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PORTÁTEIS
Asus prepara lançamento
de portátil a três dimensões
A Asus está a preparar o lançamento de dois portáteis 3D, utilizando
a tecnologia 3D Vision da Nvidia. A empresa vai apostar num modelo
de topo, o G51J, e um de gama mais baixa, o UL50VS. Os portáteis
devem chegar ao mercado em Janeiro, embora ainda se desconheça
a disponibilidade para Portugal. Bem Berraondo, porta-voz da Nvidia,
afirma que a oferta da Asuséamelhor do mercado, já que utiliza todas
as capacidades tecnológicas que estão actualmente disponíveis.
MIL COMPUTADORES ENTRE JULHO E SETEMBRO
SOFTWARE
Dell experimenta sistema
operativo do Google em portáteis
A Dell anunciou que instalou, com sucesso, uma versão do Chrone,
o sistema operativo do Google, nos seus ‘netbooks’ Mini 10V. Após o teste,
os engenheiros da Dell deram nota positiva ao Chrone, nomeadamente
aos 12 segundos que o sistema operativo necessita para arrancar.
De recordar que a Acer já anunciou que quer lançar no segundo semestre
de 2010 um ‘netbook’ equipado com o sistema do Google, de forma
a ser o primeiro fabricante a disponibilizar a solução.
Charles Platiau /Reuters
No terceiro trimestre
de 2009 os portugueses
compraram 394,5
mil computadores,
o que significa um
crescimento de 3,6%
face aos mesmos meses
do ano passado. Neste
período, a HP
destacou-se, ao vender
115 mil equipamentos.
No segundo lugar surge
a Toshiba, que lidera
agamadeportáteis,
com mais de 74 mil
unidades vendidas.
Acer,JPSáCouto
e Asus ocupam as
restantes posições
no ‘top 5’. De acordo
com os dados da IDC,
o maior crescimento
verificou-se
nos computadores
de mesa, cujas vendas
aumentaram 8,9%,
para cerca de 77 mil
unidades. Já as vendas
de portáteis cresceram
2,4%, para um total
superior a 317 mil
computadores. Gabriel
Coimbra, director
do departamento de
investigação da IDC
Portugal, diz que o
“enfraquecimento das
vendas de portáteis”
se deve “ao natural
abrandamento das
entregas dos programas
e.Escola e
e.Escolinha”. O
responsável destaca
ainda o dinamismo do
mercadode‘desktop’,
“influenciado pela
entrega das últimas
unidades no âmbito
do Plano Tecnológico
da Educação”.
ANTÓNIO VIDIGAL
Presidente Executivo da EDP Inovação
“A legend in his own lifetime” –
uma lenda ainda em vida – expressãoamericanaqueapoucos
se aplica. Porque, afinal, poucos
como Michael Graetzel se podem
orgulhar de ter, em vida,
uma tecnologia baptizada com
o próprio nome.
O que deu notoriedade a
Graetzel foi ter inventado uma
célula fotovoltaica inspirada na
função de fotossíntese das plantas.
Na natureza, as moléculas
de clorofila absorvem a luz, predominantemente
nas bandas
vermelhaeazuldoespectro.A
energia absorvida começa por
arrancar um electrão da clorofila,
após o que o electrão é transportado
para fora da clorofila
graças à intervenção de moléculas
de outro tipo. É este o mecanismo
que a célula de Graetzel
procura replicar.
As células de Graetzel, também
conhecidas como células
DSC (“Dye-sensitized cells” -
Células sensibilizadas com corante),
são células fotovoltaicas
de 3ª geração, consideradas
muito promissoras, porque
abrem a possibilidade de se
conseguir fazer baixar substancialmente
o custo de fabrico
dos módulos fotovoltaicos.
Porque, ao contrário das células
das gerações anteriores, não
usam materiais caros, como o
silício, nem precisam de equipamento
complexo para o seu
fabrico, havendo a expectativa
de se conseguir módulos com
um custo de apenas 0,5 euros/Wp
ou 60 euros/m2.
São módulos da família do
‘thin-film’ (película fina), onde
a corrida não é ao aumento de
eficiência, mas sim à diminuição
dos custos e à flexibilidade
de utilização. No caso das células
DSC o objectivo é obteremse
eficiências na gama dos 8% a
11%, o que compara com valores
da ordem dos 18% no caso
do silício cristalino. Mas, as célulasdeGraetzel,têmumgrande
número de vantagens face às
tradicionais células de silício.
Além de serem mais baratas e
Quinta-feira 3 Dezembro 2009 Diário Económico 41
OGooglevaientrarnomercadodos
‘netbooks’ dominado pela Microsoft.
As células de Graetzel
e o projecto SolarSel
fáceis de produzir, têm uma
grande flexibilidade de utilização,
porque funcionam melhor
do que as outras tecnologias em
condições de luz difusa, não
precisando que a luz incida directamente
sobre elas. Além
disso, são semi-transparentes
podendo ser utilizadas em
substituição dos vidros das janelas
e podem, também, ser
produzidas com corantes de várias
cores e assim ser utilizadas
no revestimento de edifícios
como elemento decorativo.
Mas ainda existem problemas
a resolver! Um dos principais, é
melhorar a selagem das células,
assegurando a sua estabilidade a
longo prazo em condições de
temperatura elevada. São estes
os problemas que o projecto SolarSel
se propõe resolver. O projecto,
que é apoiado pelo QREN,
equecontacomacolaboração
do próprio Michael Graetzel, é
liderado pela Efacec e integra
também, a Feup, a CIN, a CUF-
QIeaEDPInovaçãoese,como
se espera, tiver êxito, trará para
Portugal uma forte vantagem
comparativa.
Se o projecto
tiver êxito trará
para Portugal
uma forte vantagem
competitiva.
Com efeito, os países Lusófonos
têm condições naturais especialmente
adequados à utilização
de energia fotovoltaica,
pelo que o desenvolvimento de
um ‘cluster’ industrial nesta
área é especialmente indicado.
Apostar em tecnologias disruptivas,
de nova geração, parece
ser uma melhor escolha do que
tentar encontrar vantagem,
numa melhoria incremental,
sobre uma tecnologia já madura.
E as células de Graetzel podem
ser uma das formas de o
conseguir! ■