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DE 4771 : Plano 48 : 1 : P.gina 1 - Diário Económico

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26 <strong>Diário</strong> <strong>Económico</strong> Quinta-feira 3 Dezembro 2009<br />

BARCLAYS<br />

PARCERIA BARCLAYS / DIÁRIO ECONÓMICO<br />

Têxteis e calçado<br />

são oportunidades<br />

no mercado alemão<br />

As exportações portuguesas para a Alemanha têm um grau de concentração<br />

elevado, com 56% do valor a centrar-se nos veículos e máquinas e aparelhos.<br />

Carlos Caldeira<br />

carlos.caldeira@economico.pt<br />

A Alemanha tem um peso económico<br />

e industrial de relevo a nível<br />

mundial.Éosegundomaiormercado<br />

importador e, desde 2003,<br />

ocupa o primeiro lugar como exportador.<br />

Por isso, os analistas da<br />

Aicep Portugal consideram como<br />

produtos de oportunidade para as<br />

empresas portuguesas, naquele<br />

mercado, o vestuário – com desenvolvimentos<br />

de nichos de mercado<br />

para produtos com qualidade<br />

e ‘design’ ou o estabelecimento<br />

de parcerias com os clientes.<br />

Também os têxteis são uma área a<br />

explorar, através do desenvolvimento<br />

de novas aplicações para<br />

produtos têxteis, apostando em<br />

produtos diferenciados (como os<br />

têxteis técnicos), e da cooperação<br />

com ‘designers’ que alargam a<br />

sua marca a outros produtos para<br />

a casa, e o calçado, apostando no<br />

reconhecimento da qualidade do<br />

calçado português.<br />

Para a Aicep são ainda boas<br />

oportunidades de mercado os<br />

produtos da fileira casa, os vinhos<br />

(tem havido uma crescente procura<br />

de vinhos tintos), as rochas<br />

ornamentais, e os bens de equipamento,<br />

uma vez que as indústrias<br />

portuguesas de metalomecânica e<br />

electromecânica assumem um<br />

papel importante na economia<br />

nacional como incubadoras de<br />

novas tecnologias. A Aicep realça<br />

o facto de a indústria de moldes<br />

ser um bom exemplo de ‘knowhow’<br />

técnico e da flexibilidade da<br />

oferta portuguesa. Portugal ocupa<br />

a quinta posição como fornecedor<br />

alemão de moldes.<br />

AAlemanhatemumpapelda<br />

maior relevância na balança comercial<br />

portuguesa, surgindo,<br />

em 2008, em segundo lugar, logo<br />

a seguir à vizinha Espanha, quer<br />

como cliente, quer como fornecedor<br />

de Portugal. No contexto<br />

do comércio externo alemão,<br />

Portugal posicionava-se, em<br />

2008, como 24º cliente com<br />

0,82% do total das exportações<br />

alemãs, e como 31º fornecedor<br />

com 0,51% das importações, assumindo,<br />

portanto, posições in-<br />

marta.carvalho@economico.pt<br />

Em 2008, as<br />

exportações foram<br />

dominadas pelos<br />

produtos de médiaalta<br />

tecnologia, com<br />

51,0% do total<br />

expedido, seguidos<br />

dos produtos de baixa<br />

tecnologia (24,1%).<br />

comparavelmente menos relevantes<br />

do que as da Alemanha na<br />

balança comercial portuguesa.<br />

As expedições portuguesas<br />

para a Alemanha acusam um<br />

grau de concentração elevado,<br />

uma vez que mais de 56% do valor<br />

expedido, em 2008, diz respeito<br />

apenas a dois grupos de<br />

produtos – veículos e outro material<br />

de transporte, com 30,9%<br />

do valor total, e máquinas e aparelhos<br />

com 25,3%. Dos restantes<br />

grupos de produtos, destacam-se<br />

ainda o calçado (5,6% do total<br />

expedido), os plásticos e borracha<br />

(5,3%), os produtos químicos<br />

(5,3%), o vestuário (4,7%) e os<br />

metais comuns (4,6%).<br />

Bens de capital a crescer<br />

O estudo da Aicep “Relações Económicas<br />

Portugal – Alemanha”,<br />

realça que a exportação dos bens<br />

de capital subiu de 52,8% em<br />

2004, para 57,3% em 2008, garantindo,<br />

assim, o aumento da<br />

representatividade dos produtos<br />

de maior valor acrescentado no<br />

total expedido, em detrimento<br />

principalmente dos bens de consumo<br />

e dos produtos intermédios.<br />

O peso dos produtos intermédios<br />

nas expedições ascende a 26,7% e<br />

o dos bens de consumo a 13,2%.<br />

Em termos de grau de intensidade<br />

tecnológica, a estrutura das<br />

expedições foi, em 2008, dominada<br />

pelos produtos de médiaalta<br />

tecnologia, com 51,0% do total<br />

expedido, seguidos dos produtos<br />

de baixa tecnologia (24,1%),<br />

alta tecnologia (13,1%) e de média-baixa<br />

tecnologia (11,9%).<br />

Quanto ao investimento, como<br />

receptor de investimento directo<br />

português, a posição alemã testemunha<br />

um interesse oscilante dos<br />

operadores económicos portugueses<br />

por aquele mercado, ocupando<br />

a 15ª posição no ‘ranking’<br />

de receptores, em 2008, tendo<br />

caído duas posições em relação a<br />

2004. Segundo os dados disponibilizados<br />

pelo Banco de Portugal,<br />

no período de 2004-2008, o<br />

investimento bruto português na<br />

Alemanha ascendeu a cerca de<br />

503,9 milhões de euros mas, tomando<br />

em consideração o desinvestimento<br />

efectuado (no montante<br />

de cerca de 271,4 milhões de<br />

euros), regista-se um investimento<br />

líquido de apenas 232,5<br />

milhões de euros. ■

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