DE 4771 : Plano 48 : 1 : P.gina 1 - Diário Económico
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<strong>48</strong> <strong>Diário</strong> <strong>Económico</strong> Quinta-feira 3 Dezembro 2009<br />
ÚLTIMA HORA<br />
FMI diz que retoma não<br />
chega para reduzir défice<br />
Fundo pede cortes nos salários dos funcionários públicos.<br />
Nãohávoltaadar:ouoGoverno<br />
leva a cabo medidas fortes de consolidação<br />
ou não consegue levar o<br />
défice aos 3% do PIB em 2013. Quem<br />
o diz é o FMI, na análise que fez sobre<br />
a economia portuguesa ao abrigo<br />
do artigo IV. A instituição liderada<br />
por Dominique Strauss-Kahn<br />
contraria a argumentação do ministro<br />
das Finanças e garante que “não<br />
é suficiente contar apenas com a recuperação<br />
e o impacto de reformas<br />
anteriores” para cumprir a meta de<br />
Bruxelas (ver pág. 31).<br />
Contando apenas com a retoma<br />
da economia e sem actuar do lado da<br />
despesaoudareceita-ouambas-,<br />
o Governo vai ver o défice “aumentarem2010,antesdedescerpara<br />
cerca de 5% a 6% do PIB até 2013”.<br />
O rácio da dívida pública situar-seá<br />
“próximo dos 100% do PIB”.<br />
O Fundo reforça os pedidos de reformas<br />
estruturais na economia portuguesa<br />
e lança um recado muito concreto:<br />
“A consolidação orçamental<br />
deve concentrar-se na redução da<br />
despesa primária, especialmente da<br />
<strong>DE</strong>STAQUE<br />
BCE decide sobre juros na<br />
zona euro<br />
Os membros do Banco Central<br />
Europeu (BCE) têm hoje a sua<br />
reunião mensal para decidir sobre o<br />
preço do dinheiro nos países que<br />
usam o euro. Os 54 analistas<br />
sondados pela Bloomberg esperam<br />
que a instituição liderada por Jean-<br />
Claude Trichet mantenha os juros em<br />
1%, o valor mais baixo de sempre.<br />
Veja no ‘site’ a decisão do BCE.<br />
Acompanhe ao minuto em<br />
www.economico.pt<br />
massa salarial do sector público (com<br />
base nas recentes reformas da Administração<br />
Pública) e das transferências<br />
sociais”. Mais à frente, o FMI concretiza<br />
alguns exemplos: reduzir o défice,<br />
tornar as empresas mais eficientes e o<br />
trabalho mais flexível e produtivo. As<br />
famílias, por seu lado, devem poupar<br />
mais. Numa altura em que Portugal<br />
tem um governo minoritário, o FMI<br />
pede “um apoio generalizado e uma liderança<br />
determinada ao longo de<br />
muitos anos”, porque “os benefícios<br />
demorarão igualmente muito tempo a<br />
concretizar-se”. ■L.R.P.<br />
FMI aconselha Governo<br />
a cortar nos salários<br />
da função pública e nas<br />
prestações sociais, como<br />
meio mais eficaz<br />
para reduzir o défice<br />
orçamental.<br />
Ministério da educação mantém<br />
quotas na carreira dos professores<br />
“Há um corte significativo com o passado<br />
no que respeita à aproximação às<br />
posições dos professores”, disse ontem<br />
Mário Nogueira, à margem da segunda<br />
reunião com o ministério da Educação<br />
para discutir a estrutura da carreira docente.<br />
Da reunião dos sindicatos com o<br />
secretário de Estado, Alexandre Ventura,<br />
saiu a confirmação do final da divisão<br />
da carreira docente, mas também<br />
um primeiro esboço daquilo que será o<br />
novo modelo de avaliação. Segundo<br />
explicou o dirigente da Fenprof, a ava-<br />
liação dos professores ficará a cargo de<br />
uma comissão pedagógica com quatro<br />
elementos fixos. Contudo, nem tudo<br />
foram boas notícias para os sindicatos.<br />
Por ultrapassar ficou a questão das vagas<br />
de acesso aos escalões da carreira e<br />
quotas para a atribuição das notas máximas,<br />
defendeu “inequivocamente”<br />
Alexandre Ventura. Ambos estes pontos<br />
põem de parte qualquer acordo do<br />
lado dos sindicatos. Mário Nogueira<br />
afirmou que desta forma, “está posto<br />
em causa qualquer acordo”. ■ P.Q.<br />
www.economico.pt<br />
Acompanhe hoje no ‘site’ a evolução das bolsas e das taxas Euribor.<br />
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● Veja quanto vai baixar a sua<br />
prestação em Dezembro<br />
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semear” a próxima crise<br />
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identidade e residência” (Armando<br />
Vara)<br />
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Leia versão completa em<br />
www.economico.pt<br />
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de Publicações, S.A. Edifício Logista Expansão da Área Industrial do Passil Lote 1 – A Palhavã 2894 002 Alcochete<br />
CONFERÊNCIA<br />
Maria José Catarino, vogal conselho<br />
directivo do Turismo de Portugal.<br />
Fernando Augusto Morais,<br />
presidente da ANPME’s<br />
Miguel Cruz, vogal do conselho<br />
directivo do IAPMEI.<br />
Conferência<br />
“Novos Sistemas<br />
de Incentivos<br />
às Empresas”<br />
No próximo dia 9 de Dezembro o<br />
<strong>Diário</strong> <strong>Económico</strong> e o Montepio<br />
vão realizar a Conferência<br />
“NovosSistemasdeIncentivosás<br />
Empresas” que terá lugar no<br />
Sheraton Porto Hotel & SPA, no<br />
Porto. Para falar sobre o tema,<br />
encontram-se, confirmadas as<br />
presenças de: Miguel Cruz, Vogal<br />
Conselho Directivo, IAPMEI; Maria<br />
José Catarino, Vogal Conselho<br />
Directivo, Turismo de Portugal;<br />
José Fernando Figueiredo,<br />
Presidente, SPGM – Sociedade de<br />
Investimento e SGM – Sociedades<br />
de Garantia Mútua; Fernando<br />
Augusto Morais, Presidente,<br />
ANPME’s; Case Study: Pedro<br />
Azevedo, Administrador,<br />
J&JTeixeira.<br />
VOTAÇÕES<br />
Novo inquéiro<br />
Conhece o conteúdo do Tratado<br />
de Lisboa?<br />
Resultados da última votação<br />
José Penedos fez bem em manterse<br />
no cargo até ter sido suspenso<br />
pelo tribunal?<br />
SIM<br />
17%<br />
TOTAL <strong>DE</strong> VOTOS: 629<br />
NÃO<br />
83%<br />
Vote em<br />
www.economico.pt<br />
OPINIÃO<br />
O meu banco é maior<br />
que o teu!<br />
É mais seguro ter 10 mil euros depositados num banco<br />
grande ou num banco pequeno? A resposta antes da crise<br />
era: “É indiferente”! Depois da crise e, nos dias que<br />
correm,: “Não é bem a mesma coisa”.<br />
Depois da falência da Lehman Brothers e do quase<br />
colapso da AIG, Wall Street e o mundo chegaram à conclusão<br />
de que havia instituições financeiras demasiado<br />
grandes para falir. O perigo de contágio – o chamado<br />
risco sistémico – está a levar os governos e as autoridades<br />
a apertar a malha da supervisão sobre as grandes<br />
instituições financeiras. Ainda ontem, a União Europeia<br />
aprovou um novo modelo de regulação financeira que<br />
prevê a criação de uma nova entidade para vigiar o risco<br />
sistémico. Também esta semana, os reguladores mundiais<br />
criaram uma lista de 24 bancos e seis seguradoras<br />
que, pela sua dimensão, vão ser monitorizados de perto<br />
para minimizar o risco de fecharem as portas.<br />
Os clientes desses bancos e seguradoras, com certeza,<br />
que se orgulham de ter o seu dinheiro num banco ‘too big<br />
to fail’. Sentem-se seguros, sabem que as entidades de<br />
supervisão estão mais atentas à gestão do risco e que, em<br />
último caso, os governos estarão sempre prontos para<br />
um ‘bail out’ ou para uma nacionalização. Tudo para evitar<br />
a propagação de um vírus chamado risco sistémico.<br />
E os bancos pequenos? Aqueles que não constituem<br />
um risco sistémico e, como tal, não estão incluídos no<br />
grupo dos prioritários para receber a injecção de dinheiro<br />
público em caso de dificuldades? A ideia que fica na<br />
opinião pública - pela discriminação que está a ser criada<br />
entre bancos pequenos e bancos grandes – é que os<br />
pequenos podem falir.<br />
O resultado é que os bancos grandes estão a ficar<br />
maiores e muitos pequenos estão a falir. Na Europa, por<br />
exemplo, 15 bancos têm actualmente nos balanços activos<br />
que valem mais do que a própria economia, quando<br />
há três anos havia apenas dez. Nos EUA, os dez bancos<br />
que foram intervencionados conseguiram lucrar 11<br />
mil milhões de dólares no terceiro trimestre e, nesse<br />
mesmo período, o número de falência dos pequenos<br />
bancos quintuplicou.<br />
Em Portugal, as autoridades, por incompetência ou<br />
por desleixo, também estão a passar uma ideia semelhante<br />
e perigosa aos clientes da banca. Os maiores<br />
bancos conseguiram recorrer à garantia de 20 mil milhões<br />
disponibilizada pelo Governo e o BPN, em nome<br />
do tal risco sistémico, foi nacionalizado. E os clientes<br />
do BPP? Estão há um ano com os depósitos congelados<br />
e, se tudo correr mal como tem corrido, arriscam-se<br />
a ficar mais doze meses sem ver a cor do dinheiro.<br />
Seria importante que, de uma vez por todas, se<br />
apressasse o processo de recuperação do dinheiro dos<br />
clientes do BPP para que não ficasse a impressão na opinião<br />
pública de que é mais arriscado depositar 10 mil<br />
euros num banco sem risco sistémico. ■<br />
PUB<br />
Pedro Sousa Carvalho<br />
Subdirector<br />
pedro.carvalho@economico.pt<br />
Tyler Cowen<br />
O ECONOMISTA<br />
QUE HÁ EM SI<br />
A IMPORTÂNCIA DA ECONOMIA<br />
NO NOSSO DIA-A-DIA<br />
Disponível em www.ECONOMICO.pt