poluidoras para que sejam<br />

tomadas medidas <strong>de</strong> remediação e precaução,<br />

visando sempre a manutenção da qualida<strong>de</strong><br />

ambiental da bacia.<br />

O programa <strong>de</strong>verá iniciar durante a<br />

implantação da ativida<strong>de</strong>, perdurando por<br />

toda a fase <strong>de</strong> mineração e <strong>de</strong> fabricação.<br />

Programa <strong>de</strong> Gestão <strong>de</strong> Efluentes Líquidos<br />

O programa <strong>de</strong> gestão <strong>de</strong> efluentes líquidos<br />

visa manter a qualida<strong>de</strong> da água prevenindo<br />

sua contaminação por águas servidas. Os<br />

efluentes provenientes <strong>de</strong> instalações<br />

sanitárias carregam alto teor <strong>de</strong> matéria<br />

orgânica po<strong>de</strong>m apresentar patógenos,<br />

causando a <strong>de</strong>gradação dos cursos d’água<br />

receptores. Os efluentes gerados passarão por<br />

estações <strong>de</strong> tratamento antes <strong>de</strong> serem<br />

dispostos nos cursos d’água.<br />

Prover instalações sanitárias a<strong>de</strong>quadas tanto<br />

nas áreas <strong>de</strong> beneficiamento, nas áreas das<br />

minas, na área da fabricação e das ativida<strong>de</strong>s<br />

no entorno como estacionamento <strong>de</strong><br />

caminhões e locais <strong>de</strong> estocagem <strong>de</strong> insumos<br />

e matérias primas.<br />

Nas áreas <strong>de</strong> lavra, beneficiamento, fabricação<br />

e ativida<strong>de</strong>s que tenham pessoas trabalhando<br />

ou com alta circulação da empresa Votorantim<br />

Cimentos <strong>de</strong>verá comportar sanitários com os<br />

efluentes <strong>de</strong>stinados a estações compactas <strong>de</strong><br />

tratamento. Nas áreas on<strong>de</strong> não houver<br />

acesso ou disponibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> banheiros<br />

<strong>de</strong>verão ser contratados sanitários químicos,<br />

operados por empresas com certificação<br />

ambiental, que realizarão a manutenção<br />

periódica e limpeza dos mesmos.<br />

As áreas <strong>de</strong> beneficiamento, oficinas,<br />

fabricação e pátios <strong>de</strong> estacionamento <strong>de</strong><br />

caminhões <strong>de</strong>verão ser equipadas com um<br />

sistema <strong>de</strong> drenagem oleosa (SDO) construído<br />

segundo as <strong>de</strong>terminações da NBR 14605/00<br />

(Posto <strong>de</strong> serviço ‐ Sistema <strong>de</strong> drenagem<br />

oleosa) que estabelece parâmetros para<br />

concepção, instalação e operação do sistema.<br />

O óleo e a borra segregados pelo SDO.<br />

Programa <strong>de</strong> Gestão <strong>de</strong> Resíduos Sólidos<br />

A disposição ina<strong>de</strong>quada <strong>de</strong> resíduos no meio<br />

ambiente po<strong>de</strong> gerar alteração e/ou<br />

<strong>de</strong>gradação da qualida<strong>de</strong> atmosférica, dos<br />

solos, das águas superficiais e subterrâneas,<br />

tornando impróprios ou nocivos os habitats e<br />

recursos naturais. Além disso, po<strong>de</strong> causar<br />

efeitos adversos na saú<strong>de</strong> humana e na fauna,<br />

e gerar prejuízos econômicos. A fim <strong>de</strong> evitar


<strong>RIMA</strong> <strong>–</strong> <strong>Projeto</strong> <strong>Primavera</strong> / Pará <strong>–</strong> Votorantim<br />

95<br />

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tais conseqüências in<strong>de</strong>sejáveis, existem hoje<br />

variadas técnicas e métodos <strong>de</strong> tratamento e<br />

disposição a<strong>de</strong>quada <strong>de</strong> resíduos resi<strong>de</strong>nciais<br />

e industriais, perigosos ou não‐perigosos.<br />

O Plano <strong>de</strong> Gestão <strong>de</strong> Resíduos Sólidos é um<br />

documento integrante do processo <strong>de</strong><br />

licenciamento ambiental, que aponta e<br />

<strong>de</strong>screve as ações relativas ao manejo <strong>de</strong><br />

resíduos sólidos, contemplando os aspectos<br />

referentes à geração, segregação,<br />

acondicionamento, coleta, armazenamento,<br />

transporte, tratamento e disposição final, bem<br />

como a proteção à saú<strong>de</strong> pública.<br />

Este plano tem como objetivo garantir o<br />

transporte, o tratamento e a disposição final<br />

a<strong>de</strong>quados dos resíduos sólidos gerados no<br />

empreendimento, além <strong>de</strong> estabelecer um<br />

controle quantitativo e qualitativo <strong>de</strong> sua<br />

geração.<br />

O objetivo geral da gestão <strong>de</strong> resíduos sólidos<br />

é o manejo ambientalmente a<strong>de</strong>quado <strong>de</strong>sses<br />

materiais, <strong>de</strong> maneira a aten<strong>de</strong>r às normas<br />

vigentes e a garantir o <strong>de</strong>stino final<br />

minimizando<br />

ambientais.<br />

os possíveis impactos<br />

O Plano <strong>de</strong> Gerenciamento <strong>de</strong> Resíduos<br />

<strong>de</strong>verá conter: a i<strong>de</strong>ntificação do gerador;<br />

tipologia do resíduo gerado; plano <strong>de</strong><br />

movimentação <strong>de</strong> resíduos.<br />

Programa <strong>de</strong> Monitoramento e<br />

Afugentamento <strong>de</strong> Fauna<br />

Este programa visa i<strong>de</strong>ntificar e quantificar a<br />

fauna <strong>de</strong> vertebrados terrestres (anfíbios,<br />

répteis, aves e mamíferos) e aquática (peixes e<br />

macroinvertebrados bentônicos) durante a<br />

implantação do empreendimento (áreas <strong>de</strong><br />

lavra e fábrica), possibilitando assim<br />

acompanhar possíveis interferências e propor<br />

medidas para conciliar a ativida<strong>de</strong> mineradora<br />

com o respeito ao meio ambiente.<br />

Buscar‐se‐á estimar os seguintes aspectos:<br />

Riqueza e diversida<strong>de</strong><br />

Padrões <strong>de</strong> abundância e freqüência <strong>de</strong><br />

ocorrência das espécies<br />

Padrões <strong>de</strong> uso do ambiente (hábitat e<br />

microhabitat) das espécies<br />

Status <strong>de</strong> conservação das populações<br />

Ocorrência <strong>de</strong> espécies ameaçadas<br />

Locais <strong>de</strong> maior relevância para proteção<br />

da fauna terrestre<br />

Ocorrência <strong>de</strong> espécies bioindicadoras<br />

O monitoramento será feito durante a fase <strong>de</strong><br />

implantação do empreendimento e<br />

empregará técnicas <strong>de</strong> acompanhamento<br />

sistemático qualitativo e quantitativo<br />

específicos para os grupos <strong>de</strong> fauna terrestre e<br />

aquática, como anfíbios, répteis, aves,<br />

mamíferos, peixes e bentos, tanto nas áreas<br />

<strong>de</strong> lavra, <strong>de</strong> instalação da fábrica como nos<br />

remanescentes florestais próximos das<br />

mesmas.<br />

O monitoramento <strong>de</strong>ve buscar enfatizar as<br />

épocas <strong>de</strong> nidificação e reprodução e os locais<br />

mais comuns <strong>de</strong> transito <strong>de</strong> animais, além <strong>de</strong><br />

habitats propícios ao <strong>de</strong>senvolvimento dos<br />

mesmos. Estas observações serão essenciais<br />

para <strong>de</strong>terminação <strong>de</strong> quais as melhores<br />

formas <strong>de</strong> revegetação e recuperação das<br />

áreas <strong>de</strong>gradadas que proporcionem locais<br />

mais a<strong>de</strong>quados ao retorno da fauna.<br />

Programa <strong>de</strong> Capacitação <strong>de</strong> Mão <strong>de</strong> Obra<br />

Em <strong>Primavera</strong>, a Votorantim Cimentos<br />

<strong>de</strong>senvolverá dois programas sociais<br />

específicos: o Futuro em Nossas Mãos, para a<br />

formação <strong>de</strong> profissionais que atuarão na<br />

construção da fábrica, e o Programa Evoluir,<br />

que trabalhará na formação <strong>de</strong> jovens<br />

profissionais como técnicos em manutenção<br />

industrial para a operação da fábrica.<br />

Os cursos serão oferecidos por meio <strong>de</strong><br />

parcerias com instituições <strong>de</strong> educação<br />

profissional reconhecidas nacionalmente.<br />

A Votorantim Cimentos possui iniciativas<br />

como o Conselho Comunitário, um canal<br />

permanente <strong>de</strong> comunicação e<br />

relacionamento entre a fábrica e as li<strong>de</strong>ranças<br />

da comunida<strong>de</strong> na qual está inserida, visando<br />

um diálogo aberto e transparente que<br />

produza resultados práticos na geração <strong>de</strong><br />

negócios, empregos e renda, enfim,<br />

contribuindo efetivamente para o<br />

<strong>de</strong>senvolvimento local.<br />

Programa <strong>de</strong> Educação Sócio <strong>Ambiental</strong><br />

As propostas voltadas para a educação<br />

ambiental referentes ao <strong>Projeto</strong> <strong>Primavera</strong>/PA


<strong>RIMA</strong> <strong>–</strong> <strong>Projeto</strong> <strong>Primavera</strong> / Pará <strong>–</strong> Votorantim<br />

96<br />

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Votorantim, tanto para o público externo<br />

quanto interno são imprescindíveis para a<br />

consolidação do conjunto <strong>de</strong> ações e medidas<br />

ambientais vinculadas ao <strong>Projeto</strong>.<br />

Este programa foi elaborado tendo como base<br />

as ações <strong>de</strong>finidas por diretrizes corporativas<br />

<strong>de</strong> educação ambiental da Votorantim.<br />

Este programa <strong>de</strong>ve aten<strong>de</strong>r tanto o público<br />

interno quanto o externo, sendo que para<br />

cada um <strong>de</strong>stes públicos estão propostas<br />

ativida<strong>de</strong>s com metodologias a<strong>de</strong>quadas.<br />

A implementação <strong>de</strong>ste <strong>Projeto</strong>, além da<br />

própria Votorantim, responsável maior pelo<br />

conjunto <strong>de</strong> ações a serem <strong>de</strong>senvolvidas e<br />

pelas ações correspon<strong>de</strong>ntes ao público<br />

interno, envolverá a Prefeitura Municipal <strong>de</strong><br />

<strong>Primavera</strong>, por intermédio <strong>de</strong> suas Secretarias<br />

Municipais <strong>de</strong> Educação e <strong>de</strong> Meio Ambiente,<br />

como parceiras.<br />

Este programa tem como objetivo amplo<br />

promover a difusão das informações sobre o<br />

meio ambiente, <strong>de</strong> forma a discutir, a partir <strong>de</strong><br />

um processo <strong>de</strong> aprendizagem ambiental,<br />

mudanças <strong>de</strong> posturas e atitu<strong>de</strong>s frente a este<br />

tema.<br />

Para o público externo o programa possui<br />

como foco a comunida<strong>de</strong> escolar, mais<br />

especificamente todos os diretores,<br />

professores e alunos <strong>de</strong> quinta a oitava séries<br />

da re<strong>de</strong> municipal <strong>de</strong> ensino <strong>de</strong> <strong>Primavera</strong>,<br />

além dos diretores e do próprio corpo técnico<br />

da Secretaria Municipal <strong>de</strong> Educação<br />

A partir das ativida<strong>de</strong>s realizadas na escola e<br />

também das oficinas a serem realizadas com a<br />

comunida<strong>de</strong> como um todo, se preten<strong>de</strong><br />

alcançar um público ainda mais amplo.<br />

Programa <strong>de</strong> Compensação <strong>Ambiental</strong><br />

Conforme previsto na Lei nº. 9.985/00,<br />

regulamentada pelo Decreto Fe<strong>de</strong>ral nº.<br />

4.340/02 e conforme as instruções da Câmara<br />

<strong>de</strong> Compensação <strong>Ambiental</strong> da SMA/SP e<br />

Parágrafo 1o do Art. 36 da Lei Fe<strong>de</strong>ral<br />

9.985/00, que trata da compensação<br />

ambiental nos casos <strong>de</strong> licenciamento <strong>de</strong><br />

empreendimentos <strong>de</strong> significativo impacto<br />

ambiental, <strong>de</strong>termina que:<br />

“o montante <strong>de</strong> recursos a ser <strong>de</strong>stinado<br />

pelo empreen<strong>de</strong>dor para esta finalida<strong>de</strong><br />

não po<strong>de</strong> ser inferior a meio por cento dos<br />

custos totais previstos para a implantação<br />

do empreendimento, sendo o percentual<br />

fixado pelo órgão ambiental, <strong>de</strong> acordo<br />

com o grau <strong>de</strong> impacto ambiental causado<br />

pelo empreendimento”.<br />

Entretanto, esse artigo foi alterado pelo<br />

Decreto 6.848, <strong>de</strong> 14 <strong>de</strong> maio <strong>de</strong> 2009. Assim,<br />

a redação <strong>de</strong>ste <strong>de</strong>creto estabelece no Art. 31<br />

que:<br />

“Para os fins <strong>de</strong> fixação da compensação<br />

ambiental <strong>de</strong> que trata o art. 36 da Lei nº<br />

9.985, <strong>de</strong> 2000, o órgão ambiental<br />

licenciador estabelecerá o grau <strong>de</strong> impacto<br />

a partir <strong>de</strong> estudo prévio <strong>de</strong> impacto<br />

ambiental e respectivo relatório ‐<br />

EIA/<strong>RIMA</strong> realizados quando do processo<br />

<strong>de</strong> licenciamento ambiental, sendo<br />

consi<strong>de</strong>rados os impactos negativos e não<br />

mitigáveis aos recursos ambientais.<br />

Parágrafo único. Os percentuais serão<br />

fixados, gradualmente, a partir <strong>de</strong> meio<br />

por cento dos custos totais previstos para<br />

a implantação do empreendimento,<br />

consi<strong>de</strong>rando‐se a amplitu<strong>de</strong> dos impactos<br />

gerados, conforme estabelecido no caput.”<br />

(grifo nosso)<br />

Contudo, sugere‐se que a compensação<br />

ambiental referente ao empreendimento<br />

<strong>Projeto</strong> <strong>Primavera</strong> / Pará <strong>–</strong> Votorantim<br />

recaia sobre as UCs já assinaladas. Para tanto,<br />

temos que o investimento total previsto para<br />

a implantação do empreendimento em<br />

questão será <strong>de</strong> cerca <strong>de</strong> R$ 390.000.000,00<br />

(trezentos e noventa milhões <strong>de</strong> reais). Com a<br />

base <strong>de</strong> aplicação <strong>de</strong> 0,5%, o valor a ser<br />

<strong>de</strong>stinado à compensação ambiental será <strong>de</strong><br />

R$ 1.950.000,00 (um milhão e novecentos e<br />

cinqüenta mil reais), <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que, com anuência<br />

do órgão ambiental.<br />

Desta forma, sugere‐se que o montante acima<br />

mencionado seja que os investimentos<br />

recaiam na:<br />

RESEX Extrativista Marinha <strong>de</strong> Tracuateua<br />

Tal proposta se justifica pelo critério <strong>de</strong><br />

proximida<strong>de</strong> territorial, uma vez que essa é a<br />

UC que se localiza mais próximo à ADA e ao<br />

seu raio <strong>de</strong> 10 km, ainda que não se situe no<br />

mesmo município do empreendimento.


<strong>RIMA</strong> <strong>–</strong> <strong>Projeto</strong> <strong>Primavera</strong> / Pará <strong>–</strong> Votorantim<br />

97<br />

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Abaixo apresentamos o Quadro 8.1.7.4‐1 com<br />

a situação <strong>de</strong>ssa unida<strong>de</strong> em relação aos itens<br />

que compõem o Capítulo VIII do Decreto<br />

Fe<strong>de</strong>ral 4.340/02.<br />

Programa <strong>de</strong> Prospecção e Resgate<br />

Arqueológico<br />

Conforme apresentado no EIA constatou‐se a<br />

presença <strong>de</strong> patrimônio arqueológico,<br />

histórico, cultural e paisagístico positivo para a<br />

região do empreendimento. Assim, <strong>de</strong> acordo<br />

com o estabelecido na Portaria IPHAN/MinC<br />

nº230, <strong>de</strong> 17 <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> 2002, é<br />

necessário a elaboração e o <strong>de</strong>senvolvimento<br />

<strong>de</strong> um Programa <strong>de</strong> Prospecção e Resgate do<br />

Patrimônio Arqueológico.<br />

O objetivo <strong>de</strong>ste Programa é minimizar os<br />

impactos <strong>de</strong>correntes da intervenção na área<br />

que possam gerar perda <strong>de</strong> patrimônio<br />

arqueológico, histórico e cultural.<br />

O Programa <strong>de</strong> Prospecção e Resgate do<br />

Patrimônio Arqueológico <strong>de</strong>ve ser implantado<br />

antes do início das obras e compreen<strong>de</strong>:<br />

O levantamento sistemático <strong>de</strong> fontes<br />

documentais (bibliografia, iconografia e<br />

cartografia);<br />

Os estudos <strong>de</strong> cultura material<br />

(patrimônio edificado e coleções <strong>de</strong><br />

material);<br />

O levantamento e registro sistemático <strong>de</strong><br />

cultura imaterial junto à comunida<strong>de</strong><br />

local;<br />

Envolver a comunida<strong>de</strong> na i<strong>de</strong>ntificação e<br />

caracterização do patrimônio<br />

arqueológico, histórico e cultural;<br />

Apresentar à comunida<strong>de</strong> os resultados<br />

alcançados pela pesquisa;<br />

Valorizar os conhecimentos tradicionais, a<br />

memória e i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> histórico‐cultural<br />

das comunida<strong>de</strong>s;<br />

Produzir material científico relativo à<br />

Arqueologia da região (Ciência Aplicada);<br />

Fornecer subsídios aos órgãos públicos<br />

que contribuam para o gerenciamento do<br />

patrimônio cultural dos municípios<br />

envolvidos;<br />

Realização <strong>de</strong> Oficinas Culturais com a<br />

comunida<strong>de</strong>;<br />

Publicação dos trabalhos na forma <strong>de</strong><br />

Cartilha Patrimonial;<br />

Publicação científica final do Programa;<br />

Elaboração e montagem <strong>de</strong> exposição<br />

itinerante que contemple as escolas do<br />

município e outros locais <strong>de</strong> interesse;<br />

Deverá ser prevista divulgação eletrônica<br />

com disponibilização dos dados e<br />

acolhimento <strong>de</strong> indicações e participações<br />

da comunida<strong>de</strong>.<br />

Plano <strong>de</strong> Recuperação <strong>de</strong> Áreas Degradadas<strong>–</strong><br />

PRAD<br />

Recuperar áreas <strong>de</strong>gradadas tem geralmente<br />

o sentido <strong>de</strong> conferir um uso produtivo à área,<br />

que po<strong>de</strong> não ser o mesmo que o da situação<br />

anterior, antes da utilização para ativida<strong>de</strong>.<br />

A necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> recuperar os ambientes<br />

<strong>de</strong>gradados pela ativida<strong>de</strong> <strong>de</strong> mineraria,<br />

industrial e entorno após a respectiva<br />

utilização ou em caso <strong>de</strong> <strong>de</strong>sativação da<br />

ativida<strong>de</strong> justifica a adoção <strong>de</strong>ste tipo <strong>de</strong><br />

programa. Com a adoção do programa <strong>de</strong><br />

recuperação <strong>de</strong> áreas <strong>de</strong>gradadas, os efeitos<br />

da operação e <strong>de</strong>sativação da ativida<strong>de</strong> serão<br />

minimizados.<br />

A partir da i<strong>de</strong>ntificação e avaliação inicial, o<br />

planejamento da recuperação <strong>de</strong> uma área<br />

<strong>de</strong>gradada por ativida<strong>de</strong> minerária e industrial<br />

po<strong>de</strong> ser resumido na execução <strong>de</strong> alguns<br />

procedimentos básicos<br />

O programa <strong>de</strong> recuperação <strong>de</strong> áreas<br />

<strong>de</strong>gradadas objetiva minimizar e eliminar os<br />

efeitos adversos <strong>de</strong>correntes das intervenções<br />

realizadas nas ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> mineração,<br />

indústria e entorno.<br />

Este plano comporta três programas<br />

ambientais:<br />

Programa <strong>de</strong> Resgate <strong>de</strong> Mudas,<br />

Sementes e Plântulas <strong>de</strong> Espécies Nativas<br />

Retiradas das Áreas <strong>de</strong> Supressão <strong>de</strong><br />

Vegetação;<br />

Programa <strong>de</strong> Recuperação e Revegetação<br />

<strong>de</strong> Bancadas e Áreas Alteradas; e


<strong>RIMA</strong> <strong>–</strong> <strong>Projeto</strong> <strong>Primavera</strong> / Pará <strong>–</strong> Votorantim<br />

98<br />

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Programa <strong>de</strong> Controle <strong>Ambiental</strong> para a<br />

Fase <strong>de</strong> Desativação.<br />

Plano <strong>de</strong> Descomissionamento<br />

O fechamento ou <strong>de</strong>sativação <strong>de</strong> uma área <strong>de</strong><br />

mineração e do complexo industrial é um<br />

tema recente no Brasil, o qual vem se<br />

materializando gradativamente no<br />

or<strong>de</strong>namento jurídico nacional, a partir do<br />

advento da Constituição Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> 1988. O<br />

art. 225, § 2º <strong>de</strong>sta Constituição impõe àquele<br />

que explorar recursos minerais a<br />

responsabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> recuperar os danos<br />

ambientais causados pela ativida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

mineração, consistente na obrigação <strong>de</strong><br />

recuperar o meio ambiente <strong>de</strong>gradado, <strong>de</strong><br />

acordo com a solução técnica exigida pelo<br />

órgão público competente, na forma <strong>de</strong> lei.<br />

Deverão ser atendidas as NRM 20 e 21, que<br />

citam a importância dos planos <strong>de</strong><br />

monitoramento para haver o fechamento da<br />

mina, para reabilitação <strong>de</strong> áreas mineradas e<br />

<strong>de</strong>gradadas.<br />

Ao se planejar uma recuperação ambiental<br />

<strong>de</strong>ve‐se ter como objetivo tornar o ambiente<br />

impactado o mais semelhante possível ao<br />

ambiente original, antes do impacto<br />

antrópico. Sendo assim, este programa tem<br />

como objetivo estudar a melhor forma <strong>de</strong><br />

reintegração da área <strong>de</strong> mineração à<br />

paisagem natural.<br />

Deverá ser executado um plano <strong>de</strong><br />

fechamento/<strong>de</strong>sativação da lavra on<strong>de</strong> <strong>de</strong>verá<br />

constar ao menos:<br />

<strong>Relatório</strong> dos trabalhos efetuados;<br />

Caracterização das reservas<br />

remanescentes;<br />

Plano <strong>de</strong> <strong>de</strong>smobilização das instalações e<br />

equipamentos que compõem a infra‐<br />

estrutura <strong>de</strong> mineração e do complexo<br />

fabril utilizado no local, indicando o<br />

<strong>de</strong>stino a ser dado aos mesmos;<br />

Plano <strong>de</strong> recuperação e reabilitação das<br />

áreas <strong>de</strong>gradadas pela mineração e do<br />

complexo fabril; e<br />

Aptidão e intenção <strong>de</strong> uso futuro da área.<br />

Deverão ser apresentados os resultados dos<br />

planos <strong>de</strong> monitoramento realizados durante<br />

o processo <strong>de</strong> implantação, operação e<br />

<strong>de</strong>sativação da mina e do complexo fabril,<br />

para verificar as melhores condições <strong>de</strong><br />

reabilitação das áreas <strong>de</strong>gradadas.<br />

Os compromissos <strong>de</strong> recuperação <strong>de</strong> áreas<br />

<strong>de</strong>gradadas precisam ter seus cronogramas <strong>de</strong><br />

exploração e recuperação vinculados aos<br />

compromissos formalmente <strong>de</strong>finidos no<br />

escopo do trabalho que será <strong>de</strong>senvolvido.<br />

Programa <strong>de</strong> Prevenção e Combate a<br />

Incêndios Florestais<br />

O Programa <strong>de</strong> Proteção e Combate a<br />

Incêndios Florestais tem como objetivo<br />

estabelecer e or<strong>de</strong>nar as ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong><br />

prevenção, <strong>de</strong>tecção e combate a incêndios<br />

nas florestas naturais localizadas no entorno<br />

da proprieda<strong>de</strong>.<br />

O sistema <strong>de</strong> prevenção e combate a<br />

incêndios <strong>de</strong>verá envolver ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong><br />

orientação preventiva junto aos operários,<br />

treinamento <strong>de</strong> equipe <strong>de</strong> combate,<br />

monitoramento através sistema <strong>de</strong><br />

comunicação e torres <strong>de</strong> vigilância. A<br />

Votorantim também <strong>de</strong>verá manter um<br />

programa <strong>de</strong> prevenção, orientação e<br />

combate a incêndios junto aos proprietários<br />

vizinhos.<br />

A brigada <strong>de</strong> incêndio da empresa <strong>de</strong>verá<br />

possuir treinamentos periódicos e<br />

equipamentos necessários para este tipo <strong>de</strong><br />

combate, incluindo caminhão Pipa e<br />

maquinários para combate a incêndios<br />

florestais.<br />

Programa <strong>de</strong> Monitoramento do<br />

Desempenho dos Sistemas <strong>de</strong> Controle<br />

Previstos<br />

Os objetivos <strong>de</strong>ste programa são basicamente<br />

verificar a funcionalida<strong>de</strong> e o <strong>de</strong>sempenho<br />

ambiental <strong>de</strong> todos os programas <strong>de</strong><br />

monitoramento do futuro empreendimento,<br />

<strong>de</strong> maneira conjunta e sistematizada. E<br />

quando necessário, fazer alterações para que<br />

os mesmos possam ter o melhor <strong>de</strong>sempenho.


<strong>RIMA</strong> <strong>–</strong> <strong>Projeto</strong> <strong>Primavera</strong> / Pará <strong>–</strong> Votorantim<br />

99<br />

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8<br />

O presente <strong>RIMA</strong> apresenta a síntese do EIA<br />

(Estudo <strong>de</strong> <strong>Impacto</strong> <strong>Ambiental</strong>) que avalia a<br />

viabilida<strong>de</strong> ambiental do empreendimento<br />

<strong>de</strong>nominado <strong>Projeto</strong> <strong>Primavera</strong>/PA<br />

Votorantim, a se implantar em área rural do<br />

município <strong>de</strong> Município <strong>de</strong> <strong>Primavera</strong>. O<br />

referido projeto minerário, preten<strong>de</strong> produzir<br />

e comercializar 1.200.000 toneladas <strong>de</strong><br />

cimento anuais, apresentando uma vida útil<br />

<strong>de</strong> 55 anos. A área construída prevista para a<br />

fábrica é <strong>de</strong> 56 ha, e para a mina <strong>de</strong> calcário<br />

são previstos 331 ha.<br />

No tocante aos aspectos legais, locacionais,<br />

sócioeconômicos e ambientais mais<br />

relevantes da área do empreendimento<br />

proposto, po<strong>de</strong>‐se concluir que:<br />

Não existem restrições legais à<br />

implantação do empreendimento em nível<br />

municipal, conforme po<strong>de</strong> ser visualizado<br />

no “Alvará <strong>de</strong> Localização e<br />

Funcionamento” fornecido pela Prefeitura<br />

<strong>de</strong> <strong>Primavera</strong> (Anexo XIII);<br />

A localização das cavas e da fábrica foi<br />

projetada respeitando o máximo possível<br />

os recursos ambientais existentes,<br />

po<strong>de</strong>ndo se <strong>de</strong>stacar os cursos d’água<br />

naturais e a vegetação nativa existente;<br />

O uso do solo no entorno da área proposta<br />

para a implantação do futuro<br />

empreendimento apresenta alguns<br />

fragmentos <strong>de</strong> vegetação arbórea,<br />

pequenas áreas <strong>de</strong> pastagens e áreas<br />

agrícolas <strong>de</strong> subsistência. A área do<br />

empreendimento proposto apresenta<br />

significativas alterações <strong>de</strong>correntes do<br />

processo <strong>de</strong> ocupação antrópica,<br />

produzindo ambientes pouco propícios a<br />

abrigar uma diversida<strong>de</strong> biológica rica;<br />

Sob o ponto <strong>de</strong> vista geodinâmico<br />

observou‐se a ocorrência restrita <strong>de</strong><br />

processos erosivos pouco evoluídos na AII<br />

e AID do empreendimento, apenas em<br />

locais <strong>de</strong> solo exposto por ações<br />

antrópicas, po<strong>de</strong>ndo concluir <strong>de</strong> que há<br />

equilíbrio geodinâmico atual nessa área,<br />

atribuído à maciça presença <strong>de</strong> cobertura<br />

vegetal (gramíneas, herbáceas e<br />

capoeiras) sobre o solo;<br />

CONCLUSÕES<br />

Quanto à captação <strong>de</strong> água para as fases<br />

<strong>de</strong> implantação e operação do<br />

empreendimento, os estudos <strong>de</strong><br />

alternativas para a obtenção <strong>de</strong> água,<br />

tanto superficial como subterrânea,<br />

apontaram a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> captação da<br />

água através <strong>de</strong> poços artesianos.<br />

Os impactos negativos potenciais mais<br />

relevantes consistem em: <strong>de</strong>gradação do solo<br />

e alteração da paisagem; comprometimento<br />

da saú<strong>de</strong> da população, da flora e da fauna;<br />

perda <strong>de</strong> vegetação/ habitat da fauna em<br />

geral; substituição das ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong><br />

agricultura familiar e pecuária extensiva por<br />

mineração; e redução do número <strong>de</strong><br />

indivíduos <strong>de</strong> espécies <strong>de</strong> peixes. Estes<br />

impactos foram consi<strong>de</strong>rados como <strong>de</strong> alta<br />

magnitu<strong>de</strong>, e os <strong>de</strong>mais impactos do meio<br />

físico e biótico foram consi<strong>de</strong>rados como <strong>de</strong><br />

baixa a mo<strong>de</strong>rada magnitu<strong>de</strong>.<br />

Ressalta‐se que com as medidas estabelecidas<br />

neste Estudo, e com as diretrizes <strong>de</strong> projeto<br />

que incorporam ações <strong>de</strong> controle ambiental<br />

(conforme <strong>de</strong>scritas no capítulo 3 <strong>–</strong> Descrição<br />

do Empreendimento), bem como<br />

procedimentos <strong>de</strong> gestão permanente dos<br />

mesmos (manejo <strong>de</strong> vegetação e fauna,<br />

monitoramentos qualida<strong>de</strong> do ar, da água, dos<br />

processos erosivos e outros) a serem<br />

implementados, os impactos e seus efeitos<br />

serão minimizados, sendo consi<strong>de</strong>rados <strong>de</strong>sta<br />

forma, <strong>de</strong> baixa magnitu<strong>de</strong>.<br />

Quanto aos impactos sócioeconômicos,<br />

exetuando‐se o <strong>de</strong> alteração do patrimônio<br />

arqueológico e cultural que foi consi<strong>de</strong>rado<br />

como impactado negativo <strong>de</strong> alta magnitu<strong>de</strong>,<br />

os <strong>de</strong>mais foram consi<strong>de</strong>rados positivos <strong>de</strong><br />

alta magnitu<strong>de</strong>, tais como: geração <strong>de</strong><br />

emprego; crescimento populacional com a<br />

abertura <strong>de</strong> postos <strong>de</strong> trabalho; e geração<br />

(direta ou indireta) <strong>de</strong> movimento econômico.<br />

Por outro lado, na hipótese da não aprovação<br />

da implantação do empreendimento, <strong>de</strong>vem‐<br />

se consi<strong>de</strong>rar as conseqüências no cenário<br />

atual e futuro do <strong>de</strong>senvolvimento<br />

econômico, nas escalas municipal e estadual.<br />

No âmbito municipal os benefícios foram<br />

citados acima, já no âmbito estadual se


<strong>RIMA</strong> <strong>–</strong> <strong>Projeto</strong> <strong>Primavera</strong> / Pará <strong>–</strong> Votorantim<br />

100<br />

_________________________________________________________________________________________________________________<br />

_________________________________________________________________________________________________________________<br />

<strong>de</strong>ixaria <strong>de</strong> produzir 1.200.000 toneladas <strong>de</strong><br />

cimento anualmente. De acordo com o SNIC<br />

(Sindicato Nacional da Indústria <strong>de</strong> Cimento) a<br />

Região Norte recebeu <strong>de</strong> outras regiões<br />

1.088.000 toneladas e importou 212 toneladas<br />

<strong>de</strong> cimento no ano <strong>de</strong> 2009, o que acarretou<br />

na transferência <strong>de</strong> divisas para outros<br />

estados; e <strong>de</strong>ixou <strong>de</strong> gerar um número<br />

consi<strong>de</strong>rável <strong>de</strong> postos <strong>de</strong> serviços, entre<br />

outros benefícios.<br />

Finalmente, tendo em vista que os impactos<br />

sobre o meio físico são passíveis <strong>de</strong> controle;<br />

que os i<strong>de</strong>ntificados sobre a biota terrestre e<br />

aquática são passíveis <strong>de</strong> mitigação e<br />

compensação e que a maioria dos impactos<br />

sobre o meio antrópico foi avaliada como<br />

positivos, conclui‐se pela viabilida<strong>de</strong><br />

ambiental do empreendimento no local<br />

pretendido.


<strong>RIMA</strong> <strong>–</strong> <strong>Projeto</strong> <strong>Primavera</strong> / Pará <strong>–</strong> Votorantim<br />

101<br />

_________________________________________________________________________________________________________________<br />

_________________________________________________________________________________________________________________<br />

9<br />

Equipe Técnica<br />

A seguir estão elencados os técnicos que<br />

participaram da elaboração do EIA‐<strong>RIMA</strong> do<br />

<strong>Projeto</strong> <strong>Primavera</strong>/PA ‐ Votorantim, as<br />

respectivas ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>senvolvidas e o<br />

número do registro no conselho <strong>de</strong> classe.<br />

Coor<strong>de</strong>nação Geral:<br />

Márcia Regina Bertholdi Piacentini,<br />

Geógrafa, MSc<br />

CREA 0682598256; ART: 0682598256 D SP/2<br />

En<strong>de</strong>reço: R. Purpurina, 131, cj. 131‐132<br />

Vila Madalena, São Paulo / SP CEP: 05435‐030<br />

Telefone/Fax: (11) 3094‐6888; E‐mail:<br />

marciarp@cema.com.br<br />

Coor<strong>de</strong>nação Técnica:<br />

Ivan Gue<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Ávila, Geólogo<br />

CREA 0600518087; ART: 0600518087D SP/2<br />

En<strong>de</strong>reço: R. Purpurina, 131, cj. 131‐132<br />

Vila Madalena, São Paulo / SP CEP: 05435‐030<br />

Telefone/Fax: (11) 3094‐6888; E‐mail:<br />

ivan@cema.com.br<br />

→ Rosa Cristina <strong>de</strong> Itapema Silveira,<br />

Geógrafa, MSc<br />

CREA 0601022423; ART: 0601022423D SP/2<br />

En<strong>de</strong>reço: R. Purpurina, 131, cj. 131‐132<br />

Vila Madalena, São Paulo / SP CEP: 05435‐030<br />

Telefone/Fax: (11) 3094‐6888; E‐mail:<br />

rosa@cema.com.br<br />

Descrição do Empreendimento:<br />

→ Milton Akira Ishisaki, Engenheiro <strong>de</strong><br />

Minas<br />

CREA 0601882560<br />

En<strong>de</strong>reço: R. Purpurina, 131, cj. 131‐132<br />

Vila Madalena, São Paulo / SP CEP: 05435‐030<br />

Telefone/Fax: (11) 3094‐6888; E‐mail:<br />

marciarp@cema.com.br<br />

Levantamento da Legislação Interveniente:<br />

Guilherme Rocha Munin, Advogado<br />

OAB/SP 305.584.<br />

En<strong>de</strong>reço: R. Purpurina, 131, cj. 131‐132<br />

Vila Madalena, São Paulo / SP CEP: 05435‐030<br />

Telefone/Fax: (11) 3094‐6888; E‐mail:<br />

guilherme@cema.com.br<br />

Eliana Teodoro, Bacharel em Direito<br />

CTF IBAMA 1959691.<br />

EQUIPE TÉCNICA<br />

En<strong>de</strong>reço: R. Purpurina, 131, cj. 131‐132<br />

Vila Madalena, São Paulo / SP CEP: 05435‐030<br />

Telefone/Fax: (11) 3094‐6888; E‐mail:<br />

cema@cema.com.br<br />

Ricardo <strong>de</strong> Mattos Balestro, Estagiário<br />

em Direito<br />

En<strong>de</strong>reço: R. Purpurina, 131, cj. 131‐132<br />

Vila Madalena, São Paulo / SP CEP: 05435‐030<br />

Telefone/Fax: (11) 3094‐6888; E‐mail:<br />

marciarp@cema.com.br


<strong>RIMA</strong> <strong>–</strong> <strong>Projeto</strong> <strong>Primavera</strong> / Pará <strong>–</strong> Votorantim<br />

102<br />

_________________________________________________________________________________________________________________<br />

_________________________________________________________________________________________________________________<br />

Meio Físico<br />

Coor<strong>de</strong>nação<br />

Ivan Gue<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Ávila, Geólogo<br />

CREA 0600518087; ART: 0600518087D SP/2<br />

En<strong>de</strong>reço: R. Purpurina, 131, cj. 131‐132<br />

Vila Madalena, São Paulo / SP CEP: 05435‐030<br />

Telefone/Fax: (11) 3094‐6888; E‐mail:<br />

ivan@cema.com.br<br />

Clima e Meteorologia:<br />

Davi Corrente Franzini, Engenheiro<br />

<strong>Ambiental</strong><br />

CREA 5062634083; ART: 5062634083D SP/1<br />

En<strong>de</strong>reço: R. Purpurina, 131, cj. 131‐132<br />

Vila Madalena, São Paulo / SP CEP: 05435‐030<br />

Telefone/Fax: (11) 3094‐6888; E‐mail:<br />

davi@cema.com.br<br />

Qualida<strong>de</strong> do Ar:<br />

George Lentz Cesar Fruehauf,<br />

Engenheiro <strong>Ambiental</strong> e Matemático, PhD<br />

CREA 5062008073<br />

Rua: Álvaro Luis Roberto Assumpção, 431<br />

Campo Belo, São Paulo / SP CEP: 04618‐020<br />

Fone / Fax: (11) 3853‐2138<br />

Daniel Constantino Zacharias,<br />

Meteorologista, B.Sc. MSc<br />

Rua: Álvaro Luis Roberto Assumpção, 431<br />

Campo Belo, São Paulo / SP ‐ CEP: 04618‐020<br />

Fone / Fax: (11) 3853‐2138<br />

Daniel Pepe, Engenheiro Civil<br />

IBAMA 5122268<br />

Rua: Álvaro Luis Roberto Assumpção, 431<br />

Campo Belo, São Paulo / SP CEP: 04618‐020<br />

Fone / Fax: (11) 3853‐2138<br />

Décio Pavan, Engenheiro Mecânico<br />

CREA 0682113418<br />

Rua: Álvaro Luis Roberto Assumpção, 431<br />

Campo Belo, São Paulo / SP CEP: 04618‐020<br />

Fone / Fax: (11) 3853‐2138<br />

Filemon Alves dos Santos, Técnico<br />

<strong>Ambiental</strong><br />

Rua: Álvaro Luis Roberto Assumpção, 431<br />

Campo Belo, São Paulo / SP CEP: 04618‐020<br />

Fone / Fax: (11) 3853‐2138<br />

Dispersão <strong>de</strong> Poluentes Atmosféricos<br />

Shigeru Yamagata, Engenheiro<br />

Mecânico<br />

CREA 0600964250; ART:<br />

R: Gaiovota, 879, ap. 152<br />

Moema, São Paulo / SP CEP 04522‐032<br />

Tel.: (11) 5054‐3827<br />

Ruído<br />

Luiz Antonio Brito, Engenheiro Civil,<br />

PhD<br />

CREA 505927; ART: 505927D SP/1<br />

R: José Francisco Alves, 45 cj. 31<br />

Vila Ema, São José dos Campos / SP CEP:<br />

12243‐060<br />

Geologia, Geomorfologia e Pedologia<br />

Osmair Santos Ferreira, Geólogo<br />

CREA 5062144565; ART:<br />

En<strong>de</strong>reço: R. Purpurina, 131, cj. 131‐132<br />

Vila Madalena, São Paulo / SP CEP: 05435‐030<br />

Telefone/Fax: (11) 3094‐6888<br />

Márcio Lucio Gonzaga, Tecnólogo<br />

CREA 0601315882; ART:<br />

En<strong>de</strong>reço: R. Purpurina, 131, cj. 131‐132<br />

Vila Madalena, São Paulo / SP CEP: 05435‐030<br />

Telefone Fax: (11) 3094‐6888<br />

Ariane Raissa Pinheiro Côrtes,<br />

Estagiária em Geologia.<br />

En<strong>de</strong>reço: R. Purpurina, 131, cj. 131‐132<br />

Vila Madalena, São Paulo/SP ‐ CEP: 05435‐030<br />

Telefone/Fax: (11) 3094‐6888<br />

Paleontologia<br />

MSc,<br />

Sue Anne Regina Ferreira da Costa,


<strong>RIMA</strong> <strong>–</strong> <strong>Projeto</strong> <strong>Primavera</strong> / Pará <strong>–</strong> Votorantim<br />

103<br />

_________________________________________________________________________________________________________________<br />

_________________________________________________________________________________________________________________<br />

En<strong>de</strong>reço: Rua Barão do Triunfo 3314 apt. 703.<br />

Bairro: Marco. Belém / Pará CEP: 66093‐050<br />

Telefone contato (91) 3217‐6041 E‐mail:<br />

sue.costa@gmail.com<br />

Heloísa Maria Moraes Santos, MSc,<br />

CRBM 245 (4ª região).<br />

En<strong>de</strong>reço: Rua Barão do Triunfo 3314 apt. 703.<br />

Bairro: Marco. Belém / Pará CEP: 66093‐050<br />

Telefone contato (91) 3217‐6041 E‐mail:<br />

hmoraes@museu‐goeldi.br<br />

Recursos Hídricos<br />

Hidrologia/Qualida<strong>de</strong> das Águas<br />

Davi Corrente Franzini, Engenheiro<br />

<strong>Ambiental</strong><br />

CREA 5062634083; ART: 5062634083D SP/1<br />

En<strong>de</strong>reço: R. Purpurina, 131, cj. 131‐132<br />

Vila Madalena, São Paulo / SP CEP: 05435‐030<br />

Telefone/Fax: (11) 3094‐6888; E‐mail:<br />

davi@cema.com.br<br />

Hidrogeologia<br />

Josafá Ribeiro <strong>de</strong> Oliveira,<br />

Hidrogeólogo,<br />

CREA 2216‐D/PA ART: 2216D PA/110<br />

En<strong>de</strong>reço: Travessa D. Romualdo <strong>de</strong> Seixas n°<br />

1399<br />

Bairro do Umarizal, Belém/PA, CEP‐66.055‐<br />

200<br />

E‐mail: josavno@ig.com.br<br />

José Guimarães Martins, Geólogo<br />

CREA 4487‐D/PA ART: 4487D PA/406<br />

En<strong>de</strong>reço: Travessa D. Romualdo <strong>de</strong> Seixas n°<br />

1399<br />

Bairro do Umarizal, Belém/PA<br />

CEP‐66.055‐200<br />

Email: jguimaraesmartins@hotmail.com<br />

Meio Biótico<br />

Coor<strong>de</strong>nador<br />

Ricardo Alexandre Kawashita Ribeiro,<br />

Biólogo,MSc.<br />

CRBio 35949/01‐D<br />

En<strong>de</strong>reço: Rua Topázio n° 343<br />

Bosque da Saú<strong>de</strong>, Cuiabá/MT<br />

CEP‐78050‐080.<br />

Telefone: (65) 3642.3275 / 3642.3271<br />

E‐mail: pasconambiental@gmail.com<br />

Vegetação<br />

José Roberto Borges<br />

Monteiro,Biólogo, MSc em Biologia Vegetal,<br />

CRBio 14.707‐1/D<br />

En<strong>de</strong>reço: Rua Topázio n° 343<br />

Bosque da Saú<strong>de</strong>, Cuiabá/MT<br />

CEP‐78050‐080.<br />

Telefone: (65) 3642.3275 / 3642.3271<br />

E‐mail: pasconambiental@gmail.com<br />

Tereza Nei<strong>de</strong> Nunes Vasconcelos,<br />

Geóloga, MSc em Ecologia e Conservação da<br />

Biodiversida<strong>de</strong>, CREA: 2565/D<br />

En<strong>de</strong>reço: Rua Topázio n° 343<br />

Bosque da Saú<strong>de</strong>, Cuiabá/MT<br />

CEP‐78050‐080.<br />

Telefone: (65) 3642.3275 / 3642.3271<br />

E‐mail: pasconambiental@gmail.com<br />

Rui Lopes Loureiro, Engenheiro<br />

Florestal<br />

En<strong>de</strong>reço: Rua Topázio n° 343<br />

Bosque da Saú<strong>de</strong>, Cuiabá/MT<br />

CEP‐78050‐080.<br />

Telefone: (65) 3642.3275 / 3642.3271<br />

E‐mail: pasconambiental@gmail.com<br />

Ictiofauna<br />

Francisco <strong>de</strong> Arruda Machado Biólogo,<br />

Dr. Zoologia/Ictiofauna<br />

CRBio ‐ 000791/01‐D<br />

En<strong>de</strong>reço: Rua Topázio n° 343<br />

Bosque da Saú<strong>de</strong>, Cuiabá/MT<br />

CEP‐78050‐080.<br />

Telefone: (65) 3642.3275 / 3642.3271


<strong>RIMA</strong> <strong>–</strong> <strong>Projeto</strong> <strong>Primavera</strong> / Pará <strong>–</strong> Votorantim<br />

104<br />

_________________________________________________________________________________________________________________<br />

_________________________________________________________________________________________________________________<br />

E‐mail: pasconambiental@gmail.com<br />

Nelson Flausino Júnior ‐ Biólogo, MSc.<br />

Ecologia e Conservação da Biodiversida<strong>de</strong><br />

En<strong>de</strong>reço: Rua Topázio n° 343<br />

Bosque da Saú<strong>de</strong>, Cuiabá/MT<br />

CEP‐78050‐080.<br />

Telefone: (65) 3642.3275 / 3642.3271<br />

E‐mail: pasconambiental@gmail.com<br />

Caranguejos<br />

Claudia Callil, Dra.Biociências/Zoologia<br />

En<strong>de</strong>reço: Rua Topázio n° 343<br />

Bosque da Saú<strong>de</strong>, Cuiabá/MT<br />

CEP‐78050‐080.<br />

Telefone: (65) 3642.3275 / 3642.3271<br />

E‐mail: pasconambiental@gmail.com<br />

Maitê Tambelini dos Santos, MS.<br />

Ecologia e Conservação da Biodiversida<strong>de</strong><br />

En<strong>de</strong>reço: Rua Topázio n° 343<br />

Bosque da Saú<strong>de</strong>, Cuiabá/MT<br />

CEP‐78050‐080.<br />

Telefone: (65) 3642.3275 / 3642.3271<br />

E‐mail: pasconambiental@gmail.com<br />

Vera Uh<strong>de</strong>, Ms. Ecologia e<br />

Conservação da Biodiversida<strong>de</strong><br />

En<strong>de</strong>reço: Rua Topázio n° 343<br />

Bosque da Saú<strong>de</strong>, Cuiabá/MT<br />

CEP‐78050‐080.<br />

Telefone: (65) 3642.3275 / 3642.3271<br />

E‐mail: pasconambiental@gmail.com<br />

Hermann Ampuero, Ms Gestão<br />

<strong>Ambiental</strong><br />

En<strong>de</strong>reço: Rua Topázio n° 343<br />

Bosque da Saú<strong>de</strong>, Cuiabá/MT<br />

CEP‐78050‐080.<br />

Telefone: (65) 3642.3275 / 3642.3271<br />

E‐mail: pasconambiental@gmail.com<br />

Herpetofauna<br />

Ricardo Alexandre Kawashita Ribeiro,<br />

Biólogo,MSc.<br />

CRBio 35949/01‐D<br />

En<strong>de</strong>reço: Rua Topázio n° 343<br />

Bosque da Saú<strong>de</strong>, Cuiabá/MT<br />

CEP‐78050‐080.<br />

Telefone: (65) 3642.3275 / 3642.3271<br />

E‐mail: pasconambiental@gmail.com<br />

Robson Wal<strong>de</strong>mar Ávila, Biólogo, Dr.<br />

Zoologia/Herpetofauna<br />

CRBio ‐039849/01‐D<br />

En<strong>de</strong>reço: Rua Topázio n° 343<br />

Bosque da Saú<strong>de</strong>, Cuiabá/MT<br />

CEP‐78050‐080.<br />

Telefone: (65) 3642.3275 / 3642.3271<br />

E‐mail: pasconambiental@gmail.com<br />

Dráuzio Honório Morais, Médico<br />

Veterinário, MSc. Ecologia e Conservação da<br />

Biodiversida<strong>de</strong>, Doutorando em<br />

Zoologia/Herpetofauna<br />

En<strong>de</strong>reço: Rua Topázio n° 343<br />

Bosque da Saú<strong>de</strong>, Cuiabá/MT<br />

CEP‐78050‐080.<br />

Telefone: (65) 3642.3275 / 3642.3271<br />

E‐mail: pasconambiental@gmail.com<br />

Luana Aparecida Gomes <strong>de</strong> Arruda,<br />

Estagiária<br />

En<strong>de</strong>reço: Rua Topázio n° 343<br />

Bosque da Saú<strong>de</strong>, Cuiabá/MT<br />

CEP‐78050‐080.<br />

Telefone: (65) 3642.3275 / 3642.3271<br />

E‐mail: pasconambiental@gmail.com<br />

Avifauna<br />

João Batista <strong>de</strong> Pinho, Dr.<br />

Zoologia/Avifauna<br />

CRbio ‐1 18284/01‐D<br />

En<strong>de</strong>reço: Rua Topázio n° 343<br />

Bosque da Saú<strong>de</strong>, Cuiabá/MT


<strong>RIMA</strong> <strong>–</strong> <strong>Projeto</strong> <strong>Primavera</strong> / Pará <strong>–</strong> Votorantim<br />

105<br />

_________________________________________________________________________________________________________________<br />

_________________________________________________________________________________________________________________<br />

CEP‐78050‐080.<br />

Telefone: (65) 3642.3275 / 3642.3271<br />

E‐mail: pasconambiental@gmail.com<br />

Milene Gardim Gaiotti, Bióloga ‐ MSc.<br />

Ecologia e Conservação da<br />

Biodiversida<strong>de</strong>/Avifauna<br />

CRBio ‐ 61826/01‐D<br />

En<strong>de</strong>reço: Rua Topázio n° 343<br />

Bosque da Saú<strong>de</strong>, Cuiabá/MT<br />

CEP‐78050‐080.<br />

Telefone: (65) 3642.3275 / 3642.3271<br />

E‐mail: pasconambiental@gmail.com<br />

Paula Fernanda Albonete <strong>de</strong> Nóbrega,<br />

Bióloga, MSc. Ecologia e Conservação da<br />

Biodiversida<strong>de</strong>/Avifauna<br />

CRBio 064316/01‐D<br />

En<strong>de</strong>reço: Rua Topázio n° 343<br />

Bosque da Saú<strong>de</strong>, Cuiabá/MT<br />

CEP‐78050‐080.<br />

Telefone: (65) 3642.3275 / 3642.3271<br />

E‐mail: pasconambiental@gmail.com<br />

Francisco Mo<strong>de</strong>sto Silva Neto, Auxiliar<br />

técnico<br />

En<strong>de</strong>reço: Rua Topázio n° 343<br />

Bosque da Saú<strong>de</strong>, Cuiabá/MT<br />

CEP‐78050‐080.<br />

Telefone: (65) 3642.3275 / 3642.3271<br />

E‐mail: pasconambiental@gmail.com<br />

Dercilia<br />

Taxi<strong>de</strong>rmista<br />

Barbosa <strong>de</strong> Souza,<br />

En<strong>de</strong>reço: Rua Topázio n° 343<br />

Bosque da Saú<strong>de</strong>, Cuiabá/MT<br />

CEP‐78050‐080.<br />

Telefone: (65) 3642.3275 / 3642.3271<br />

E‐mail: pasconambiental@gmail.com<br />

Mastofauna<br />

Mônica Aragona, Bióloga,: Dra.<br />

Zoologia/Mastofauna<br />

CRBio <strong>–</strong> 26332/01‐D<br />

En<strong>de</strong>reço: Rua Topázio n° 343<br />

Bosque da Saú<strong>de</strong>, Cuiabá/MT<br />

CEP‐78050‐080.<br />

Telefone: (65) 3642.3275 / 3642.3271<br />

E‐mail: pasconambiental@gmail.com<br />

Tatiane Franciely Chupel, Bióloga,<br />

MSc. Ecologia<br />

CRBio 56945/01‐D<br />

En<strong>de</strong>reço: Rua Topázio n° 343<br />

Bosque da Saú<strong>de</strong>, Cuiabá/MT<br />

CEP‐78050‐080.<br />

Telefone: (65) 3642.3275 / 3642.3271<br />

E‐mail: pasconambiental@gmail.com<br />

Rogério Conceição Lima dos Santos,<br />

Biólogo<br />

CTF 2661009<br />

En<strong>de</strong>reço: Rua Topázio n° 343<br />

Bosque da Saú<strong>de</strong>, Cuiabá/MT<br />

CEP‐78050‐080.<br />

Telefone: (65) 3642.3275 / 3642.3271<br />

E‐mail: pasconambiental@gmail.com<br />

Hans Kuffner, Estagiário<br />

En<strong>de</strong>reço: Rua Topázio n° 343<br />

Bosque da Saú<strong>de</strong>, Cuiabá/MT<br />

CEP‐78050‐080.<br />

Telefone: (65) 3642.3275 / 3642.3271<br />

E‐mail: pasconambiental@gmail.com<br />

Elton Marcio <strong>de</strong> Pinho, Taxi<strong>de</strong>rmista<br />

En<strong>de</strong>reço: Rua Topázio n° 343<br />

Bosque da Saú<strong>de</strong>, Cuiabá/MT<br />

CEP‐78050‐080.<br />

Telefone: (65) 3642.3275 / 3642.3271<br />

E‐mail: pasconambiental@gmail.com<br />

Entomofauna<br />

Nelsina Gonçalves Costa Pinho,<br />

Bióloga MSc.


<strong>RIMA</strong> <strong>–</strong> <strong>Projeto</strong> <strong>Primavera</strong> / Pará <strong>–</strong> Votorantim<br />

106<br />

_________________________________________________________________________________________________________________<br />

_________________________________________________________________________________________________________________<br />

CRbio‐023486/01‐D<br />

En<strong>de</strong>reço: Rua Topázio n° 343<br />

Bosque da Saú<strong>de</strong>, Cuiabá/MT<br />

CEP‐78050‐080.<br />

Telefone: (65) 3642.3275 / 3642.3271<br />

E‐mail: pasconambiental@gmail.com<br />

Ana Silvia <strong>de</strong> Oliveira Tissiani,<br />

Estagiária<br />

En<strong>de</strong>reço: Rua Topázio n° 343<br />

Bosque da Saú<strong>de</strong>, Cuiabá/MT<br />

CEP‐78050‐080.<br />

Telefone: (65) 3642.3275 / 3642.3271<br />

E‐mail: pasconambiental@gmail.com<br />

Luis Gabriel <strong>de</strong> Oliveira Albuquerque,<br />

Biólogo<br />

En<strong>de</strong>reço: Rua Topázio n° 343<br />

Bosque da Saú<strong>de</strong>, Cuiabá/MT<br />

CEP‐78050‐080.<br />

Telefone: (65) 3642.3275 / 3642.3271<br />

E‐mail: pasconambiental@gmail.com<br />

Benedito Abraão <strong>de</strong> Freitas, Estagiário<br />

En<strong>de</strong>reço: Rua Topázio n° 343<br />

Bosque da Saú<strong>de</strong>, Cuiabá/MT<br />

CEP‐78050‐080.<br />

Telefone: (65) 3642.3275 / 3642.3271<br />

E‐mail: pasconambiental@gmail.com<br />

Comunida<strong>de</strong>s Aquáticas<br />

Daniela Maimoni <strong>de</strong> Figueiredo,<br />

Bióloga, Dra. Ecologia/Limnologia<br />

CRBio ‐ 18030/01‐D<br />

En<strong>de</strong>reço: Rua Topázio n° 343<br />

Bosque da Saú<strong>de</strong>, Cuiabá/MT<br />

CEP‐78050‐080.<br />

Telefone: (65) 3642.3275 / 3642.3271<br />

E‐mail: pasconambiental@gmail.com<br />

Responsável técnica <strong>de</strong> Macroinvertebrados<br />

bentônicos<br />

Rúbia Fantin da Cruz, Bióloga, MSc.<br />

em Ecologia/Limnologia<br />

CRBio ‐ 39915/01‐D<br />

En<strong>de</strong>reço: Rua Topázio n° 343<br />

Bosque da Saú<strong>de</strong>, Cuiabá/MT<br />

CEP‐78050‐080.<br />

Telefone: (65) 3642.3275 / 3642.3271<br />

E‐mail: pasconambiental@gmail.com<br />

Responsável técnica pela Comunida<strong>de</strong><br />

fitoplanctônica<br />

Janielly Carvalho Camargo,Bióloga,<br />

MSc em Ecologia/Limnologia, Doutoranda em<br />

Ecologia (UEM)<br />

CRBio: 68038/01‐D<br />

En<strong>de</strong>reço: Rua Topázio n° 343<br />

Bosque da Saú<strong>de</strong>, Cuiabá/MT<br />

CEP‐78050‐080.<br />

Telefone: (65) 3642.3275 / 3642.3271<br />

E‐mail: pasconambiental@gmail.com<br />

Responsável técnico pela Comunida<strong>de</strong><br />

zooplanctônica<br />

Ibraim Fantin da Cruz, Biólogo, MSc<br />

em Ecologia/Limnologia, Doutorando em<br />

(IPH/URGS)<br />

CRBio 51.799/01‐D<br />

En<strong>de</strong>reço: Rua Topázio n° 343<br />

Bosque da Saú<strong>de</strong>, Cuiabá/MT<br />

CEP‐78050‐080.<br />

Telefone: (65) 3642.3275 / 3642.3271<br />

E‐mail: pasconambiental@gmail.com<br />

Responsável técnica por Macrófitas aquáticas<br />

Luciana Ferraz, Bióloga, MSc em<br />

Ecologia e Conservação da Biodiversida<strong>de</strong><br />

Doutoranda em Ecologia e Recursos Naturais<br />

(UFSCar)<br />

CRBIO‐ 26535/01D<br />

En<strong>de</strong>reço: Rua Topázio n° 343<br />

Bosque da Saú<strong>de</strong>, Cuiabá/MT


<strong>RIMA</strong> <strong>–</strong> <strong>Projeto</strong> <strong>Primavera</strong> / Pará <strong>–</strong> Votorantim<br />

107<br />

_________________________________________________________________________________________________________________<br />

_________________________________________________________________________________________________________________<br />

CEP‐78050‐080.<br />

Telefone: (65) 3642.3275 / 3642.3271<br />

E‐mail: pasconambiental@gmail.com<br />

Meio Antrópico<br />

Coor<strong>de</strong>nação<br />

→ Rosa Cristina <strong>de</strong> Itapema Silveira,<br />

Geógrafa, MSc<br />

CREA 0601022423; ART: 0601022423D SP/2<br />

En<strong>de</strong>reço: R. Purpurina, 131, cj. 131‐132<br />

Vila Madalena, São Paulo / SP CEP: 05435‐030<br />

Telefone/Fax: (11) 3094‐6888; E‐mail:<br />

rosa@cema.com.br<br />

Aspectos Sociais<br />

Maria José Birraque, PhD, Filósofa,<br />

CTF IBAMA 4459807<br />

En<strong>de</strong>reço: R. Purpurina, 131, cj. 131‐132<br />

Vila Madalena, São Paulo / SP CEP: 05435‐030<br />

Telefone/Fax: (11) 3094‐6888<br />

Márcia Elaine Teodoro, Geógrafa, PhD,<br />

CREA 5060835372. ART: 5060835372D SP/1<br />

En<strong>de</strong>reço: R. Purpurina, 131, cj. 131‐132<br />

Vila Madalena, São Paulo / SP CEP: 05435‐030<br />

Telefone/Fax: (11) 3094‐6888 E‐mail:<br />

marciateodo@cema.com.br<br />

Aspectos Econômicos<br />

PhD,<br />

José Olavo Leite Ribeiro, Economista,<br />

CTF IBAMA 5036854.<br />

En<strong>de</strong>reço: R. Purpurina, 131, cj. 131‐132<br />

Vila Madalena, São Paulo / SP CEP: 05435‐030<br />

Telefone/Fax: (11) 3094‐6888<br />

Uso do Solo<br />

→ Rosa Cristina <strong>de</strong> Itapema Silveira,<br />

Geógrafa, MSc<br />

CREA 0601022423; ART: 0601022423D SP/2<br />

En<strong>de</strong>reço: R. Purpurina, 131, cj. 131‐132<br />

Vila Madalena, São Paulo / SP CEP: 05435‐030<br />

Telefone/Fax: (11) 3094‐6888; E‐mail:<br />

rosa@cema.com.br<br />

Antonio Afonso Cor<strong>de</strong>iro Jr., Estagiário<br />

em Geografia.<br />

En<strong>de</strong>reço: R. Purpurina, 131, cj. 131‐132<br />

Vila Madalena, São Paulo / SP CEP: 05435‐030<br />

Telefone/Fax: (11) 3094‐6888; E‐mail:<br />

antonio@cema.com.br<br />

Arqueologia<br />

Elisângela Regina <strong>de</strong> Oliveira,<br />

Arqueóloga, MSc,<br />

En<strong>de</strong>reço: Rua Barão do Triunfo 3314 apt. 703.<br />

Bairro: Marco. Belém / Pará<br />

CEP: 66093‐050<br />

Telefone (11) 8380‐6548 E‐mail:<br />

elisoliveira@yahoo.com.br<br />

PhD,<br />

Maura Imazio da Silveira, Arqueóloga,<br />

En<strong>de</strong>reço: Rua Barão do Triunfo 3314 apt. 703.<br />

Bairro: Marco. Belém / Pará<br />

CEP: 66093‐050<br />

Telefone (91) 9165‐2227 E‐mail:<br />

maura.imazio@gmail.com<br />

Suzana Hirooka, Arqueóloga<br />

End.: Rua Ivan Rodrigues Arrais, 320<br />

Bairro Coxipó Cuibá / MT<br />

Tel: (65) 9224‐6383 E‐mail:<br />

archaeo.suzana@terra.com.br<br />

<strong>RIMA</strong><br />

Márcia Elaine Teodoro, Geógrafa, PhD<br />

CREA 5060835372. ART: 5060835372D SP/1<br />

En<strong>de</strong>reço: R. Purpurina, 131, cj. 131‐132<br />

Vila Madalena, São Paulo / SP CEP: 05435‐030<br />

Telefone/Fax: (11) 3094‐6888 E‐mail:<br />

marciateodo@cema.com.br<br />

Davi Corrente Franzini, Engenheiro<br />

<strong>Ambiental</strong><br />

CREA 5062634083; ART: 5062634083D SP/1<br />

En<strong>de</strong>reço: R. Purpurina, 131, cj. 131‐132<br />

Vila Madalena, São Paulo / SP CEP: 05435‐030


<strong>RIMA</strong> <strong>–</strong> <strong>Projeto</strong> <strong>Primavera</strong> / Pará <strong>–</strong> Votorantim<br />

108<br />

_________________________________________________________________________________________________________________<br />

_________________________________________________________________________________________________________________<br />

Telefone/Fax: (11) 3094‐6888; E‐mail:<br />

davi@cema.com.br<br />

Antonio Afonso Cor<strong>de</strong>iro Jr., Estagiário<br />

em Geografia<br />

En<strong>de</strong>reço: R. Purpurina, 131, cj. 131‐132<br />

Vila Madalena, São Paulo / SP CEP: 05435‐030<br />

Telefone/Fax: (11) 3094‐6888 E‐mail:<br />

antonio@cema.com.br<br />

Cartografia<br />

Márcia Regina Bertholdi Piacentini,<br />

Geógrafa, MSc<br />

CREA 0682598256; ART: 0682598256 D SP/2<br />

En<strong>de</strong>reço: R. Purpurina, 131, cj. 131‐132<br />

Vila Madalena, São Paulo / SP CEP: 05435‐030<br />

Telefone/Fax: (11) 3094‐6888; E‐mail:<br />

marciarp@cema.com.br<br />

Antonio Afonso Cor<strong>de</strong>iro Jr., Estagiário<br />

em Geografia<br />

En<strong>de</strong>reço: R. Purpurina, 131, cj. 131‐132<br />

Vila Madalena, São Paulo / SP CEP: 05435‐030<br />

Telefone/Fax: (11) 3094‐6888 E‐mail:<br />

antonio@cema.com.br<br />

Philippe dos Santos Silva, Estagiário<br />

em Geografia<br />

En<strong>de</strong>reço: R. Purpurina, 131, cj. 131‐132<br />

Vila Madalena, São Paulo / SP CEP: 05435‐030<br />

Telefone/Fax: (11) 3094‐6888 E‐mail:<br />

philippe@cema.com.br


<strong>RIMA</strong> <strong>–</strong> <strong>Projeto</strong> <strong>Primavera</strong> / Pará <strong>–</strong> Votorantim<br />

109<br />

_________________________________________________________________________________________________________________<br />

_________________________________________________________________________________________________________________<br />

10<br />

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_________________________________________________________________________________________________________________<br />

11<br />

GLOSSÁRIO<br />

Este capítulo apresenta a <strong>de</strong>finição dos termos técnicos ambientais utilizados no EIA‐<strong>RIMA</strong>. Esses<br />

vernáculos foram obtidos na publicação do IBGE intitulada “Vocabulário Básico <strong>de</strong> Recursos e Meio<br />

Ambiente” <strong>de</strong> 2002.<br />

A (Pedologia): Horizonte superficial do solo, mineral, caracterizado por uma acumulação <strong>de</strong> matéria<br />

orgânica <strong>de</strong>composta, intimamente associada com a fração mineral.<br />

Aci<strong>de</strong>z da água: Quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> ácido, expressa em miliequivalentes <strong>de</strong> uma base forte por litro <strong>de</strong><br />

água, necessária para titular uma mostra a um <strong>de</strong>terminado valor do pH.<br />

Afloramento: Exposição natural em superfície, <strong>de</strong> rocha ou mineral, bem como, quaisquer outras<br />

exposições acessíveis à observação humana, tais como: corte <strong>de</strong> estradas, túneis, galerias<br />

subterrâneas, poços, etc.<br />

Afluente: Denominação aplicada a qualquer curso d’água, cujo volume ou <strong>de</strong>scarga contribui para<br />

aumentar outro, no qual <strong>de</strong>semboca. Tributário.<br />

Ação antrópica: Qualquer ativida<strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvida pelo homem sobre o meio ambiente,<br />

in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntemente <strong>de</strong> ser maléfica ou benéfica.<br />

Água salobra: Água que apresenta gosto sensível ao paladar <strong>de</strong>vido às concentrações <strong>de</strong> sólidos<br />

totais dissolvidos estimados entre 500mg/l e 1 000mg/l.<br />

Água subterrânea: Água presente no subsolo ocupando a zona saturada dos aqüíferos, e movendo‐<br />

se sob o efeito da força gravitacional. Difere da água do solo, pois nesta as forças que a comandam<br />

são as eletroquímicas, tais como capilarida<strong>de</strong> e adsorção.<br />

Água superficial: Água que ocorre em corpos cuja superfície livre encontra‐se em contato direto com<br />

a atmosfera, isto é, acima <strong>de</strong> superfície topográfica.<br />

Alta pressão: Região da atmosfera on<strong>de</strong> a pressão é relativamente alta no centro, em relação à<br />

região circunvizinha no mesmo nível. Os ventos sopram para fora e ao redor <strong>de</strong>ste centro. No<br />

hemisfério sul, os ventos giram contra o sentido horário e no hemisfério norte, no sentido horário.<br />

Anticiclone.<br />

Altitu<strong>de</strong>: Distância na vertical obtida a partir <strong>de</strong> um datum, geralmente o nível médio do mar, até um<br />

ponto ou objeto situado na superfície da Terra. Já a altura ou elevação são referidas a pontos ou<br />

objetos que estão situados acima da superfície terrestre.<br />

Aquícludo: Unida<strong>de</strong> geológica que po<strong>de</strong> conter água e até mesmo absorve‐la lentamente,<br />

apresentando, contudo uma permeabilida<strong>de</strong> tão reduzida que não permite que haja um fluxo<br />

significativo.<br />

Aquífero: Unida<strong>de</strong> geológica que contém e libera água em quantida<strong>de</strong>s suficientes <strong>de</strong> modo que<br />

po<strong>de</strong> ser utilizado como fonte <strong>de</strong> abastecimento.<br />

Aquífero confinado: Aqüífero situado entre duas camadas impermeáveis, e que apresenta a água<br />

contida, sob uma pressão maior do que a atmosférica.<br />

Aquífero livre: Aqüífero no qual a superfície da água encontra‐se submetida à pressão atmosférica.


<strong>RIMA</strong> <strong>–</strong> <strong>Projeto</strong> <strong>Primavera</strong> / Pará <strong>–</strong> Votorantim<br />

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Aqüitardo: Unida<strong>de</strong> geológica que apresenta baixa permeabilida<strong>de</strong>, e que portanto retarda mas não<br />

impe<strong>de</strong> que receba água <strong>de</strong> aqüíferos adjacentes ou veicule água para aqüíferos adjacentes.<br />

Aterro sanitário: Técnica <strong>de</strong> disposição <strong>de</strong> resíduos sólidos urbanos no solo, sem causar danos a<br />

saú<strong>de</strong> pública e à sua segurança, minimizando os impactos ambientais. Utiliza princípios <strong>de</strong><br />

engenharia para confinar os resíduos sólidos à menor área possível e reduzi‐los ao menor volume<br />

permissível, cobrindo‐os com uma camada <strong>de</strong> terra na conclusão <strong>de</strong> cada jornada.<br />

Atmosfera: Camada fina <strong>de</strong> gases, inodora, sem cor, insípida, e presa à Terra pela força da gravida<strong>de</strong>.<br />

Compreen<strong>de</strong> uma mistura mecânica estável <strong>de</strong> gases, sendo que os mais importantes são:<br />

nitrogênio, oxigênio (que perfazem cerca <strong>de</strong> 99% do volume), argônio, dióxido <strong>de</strong> carbono, ozônio e<br />

vapor d’água. Outros gases estão presentes, porém em quantida<strong>de</strong>s muito pequenas, tais como:<br />

neônio, criptônio, hélio, metano, hidrogênio etc. A atmosfera está estruturada em três camadas<br />

relativamente quentes, separadas por duas camadas relativamente frias, a saber: troposfera,<br />

estratosfera, mesosfera, termosfera e exosfera.<br />

Avifauna: Conjunto <strong>de</strong> espécies <strong>de</strong> aves que vivem em uma <strong>de</strong>terminada região.<br />

B (Pedologia): Horizonte da máxima iluviação do solo, formado sob um horizonte E, A ou O, bastante<br />

afetado por transformações pedogenéticas, em que pouco ou nada restou da estrutura original da<br />

rocha.<br />

Bacia hidrográfica: Região compreendida entre divisores <strong>de</strong> água, na qual toda a água aí precipitada<br />

escoa por um único exutório.<br />

Background: Termo utilizado em geoquímica e geofísica para relacionar um valor, teor ou<br />

porcentagem mineral, ou ainda uma proprieda<strong>de</strong> física (radiométrica, magnetométrica etc.) a um<br />

padrão regional para efeito <strong>de</strong> comparação. Os valores po<strong>de</strong>m ser apresentados sob a forma <strong>de</strong> ppm,<br />

ppb, cps etc.<br />

Balanço hídrico: Método <strong>de</strong> quantificação dos fluxos <strong>de</strong> água no ambiente fundamentado na<br />

constatação empírica do funcionamento do ciclo hidrológico. A precipitação atmosférica é a fonte<br />

original da água que penetra e escoa sobre a superfície terrestre. Parte <strong>de</strong>ssa água é utilizada pelas<br />

plantas, outra infiltra no solo para, em seguida, evaporar‐se, ser armazenada pelo sistema do solo<br />

(lençol freático) ou ser absorvida pelas plantas. A água que penetra no solo (infiltração) é<br />

armazenada em aqüíferos subterrâneos ou drenada pelos rios para lagos, mares e oceanos, <strong>de</strong> on<strong>de</strong><br />

evapora, reiniciando o ciclo. Sua forma <strong>de</strong> aplicação mais simples consiste em comparar a<br />

quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> água recebida pelo ambiente através das chuvas com a quantida<strong>de</strong> perdida pela<br />

evapotranspiração.<br />

Bodiversida<strong>de</strong>: Total <strong>de</strong> genes, espécies e ecossistemas <strong>de</strong> uma região. A biodiversida<strong>de</strong> genética<br />

refere‐se à variação dos genes <strong>de</strong>ntro das espécies, cobrindo diferentes populações da mesma<br />

espécie ou a variação genética <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> uma população. A diversida<strong>de</strong> <strong>de</strong> espécies refere‐se à<br />

varieda<strong>de</strong> <strong>de</strong> espécies existentes <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> uma região. A diversida<strong>de</strong> <strong>de</strong> ecossistemas refere‐se à<br />

varieda<strong>de</strong> <strong>de</strong> ecossistemas <strong>de</strong> uma dada região. A diversida<strong>de</strong> cultural humana também po<strong>de</strong> ser<br />

consi<strong>de</strong>rada parte da biodiversida<strong>de</strong>, pois alguns atributos das culturas humanas representam<br />

soluções aos problemas <strong>de</strong> sobrevivência em <strong>de</strong>terminados ambientes. A diversida<strong>de</strong> cultural<br />

manifesta‐se pela diversida<strong>de</strong> <strong>de</strong> linguagem, crenças religiosas, práticas <strong>de</strong> manejo da terra, arte,<br />

música, estrutura social e seleção <strong>de</strong> cultivos agrícolas, <strong>de</strong>ntre outros.<br />

Bioma: Conjunto <strong>de</strong> vida (vegetal e animal) <strong>de</strong>finida pelo agrupamento <strong>de</strong> tipos <strong>de</strong> vegetação<br />

contíguos e i<strong>de</strong>ntificáveis em escala regional, com condições geoclimáticas similares e história<br />

compartilhada <strong>de</strong> mudanças, resultando em uma diversida<strong>de</strong> biológica própria.


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C (Pedologia): Horizonte ou camada mineral constituída por material inconsolidado, <strong>de</strong><br />

profundida<strong>de</strong>, relativamente pouco afetado pelos processos pedogenéticos, similar ao material a<br />

partir do qual, o solum po<strong>de</strong> ou não ter se formado.<br />

Capoeira: Vegetação secundária que nasce após a <strong>de</strong>rrubada das florestas primárias. Termo<br />

brasileiro que <strong>de</strong>signa a vegetação que nasce após a <strong>de</strong>rrubada <strong>de</strong> uma floresta.<br />

Capoeirão: Estágio mais avançado da capoeira, no processo <strong>de</strong> sucessão vegetal.<br />

Ciclo hidrológico: Sistema pelo qual a natureza faz a água circular do oceano para a atmosfera e daí<br />

para os continentes, <strong>de</strong> on<strong>de</strong> retorna, superficial e subterraneamente, ao oceano.<br />

Clima: Conjunto <strong>de</strong> estados <strong>de</strong> tempo meteorológico que caracteriza uma <strong>de</strong>terminada região<br />

durante um gran<strong>de</strong> período <strong>de</strong> tempo, incluindo o comportamento habitual e as flutuações,<br />

resultante das complexas relações entre a atmosfera, geosfera, hidrosfera, criosfera e biosfera.<br />

Clinquer: Material sinterizado e peletizado, resultado da calcinação (1450 ºC) da mistura do calcário<br />

(75 a 80%), da argila (20 a 25%) e <strong>de</strong> componentes químicos como o silício, o alumínio e o ferro. No<br />

processo <strong>de</strong> fabricação do cimento Portland, o clinquer <strong>de</strong> cimento Portland sai do forno à cerca <strong>de</strong><br />

80ºC, indo diretamente à moagem on<strong>de</strong> é adicionado ao gesso e imediatamente ensacado em sacos<br />

<strong>de</strong> papel kraft, po<strong>de</strong>ndo chegar aos <strong>de</strong>pósitos <strong>de</strong> distribuição ainda quente.<br />

Conselho Nacional <strong>de</strong> Meio Ambiente (CONAMA): Órgão superior do Sistema Nacional do Meio<br />

Ambiente (SISNAMA) com função <strong>de</strong> assessorar o Presi<strong>de</strong>nte da República na formulação <strong>de</strong><br />

diretrizes da política nacional <strong>de</strong> meio ambiente (Lei no 6938/81).<br />

Controle ambiental: Conjunto <strong>de</strong> ações tomadas visando a manter em níveis satisfatórios as<br />

condições do ambiente. O termo po<strong>de</strong> também se referir à atuação do Po<strong>de</strong>r Público na orientação,<br />

correção, fiscalização e monitoração ambiental, <strong>de</strong> acordo com as diretrizes administrativas e as leis<br />

em vigor.<br />

Coor<strong>de</strong>nadas: Valores lineares ou angulares que indicam a posição ocupada por um ponto em uma<br />

estrutura ou sistema <strong>de</strong> referência.<br />

Coor<strong>de</strong>nadas astronômicas: Valores que <strong>de</strong>finem a posição <strong>de</strong> um ponto da superfície da Terra,<br />

obtidos através <strong>de</strong> observações astronômicas. São referidos à vertical do lugar <strong>de</strong> observação, e,<br />

portanto, in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes do elipsói<strong>de</strong> <strong>de</strong> referência.<br />

Coor<strong>de</strong>nadas geodésicas: Valores <strong>de</strong> latitu<strong>de</strong> e longitu<strong>de</strong> que <strong>de</strong>finem a posição <strong>de</strong> um ponto da<br />

superfície da Terra, em relação ao elipsói<strong>de</strong> <strong>de</strong> referência.<br />

Coor<strong>de</strong>nadas geográficas: Termo amplo utilizado geralmente para indicar tanto as coor<strong>de</strong>nadas<br />

geodésicas quanto as coor<strong>de</strong>nadas astronômicas.<br />

Cortina ver<strong>de</strong>: Denominação utilizada para o plantio <strong>de</strong> árvores com o objetivo <strong>de</strong> evitar ou<br />

minimizar a ação do vento, do sol, <strong>de</strong> ruídos etc.<br />

Curva <strong>de</strong> nível: Linha que se apresenta em um mapa ou carta, <strong>de</strong>stinada a retratar matematicamente<br />

uma forma <strong>de</strong> relevo, unindo todos os pontos <strong>de</strong> igual altitu<strong>de</strong>, situados acima ou abaixo <strong>de</strong> uma<br />

superfície <strong>de</strong> referência, em geral o nível médio do mar.<br />

d (Pedologia): Denominação utilizada para indicar nos horizontes O e H, uma acentuada<br />

<strong>de</strong>composição do material orgânico, do qual, pouco ou nada resta <strong>de</strong> reconhecível da estrutura dos<br />

resíduos das plantas, acumulados conforme <strong>de</strong>scrito nos horizontes O e H.


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Declive (Mineração): Ângulo formado entre o eixo <strong>de</strong> uma jazida e seu plano horizontal.<br />

Diâmetro à altura do peito (DAP): Diâmetro <strong>de</strong> uma árvore obtido a uma altura entre 1,30m e 1,50m<br />

tendo como base o nível médio do terreno.<br />

Dolina Depressão presente em regiões dominadas por rochas calcíferas, e que apresenta forma<br />

arredondada ou ovalada, com bordas íngremes e fundo chato. Po<strong>de</strong> conter uma lagoa com argilas <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>scalcificação ou outros materiais <strong>de</strong> preenchimento, provenientes da dissolução da rocha.<br />

Domínio morfoestrutural: Gran<strong>de</strong>s conjuntos estruturais, que geram arranjos regionais <strong>de</strong> relevo,<br />

guardando relação <strong>de</strong> causa entre si.<br />

Dossel: Estrato mais alto das árvores <strong>de</strong> uma floresta.<br />

E (Pedologia): Horizonte mineral com evidência <strong>de</strong> perda <strong>de</strong> argila silicatada, óxidos <strong>de</strong> ferro e <strong>de</strong><br />

alumínio ou matéria orgânica, com a resultante concentração <strong>de</strong> quartzo e <strong>de</strong> outros minerais<br />

resistentes, com o tamanho da areia ou silte. Zona <strong>de</strong> máxima eluviação do perfil e <strong>de</strong> coloração, em<br />

geral, mais clara que o horizonte B subjacente.<br />

Ecossistema: Sistema integrado e autofuncionante que consiste em interações dos elementos<br />

bióticos e abióticos, e cujas dimensões po<strong>de</strong>m variar consi<strong>de</strong>ravelmente.<br />

Efluente: Qualquer tipo <strong>de</strong> água ou líqüido, que flui <strong>de</strong> um sistema <strong>de</strong> coleta, ou <strong>de</strong> transporte, como<br />

tubulações, canais, reservatórios, e elevatórias, ou <strong>de</strong> um sistema <strong>de</strong> tratamento ou disposição final,<br />

com estações <strong>de</strong> tratamento e corpos <strong>de</strong> água receptores.<br />

Endêmica: Característica das espécies que tem sua ocorrência limitada a um único local ou região.<br />

Escala (Cartografia): Relação existente entre as dimensões dos elementos que estão presentes em<br />

um mapa e as correspon<strong>de</strong>ntes dimensões no terreno.<br />

Esgoto: Refugo líqüido que <strong>de</strong>ve ser conduzido a um <strong>de</strong>stino final.<br />

Esgoto doméstico: Efluente líqüido referente ao uso doméstico da água. Po<strong>de</strong> ser resultante das<br />

águas cloacais e das águas resultantes <strong>de</strong> outros usos, tais como banho, preparo <strong>de</strong> alimentos e<br />

lavagens.<br />

Esgoto sanitário: Efluente líqüido formado pela reunião <strong>de</strong> <strong>de</strong>spejos <strong>de</strong> diversas origens, entre elas<br />

esgoto doméstico, esgoto <strong>de</strong> estabelecimentos comerciais e institucionais, <strong>de</strong>spejos industriais,<br />

efluentes agrícolas, etc.<br />

Esgoto séptico: Esgoto sanitário que se encontra em plena fase <strong>de</strong> putrefação, com ausência<br />

completa <strong>de</strong> oxigênio livre.<br />

Esgoto tratado: Esgoto submetido a um tratamento parcial ou completo, com a finalida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

promover a remoção das substâncias in<strong>de</strong>sejáveis e a mineralização da matéria orgânica.<br />

Espécie (Biologia): Unida<strong>de</strong> básica <strong>de</strong> classificação dos seres vivos. Designa populações <strong>de</strong> seres com<br />

características genéticas comuns, que em condições naturais reproduzem‐se gerando <strong>de</strong>scen<strong>de</strong>ntes<br />

férteis e viáveis. Embora possa haver gran<strong>de</strong> variação morfológica entre os indivíduos <strong>de</strong> uma<br />

mesma espécie, em geral, as características externas <strong>de</strong> uma espécie são razoavelmente constantes,<br />

permitindo que as espécies possam ser reconhecidas e diferenciadas uma das outras por sua<br />

morfologia.<br />

Espécie ameaçada: Espécie animal ou vegetal que se encontra em perigo <strong>de</strong> extinção, sendo sua<br />

sobrevivência incerta, caso os fatores que causam essa ameaça continuem atuando.<br />

Espécie nativa: Espécie vegetal ou animal que, suposta ou comprovadamente, é originária da área<br />

geográfica em que atualmente ocorre.


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Espécie pioneira: Espécie vegetal que inicia a ocupação <strong>de</strong> áreas <strong>de</strong>sprovidas <strong>de</strong> plantas, em razão da<br />

atuação do homem ou <strong>de</strong> agentes naturais.<br />

Espécie rara: Espécie vegetal ou animal que não está ameaçada e nem é vulnerável, porém corre um<br />

certo risco, pelo fato <strong>de</strong> apresentar distribuição geográfica restrita, ou habitat pequeno, ou ainda<br />

baixa <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong> na natureza.<br />

Espécie vulnerável: Espécie vegetal ou animal que po<strong>de</strong>rá ser consi<strong>de</strong>rada em perigo <strong>de</strong> extinção,<br />

caso os fatores causais da ameaça continuem a operar. Incluem‐se aqui as populações que sofrem<br />

gran<strong>de</strong> pressão <strong>de</strong> explotação.<br />

Estação climatológica: Estação controlada por observador em tempo parcial, efetuando apenas uma<br />

ou duas observações instrumentais diárias da temperatura, umida<strong>de</strong>, precipitação e vento. Ver<br />

também estação meteorológica.<br />

Estação chuvosa: Termo utilizado nas baixas latitu<strong>de</strong>s para <strong>de</strong>signar a estação das gran<strong>de</strong>s chuvas,<br />

que é precedida e seguida <strong>de</strong> estação seca.<br />

Estação <strong>de</strong> tratamento: Conjunto <strong>de</strong> instalações e equipamentos <strong>de</strong>stinados a realizar o tratamento<br />

da água bruta ou o tratamento do esgoto sanitário.<br />

Estação <strong>de</strong> tratamento convencional <strong>de</strong> esgoto: Denominação utilizada para uma estação em que o<br />

efluente sanitário passa por equipamentos e instalações como gra<strong>de</strong>, caixa <strong>de</strong> areia, <strong>de</strong>cantador<br />

primário, lodos ativados e/ou filtros biológicos, <strong>de</strong>cantador secundário e secagem da lama<br />

proveniente dos <strong>de</strong>cantadores.<br />

Estação meteorológica: Conjunto <strong>de</strong> instalações, edificações, terrenos, instrumentos e<br />

equipamentos gerais necessários às observações meteorológicas. Existem quatro tipos <strong>de</strong> estações,<br />

que po<strong>de</strong>m ser reconhecidas em função do número <strong>de</strong> elementos medidos, da freqüência das<br />

medições e da condição do observador meteorológico: estações sinópticas, agrícolas, climatológicas<br />

e pluviométricas.<br />

Estação (posto) pluviométrica: Estação ou posto controlado por observador em tempo parcial, que<br />

efetua leitura diária apenas da precipitação. Atualmente existem postos pluviométricos<br />

automatizados que dispensam a presença do observador, enviando as leituras através <strong>de</strong> telemetria.<br />

Ver também estação meteorológica.<br />

Estação seca: Período do ano que é caracterizado pela sensível diminuição ou ausência <strong>de</strong> chuva.<br />

Estratigrafia: Ciência que estuda a sucessão original e a ida<strong>de</strong> das rochas estratificadas, assim como<br />

as suas formas, distribuição, composição litológica, conteúdo paleontológico, proprieda<strong>de</strong>s geofísicas<br />

e geoquímicas, ou seja, <strong>de</strong> todos os caracteres, proprieda<strong>de</strong>s e atributos das mesmas como estratos,<br />

buscando inferir os seus ambientes <strong>de</strong> origem e sua história geológica.<br />

Evaporação: Processo pelo qual as moléculas <strong>de</strong> água na superfície líqüida ou na umida<strong>de</strong> do solo,<br />

adquirem suficiente energia, através da radiação solar e passam do estado líqüido para o <strong>de</strong> vapor.<br />

f (Climatologia): Símbolo que, na classificação <strong>de</strong> Köppen, significa um clima sempre úmido e com<br />

chuva o ano todo.<br />

Freqüência <strong>de</strong> natural: Freqüência própria <strong>de</strong> um corpo aon<strong>de</strong> não ocorre o amortecimento da<br />

energia vibratória.<br />

Fitoplâncton: Denominação utilizada para indicar organismos fotossintetizantes, <strong>de</strong> vida livre, em<br />

geral microscópicos que flutuam no corpo <strong>de</strong> águas marinhas, ou doces. O fitoplâncton é o gran<strong>de</strong><br />

responsável pela produção primária em ambiente marinho. Ver também zooplâncton.


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Floresta: Conjunto <strong>de</strong> sinúsias dominado por fanerófitos <strong>de</strong> alto porte, e apresentando quatro<br />

estratos bem <strong>de</strong>finidos: herbáceo, arbustivo, arvoreta e arbóreo. Deve ser também levada em<br />

consi<strong>de</strong>ração a altura, para diferencia‐la das outra formações lenhosas campestres.<br />

Floresta primária: Floresta que nuca sofreu <strong>de</strong>rrubada ou corte, sendo uma remanescente das<br />

florestas originais <strong>de</strong> uma região. Floresta não alterada pela ação do homem.<br />

Floresta secundária: Floresta em processo <strong>de</strong> regeneração natural após ter sofrido <strong>de</strong>rrubada ou<br />

alteração pela ação do homem ou <strong>de</strong> fatores naturais, tais como ciclones, incêndios, erupções<br />

vulcânicas.<br />

Fonte: Surgência natural <strong>de</strong> água, em superfície, a partir <strong>de</strong> uma camada aqüífera. Nascente ou olho<br />

d’água.<br />

Formação (Geologia): Unida<strong>de</strong> fundamental da classificação litoestratigráfica.Trata‐se <strong>de</strong> um corpo<br />

rochoso caracterizado pela relativa homogeneida<strong>de</strong> litológica, forma comumente tabular,<br />

geralmente com continuida<strong>de</strong> lateral e mapeável na superfície terrestre ou em subsuperfície.<br />

Fossa negra: Escavação sem revestimento interno, na qual os <strong>de</strong>jetos caem no terreno, sendo que<br />

parte se infiltra e parte sofre <strong>de</strong>composição no fundo. Não existe nenhum <strong>de</strong>flúvio, mostrando‐se,<br />

portanto como um dispositivo perigoso, e que somente <strong>de</strong>ve ser utilizado em última instância.<br />

Fossa séptica: Tanque <strong>de</strong> sedimentação e digestão, no qual é <strong>de</strong>positado o lodo constituído pelas<br />

matérias insolúveis das águas residuárias que passam pelos mesmos, sofrendo <strong>de</strong>composição pela<br />

ação <strong>de</strong> bactérias anaeróbicas.<br />

Geologia: Ciência que estuda o globo terrestre <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o momento em que as rochas se formaram até<br />

o presente. Divi<strong>de</strong>‐se em Geologia Geral e Geologia Histórica, sendo que a primeira <strong>de</strong>dica‐se ao<br />

estudo da composição, da estrutura e dos fenômenos genéticos formadores da crosta terrestre, bem<br />

como do conjunto geral <strong>de</strong> fenômenos que atuam não apenas na superfície, mas também no interior<br />

do planeta. A Geologia Histórica por sua vez estuda e procura datar cronologicamente a evolução<br />

geral, as modificações estruturais, geográficas e biológicas ocorridas ao longo da história da Terra. Do<br />

ponto <strong>de</strong> vista prático a geologia está voltada tanto a indicar os locais favoráveis a encerrarem<br />

<strong>de</strong>pósitos minerais úteis ao homem, como também do ponto <strong>de</strong> vista social, a fornecer informações<br />

que permitam prevenir catástrofes, sejam aquelas inerentes às causas naturais, sejam aquelas<br />

atribuídas à ação do homem sobre o meio ambiente. É também empregada direta ou indiretamente<br />

nas obras <strong>de</strong> engenharia, na construção <strong>de</strong> túneis, barragens, estabilização <strong>de</strong> encostas etc.<br />

Geomorfologia: Ciência que estuda o relevo da superfície terrestre, sua classificação, <strong>de</strong>scrição,<br />

natureza, origem e evolução, incluindo a análise dos processos formadores da paisagem. Po<strong>de</strong> ainda<br />

ser inserido o estudo das feições submarinas.<br />

Grupo (Estratigrafia): Unida<strong>de</strong> litoestratigráfica formal, <strong>de</strong> categoria superior à formação, e<br />

constituído necessariamente pela associação <strong>de</strong> duas ou mais formações, relacionadas por<br />

características ou feições litoestratigráficas comuns ou por referenciais litoestratigráficos que o<br />

<strong>de</strong>limitem.<br />

Halófila: Planta que apresenta preferência por ambientes salinos.<br />

Harmônicos: Múltiplos <strong>de</strong> uma dada freqüência.<br />

Hectare: Unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> área equivalente a um quadrado com 100m <strong>de</strong> lado e perfazendo portanto 10<br />

000 m 2 , e correspon<strong>de</strong>ndo a 2,47 acres.


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Herpetofauna: Conjunto das espécies <strong>de</strong> répteis e anfíbios que vivem em uma <strong>de</strong>terminada região.<br />

Iluviação Processo <strong>de</strong> <strong>de</strong>posição <strong>de</strong> material <strong>de</strong> solo removido <strong>de</strong> um horizonte superior para um<br />

horizonte inferior, no perfil do solo.<br />

<strong>Impacto</strong> ambiental Qualquer alteração das proprieda<strong>de</strong>s físicas, químicas e biológicas do meio<br />

ambiente, causada por qualquer forma <strong>de</strong> matéria ou energia resultante das ativida<strong>de</strong>s humanas<br />

que, direta ou indiretamente, afetam a saú<strong>de</strong>, a segurança e o bem‐estar da população, as ativida<strong>de</strong>s<br />

sociais e econômicas, a biota, as condições estéticas e sanitárias do meio ambiente e a qualida<strong>de</strong> dos<br />

recursos ambientais. Resolução CONAMA nº 306, <strong>de</strong> 5 <strong>de</strong> julho <strong>de</strong> 2002.<br />

Jazida: Qualquer massa individualizada, <strong>de</strong> substância mineral ou fóssil, <strong>de</strong> valor econômico, que<br />

aflora ou existe no interior da terra.<br />

Jusante: Direção que acompanha o mesmo sentido <strong>de</strong> uma corrente.<br />

Lago: Corpo <strong>de</strong> água parada, em geral doce, embora possam existir aqueles com água salgada, como<br />

acontece nas regiões <strong>de</strong> baixa pluviosida<strong>de</strong>.<br />

Latitu<strong>de</strong>: Distância linear ou angular medida ao norte ou ao sul do equador, em uma esfera ou<br />

esferói<strong>de</strong>.<br />

Latossolo: Denominação utilizada para solos constituídos por material mineral, com horizonte B<br />

latossólico imediatamente abaixo <strong>de</strong> qualquer um dos tipos <strong>de</strong> horizonte diagnóstico superficial,<br />

exceto horizonte H hístico. Apresentam um avançado estágio <strong>de</strong> intemperização, são muito<br />

evoluídos, e virtualmente <strong>de</strong>stituídos <strong>de</strong> minerais primários ou secundários, menos resistentes ao<br />

intemperismo.<br />

Legislação ambiental: Conjunto <strong>de</strong> regulamentos jurídicos <strong>de</strong>stinados especificamente às ativida<strong>de</strong>s<br />

que afetam a qualida<strong>de</strong> do meio ambiente.<br />

Leito fluvial: Parte mais baixa do vale <strong>de</strong> um rio, mo<strong>de</strong>lado pelo escoamento da água, ao longo da<br />

qual se <strong>de</strong>slocam, em períodos normais, água e sedimentos.<br />

Leito maior: Calha ocupada pelo rio, por ocasião das cheias.<br />

Leito menor: Calha ocupada pelo rio, quando da época <strong>de</strong> seca.<br />

Lixão: Ver vazadouro a céu aberto<br />

Lixo: Restos das ativida<strong>de</strong>s humanas, consi<strong>de</strong>rados pelos geradores como inúteis, in<strong>de</strong>sejáveis ou<br />

<strong>de</strong>scartáveis. Normalmente, apresentam‐se sob estado sólido, semisólido ou semilíquido (com o<br />

conteúdo líquido insuficiente para que este possa fluir livremente).<br />

Mamíferos: Tetrápo<strong>de</strong>s homeotérmicos (sangue quente) que se apresentam cobertos <strong>de</strong> pêlos,<br />

dotados <strong>de</strong> glândulas mamárias, e possuindo dois côndilos ocipitais. Os <strong>de</strong>ntes são diferenciados em<br />

caninos, incisivos e molares.<br />

Manancial: Qualquer corpo d’água superficial ou subterrâneo, que serve como fonte <strong>de</strong><br />

abastecimento.


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Manejo: Interferência planejada e criteriosa do homem no sistema natural, para produzir um<br />

benefício ou alcançar um objetivo, favorecendo o funcionalismo essencial <strong>de</strong>sse sistema natural. É<br />

baseado em método científico, apoiado em pesquisa e em conhecimentos sólidos, com base nas<br />

seguintes etapas: observação, hipótese, teste da hipótese e execução do plano experimental.<br />

Manejo florestal: Ramo da ciência florestal que trata da prévia aplicação <strong>de</strong> sistemas silviculturais<br />

que propiciem condições <strong>de</strong> uma exploração anual ou periódica dos povoamentos, sem afetar‐lhes o<br />

caráter <strong>de</strong> patrimônio florestal permanente.<br />

Manguezal: Ecossistema litorâneo que ocorre em terrenos baixos sujeitos à ação das marés e<br />

localizados em áreas relativamente abrigadas, tais como baías, estuários e lagunas (ambientes<br />

estuarinos <strong>de</strong> baixa energia). São normalmente constituídos <strong>de</strong> vasas lodosas recentes, às quais se<br />

associam um tipo particular <strong>de</strong> flora e fauna.<br />

Mastofauna: Conjunto das espécies <strong>de</strong> mamíferos que vivem em uma <strong>de</strong>terminada região.<br />

Mata ciliar: Vegetação predominantemente arbórea que acompanha a margem dos rios.<br />

Meandro: Curva por vezes bastante apertada, produzida pela oscilação <strong>de</strong> um lado para o outro, <strong>de</strong><br />

uma corrente <strong>de</strong> água, normalmente em <strong>de</strong>corrência <strong>de</strong> um aumento na velocida<strong>de</strong> <strong>de</strong> fluxo ou da<br />

sua capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> carga <strong>de</strong> sedimento. A corrente provoca erosão na margem côncava e <strong>de</strong>posição<br />

na margem convexa.<br />

Medidas do nível <strong>de</strong> pressão sonora: Nível <strong>de</strong> ruído em um local obtido com um medidor <strong>de</strong> pressão<br />

sonora.<br />

Metais pesados: Metais como o cobre, o zinco, o cádmio, o níquel, o mercúrio, o selênio, a platina, o<br />

arsênio, o cromo e o chumbo, que são comumente utilizados na indústria, e que po<strong>de</strong>m, se<br />

presentes em elevadas concentrações no ambiente, retardar ou até mesmo inibir processos<br />

biológicos aeróbicos ou anaeróbicos, e ser tóxico aos seres vivos.<br />

Mina: Jazida mineral em lavra, ainda que suspensa.<br />

Mineral: Elemento ou composto químico <strong>de</strong> ocorrência natural formado como produto <strong>de</strong> processos<br />

inorgânicos.<br />

Minério: Agregado natural <strong>de</strong> mineral‐minério e ganga que, no atual estágio da tecnologia, po<strong>de</strong> ser<br />

normalmente utilizado para a extração econômica <strong>de</strong> um ou mais metais.<br />

Moagem: Processo <strong>de</strong> cominuição no qual o material é fragmentado entre duas superfícies móveis<br />

que não possuem entre si qualquer <strong>de</strong>pendência.<br />

Moagem a seco: Moagem sem adição <strong>de</strong> água, sendo que a expressão a seco, geralmente se refere<br />

ao mineral que contém umida<strong>de</strong> insuficiente para agregar as suas partículas e que não sofreu adição<br />

<strong>de</strong> água.<br />

Montante: É o referencial <strong>de</strong> um ponto que está mais próximo da nascente <strong>de</strong> um rio, dizendo‐se<br />

então, que o ponto está à montante.<br />

Nascente: Ver Fonte.<br />

Nebulosida<strong>de</strong>: Proporção do céu coberto por qualquer tipo <strong>de</strong> nuvens, sendo expressa em décimos<br />

<strong>de</strong> céu coberto. Cobertura <strong>de</strong> nuvens.<br />

Nível <strong>de</strong> pressão sonora equivalente médio, LAeq: Nível <strong>de</strong> ruído em um local obtido em um dado<br />

tempo <strong>de</strong> medição por meio da média logarítmica das medidas instantâneas.


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Nível <strong>de</strong> pressão sonora ambiente, Lra: Nível <strong>de</strong> ruído em um local obtido em um dado tempo <strong>de</strong><br />

medição por meio da média logarítmica das medidas instantâneas, on<strong>de</strong> não está presente uma<br />

fonte sonora, apenas o ruído do próprio local.<br />

Nível <strong>de</strong> pressão sonora estatístico, L10: Nível <strong>de</strong> ruído em um local on<strong>de</strong> apenas 10% das medidas<br />

instantâneas obtidas no período <strong>de</strong> integração superam este valor.<br />

Nível Critério <strong>de</strong> Avaliação (NCA): Critério <strong>de</strong> avaliação do nível <strong>de</strong> ruído máximo um dado local.<br />

Nuvem: Agregado constituído por gotículas <strong>de</strong> água, extremamente pequenas, <strong>de</strong> cristais <strong>de</strong> gelo, ou<br />

<strong>de</strong> uma mistura <strong>de</strong> ambas, que apresenta sua base bem acima da superfície terrestre. A nuvem é<br />

formada principalmente <strong>de</strong>vido ao movimento vertical do ar úmido, como na convecção, ou<br />

ascensão forçada sobre áreas elevadas, ou ainda no movimento vertical em larga escala associado a<br />

frentes e <strong>de</strong>pressões. Com base no aspecto, estrutura, forma ou aparência e também altura <strong>de</strong><br />

ocorrência, as nuvens são classificadas em <strong>de</strong>z tipos básicos.<br />

Ombrófila: Vocábulo <strong>de</strong> origem grega que significa “amigo das chuvas”.<br />

Peak particle velocity, PPV: Velocida<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>slocamento máximo.<br />

Pedologia: Ciência que trata da origem, morfologia, distribuição, mapeamento e classificação dos<br />

solos.<br />

Perfil do solo: Seção vertical do solo através <strong>de</strong> todos os horizontes pedogeneticamente inter‐<br />

relacionados e também as camadas mais profundas, ou mesmo próximas à superfície, que tenham<br />

sido pouco influenciadas pelos processos pedogenéticos.<br />

Pesquisa mineral: Conjunto <strong>de</strong> trabalhos coor<strong>de</strong>nados, necessários para a <strong>de</strong>scoberta <strong>de</strong> uma jazida,<br />

sua avaliação e <strong>de</strong>terminação da sua viabilida<strong>de</strong> econômica. Compreen<strong>de</strong> os trabalhos <strong>de</strong><br />

prospecção.<br />

Ph: Parâmetro químico que indica a concentração <strong>de</strong> íons <strong>de</strong> hidrogênio em uma solução aquosa;<br />

variando <strong>de</strong> 0 a 14, sendo 7 o neutro. Valores abaixo <strong>de</strong> 7, indicam uma solução ácida (corrosiva) e<br />

acima, básica (incrustante).<br />

Pico <strong>de</strong> cheia (Hidrologia): Cota mais elevada alcançada pela água durante uma cheia. Ponta <strong>de</strong><br />

cheia.<br />

Pioneira: Planta especializada em colonizar áreas <strong>de</strong>snudadas, com vegetação <strong>de</strong> primeira ocupação<br />

<strong>de</strong> caráter edáfico ou, on<strong>de</strong> a vegetação primitiva foi <strong>de</strong> alguma forma alterada, iniciando o processo<br />

<strong>de</strong> recobrimento do terreno com recomposição da paisagem. Geralmente é heliófila, <strong>de</strong> rápido<br />

crescimento e gran<strong>de</strong> capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> proliferação. Invasora.<br />

Poço piezométrico: Poço tubular <strong>de</strong> diâmetro pequeno, 2 polegadas a 4 polegadas, que é perfurado<br />

a curta distância <strong>de</strong> um poço <strong>de</strong> produção <strong>de</strong> água, para que nele sejam observadas as variações<br />

ocorridas com os níveis estático e dinâmico durante o bombeamento, e que irão <strong>de</strong>terminar os<br />

parâmetros hidrodinâmicos do aqüífero.<br />

Poço ponteira: Poço tubular, pouco profundo e apresentando diâmetro pequeno, por volta <strong>de</strong> duas<br />

polegadas, formado por um tubo com terminação em ponta e com seção perfurada em vários locais,<br />

que é introduzido no subsolo através <strong>de</strong> um sistema <strong>de</strong> bate‐estacas. É utilizado para a exploração <strong>de</strong><br />

aqüíferos <strong>de</strong> natureza sedimentar, pouco profundos.


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Poluição: Degradação da qualida<strong>de</strong> ambiental resultante das ativida<strong>de</strong>s que direta ou indiretamente<br />

prejudiquem a saú<strong>de</strong>, a segurança e o bem‐estar da população, criem condições adversas às<br />

ativida<strong>de</strong>s sociais e econômicas, afetem <strong>de</strong>sfavoravelmente a biota, afetem as condições estéticas ou<br />

sanitárias do meio ambiente, e lancem materiais ou energia em <strong>de</strong>sacordo com os padrões<br />

ambientais estabelecidos.<br />

Precipitação: Termo utilizado para indicar qualquer <strong>de</strong>posição em forma líqüida ou sólida, <strong>de</strong>rivada<br />

da atmosfera.<br />

Resposta estrutural <strong>de</strong> corpo rígido: Deslocamento único <strong>de</strong> todo um corpo <strong>de</strong>vido à vibração<br />

induzida.<br />

Reserva extrativista: Área <strong>de</strong> domínio público, na qual os recursos vegetais po<strong>de</strong>m ser explorados<br />

racionalmente pela comunida<strong>de</strong> local, sem que o ecossistema seja alterado. As reservas extrativistas<br />

são áreas <strong>de</strong>stinadas à exploração sustentável e conservação <strong>de</strong> recursos naturais renováveis por<br />

uma população com tradição extrativista, como os seringueiros, os coletores <strong>de</strong> castanha <strong>–</strong> do‐ Pará<br />

ou os pescadores artesanais.<br />

Resíduos sólidos: Resíduos nos estados sólido e semi‐sólido, que resultam <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s da<br />

comunida<strong>de</strong>, <strong>de</strong> origem industrial, doméstica, hospitalar, comercial, agrícola, <strong>de</strong> serviços e <strong>de</strong><br />

varrição <strong>de</strong> ruas. Inclui ainda <strong>de</strong>terminados líquidos cujas particularida<strong>de</strong>s tornam inviável o seu<br />

lançamento na re<strong>de</strong> pública <strong>de</strong> esgotos ou em corpos <strong>de</strong> água, ou que exijam para isso soluções<br />

técnica e economicamente inviáveis em face à melhor tecnologia disponível.<br />

Rio intermitente: Curso d’água que circula em certas épocas do ano, sendo alimentado por água <strong>de</strong><br />

nascentes, por águas superficiais ou até mesmo pela fusão da neve. Comum em regiões semi <strong>–</strong><br />

áridas.<br />

Rio perene: Rio cujo escoamento não é interrompido, nem no espaço e nem no tempo. Rio com água<br />

permanente.<br />

Rocha: Agregado natural <strong>de</strong> substância minerais, resultantes <strong>de</strong> um processo geológico <strong>de</strong>terminado<br />

e que constitui parte essencial da litosfera.<br />

Rocha sedimentar: Rocha formada por partículas minerais transportadas e <strong>de</strong>positadas pela água,<br />

vento ou gelo, que resultaram da precipitação química ou foram formadas pela ação biogênica, como<br />

nas acumulações orgânicas. É fundamentalmente constituída por três componentes que po<strong>de</strong>m<br />

aparecer misturados em todas as proporções: os terrígenos, os aloquímicos e os ortoquímicos.<br />

Sambaqui: Denominação utilizada para o acúmulo <strong>de</strong> moluscos marinhos, fluviais ou terrestres, feito<br />

pelos índios. Nesse jazigo <strong>de</strong> conchas são encontrados, correntemente, ossos humanos, objetos<br />

líticos e peças <strong>de</strong> cerâmica. Os sambaquis são monumentos arqueológicos, sendo que os chamados<br />

sambaquis <strong>de</strong> origem natural, melhor <strong>de</strong>nominados concheiros, são <strong>de</strong>pósitos produzidos pelos<br />

agentes geológicos.<br />

Silte: Partícula <strong>de</strong> sedimentos clásticos não consolidados, com diâmetro variando, na escala <strong>de</strong><br />

Wentworth, entre 0,0039 mm e 0,062 mm.<br />

Solo: Parcela dinâmica e tridimensional da superfície terrestre, que suporta e mantém as plantas.<br />

Seu limite superior é a superfície terrestre, e o inferior é <strong>de</strong>finido pelos limites da ação dos agentes<br />

biológicos e climáticos, enquanto seus extremos laterais limitam‐se com outros solos, on<strong>de</strong> se<br />

verifica a mudança <strong>de</strong> uma ou mais das características diferenciais.


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Tratamento <strong>de</strong> água: Conjunto <strong>de</strong> ações <strong>de</strong>stinado a alterar as características físicas e/ou químicas<br />

e/ou biológicas da água, <strong>de</strong> modo a satisfazer o padrão <strong>de</strong> potabilida<strong>de</strong> adotado pela autorida<strong>de</strong><br />

competente.<br />

Umida<strong>de</strong>: Termo utilizado para <strong>de</strong>screver a quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vapor d’água contido na atmosfera. Não<br />

abrange outras formas nas quais a água po<strong>de</strong> estar presente na atmosfera, como na forma líqüida e<br />

na forma sólida (gelo).<br />

Unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Conservação: São espaços territoriais, incluindo seus recursos ambientais, com<br />

características naturais relevantes, que tem a função <strong>de</strong> assegurar a representativida<strong>de</strong> <strong>de</strong> amostras<br />

significativas e ecologicamente viáveis das diferentes populações, habitats e ecossistemas do<br />

território nacional e das águas jurisdicionais, preservando o patrimônio biológico existente. Essas<br />

áreas estão sujeitas a normas e regras especiais. São legalmente criadas pelos governos fe<strong>de</strong>ral,<br />

estaduais e municipais, após a realização <strong>de</strong> estudos técnicos dos espaços propostos e, quando<br />

necessário, consulta à população.<br />

Vazadouro a céu aberto: Disposição final do lixo pelo seu lançamento em bruto sobre o terreno, sem<br />

qualquer cuidado ou técnica especial. Lixão.<br />

Vazão (Hidrogeologia); Volume <strong>de</strong> água, medido em litros por segundo ou metros cúbicos por hora,<br />

que é retirado <strong>de</strong> um poço, por meio <strong>de</strong> uma bomba ou compressor. A vazão po<strong>de</strong> ser natural, como<br />

no caso <strong>de</strong> uma fonte ou nascente, ou em poços tubulares com condições <strong>de</strong> artesianismo.<br />

Zoneamento ecológico‐econômico (ZEE): Instrumento <strong>de</strong> racionalização da ocupação dos espaços e<br />

<strong>de</strong> redirecionamento das ativida<strong>de</strong>s econômicas. O ZEE serve como subsídio a estratégias e ações<br />

para a elaboração e execução <strong>de</strong> planos regionais <strong>de</strong> busca do <strong>de</strong>senvolvimento sustentável.

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