DE 4771 : Plano 48 : 1 : P.gina 1 - Diário Económico
DE 4771 : Plano 48 : 1 : P.gina 1 - Diário Económico
DE 4771 : Plano 48 : 1 : P.gina 1 - Diário Económico
Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
PUB<br />
Tom Grill/Corbis/VMI<br />
PUB<br />
www.economico.pt<br />
mobile.economico.pt<br />
QUINTA-FEIRA, 3<strong>DE</strong><strong>DE</strong>ZEMBRO2009|Nº<strong>4771</strong><br />
PREÇO (IVA INCLUÍDO): CONTINENTE 1,60 EUROS<br />
Distinção Catarina Portas é uma<br />
das personalidades mundiais<br />
do ano para a revista Monocle. ➥ P25<br />
Saiba como<br />
proteger-se<br />
dos cortes nas<br />
pensões nos<br />
próximos anos<br />
O <strong>Diário</strong> <strong>Económico</strong> faz as contas aos factores<br />
de sustentabilidade para os próximos 40 anos<br />
e diz-lhe quanto vai ter de trabalhar a mais.<br />
Ou quanto terá de descontar para um PPR se<br />
quiser evitar perdas na sua reforma. ➥ P42E43<br />
DIRECTOR ANTÓNIO COSTA DIRECTOR EXECUTIVO BRUNO PROENÇA DIRECTORA-ADJUNTA CATARINA CARVALHO<br />
SUBDIRECTORES FRANCISCO FERREIRA DA SILVA E PEDRO SOUSA CARVALHO<br />
BPP Banco de Portugal dá luz<br />
verde a congelamento das contas<br />
até Dezembro de 2010. ➥ P28<br />
Os partidos da oposição querem alargar o período de<br />
concessão do subsídio de desemprego com o objectivo<br />
de ajudar as famílias a enfrentar a crise. Cada um<br />
dos quatro partidos entregou um projecto de lei com<br />
esse objectivo na Assembleia da Repúblicaeamedida<br />
Energia Governo estuda novo<br />
concurso de eólicas no valor<br />
de 4 mil milhões de euros. ➥ P20<br />
Oposição quer impor<br />
aumentodoprazodo<br />
subsídio de desemprego<br />
PSD, CDS, PCP e Bloco de Esquerda estão de acordo quanto ao alargamento<br />
de prazo do subsídio de desemprego, pelo menos durante o ano de 2010.<br />
Governo pressiona<br />
Tribunal de Contas<br />
no chumbo das<br />
auto-estradas<br />
O ministro das Obras Públicas foi à<br />
Assembleia da República reiterar que as<br />
auto-estradas chumbadas pelo Tribunal<br />
de Contas vão continuar a ser<br />
construídas. ➥ P4A10<br />
CONFERÊNCIA DO DIÁRIO ECONÓMICO<br />
Gestores públicos e<br />
privados querem fusão de<br />
portos,comoLisboaeSetúbal,<br />
para que haja maior capacidade.<br />
Presidente de consórcio<br />
Asterion diz que construção<br />
do novo aeroporto de Lisboa<br />
já está atrasada.<br />
Vara abre a porta<br />
a regressar ao BCP ➥ P16<br />
será discutida no início do próximo ano. O PSD ainda<br />
diz que quer um entendimento com o Governo, mas<br />
se isso não for possível vai procurar consensos com a<br />
oposição. E todas as propostas vão no mesmo sentido,<br />
o do alargamento. ➥ P14<br />
PUB<br />
▼ PSI 20<br />
▲ IBEX 35<br />
▲ FTSE 100<br />
▼ Dow Jones<br />
▼ Euro<br />
▼ Brent<br />
PUB<br />
-0,26%<br />
0,06%<br />
0,29%<br />
-0,19%<br />
-0,38%<br />
-1,64%<br />
8.359,12<br />
11.868,80<br />
5.327,39<br />
10.451,55<br />
1,5046<br />
78,01
2 <strong>Diário</strong> <strong>Económico</strong> Quinta-feira 3 Dezembro 2009<br />
A NÃO PER<strong>DE</strong>R<br />
03.11.09<br />
Gestores públicos<br />
e privados apoiam<br />
concentração dos portos<br />
Portugal é demasiado pequeno para ter<br />
um sistema portuário espartilhado em sete<br />
administrações portuárias. Esta foi uma<br />
das conclusões principais do debate<br />
“Importância dos Portos na Economia<br />
nacional”. ➥ <strong>DE</strong>STAQUE - P8<br />
Ministro da Economia<br />
insiste na tese<br />
de espionagem política<br />
O ministro da Economia Vieira da Silva<br />
quis ontem esclarecer que quando se<br />
referia a “espionagem política”, estava a<br />
classificar “a violação da lei e do segredo<br />
de Justiça” no âmbito do processo Face<br />
Oculta. ➥ POLÍTICA - P17<br />
Governo estuda novo<br />
concurso para energia<br />
eólica<br />
O Governo está a equacionar o<br />
lançamento de um novo concurso eólico<br />
que, no cenário mais optimista, poderá<br />
atingir 3 mil megawatts, representando um<br />
investimento potencial na ordem dos 4,2<br />
mil milhões de euros. ➥ EMPRESAS - P20<br />
Governo não encontra<br />
privados interessados<br />
em assumir Aerosoles<br />
A situação na Investvar, empresa que<br />
utiliza a marca Aerosoles, está complicada.<br />
A empresa continua sem dinheiro para<br />
pagar salários, sem presidente e sem plano<br />
de reestruturação aprovado.<br />
➥ EMPRESAS - P24<br />
Ministros da União<br />
Europeia diluem poderes<br />
da regulação europeia<br />
Numa decisão chave para a credibilidade<br />
da resposta europeia à crise financeira, a<br />
‘city’ de Londres obteve ontem uma<br />
importante vitória em Bruxelas. As<br />
posições de força do Reino Unido<br />
prevaleceram. ➥ FINANÇAS - P30<br />
SOCIEDA<strong>DE</strong> ABERTA<br />
António Gomes Mota<br />
Professor na ISCTE Business School<br />
Copo de vinho<br />
Sou, como também certamente muitos dos leitores,<br />
apreciador de um bom vinho. Gosto de ir regularmente a<br />
garrafeiras, mantendo viva uma pequena colecção em<br />
casa e por isso tenho um razoável conhecimento dos<br />
preços de muitos dos nossos vinhos.<br />
Consigo, por isso, identificar com alguma facilidade<br />
os multiplicadores, que com frequência atingem os 3 e<br />
mesmo 4, utilizados pela maioria dos restaurantes na<br />
fixação de preços das suas cartas de vinhos. O que coloca<br />
um dilema recorrente quando se vai a um restaurante<br />
em que, desfrutando-se do melhor que a cozinha<br />
tem para oferecer, se coloca travão a fundo na escolha<br />
do vinho que acompanhará a refeição, ficando-se<br />
muitas vezes restringidos meia dúzia de opções numa<br />
carta bem maior, para não colocar a conta final num<br />
número estratosférico.<br />
Racionalmente, o restaurante apenas deveria incorporar<br />
no preço final o serviço, nem sempre de qualidade, e o<br />
custo do ‘stock’, factores que na grande maioria dos casos<br />
conduziria a um preço de carta bem mais sensato.<br />
Em matéria de vinho, a restauração não cria verdadeiramente<br />
nada, apenas se limitando e quando o faz bem,<br />
a conservá-lo adequadamente, a aconselhá-lo com<br />
propósito e a servi-lo de modo conveniente. Mas infelizmente,<br />
mesmo que queiramos procurar e desfrutar<br />
da melhor comida na qual e justamente se paga a criatividade,<br />
mestria e dimensão singular de cada chefe,<br />
temos dificuldade em manter o mesmo nível no vinho<br />
que escolhemos para acompanhar a refeição.<br />
Tem-se registado nas últimas duas<br />
décadas uma extraordinária evolução<br />
na qualidade do vinho em Portugal.<br />
Mais recentemente, um cada vez maior número de<br />
restaurantes passaram a servir vinhos a copo, solução<br />
adequada quando se quer acompanhar a refeição com<br />
mais de um vinho, ajustando-o melhor à ementa ou<br />
quando se quer acompanhar uma refeição ligeira ou<br />
ainda quando alguém não bebe e uma garrafa é<br />
demais. No entanto esta solução, paradoxalmente,<br />
aumenta frequentemente os multiplicadores, bastará<br />
ver com atenção o preço do copo e da garrafa num<br />
mesmo restaurante.<br />
E num momento em que se têm registado nas últimas<br />
duas décadas uma extraordinária evolução na qualidade<br />
do vinho em Portugal, tanto na gama média como alta<br />
(menos na gama mais baixa), com o aparecimento de<br />
uma nova geração de produtores e enólogos criando<br />
vinhos que ombreiam sem dificuldade com o que de<br />
melhor se faz por esse mundo (menos na respectiva<br />
promoção), cria-se esta barreira irracional, que nos faz<br />
irmos a restaurantes para comermos o que não comemos<br />
em casa e ficar em casa para podermos beber o que não<br />
conseguimos beber num restaurante.<br />
A prazo todos perderemos, com excepção das<br />
cervejeiras, não se potenciando mais um sector que tem<br />
sido capaz de evoluir com sucesso na cadeia de valor. ■<br />
AFRASE<br />
“Não desistirei enquanto não<br />
ficar completamente provada<br />
a minha inocência.”<br />
—Armando vara, arguido no caso Face Oculta<br />
Foi desta forma que o ex-ministro de António Guterres e<br />
vice-presidente do Millennium bcp se referiu à decisão do<br />
Juiz de Aveiro que impôs uma caução de 25 mil euros e<br />
proibio o contacto com cinco arguidos. ➥ POLÍTICA - P16<br />
Rita Marques Guedes<br />
Jurista<br />
Fogo de artifício<br />
Muito fogo de artifício, muitos chefes de Estado, muita<br />
organização, muitas imagens, muitos repórteres, muitos<br />
carros, muitos seguranças, muito aparato, muita música,<br />
muita qualidade, muito brilho, muito dinheiro, muitos<br />
sorrisos. Muitos dias preenchidos por uma Cimeira<br />
sobre a qual não conseguimos alcançar quais os efeitos<br />
que se perpetuam para lá de uma sempre recorrente foto<br />
de família que pontifica nestas ocasiões, dando a ideia<br />
de uma cumplicidade entre delegações e uma unidade<br />
de propósitos entre os vários Estados que a realidade<br />
logo no minuto seguinte se encarrega de desmentir.<br />
Também serviu de foguetório a entrada em vigor do<br />
Tratado de Lisboa, algo que ainda não se percebeu bem<br />
se é ou não susceptível de intensificar a integração dos<br />
povos europeus e, o que é mais importante, se servirá<br />
de catalizador para uma efectiva adesão e contributo<br />
das diversas cidadanias para uma organização que<br />
cada vez mais aparenta ser o resultado de compromissos<br />
invariavelmente alcançados sob a alçada do<br />
mínimo denominador comum.<br />
Avidaéfeitadecontrastes,semdúvidaquesim,e<br />
enquanto este fim-de-semana nos vimos transportados<br />
enquanto país para o topo do mundo, a verdade é<br />
que os números que ditam a nossa realidade diária<br />
nos empurram para a irrelevância enquanto nação<br />
europeia e para os lugares mais baixos das tabelas de<br />
crescimento e desenvolvimento económico.<br />
O desemprego aumenta mas não<br />
há problema. O que importa, o que<br />
verdadeiramente importa, é tratar<br />
por tu uns quantos chefes de Estado.<br />
Estamos outra vez com o ‘deficit’ a um nível<br />
verdadeiramente incomportável, com o Estado a<br />
demonstrar ser um gastador compulsivo, sendo que<br />
depois de tantos anos a bater na mesma tecla não se<br />
nos afigura existir remédio apropriado que não seja o<br />
de rapidamente repensar as funções do Estado, deixando<br />
intocáveis aquelas que são de soberania e partilhando<br />
ou atribuindo ao sector privado aquelas que ali<br />
melhor podem ser executadas a benefício do cidadão.<br />
Odesempregonãoéumnúmero,éumaassustadora<br />
realidade que todos os dias cresce engrossando a fila<br />
dos necessitados que, sem a que se agarrarem, tenderão<br />
a acabar a engrossar as estatísticas dos novos<br />
pobres, dos mar<strong>gina</strong>is e dos excluídos.<br />
Estamos com o desemprego a aumentar e sem<br />
massa financeira para acorrer às situações, seja para<br />
dinamizar a economia, seja para promover ajuda social<br />
a quem dela mais necessita.<br />
Mas não há problema. O que importa, o que verdadeira<br />
mente importa, é tratar por tu uns quantos<br />
chefes de Estado, fazer cerimónias com a pompa e a<br />
circunstância apropriada ao momento como se fossemos<br />
um país rico, varrer o lixo para debaixo do tapete e<br />
remeter todos os gastos para a conta de fiado porque<br />
algum dia alguém terá que a pagar. ■<br />
O NÚMERO<br />
7 mil milhões<br />
Falando sobre os estudos<br />
realizados pela tutela e pelas<br />
Estradas de Portugal, António<br />
Mendonça ministro das Obras<br />
Públicas disse aos deputados que<br />
o saldo entre os custos e os<br />
benefícios das seis concessões<br />
chumbadas pelo Tribunal de<br />
Contas, é positivo em 7 mil<br />
milhões de euros.
Agarrem-se!<br />
Quando estamos perto de sermos atingidos por um abalo o<br />
grito de alerta comum é: “- Agarrem-se!”, senão “- Fujam!”<br />
Acabaram de sair as estatísticas do desemprego europeu<br />
publicadas pelo Eurostat. Todos os portugueses se fixaram<br />
nas estatísticas de Portugal, as quais apresentam a horrível<br />
confirmação de um indicador de dois dígitos para Outubro<br />
(10,2%) depois de um Setembro também ele já superior à<br />
marca mítica dos 10%. Estes números acima da taxa média<br />
europeia (9,3% para a Europa dos 27 ou 9,8% para a Europa<br />
do Euro) assustam-nos, e preocupam muito quem<br />
não vê bem qualquer ponta de entusiasmo ou caminho de<br />
inversão, tirando umas intenções governamentais de fazer<br />
obra pública capaz de absorver ou, pelo menos, não deixar<br />
agravar este indicador.<br />
Mas foi ao ler este relatório que pressenti que alguma<br />
coisa vem aí.<br />
Se consideram maus os indicadores do desemprego para<br />
Portugal, então leiam o que se diz sobre a taxa de desemprego<br />
para a faixa etária abaixo dos 25 anos de idade: 18,9% para<br />
Portugal, mas mais medonho ainda, 42,9% para Espanha!<br />
MeuDeus!Oqueéquenósestamosafazer?Comovão<br />
ser estes jovens em adultos? Como é que eles vão lá chegar<br />
e em que estado?<br />
Oquedemauseenraizarnajuventude<br />
espanhola vai contagiar-se à<br />
portuguesa, como fogo em palha seca.<br />
Já ima<strong>gina</strong>ram o que é chegarem a um qualquer encontro<br />
de jovens (um concerto musical por exemplo) e saberem que<br />
a metade dos que não estão a estudar está desempregada? De<br />
que vivem? Como se ocupam? Quem os sustenta? Que vícios<br />
vão criar? Que hábitos de trabalho vão ganhar para a vida?<br />
Tenho medo, muito medo, das respostas que posso ter a<br />
estas perguntas. E sei que o que de mau se enraizar na<br />
juventude espanhola vai contagiar-se à portuguesa, como<br />
fogo em palha seca.<br />
Quando estive na tropa, um certo dia o comandante de<br />
pelotão mandou-me dar Ordem Unida (ensinar a rapaziada<br />
amarchar)emplenatardedeumAgostoardente,numa<br />
parada de alcatrão a fumegar debaixo das chispas de um sol<br />
abrasador. A razão dele foi simples: “- Quando 40 homens<br />
estão para aí, ociosos, começam a dizer mal da tropa!”<br />
Dei ordem de “- Está a reunir!” seguida de “- Em frente,<br />
marche...” e assim se calaram aqueles jovens, quase da<br />
minha idade, e que, de facto, diziam mal da tropa como<br />
eu… Todos nos calámos e assim ocupámos mais uma hora<br />
das nossas vidas sem “dizer mal da tropa”.<br />
Nas ruas das cidades espanholas não há comandantes de<br />
companhia para os mandar perfilar, e marchar para a frente<br />
e para trás. Há perigosos ‘drug dealers’, há entusiastas<br />
fanáticos que facilmente vendem a ira, a raiva e o entusiasmante<br />
incentivo à destruição de quem não tem mais do que<br />
a mesada dos pais para viver, mas já tem a vergonha de uma<br />
idade de querer e não ter para fazer.<br />
Tenho medo e penso que vem aí coisa. Só vos digo:<br />
“- Agarrem-se!”…■<br />
PUB<br />
João Duque<br />
Professor Catedrático do ISEG<br />
EDITORIAL<br />
Quem aprova<br />
o Orçamento<br />
rectificativo?<br />
O ministro das Finanças<br />
foi ontem ao Parlamento<br />
defender o Orçamento<br />
rectificativo e, apesar de<br />
todos os seus esforços, não<br />
conseguiu garantir o apoio<br />
de nenhum partido da<br />
oposição. Esta situação<br />
émaisumexemplodanova<br />
realidade política do país:<br />
o Governo está nas mãos<br />
da Assembleia da República<br />
e a oposição sabe disso.<br />
E nenhum dos actores<br />
conseguiu ainda<br />
compreender a nova<br />
situação. O fato não fica<br />
bem. De um lado, o Governo<br />
ainda mantém o tom.<br />
Teixeira dos Santos foi<br />
ao Parlamento mas não<br />
pareceu disposto a negociar<br />
e fazer pontes. Preferiu o<br />
discurso do nós ou o caos.<br />
Ou aprovam a alteração ao<br />
Orçamento ou o Estado não<br />
tem dinheiro para pagar<br />
as contas. Do outro lado, a<br />
oposição ainda não aprendeu<br />
a controlar o seu novo poder.<br />
Parece deslumbrada.<br />
Obviamente que o bom<br />
senso exige a aprovação do<br />
Orçamento rectificativo e a<br />
oposição não deve brincar<br />
com situações sérias.<br />
A penalização do Governo<br />
pelo agravamento das contas<br />
públicas deve ser feita na<br />
discussão política e no<br />
contexto da actual crise.<br />
Ainda assim, é cada vez mais<br />
óbvio que a oposição terá no<br />
futuro mais poder para<br />
obrigar o Governo a fazer o<br />
que quer. Isto vai agravar a<br />
deterioração da situação<br />
política, que apareceu mais<br />
cedo do que se pensava. Este<br />
novo Governo tomou posse<br />
no fim de Outubro mas<br />
parecequejáfoiháanos.<br />
Aguentar os quatro anos vai<br />
ser uma tarefa árdua.<br />
OS FACTOS<br />
Quinta-feira 3 Dezembro 2009 <strong>Diário</strong> <strong>Económico</strong> 3<br />
Silêncio de Teixeira dos Santos<br />
reforça incerteza sobre o rectificativo<br />
O ministro das Finanças, Teixeira dos Santos, insistiu, mas nenhum dos<br />
deputados da Oposição respondeu. A pergunta era de qual o sentido de<br />
votação agendado para o próximo dia 11 quando for discutido no parlamento<br />
o segundo orçamento rectificativo. Para já, os líderes parlamentares<br />
concordaram resolver o assunto nesse mesmo dia, não querendo assim<br />
explicações de outros ministros sobre os gastos. Em Portugal nunca um<br />
orçamento rectificativo foi chumbado e este também irá passar, segundo a<br />
maioria dos economistas. Mas a luta política será feroz e percebe-se porquê.<br />
Houve dois actos eleitorais e para a oposição estes anúncios das contas<br />
públicas já deveriam ter acontecido. Teixeira dos Santos discorda, alegando a<br />
imprevisibilidade dos efeitos da crise.<br />
Algo que os modelos econométricos<br />
não conseguem estimar. Mas uma<br />
questão subsiste. No caso da maioria<br />
dos deputados chumbar o<br />
rectificativo,qualvaiseracartaque<br />
Teixeira dos Santos vai jogar? ANTÓNIO<br />
<strong>DE</strong> ALBUQUERQUE ➥ LEIA A NOTÍCIA P14<br />
Oposição vai forçar Governo alargar<br />
período de subsídio de desemprego<br />
O actual nível de desemprego é um dos mais elevados da história<br />
económica portuguesa. Segundo as contas do Eurostat, no mês<br />
passado já ultrapassou os dois dígitos. Políticos, economistas e<br />
empresários são unânimes em defender que esta deve ser a<br />
prioridade política no curto prazo. A solução também parece óbvia e é<br />
só uma: crescimento económico. Mas, entretanto, será necessário<br />
acudir aos milhares de pessoas que estão sem emprego, sobretudo<br />
jovens. A taxa de desemprego entre os jovens já é um quarto do total.<br />
A legislação define, e bem, que estes têm o tempo de subsídio de<br />
desemprego mais curto, pois são os mais capazes para encontrarem<br />
soluções. Contudo, a situação da economia ainda é grave e não<br />
consegue gerar procura de<br />
trabalho, comprometendo por isso<br />
o sucesso profissional dos jovens.<br />
Esta é uma questão, a par da<br />
formação profissional, que os<br />
partidos da oposição querem ver<br />
discutida agora na Assembleia da<br />
República. A.A. ➥ LEIA A NOTÍCIA P14<br />
CONTAS PÚBLICAS<br />
8%<br />
Este foi o valor do défice que<br />
Bruxelas calculou e que as<br />
Finanças consideram como bom.<br />
<strong>DE</strong>SEMPREGO<br />
547 mil<br />
Este é o valor estimado pelo<br />
Eurostat do número de<br />
desempregados em Portugal.<br />
Emissão de dívida de longo prazo<br />
vai custar mais caro aos Estados<br />
Saúda-se com algum entusiasmo o facto de governos e empresas estarem a<br />
emitir dívida a prazos mais longos. É um bem vindo retorno à normalidade<br />
dos mercados. Afinal, não se pode esperar que estradas, escolas e planos de<br />
investimento de empresas sejam financiados unicamente com dinheiro a 3<br />
meses. Mas também é mau, porque a dívida de prazo mais longo é mais cara.<br />
Algo que é sobretudo verdadeiro neste momento, dada a acentuada<br />
inclinação da curva de rendimentos. As empresas talvez possam suportar o<br />
acréscimo de custo. Os governos não. Uma simples ‘conta de merceeiro’<br />
mostra como estes custos extra podem ser pesados. Durante a crise<br />
financeira, os governos recorreram essencialmente a financiamento de curto<br />
prazo, emitindo títulos com maturidade inferior a um ano. Uma década atrás<br />
nos EUA, um quinto de todos os títulos nas mãos do público eram de curto<br />
prazo. Agora chega a um terço. Isto trouxe alguns benefícios. Dado que as<br />
taxas de curto prazo são efectivamente zero, reduziu a taxa de juro implícita<br />
do governo dos EUA para cerca de 2,5%. Se, no entanto, se assumisse uma<br />
estrutura de maturidades “normal”, com maior peso dos títulos de longo<br />
prazo, o custo em juros nos EUA rondaria os 3,2%, ➥ “FINANCIAL TIMES”
4 <strong>Diário</strong> <strong>Económico</strong> Quinta-feira 3 Dezembro 2009<br />
<strong>DE</strong>STAQUE<br />
<strong>DE</strong>STAQUE OBRAS PÚBLICAS<br />
Ministro acredita que<br />
Tribunal de Contas vai<br />
voltar atrás nos chumbos<br />
António Mendonça esteve ontem no Parlamento para falar da recusa de visto<br />
por parte do Tribunal de Contas a cinco concessões rodoviárias.<br />
Hermínia Saraiva<br />
herminia.saraiva@economico.pt<br />
O ministro das Obras Públicas<br />
está convencido que a razão está<br />
do seu lado e do lado das Estradas<br />
de Portugal. E acredita que os argumentos<br />
que apresentou nos<br />
recursos entregues no Tribunal<br />
de Contas são suficientes para fazer<br />
com que a instituição liderada<br />
por Guilherme d’Oliveira<br />
Martins reverta o chumbo de<br />
visto prévio a cinco concessões<br />
rodoviárias.<br />
Reafirmando que respeita as<br />
decisões do Tribunal de Contas,<br />
António Mendonça disse ontem<br />
aos deputados da Comissão de<br />
Obras Públicas estar convicto<br />
que o Governo tem “argumentos<br />
valiosos, argumentos poderosos,<br />
que podem levar o Tribunal de<br />
Contas a reconsiderar a sua posição”<br />
de recusa de visto prévio às<br />
concessões da Auto-estrada<br />
Transmontana, Douro Interior,<br />
Algarve Litoral, Litoral Oeste e<br />
Baixo Alentejo. Argumentos que<br />
levam o ministro a acreditar que<br />
será encontrada uma solução,<br />
pelo que diz estarem reunidas<br />
“todas as condições para que as<br />
obras continuem”.<br />
António Mendonça, que ontem<br />
se estreou perante uma comissão<br />
parlamentar, revela dispor<br />
de “pareceres de juristas reputados<br />
que sustentam os recursos<br />
apresentados no TC” e<br />
garante que nos contratos de<br />
concessões agora chumbados<br />
“houve um acautelamento do<br />
interesse público”. Para o ministro<br />
das Obras Públicas, o aumento<br />
do Valor Actualizado Líquido<br />
(VAL) do esforço financeiro<br />
da Estradas de Portugal<br />
nas concessões rodoviárias –<br />
uma das razões invocadas pelo<br />
TC para recusar o visto prévio –<br />
não é um “argumento suficientemente<br />
forte”, quando equiparado<br />
à importância destes projectos.<br />
Relativamente a esta<br />
matéria, Paulo Campos, secretário<br />
de Estado Adjunto das<br />
Obras Públicas garantiu aos deputados<br />
que “não restam dúvidas<br />
que as propostas adjudicadas<br />
foram as mais baixas apresentadas<br />
a concurso na segunda<br />
fase”. A tutela justifica o aumento<br />
destes valores face à primeira<br />
fase devido à crise mun-<br />
PALAVRA-CHAVE<br />
✽<br />
António Mendonça<br />
diz que a tutela<br />
dispõe<br />
de “pareceres de<br />
juristas reputados<br />
que sustentam<br />
os recursos<br />
apresentados<br />
no Tribunal<br />
de Contas”.<br />
De acordo com<br />
Paulo Campos, os<br />
futuros concursos<br />
para as Parcerias<br />
Público-Privadas<br />
irão acautelar a<br />
figura de<br />
comparador<br />
público exigido pelo<br />
Tribunal de Contas.<br />
Comparador público<br />
A figura do comparador público,<br />
agora exigida pelo Tribunal de<br />
Contas nos contratos de<br />
concessão rodoviária, é na<br />
prática, um estudo económico<br />
financeiro que visa comparar o<br />
regime de Parceria Público<br />
Privada com outros mecanismos<br />
públicos e/ou privados de<br />
financiamento de obras públicas.<br />
dial que levou ao agravamento<br />
das condições de financiamento<br />
das concessionárias. À semelhança<br />
do que já tinha dito durante<br />
a manhã, à margem da<br />
conferência “Parcerias Público<br />
Privadas, Concessões e Portos”,<br />
organizada pelo <strong>Diário</strong><br />
<strong>Económico</strong>, Paulo Campos<br />
lembrou que nos dois primeiros<br />
concursos a não terem visto<br />
prévio, a primeira fase foi em<br />
Marçode2008easegundaem<br />
Outubro desse ano, data em<br />
que as condições económicas se<br />
começaram a degradar.<br />
De acordo com António Mendonça,<br />
os concursos de concessão<br />
só foram lançados depois de<br />
estarem completos estudos prévios<br />
de viabilidade económica e<br />
análises de custo-benefício, os<br />
quais apontam para um saldo<br />
positivo de sete mil milhões de<br />
euros. Paralelamente, defende o<br />
ministro das Obras Públicas, as<br />
novas concessões irão criar cerca<br />
de 72 mil novos postos de trabalho<br />
(entre directos, indirectos<br />
e induzidos), em 2011. “Hipóteses<br />
de partida” que António<br />
Mendonça considera “conservadoras”.<br />
Fazendo uso da sua condição<br />
de economista, o ministro das<br />
Obras Públicas afirmou estar<br />
“plenamente convencido que<br />
estes projectos são fundamentais<br />
para que se passe a um patamar<br />
superior de desenvolvimento do<br />
país” e garante estar disponível<br />
para trabalhar no sentido de “levantar<br />
os constrangimentos” à<br />
continuação das obras “em sintonia<br />
com as exigências do Tribunal<br />
de Contas”.<br />
Apesar de acreditar na<br />
“bondade dos projectos” e na<br />
forma como todos os processos<br />
foram conduzidos, a tutela dizse<br />
disponível para rever as suas<br />
posições para o futuro. Paulo<br />
Campos garantiu aos deputados<br />
que as futuras concessões<br />
vãojáincluirafiguradecomparador<br />
público. “Nenhuma<br />
nova concessão será lançada<br />
sem comparador público”, garantiu<br />
o secretário de Estado,<br />
depois de ter afirmado perante<br />
a comissão de Obras Públicas<br />
que “há 15 concessões rodoviárias<br />
contratualizadas neste país<br />
e em nenhuma delas foi exigido<br />
o comparador público. ■<br />
ASSUNTOS NA COMISSÃO<br />
1<br />
Sete milhões<br />
de saldo positivo<br />
António Mendonça, ministro das<br />
Obras Públicas, Transportes e<br />
Comunicações, garante que as<br />
novas concessões foram alvo de<br />
“estudos extremamente<br />
complexos” antes de serem<br />
lançadas e que os mesmos<br />
resultaram num “saldo positivo de<br />
sete mil milhões de euros para as<br />
seis concessões rodoviárias”.<br />
2<br />
Concessões criam<br />
72 mil empregos<br />
Os estudos de custo e benefício<br />
realizados pela Estradas de<br />
Portugal para as novas seis novas<br />
concessões apontam para a<br />
criação de 72 mil empregos, entre<br />
directos, indirectos e induzidos.<br />
António Mendonça, que diz que o<br />
auge da criação de empregos<br />
será em 2011, quando as obras<br />
alcançarem o pico e acredita que<br />
estes números pecam por defeito.<br />
3<br />
PSD exige demissão<br />
do presidente da EP<br />
O PSD defendeu ontem que a<br />
recusa de visto do Tribunal de<br />
Contas deve ter consequências,<br />
exigindo a demissão do<br />
responsável político ou do<br />
presidente da Estradas de<br />
Portugal, Almerindo Marques.<br />
À saída da comissão, António<br />
Mendonça disse “que não é<br />
legítimo tirar ilações dessa<br />
natureza”. Paulo Campos,<br />
secretário de Estado Adjunto<br />
das Obras Públicas, é o único<br />
responsável político a manter-se<br />
em funções.<br />
AS CONCESSÕES<br />
SOB A MIRA<br />
DO TRIBUNAL<br />
<strong>DE</strong> CONTAS
PONTOS-CHAVE<br />
António Mendonça disse<br />
estar convicto que o<br />
Governo tem argumentos que<br />
podem levar o Tribunal de Contas<br />
a reconsiderar a sua recusa de<br />
visto prévio às concessões.<br />
A construção do novo<br />
aeroporto internacional de<br />
Lisboa pode estar já atrasada<br />
para se conseguir cumprir a<br />
meta de ter um novo aeroporto<br />
em funcionamento em 2017.<br />
Infografia: Mário Malhão | mario.malhao@economico.pt<br />
Portugal é demasiado<br />
pequeno para ter um sistema<br />
portuário espartilhado em sete<br />
administrações portuárias,<br />
segundo os principais<br />
especialistas do sector.<br />
Quinta-feira 3 Dezembro 2009 <strong>Diário</strong> <strong>Económico</strong> 5<br />
Estado vai baixar<br />
custos financeiros<br />
dos contratos<br />
Estradas de Portugal vai<br />
utilizar essa prerrogativa.<br />
Nuno Miguel Silva<br />
e Ana Baptista<br />
nuno.silva@economico.pt<br />
A Estradas de Portugal (EP) tem<br />
a prerrogativa de proceder ao<br />
refinanciamento dos contratos<br />
das novas concessões rodoviárias,<br />
sempre que consiga obter<br />
condições financeiras – ‘pricings’<br />
e ‘spreads’ – mais vantajosos<br />
para os cofres do Estado.<br />
Como o <strong>Diário</strong> <strong>Económico</strong><br />
avançou em primeira mão, se<br />
for a empresa agora liderada por<br />
Almerindo Marques a garantir<br />
um contrato financeiro mais<br />
benéfico todo o acréscimo proporcionado<br />
pela consequente<br />
redução de custos será apropriada<br />
pela Estradas de Portugal.<br />
A segunda via é que as próprias<br />
subconcessionárias obtenham<br />
novos contratos de financiamento<br />
mais vantajosos. Nesse<br />
caso, se a Estradas de Portugal<br />
der autorização, os ganhos<br />
decorrentes serão repartidos<br />
numa base 50%-50%.<br />
“Existe a capacidade de a Estradas<br />
de Portugal se substituir<br />
aos financiamentos que foram<br />
angariados pelas subconcessionárias<br />
e, dessa forma, eliminar<br />
os custos financeiros que decorrem<br />
desse contrato de financiamento.<br />
Nesse caso, a Estradas<br />
de Portugal assume os riscos de<br />
financiamento e, portanto, tem<br />
de fazer uma análise entre benefícios<br />
e perdas, associada a<br />
uma avaliação dos riscos que<br />
fica a assumir nesse contexto”,<br />
explicou ontem Paulo Campos,<br />
secretário de Estado das Obras<br />
Públicas. “Ao longo do contrato<br />
[30 anos], a Estradas de Portugal<br />
pode, face à sua avaliação de<br />
riscos, decidir antecipar o financiamento<br />
que estava contratado<br />
entre a subconcessionáriaeosindicatofinanceiro”,<br />
explicou o governante.<br />
Paulo Campos, em declarações<br />
aos jornalistas, deu a entender<br />
que a decisão do Tribunal<br />
de Contas de chumbar os<br />
vistos prévios aos contratos das<br />
diversas concessões rodoviárias<br />
terá pecado por falta de sensibilidade<br />
face ao turbilhão financeiro<br />
internacional que<br />
ocorreu a meio do processo de<br />
avaliação das propostas. “O<br />
custoentreaprimeiraeasegunda<br />
fase dos concursos parece-nos<br />
ser a matéria mais relevante.OargumentoqueaEstradas<br />
de Portugal apresentou<br />
foi a alteração anormal das circunstâncias<br />
e a nossa expecta-<br />
tivaédequehajaumaapreciação<br />
deste facto”, adiantou Paulo<br />
Campos. “O argumento é relevante<br />
porque é único, não é<br />
repetível, porque uma crise<br />
como esta houve pela última<br />
vez há 80 anos”, destacou.<br />
O secretário de Estado das<br />
Obras Públicas reconheceu que<br />
“as decisões do Tribunal de<br />
Contas terão de ser cumpridas,<br />
esgotadas as últimas instâncias<br />
e os procedimentos administrativos<br />
que existam”. E assegurou:<br />
“Iremos agir em conformidade”.<br />
Paulo Campos continua a relembrar<br />
que o agravamento de<br />
custos ocorreu apenas no capítulo<br />
financeiro, devido à crise<br />
internacional, agravada a partir<br />
da falência do Lehman<br />
Brothers, em Agosto de 2008.<br />
“Os custos de construção e de<br />
manutenção diminuíram em<br />
todos os concursos”, sublinhou.<br />
■com F.F.S.<br />
Paulo Campos deu<br />
a entender que o<br />
Tribunal de Contas<br />
não teve em conta<br />
“a degradação dos<br />
custos financeiros<br />
e económicos”,<br />
do último ano.
6 <strong>Diário</strong> <strong>Económico</strong> Quinta-feira 3 Dezembro 2009<br />
<strong>DE</strong>STAQUE OBRAS PÚBLICAS<br />
Obras nas estradas continuam<br />
enquanto bancos financiarem<br />
Tribunal de Contas cria instabilidade nos parceiros privados das concessões,<br />
mas banca diz manter interesse em financiar. Só não se sabe até quando.<br />
Ana Baptista<br />
ana.baptista@economico.pt<br />
O recente chumbo do Tribunal<br />
de Contas (TC) a cinco concessões<br />
rodoviárias já adjudicadas<br />
trouxe novamente para a mesa<br />
de debate as questões de financiamento<br />
e de viabilidade económica<br />
destas obras. Para as<br />
concessionárias - empresas<br />
como a Soares da Costa, Edifer,<br />
Brisa ou Mota-Engil - e para os<br />
bancos, o clima de instabilidade<br />
gerado por estas decisões é preocupante,<br />
mas apesar de tudo<br />
mantém-se a confiança de que<br />
tudo vai acabar bem, até porque<br />
os investimentos em causa são<br />
importantes para o país.<br />
Sérgio Monteiro, director da<br />
área de ‘project finance’ da Caixa<br />
Banco Investimento, da Caixa<br />
Geral de Depósitos, garantiu,<br />
ontem durante a sua intervenção<br />
na conferência “Parcerias Público<br />
Privadas, Concessões e Portos”,<br />
organizada pelo <strong>Diário</strong><br />
<strong>Económico</strong>, que os bancos mantém<br />
disponibilidade para financiar<br />
este tipo de obras, só não sabem<br />
até quando. “As entidades<br />
bancárias estão dispostas a correr<br />
riscos, mas de forma definida.<br />
Os bancos gostam de estabilidade<br />
e todas estas questões<br />
perturbam e tornam os bancos<br />
mais sensíveis”, disse.<br />
Para o presidente executivo<br />
(CEO) da Soares da Costa, Pedro<br />
Gonçalves, que também interveio<br />
na conferência, os bancos<br />
têm agora um papel fundamental<br />
nestes projectos. “São os bancos<br />
que ditam se as obras avançam<br />
ou não. Enquanto tivermos<br />
suporte dos bancos continuamos<br />
com as obras”, disse à margem<br />
da conferência. Uma afirmação<br />
que vem ao encontro do que AntónioMotajátinhadito.<br />
Contudo, segundo Sérgio<br />
Monteiro uma das razões que<br />
leva a banca a não abandonar estes<br />
investimentos é o facto destas<br />
obras estarem a ser feitas em re-<br />
PUB<br />
Patrocinador:<br />
gime de Parceria Público Privada<br />
(PPP) e com o aval do Estado.<br />
“A grande virtualidade deste<br />
regime de PPP é o facto do risco<br />
estar alocado em quem melhor o<br />
sabe gerir”, disse ainda durante a<br />
sua intervenção.<br />
As vantagens das PPP<br />
Apesar de todas as polémicas geradas<br />
à volta deste regime de<br />
PPP,osintervenientesdoprimeiro<br />
painel da conferência de<br />
ontem - sobre o futuro das concessões<br />
e das PPP - foram consensuais<br />
em relação ao recurso a<br />
este tipo de mecanismo de financiamento,<br />
mas também teceram<br />
críticas.<br />
“O modelo de PPP tem pro-<br />
“Enquanto tivermos<br />
suporte dos bancos<br />
continuamos com as<br />
obras”, disse o CEO<br />
da Soares da Costa,<br />
Pedro Gonçalves.<br />
vas dadas de ser uma excelente<br />
solução para o tipo de infra-estruturas<br />
a que se destina, mas o<br />
Estado tem de clarificar porque<br />
quer envolver os privados nestes<br />
projectos. As PPP foram<br />
usadas como forma de desorçamentação,<br />
mas sem preocupação<br />
com os modelos de alocação<br />
de risco que estas envolvem”,<br />
disse Pedro Gonçalves.<br />
Já Luís Nobre Guedes, sócio da<br />
Cremades Calvo-Sotelo, Siqueira<br />
Castro & Nobre Guedes Advogados,<br />
avançou que um dos grandes<br />
problemas das PPP em Portugal<br />
é a “instabilidade legislativa<br />
que advém de todos os anos se<br />
mudar o normativo legal das<br />
PPP”. Mais, “Portugal tem um<br />
problema em relação ao Tribunal<br />
de Contas. Concordo com o TC,<br />
mas não concordo que demore<br />
um ano até haver um visto prévio”,<br />
disse. Uma opinião partilhada<br />
por Pedro Gonçalves. “É,<br />
no mínimo, perturbador que sobre<br />
uma matéria que foi muito<br />
controversa tenha levado um<br />
ano a ser proferida uma decisão<br />
com o impacto que esta decisão<br />
tem”, disse.<br />
Polémicas à parte, o secretário<br />
de Estado das Obras Públicas,<br />
continua certo de que as PPP são<br />
“uma boa solução, principalmente<br />
no contexto em que hoje<br />
vivemos”. Na sua intervenção no<br />
encerramento da conferência,<br />
Paulo Campos salientou que<br />
através das PPP os riscos são alocados<br />
em quem tem melhores<br />
condições para os alocar; que<br />
“são mais céleres na adjudicação<br />
e na concretização, proporcionam<br />
mais qualidade, diminuem<br />
os desvios e permitem custos de<br />
manutenção mais baixos, e ainda<br />
garantem que o parceiro privado<br />
nunca fica a perder”.<br />
Além disso, Paulo Campos<br />
garantiu que “o Estado tem, obviamente,<br />
capacidade para gerir<br />
as PPP. Desde o mau contrato da<br />
Lusoponte já muita coisa mudou”,<br />
garantiu. ■ com N.M.S.<br />
Portugal tem de<br />
definir prioridades<br />
Augusto Mateus, economista e<br />
consultor, revelou ser adepto do<br />
regime de PPP. Mas para um<br />
Estado avançar com este tipo de<br />
mecanismo é preciso haver<br />
prioridades bem definidas no que<br />
respeita aos investimentos<br />
públicos, defendeu. “O país tem<br />
de ser muito claro naquilo que<br />
são as suas prioridades, que têm<br />
de ser poucas e concentradas”,<br />
disse o professor catedrático do<br />
Instituto Superior de Economia e<br />
Gestão (ISEG), acrescentando que<br />
só depois “pode chamar os<br />
privados para gerir”. Uma opinião<br />
partilhada por Luís Nobre Guedes.<br />
Na sua intervenção, o advogado<br />
alertou, para o facto de Portugal<br />
precisar “de um consenso<br />
nacional em relação ao que se vai<br />
fazer”. Contudo, Augusto Mateus<br />
não negou que “o país precisa de<br />
investimento, precisa de investir<br />
com prioridades e precisa das<br />
PPP para isso”. Mas alertou que<br />
os investimentos em infraestruturas<br />
devem ter como<br />
objectivo dinamizar a economia.<br />
“O novo aeroporto de Lisboa, se<br />
for construído numa lógica de<br />
infra-estrutura, será um ‘flop’<br />
total. Os aeroportos não são<br />
infra-estruturas, são espaços<br />
empresariais”, comentou. A.B.<br />
Os intervenientes do primeiro<br />
painel da conferência - sobre o<br />
futuro das concessões e das PPP -<br />
foram consensuais em relação ao<br />
recursoaestetipodemecanismo<br />
de financiamento.<br />
Conferência «Parcerias Público-Privadas, Concessões e Portos»
Augusto Mateus,<br />
professor<br />
catedrático<br />
do ISEG<br />
“Somos um país que não cresce<br />
há dez anos e para voltar a<br />
crescer é preciso investir, mas o<br />
país precisa de investimento com<br />
prioridades. Os investimentos de<br />
paixão puseram-nos a fazer os<br />
estádios de futebol.”<br />
Pedro de Almeida<br />
Gonçalves,<br />
CEO da Soares<br />
da Costa<br />
“As dificuldades de estruturação<br />
edeexecuçãodoscontratos<br />
de parcerias público-privadas não<br />
são técnico-jurídicas,<br />
técnico-económicas<br />
ou técnico-financeiras. Não.<br />
São ideológicas.”<br />
João Paulo Dias<br />
Rui Horta e Costa,<br />
CEO da Astérion,<br />
Consórcio<br />
Português<br />
de Aeroportos<br />
“O aeroporto do Porto fez um<br />
investimento que não conseguiria<br />
fazer sozinho, graças à subsidiação<br />
cruzada. Foi ajudado pelos ‘irmãos’<br />
de Lisboa e de Faro. É necessário<br />
rentabilizar esse investimento e<br />
fazer uma cidade aeroportuária.”<br />
Quinta-feira 3 Dezembro 2009 <strong>Diário</strong> <strong>Económico</strong> 7<br />
Construção do<br />
novo aeroporto<br />
já está atrasada<br />
CEO do Astérion critica falta<br />
de avanços no processo.<br />
Nuno Miguel Silva<br />
nuno.silva@economico.pt<br />
Estão a ser queimados todos os<br />
prazos para que a construção do<br />
novo aeroporto internacional de<br />
Lisboa fique concluída na data<br />
prevista – em 2017.<br />
O alerta foi ontem dado por<br />
Rui Horta e Costa, CEO do Astérion,<br />
consórcio concorrente a<br />
esta infra-estrutura integrado<br />
pela Brisa, Mota-Engileagrande<br />
maioria dos bancos nacionais.<br />
“Começamos a estar atrasados<br />
para construir o aeroporto. Um<br />
projecto deste tipo demora seis<br />
anos a construir, com almofadas,<br />
no mínimo cinco anos e meio,<br />
sem qualquer almofada”, avisou<br />
Rui Horta e Costa.<br />
Se se iniciasse já em Janeiro, o<br />
novo aeroporto estaria operacional<br />
entre meados de 2015 e início<br />
de 2016, mas ainda faltam muitas<br />
peças para chegar a essa fase, nomeadamente<br />
a publicação do<br />
quadro tarifário, do contrato de<br />
concessão e do regulamento do<br />
concurso, onde ficarão definidas<br />
questões essenciais como a partilhaderiscos,operímetrodeenvolvimento<br />
dos privados, a parcela<br />
da ANA a privatizar e o universo<br />
de aeroportos a incluir no<br />
pacote. Depois disso, tem ainda<br />
de ser percorrida a via do próprio<br />
concurso público que, nestes casos,<br />
nunca é inferior a um ano.<br />
Assim, as obras nunca irão arrancar<br />
antes de 2011 e cada mês sem<br />
decisões é meio caminho andado<br />
para falhar a meta de ter o novo<br />
aeroporto a funcionar em 2017.<br />
“Lisboa tem de decidir se quer<br />
continuar a ser uma cidade regional<br />
ou se quer ser um ‘hub’<br />
para a América Latina, do Sul,<br />
para a Ásia e África. Se é isso que<br />
quer, tem de se despachar”, sublinhouRuiHortaeCosta.Oadministrador<br />
executivo do Astérion,<br />
insurgiu-se contra a falta de<br />
avanços neste ‘dossier’. “O processo<br />
do aeroporto é tranquilo<br />
porque não se passa nada. Não é<br />
Luís Nobre Guedes,<br />
sócio da Cremades<br />
Calvo-Sotelo,<br />
Siqueira Castro &<br />
Nobre Guedes<br />
“Não podemos admitir<br />
que esta decisão demore<br />
um ano. Isto tem que demorar<br />
um mês. É necessário ter<br />
presente que o Tribunal de<br />
Contas debate-se hoje<br />
em dia com falta de meios.”<br />
necessariamente bom. Espantame<br />
que o assunto em que há menos<br />
controvérsia, é onde não se<br />
avança nada”, criticou.<br />
Sobre a Portela, Rui Horta e<br />
Costa foi cáustico: “Hoje, temos<br />
uma estação de autocarros onde<br />
aterram aviões”. Quanto ao conceito<br />
“Portela+1”, disse que “é<br />
uma ideia interessante, mas que<br />
não faz sentido nenhum”. Defendendo<br />
que a Portela deve fechar<br />
no dia em que abrir o novo<br />
aeroporto, Rui Horta e Costa resumiu<br />
os objectivos previstos<br />
paraonovoaeroporto:“Temosde<br />
aumentar as receitas de nãoaviação,<br />
como o retalho, o estacionamento,<br />
‘rent-a-car’”.<br />
“O que defendo é a criação de<br />
uma cidade aeroportuária onde<br />
as empresas beneficiem de condições<br />
logísticas como não têm<br />
em mais lado nenhum”, sublinhou<br />
aquele responsável. Horta e<br />
Costa adiantou que “o mais urgente<br />
é determinar se se quer fazer<br />
um novo aeroporto ou não e<br />
se se inclui ou não o aeroporto do<br />
Porto. A forma como se faz o<br />
novo aeroporto é uma segunda<br />
questão derivada da primeira”.<br />
“O privado é flexível. Se for<br />
um investimento público, encaramo-lonaópticadaconstrução<br />
da infra-estrutura. Se<br />
for uma privatização da ANA,<br />
também encaramos isso”, concluiu.<br />
■ com A.B.<br />
AEROPORTO DO PORTO<br />
Gestão separada<br />
A possibilidade de autonomizar a<br />
gestão do aeroporto Sá Carneiro,<br />
no Porto, também foi criticada<br />
por Rui Horta e Costa. “O Porto<br />
perde mais com a separação do<br />
que o resto do sistema<br />
aeroportuário nacional. Mas, se<br />
decidirem separar o aeroporto do<br />
Porto, levem também o passivo”.<br />
Sérgio Monteiro<br />
director-<br />
-coordenador<br />
da Caixa Banco<br />
de Investimento<br />
“O Banco Europeu de Investimento<br />
é um financiador importante no<br />
regime de Parceria Público Privada<br />
(PPP) e o actual presidente tem<br />
conseguido captar fundos para os<br />
projectos. Portugal está sempre<br />
acima da quota europeia de PPP.”
8 <strong>Diário</strong> <strong>Económico</strong> Quinta-feira 3 Dezembro 2009<br />
<strong>DE</strong>STAQUE<br />
<strong>DE</strong>STAQUE OBRAS PÚBLICAS<br />
O porto de Lisboa é o primeiro do<br />
país e o segundo ibérico em granéis<br />
alimentares, bem como primeiro<br />
nacional em contentores.<br />
Gestores públicos e privados<br />
exigem fusões nos portos<br />
Nuno Miguel Silva<br />
nuno.silva@economico.pt<br />
Portugal é demasiado pequeno<br />
paraterumsistemaportuário<br />
espartilhado em sete administrações<br />
portuárias. Esta foi uma<br />
das conclusões principais do debate<br />
do painel dedicado à “Importância<br />
dos Portos na Economia<br />
Nacional”.<br />
Quer Natércia Cabral, presidente<br />
da APL – Administração do<br />
Porto de Lisboa, quer Eduardo Pimentel,<br />
administrador da Mota-<br />
Engil Ambiente e Serviços foram<br />
ontem unânimes ao considerar<br />
que o modelo de gestão do sector<br />
portuário português está desadequado<br />
da dimensão da economia<br />
nacional e das tendências da procura<br />
do sector a nível internacional.<br />
Com a particularidade de representarem<br />
as visões privada e<br />
públicadegestãodestesector.<br />
“Faz sentido termos sete administrações<br />
portuárias. Aveiro<br />
e Leixões, Lisboa e Setúbal não<br />
fazem parte das mesmas regiões<br />
portuárias?”, questionou<br />
Eduardo Pimentel. O responsável<br />
da Mota pelo sector portuário<br />
defendeu a necessidade de a<br />
actividade “ser vista de uma<br />
forma nacional”.<br />
“Num país com as nossas dimensões,<br />
temos de especializar os<br />
portos, inserindo-os numa estratégia<br />
nacional e de competitividade<br />
internacional. Temos algumas<br />
infra-estruturas relativamente<br />
desperdiçadas, mas noutras<br />
áreas temos faltas”, acrescentou<br />
Eduardo Pimentel.<br />
Sobre os contentores, o administrador<br />
da Mota foi bastante<br />
crítico. “Em Portugal, não chegamos<br />
a um milhão de TEUS [medida<br />
equivalente de contentores]<br />
porano.Istoéumterminaldeum<br />
grande porto europeu. Nós temos<br />
cinco terminais, três em Lisboa,<br />
um em Leixões e outro em Sines”.<br />
“Precisamos de criar massa<br />
crítica que hoje não temos”, concluiu<br />
Eduardo Pimentel. A mesma<br />
opinião foi proferida por Natércia<br />
Cabral, presidente da APL. “Penso<br />
que faz sentido uma melhor integração<br />
entre o porto de Lisboa e<br />
o porto de Setúbal, porque fazem<br />
parte da mesma região”, defendeu<br />
esta gestora pública.<br />
Natércia Cabral acrescentou<br />
que, no seu entender, “todo o sistema<br />
[portuário] tem de ser re-<br />
João Paulo Dias<br />
Presidente do porto de Lisboa defende maior integração com Setúbal<br />
e um novo modelo de gestão do sector, agora dividido em sete administrações.<br />
EVOLUÇÃO DA ACTIVIDA<strong>DE</strong><br />
64,9 milhões<br />
Os principais portos de Portugal -<br />
Sines, Setúbal, Lisboa, Leixões<br />
e Aveiro movimentaram 64,9<br />
milhões de toneladas em 2008,<br />
um número que compara com<br />
os 59,2 milhões de toneladas<br />
de 2004.<br />
OS PORTOS NA ECONOMIA<br />
25,2 milhões<br />
A actividade portuária<br />
representa 5% do PIB nacional,<br />
sendo que Sines contribuiu<br />
para as toneladas movimentadas<br />
em 2008, com 25,2 milhões,<br />
38,8% do total.<br />
pensado”, até porque foi “o próprio<br />
mercado que acabou por fazer<br />
uma certa integração, com diversos<br />
operadores a trabalhar em<br />
terminais de diversos portos”. Por<br />
isso, a presidente do Porto de Lisboa<br />
considera que é imperioso<br />
que “a Administração Pública<br />
tem de dar mais um passo para<br />
acompanhar essa integração”.<br />
Com a polémica do contrato de<br />
prorrogaçãodaconcessãodoterminaldecontentoresdeAlcântara<br />
como pano de fundo, a presidente<br />
da APL defendeu a necessidade<br />
de desenvolver o potencial<br />
deste terminal e sublinhou que<br />
“não vamos fazer expansões, mas<br />
apenas optimizar espaços”.<br />
Sobre as alternativas, Natércia<br />
Cabral foi peremptória:<br />
“Existem zonas de reserva no<br />
estuário do Tejo que podem ser<br />
usadas como zonas de expansão,<br />
mas é preciso que a sociedade<br />
decidaqualéomodelodenegócio<br />
que prefere. Pessoalmente,<br />
penso que se devem manter essaszonasdereserva,atépara<br />
evitar tentações de ocupações<br />
de outra natureza, menos benéficas<br />
para a economia e mais<br />
prejudiciais para o ambiente”. ■<br />
Miguel Sequeira,<br />
presidente do<br />
Instituto Portuário<br />
e dos Transportes<br />
Marítimos (IPTM)<br />
“A questão da massa crítica<br />
é fundamental, assim como<br />
ver o sector portuário numa<br />
perspectiva de economia global.”<br />
Eduardo Pimentel,<br />
administrador<br />
da Mota-Engil<br />
Ambiente e Serviços<br />
“Quebrado que seja o contrato<br />
com a Liscont, as consequências<br />
também estão previstas, mas não<br />
acredito que isso vá acontecer.”<br />
Francisco Mendes<br />
Palma, director<br />
de research<br />
sectorial do BES<br />
“Actividade portuária em Portugal<br />
representa 5% do PIB. Só o porto<br />
de Roterdão equivale a 10% do<br />
Produto Interno Bruto holandês.”<br />
Manuel Agria,<br />
vice-presidente<br />
executivo<br />
da ANEOP<br />
“O comércio internacional<br />
tem crescido mais do que<br />
a produção mundial. E o comércio<br />
de mercadorias em contentores<br />
cresceu mais que o comércio geral.”<br />
Natércia<br />
Magalhães Cabral,<br />
presidente<br />
da Administração<br />
do Porto de Lisboa<br />
“Os sectores do turismo,<br />
dos contentores e dos granéis<br />
alimentares são os sectores de<br />
aposta do porto de Lisboa para o<br />
desenvolvimento da região.”<br />
Rui Pinto,<br />
director<br />
de Marketing<br />
da PSA Sines<br />
“De 2009 a 2015, vamos<br />
investir 150 milhões de euros<br />
para reforçar a capacidade do<br />
terminal de contentores de 400<br />
mil para 1,4 milhões de TEUS.”
PUB
Fotos: João Paulo Dias<br />
10 <strong>Diário</strong> <strong>Económico</strong> Quinta-feira 3 Dezembro 2009<br />
<strong>DE</strong>STAQUE<br />
1 2<br />
5 1 Aspecto da sala do Hotel<br />
Dom Pedro, em Lisboa,<br />
onde decorreu a<br />
Conferência “Parcerias<br />
Público-Privadas,<br />
Concessões e Portos”<br />
promovida pelo <strong>Diário</strong><br />
<strong>Económico</strong>.<br />
7<br />
6<br />
<strong>DE</strong>STAQUE OBRAS PÚBLICAS<br />
2 Pedro de Almeida<br />
Gonçalves, presidente<br />
exectuivodaSoares<br />
da Costa .<br />
3 Rogério Carapuça,<br />
presidente da Novabase.<br />
4 Paulo André,<br />
administrador do Grupo<br />
Lenaparaaáreadas<br />
concessões.<br />
5 Manuel Agria, vice-<br />
-presidente da ANEOP<br />
com o secretário de Estado<br />
Adjunto das Obras<br />
Públicas e das<br />
Comunicações, Paulo<br />
Campos.<br />
6 Alberto Barbosa,<br />
administrador da Efacec<br />
à conversa com Rui Horta<br />
e Costa, presidente<br />
executivo da Asterion -<br />
Consórcio Português<br />
de Aeroportos.<br />
7 João Soares, director-<br />
-geral da Logimaris com<br />
Eduardo Pimentel,<br />
administrador da Mota-<br />
-Engil Ambiente e<br />
Serviços.<br />
8 Sérgio Monteiro,<br />
director-coordenador<br />
de Structered e Project<br />
Finance da Caixa Banco<br />
de Investimento e André<br />
Gorjão Costa, directorcoordenador<br />
da área<br />
de Crédito Estruturado<br />
do Santander Totta.<br />
9 Pedro Menéres Cudell,<br />
administrador da Asterion.<br />
10 Jorge Costa, presidente<br />
da APLOG - Associação<br />
Portuguesa de Logística.<br />
8<br />
9 10<br />
3<br />
4
PUB
Paulo Alexandre Coelho (Arquivo)<br />
12 <strong>Diário</strong> <strong>Económico</strong> Quinta-feira 3 Dezembro 2009<br />
ECONOMIA<br />
Omissões reforçam<br />
dúvidas dos partidos<br />
sobre o rectificativo<br />
Partidos ainda não decidiram sentido de voto sobre o Orçamento<br />
Rectificativo. Teixeira dos Santos pressiona aprovação.<br />
Luís Reis Pires<br />
e Margarida Peixoto<br />
luis.pires@economico.pt<br />
A falta de respostas do ministro<br />
das Finanças, Teixeira dos Santos,<br />
às dúvidas dos deputados da oposição<br />
sobre o orçamento rectificativo<br />
vem reforçar a incerteza sobre<br />
a aprovação do documento.<br />
Ontem, durante a reunião da comissão<br />
de orçamento e finanças,<br />
o ministro evitou várias das questões<br />
apresentadas pela oposição,<br />
masaumentouapressãoparaa<br />
viabilização do documento, lembrando<br />
à oposição que precisa de<br />
mais verbas para pagar despesas<br />
já assumidas.<br />
No final da reunião, os deputados<br />
foram unânimes nas críticas<br />
à falta de justificações sobre<br />
um documento cuja discussão e<br />
votaçãonoplenárioestámarcada<br />
para daqui a pouco mais de uma<br />
semana, no dia 11 de Dezembro.<br />
Uma das questões em que a oposição<br />
mais insistiu foi o porquê de<br />
o Governo pedir um acréscimo<br />
na dotação provisional de 310<br />
milhões de euros e o que tinha<br />
acontecido aos cerca de 600 milhões<br />
na dotação provisional inscrita<br />
no Orçamento de Estado.<br />
Depois de muita insistência,<br />
Teixeira dos Santos explicou que<br />
o Executivo tem “sinais, que se<br />
poderão concretizar ou não, de<br />
que poderão vir a ser necessárias<br />
verbas adicionais” para determinados<br />
encargos que ainda “não<br />
são certos e determinados”, em<br />
“situações de reserva, situações<br />
de saúde, por causa da Gripe A”.<br />
E também para os “serviços integrados<br />
da Caixa Geral de Aposentação”,<br />
porque “foi o primeiro<br />
ano do seu funcionamento e<br />
poderão vir a manifestar insuficiência<br />
de verbas”.<br />
Os deputados esperavam<br />
também mais explicações sobre a<br />
situação das contas públicas e o<br />
cenário macroeconómico.O relatóriodoOrçamentonãocontempla,<br />
por exemplo, as previsões<br />
do Governo para a dívida<br />
pública-aprevisãomaisrecente,<br />
da Comissão Europeia, aponta<br />
para 77,4% do PIB - nem dá um<br />
valor exacto para o do défice.<br />
Sabe-se apenas que andará perto<br />
do previsto por Bruxelas: cerca<br />
de 8% do PIB. Miguel Frasquilho,<br />
do PSD, um dos que mais contestou<br />
o silêncio de Teixeira dos<br />
Santos, disse ao <strong>Diário</strong> <strong>Económico</strong><br />
que o maior partido da oposição<br />
está “extremamente desapontado”<br />
com a falta de “estimativas<br />
para o valor do défice orçamentaleodéficedossubsectores”edeprevisõesparao“PIB,<br />
desemprego ou qualquer indicador<br />
macroeconómico”. Frasquilho<br />
considera que Teixeira dos<br />
Santos “não quis informar” os<br />
deputados. “ É inadmissível e<br />
uma falta de respeito para com os<br />
deputados. Até porque não acredito<br />
que a um mês do final do ano<br />
o Governo não saiba qual é o valor<br />
do défice orçamental”, frisou,<br />
antes de acrescentar que “para [o<br />
PSD] decidir o sentido de voto<br />
[sobre a aprovação do documento],<br />
será preciso esperar pelo debate<br />
de dia 11 e pela votação”.<br />
Uma das questões em<br />
que a oposição mais<br />
insistiu foi o porquê de<br />
o Governo pedir um<br />
reforço de dotação<br />
provisional de 310<br />
milhões de euros.<br />
Ficou também por saber como<br />
tenciona o Governo levar a cabo a<br />
consolidação orçamental dentro<br />
da meta prevista - Bruxelas impôs<br />
a Portugal que o défice recue para<br />
valores abaixo dos 3% em 2013,<br />
prazo que foi ontem formalizado<br />
no Ecofin (ver pá<strong>gina</strong> 31)-, uma<br />
questão levantada por Honório<br />
Novo. O deputado comunista disse<br />
ao <strong>Diário</strong> <strong>Económico</strong> que a CDU<br />
está “a ponderar” se apresenta ou<br />
não “propostas de alteração” ao<br />
Orçamento Rectificativo, que poderão<br />
ser entregues até dia 9 de<br />
Dezembro. “Quando ao sentido<br />
de voto [da CDU sobre a aprovação<br />
do Orçamento Rectificativo]”,<br />
acrescentou que o partido comunista<br />
ainda não tomou uma decisão,<br />
porque para isso acontecer<br />
“seria preciso que o ministro das<br />
Finanças tivesse dado mais informações<br />
aos deputados”.<br />
Enquanto a oposição não se<br />
decide, o Governo vai fazendo<br />
pressão. Teixeira dos Santos disse<br />
que caso a Assembleia não aprove<br />
o rectificativo, está a dizer ao país<br />
que não permitiu ao Estado “obter<br />
os fundos necessários para<br />
colmatar esta quebra da receita”,<br />
que consta no documento, estimada<br />
em 4,9 mil milhões. “A Assembleia,<br />
em vez de ser parte da<br />
solução, passou a fazer parte do<br />
problema das contas públicas,<br />
com as medidas que reprovou na<br />
sexta-feira”, acusou o ministro,<br />
referindo-se ao adiamento do<br />
Código Contributivo e à extinção<br />
do Pagamento Especial por Conta<br />
que, juntos, vão custar ao Estado<br />
cerca de 380 milhões de euros.<br />
Na altura, o ministro dos Assuntos<br />
Parlamentares, Jorge Lacão,<br />
afirmou ainda que se todas as<br />
propostas da oposição fossem<br />
aprovadas (incluindo alterações<br />
às pensões ou ao subsídio de desemprego),<br />
seria criado um desequilíbrio<br />
orçamental de 2,3 mil<br />
milhões de euros.<br />
Ao mesmo tempo que o Governo<br />
pede verbas para pagar<br />
despesas já assumidas, a indústria<br />
farmacêutica e as construtores<br />
pedem mais apoio (ver texto<br />
ao lado). ■<br />
Preços à saída das fábricas recuam 6,7%<br />
Os preços na produção industrial caíram em Outubro pelo décimo mês<br />
consecutivo, recuando 6,7% face a igual mês do ano anterior, de acordo<br />
com dados do Eurostat. Portugal acompanhou a tendência com uma<br />
quebra homóloga de 4,2% dos preços à saída das fábricas. Na União<br />
Europeia no seu conjunto (UE-27), os preços na produção recuaram 5,8%,<br />
indica o departamento de estatísticas europeus. Este recuo marca um<br />
abrandamento da tendência de queda dos preços.<br />
“<br />
O TEMA: TIMING DO ORÇAMENTO<br />
Ter avançado com o rectificativo<br />
em Maio/Junho seria manifestamente<br />
insuficiente para cobrir a quebra<br />
da receita que acaba por se constatar<br />
este ano. Era prematuro. Se eu tivesse<br />
avançado com um Orçamento<br />
RectificativoemMaioouJunhodesteano,<br />
estaríamos agora a discutir uma terceira<br />
proposta de alteração ao Orçamento”.<br />
A EXPLICAÇÃO: Foi com esta frase que o ministro das<br />
Finanças recusou a ideia do Orçamento Rectificativo ter sido<br />
apresentado tardiamente, por questões de ‘timming’ político.<br />
O ministro lembrou que a previsão de Maio para a quebra na<br />
receita ficou aquém do que acabou por se verificar.<br />
O TEMA: O DÉFICE<br />
“Orçamento Rectificativo mostra<br />
claramente a situação do subsector<br />
Estado. O défice das Administrações<br />
Públicas não estará abaixo dos 8%”.<br />
A EXPLICAÇÃO: Depois de dizer apenas que o défice<br />
andará em torno dos 8%, sem explicar se um pouco acima<br />
ou um pouco abaixo, Teixeira dos Santos concretizou<br />
ontem um pouco mais. Pode ficar perto dos 8%, mas ficará<br />
sempre acima desse valor.<br />
O TEMA: A CONSOLIDAÇÃO<br />
“A correcção orçamental proposta pelo<br />
Governo significa que o agravamento<br />
das contas públicas chegou ao fim.”<br />
A EXPLICAÇÃO: Foi mais uma forma do ministro responder<br />
às críticas de que a proposta de correcção orçamental<br />
chega tarde. Teixeira dos Santos disse que era<br />
muito difícil prever no início do ano qual seria a deterioração<br />
das contas públicas e que não fazia sentido apresentar<br />
o documento antes.
EURO<br />
face ao dólar<br />
1,5109<br />
PETRÓLEO<br />
valor em dólares<br />
79,67<br />
TAXA EURIBOR<br />
a seis meses<br />
0,998<br />
“O TEMA: COMPROMISSOS<br />
AGENDA DO DIA<br />
● O Banco Central Europeu decide<br />
sobre a política de juros. A taxa<br />
directora deve manter-se inalterada,<br />
mas poderão terminar algumas<br />
medidas de apoio aos bancos.<br />
● O Eurostat divulga o PIB da zona<br />
euro no terceiro trimestre do ano.<br />
O Orçamento Rectificativo<br />
acontece porque a receita cobrada<br />
é insuficiente, não porque o Estado<br />
gastou mais do que a Assembleia da<br />
República autorizou. Se a Assembleia<br />
entender que não deve agora dar este<br />
financiamento, está a dizer ao país<br />
queautorizouoEstadoagastar,<br />
mas não lhe quer dar os meios<br />
necessários para honrar os<br />
compromissos com os fornecedores<br />
e obter os fundos necessários para<br />
colmatar esta quebra da receita”.<br />
A EXPLICAÇÃO: Teixeira dos Santos referia-se ao facto<br />
de a Assembleia ter aprovado o aumento da despesa do<br />
Estado para combater a crise económica e que agora é<br />
necessário arranjar maneira de obter financiamento para<br />
cobrir essa despesas, uma vez que não se pode ir buscar<br />
esse montante à receita, que sofreu uma quebra brutal.<br />
O TEMA: GOVERNO <strong>DE</strong> MINORIA<br />
“A Assembleia da República,<br />
em vez de ser parte da solução,<br />
passou a fazer parte do problema<br />
das contas públicas, com as medidas<br />
que reprovou na sexta-feira”.<br />
A EXPLICAÇÃO: O ministro das Finanças referia-se<br />
ao adiamento da entrada em vigor do Código<br />
Contributivo e à extinção do Pagamento Especial<br />
por Conta que, juntos, vão custar ao Estado cerca<br />
de 380 milhões de euros este ano.<br />
Quinta-feira 3 Dezembro 2009 <strong>Diário</strong> <strong>Económico</strong> 13<br />
Fornecedores<br />
do Estado<br />
reclamam<br />
2.300 milhões<br />
Construtoras e indústria<br />
farmacêutica exigem<br />
pagamento de dívidas.<br />
A indústria farmacêutica e os<br />
construtores de obras públicas<br />
consideram que o Estado devia<br />
pagar as dívidas a tempo e horas<br />
ou lançar um novo programa<br />
que permitisse saldar os valores<br />
em falta, que já chegam aos<br />
2.300 milhões de euros.<br />
Em declarações à Agência<br />
Lusa, o presidente da Associação<br />
Portuguesa da Indústria<br />
Farmacêutica diz ver “com<br />
muito bons olhos” o lançamento<br />
de um novo plano que permita<br />
pagar os 585 milhões de euros<br />
que os hospitais do Serviço Nacional<br />
de Saúde (SNS) deviam<br />
aos laboratórios pelo fornecimento<br />
de medicamentos e material<br />
de consumo clínico. Para<br />
resolver o problema, o presidente<br />
da Associação Portuguesa<br />
da Indústria Farmacêutica, João<br />
Almeida Lopes, só vê duas soluções:<br />
“Ou um novo plano de pagamento<br />
das dívidas ou então<br />
uma injecção financeira nos<br />
hospitais para reduzir os montantes<br />
em falta”.<br />
No final do ano passado, o<br />
Governo aprovou um plano que<br />
previa o pagamento de 1,7 mil<br />
milhões de euros para saldar as<br />
dívidas com mais de 90 dias.<br />
Cercadeumanodepois,asituação<br />
não melhorou tanto<br />
quanto os fornecedores desejavam.<br />
“Temos a sensação de que<br />
houve alguma melhoria no final<br />
do primeiro semestre, mas não<br />
o suficiente para inverter a tendência”,<br />
explica o presidente da<br />
Federação Portuguesa da Indústria<br />
da Construção e Obras Públicas<br />
(Fepicop). Para Ricardo<br />
Pedrosa, o pagamento a tempo e<br />
horas “devia ser uma prática<br />
comum e não termos de andar<br />
constantemente a criar planos<br />
especiais porque existem directivas<br />
comunitárias e leis”. A associação<br />
estima em 900 milhões<br />
as dívidas das autarquias e em<br />
800 milhões as do Estado. ■<br />
<strong>Plano</strong> de pagamento<br />
de dívidas aprovado<br />
no final do ano<br />
passado foi<br />
insuficiente.
14 <strong>Diário</strong> <strong>Económico</strong> Quinta-feira 3 Dezembro 2009<br />
ECONOMIA<br />
MEDIDAS ANTI-DUMPING<br />
Bruxelas quer prolongar por 15 meses<br />
taxas sobre calçado da China e Vietname<br />
A Comissão Europeia propôs ontem o prolongamento por mais 15 meses<br />
das sobretaxas de alfândega impostas ao calçado de couro fabricado na<br />
China e Vietname, como medida ‘anti-dumping’ para proteger a produção<br />
da União Europeia. As sobretaxas foram impostas em 2006 e são de<br />
16,5% para o calçado em couro da China e de 10% para o do Vietname<br />
e uma investigação desenvolvida pelo Executivo comunitário concluiu<br />
que a sua manutenção se justifica.<br />
Oposição está<br />
de acordo para<br />
alargar subsídio<br />
de desemprego<br />
PSD, CDS, Bloco e PCP querem dar subsídio<br />
por mais tempo, pelo menos em 2010.<br />
Margarida Peixoto<br />
margarida.peixoto@economico.pt<br />
Os partidos da oposição vão tentar<br />
impor o alargamento, pelo<br />
menos temporário, do período de<br />
concessão do subsídio de desemprego,<br />
como forma de ajudar<br />
muitas famílias a enfrentar a crise.<br />
A medida será discutida já no<br />
arranque do próximo ano.<br />
Com a taxa de desemprego a<br />
atingir os 10,2%, de acordo com<br />
dados do Eurostat divulgados<br />
esta segunda-feira, a oposição<br />
está determinada a aumentar a<br />
protecção dos mais de 547 mil<br />
portugueses que perderam o seu<br />
posto de trabalho.<br />
Os quatro projectos de lei que<br />
deram entrada na Assembleia da<br />
República durante o mês de Novembro,<br />
um da autoria de cada<br />
partido da oposição, têm um<br />
ponto em comum: prevêem um<br />
alargamentodonúmerodemeses<br />
de subsídio a que os desempregados<br />
têm direito. Neste momento,<br />
os prazos são definidos<br />
A disponibilidade<br />
do PCP para<br />
chegar a acordo é<br />
“total”, diz o<br />
deputado Jorge<br />
Machado. Mas o<br />
PCP vai “mais<br />
longe que os<br />
partidos de<br />
direita”, sublinha.<br />
Rosário Águas,<br />
deputada do PSD,<br />
admite que “em<br />
último caso, se o<br />
Governo se<br />
mostrar<br />
irredutível”, o PSD<br />
poderá procurar<br />
consensos com a<br />
oposição.<br />
em função da idade e da carreira<br />
contributiva e variam entre nove<br />
mesesedoisanosemeio.<br />
“O objectivo é que o Governo<br />
se entenda com o maior partido<br />
daoposição,queéoPSD,eque<br />
mude a sua postura”, diz a deputada<br />
social-democrata Rosário<br />
Águas, sublinhando que este é o<br />
primeiro passo. Contudo, admite<br />
que “em último caso, se o Governo<br />
se mostrar irredutível”, o<br />
PSD poderá procurar consensos<br />
com a oposição.<br />
À partida, o entendimento não<br />
será difícil. “Temos toda a disponibilidade<br />
para conversar com<br />
todos os partidos”, diz Pedro<br />
Mota Soares, deputado do CDS,<br />
ressalvando que o seu partido “só<br />
admite o alargamento temporal,<br />
na lógica do combate à crise” –<br />
uma condição que vai ao encontro<br />
da posição do PSD.<br />
Aliás,estaéaprincipaldiferença<br />
que separa as iniciativas da<br />
direita das da esquerda: estabelecer<br />
se o alargamento do período<br />
deconcessãodeveserumamedida<br />
excepcional, a aplicar apenas<br />
enquanto a crise económica se verificar,<br />
ou se deve passar a ser definitiva.<br />
Os partidos da esquerda –<br />
BE e PCP – defendem uma mudança<br />
definitiva, enquanto os da<br />
direita – PSD e CDS – sublinham<br />
que deve ser uma alteração temporária,<br />
a vigorar durante 2010.<br />
“O mais importante é mudar<br />
o estado de coisas” e não “ver<br />
quem coloca a bandeira”, diz<br />
Mariana Aiveca, deputada do<br />
Bloco de Esquerda. E acrescenta:<br />
“Queremos fazer a convergência<br />
onde ela seja possível”. Posição<br />
semelhante tem o PCP, que assume<br />
que a sua disponibilidade<br />
para chegar a um ponto de acordo<br />
com a oposição é “total”, diz<br />
o deputado Jorge Machado. “Nós<br />
vamos mais longe do que os partidos<br />
de direita”, reconhece, sublinhando<br />
que estender o subsídio<br />
por seis meses “é insuficienteporquenãoseprevêqueacrise<br />
acabe já”. Ainda assim, admite<br />
que o PCP “está disponível”<br />
para negociar. ■<br />
Banco Mundial diz que metade dos<br />
ganhos conseguidos estão perdidos.<br />
PAÍSES EMERGENTES NA EUROPA E ÁSIA CENTRAL<br />
Banco Mundial prevê mais dez milhões<br />
de pobres em 2010 por causa da crise<br />
Metade dos ganhos conseguidos na última década na redução da pobreza<br />
nos países emergentes da Europa e na Ásia Central podem ser perdidos<br />
devido ao impacto da crise financeira, revelou ontem um relatório<br />
do Banco Mundial. As consequências estão quantificadas. De acordo<br />
com as contas do Banco Mundial, esta região do Mundo deverá ter mais<br />
dez milhões de pobres em 2010. A instituição refere no relatório<br />
que os países podem rever os seus programas de apoio.<br />
Paulo Alexandre Coelho<br />
As medidas da ministra Helena<br />
André (na foto acompanhado pelo<br />
secretário de Estado Pedro<br />
Marques) para ajudar os<br />
desempregados não são suficientes<br />
para a oposição.<br />
Alteração do Governo não chega para satisfazer a oposição<br />
No início de Novembro o Governo<br />
já tinha anunciado uma alteração<br />
às regras de acesso aos subsídio<br />
de desemprego. Durante o<br />
próximo ano, como medida<br />
excepcional, o tempo de<br />
descontos necessários para ter<br />
direito à prestação será mais<br />
curto. Em vez dos normais 450<br />
dias, bastarão 365 dias, ou seja,<br />
menos três meses de trabalho. De<br />
acordo com as estimativas do<br />
Governo, esta alteração vai<br />
beneficiar entre oito a dez mil<br />
pessoas. Embora o alargamento<br />
do acesso seja uma das<br />
reivindicações dos deputados,<br />
não chega. “A proposta não<br />
engana, é muito insuficiente<br />
tendoemcontaoscercade700<br />
mil portugueses que estão sem<br />
trabalho, contando com inactivos<br />
e desencorajados”, comenta<br />
Jorge Machado, deputado do PCP.<br />
Os quatro partidos da oposição<br />
estão por isso determinados a<br />
acrescenta mudanças. Até 13 de<br />
Dezembro os projectos de lei da<br />
oposição estão em apreciação<br />
pública. Depois deverá ser<br />
agendado o debate em plenário,<br />
queseprevêqueaconteçano<br />
início do próximo ano.
Quinta-feira 3 Dezembro 2009 <strong>Diário</strong> <strong>Económico</strong> 15<br />
VISÃO EMPRESARIAL<br />
Organizações empresariais prestaram público reconhecimento ao trabalho desenvolvido por empresas da Galiza e do Norte de Portugal nas áreas<br />
da inovação, cooperação transfronteiriça, internacionalização e transferência tecnológica. Atribuídos oito prémios e nove menções honrosas.<br />
SUPLEMENTO S DO JORNAL OFICIAL DA UE<br />
CONCURSOS PÚBLICOS<br />
Contacto:<br />
AEP – Associação Empresarial de Portugal<br />
Av. Dr. António Macedo 4450-617<br />
Leça da Palmeira<br />
Tel: (351) 22 998 1580 Fax: (351) 22 998 1774<br />
www.aeportugal.pt<br />
410<br />
TÍTULO: E-Madrid: Casacos compridos<br />
NÚMERO DO DOCUMENTO: 327553-2009<br />
<strong>DE</strong>SIGNAÇÃO DA ENTIDA<strong>DE</strong>: Dirección General de Tráfico<br />
OBJECTO DO CONTRATO: Casacos compridos.<br />
DATA LIMITE PARA RECEPÇÃO <strong>DE</strong> PROPOSTAS: 8.1.2010.<br />
411<br />
TÍTULO: F-Clermont-Ferrand: Tinta para marcação de estradas<br />
NÚMERO DO DOCUMENTO: 328920-2009<br />
<strong>DE</strong>SIGNAÇÃO DA ENTIDA<strong>DE</strong>: Dir Massif Central<br />
OBJECTO DO CONTRATO: Tinta para marcação de estradas.<br />
DATA LIMITE PARA RECEPÇÃO <strong>DE</strong> PROPOSTAS: 8.1.2010 - 12:00.<br />
412<br />
TÍTULO: IRL-Dublim: Cartões de identificação<br />
NÚMERO DO DOCUMENTO: 329125-2009<br />
<strong>DE</strong>SIGNAÇÃO DA ENTIDA<strong>DE</strong>: Department of Justice, Equality<br />
and Law Reform<br />
OBJECTO DO CONTRATO: Cartões de identificação. Bilhetes de identidade.<br />
Serviços de análise (scanning). Serviços de recolha de dados<br />
DATA LIMITE PARA RECEPÇÃO <strong>DE</strong> PROPOSTAS: 8.1.2010 - 12:00.<br />
413<br />
TÍTULO: PL-Szczecin: Papel autocopiador ou para cópia<br />
NÚMERO DO DOCUMENTO: 327538-2009<br />
<strong>DE</strong>SIGNAÇÃO DA ENTIDA<strong>DE</strong>: “Poczta Polska Spólka Akcyjna”<br />
OBJECTO DO CONTRATO: Papel autocopiador ou para cópia.<br />
DATA LIMITE PARA RECEPÇÃO <strong>DE</strong> PROPOSTAS: 4.1.2010 - 10:30.<br />
414<br />
TÍTULO: UK-Chester: Toalhas de mão de papel<br />
NÚMERO DO DOCUMENTO: 327639-2009<br />
<strong>DE</strong>SIGNAÇÃO DA ENTIDA<strong>DE</strong>: Countess of Chester Hospital<br />
NHS Foundation Trust<br />
OBJECTO DO CONTRATO: Toalhas de mão de papel.<br />
DATA LIMITE PARA RECEPÇÃO <strong>DE</strong> PROPOSTAS: 4.1.2010 - 10:00.<br />
415<br />
TÍTULO: F-Nantes: Mobiliário urbano<br />
NÚMERO DO DOCUMENTO: 331478-2009<br />
<strong>DE</strong>SIGNAÇÃO DA ENTIDA<strong>DE</strong>: Nantes Métropole<br />
OBJECTO DO CONTRATO: Mobiliário urbano.<br />
DATA LIMITE PARA RECEPÇÃO <strong>DE</strong> PROPOSTAS: 7.1.2010 - 12:00.<br />
416<br />
TÍTULO: NL-Rijswijk: Cutelaria<br />
NÚMERO DO DOCUMENTO: 330229-2009<br />
<strong>DE</strong>SIGNAÇÃO DA ENTIDA<strong>DE</strong>: Centraal Orgaan opvang<br />
asielzoekers (COA)<br />
OBJECTO DO CONTRATO: Cutelaria. Equipamento de cozinha,<br />
artigos domésticos e refeições fornecidas (catering). Colheres e<br />
garfos. Artigos de vidro.<br />
DATA LIMITE PARA RECEPÇÃO <strong>DE</strong> PROPOSTAS: 4.1.2010 - 12:00.<br />
417<br />
TÍTULO: E-Reus: Mobiliário (incl. de escritório), acessórios, aparelhos<br />
domésticos (excl. iluminação) e produtos de limpeza<br />
NÚMERO DO DOCUMENTO: 328917-2009<br />
<strong>DE</strong>SIGNAÇÃO DA ENTIDA<strong>DE</strong>: Gestió Comarcal Hospitalària SA<br />
(GECOHSA)<br />
OBJECTODOCONTRATO:Mobiliário (incl. de escritório), acessórios,<br />
aparelhos domésticos (excl. iluminação) e produtos de limpeza.<br />
DATA LIMITE PARA RECEPÇÃO <strong>DE</strong> PROPOSTAS: 5.1.2010 - 14:00.<br />
418<br />
TÍTULO: PL-Bialystok: Vestuário, calçado, malas e artigos de viagem,<br />
acessórios<br />
NÚMERO DO DOCUMENTO: 328846-2009<br />
<strong>DE</strong>SIGNAÇÃO DA ENTIDA<strong>DE</strong>: Samodzielny Publiczny ZOZ Wojewódzki<br />
Szpital Zespolony im. J. Sniedeckiego<br />
OBJECTO DO CONTRATO: Vestuário, calçado, malas e artigos<br />
de viagem, acessórios. Vestuário profissional, vestuário de trabalho<br />
especial e acessórios.<br />
DATA LIMITE PARA RECEPÇÃO <strong>DE</strong> PROPOSTAS: 7.1.2010 - 11:00.<br />
Estes prémios são atribuídos a pequenas<br />
e médias empresas localizadas no Norte<br />
de Portugal e na Galiza.<br />
AEP e CEP premeiam<br />
17 empresas<br />
Duas instituições vão melhorar<br />
serviços às empresas apostadas<br />
na cooperação transfronteiriça.<br />
A Associação Empresarial de<br />
Portugal (AEP) e a Confederação<br />
de Empresários de Pontevedra<br />
(CEP) entregaram, na passada<br />
semana, os galardões relativos às<br />
quatro categorias da primeira<br />
edição dos prémios que no princípio<br />
do ano instituíram. Os Prémios<br />
CEP-AEP visam distinguir<br />
as pequenas e médias empresas e<br />
instituições sedeadas na euroregião<br />
Galiza-Norte de Portugal<br />
que mais se destaquem nas áreas<br />
da inovação, cooperação transfronteiriça,<br />
internacionalização e<br />
transferência tecnológica.<br />
Na estreia, foram distinguidas,<br />
no total, 17 empresas,<br />
tendo sido premiadas as portuguesas<br />
M.A.R. – Kayaks<br />
(inovação), CEI – Companhia<br />
de Equipamentos Industriais<br />
(transferência tecnológica),<br />
Petrotec (internacionalização)<br />
e Biodevices (cooperação<br />
transfronteiriça). Do lado espanhol<br />
e nas mesmas categorias,<br />
foram distinguidas as galegas<br />
Hermasa, Quobis Networks,<br />
Selmark e El Secreto del Mar.<br />
O júri, que integrou dirigentes<br />
das duas organizações empresariais,<br />
atribuiu ainda menções<br />
honrosas a quatro empresas nortenhas<br />
e a cinco galegas: Fibersensing<br />
e Gonzabell (inovação),<br />
Egitron, KNM Management Systems<br />
e Grupo Desarrollanet<br />
(transferência tecnológica), Fortunato<br />
O. Frederico e Islas Montajes<br />
y Tallerses (internacionalização)<br />
e Ach. Brito e Pipeworks<br />
(cooperação transfronteiriça).<br />
Para além de representantes<br />
das empresas galardoadas, na cerimónia<br />
de entrega dos prémios,<br />
Premiadas as<br />
portuguesas M.A.R.<br />
Kayaks, CEI, Petrotec<br />
e Biodevices.<br />
Exponor forma quadros angolanos<br />
Termina esta semana o estágio<br />
de formação que a Exponor está<br />
a proporcionar a 11 quadros da Feira<br />
Internacional de Luanda (FIL),<br />
principal referência do sector<br />
das feiras de negócios em Angola.<br />
Ao longo de três semanas, a<br />
delegação angolana recebeu<br />
formação geral e funcional<br />
nos diversos departamentos<br />
da associada da AEP especializada<br />
na organização de feiras, tendo-se<br />
integrado em grupos de trabalho<br />
específicos, para que cada um<br />
dos estagiários se familiarizasse<br />
com as melhores práticas e<br />
métodos de trabalho do sector.<br />
O estágio decorre do protocolo de<br />
cooperação celebrado, no princípio<br />
do ano, entre a AEP e a FIL que<br />
permitiu já replicar na capital<br />
angolana duas feiras do portefólio<br />
da Exponor: a Export Home,<br />
de mobiliário e artigos de casa,<br />
D.R.<br />
que decorreu no âmbito do Fórum<br />
de Cooperação Empresarial<br />
Galiza-Norte de Portugal, na cidade<br />
galega de Baiona, participaram<br />
os presidentes do Governo<br />
Regional galego, Alberto Núñez<br />
Feijóo, da Confederação Espanhola<br />
de Organizações Empresariais,<br />
Gerardo Díaz Ferrán, e da<br />
Comissão de Coordenação e Desenvolvimento<br />
Regional do Norte,<br />
Carlos Lage.<br />
Na mesma ocasião, os presidentes<br />
da AEP, José António Barros,edaCEP,JoséManuelFernández<br />
Alvariño, assinaram um<br />
protocolo que vai criar uma estrutura<br />
permanente vocacionada<br />
para a prestação de serviços às<br />
empresas, portuguesas e espanholas,<br />
envolvidas em projectos<br />
que visem a cooperação transfronteiriça,<br />
a internacionalização<br />
e a competitividade. Em conformidade<br />
com tal objectivo, as duas<br />
organizações acertaram já a<br />
apresentação de uma candidatura<br />
conjunta ao programa de cooperação<br />
transfronteiriça Portugal/Espanha.<br />
■<br />
Direcção de Comunicação<br />
e Marketing da AEP<br />
e a EMAF/FIMAP/SIEEL,<br />
de máquinas-ferramenta<br />
e acessórios para a indústria.<br />
Para o director-geral da Exponor,<br />
José Carlos Coutinho, este estágio<br />
“aprofunda o acordo e reforça a<br />
relações existentes” entre a AEP<br />
e a FIL e vai ter “reflexos positivos,<br />
com certeza, na formação<br />
dos quadros angolanos e na<br />
profissionalização deste importante<br />
sector” naquele país africano.
16 <strong>Diário</strong> <strong>Económico</strong> Quinta-feira 3 Dezembro 2009<br />
POLÍTICA<br />
Vara faz da sua<br />
inocência<br />
“um combate”<br />
Obrigado a pagar uma caução de 25 mil euros e impedido de<br />
falar com cinco arguidos da Face Oculta, Vara ataca a justiça.<br />
António Freitas de Sousa<br />
antonio.sousa@economico.pt<br />
Irredutível. O antigo vice-presidente<br />
do BCP, Armando Vara,<br />
considera-se inocente de qualquer<br />
crime no âmbito do processo<br />
Face Oculta e vai avançar<br />
irredutivelmente e até às últimas<br />
consequências na defesa<br />
dessa inocência. Foi essa espécie<br />
de declaração de princípio<br />
que Vara proferiu ontem, à saída<br />
do Juízo de Instrução Criminal<br />
do Baixo Vouga, em Aveiro, para<br />
afirmar que fará tudo o que estiver<br />
ao seu alcance para provar<br />
que “os indícios de indícios de<br />
indícios” que levaram o juiz de<br />
instrução do processo a indiciálo<br />
na prática de um crime de<br />
tráfico de influências não têm<br />
qualquer consistência.<br />
Armando Vara afirmou considerar<br />
que as explicações avançadas<br />
por si e pelos seus advogadosnafasedeinterrogatório<br />
eram mais que suficientes para<br />
tornar clara toda a sua participaçãonoprocesso–istoé,nenhuma.<br />
Aparentemente o juiz<br />
que instrui o processo, António<br />
Costa Gomes, não foi tão longe:<br />
retirou a Vara o ónus dos indíciosdapráticadocrimedecorrupção<br />
passiva mas manteve o<br />
de tráfico de influências. O militante<br />
do PS, que logo quando<br />
chegou a Aveiro disse ponderar<br />
sair da cidade com a simples<br />
obrigação de termo de identidade<br />
e residência – que decorre da<br />
situação de arguido – acabou<br />
por ver agravadas as medidas de<br />
coacção: 25 mil euros de caução<br />
(metade da caução mais elevada<br />
do processo) e proibição de<br />
contactar com cinco dos arguidos<br />
do Face Oculta – a família<br />
Godinho, Manuel, João e Hugo,<br />
Maribel Rodrigues e Namércio<br />
Cunha. Mas Armando Vara,<br />
consequente, como não quis<br />
deixar de enfatizar, com a sua<br />
qualidade de inocente, vai recorrer<br />
da decisão.<br />
Questionado pelo batalhão<br />
de jornalistas que se tem mantidoàportadoJuízodeAveiro,<br />
Armando Vara não excluiu –<br />
agora que, apesar de não concordar<br />
com a sua condição de<br />
arguido, a sua posição no processo<br />
está definida – a hipótese<br />
de regressar à administração do<br />
BCP. O militante socialista afirmou<br />
apenas que essa é uma matéria<br />
de discussão restrita no interior<br />
da administração do banco<br />
privado.<br />
Finalmente, o ex-ministro<br />
socialista disse ainda que “parece<br />
haver uma tendência para o<br />
julgamento em praça pública”,<br />
repetindo argumentação que já<br />
outros arguidos do Face Oculta<br />
veicularam anteriormente, e<br />
que tem servido para criticar<br />
aquilo que já foi chamado de<br />
“quebra cirúrgica do segredo de<br />
Justiça”: o aparecimento na comunicaçãosocialdefactossobre<br />
o processo que deveriam estar<br />
sob reserva.<br />
Com as medidas de coacção<br />
decretadas a Armando Vara,<br />
chega ao fim o período de inquirição<br />
dos 18 arguidos do processo<br />
no Juízo de Instrução CriminaldoBaixoVouga.■<br />
ALGUNS DOS ARGUIDOS COM QUEM ARMANDO VARA ESTÁ IMPEDIDO <strong>DE</strong> CONTACTAR<br />
Manuel Godinho<br />
Empresário<br />
O magnata das sucatas é acusado<br />
de ter montado a rede de<br />
corrupção com vista a conseguir<br />
contratos de prestação de<br />
serviços na área dos resíduos sem<br />
ter que passar pelas incertezas<br />
dos concursos públicos. O filho<br />
João e o sobrinho Hugo são<br />
parte activa, segundo os indícios<br />
validados pelo Juízo.<br />
“Parece haver uma<br />
tendência para o<br />
julgamento na praça<br />
pública”,dizoexvice<br />
do BCP.<br />
Maribel Rodrigues<br />
Secretária de Manuel Godinho<br />
Acusada de dois crimes de burla<br />
qualificada na qualidade<br />
de cúmplice e de um crime de<br />
associação criminosa. Defendida<br />
pelo conhecido advogado Artur<br />
Marques (que defendeu Fátima<br />
Felgueiras) e secretária de<br />
profissão, Maribel teve que pagar<br />
uma caução de 15 mil euros,<br />
entre outras medidas de coacção.<br />
Namércio Cunha<br />
Empresa O2<br />
Foi acusado pelo Juízo do Baixo<br />
Vouga de dois crimes: um<br />
de corrupção activa e outro<br />
de associação criminosa. A<br />
inquirição deste arguido, uma<br />
das mais demoradas da ronda<br />
que decorreu em Aveiro,<br />
resultou na obrigação de pagar<br />
uma caução de 25 mil euros,<br />
entre outras medidas.<br />
Armando Vara deu a cara<br />
e respondeu ontem a todas<br />
as perguntas dos jornalistas.<br />
EM DISCURSO DIRECTO ARMANDO VARA arguido no caso<br />
“Não havendo provas<br />
Ex-vice do BCP diz que provará<br />
a sua inocência “demore um,<br />
dois ou três anos”.<br />
Ontem à saída do tribunal, Armando<br />
Vara respondeu a todas as<br />
questões dos jornalistas.<br />
Qual foi a decisão do juiz?<br />
Uma boa parte dos esclarecimentos<br />
que aqui trouxe sexta-feira<br />
foram tidos em conta e, por isso,<br />
o senhor juiz considerou que<br />
apenas persistem dúvidas quanto<br />
a um dos crimes. Tinha sido indiciado<br />
pela prática de dois crimes,<br />
o que quer dizer que a partir deste<br />
momento passaram a haver, apenas,<br />
alguns indícios que o juiz<br />
considera não suficientemente<br />
esclarecidos da prática de um crime<br />
apenas.<br />
Nocrimedetráfegodeinfluencias?<br />
No crime de tráfego de influências.<br />
O senhor juiz considerou por<br />
isso que eu não devia falar com alguns<br />
dos arguidos enquanto não<br />
se esclarecer completamente este<br />
facto e estabeleceu, também, uma<br />
caução de 25 mil euros, segundo<br />
me explicou, para incentivar esse<br />
não contacto com os arguidos.<br />
Quais arguidos?<br />
Eu não tenho os nomes de memória.<br />
De qualquer das formas, e<br />
como eu tenho dito, eu considero<br />
que não cometi nenhum crime e<br />
vamos, por isso, recorrer desta<br />
decisão por uma questão de princípio.<br />
Não por que ela represente<br />
muito no contexto das diligências<br />
queaindavãoserfeitasenoconjunto<br />
de provas que pensamos<br />
trazer para o processo, mas por<br />
uma questão de principio. Do<br />
ponto de vista do que foram as<br />
explicações que aqui demos na<br />
sexta-feira, para mim e para a<br />
equipa de advogados que me<br />
acompanha, a minha posição
Face Oculta<br />
normal neste processo devia ser<br />
de testemunha.<br />
Sente-se um pouco derrotado?<br />
Não me sinto derrotado, sintome<br />
frustrado. Eu não desistirei<br />
enquanto não ficar completamente<br />
provada a minha inocência<br />
porque eu não cometi nenhum<br />
crime. Pode dizer-se que<br />
o pesadelo não acabou, lamentavelmente<br />
continua.<br />
Casos de gripe em “desaceleração”<br />
Na semana entre 23 a 29 de Novembro foram observados nos serviços<br />
de saúde 27.169 pessoas com sintomas de gripe. Apenas mais <strong>48</strong><br />
pessoas que na semana anterior, o que de acordo com o ministério da<br />
Saúde representa uma “desaceleração” do número de casos. Contudo,<br />
o número de casos graves e de mortes por gripe A não diminuiu:<br />
na mesma semana estiveram internados 149 doentes, dos quais 22<br />
em Unidades de Cuidados Intensivos, e registaram-se seis mortes.<br />
isto foi tudo inventado”<br />
“Não me sinto<br />
derrotado, sinto-me<br />
frustrado. Não<br />
desistirei enquanto<br />
não ficar<br />
completamente<br />
provada a minha<br />
inocência”.<br />
Pretende regressar às suas funções<br />
no BCP?<br />
Eu tenho de ver isso agora com a<br />
equipa dirigente do BCP. Não é o<br />
momentodeestarafalarsobre<br />
isso. O que constato é uma característica<br />
muito estranha da justiça<br />
portuguesa.<br />
Está frustrado com a justiça?<br />
Estou frustrado com a forma<br />
como o juiz entendeu os esclarecimentos<br />
que prestei porque entendeu<br />
como não sendo completamente<br />
esclarecedores. Parece<br />
haver na justiça portuguesa<br />
uma tendência para o julgamentonapraçapublicaqueéoque<br />
está acontecer com este processo.<br />
Eu não sou acusado, daquilo<br />
que me é permitido avaliar vejo<br />
apenas indícios, de indícios de<br />
indícios. Coisas que, em circunstância<br />
alguma, poderiam<br />
levar a uma solução destas. Na<br />
verdade a minha vida está afec-<br />
tada, a minha vida profissional<br />
está afectada, a vida dos meus<br />
familiares está afectada.<br />
Mantém que tudo isto foi inventado?<br />
Eu estou a ser indiciado por um<br />
crime que não cometi. Se não cometi,<br />
não pode haver provas. Não<br />
havendo provas foi inventado. Isto<br />
para mim é clarinho como água.<br />
E suspeita de alguém?<br />
Eu suspeitas tenho muitas.<br />
Vieira da Silva catalogou este<br />
processo de espionagem política.<br />
É da mesma opinião?<br />
Eu estaria a fazer o papel de<br />
comentador que não é manifestamente<br />
o meu. Eu sou um<br />
cidadão inocente. A policia<br />
tem alguns indícios de indícios<br />
que indiciam que eu possa ter<br />
cometido um crime. Se eu estou<br />
num Estado de Direito eu<br />
sou inocente até que um Tribunal<br />
me considere culpado e<br />
AGENDA DO DIA<br />
● Debate no Parlamento no âmbito<br />
do agendamento potestativo do BE<br />
sobre “Combate à Corrupção”.<br />
● Observatório de Políticas Públicas<br />
da Plataforma Construir Ideias<br />
promove debate sobre Desemprego;<br />
● Conferência no CCB sobre direitos<br />
das pessoas com deficiência.<br />
a sentença transite em julgado.<br />
Não esqueçamos isso porque,<br />
senão, podemos estar<br />
num quase Estado de Direito.<br />
Vai falar com o seu amigo José Sócrates<br />
sobre isto, visto que o próprio<br />
primeiro-ministro disse que<br />
falavam imensas vezes?<br />
Não tenho falado com ele nem sei<br />
se vou falar. Este é um assunto<br />
que não lhe diz respeito como<br />
compreenderão. É um assunto<br />
que me diz respeito a mim, à justiça.<br />
Não tenho a menor dúvida<br />
de que sairei deste processo inocentado,<br />
leve um ano, leve dois,<br />
leve três. Vou fazer disto um<br />
combate porque eu não posso ficar<br />
quieto, é o meu bom nome<br />
que está em causa.<br />
Tem pena de ter envolvido José<br />
Sócrates neste processo?<br />
Eu não o envolvi. Quem o envolveu<br />
foi quem promoveu as escutas.<br />
Não eu. ■<br />
Quinta-feira 3 Dezembro 2009 <strong>Diário</strong> <strong>Económico</strong> 17<br />
Bruno Barbosa<br />
Ministro<br />
insiste<br />
na tese de<br />
espionagem<br />
Dirigente do PS disse que<br />
não foi um deslize e mantém<br />
as afirmações.<br />
O ministro da Economia quis<br />
ontem esclarecer que, quando<br />
se referia a “espionagem política”,<br />
estava a classificar “a violaçãodaleiedosegredodo<br />
Justiça” no âmbito do processo<br />
Face Oculta, e não a acusar algum<br />
sector concreto. A oposiçãonãoficouconvencidaeinsiste<br />
que o dirigente socialista<br />
quis pressionar a investigação<br />
criminal.<br />
No final da audição de Vieira<br />
daSilva,nacomissãodeAssuntos<br />
Constitucionais, o deputado<br />
do PSD, Miguel Macedo<br />
sublinhou que “o ministro acusou<br />
quem faz investigação criminal<br />
de estar a fazer espionagem<br />
política”.<br />
Do BE, a mesma conclusão:<br />
“Isto só tem uma leitura, é que o<br />
ministro teve afirmações incendiárias<br />
para cima de um<br />
processo judicial, levantando a<br />
dúvida e a suspeita sobre todos<br />
os processos judiciários”, comentou<br />
a deputada Helena Pinto.<br />
Mas Vieira da Silva nega, e<br />
reafirma que o que disse em entrevista<br />
à Antena 1, no dia 13 de<br />
Novembro, “não foi um deslize,<br />
ou uma gralha”, e também não<br />
serviu para atacar alguém em<br />
concreto, mas sim para criticar<br />
a divulgação “ilegal” de escutas<br />
do processo Face Oculta, que<br />
apanharam conversas entre José<br />
Sócrates e Armando Vara, um<br />
dos principais arguidos do caso.<br />
“É falso que me estivesse a referir<br />
a qualquer nome em concreto”,<br />
disse o dirigente socialista,<br />
acrescentando que está preocupado<br />
com a publicação de<br />
escutas, que violam, “não apenas<br />
do segredo Justiça, mas da<br />
lei e do Estado de Direito. Este<br />
processo é conduzido por<br />
quem? Não sei. Se eu soubesse<br />
dizia às autoridades”, declarou<br />
Vieira da Silva.<br />
O PS defendeu Vieira da Silva,<br />
e atacou o PSD, ao lançar a<br />
suspeita de que a líder daquele<br />
partido teve conhecimento antecipado<br />
da existência de escuta<br />
telefónicas entre Sócrates e<br />
Vara. Ricardo Rodrigues disse<br />
que “quando Manuela Ferreira<br />
Leite afirma publicamente que<br />
o primeiro-ministro mentiu<br />
sobre o caso TVI, é caso para se<br />
ficar muito admirado”. “Como<br />
sabe ela que o primeiro-ministro<br />
estava a mentir?”, questionou<br />
Ricardo Rodrigues. ■ S.R.
18 <strong>Diário</strong> <strong>Económico</strong> Quinta-feira 3 Dezembro 2009<br />
POLÍTICA<br />
EUROBARÓMETRO<br />
Pobreza preocupa mais os portugueses<br />
do que as alterações climáticas<br />
Pobreza, falta de alimentos e de água potável são os temas que mais<br />
preocupam os portugueses. Em sexto lugar ficam os receios sobre as<br />
alterações climáticas e, só depois, os conflitos armados. A hierarquia<br />
das preocupações dos portugueses foi divulgada numa sondagem<br />
do Eurobarómetro, sobre atitudes face às alterações climáticas. Em<br />
Portugal, apenas 28% dos inquiridos consideraram que estes são<br />
problemas mundiais mais sérios, contra 47% da média europeia.<br />
Fundador do PSD defende sistema<br />
eleitoral proporcional e uninominal.<br />
CRIMINALIZAÇÃO DO ENRIQUECIMENTO ILÍCITO <strong>DE</strong>VERÁ SER CHUMBADA<br />
O Parlamento voltará<br />
hoje a discutir duas<br />
propostas do BE e PCP<br />
para tipificar como crime<br />
o enriquecimento<br />
injustificado. O PS já<br />
fez saber que será<br />
intransigente neste ponto<br />
e não aceitará viabilizar<br />
soluções que considera<br />
conduzirem à inversão<br />
do ónus da prova,<br />
consagrado na<br />
Constituição. Quanto<br />
ao PSD, terá uma<br />
proposta no mesmo<br />
sentido que será discutida<br />
apenas no dia 10. Ao<br />
<strong>Diário</strong> <strong>Económico</strong>, Teresa<br />
Morais, da direcção<br />
da bancada, não quis<br />
adiantar o sentido de voto<br />
em relação aos projectos<br />
da esquerda. A aprovação<br />
estaránasmãosdoCDS,<br />
que se votar<br />
favoravelmente deixará<br />
o PS isolado. Mas é sabido<br />
que os centristas não<br />
concordam com esta<br />
criminalização.<br />
Márcia Galrão<br />
marcia.galrao@economico.pt<br />
A alteração das regras do sigilo<br />
bancário promete voltar a dividir<br />
o PS. Deputados e Governo analisaram<br />
ontem a hipótese de recuperar<br />
uma antiga proposta para<br />
obrigar os bancos a informar o<br />
Fisco duas vezes por ano dos saldos<br />
dos depositantes que, em média,<br />
têm mais de 15 mil euros depositados.<br />
Em causa estará uma<br />
solução próxima do que defende o<br />
Bloco, cujo projecto-lei nesta<br />
matéria será hoje debatido no<br />
plenário do Parlamento.<br />
Ao <strong>Diário</strong> <strong>Económico</strong>, Ricardo<br />
Rodrigues, da direcção da bancada<br />
do PS, confessa que a hipótese dos<br />
socialistas retomarem esta discussão<br />
“está a ser analisada” e foi<br />
mesmotemadeumareuniãocom<br />
o ministro da Justiça, Alberto Martins,<br />
durante o dia de ontem. Notese<br />
que este governante foi um dos<br />
defensores do chamado “modelo<br />
espanhol” quando o tema foi discutido<br />
no Parlamento no final da<br />
anterior legislatura. Na altura,<br />
também Vera Jardim, agora coordenador<br />
do PS para as propostas<br />
anticorrupção, defendeu que era<br />
preciso ir mais além do que aquilo<br />
que o Governo de Sócrates tinha<br />
aprovado: o acesso do Fisco às contas<br />
bancárias sem prévia autorização<br />
judicial e sem solicitar previamente<br />
a colaboração do contribuinte,<br />
em situações de “suspeitas<br />
fundadas” de rendimentos injustificados.<br />
Jardim queria uma “solução<br />
mais aberta, em que haja uma<br />
informação automática das instituições<br />
bancárias ao sistema fiscal<br />
sobre os saldos anuais das contas”.<br />
Masnemtodososdeputados<br />
vêem com bons olhos esta alteração.<br />
Ao <strong>Diário</strong> <strong>Económico</strong>, Victor<br />
Baptista, coordenador na comissão<br />
de Orçamento e Finanças, rejeita<br />
qualquer mexida nas regras<br />
do sigilo bancário e volta a dizer<br />
que aquilo que o anterior Governo<br />
aprovou é “suficiente”. O deputado<br />
foi o relator sobre o projecto<br />
do BE que é hoje discutido e<br />
voltou a insurgir-se contra a solução<br />
apresentada: “As instituições<br />
financeiras devem, duas vezes<br />
por ano, enviar informação à<br />
administração fiscal sobre os elementos<br />
relevantes sobre o fluxo<br />
de depósitos e transferências e<br />
saldos finais das contas dos depositantes<br />
para permitir o cruzamento<br />
de informações com as<br />
declarações fiscais”, diz o projecto.<br />
Uma solução idêntica à que o<br />
PS poderá apresentar. ■<br />
PSD<br />
Balsemão quer pactos de regime na Justiça,<br />
Educação, Saúde e Administração Pública<br />
Francisco Pinto Balsemão defendeu grandes reformas para a Justiça,<br />
Educação, Saúde e Administração Pública que assentem em “pactos de<br />
fundo ou acordos de regime”, “subscritos pelo maior número possível de<br />
partidos”. No primeiro debate organizado pelo Instituto Sá Carneiro com<br />
o objectivo de reflectir sobre “os desafios futuros do PSD”, o fundador<br />
do PSD falava defendeu também uma revisão profunda da Constituição<br />
e apontou “fragilidades” do sistema de governo semi-presidencialista.<br />
Sigilo bancário volta a dividir bancada<br />
Em causa está a possibilidade do fisco aceder a contas com rendimentos médios superiores a 15 mil<br />
Em causa estará<br />
o acesso do fisco<br />
a rendimentos<br />
infundados.<br />
TRÊS PERGUNTAS A...<br />
ROGÉRIO F. FERREIRA<br />
Fiscalista<br />
Alterações no sigilo<br />
bancário não são<br />
“desejáveis”<br />
Ex-secretário de Estado<br />
dos Assuntos Fiscais apela<br />
à ponderação no que toca<br />
ao sigilo bancário.<br />
O modelo espanhol ajuda<br />
acombateracorrupção?<br />
Embora desconheça qualquer<br />
estudo concreto sobre o impacto<br />
de tal medida, no que respeita ao<br />
combate à corrupção creio que não<br />
será desejável, designadamente<br />
tendo em consideração as<br />
alterações já introduzidas em<br />
Setembro. Qualquer “nova” medida<br />
para levantamento do sigilo, sem<br />
depender de controlo judicial e<br />
quando não exista consentimento<br />
do contribuinte, deverá ser<br />
cuidadosamente ponderada.<br />
Viola a privacidade do cidadão?<br />
A questão primordial passa por<br />
assegurar garantias de defesa aos<br />
contribuintes nos casos em que a<br />
derrogação do sigilo bancário é<br />
levada a cabo. Mediante a<br />
existência de tais garantias, tal<br />
como a efeito suspensivo em caso
RED BULL AIR RACE<br />
Ministro da Economia desconhece mão<br />
do Estado na localização da prova aérea<br />
O ministro da Economia disse ontem, no Parlamento, que desconhece<br />
o envolvimento do Estado na escolha da localização da próxima edição<br />
do Red Bull Air Race. A pergunta colocada pelo CDS-PP, sobre o festival<br />
aéreo que se realizou no Porto nos últimos três anos, surge na sequência<br />
de declarações da Associação Portuguesa de Hotelaria, Restauração e<br />
Turismo e da Associação Comercial do Porto contra a deslocalização da<br />
prova, que se juntam às críticas do autarca de Gaia Luís Filipe Menezes.<br />
do PS<br />
euros.<br />
João Paulo Dias<br />
de recurso da decisão de<br />
derrogação ou o ónus de fazer<br />
intervir o juiz para confirmar ou<br />
infirmar tal decisão,<br />
consubstanciam, a meu ver, o<br />
elemento determinante para<br />
salvaguardar esses direitos.<br />
O crime económico pode ser<br />
combatido desta forma?<br />
Esse combate deve ser encarado<br />
como um processo contínuo,<br />
susceptível de mutações. Contudo,<br />
atenta tal complexidade, uma<br />
eventual conclusão sobre a eficácia<br />
de tal medida só poderá ser<br />
veiculada mediante estudos<br />
concretos, que terão de ser<br />
conjugados com o bom nível de<br />
competência técnica e deontológica<br />
dos funcionários, a utilização<br />
crescente das novas tecnologias<br />
de informação e a melhoria<br />
no cruzamento de dados. ■<br />
COLUNA VERTEBRAL<br />
Poupança<br />
JOÃO PAULO GUERRA<br />
Os portugueses, que estão a<br />
nascer em Badajoz à razão de<br />
um por dia, ficaram agora a saber<br />
quanto é que o Estado português<br />
poupa por cada nascimentonormalemEspanha:700<br />
euros. Para além desta poupança,<br />
a percentagem de nascimentos<br />
por cesariana diminuiu<br />
consideravelmente com a decisão<br />
de mandar os portugueses<br />
nascer longe. Tais factos fazem<br />
cair pela base o argumento que<br />
defendia o encerramento de<br />
maternidades em Portugal “não<br />
por motivos economicistas”,<br />
mas antes para proporcionar<br />
“melhores condições para as<br />
mulheres e os seus filhos”. Uma<br />
patranha destinada a justificar<br />
uma política de terra queimada.<br />
Simplesmente, estes dados<br />
podem ter um efeito perverso<br />
para os decisores políticos que<br />
os defenderam e consumaram.<br />
Os portugueses, mandados<br />
nascer longe – e morrer, como<br />
junto à fronteira com a Galiza –<br />
podem começar a fazer outras<br />
contas. Como sejam: quanto é<br />
que nos custará transferir para<br />
um Ministério espanhol a Saúde<br />
dos portugueses, poupando<br />
o Orçamento de um Ministério<br />
em Portugal, incluindo os salários<br />
e penachos de ministro e<br />
secretários de Estado? E quem<br />
pensa Saúde, pode fazer igual<br />
raciocínio para Justiça, Defesa,<br />
Administração Interna, etc.<br />
PortugalsóperdeparaaEspanhanataxadedesemprego.<br />
Mas isso, provavelmente, é<br />
porque a Espanha não faz números<br />
de ilusionismo com os<br />
dados do desemprego. Porque,<br />
de resto, feitas as contas, a Espanha<br />
é um país e Portugal um<br />
subúrbio, pela tacanhez de um<br />
poder político que se vende<br />
por dá cá aquela sucata. E, assim<br />
como assim, já há certamente<br />
mais espanhóis a mandar<br />
em Portugal que nos tempos<br />
dos Filipes.<br />
É questão de pensar nisso. Se<br />
num parto se poupam 700 euros,<br />
o que não se pouparia num<br />
Governo, com seu séquito e sua<br />
clientela? ■<br />
joaopaulo.guerra@economico.pt<br />
Isabel Alçada explicou que a sociedade<br />
será informada da aplicação do acordo.<br />
PUB<br />
EDUCAÇÃO<br />
Quinta-feira 3 Dezembro 2009 <strong>Diário</strong> <strong>Económico</strong> 19<br />
Isabel Alçada diz que Acordo Ortográfico<br />
será aplicado de uma forma “serena”<br />
A ministra da Educação anunciou hoje que o Acordo Ortográfico vai ser<br />
aplicado de uma forma “serena” e que a sociedade será informada sobre<br />
todo o processo. Ontem, durante a apresentação do estudo “A Dimensão<br />
Económica da Literacia em Portugal: uma Análise”, Isabel Alçada<br />
explicou que “terá de haver uma adaptação dos livros, dos recursos<br />
de educação” e que “haverá um acordo com calendário e a sociedade”,<br />
professores, pais e crianças devidamente informados sobre o processo.
20 <strong>Diário</strong> <strong>Económico</strong> Quinta-feira 3 Dezembro 2009<br />
EMPRESAS<br />
Governo estuda novo<br />
concurso eólico de<br />
4 mil milhões de euros<br />
Novos parques poderão atingir três mil megawatts, mas as empresas mostram-<br />
-se pouco receptivas, devido às dificuldades nas licenças já atribuídas.<br />
Ana Gonçalves<br />
ana.goncalves@economico.pt<br />
O Governo está a equacionar o<br />
lançamento de um novo concurso<br />
eólico que, no cenário<br />
mais optimista, poderá atingir<br />
3 mil megawatts, representando<br />
um investimento potencial,<br />
a preços de mercado, na ordem<br />
dos 4.200 milhões de euros.<br />
Confrontado pelo <strong>Diário</strong><br />
<strong>Económico</strong>, o ministro da Economia,<br />
Vieira da Silva, limitouse<br />
a afirmar que Governo está a<br />
estudar a estratégia que será<br />
definida para a energia eólica.<br />
“Posso-lhe dizer apenas que<br />
estamos a avaliar o que vai ser<br />
feito”, adiantou Vieira da Silva.<br />
Servem de comparação os<br />
1.800 MW que foram atribuídos<br />
em concurso nos últimos<br />
quatro anos, repartidos por<br />
três fases, a primeira das quais,<br />
de 1.200 megawatts (MW),<br />
conquistada pelo consórcio<br />
formado pela EDP, Endesa, Generg,<br />
Enercon. A segunda, de<br />
400 MW, acabaria por ficar nas<br />
mãos da Galp, Martifer, Enersis,<br />
Efacec e Repower, enquanto<br />
a terceira etapa, de 200<br />
MW e com contornos distintos,<br />
foi destinada a pequenos<br />
investidores.<br />
Em comum, apenas a obrigatoriedade<br />
dos dois primeiros<br />
agrupamentos criarem ‘clusters’<br />
industriais.<br />
O Executivo de José Sócrates<br />
decidiu agora subir a fasquia.<br />
Fixou em 8.500 MW o objectivo<br />
para a energia eólica, a atingir<br />
até 2020.<br />
Com 5.100 MW já programados<br />
para 2012, mais 400 MW<br />
que poderão resultar do reforço<br />
de alguns parques eólicos actualmente<br />
em operação, este<br />
bolo promete ser acrescido com<br />
3 mil MW de novas licenças,<br />
das quais 500 MW em regime<br />
‘off-shore’ (em mar).<br />
Sector está pouco receptivo<br />
Por definir estão os contornos<br />
deste processo. Um facto a que<br />
não é alheio a falta de receptividade<br />
do sector à atribuição<br />
de novas licenças. Pelo menos<br />
enquanto não forem removidos<br />
os obstáculos, sobretudo<br />
ambientais, com que se confrontam<br />
muitos dos projectos<br />
em curso.<br />
Têm vindo a aumentar o número<br />
de parques que, ou foram<br />
chumbados pelas autoridades<br />
ambientais, ou receberam luz<br />
verde, mas acabaram com uma<br />
capacidade instalada inferior à<br />
prevista, reduzindo a sua rentabilidade.<br />
Uma preocupação a que o<br />
ministro da Economia se diz<br />
sensível. “A nossa principal<br />
António Sá<br />
da Costa<br />
Presidente da<br />
APREN<br />
“Os parques atribuídos só<br />
deverão estar operacionais em<br />
2014. É complicado avançar com<br />
mais licenças”<br />
preocupação é pôr em operação<br />
os parques já atribuídos”, afirmou<br />
Vieira da Silva.<br />
“Os parques atribuídos só<br />
deverão estar operacionais em<br />
2014. É complicado avançar<br />
com mais licenças, enquanto<br />
não houver centrais hidroeléctricas<br />
com sistema de bombagem,<br />
que servem de apoio à<br />
energiaeólicaegarantema<br />
segurança do sistema eléctrico<br />
nacional”, afirmou ao <strong>Diário</strong><br />
<strong>Económico</strong> o presidente da<br />
APREN, Associação Portuguesa<br />
de Energias Renováveis,<br />
AntónioSádaCosta,àmargem<br />
do Finance Energy Fórum,<br />
realizado no final da passada<br />
semana.<br />
Por seu turno, o administrador<br />
da Martifer Renewables,<br />
TiagoAndradeeSousa,alertou<br />
para outro problema. “Retirando<br />
as zonas da Rede Natura<br />
2000 constam poucas zonas<br />
com um recurso apropriado e<br />
com espaço adequado para<br />
construção de parques eólicos”,<br />
sublinha.<br />
Particularmente atentos às<br />
novas orientações do Governo<br />
estão os fabricantes de aerogeradores.<br />
É o caso da Vestas<br />
Wind Systems, líder mundial<br />
do sector e que em Portugal<br />
controla 17% do mercado, o<br />
que lhe garante o segundo lugar<br />
do ‘ranking’ nacional.<br />
Isso mesmo deixou claro o<br />
seu presidente, Ditlev Engel,<br />
em recente entrevista ao <strong>Diário</strong><br />
<strong>Económico</strong>: “Continuamos a<br />
construir as relações com os<br />
nossosclientesparaosnegócios<br />
globais e locais. Estamos a<br />
preparar a empresa e toda a<br />
nossa capacidade para aquilo<br />
que o Governo vier a definir no<br />
futuro próximo”.<br />
Mas a Vestas não está sozinha.<br />
No terreno estão outros<br />
concorrentes de peso, como a<br />
Enercon e a Repower, com presença<br />
industrial em território<br />
nacional. Um trunfo que certamente<br />
não deixarão de usar, já<br />
que ambos são fruto da política<br />
de promoção das energia eólica<br />
levada a cabo pelo Executivo de<br />
José Sócrates. ■ com F.A.<br />
INVESTIMENTO <strong>DE</strong> PESO<br />
● O novo concurso eólico<br />
representará um investimento<br />
potencial de cerca de 4.200<br />
milhões de euros.<br />
● O Executivo de José Sócrates<br />
decidiu subir a fasquia. Fixou em<br />
8.500 MW o objectivo para a<br />
energia eólica, a atingir até<br />
2020.<br />
● Constam poucas zonas com<br />
um recurso apropriado e com<br />
espaço adequado para<br />
construção de parques eólicos,<br />
garante Tiago Andrade e Sousa.
Papelaria Fernandes com valor mínimo<br />
O novo plano de insolvência da Papelaria Fernandes estipula que o valor<br />
mínimo para a cedência de exploração dos activos é de seis milhões de<br />
euros, disse ao <strong>Diário</strong> <strong>Económico</strong> Carlos Cintra Torres, gestor judicial. O<br />
plano prevê também que o pagamento desse montante seja feito<br />
trimestralmente, ao longo de 22 anos, e tendo como base 2% das<br />
vendas trimestrais da empresa. Este é um “valor mínimo que visa<br />
salvaguardar os investidores” e também para que “não fujam”, frisou.<br />
Martifer<br />
Infografia: Marta Carvalho | marta.carvalho@economico.pt<br />
AGENDA DO DIA<br />
● Seminário da Confederação de<br />
Meios de Comunicação Social, com<br />
a presença do ministro dos Assuntos<br />
Parlamentares, Jorge Lacão.<br />
● Deloitte e APREN apresentam<br />
o estudo “Impacto Macroeconómico<br />
do Sector das Energias em Portugal.<br />
● IV Observatório Toshiba.<br />
As dificuldades de financiamento<br />
estão a pôr em causa muitos<br />
projectos no sector.<br />
Ana Maria Gonçalves<br />
ana.goncalves@economico.pt<br />
As energias renováveis estão<br />
perante um impasse. Depois dos<br />
fortes incentivos de que foram<br />
alvo nos últimos anos, os actores<br />
que actuam nesta área de<br />
negócio dizem-se agora sem<br />
horizontes.<br />
A par dos obstáculos ambientais<br />
e da falta de uma linha<br />
estratégica para o período pós<br />
2012, os holofotes das empresas<br />
viram-se, no imediato, para as<br />
restrições ao crédito.<br />
Uma realidade que deriva da<br />
recente crise financeira que levou<br />
a banca a fechar as torneiras<br />
aos novos investimentos<br />
nas renováveis, a esmagadora<br />
maioria realizada em regime de<br />
‘project finance’.<br />
Este conceito assenta no financiamento<br />
de projectos com<br />
recurso a capitais alheios, cujo<br />
reembolso assenta nos fluxos<br />
gerados pelo próprio projecto,<br />
nos activos afectados e no recurso<br />
limitado ao balanço dos<br />
seus promotores.<br />
“Em Portugal há actualmente<br />
apenas dois novos investimentos<br />
em regime de<br />
‘project finance’, reconheceu<br />
Pedro Cabaço, director adjunto<br />
da Direcção de Project &<br />
Structured Finance, da Caixa<br />
BI, durante o Finance Energy<br />
Fórum, realizado na passada<br />
semana.<br />
E lembra que esta não é uma<br />
realidade exclusivamente portuguesa.<br />
Apesar das restrições<br />
sentidas um pouco por todo o<br />
mundo, “a energia lidera a tabela<br />
sectorial com 66.400 milhões<br />
de dólares. Ainda assim,<br />
registou um decréscimo de 28%<br />
face aos primeiros nove meses<br />
do ano passado”, refere o mesmo<br />
responsável.<br />
A este cenário junta-se, além<br />
da falta de inovação financeira,<br />
a existência de maiores custos e<br />
condições mais restritivas para<br />
as empresas.<br />
“As instituições de crédito<br />
preferem partilhar o financiamento<br />
com outros bancos.<br />
Deixou de haver interesse em<br />
chamarasiaestruturaçãofinanceira<br />
do projecto”, realçou<br />
Pedro Cabaço.<br />
“Hoje os bancos não querem<br />
assumir riscos, confirma o pre-<br />
Quinta-feira 3 Dezembro 2009 <strong>Diário</strong> <strong>Económico</strong> 21<br />
Banca reduz<br />
financiamentos<br />
às renováveis<br />
sidente da Endesa Portugal, Nuno<br />
Ribeiro da Silva.<br />
O cepticismo é assim a tónica<br />
reinante entre os actores que<br />
actuam neste sector.<br />
“Se fosse uma empresa centrada<br />
apenas nas renováveis,<br />
certamente falia. Não há negócio.<br />
Vamos ver o que vai acontecer<br />
com as eólicas a partir de<br />
2013. Desde 2007, que não se faz<br />
nada nas mini-hídricas e os<br />
projectos no solar são escassos”,<br />
sublinhou o presidente-executivo<br />
(CEO) do grupo DST, José<br />
Teixeira, durante o “Finance<br />
Energy Fórum.<br />
A condicionar o futuro das<br />
renováveis está igualmente a<br />
definição do quadro regulatório<br />
e a continuação, ou não, da política<br />
de subsidiação, refere Nuno<br />
Ribeiro da Silva, presidente<br />
da Endesa Portugal. ■<br />
Nuno Ribeiro<br />
da Silva<br />
Presidente da<br />
Endesa Portugal<br />
“Hoje, os bancos não querem<br />
assumir riscos”, refere o<br />
responsável pelos destinos da<br />
eléctrica espanhola em Portugal.
22 <strong>Diário</strong> <strong>Económico</strong> Quinta-feira 3 Dezembro 2009<br />
EMPRESAS<br />
ENERGIA<br />
Iberdrola compromete-se a reduzir emissões<br />
de CO2 abaixo da média das eléctricas<br />
A eléctrica espanhola Iberdrola comprometeu-se a reduzir as emissões de<br />
dióxido de carbono (CO2) para que em 2020 sejam pelo menos 20%<br />
inferiores à média europeia, apostando em energias renováveis e no<br />
nuclear. Em comunicado, a Iberdrola explica que para atingir o objectivo<br />
agora proposto vai focalizar os seus investimentos em formas de energia<br />
que não emitem gases com efeitos de estufa – como a eólica, a hídrica e a<br />
nuclear – e no desenvolvimento de tecnologias de sequestro de CO2.<br />
‘Golden share’<br />
do Estado na PT<br />
temosdias<br />
contados<br />
A decisão final do Tribunal Europeu é conhecida<br />
em seis meses, com provável derrota do Estado.<br />
Cátia Simões e Luís Rego<br />
catia.simoes@economico.pt<br />
A ‘golden share’ – acções com direitos<br />
especiais – do Estado na<br />
Portugal Telecom (PT) tem os dias<br />
contados. Mais propriamente,<br />
cerca de seis meses, o tempo que<br />
o Tribunal de Justiça Europeu deverá<br />
demorar a tomar a decisão<br />
definitiva.<br />
Um parecer do advogado-geral<br />
do Tribunal de Justiça Europeu<br />
considerou “ilegal” a existência<br />
destas acções especiais na mão do<br />
Estado, levando ao incumprimento<br />
“das regras europeias de<br />
livre circulação de capitais”. Este<br />
parecer não é vinculativo, mas,<br />
em 80% dos casos, é seguido pelo<br />
Tribunal de Justiça.<br />
“Os juízes iniciam agora a sua<br />
deliberação no presente processo.<br />
O acórdão será proferido em data<br />
posterior”, no máximo em seis<br />
meses, disse ao <strong>Diário</strong> <strong>Económico</strong><br />
fonte ligada ao processo.<br />
Questionado pelos jornalistas<br />
no Parlamento, António Mendonça,<br />
ministro das Obras Públicas,<br />
que tutela a PT, disse apenas<br />
que “ainda não há nenhuma notificação<br />
oficial sobre esse assunto.Sóvoutomarumaposiçãoso<br />
António<br />
Mendonça,<br />
ministro das<br />
Obras Públicas,<br />
não quis comentar<br />
uma decisão que<br />
ainda não é a<br />
definitiva.<br />
bre o assunto quando houver<br />
uma posição final”.<br />
O mais provável é que o Estado<br />
espere pela decisão definitiva do<br />
Tribunal, que deverá obrigar a alterarosestatutosdaPT,deforma<br />
a que as 500 acções de categoria A<br />
detidas pelo Estado percam os<br />
seus poderes especiais (por<br />
exemplo, poder de veto sobre decisões<br />
estratégicos).<br />
‘Golden share’ pode ser vendida<br />
Para contornar esta situação, ou<br />
pelo menos ganhar algum tempo<br />
extra, o Estado poderia vender a<br />
‘golden share’ a privados ou<br />
transferi-la para a Caixa.<br />
“Na teoria o Estado pode vender<br />
a ‘golden share’ a um accionista<br />
privado mas este terá de pagar,<br />
e bem, por estas acções”,<br />
disse um advogado contactado<br />
pelo <strong>Diário</strong> <strong>Económico</strong>, que não<br />
quis ser identificado.<br />
Contudo, Jorge Santiago Neves,<br />
da Barrocas, Sarmento e Neves,<br />
defende que esta solução<br />
“não respeita, na base, a liberdade<br />
de circulação de capitais. Passá-las<br />
a um privado não faz desaparecer<br />
o obstáculo que foi criado<br />
com estas acções. Mantinha-se a<br />
ilegalidade.” Este é, aliás, ao que o<br />
<strong>Diário</strong> <strong>Económico</strong> apurou, o entendimento<br />
de Bruxelas.<br />
O <strong>Diário</strong> <strong>Económico</strong> apurou<br />
ainda que, antes deste processo<br />
chegar a tribunal, em Janeiro de<br />
2008, Bruxelas tinha proposto ao<br />
então ministro Mário Lino que o<br />
Estado transferisse para a CGD as<br />
500 acções de categoria A, embora<br />
perdendo alguns direitos. Na<br />
altura, Mário Lino recusou, por<br />
entender que o Estado deveria<br />
manter a sua presença no sector<br />
das telecomunicações.<br />
Bruxelas tem procurado acabar<br />
com as ‘golden share’ estatais<br />
em empresas privadas. Em Espanha,<br />
empresas como a Telefónica,<br />
aRepsoleaEndesadeixaram de<br />
ter acções preferenciais.<br />
Com a extinção da ‘golden<br />
share’ o preço da acção da PT teria<br />
potencial para aumentar, segundo<br />
avança um analista contactado<br />
pelo <strong>Diário</strong> <strong>Económico</strong>. ■<br />
Ana Maria Fernandes lidera<br />
a EDP Renováveis.<br />
1.<br />
Acatar a decisão de Bruxelas e<br />
extinguir os direitos especiais<br />
“Tenho muitas dúvidas que<br />
restem alternativas”, diz um<br />
advogado que não quis ser<br />
identificado. Assim, o Estado vai<br />
adiar o mais possível a extinção<br />
destas acções mas acabará por<br />
acatar a decisão da Comissão,<br />
que é definitiva. “Se o Estado<br />
não cumprir então a CE pode<br />
impôr sanções pecuniárias<br />
compulsórias”, explica Cruz<br />
Vilaça, da PLMJ. Os estatutos da<br />
PT terão de ser alterados e os<br />
poderes especiais extintos.<br />
ENERGIA<br />
EDP Renováveis encaixa 228 milhões<br />
com ‘tax equity’ nos EUA<br />
AS TRÊS HIPÓTESES PARA A ‘GOL<strong>DE</strong>N SHARE’ DO ESTADO<br />
A EDP Renováveis, liderada por Ana Maria Fernandes (na foto), fechou<br />
duas transacções com a GE Energy Financial Services, onde garantiu um<br />
financiamento de 228 milhões de dólares. As operações, dizem respeito<br />
à venda de uma participação na estrutura “tax Equity” da Vento III,<br />
avaliada em 111 milhões, e de uma estrutura “tax equity” no parque Blue<br />
Canyon V, no valor de 118 milhões. Com estas duas operações aumentou<br />
para 1,9 mil milhões o valor recebido nos EUA com estas estruturas.<br />
2.<br />
Vender as acções a um privado<br />
com elevado preço de controlo<br />
Em teoria, este cenário é possível,<br />
já que a decisão de Bruxelas se<br />
refere apenas às acções de<br />
categoria A na mão do Estado.<br />
Contudo, o comprador da ‘golden<br />
share’ enfrentaria, porsua vez, a<br />
fúria de Bruxelas. “Passar a<br />
situação para outro accionista<br />
continuaria a ser uma violação do<br />
direito comunitário,” defende<br />
Santiago Neves. “Um privado pode<br />
comprar mas terá de pagar um<br />
preço muito elevado” acrescentou<br />
outro advogado.<br />
Paulo Alexandre Coelho<br />
Opossívelfimda<br />
‘golden share’ na<br />
empresa liderada por<br />
Zeinal Bava aumenta o<br />
ângulo especulativo<br />
das acções.<br />
3.<br />
Comprar acções em bolsa para<br />
reforçar a posição na PT<br />
Sem ‘golden share’, o Estado<br />
deixaria de ter qualquer posição de<br />
controlo na PT. Se quisesse<br />
continuar a ter voz presente na<br />
operadora teria de recorrer ao<br />
mercado para comprar acções, com<br />
custos elevados. Ao que o <strong>Diário</strong><br />
<strong>Económico</strong> apurou, não será esse o<br />
caminho a seguir pelo Executivo,<br />
até porque os estatutos da PT<br />
blindam os direitos de voto a 10%<br />
do capital e nem com a participação<br />
da CGD na empresa (6%) o Estado<br />
conseguiria manter o seu poder.
PUB
24 <strong>Diário</strong> <strong>Económico</strong> Quinta-feira 3 Dezembro 2009<br />
EMPRESAS<br />
AUTOMÓVEL<br />
Trabalhadores da Lear Corporation<br />
reúnem quinta-feira com administração<br />
Os trabalhadores da Lear Corporation decidiram ontem formar uma<br />
comissão de representantes que, juntamente com a comissão sindical, vai<br />
reunir quinta-feira com a administração da empresa, para tentar travar o<br />
encerramento da fábrica. A Lear informou na sexta-feira os trabalhadores<br />
do encerramento da fábrica no início de 2010, mas o Sindicato dos<br />
Metalúrgicos alega que a empresa tem trabalho e que não há razão<br />
para fechar aquela unidade, que produz componentes para automóveis.<br />
CEO DA GENERAL MOTORS OBRIGADO A <strong>DE</strong>MITIR-SE<br />
Elisabete Felismino<br />
e FIlipe Alves<br />
elisabete.felismino@economico.pt<br />
A situação na Investvar, empresa<br />
que utiliza a marca Aerosoles,<br />
está complicada. A empresa<br />
continua sem dinheiro para pagar<br />
salários, sem presidente e<br />
sem plano de restruturação<br />
aprovado.<br />
“O ministro está completamente<br />
empenhado neste assunto,eestáafazertudooqueé<br />
possível fazer, mas não está a<br />
ser fácil”, adiantou ao <strong>Diário</strong><br />
<strong>Económico</strong> fonte do ministério<br />
da Economia. O <strong>Diário</strong> <strong>Económico</strong><br />
sabe que na base destas<br />
dificuldades está o facto de o<br />
Governo não estar a conseguir<br />
encontrar um privado interessado<br />
em assumir a empresa de<br />
calçado de Esmoriz.<br />
A Standard & Poor’s atribuiu o ‘rating’ de<br />
BBB/A-3 à Brisa em Dezembro de 2008.-<br />
O ministro da Economia esteve<br />
ontem à tarde a ser ouvido<br />
na Assembleia da República<br />
tendo adiantado que “não é<br />
verdade que exista uma afastamentodoGovernofaceàInvestvar”,<br />
numa clara alusão às<br />
críticas proferidas por Ribeiro<br />
da Cunha no momento da sua<br />
saída da presidência da Investvar.<br />
Em declarações ao <strong>Diário</strong><br />
<strong>Económico</strong>, Vieira da Silva<br />
não quis avançar qual será a<br />
posição final do Executivo sobre<br />
esta questão, afirmando<br />
apenas que para serem apoiadas<br />
pelo Estado, as empresas<br />
têm de ser viáveis.<br />
“Não acredito em empresas<br />
que sobrevivem graças a sucessivas<br />
injecções de capital”, afirmou<br />
o ministro da Economia<br />
quando questionado pelo <strong>Diário</strong><br />
CONCESSÕES<br />
Standard & Poor revê negativamente<br />
situação de dívida da Brisa<br />
A Standard & Poor’s revelou que reviu para negativo a situação de<br />
“CreditWatch” da Brisa e da Brisa Finance. Em comunicado, a empresa<br />
esclarece fez esta revisão porque acredita que “a qualidade do crédito<br />
pode deteriorar-se”. De recordar que a Standard & Poor’s atribuiu<br />
o ‘rating’ de ‘BBB/A-3’ à concessionária, recordando que os ratings<br />
foram colocados em “CreditWatch” e com implicações<br />
em desenvolvimento no final de 2008.<br />
O presidente executivo (CEO) da General Motors, Frederick Henderson, foi obrigado a abandonar o cargo pelo ‘chairman da empresa (nomeado<br />
pelo Governo), que queria maior rapidez na reestruturação da empresa. A empresa vai agora levar a cabo um concurso para encontrar um novo<br />
CEO. Henderson estava no cargo há oito meses, depois de Barack Obama ter obrigado o anterior CEO, Rick Wagoner, a demitir-se.<br />
Governo não encontra empresas<br />
privadas interessadas na Aerosoles<br />
Vieira da Silva não acredita “em empresas que sobrevivem graças a sucessivas injecções de capital”.<br />
Pedro Ribeiro<br />
da Cunha<br />
Presidente<br />
da Investvar<br />
Pedro Ribeiro da Cunha demitiuse<br />
do cargo de presidente<br />
da Investvar, por se considerar<br />
“mar<strong>gina</strong>lizado” pelo Governo.<br />
Continua no cargo, porém, até<br />
ao dia 31 de Dezembro.<br />
<strong>Económico</strong>, sem, contudo, referir<br />
o nome da fabricante de<br />
calçado.<br />
A Investvar continua, assim<br />
à espera de uma solução por<br />
parte da equipa do ministério<br />
da Economia, depois do plano<br />
apresentado por Ribeiro da<br />
Cunha não ter sido bem acolhido.<br />
O plano de viabilização<br />
consistia na conversão de parte<br />
da dívida [de 40 milhões de<br />
euros] em capital social e na<br />
separação da Investvar em<br />
duas empresas, umas comercial<br />
e outra industrial.<br />
Contactado Artur Duarte<br />
adiantou que “está tudo como<br />
estava ontem, continuamos à<br />
espera de uma solução do Governo,<br />
tentei contactar com o<br />
ministério da Economia, mas<br />
ainda não obtive nenhuma<br />
resposta”. ■<br />
PALAVRA-CHAVE<br />
✽<br />
Viabilização<br />
Jeffrey Sauger/Bloomberg<br />
A Investvar continua á espera<br />
que o Governo encontre uma<br />
solução para a empresa. Tal como<br />
o DIário Economico avançou em<br />
primeira mão, existem duas<br />
soluções em cima da mesa do<br />
ministro da Economia. Enquanto<br />
uma aponta para a insolvência da<br />
empresa, a outra passa pela<br />
criação de uma nova sociedade,<br />
para a qual seriam transferidos<br />
os activos da empresa de<br />
calçado. Para que esta solução<br />
seja possível o Governo tinha<br />
ainda que encontrar um privado<br />
que assumisse o controlo da<br />
empreaa.
VINHOS<br />
Tintos do Monte da Ravasqueira recebem<br />
medalhas de outro e prata em Xangai<br />
Os vinhos tintos do Monte da Ravasqueira, do Grupo José de Mello,<br />
conquistaram três medalhas, duas de prata e uma de ouro, na primeira<br />
edição do concurso China Sommeliers Wine Challenge, que decorreu em<br />
Xangai, com a participação de quatro mil vinhos de todo o Mundo. O vinho<br />
tinto Monte da Ravasqueira Vinha das Romãs 2007 foi distinguido com a<br />
medalha de ouro, enquanto os vinhos Monte da Ravasqueira 2008 e Fonte<br />
da Serrana 2008 receberam uma medalha de prata cada.<br />
Catarina Portas<br />
no ‘top 20’<br />
mundial da<br />
revista Monocle<br />
A criadora de “A Vida Portuguesa”é uma das<br />
20 figuras eleitas pela revista britânica.<br />
Rebeca Venâncio<br />
rebeca.venancio@economico.pt<br />
A fundadora da loja “A Vida Portuguesa”,<br />
Catarina Portas, merece<br />
um palco maior. Assim o<br />
determinaaúltimaediçãoda<br />
revista “Monocle”, que elegeu<br />
20 personalidades mundiais a<br />
quem todos devem estar atentos<br />
durante o próximo ano.<br />
Catarina Portas, que criou a<br />
loja de produtos ligados à identidade<br />
nacional em 2004 - no<br />
que se pode definir como uma<br />
marca que vende marcas do<br />
passado-éaúnicapersonalidade<br />
portuguesa que integra a<br />
lista da revista britânica,<br />
“É óptimo, sobretudo porque<br />
é eleito com conhecimento de<br />
causa, as pessoas da “Monocle”<br />
conhecem a nossa loja”, disse a<br />
jornalista Catarina Portas ao <strong>Diário</strong><br />
<strong>Económico</strong>. E apesar de ter<br />
surgido “numa lógica de ‘como é<br />
que nunca se pensou nisto antes’”,<br />
o projecto “A Vida Portuguesa”<br />
não pára de crescer.<br />
“Acabámos de abrir uma<br />
nova loja no Porto, temos produtos<br />
novos - em parceria com<br />
as papelarias Emílio Braga, 12<br />
novoscadernos-,esperamosno<br />
primeiro trimestre do próximo<br />
ano ter a nossa loja ‘online’ traduzida<br />
para inglês e guardámos<br />
A “Monocle” é uma das mais<br />
conceituadas revistas internacionais,<br />
destinada a um público urbano e culto.<br />
Catarina Portas<br />
garante que “A<br />
Vida Portuguesa”<br />
não sentiu os<br />
efeitosdacrise<br />
global, por se<br />
tratar de um<br />
mercado de nicho,<br />
com cada vez mais<br />
clientes.<br />
ainda algumas novidades que<br />
revelaremos no início de 2010”,<br />
garantiu Catarina Portas.<br />
Movida pela questão “e se o<br />
nosso atraso pudesse ser o nosso<br />
avanço?”, “A Vida Portuguesa”<br />
não sentiu a crise global. “Muito<br />
pelo contrário”, confirmou a<br />
proprietária. E por isso, para garantir<br />
o futuro da marca, Catarina<br />
Portas tem muitas ideias. “Este<br />
tipo de produtos pode encontrar<br />
um nicho de mercado muito interessante.<br />
E por isso, deviam associar-se<br />
entre si, acho que têm<br />
muito a ganhar com a troca de<br />
experiências”, explicou.<br />
Poderá ser a própria dona da<br />
loja do Chiado a promotora desta<br />
associação de marcas antigas<br />
portuguesas? “Quem sabe...”,<br />
revela apenas. Até lá, a nomeação<br />
da revista com sede emLondres e<br />
delegações em Tóquio, Sidnei,<br />
Zurique e Nova Iorque com um<br />
peso qualitativo.<br />
“Os portugueses olham para a<br />
loja e têm muitas referências, já<br />
os estrangeiros olham de uma<br />
forma diferente, mais exterior e<br />
vêm o projecto tendo em conta a<br />
atitude”, afirmou.<br />
“A Vida Portuguesa” surgiu no<br />
seguimento da pesquisa que Catarina<br />
Portas iniciou para um livro<br />
sobre o quotidiano dos portugueses<br />
no século XX. Ao perceber a<br />
quantidade de marcas que estavam<br />
a adesaparecer, a surpresa<br />
transformou-se em projecto.<br />
Designada pela “Monocle”<br />
como “metade antropologista,<br />
metade mulher de negócios”,<br />
Catarina Portas rejeita o rótulo de<br />
sentimentalista. “O que estou a<br />
fazer está ligado a identidade, e<br />
não nostalgia, que é muito diferente”,<br />
disse à revista inglesa. ■<br />
A empresa liderada por Pedro Queiroz<br />
Pereira foi premiada em Paris.<br />
“Nabocadetodaagente”,<br />
desde 1932<br />
No mercado desde Junho de 1932,<br />
foi fruto do engenho<br />
de um farmacêutico (Alberto<br />
Ferreira do Couto) e um amigo<br />
cientista. A marca “Couto”<br />
especializou-se em produtos de<br />
higiene e conta no seu ‘portfolio’<br />
com o também famoso<br />
“Restaurador Olex”.<br />
CIMENTOS<br />
ALGUNS PRODUTOS DA LOJA “A VIDA PORTUGUESA”<br />
Quinta-feira 3 Dezembro 2009 <strong>Diário</strong> <strong>Económico</strong> 25<br />
Secil ganha em Paris prémio ambiental<br />
pela captação de CO2 com microalgas<br />
A Secil, do Pedro Queiroz Pereira, ganhou ontem em Paris o prémio de<br />
prata da Environmental Innovation for Europe (EEP Awards 2009), pelo<br />
projecto de captação de dióxido de carbono (CO2) e produção de<br />
biomassa através da produção industrial de microalgas que a cimenteira,<br />
em parceria com a AlgaFuel, está a desenvolver na unidade de Cibra-<br />
Pataias. É a primeira vez que um projecto português é distinguido com<br />
esta classificação, em concorrência com projectos de 17 países europeus.<br />
“Entre marido e mulher não<br />
se mete o Salazar”<br />
Não foi um exclusivo português,<br />
mas o utensílio de cozinha para<br />
rapar tachos recebeu o nome<br />
de “Salazar”, em Portugal.<br />
O nome justificou-se pelo<br />
paralelismo do povo em relação<br />
aoshábitosdepoupança<br />
apregoados pelo fundador<br />
do Estado Novo.<br />
Paula Nunes<br />
A empresa de Catarina Portas<br />
explora também um quiosque no<br />
Largo Camões, em Lisboa, onde<br />
vende os respectivos produtos.<br />
Dr. Bayard ainda produz quatro<br />
toneladas de rebuçados por dia<br />
Os rebuçados peitorais Dr. Bayard<br />
têm 70 anos de história mas<br />
reinventam-se constantemente.<br />
Estão desde 2007 na Internet<br />
e têm um visual renovado.<br />
A fábrica ainda produz quatro<br />
toneladas de rebuçados por dia,<br />
num segredo formado por açúcar,<br />
glicose, mel e plantas medicinais.
26 <strong>Diário</strong> <strong>Económico</strong> Quinta-feira 3 Dezembro 2009<br />
BARCLAYS<br />
PARCERIA BARCLAYS / DIÁRIO ECONÓMICO<br />
Têxteis e calçado<br />
são oportunidades<br />
no mercado alemão<br />
As exportações portuguesas para a Alemanha têm um grau de concentração<br />
elevado, com 56% do valor a centrar-se nos veículos e máquinas e aparelhos.<br />
Carlos Caldeira<br />
carlos.caldeira@economico.pt<br />
A Alemanha tem um peso económico<br />
e industrial de relevo a nível<br />
mundial.Éosegundomaiormercado<br />
importador e, desde 2003,<br />
ocupa o primeiro lugar como exportador.<br />
Por isso, os analistas da<br />
Aicep Portugal consideram como<br />
produtos de oportunidade para as<br />
empresas portuguesas, naquele<br />
mercado, o vestuário – com desenvolvimentos<br />
de nichos de mercado<br />
para produtos com qualidade<br />
e ‘design’ ou o estabelecimento<br />
de parcerias com os clientes.<br />
Também os têxteis são uma área a<br />
explorar, através do desenvolvimento<br />
de novas aplicações para<br />
produtos têxteis, apostando em<br />
produtos diferenciados (como os<br />
têxteis técnicos), e da cooperação<br />
com ‘designers’ que alargam a<br />
sua marca a outros produtos para<br />
a casa, e o calçado, apostando no<br />
reconhecimento da qualidade do<br />
calçado português.<br />
Para a Aicep são ainda boas<br />
oportunidades de mercado os<br />
produtos da fileira casa, os vinhos<br />
(tem havido uma crescente procura<br />
de vinhos tintos), as rochas<br />
ornamentais, e os bens de equipamento,<br />
uma vez que as indústrias<br />
portuguesas de metalomecânica e<br />
electromecânica assumem um<br />
papel importante na economia<br />
nacional como incubadoras de<br />
novas tecnologias. A Aicep realça<br />
o facto de a indústria de moldes<br />
ser um bom exemplo de ‘knowhow’<br />
técnico e da flexibilidade da<br />
oferta portuguesa. Portugal ocupa<br />
a quinta posição como fornecedor<br />
alemão de moldes.<br />
AAlemanhatemumpapelda<br />
maior relevância na balança comercial<br />
portuguesa, surgindo,<br />
em 2008, em segundo lugar, logo<br />
a seguir à vizinha Espanha, quer<br />
como cliente, quer como fornecedor<br />
de Portugal. No contexto<br />
do comércio externo alemão,<br />
Portugal posicionava-se, em<br />
2008, como 24º cliente com<br />
0,82% do total das exportações<br />
alemãs, e como 31º fornecedor<br />
com 0,51% das importações, assumindo,<br />
portanto, posições in-<br />
marta.carvalho@economico.pt<br />
Em 2008, as<br />
exportações foram<br />
dominadas pelos<br />
produtos de médiaalta<br />
tecnologia, com<br />
51,0% do total<br />
expedido, seguidos<br />
dos produtos de baixa<br />
tecnologia (24,1%).<br />
comparavelmente menos relevantes<br />
do que as da Alemanha na<br />
balança comercial portuguesa.<br />
As expedições portuguesas<br />
para a Alemanha acusam um<br />
grau de concentração elevado,<br />
uma vez que mais de 56% do valor<br />
expedido, em 2008, diz respeito<br />
apenas a dois grupos de<br />
produtos – veículos e outro material<br />
de transporte, com 30,9%<br />
do valor total, e máquinas e aparelhos<br />
com 25,3%. Dos restantes<br />
grupos de produtos, destacam-se<br />
ainda o calçado (5,6% do total<br />
expedido), os plásticos e borracha<br />
(5,3%), os produtos químicos<br />
(5,3%), o vestuário (4,7%) e os<br />
metais comuns (4,6%).<br />
Bens de capital a crescer<br />
O estudo da Aicep “Relações Económicas<br />
Portugal – Alemanha”,<br />
realça que a exportação dos bens<br />
de capital subiu de 52,8% em<br />
2004, para 57,3% em 2008, garantindo,<br />
assim, o aumento da<br />
representatividade dos produtos<br />
de maior valor acrescentado no<br />
total expedido, em detrimento<br />
principalmente dos bens de consumo<br />
e dos produtos intermédios.<br />
O peso dos produtos intermédios<br />
nas expedições ascende a 26,7% e<br />
o dos bens de consumo a 13,2%.<br />
Em termos de grau de intensidade<br />
tecnológica, a estrutura das<br />
expedições foi, em 2008, dominada<br />
pelos produtos de médiaalta<br />
tecnologia, com 51,0% do total<br />
expedido, seguidos dos produtos<br />
de baixa tecnologia (24,1%),<br />
alta tecnologia (13,1%) e de média-baixa<br />
tecnologia (11,9%).<br />
Quanto ao investimento, como<br />
receptor de investimento directo<br />
português, a posição alemã testemunha<br />
um interesse oscilante dos<br />
operadores económicos portugueses<br />
por aquele mercado, ocupando<br />
a 15ª posição no ‘ranking’<br />
de receptores, em 2008, tendo<br />
caído duas posições em relação a<br />
2004. Segundo os dados disponibilizados<br />
pelo Banco de Portugal,<br />
no período de 2004-2008, o<br />
investimento bruto português na<br />
Alemanha ascendeu a cerca de<br />
503,9 milhões de euros mas, tomando<br />
em consideração o desinvestimento<br />
efectuado (no montante<br />
de cerca de 271,4 milhões de<br />
euros), regista-se um investimento<br />
líquido de apenas 232,5<br />
milhões de euros. ■
PONTOS-CHAVE<br />
A Aicep considera como<br />
oportunidades para as<br />
empresas portuguesas na<br />
Alemanha, a venda de vestuário<br />
com qualidade e ‘design’ e o<br />
estabelecimento de parcerias.<br />
Thomas Peter/Reuters<br />
Os alemães começam<br />
a conhecer a qualidade<br />
do vestuário e do calçado<br />
portugueses, depois de já terem<br />
reconhecido a importância<br />
dos moldes nacionais.<br />
A indústria de moldes ser<br />
um bom exemplo de ‘knowhow’<br />
técnico e da flexibilidade da<br />
oferta portuguesa. Portugal<br />
ocupa a quinta posição como<br />
fornecedor alemão de moldes.<br />
A Alemanha representa 8%<br />
do volume de negócios total<br />
nas exportações indirectas.<br />
A Rari – Construções Metálicas,<br />
Engenharia, Projectos e Soluções<br />
Industriais começou como<br />
uma empresa de serviços na<br />
área da metalomecânica,mas,<br />
ao longo dos anos, incorporou<br />
também as áreas de projecto<br />
electromecânico e os serviços<br />
complementares e auxiliares<br />
para responder às necessidades<br />
da sua carteira de clientes. Nos<br />
últimos seis anos, foi “incorporando<br />
tecnologia de produção e<br />
cresceu na sua capacidade de<br />
forma a responder a necessidades<br />
internacionais de subcontratação”,<br />
disse ao <strong>Diário</strong> <strong>Económico</strong><br />
Sérgio Ramos, director<br />
de marketing e vendas da empresa<br />
de Alhos Vedros.<br />
Comumvolumedenegócios<br />
de 8,4 milhões de euros,<br />
em 2008, um crescimento de<br />
7,7% em relação ao ano anterior,<br />
as exportações representaram<br />
12% das vendas totais.<br />
Para a Alemanha, a Rari exporta<br />
4%, mas vende também<br />
em mercados como o da Espanha,<br />
França e Itália. “A Alemanha<br />
representa ainda 8% do<br />
As etiquetas devem ser<br />
pensadas em alemão<br />
e não apenas traduzidas.<br />
O sistema fiscal alemão é dos<br />
mais complicados da União Europeia,<br />
pelo que o empresário<br />
deve levar este facto em conta<br />
antes de avançar com investimentos<br />
para aquele país.<br />
1<br />
IMPOSTO SOBRE SOCIEDA<strong>DE</strong>S<br />
Este imposto incide sobre os<br />
rendimentos das sociedades<br />
de capitais (por exemplo S.A.<br />
e Lda.) e outras entidades similares<br />
(como as sucursais<br />
de empresas estrangeiras). A<br />
taxadesteimpostoéde25%<br />
do rendimento colectável,<br />
talcomooIRCemPortugal.<br />
No entanto, o governo alemão<br />
prepara-se para diminuir<br />
a generalidade dos impostos<br />
em 2010, de forma a<br />
aumentaroconsumoecontrariar<br />
a crise económica.<br />
Refira-se que a constituição<br />
de uma SA na Alemanha é<br />
mais cara que uma sociedade<br />
de responsabilidade limitada,<br />
além de obrigar a auditorias e<br />
não traz vantagens comerciais<br />
significativas.<br />
A Alemanha tem um papel<br />
relevante na balança<br />
comercial portuguesa, surgindo<br />
em segundo lugar, logo a seguir<br />
à vizinha Espanha, quer como<br />
cliente, quer como fornecedor.<br />
volume de negócios total em<br />
exportações indirectas”, realça<br />
Sérgio Ramos, adiantando<br />
que a empresa exporta essencialmente<br />
equipamentos para a<br />
indústria automóvel e produtos<br />
para o ambiente.<br />
A aposta no mercado alemão<br />
explica-se porque este é responsável<br />
por grande parte dos investimentos<br />
estrangeiros em<br />
Portugal. “Ao longo do seu trajecto<br />
a Rari foi acrescentado várias<br />
multinacionais alemãs instaladas<br />
em Portugal como seus<br />
clientes e a partir desses contactos<br />
foi natural passar a respon-<br />
2<br />
IMPOSTO COMERCIAL<br />
Trata-se de um imposto municipal<br />
que incide sobre qualquer<br />
estabelecimento comercial ou<br />
industrial que tributa o rendimentodaempresa.Ataxado<br />
Imposto Comercial varia de município<br />
para município. Normalmente<br />
corresponde a cerca de<br />
10% do rendimento colectável.<br />
3<br />
IVA<br />
As importações, as vendas intracomunitárias,<br />
assim como as<br />
transacções de bens e a prestação<br />
de serviços a título oneroso,<br />
encontram-se sujeitas ao pagamentodoImpostosobreoValor<br />
Acrescentado (IVA). A maioria<br />
dos produtos, e alguns servi-<br />
Quinta-feira 3 Dezembro 2009 <strong>Diário</strong> <strong>Económico</strong> 27<br />
Rari fornece indústria<br />
automóvel da Alemanha<br />
AapostanaAlemanha<br />
surge como resposta<br />
às necessidades<br />
de crescimento<br />
da empresa em áreas<br />
competitivas<br />
e tecnologicamente<br />
exigentes.<br />
Dicas para investir<br />
PUB<br />
der a mais do que apenas as necessidades<br />
locais das mesmas”,<br />
refere o director de marketing e<br />
vendas da Rari. Este responsável<br />
explica ainda que a aposta contínua<br />
no mercado alemão surge<br />
como “resposta às necessidades<br />
de crescimento da empresa em<br />
áreas competitivas e tecnologicamente<br />
exigentes como os sectores<br />
automóveis e do ambiente”.<br />
Por outro lado, a Rari beneficia<br />
com o facto de o mercado<br />
alemão ser mais exigente em relação<br />
aos padrões de qualidade.<br />
SérgioRamos,explicaqueaempresa<br />
ainda não abriu uma sucursal<br />
na Alemanha, apostando,<br />
para já, numa rede comercial internacional,<br />
mantendo a produção<br />
em Portugal.<br />
Em termos de investimentos,<br />
investiu mais de três milhões de<br />
euros numa parceria com a marca<br />
alemã Otto, líder nacional na<br />
área ambiental, para alargar a<br />
produção nacional de produtos<br />
para a Europa. A direcção geral<br />
da Otto em Portugal é assegurada<br />
pela Rari, por Sérgio Ramos.<br />
A Rari, é uma empresa familiar<br />
criada há 21 anos pelos sócios<br />
fundadores Custódio Ramos<br />
(director geral) e Vitor Caçador<br />
(director comercial). ■<br />
ços, é tributada a uma taxa de<br />
19% (taxa normal), existindo,<br />
igualmente, uma taxa reduzida<br />
(7%) aplicável aos serviços<br />
eabensdeprimeiranecessidade<br />
(principalmente géneros<br />
alimentícios, produtos agrícolas<br />
e publicações). Em PortugaloIVAéde20%.<br />
4<br />
ACORDOS<br />
Porformaapromovereareforçar<br />
o desenvolvimento das<br />
relações de investimento entre<br />
os dois países, foram assinados<br />
entre Portugal e a Alemanha o<br />
AcordosobrePromoçãoeProtecção<br />
de Investimentos e a<br />
Convenção para Evitar a Dupla<br />
Tributação e Prevenir a Evasão<br />
Fiscal em Matéria de Impostos<br />
sobre o Rendimento. ■
28 <strong>Diário</strong> <strong>Económico</strong> Quinta-feira 3 Dezembro 2009<br />
FINANÇAS<br />
Banco de Portugal<br />
suspende contas do BPP<br />
até Dezembro de 2010<br />
Os clientes do BPP poderão ficar sem acesso às contas por mais um ano.<br />
Se situação for resolvida entretanto, a suspensão será levantada.<br />
Maria Teixeira Alves<br />
eMartaReis<br />
maria.alves@economico.pt<br />
O Banco de Portugal decidiu assumir<br />
que não há uma solução à<br />
vista para o Banco Privado, no<br />
seu mais recente prolongamento<br />
do congelamento das contas dos<br />
clientes do banco. Isto porque,<br />
ao contrário do que vinha acontecendo<br />
há um ano, desta vez<br />
decidiu dispensar o BPP do<br />
“cumprimento pontual de obrigações<br />
anteriormente contraídas”<br />
e acrescenta “devendo a<br />
dispensa ser utilizada na medida<br />
necessária à reestruturação e saneamento<br />
do BPP”, ou seja sem<br />
prazo de validade. Desta forma<br />
prevalece o que diz a lei bancária<br />
(RGICSF), no número 145º: “as<br />
providências referidas neste artigo<br />
terão a duração máxima de<br />
um ano, prorrogável uma só vez<br />
por igual período de tempo”. Ora<br />
como a primeira de cinco congelamento<br />
das contas no BPP ocorreuháprecisamenteumaano(1<br />
de Dezembro de 2008), esta nova<br />
decisão do regulador põe os<br />
clientes em suspenso até 1 de Dezembro<br />
de 2010. Os clientes, que<br />
não têm alternativa, estão descontentes<br />
com esta suspensão,<br />
até porque esta indicia que não<br />
há uma solução eminente, nem<br />
para o retorno absoluto, nem<br />
para o banco: “é sinal que o Banco<br />
de Portugal não obteve garantias<br />
por parte do Governo sobre<br />
quando a situação ficará resolvida”,<br />
revelou ao <strong>Diário</strong> <strong>Económico</strong><br />
Jaime Antunes, presidente da<br />
Privado Clientes.<br />
O que leva Vítor Constâncio a<br />
suspender o acesso dos clientes<br />
(alguns já em situação dramática<br />
de falência) até Dezembro do<br />
próximo ano? O Banco de Portugal<br />
não se quer voltar a comprometer<br />
com prazos que depois<br />
não conseguirá cumprir. Da última<br />
vez que suspendeu o BPP<br />
de cumprir as obrigações para<br />
com os seus clientes, o BdP fê-lo<br />
portrêsmeses,naconvicção,<br />
assumida então pelo Governador<br />
Vítor Constâncio, de que não<br />
seriam necessários três meses<br />
para resolver o assunto BPP. Mas<br />
O Banco de Portugal<br />
decretou pela quinta<br />
vez o congelamento<br />
das contas dos<br />
clientes do BPP.<br />
O regulador<br />
prorrogou o<br />
mandato dos<br />
administradores<br />
provisórios do<br />
BPP, sem prazo,<br />
pelo que Fernando<br />
Adão da Fonseca<br />
poderá ficar por<br />
maisumano.<br />
tudo voltou a falhar e neste momento<br />
não há nem fundo de investimento<br />
especial nem um<br />
plano de viabilização para o BPP,<br />
que seja do agrado do Ministério<br />
das Finanças, nem se sabe se<br />
chegará a haver. Os clientes são<br />
da opinião que “isto é um sinal<br />
evidente que as autoridades não<br />
sabem ou não conseguem resolver<br />
[o problema do BPP]”.<br />
Jaime Antunes revelou que “a<br />
18 de Novembro houve uma<br />
reunião com o secretário de Estado<br />
do Tesouro e Finanças, em<br />
que este disse que divulgaria as<br />
linhas gerais para o BPP até final<br />
do mês”. Até agora não há sinal<br />
disso. “Quem está a falhar é o<br />
Governo, esta situação já se arrastaháumano”,acusaeste<br />
cliente e accionista do BPP.<br />
Oprazodeumanoésuficientemente<br />
alargado para se<br />
tentar constituir o fundo de investimento<br />
especial sem que<br />
haja uma corrida às contas. E<br />
poderá ainda permitir dar um<br />
destino ao BPP, que poderá ser a<br />
falência. Cenário em que seria<br />
executado o Fundo de Garantia<br />
de Depósitos (FGD) e eventualmente<br />
o Sistema de Indemnização<br />
aos Investidores. Ficando o<br />
Governo de suportar o remanescente<br />
dos depósitos que não<br />
fossem cobertos pelos 100 mil<br />
euros do FGD.<br />
Paralelamente à suspensão<br />
sem prazo do congelamento das<br />
contas, o Banco de Portugal, na<br />
sua reunião de 30 de Novembro,<br />
prorrogou o mandato dos administradores<br />
provisórios. Mais<br />
uma vez sem prazo. Ou seja, pelo<br />
período máximo de um ano,<br />
prorrogável por igual período.<br />
Isto é, Fernando Adão da Fonseca,<br />
João faria, Carlos Lemos Santos<br />
e João Ermida ficam à frente<br />
do BPP até Dezembro de 2010.<br />
Oprolongamentodocongelamento<br />
das contas dos clientes<br />
do retorno absoluto, pela quinta<br />
vez neste ano, chega no mesmo<br />
dia em que a CMVM disse que a<br />
constituição de um megafundo<br />
especial que agrupará os activos<br />
do clientes do BPP está em fase<br />
avançada e deverá ser viável no<br />
curto prazo. ■<br />
O que diz a lei<br />
bancária?<br />
Juntamente com a designação<br />
de administradores provisórios,<br />
o Banco de Portugal poderá<br />
determinar como providências<br />
extraordinárias:<br />
1 - Dispensa temporária do<br />
cumprimento pontual de<br />
obrigações anteriormente<br />
contraídas;<br />
2-Odispostonaalíneab)não<br />
obsta à conservação de todos os<br />
direitos dos credores contra os<br />
co-obrigados ou garantes.<br />
3 - As providências referidas<br />
neste artigo terão a duração<br />
máxima de um ano, prorrogável<br />
uma só vez por igual período de<br />
tempo. As providências<br />
extraordinárias previstas no<br />
presente título subsistirão apenas<br />
enquanto se verificar a situação<br />
que as tiver determinado.<br />
Constâncio cumpriu ontem o que<br />
era esperado: voltou a congelar as<br />
contas dos clientes do BPP.<br />
CMVM<br />
CMVM explica porque não tem<br />
condições para registar ainda o<br />
fundo de investimento especial<br />
Maria Teixeira Alves<br />
maria.alves@economico.pt<br />
A Comissão do Mercado de Valores<br />
Mobiliários (CMVM) emitiu<br />
ontem um comunicado onde<br />
explica a razão pela qual não<br />
pôde, até agora, registar o Fundo<br />
de Investimento Especial que<br />
substituirá os títulos (’loan-notes’)<br />
dos clientes do retorno absoluto<br />
do BPP.<br />
O regulador diz que, para já, não<br />
está em condições de autorizar<br />
um fundo de investimento para<br />
os clientes do BPP porque que<br />
ainda não recebeu do banco a
Dubai World reúne-se com credores<br />
A ‘holding’ estatal Dubai World vai reunir-se na próxima semana com os<br />
seus principais credores, para discutir a renegociação de dívida no<br />
montante de 26 mil milhões de dólares, menos de metade da dívida<br />
total. Entretanto, afastados os maiores receios sobre a situação do<br />
Dubai, os CDS - instrumentos de protecção de risco de crédito -<br />
continuaram ontem em queda, estando 30% abaixo do valor de 27 de<br />
Novembro, após terem sido conhecidas as dificuldades da Dubai World.<br />
AGENDA DO DIA<br />
● O Senado norte-americano<br />
confirma a nomeação de Ben<br />
Bernanke para o segundo ano como<br />
presidente da Reserva Federal<br />
● Assembleia Geral extraordinária<br />
da Polimaia - Sociedade Gestora de<br />
Participações sociais<br />
● Reunião do Conselho de Ministros<br />
exige definição do futuro do BPP<br />
lista detalhada do património<br />
que vai constituir o fundo, o que<br />
é essencial para dar sequência a<br />
esta solução. Em comunicado, a<br />
CMVM diz que “no âmbito do<br />
processo visando a autorização<br />
de constituição do fundo especial<br />
de investimento fechado<br />
para os Clientes do Banco Privado<br />
Português de retorno absoluto<br />
de investimento indirecto<br />
com garantia de capital, apresentado<br />
pela Privado Fundos –<br />
Sociedade Gestora de Fundos de<br />
Investimento (...) o processo de<br />
aprovação pela CMVM tem por<br />
objecto essencial a autorização<br />
de constituição de um património<br />
autónomo, pelo que, para<br />
ser efectivo, exige a definição,<br />
pela sociedade gestora, da com-<br />
Para além<br />
da definição do<br />
património do Fundo,<br />
a CMVM exige<br />
saberseoBPPirá<br />
àfalênciaeseserá<br />
executado o SII.<br />
posiçãodopatrimóniodofundo,<br />
com informação fundamentada<br />
e precisa sobre os activos e<br />
passivos que o integram e respectiva<br />
valorização”. Quer isto<br />
dizer que falta o montante de<br />
activos e passivos dos veículos<br />
que integrarão o fundo, bem<br />
como a avaliação dos activos em<br />
espécie que deverão ser transferidos<br />
para o fundo. Em reacção a<br />
administração do BPP explicou<br />
que a informação em falta não<br />
depende do banco, “incluindo<br />
alguma dela ori<strong>gina</strong>da em países<br />
estrangeiros”. O problema<br />
prende-se com o facto de boa<br />
parte dos activos que serão<br />
transferidos para o FEI estarem<br />
sedeados nas Ilhas Virgens<br />
Britânicas, que têm um sistema<br />
jurídico diferente, aumentando<br />
acomplexidadedoprocesso.<br />
Para estar pronto a ser registado<br />
o fundo precisa de pareceres do<br />
ROC; riscos inerentes às decisões<br />
dos investidores (ver caixa);<br />
mas também da “informação<br />
sobre a solução que será<br />
adoptada quanto ao tratamento<br />
das garantias prestadas aos<br />
clientes pelo BPP nos cenários<br />
possíveis para futuro do Banco,<br />
isto é, de continuidade ou de insolvência<br />
(incluindo o âmbito<br />
da possível intervenção dos sistemas<br />
de garantia)”. Deverá ser<br />
completado, previamente à<br />
constituição do fundo, o processo<br />
de correcção de irregularidades<br />
passadas com impacto<br />
no património dos clientes”. ■<br />
Quinta-feira 3 Dezembro 2009 <strong>Diário</strong> <strong>Económico</strong> 29<br />
João Paulo Dias<br />
DOCUMENTOS EM FALTA<br />
● Parecer do revisor oficial de<br />
contas sobre a entrada em<br />
espécie de activos e eventuais<br />
passivos no fundo;<br />
● Documento que refira os riscos<br />
e garantias inerentes às decisões<br />
dos investidores com a aquisição<br />
de unidades de participação no<br />
fundo de investimento;<br />
● Documentos legais que<br />
suportem a reestruturação dos<br />
veículos de investimento das<br />
aplicações de retorno absoluto<br />
indirecto, através da consolidação<br />
num único veículo que adquirirá as<br />
loan notes dos Investidores.
30 <strong>Diário</strong> <strong>Económico</strong> Quinta-feira 3 Dezembro 2009<br />
FINANÇAS<br />
BANCA<br />
Bancos saíram da crise ainda maiores<br />
e são agora um risco maior para a economia<br />
Os bancos europeus estão a emergir da crise ainda maiores do que eram,<br />
constituindo um risco maior para as economias nacionais. A conclusão,<br />
baseada em dados compilados pela Bloomberg, mostram que BPN<br />
Paribas, Barclays e Santander estão entre, pelo menos, 353 bancos<br />
europeus, que aumentaram de tamanho desde 2007. Destes, 15 têm agora<br />
activos num valor superior ao das suas economias, número que era de 10<br />
há apenas três anos, refere a agência de notícias.<br />
Luís Rego, em Bruxelas<br />
luis.rego@economico.pt<br />
Numadecisãochaveparaacredibilidade<br />
da resposta europeia<br />
à crise financeira, a city de<br />
Londres obteve ontem uma importante<br />
vitória em Bruxelas. A<br />
posição de força do Reino Unido<br />
conseguiu que as futuras<br />
autoridades de supervisão europeias<br />
para a banca, seguros e<br />
mercados de valores apenas<br />
possam intervir directamente<br />
nas empresas nacionais em casos<br />
de má interpretação de legislação<br />
comunitária. Numa situação<br />
de crise, de emergência,<br />
de divergência entre autoridades<br />
nacionais de supervisão, ou<br />
em todas as outras situações, o<br />
regulador nacional mantém todos<br />
os seus poderes.<br />
Esta cedência, entre outras,<br />
ao projecto inicial proposto<br />
pela Comissão Europeia, levou<br />
o Parlamento Europeu, que é<br />
co-legislador nesta matéria, a<br />
reagir de imediato, considerando<br />
que “as negociações estão<br />
a caminhar na direcção errada”.<br />
“Os cidadãos europeus<br />
estão à espera de medidas efectivas<br />
para prevenir crises”, dizemnumadeclaraçãoqueéassinada<br />
pelos coordenadores dos<br />
quatro maiores grupos políticos.<br />
Jean-Paul Gauzès, do PPE,<br />
Udo Bullmann dos socialistas,<br />
Sylvie Goulard, dos Liberais e<br />
Sven Giegold, dos Verdes,<br />
ameaçam assim reescrever o<br />
diploma durante os próximos<br />
meses, o que pode atrasar a entrada<br />
em vigor deste dossier,<br />
inicialmente previsto para Janeiro<br />
de 2011.<br />
A presidência sueca, através<br />
do ministro Anders Borg, diz<br />
que “este é o acordo possível” e<br />
avisa que “no final será difícil<br />
mudá-lo porque ele foi unânime<br />
e é muito equilibrado”. Charlie<br />
McCreevy, o comissário do<br />
mercado interno, acusado no<br />
Parlamento de ter sido demasiado<br />
passivo na reacção e prevenção<br />
da crise, diz que “a criação<br />
destas autoridades, por si<br />
só, já é um passo em frente con-<br />
siderável em relação à situação<br />
actual”.<br />
Para Alastair Darling, ministro<br />
britânico, “é no interesse<br />
europeu que [a city] prospere”<br />
visto que “quer se goste quer<br />
não, é o único rival de Nova Iorque<br />
como praça financeira global”.<br />
E deixou o aviso para o<br />
Parlamento e para o futuro comissário<br />
francês, Michel Barnier,<br />
cuja designação foi saudada<br />
pelo presidente Sarkozy<br />
Bernard Madoff foi condenado a 150<br />
anos de prisão pela fraude cometida.<br />
Governos diluem<br />
poderes da<br />
regulação europeia<br />
Ministros esvaziam poderes às novas autoridades de<br />
supervisão provocando a ira do Parlamento europeu.<br />
O comissário<br />
Charlie McCreevy<br />
defendeu que a<br />
criação destas<br />
entidades “por si<br />
só, já é um passo<br />
em frente<br />
considerável face<br />
à situação actual”.<br />
como prova da “derrota” de<br />
Londres: “Arriscamo-nos a perder<br />
negócios para jurisdições<br />
menos regulamentadas”.<br />
Implicações orçamentais<br />
eliminadas<br />
Um membro do gabinete de<br />
Darling, antes mesmo da reunião<br />
começar, avisava tratar-se<br />
de “um acordo muito bom para<br />
o Reino Unido”, não só porque<br />
“conseguimos retirar o poder de<br />
iniciativa da autoridade europeia<br />
no caso de uma crise ou de<br />
divergência entre supervisores”<br />
mas também porque assegurámos<br />
garantias que protegem a<br />
nossa soberania orçamental”.<br />
Rezaoacordoque“aautoridade<br />
[europeia] terá de assegurar<br />
que nenhuma decisão (…)<br />
tenha implicações de nenhuma<br />
forma sobre as responsabilidades<br />
orçamentais de um estado<br />
membro”. Caso um país entenda<br />
que, ainda assim, será alvo<br />
de impacto orçamental por<br />
uma decisão europeia, tem várias<br />
formas de recorrer. Pode<br />
suspender a decisão, inverter o<br />
ónus de comprovar a necessidade<br />
da medida e suscitar uma<br />
avaliação por parte do Conselho<br />
de Ministros, que pode ser<br />
repetida, mediante novas explicações.<br />
Ou não se tratasse de<br />
um acordo bizantino tipicamente<br />
europeu, há ainda um<br />
“terceiro travão”, como dizem<br />
os britânicos, onde através de<br />
uma declaração política, sem<br />
valor legal, se pede ao Conselho<br />
Europeu, que se rege por<br />
unanimidade, que “considere”<br />
a matéria.<br />
Sem grandes polémicas, os<br />
ministros criaram também uma<br />
autoridade para a supervisão do<br />
risco sistémico, a nível macro,<br />
que será comandada pelo BCE.<br />
Mas isso não chega, recordam<br />
os eurodeputados. “As autoridades<br />
independentes devem ser<br />
equipadas com poderes proporcionais<br />
e vinculativos no<br />
que toca à supervisão micro”,<br />
notam. A discussão segue dentro<br />
de momentos, na presidência<br />
espanhola. ■<br />
FRAU<strong>DE</strong><br />
CNMV obriga duas gestoras a compensarem<br />
vítimas da fraude de Madoff<br />
A Espírito Santo Gestión, gestora em Espanha do BES, e a Gestefin vão<br />
compensar os investidores afectados pela maior fraude financeira da<br />
história, orquestrada por Bernard Madoff. A exigência partiu da CNMV por<br />
considerar que o investimento não estava contemplado no folheto<br />
explicativo das sociedades de investimento. Deste modo, a Espírito Santo<br />
vai pagar 288 mil euros aos clientes dos seus dois fundos, enquanto que a<br />
Gestefin vai compensar os clientes com 69 mil euros.<br />
TRANSPARÊNCIA <strong>DE</strong>IXA ECOFIN...MAIS OPACO
MERCADOS<br />
SEC intima 36 empresas financeiras<br />
em investigação sobre ‘inside trading’<br />
A Securities and Exhange Commission (SEC), regulador do mercado de<br />
capitais dos Estados Unidos, enviou, pelo menos, 36 intimações a empresas<br />
financeiras, no âmbito de uma investigação alargada sobre potencial<br />
‘inside trading’. Entre elas estão a Goldman Sachs, noticiou o Wall Street<br />
Journal, citando fontes anónimas familiares com o processo. Algumas das<br />
intimações estarão relacionadas com concentrações nas indústrias<br />
farmacêutica e de retalho, nos últimos três anos, refere o jornal.<br />
Jock Fistick/Bloomberg<br />
Os ministros das finanças<br />
entraram na reunião<br />
perto das 9h mas a<br />
reunião formal do Ecofin<br />
apenas começou à 15.30h.<br />
Estranho?<br />
É por causa do Tratado de<br />
Lisboa. Em nome da<br />
transparência, o<br />
documento que entrou<br />
agora em vigor obriga a<br />
que as discussões entre<br />
ministros sobre propostas<br />
legislativas sejam<br />
transmitidas de forma<br />
públicanumasalado<br />
conselho, em Bruxelas. À<br />
vista dos jornalistas e,<br />
potencialmente, de todos<br />
os europeus.<br />
Mas, como o atraso no<br />
início “oficial” da reunião<br />
de ontem demonstrou, as<br />
decisões são tomadas<br />
antes, à porta fechada.<br />
Ou seja, a discussão a<br />
sério é feita fora da<br />
agenda do dia, numa<br />
espécie de ensaio para<br />
quando as câmaras se<br />
ligarem.<br />
EoConselhoquando<br />
começa… já acabou.<br />
Na foto, Alastair Darling,<br />
responsável pelas<br />
Finanças do Reino Unido,<br />
“perseguido” por um<br />
operador de câmara.<br />
O preço do ouro continua a bater<br />
recordes dia após dia.<br />
Retirada será gradual e não<br />
para todos os países ao mesmo<br />
tempo.<br />
Luís Rego<br />
luis.rego@economico.pt<br />
Bruxelas e os ministros das Finanças<br />
que ontem se reuniram<br />
recomendam que todos os governos<br />
retirem, o mais tardar<br />
em 2011, os estímulos à economia<br />
que atenuaram este ano<br />
adimensãodorecuodaactividade<br />
económica. Aliás, alguns<br />
deles, a quem a retoma já sorri,<br />
terão de retirar essas ajudas<br />
já em 2010.<br />
A discussão sobre o momento<br />
ideal para retirar os<br />
apoios “artificiais” à economia<br />
continua a dividir os especialistas,<br />
sendo incerto qual<br />
ocomportamentodaactividade<br />
quando tiver de funcionar<br />
totalmente por si própria. Com<br />
esta recomendação, existe<br />
pelo menos um calendário indicativo<br />
de quando tal poderá<br />
ser feito, começando pelos<br />
países que melhor recuperaram<br />
da crise.<br />
Por outro lado, e numa altura<br />
em que as contas públicas<br />
de quase todos os países acabaram<br />
por ser sacrificadas em<br />
nome da recuperação económica,<br />
o ponto da situação dos<br />
défices e a forma de os resolver<br />
acabaram também por<br />
marcar a discussão.<br />
Ontem a UE aprovou recomendações<br />
para 13 estados<br />
membros. Depois de alguns<br />
protestos,aFrançaeaBélgica<br />
aceitaram as metas impostas<br />
pela Comissão de cumprir<br />
otectodopactoem2013e<br />
2012, respectivamente, depois<br />
de obter uma garantia<br />
por escrito que só o farão se<br />
as condições económicas o<br />
permitirem.<br />
O dia acabou por ficar marcado<br />
com a confirmação do<br />
ministro alemão, Wolfang<br />
Schauble que Berlim pode registar<br />
um défice inferior a 3%<br />
este ano, bem abaixo do previsto.<br />
Os ministros das finanças<br />
recomendaram ontem ao Estado<br />
português que traga o défice<br />
público para baixo de 3% até ao<br />
final de 2013, se as condições<br />
económicas o permitirem. PortugaldeveráapresentaratéJunho<br />
de 2010 um plano de redução<br />
de défice, e tomar medidas<br />
MATÉRIAS-PRIMAS<br />
Quinta-feira 3 Dezembro 2009 <strong>Diário</strong> <strong>Económico</strong> 31<br />
Ouro supera os 1.217 dólares e atinge novo<br />
recorde pelo segundo dia consecutivo<br />
O “apetite” pelo ouro continua, com os investidores a refugiarem-se neste<br />
activo contra a queda do dólar. Ontem, e pela segunda sessão<br />
consecutiva, o preço do metal precioso voltou a atingir um novo recorde.<br />
Desta feita, o ouro chegou a disparar 1,72% para os 1.217,23 dólares a onça<br />
‘troy’. “O ouro está a subir como se não houvesse amanhã”, afirmou um<br />
analista do Citigroup citado pela Bloomberg. Desde o arranque do ano, o<br />
preço do ouro já disparou 38%, enquanto que o dólar desvalorizou 8,5%.<br />
Estímulos à economia<br />
serão retirados até 2011<br />
As regras para<br />
redução dos défices<br />
das contas públicas<br />
têmemcontaa<br />
evolução futura das<br />
economias.<br />
PUB<br />
concretas que conduzam, ainda<br />
que a prazo, a uma consolidação.<br />
O governo prevê adoptar<br />
um programa de estabilidade<br />
e crescimento nos próximos<br />
meses onde expõe a trajectória<br />
de redução, devendo cumprir o<br />
esforço pedido pela recomendaçãodoconselhodeumaquebra<br />
no défice ajustado do ciclo<br />
em 1,25 pontos percentuais,<br />
durante cada um dos próximos<br />
quatro anos.<br />
Bruxelas vai avaliar os esforços<br />
de Portugal mas se o<br />
crescimento económico ficar<br />
aquém do que foi previsto recentemente<br />
(0,2% em 2010) o<br />
país terá direito a um prolongamento<br />
de um ano no seu<br />
projecto de consolidação.<br />
Esta redução deverá começar<br />
em 2010, mas o grosso do<br />
ajustamento fica para o final<br />
do período. ■ Com T.F.<br />
John Kay<br />
COMO A ECONOMIA<br />
ILUMINA O MUNDO<br />
Disponível em www.ECONOMICO.pt
32 <strong>Diário</strong> <strong>Económico</strong> Quinta-feira 3 Dezembro 2009<br />
BOLSA <strong>DE</strong> VALORES<br />
Eurolist by Euronext Lisbon. Acções<br />
Última Var. Var. Máx. Mín. Quant. Máx. Mín. Divid. Data Divid. Comport.<br />
Valor Mobiliário Data cotação % sessão sessão transcc. do ano do ano Ex-dív yeld% anual%<br />
Compartimento A<br />
B.COM.PORTUGUES 02-12-2009 0.89 0.00 0.11 0.89 0.88 11,670,769 1.08 0.56 0.02 16-04-2009 1.92 8.71<br />
B.ESPIRITO SANTO 02-12-2009 4.64 -0.08 -1.63 4.72 4.59 2,539,856 5.34 2.65 0.16 26-03-2009 3.40 11.66<br />
BANCO BPI SA 02-12-2009 2.23 -0.02 -0.85 2.24 2.21 322,243 2.57 1.34 0.07 04-05-2009 2.98 28.29<br />
BRISA 02-12-2009 6.80 -0.02 -0.34 6.89 6.79 287,901 7.23 4.26 0.31 30-04-2009 4.54 27.51<br />
CIMPOR SGPS 02-12-2009 5.19 0.01 0.12 5.20 5.11 354,868 5.85 3.00 0.19 12-06-2009 3.57 <strong>48</strong>.85<br />
EDP 02-12-2009 3.10 0.02 0.58 3.10 3.07 3,404,218 3.22 2.29 0.14 14-05-2009 4.54 14.43<br />
EDP RENOVAVEIS 02-12-2009 6.50 -0.08 -1.20 6.59 6.42 663,136 7.83 4.41 0.00 0.00 31.52<br />
GALP ENERGIA 02-12-2009 12.00 -0.11 -0.91 12.13 11.96 823,568 12.65 7.03 0.23 22-10-2009 1.90 68.66<br />
J MARTINS SGPS 02-12-2009 6.80 -0.01 -0.07 6.84 6.77 572,344 6.94 3.01 0.11 06-05-2009 1.62 71.41<br />
PORTUGAL TELECOM 02-12-2009 8.34 0.07 0.89 8.49 8.25 3,046,783 8.27 5.<strong>48</strong> 0.57 24-04-2009 6.95 36.24<br />
ZON MULTIMEDIA 02-12-2009 4.34 0.00 0.05 4.35 4.31 339,606 5.01 3.55 0.16 27-05-2009 3.69 16.98<br />
Compartimento B<br />
SONAE INDUSTRIA 02-12-2009 2.58 0.01 0.19 2.60 2.53 152,459 2.86 1.15 0.00 16.61 68.85<br />
SONAECOM SGPS 02-12-2009 1.79 0.00 0.11 1.81 1.77 357,146 2.15 0.97 0.00 0.00 77.61<br />
MOTA ENGIL 02-12-2009 3.82 -0.02 -0.47 3.86 3.78 178,447 4.53 2.10 0.11 15-05-2009 2.87 63.15<br />
SEMAPA 02-12-2009 7.41 -0.19 -2.53 7.70 7.41 243,706 8.95 5.65 0.25 23-04-2009 3.36 18.73<br />
PORTUCEL 02-12-2009 1.89 -0.02 -1.05 1.93 1.89 245,973 2.13 1.31 0.10 06-04-2009 5.50 23.31<br />
SONAE 02-12-2009 0.90 -0.01 -0.99 0.91 0.90 2,604,901 0.98 0.38 0.03 20-05-2009 3.30 108.01<br />
BANIF-SGPS 02-12-2009 1.25 -0.01 -0.79 1.27 1.25 145,585 1.54 0.95 0.06 22-04-2009 4.86 22.77<br />
SONAE CAPITAL 02-12-2009 0.90 - - 0.91 0.89 230,696 1.00 0.41 0.00 0.00 104.55<br />
REN 02-12-2009 2.99 0.02 0.50 3.00 2.97 109,864 3.25 2.39 0.17 27-04-2009 5.55 4.94<br />
MARTIFER 02-12-2009 3.53 -0.04 -1.12 3.59 3.49 58,876 4.59 2.53 0.00 0.00 -5.05<br />
GRUPO MEDIA CAP 24-11-2009 4.59 - - - - - 5.00 2.00 0.23 09-04-2009 5.01 50.49<br />
SAG GEST 02-12-2009 1.32 -0.01 -0.75 1.33 1.32 3,500 1.59 0.90 0.02 10-11-2008 1.52 40.00<br />
TEIXEIRA DUARTE 02-12-2009 1.02 -0.01 -1.06 1.05 1.02 362,043 1.26 0.41 0.00 1.71 72.91<br />
FINIBANCO SGPS 02-12-2009 1.55 -0.02 -1.27 1.56 1.55 2,972 2.39 1.43 0.00 4.29 -21.11<br />
ALTRI SGPS SA 02-12-2009 3.77 -0.02 -0.50 3.81 3.75 315,021 4.25 1.50 0.00 2.00 80.91<br />
TOYOTA CAETANO 27-11-2009 4.16 - - - - - 8.80 4.00 0.07 26-05-2009 1.68 -46.04<br />
Compartimento C<br />
BENFICA-FUTEBOL 02-12-2009 2.73 -0.02 -0.73 2.75 2.70 1,943 3.55 1.70 0.00 0.00 30.95<br />
COFINA SGPS 02-12-2009 1.03 -0.01 -0.96 1.04 1.03 8,850 1.07 0.39 0.00 4.21 131.11<br />
COMPTA 25-11-2009 0.41 - - - - - 0.46 0.36 0.00 0.00 13.89<br />
CORTICEIRA AMORI 02-12-2009 0.96 0.01 1.05 0.96 0.94 63,987 1.05 0.54 0.00 6.74 17.28<br />
ESTORIL SOL N 22-09-1998 8.91 - - - - - 0.00 0.00 0.22 16-05-2007 2.47 -3.47<br />
ESTORIL SOL P 02-12-2009 6.70 -0.02 -0.30 6.70 6.70 87 9.88 6.51 0.00 4.54 -23.64<br />
F RAMADA INVEST 02-12-2009 0.84 -0.01 -1.06 0.84 0.81 7,361 0.98 0.57 0.00 0.00 35.84<br />
FISIPE 26-11-2009 0.15 - - - - - 0.20 0.09 0.00 0.00 66.67<br />
FUT.CLUBE PORTO 02-12-2009 1.28 -0.02 -1.54 1.30 1.28 1,130 1.75 1.25 0.00 0.00 -7.14<br />
GLINTT 02-12-2009 0.86 - - 0.86 0.85 28,516 1.03 0.60 0.00 0.00 34.38<br />
IBERSOL SGPS 02-12-2009 9.40 - - 9.40 9.20 7,135 10.00 5.51 0.05 22-05-2009 0.53 36.23<br />
IMOB GRAO PARA 25-11-2009 3.65 - - - - - 3.82 2.33 0.00 0.00 21.67<br />
IMPRESA SGPS 02-12-2009 1.73 0.03 1.76 1.77 1.65 300,3<strong>48</strong> 2.00 0.56 0.00 0.00 102.38<br />
INAPA-INV.P.GEST 02-12-2009 0.64 - - 0.64 0.62 253,7<strong>48</strong> 0.73 0.23 0.00 0.00 88.24<br />
LISGRAFICA 02-12-2009 0.09 - - 0.09 0.08 9,685 0.12 0.06 0.00 0.00 28.57<br />
NOVABASE SGPS 02-12-2009 4.49 -0.05 -1.10 4.52 4.49 8,288 5.06 3.21 0.00 0.00 -1.09<br />
OREY ANTUNES 02-12-2009 1.89 -0.11 -5.50 1.99 1.80 2,310 2.90 1.95 0.11 30-04-2009 5.50 -13.04<br />
PAP.FERNAN<strong>DE</strong>S 28-01-2009 2.66 - - - - - 2.70 2.65 0.00 0.00 0.38<br />
REDITUS SGPS 02-12-2009 7.12 - - 7.12 6.97 1,405 8.00 5.83 0.00 0.00 0.28<br />
S.COSTA 02-12-2009 1.23 0.02 1.65 1.23 1.20 122,831 1.32 0.<strong>48</strong> 0.03 27-05-2009 2.56 92.06<br />
S.COSTA-PREF 18-09-2009 1.16 - - - - - 1.16 1.16 0.15 27-05-2009 12.93 -15.94<br />
SPORTING 02-12-2009 1.26 -0.02 -1.56 1.26 1.16 174 1.52 1.01 0.00 0.00 -5.88<br />
SUMOL COMPAL 30-11-2009 1.40 - - - - - 1.70 0.94 0.00 0.00 -15.15<br />
VAA VISTA ALEGRE 01-12-2009 0.11 - - - - - 0.14 0.06 0.00 0.00 57.14<br />
VAA-V.ALEGRE-FUS 27-11-2009 0.08 - - - - - 0.10 0.04 0.00 0.00 60.00<br />
VAA-V.ALEGRE-FUS 27-11-2009 0.08 - - - - - 0.10 0.04 0.00 0.00 60.00<br />
Compartimento Estrangeiras<br />
BANCO POPULAR 02-12-2009 0.00 -0.01 -0.17 5.72 5.72 500 7.58 3.23 0.46 12-01-2009 8.00 -0.<strong>48</strong><br />
BANCO SANTAN<strong>DE</strong>R 02-12-2009 0.00 0.03 0.26 11.71 11.52 24,210 11.85 3.94 0.63 01-08-2009 5.47 85.80<br />
E.SANTO FINANC N 12-11-2009 0.00 - - - - - 15.20 8.64 0.25 25-05-2009 1.65 <strong>48</strong>.87<br />
E.SANTO FINANCIA 02-12-2009 0.00 - - 14.95 14.90 113,341 15.49 9.92 0.25 25-05-2009 1.71 39.91<br />
PAPELES Y CARTON 27-11-2009 0.00 - - - - - 4.25 2.45 0.03 16-01-2009 0.80 21.04<br />
SACYR VALLEHERM 06-05-2009 0.00 - - - - - 7.95 7.55 0.57 31-10-2008 7.17 5.02<br />
As cotações do PSI 20, dos índices internacionais e dos seus respectivos componentes podem ser acompanhadas em: www.diarioeconomico.com<br />
Última cotação – Corresponde na grande maioria dos títulos, à cotação de fecho da última sessão, a menos que seja indicada outra data. Preços indicados em euros; Variação absoluta e percentual<br />
– diferença entre a última cotação e o fecho da sessão imediatamente anterior em que o título transaccionou; Dividendo – valor bruto, indicado em euros e respectiva data a partir da qual<br />
a aquisição do título deixou de dar direito ao pagamento do dividendo; Dividend Yield – Rendimento do dividendo, que resulta da divisão do último dividendo pago pela cotação; Comportamento<br />
anual – variação percentual da cotação em relação ao último preço do ano anterior. Compartimento A – Capitalização bolsista superior a 1.000 milhões de euros; Compartimento B – Capitalização<br />
bolsista entre 150 milhões e 1.000 milhões de euros; Compartimento C – Capitalização bolsista inferior a 150 milhões de euros; Compartimento Estrangeiras – Emitentes estrangeiras.<br />
As últimas RECOMENDAÇÕES<br />
Jerónimo Martins<br />
PREÇO-ALVO<br />
6,95€<br />
COTAÇÃO ACTUAL<br />
6,80€<br />
POTENCIAL<br />
2,2%<br />
NEUTRAL O Goldman Sachs reviu em alta o preço-alvo<br />
para a Jerónimo Martins, de 6,30 para 6,95 euros, tendo<br />
mantido a recomendação ‘neutral’.<br />
EDP Renováveis<br />
PREÇO-ALVO<br />
8,50€<br />
COTAÇÃO ACTUAL<br />
6,501€<br />
POTENCIAL<br />
30,7%<br />
NEUTRAL O Goldman Sachs cortou a avaliação para a EDP<br />
Renováveis, de 8,80 para 8,50 euros por acção, reiterando<br />
a recomendação ‘neutral’.<br />
Galp Energia<br />
PREÇO-ALVO<br />
12,00€<br />
COTAÇÃO ACTUAL<br />
12,00€<br />
POTENCIAL<br />
0%<br />
NEUTRAL O UBS reduziu o preço-alvo para as acções da<br />
Galp Energia, de 13 euros para 12 euros, deixando inalterada<br />
a recomendação ‘neutral’.<br />
Média dos PREÇOS-ALVO<br />
EMPRESAS ‘TARGET’<br />
ALTRI 3,54<br />
BANCO BPI 2,49<br />
BCP 1,29<br />
BES 9,37<br />
BRISA 7,76<br />
CIMPOR 4,76<br />
EDP 3,89<br />
GALP ENERGIA 13,94<br />
EDP RENOVÁVEIS 7,37<br />
J. MARTINS 5,43<br />
MOTA-ENGIL 4,23<br />
PORTUCEL 2,47<br />
PT 7,38<br />
REN 3,24<br />
SEMAPA 11,03<br />
S. INDÚSTRIA 3,01<br />
SONAE SGPS 1,31<br />
SONAECOM 3,38<br />
T. DUARTE -<br />
ZON MULTIMÉDIA 8,05<br />
Metodologia: O preço-alvo médio é<br />
calculado tendo em conta as avaliações de<br />
sete casas de investimento: BPI, CaixaBI,<br />
ESR, BCP, Lisbon Brokers, Banif e UBS.<br />
COMENTÁRIO<br />
<strong>DE</strong> BOLSA<br />
Marta Reis<br />
marta.reis@economico.pt<br />
PSI20contraria<br />
Europa e fecha a cair<br />
A bolsa portuguesa terminou ontem a sessão em<br />
terreno negativo, em contraciclo com as principais<br />
congéneres europeias, que encerraram positivas<br />
pelo segundo dia consecutivo.<br />
O PSI 20 perdeu 0,26% para 8.359,12 pontos,<br />
enquanto na Europa as subidas oscilaram entre<br />
0,06% de Madrid e 0,53% de Paris, puxados por<br />
farmacêuticas e mineiras. Títulos do sector financeiro<br />
como Royal Bank of Scotland e o<br />
Commerzbank terminaram o dia com descidas<br />
superiores a 2%.<br />
Na Euronext Lisboa, os títulos da banca estiveram<br />
entre os que mais<br />
pressionaram o PSI 20. O<br />
BES protagonizou a segunda<br />
maior queda do<br />
dia, ao deslizar 1,63%, e o<br />
BPI caiu 0,85%; o BCP<br />
Hot Stock PORTUGAL TELECOM<br />
contrariou a tendência e encerrou com um ganho<br />
de 0,11%. A maior subida da sessão pertenceu à<br />
Portugal Telecom, que valorizou 0,89%, renovando<br />
o máximo em mais de um ano. Ainda no<br />
sector das TMT, a Zon somou 0,05% e a Sonaecom<br />
progrediu 0,11%.<br />
Os títulos da área energética tiveram uma sessão<br />
mista, com a EDP a subir 0,58% e a REN em<br />
altade0,50%,enquantoqueaRenováveisarecuou<br />
1,2% e a Galp a perdeu 0,91%. A descida<br />
mais acentuada do dia pertenceu à Semapa, com<br />
uma desvalorização de 2,53%. ■<br />
PSI 20 GANHA 31,82% EM 2009<br />
9000<br />
8000<br />
7000<br />
6000<br />
5000<br />
31-12-2009<br />
Zeinal Bava,<br />
CEO da Portugal Telecom<br />
PT volta a subir e renova máximo<br />
As bolsas<br />
ao minuto em<br />
www.economico.pt<br />
Ganhos anuais das cotadas oscilam entre 5,47%<br />
da REN e 105,95% da Sone SGPS.<br />
02-12-2009<br />
As acções da Portugal Telecom (PT) valorizaram ontem pelo<br />
segundo dia consecutivo e renovaram o máximo de 52 semanas<br />
ao cotar a 8,494 euros. Esta cotação, a mais elevada desde início<br />
de Março de 2008, correspondente a uma capitalização bolsista de<br />
7,<strong>48</strong> mil milhões de euros. Depois de ter fechado a primeira sessão<br />
de Dezembro com um ganho de 2,72%, a PT encerrou ontem<br />
em alta de 0,89%, num dia em que o advogado-geral do Tribunal<br />
Europeu de Justiça anunciou, em decisão preliminar,<br />
que os direitos especiais do Estado português na operadora de<br />
telecomunicações (’golden share’) violam as regras comunitárias<br />
da concorrência. Quanto a ‘research’, referência, nos últimos dois<br />
dias, a duas notas do Bank of America/Merrill Lynch e Crédit<br />
Suisse, que reiteraram os preços-alvo de 8,25 euros e 9,00 euros,<br />
respectivamente. Desde o início deste ano, as acções da empresa<br />
liderada por Zeinal Bava acumulam um ganho de 37,46%.
PUB
34 <strong>Diário</strong> <strong>Económico</strong> Quinta-feira 3 Dezembro 2009<br />
BOLSAS INTERNACIONAIS<br />
EUA - Dow Jones Industrial Indices Internacionais<br />
Título Última Var.<br />
Cot. $ %<br />
ALCOA INC 13.39 4.61<br />
WALT DISNEY CO 30.66 -0.23<br />
KRAFT FOODS INC 26.67 0.64<br />
PROCTER & GAMBLE 63.18 0.43<br />
AMER EXPRESS CO 40.87 -1.04<br />
GENERAL ELEC CO 16.05 -0.74<br />
COCA-COLA CO 57.83 -0.43<br />
AT&T 27.35 0.63<br />
BOEING CO 53.38 -0.63<br />
HOME <strong>DE</strong>POT INC 28.18 0.64<br />
MCDONALD'S CORP 63.07 -0.74<br />
THE TRAVELERS CO 52.71 0.21<br />
BANK OF AMERICA 15.63 -1.64<br />
HEWLETT-PACKARD 49.07 -1.05<br />
3M COMPANY 78.26 -0.47<br />
EUA - Nasdaq<br />
Título Última Var.<br />
Cot. $ %<br />
APPLE INC 196.28 -0.4<br />
COGNIZANT TECH 45.34 0.44<br />
INFOSY TECH ADR 51.84 -0.25<br />
PACCAR INC 37.15 -2.39<br />
ADOBE SYS 36.47 0.19<br />
CITRIX SYSTEMS 38.92 0.23<br />
INTEL CORP 19.65 0<br />
PRICELINE COM 217.07 1.06<br />
AUTOMATIC DATA 43.79 -0.11<br />
<strong>DE</strong>LL INC 13.67 -1.23<br />
INTUIT INC 29.58 0.<strong>48</strong><br />
PATTERSON COS 26.26 0.96<br />
AUTO<strong>DE</strong>SK INC 23.67 -1.21<br />
DISH NETWORK A 20.86 -0.43<br />
INTUITIVE SURG 287.96 1.07<br />
PHARM PROD <strong>DE</strong>V 21.75 0.42<br />
AKAMAI TECH INC 24.34 1.59<br />
DIRECTV A 31.57 0.19<br />
J.B. HUNT TRAN 33.04 1.94<br />
QUALCOMM INC 45.09 0.07<br />
ALTERA CORP 21.98 -0.09<br />
EBAY INC 23.8 -0.87<br />
JOY GLOBAL INC 53.27 -3.13<br />
RSCH IN MOTION 60.37 1.07<br />
APPLIED MATL 12.92 0.23<br />
ELECTRONIC ART 16.84 -0.82<br />
KLA TENCOR 32.39 2.14<br />
ROSS STORES 44.37 -0.05<br />
AMGEN 57.51 0.75<br />
EXPRESS SCRIPTS 87.33 -0.08<br />
LIBERTY GBL CL A 19.6 1.5<br />
RYANAIR HLDGS 25.28 -2.51<br />
AMAZON COM 141.8 2.38<br />
EXPEDITORS 32.62 1.43<br />
LIFE TECH CORP 51.02 0.51<br />
STARBUCKS CORP 21.71 -0.09<br />
APOLLO GROUP 56.41 1.08<br />
EXPEDIA 25.81 0.16<br />
LIBERTY INTER A 10.84 -1.36<br />
SEARS HOLDING 73.87 1.26<br />
ACTIVISIN BLIZRD 11.43 -2.06<br />
FASTENAL CO 37.9 1.88<br />
LINEAR TECH 27.63 0.84<br />
SIGMA ALDRICH 53.75 0<br />
BED BATH BEYOND 39.02 0.31<br />
FISERV INC 47.38 -0.21<br />
LOGITECH INTL 16.66 -0.42<br />
STAPLES INC 23.86 -2.37<br />
BAIDU INC ADS 435.<strong>48</strong> -0.02<br />
FLEXTRONICS 7.5 1.63<br />
EUA - Standard & Poors 100<br />
Título Última Var.<br />
Cot. $ %<br />
ALCOA INC 13.39 4.61<br />
CVS CAREMARK CRP 31.21 0.1<br />
JOHNSON&JOHNSON 63.9 0.61<br />
PROCTER & GAMBLE 63.18 0.43<br />
APPLE INC 196.28 -0.4<br />
CHEVRON 78.46 -0.76<br />
JPMORGAN CHASE 41.7 -1.23<br />
PHILIP MORRIS 49.21 0.08<br />
ABBOTT LABS 54.37 -0.2<br />
DU PONT CO 35.34 0.68<br />
KRAFT FOODS INC 26.67 0.64<br />
QUALCOMM INC 45.09 0.07<br />
AMER ELEC PWR 33.82 2.36<br />
<strong>DE</strong>LL INC 13.67 -1.23<br />
COCA-COLA CO 57.83 -0.43<br />
REGIONS FINANCL 5.84 1.04<br />
ALLSTATE CP 28.42 -0.35<br />
WALT DISNEY CO 30.66 -0.23<br />
LOCKHEED MARTIN 77.9 -1.3<br />
RAYTHEON CO 51.68 -0.23<br />
AMGEN 57.51 0.75<br />
DOW CHEMICAL CO 28.47 1.39<br />
LOWES COMPANIES 22.53 -0.22<br />
SPRINT NEXTEL 3.75 -0.79<br />
AMAZON COM 141.8 2.38<br />
<strong>DE</strong>VON ENERGY 67.53 -1.55<br />
MASTERCARD CL A 243.58 0.24<br />
SCHLUMBERGER LTD 63.92 -1.13<br />
AVON PRODUCTS 35.36 0.88<br />
EMC CORP 16.81 -1<br />
MCDONALD'S CORP 63.07 -0.74<br />
SARA LEE CORP 12.4 1.22<br />
AMER EXPRESS CO 40.87 -1.04<br />
ENTERGY CP 80.99 -0.07<br />
MEDTRONIC INC 43.34 1.52<br />
SOUTHERN 32.59 0.56<br />
BOEING CO 53.38 -0.63<br />
EXELON CORP 49.61 1.2<br />
METLIFE INC 34.88 2.02<br />
AT&T 27.35 0.63<br />
BANK OF AMERICA 15.63 -1.64<br />
FORD MOTOR CO 8.98 1.13<br />
3M COMPANY 78.26 -0.47<br />
TARGET CORP 47.<strong>48</strong> 1.5<br />
BAXTER INTL INC 55.98 1.38<br />
FRPRT-MCM GD 85.11 1.43<br />
ALTRIA GROUP 19.16 0.47<br />
TIME WARNER INC 30.83 -1.22<br />
BAKER HUGHES INC 40.43 -1.53<br />
FE<strong>DE</strong>X CORP 86.65 0.9<br />
Reino Unido - Footsie 100<br />
Título Última Var.<br />
Cot. £ %<br />
ANGLO AMERICAN 2719.532 0.33<br />
CADBURY 804.5471 -0.12<br />
IMPERIAL TOBACCO 1836 1.21<br />
PRU<strong>DE</strong>NTIAL 635.3878 1.02<br />
SHIRE 1201.6343 -0.33<br />
ASSOC.BR.FOODS 797 -1.<strong>48</strong><br />
CARNIVAL 2077.6875 1.06<br />
INTL POWER 281.5722 -0.57<br />
PEARSON 844.0338 0.12<br />
STANDARD LIFE 210.4 -0.47<br />
ADMIRAL GROUP 1062.4524 0.56<br />
Título Última Var.<br />
Cot. $ %<br />
UNITED TECH CP 68.08 0.12<br />
CATERPILLAR INC 58.86 -1.37<br />
INTL BUS MACHINE 127.56 -0.3<br />
MERCK & CO 36.78 -0.27<br />
VERIZON COMMS 32.66 0.99<br />
CISCO SYSTEMS 23.8 -0.46<br />
INTEL CORP 19.65 0<br />
MICROSOFT CP 29.79 -0.73<br />
WAL-MART STORES 54.54 -0.38<br />
CHEVRON 78.46 -0.76<br />
JOHNSON&JOHNSON 63.9 0.61<br />
PFIZER INC 18.68 -0.9<br />
EXXON MOBIL 75.68 -0.47<br />
DU PONT CO 35.34 0.68<br />
JPMORGAN CHASE 41.7 -1.23<br />
Título Última Var.<br />
Cot. $ %<br />
LAM RESEARCH 36.17 3.49<br />
STERICYCLE INC 56.1 0.43<br />
BIOGEN I<strong>DE</strong>C 47.74 -0.23<br />
FLIR SYSTEMS 29.43 1.2<br />
MICROCHIP TECH 27.18 1.3<br />
STEEL DYNAMICS 17.8 2.06<br />
BROADCOM CORP 30.44 0.86<br />
FIRST SOLAR 121.71 -0.25<br />
MILLICOM INTL 77.12 -0.06<br />
SEAGATE TECH 16.4 4.19<br />
CA IN 22.35 -0.58<br />
FOSTER WHEELR AG 30.55 -0.46<br />
MARVELL TECH GP 16.37 2.12<br />
SYMANTEC CORP 17.94 -0.39<br />
CELGENE CORP 56.89 1.01<br />
GENZYME 51.27 0.31<br />
MICROSOFT CP 29.79 -0.73<br />
TEVA PHARM 54.13 1.41<br />
CEPHALON INC 56.07 1.3<br />
GILEAD SCI 46.49 0.24<br />
MAXIM INTEGRATED 18.27 0.88<br />
URBAN OUTFITTER 32.3 -1.67<br />
CERNER CORP 77.71 1.41<br />
GOOGLE 588.07 -0.31<br />
NII HOLDINGS 31.08 -0.35<br />
VERISIGN INC 22.28 -1.33<br />
CHECK PT SFTWRE 33.03 0.76<br />
GARMIN LTD 30.38 2.57<br />
NETAPP INC 31.58 -0.22<br />
VERTEX PHARM 39.7 -0.4<br />
CH ROBINSON WW 57.54 2.18<br />
HANSEN NATURAL 35.83 0.7<br />
NVIDIA CORP 13.7 2.85<br />
WRNER CHIL PLC A 26.12 2.35<br />
COMCAST CORP A 14.82 -1<br />
HOLOGIC INC 14.3 -2.05<br />
NEWS CORP A 11.73 -0.59<br />
WYNN RESORTS 66.11 -0.39<br />
COSTCO WHOLESAL 60.74 -0.02<br />
HENRY SCHEIN 50.6 1.69<br />
ORACLE CORP 22.5 0.27<br />
XILINX INC 23.36 -0.26<br />
CISCO SYSTEMS 23.8 -0.46<br />
IAC INTERACTIVE 19.3 -0.62<br />
O REILLY AUTO 38.97 -0.54<br />
<strong>DE</strong>NTSPLY INTL 34.11 1.37<br />
CINTAS CORP 28.91 0.66<br />
ILLUMINA INC 29.28 -1.58<br />
PAYCHEX INC 32.14 1.29<br />
YAHOO! INC 15.32 1.26<br />
Título Última Var.<br />
Cot. $ %<br />
MONSANTO CO 84.23 2.08<br />
TEXAS INSTRUMENT 25.96 0.08<br />
BANK NY MELLON 27.25 1.11<br />
GENERAL DYNAMICS 67.13 -0.01<br />
MERCK & CO 36.78 -0.27<br />
UNITEDHEALTH GP 28.23 -1.64<br />
BRISTOL MYERS SQ 24.63 -0.08<br />
GENERAL ELEC CO 16.05 -0.74<br />
MORGAN STANLEY 30.6 -2.92<br />
UNITED PARCEL B 57.98 0.17<br />
BURL NTHN SANTA 98.5 0.04<br />
GILEAD SCI 46.49 0.24<br />
MICROSOFT CP 29.79 -0.73<br />
US BANCORP 24.3 -0.16<br />
CITIGROUP 4.06 -0.98<br />
GOOGLE 588.07 -0.31<br />
NIKE INC CL B 65.39 -0.02<br />
UNITED TECH CP 68.08 0.12<br />
CATERPILLAR INC 58.86 -1.37<br />
GOLDM SACHS GRP 166 -0.97<br />
NTL OILWELL VARC 43.67 -0.93<br />
VERIZON COMMS 32.66 0.99<br />
COLGATE PALMOLIV 85.83 0.09<br />
HALLIBURTON CO 28.91 -1.5<br />
NORFOLK SOUTHERN 52 -0.67<br />
WALGREEN CO 38 -3.<strong>48</strong><br />
COMCAST CORP A 14.82 -1<br />
HOME <strong>DE</strong>POT INC 28.18 0.64<br />
NEWS CORP A 11.73 -0.59<br />
WELLS FARGO & CO 27.43 -2<br />
CAP ONE FINAN 38.32 0.6<br />
H J HEINZ CO 43.42 0.67<br />
NYSE EURONEXT 25.04 -0.95<br />
WILLIAMS COMPS 20.2 0.1<br />
CONOCOPHILLIPS 51.73 -1.01<br />
HONEYWELL INTL 39.51 0.36<br />
ORACLE CORP 22.5 0.27<br />
WAL-MART STORES 54.54 -0.38<br />
COSTCO WHOLESAL 60.74 -0.02<br />
HEWLETT-PACKARD 49.07 -1.05<br />
OCCI<strong>DE</strong>NTAL PETE 81.19 -1.2<br />
WEYERHAEUSER CO 41.18 1.7<br />
CAMPBELL SOUP CO 35.55 -0.03<br />
INTL BUS MACHINE 127.56 -0.3<br />
PEPSICO INC 63.42 0<br />
EXXON MOBIL 75.68 -0.47<br />
CISCO SYSTEMS 23.8 -0.46<br />
INTEL CORP 19.65 0<br />
PFIZER INC 18.68 -0.9<br />
XEROX CORP 7.77 -0.77<br />
Título Última Var.<br />
Cot. £ %<br />
CENTRICA 260.8 0.73<br />
INMARSAT 653.785 1.7<br />
RECKIT BNCSR GRP 3162.438 0.16<br />
SMITHS GROUP 984 0.66<br />
AMEC 828.9262 2.16<br />
CAIRN ENERGY 3064 -2.61<br />
INVENSYS 289.5806 1.72<br />
ROYAL BANK SCOT 33.026 -2.09<br />
SMITH&NEPHEW 592 0.08<br />
ANTOFAGASTA 931.41 0.64<br />
COBHAM 230.65 2.07<br />
Último Var. Var. Máx. Mín. Fecho Var. VS Máx. Data Mín. Data<br />
Índice Mercado valor pontos % ano ano ano ant. ano ant.% hist. máx. hist. histór. Mín. hist.<br />
PSI 20 Portugal 8359.12 -21.41 -0.26 8910.51 5696.46 6341.34 31.81945772 15080.99 09 MAR 2000 2910.63 14 JAN 1993<br />
PSI Geral Portugal 2852.31 -8.28 -0.29 3013.17 1921.76 2073.59 37.55419345 4419 17 JUL 2007 842.31 22 NOV 1995<br />
PSI 20 Total Return Portugal 13854 -35.<strong>48</strong> -0.26 14767.85 9064.43 10090.58 37.29636949 21023.84 17 JUL 2007 6673.98 23 OCT 2002<br />
Dow Jones Ind. Ave. EUA 10446.56 -25.02 -0.24 10501.28 6469.95 8776.39 19.03026187 14164.53 09 OCT 2007 388.2 17 JAN 1955<br />
Nasdaq Composite EUA 2182.95 7.14 0.33 2205.32 1265.52 1577.03 38.42158995 5132.52 10 MAR 2000 276.6 01 OCT 1985<br />
FTSE 100 R. Unido 5327.39 15.22 0.29 5396.96 3460.71 4434.17 20.14401793 6950.6 30 <strong>DE</strong>C 1999 986.9 23 JUL 1984<br />
Xetra-Dax Alemanha 5781.68 5.07 0.09 5888.21 3588.89 <strong>48</strong>10.2 20.19624964 8151.57 13 JUL 2007 931.18 29 JAN 1988<br />
CAC 40 França 3795.92 20.18 0.53 3913.81 2465.46 3217.97 17.96008042 6944.77 04 SEP 2000 893.82 29 JAN 1988<br />
IBEX 35 Espanha 11868.8 6.7 0.06 12102.6 6702.6 9195.8 29.06761783 16040.4 09 NOV 2007 1861.9 05 OCT 1992<br />
AEX Holanda 316.44 1 0.32 328.51 194.99 245.94 28.66552818 703.18 05 SEP 2000 69.14 10 NOV 1987<br />
BEL 20 Bélgica 2516.62 26.56 1.07 2618.9 1523.47 1908.64 31.85409506 4759.01 23 MAY 2007 1039 02 SEP 1992<br />
Nikkei 225 Japão 9608.94 36.74 0.38 10767 7021.28 0 0 38915.87 29 <strong>DE</strong>C 1989 85.25 06 JUL 1950<br />
Hang Seng Hong Kong 22289.57 176.42 0.8 23099.57 11344.58 14387.<strong>48</strong> 54.92337783 31958.41 30 OCT 2007 58.61 31 AUG 1967<br />
DJ Stoxx 50 Pan-europeu 2502.95 7.38 0.3 2551.28 1583.59 2065.46 21.18123808 5219.96 28 MAR 2000 925.95 05 OCT 1992<br />
DJ Euro Stoxx 50 Pan-europeu 2877.94 6.19 0.22 2962.06 1765.49 2451.<strong>48</strong> 17.39602199 5522.42 07 MAR 2000 920.65 05 OCT 1992<br />
FTSE Eurotop 300 Pan-europeu 1015.77 4.71 0.47 1036.39 645.5 831.97 22.09214275 1709.12 05 SEP 2000 645.5 09 MAR 2009<br />
FTSE Eurotop 100 Pan-europeu 2163.51 9.04 0.42 2205.41 1384.52 1798.68 20.28320769 3969.76 05 SEP 2000 1384.52 09 MAR 2009<br />
Euronext 100 Pan-europeu 660.19 3.77 0.57 683.36 426.62 544.92 21.15356383 1147.84 12 OCT 2000 419.49 12 MAR 2003<br />
Next 150 Pan-europeu 1351.45 4.68 0.35 1439.31 791.<strong>48</strong> 909.94 <strong>48</strong>.52078159 2028.18 19 JUL 2007 514.28 12 MAR 2003<br />
S&P 500 EUA 1107.78 -1.08 -0.1 1105.3 666.92 903.25 22.64378633 1576.06 11 OCT 2007 132.93 23 NOV 1982<br />
Bovespa Brasil 68597.8 189.4 0.28 68615.77 35721.83 37550.31 82.68237999 73920.38 29 MAY 2008 4575.69 11 SEP 1998<br />
Índices Sectoriais - Dow Jones Stoxx Europa<br />
Último Var. Var. Máx. Mín. Fecho Var. VS Máx. Data Mín. Data<br />
Índice valor pontos % ano ano ano ant. ano ant.% hist. máx. hist. histór. Mín. hist.<br />
Automovel 229.72 0.28 0.12 259.94 144.47 199.50 15.15 433.20 01 NOV 2007 83.34 07 OCT 1992<br />
Banca 223.96 -0.69 -0.31 243.13 87.17 149.51 49.80 541.27 20 APR 2007 86.87 26 AUG 1992<br />
Recursos Básicos <strong>48</strong>0.01 7.45 1.58 <strong>48</strong>1.85 210.03 246.17 94.99 836.75 19 MAY 2008 84.85 19 OCT 1992<br />
Ind. Quimica 4<strong>48</strong>.51 7.46 1.69 444.17 274.07 321.61 39.46 530.59 06 JUN 2008 95.76 05 OCT 1992<br />
Construção 268.55 2.36 0.89 279.80 151.79 203.55 31.93 <strong>48</strong>1.57 04 JUN 2007 77.54 19 OCT 1992<br />
Energia 318.25 0.86 0.27 328.75 230.51 264.50 20.32 472.65 13 JUL 2007 85.58 25 AUG 1992<br />
Serviços Financeiros 227.77 0.02 0.01 246.21 129.13 180.82 25.97 508.91 21 FEB 2007 80.51 01 SEP 1992<br />
Alimentação e bebidas 291.05 2.78 0.96 293.25 195.15 230.12 26.<strong>48</strong> 337.56 01 NOV 2007 92.66 05 OCT 1992<br />
Bens e serviços Industriais 239.35 1.83 0.77 245.54 146.60 179.21 33.56 416.99 11 FEB 2000 92.1 05 OCT 1992<br />
Seguros 147.24 -0.59 -0.40 166.18 73.76 134.50 9.47 473.67 27 NOV 2000 73.76 09 MAR 2009<br />
Media 152.05 1.51 1.00 155.88 118.<strong>48</strong> 134.53 13.02 783.64 10 MAR 2000 99.98 08 JAN 1992<br />
Cuidados Médicos 351.77 1.82 0.52 352.00 267.68 320.44 9.78 523.<strong>48</strong> 27 NOV 2000 87.97 14 APR 1993<br />
Tecnologia 177.33 -1.29 -0.72 199.88 125.37 152.86 16.01 1230.61 06 MAR 2000 88.2 05 OCT 1992<br />
Telecomunicações 260.95 2.91 1.13 259.47 199.87 232.89 12.05 1062.85 06 MAR 2000 79.37 05 OCT 1992<br />
Fornecedores de serv. Públicos 325.78 1.49 0.46 360.62 253.98 337.55 -3.49 563.68 08 JAN 2008 89.88 05 OCT 1992<br />
Reino Unido - Footsie 100<br />
Título Última Var. Título Última Var.<br />
Cot. £ %<br />
Cot. £ %<br />
INTERTEK GROUP 1240 1.31<br />
ROYAL DTCH SHL A 1841.909 -0.44<br />
SERCO GROUP 527.6533 1.72<br />
ALLIANCE TRUST 312 -0.54<br />
COMPASS GROUP 444.6<strong>48</strong>5 1.39<br />
JOHNSON MATTHEY 1511.4028 -0.07<br />
ROYAL DTCH SHL B 1764 -0.42<br />
SCOT & STH ENRGY 1130 0.18<br />
AUTONOMY CORP 1446.2892 2.64<br />
CAPITA GROUP 730 0.83<br />
KAZAKHMYS 1309 2.34<br />
REED ELSEVIER 469.447 0.8<br />
STANDRD CHART BK 1551 -0.64<br />
AVIVA 377.4391 -0.29<br />
CABLE & WIRELESS 144 0.42<br />
KINGFISHER 236 -1.46<br />
REXAM PLC 288.59 1.01<br />
SEVERN TRENT 1024.3872 -1.81<br />
ASTRAZENECA 2765 0.44<br />
DIAGEO 1040.84 -0<br />
LAND SECS GROUP 675.7808 0.44<br />
RIO TINTO 3292 2.55<br />
THOMAS COOK GRP 214.1 1.13<br />
BAE SYSTEMS 339.9386 1.4<br />
MAN GROUP 326.8917 -0.64<br />
LEGAL & GENERAL 75.5615 -2.13<br />
ROLLS ROYCE GP 498 0.71<br />
TULLOW OIL 1292.15 1.33<br />
BARCLAYS 297.5 0.49<br />
EURASIAN 915.5 1.84<br />
LIBERTY INTL <strong>48</strong>1.7198 -1.28<br />
RANDGOLD RES. 5361.3857 -0.56<br />
TESCO 425.88 -0.06<br />
BRIT AM TOBACCO 1905.5 0.29<br />
EXPERIAN 590 0.17<br />
LLOYDS BNK GRP 53.05 -1.92<br />
RSA INSRANCE GRP 118.7 -0<br />
TUI TRAVEL 2<strong>48</strong>.4 2.1<br />
BRITISH AIRWAYS 201.7 1.71<br />
FRESNILLO 905.6811 0.22<br />
Espanha - IBEX 35<br />
Título Última Var.<br />
Cot. € %<br />
ABERTIS 15.37 -1.09<br />
ABENGOA 20.075 0.43<br />
ACS CONS Y SERV 33.75 0.09<br />
ACERINOX 13.985 -0.04<br />
ACCIONA SA 86.55 -1.54<br />
BBVA 12.78 -0.08<br />
BANKINTER 7.05 -0.7<br />
BOLSAS Y MER ESP 23.<strong>48</strong> -0.21<br />
BANESTO 8.62 -0.35<br />
CINTRA INF TRANS 7.55 0.94<br />
CRITERIA CAIXA 3.34 -0.15<br />
EN<strong>DE</strong>SA 21.53 1.1<br />
ENAGAS 14.7 0.58<br />
FOMENTO <strong>DE</strong> CONST 28.89 -1.16<br />
GRUPO FERROVIAL 30.32 0.73<br />
GAMESA 12.745 -0.12<br />
GAS NATURAL 14.15 0.43<br />
GRIFOLS 11.29 0.13<br />
Suíça - SMI<br />
Título Última Var.<br />
Cot. CHF %<br />
ABB LTD N 18.85 0.59<br />
ACTELION HLDG 60.5 0.5<br />
A<strong>DE</strong>CCO N 52.7 0.57<br />
CS GROUP AG 52.15 -2.07<br />
HOLCIM N 76.3 2.01<br />
JULIUS BAER N 32 -2.14<br />
LONZA GRP AG N 75.65 -2.7<br />
NESTLE SA <strong>48</strong>.98 0.99<br />
NOVARTIS N 56.15 -0.18<br />
RICHEMONT I 32.99 -0.33<br />
ROCHE HOLDING AG 166.3 0.<strong>48</strong><br />
SGS N 1298 -0.15<br />
SWATCH GROUP I 257.2 0.35<br />
LONMIN PLC 1911 3.24<br />
RESOLUTION 83.9 -0.83<br />
UNILEVER 1834.7208 1.15<br />
BG GROUP 1120.5 -0.75<br />
G4S 255.7908 1.43<br />
LOND STOCK EXCH 756.77 -2.55<br />
RENTOKIL INITIAL 102.8 -0<br />
UNITED UTIL GRP <strong>48</strong>5.6623 1.39<br />
BR LAND CO 464.3 0.8<br />
GLAXOSMITHKLINE 1284 0.16<br />
MARKS & SP. 398 0.71<br />
SABMILLER 1793.46 0.5<br />
VEDANTA RES 2445 2.47<br />
BHP BILLITON 1942 0.99<br />
HAMMERSON 422 0.55<br />
MORRISON SUPMKT 278.6 -0.32<br />
SAINSBURY(J) 323 -0.34<br />
VODAFONE GROUP 143.26 2.18<br />
BUNZL 633.0173 0.79<br />
HOME RETAIL 309.8<strong>48</strong>2 -0.26<br />
NATIONAL GRID 651.3994 -2.32<br />
SCHRO<strong>DE</strong>RS 1183.06 0.25<br />
WOLSELEY 1240.0496 1.06<br />
BP 585.6 -0.19<br />
HSBC HOLDINGS 722.7 -0.45<br />
NEXT 2046.32 -0.39<br />
SCHRO<strong>DE</strong>RS NV 997.5 0.91<br />
WPP PLC 592 1.46<br />
BURBERRY GRP 587.5031 0.51<br />
ICAP PLC 442.9 -0.29<br />
OLD MUTUAL 114.7153 -1.04<br />
SAGE GROUP 221.1 2.98<br />
WHITBREAD 1294 -0.38<br />
B SKY B 551.72 1.19<br />
INTERCONT HOTEL 856.8156 -0.12<br />
PETROFAC 1005.44 0.2<br />
SEGRO 337.7 0.21<br />
XSTRATA 11<strong>48</strong> 1.06<br />
BT GROUP 143.7683 1.54<br />
3I GROUP 275.1 0.04<br />
Título Última Var.<br />
Cot. € %<br />
IBERDROLA 6.435 0.23<br />
IBERIA LIN AER 2.019 1.71<br />
IBR RENOVABLES 3.24 0<br />
INDRA SISTEMAS 15.75 -0.94<br />
INDITEX 42.29 -1.19<br />
MAPFRE 2.955 0.2<br />
ARCELORMITTAL 27.03 1.62<br />
OBR HUARTE LAIN 19.15 2.9<br />
BK POPULAR 5.69 -0.61<br />
RED ELECTR CORP 36.91 -0.24<br />
REPSOL YPF 18.715 -0.16<br />
BCO <strong>DE</strong> SABA<strong>DE</strong>LL 4.25 -0.47<br />
BANCO SANTAN<strong>DE</strong>R 11.625 -0.04<br />
SACYR-VALLE 9.25 -0.96<br />
TELEFONICA 19.645 0.64<br />
GEST TELECINCO 7.76 0.52<br />
TECNICAS REUN 38 1.99<br />
Título Última Var.<br />
Cot. CHF %<br />
SWISS LIFE HLDG 127.1 0.47<br />
SWISS REINSUR N 49.2 0.37<br />
SWISSCOM N 398.5 0.25<br />
SYNGENTA N 286 4.34<br />
SYNTHES 133.4 0.91<br />
UBS AG N 15.83 -1.31<br />
ZURICH FIN N 221.1 -0.41<br />
ZURICH FIN N 221.1 -0.41<br />
SYNGENTA N 286 4.34<br />
SYNTHES 133.4 0.91<br />
UBS AG N 15.83 -1.31<br />
ZURICH FIN N 221.1 -0.41<br />
ZURICH FIN N 221.1 -0.41<br />
Alemanha - Dax<br />
Título Última Var.<br />
Cot. € %<br />
ADIDAS AG 37.9 -1.56<br />
FRESENIUS SE VZ 46.02 -0.39<br />
ALLIANZ SE 84.3 -0.39<br />
HENKEL AG&CO VZ 34.8 -1.3<br />
BASF SE 41.6 1.54<br />
INFINEON TECH N 3.285 -0.76<br />
BAY MOT WERKE 31.655 -1.46<br />
K+S AG 43.03 0.58<br />
BAYER N AG 53.22 1.8<br />
LIN<strong>DE</strong> 83.54 -0.12<br />
BEIERSDORF 44.97 1.65<br />
MAN SE 52.99 1.71<br />
COMMERZBANK 6.15 -2.92<br />
MERCK KGAA 64.94 1.03<br />
DAIMLER AG N 35.18 0.21<br />
METRO AG 42.4 0.52<br />
Itália - Mibtel<br />
Título Última Var.<br />
Cot. € %<br />
GENERALI ASS 17.74 -0.11<br />
MEDIASET 5.25 -028<br />
MEDIOBANCA 8.1 -0.18<br />
MEDIOLANUM 4.51 -0.55<br />
SAIPEM 21.98 -0.23<br />
SNAM RETE GAS 3.46 -0.36<br />
STMICROELEC.N.V 5.57 0.09<br />
Holanda - AEX<br />
Título Última Var.<br />
Cot. € %<br />
DJ Euro STOXX 50 2877.94 0.22<br />
AEX-Index 316.44 0.32<br />
AEX MktDigest #N/A unknown<br />
FieldName 0<br />
AEGON 4.857 -1.68<br />
AHOLD KON 9.213 0.57<br />
AIR FRANCE - KLM 10.96 1.58<br />
AKZO NOBEL 44.355 1.66<br />
ARCELORMITTAL 27.07 1.58<br />
ASML HOLDING 21.63 2.03<br />
BAM GROEP KON 7.455 -1.18<br />
BOSKALIS WESTMIN 27.885 -1.38<br />
CORIO <strong>48</strong>.03 1.27<br />
França - CAC 40<br />
Título Última Var.<br />
Cot. € %<br />
ACCOR 36.755 -0.23<br />
AIR LIQUI<strong>DE</strong> 80.5 1.5<br />
ALCATEL-LUCENT 2.305 1.14<br />
ALSTOM 49.895 0.26<br />
ARCELORMITTAL 27.07 1.58<br />
AXA 16.365 -0.4<br />
BNP PARIBAS 55.05 -1.26<br />
BOUYGUES 34.42 -1.56<br />
CAP GEMINI 30.66 -1.7<br />
CARREFOUR 33.105 2.03<br />
CREDIT AGRICOLE 13.9 -1.63<br />
DANONE 40.84 0.65<br />
<strong>DE</strong>XIA 5.029 -1.43<br />
EADS 11.66 0.09<br />
EDF 39.15 0.66<br />
ESSILOR INTERNAT 39.065 0.17<br />
FRANCE TELECOM 17.645 -0.17<br />
GDF SUEZ 28.62 0.42<br />
L OREAL 74.99 1.82<br />
L.V.M.H. 73.3 2.85<br />
Título Última Var.<br />
Cot. € %<br />
<strong>DE</strong>UTSCHE BANK N <strong>48</strong>.94 -1.43<br />
MUENCH. RUECK N 105.62 -1.13<br />
<strong>DE</strong>UTSCHE POST NA 13 0.46<br />
RWE AG 63.01 0.69<br />
DT BOERSE N 55.25 -1.18<br />
SALZGITTER 65.33 0.72<br />
DT LUFTHANSA AG 11.04 1.1<br />
SAP AG 31.02 -3.24<br />
DT TELEKOM N 10.345 1.42<br />
SIEMENS N 67.57 -0.18<br />
E.ON AG NA 27.24 1.08<br />
THYSSEN KRUPP 25.16 0.2<br />
FRESENIUS MEDI 36.21 0.86<br />
VOLKSWAGEN AG 79.47 -2.43<br />
Título Última Var.<br />
Cot. € %<br />
UNICREDIT 2.34 0<br />
TENARIS 13.66 0<br />
TERNA 2.8325 0.09<br />
UBI BANCA 9.75 -0.51<br />
UNICREDIT 2.34 0<br />
UNICREDIT 2.34 0<br />
Título Última Var.<br />
Cot. € %<br />
FUGRO 39.33 -0.56<br />
HEINEKEN 31.995 1.41<br />
ING GROEP 6.309 -3.04<br />
KONINKLIJKE DSM 34.16 0.89<br />
KPN KON 12.055 0.29<br />
PHILIPS KON 19.23 0.13<br />
R.DUTCH SHELL A 20.3 0.45<br />
RANDSTAD 30.17 -0.94<br />
REED ELSEVIER 7.958 1.25<br />
SBM OFFSHORE 13.075 -0.83<br />
TNT 19.52 -1.46<br />
TOMTOM N.V. 5.935 -3.02<br />
UNIBAIL RODAMCO 156.15 0.19<br />
Título Última Var.<br />
Cot. € %<br />
LAFARGE 56.8 1.18<br />
LAGAR<strong>DE</strong>RE S.C.A. 30.095 2.35<br />
MICHELIN 51.59 0.14<br />
PERNOD RICARD 58.08 1.03<br />
PEUGEOT 24.59 1.26<br />
PPR 83.25 1.3<br />
RENAULT 34.125 1.9<br />
SAINT-GOBAIN 38.805 2.12<br />
SANOFI-AVENTIS 52.79 1.38<br />
SCHNEI<strong>DE</strong>R ELECTR 76.39 0.95<br />
SOCIETE GENERALE 47.69 -0.23<br />
STMICROELECTRONI 5.543 0.33<br />
SUEZ ENV 15.255 0.83<br />
TECHNIP 47.73 1.17<br />
TOTAL 42.39 0.4<br />
UNIBAIL RODAMCO 156.15 0.19<br />
VALLOUREC 115.25 0.96<br />
VEOLIA ENVIRON 22.85 0.37<br />
VINCI 38.615 -0.06<br />
VIVENDI 20.23 1.4<br />
Bélgica - Bel 20<br />
Título Última Var.<br />
Cot. € %<br />
DJ Euro STOXX 50 2877.94 0.22<br />
BEL20 2516.62 1.07<br />
ACKERMANS V.HAAR 53 0.68<br />
BEKAERT 105.65 0.24<br />
BELGACOM 25.1 -0.02<br />
COFINIMMO-SICAFI 98.62 0.13<br />
COLRUYT 169.85 -0.03<br />
<strong>DE</strong>LHAIZE GROUP 51.54 -0.88<br />
<strong>DE</strong>XIA 5.029 -1.43<br />
FORTIS 2.864 0.85<br />
Título Última Var.<br />
Cot. € %<br />
GBL 62.62 1<br />
GDF SUEZ 28.62 0.42<br />
AB INBEV 35.19 2.77<br />
KBC GROEP 32.79 2.4<br />
MOBISTAR 47.97 1.7<br />
NAT PORTEFEUIL D 36.125 1.12<br />
OMEGA PHARMA 35.3 -0.14<br />
SOLVAY 74.75 2.03<br />
UCB 30.295 0.13<br />
Euronext - Euronext 100<br />
Título Última Var. Título Última Var.<br />
Cot. € %<br />
Cot. € %<br />
ACCOR 36.755 -0.23<br />
ADP 53.58 -0.52<br />
AEGON 4.857 -1.68<br />
AHOLD KON 9.213 0.57<br />
AIR FRANCE - KLM 10.96 1.58<br />
AIR LIQUI<strong>DE</strong> 80.5 1.5<br />
AKZO NOBEL 44.355 1.66<br />
ALSTOM 49.895 0.26<br />
ALCATEL-LUCENT 2.305 1.14<br />
ASML HOLDING 21.63 2.03<br />
AXA 16.365 -0.4<br />
BELGACOM 25.1 -0.02<br />
B.COM.PORTUGUES 0.887 0.11<br />
B.ESPIRITO SANTO 4.635 -1.63<br />
BNP PARIBAS 55.05 -1.26<br />
BOUYGUES 34.42 -1.56<br />
BRISA 6.8 -0.34<br />
BUREAU VERITAS 33.73 -0.09<br />
CREDIT AGRICOLE 13.9 -1.63<br />
CAP GEMINI 30.66 -1.7<br />
CARREFOUR 33.105 2.03<br />
CASINO GUICHARD 58.29 0.34<br />
CIMENTS FRANCAIS 71.5 0.52<br />
NATIXIS 3.56 -2.09<br />
CNP ASSURANCES 70.05 -1.55<br />
COLRUYT 169.85 -0.03<br />
CORIO <strong>48</strong>.03 1.27<br />
DANONE 40.84 0.65<br />
DASSAULT SYSTEM 38.27 -0.82<br />
<strong>DE</strong>LHAIZE GROUP 51.54 -0.88<br />
<strong>DE</strong>XIA 5.029 -1.43<br />
CHRISTIAN DIOR 70 1.57<br />
KONINKLIJKE DSM 34.16 0.89<br />
EADS 11.66 0.09<br />
EDF 39.15 0.66<br />
EDP 3.102 0.58<br />
EDP RENOVAVEIS 6.501 -1.2<br />
REED ELSEVIER 7.958 1.25<br />
ERAMET 227.35 3.01<br />
ESSILOR INTERNAT 39.065 0.17<br />
EUTELSAT COMM. 22.125 0.27<br />
SO<strong>DE</strong>XO 37.54 -0.65<br />
FORTIS 2.864 0.85<br />
EIFFAGE 40 3.32<br />
FRANCE TELECOM 17.645 -0.17<br />
GALP ENERGIA 12 -0.91<br />
GBL 62.62 1<br />
GDF SUEZ 28.62 0.42<br />
HEINEKEN 31.995 1.41<br />
HERMES INTL 97.21 1.19<br />
Euronext - Next 150<br />
Título Última Var.<br />
Cot. € %<br />
UNIT 4 AGRESSO 17.4 -0.49<br />
THROMBOGENICS 16.28 0.18<br />
SIPEF 35.45 2.69<br />
E.SANTO FINANCIA 14.9 0<br />
BRUNEL INTERNAT 21.53 1.32<br />
ACCELL GROUP 29.895 1<br />
HEIJMANS 12.12 -0.66<br />
BETER BED 16.5 2.74<br />
PLASTIC OMNIUM 17.2 0<br />
AMG 8.09 -1.94<br />
ZON MULTIMEDIA 4.342 0.05<br />
ZODIAC AEROSPACE 24.665 5.5<br />
SONAE 0.9 -0.99<br />
WERELDHAVE 68.29 0.25<br />
WDP-SICAFI 32.98 0.83<br />
WAVIN NV 1.68 0<br />
SEQUANA 7.701 -1.77<br />
VOPAK 53.22 1.2<br />
VALEO 20.775 5<br />
VIRBAC 69.25 0<br />
VILMORIN & Cie 80.78 2.19<br />
VICAT 55.83 -0.92<br />
VASTNED RETAIL 44.845 0.13<br />
USG PEOPLE N.V. 12.34 -0.64<br />
UMICORE 24.08 1.47<br />
UBISOFT ENTERT. 10.2 -0.63<br />
TKH GROUP NV 11.73 0.09<br />
TRANSGENE 18.99 8.7<br />
TOMTOM N.V. 5.935 -3.02<br />
TELENET GRP HLDG 19.29 3.18<br />
THOMSON (EX:TMM) 1.004 -0.79<br />
TESSEN<strong>DE</strong>RLO 21.94 -0.27<br />
GROUPE STERIA 19.84 -1.78<br />
TEIXEIRA DUARTE 1.023 -1.06<br />
SNS REAAL 4.823 -1.59<br />
SPERIAN PROTEC 55.3 0.22<br />
SOPRA GROUP 44 -1.12<br />
SONAE INDUSTRIA 2.58 0.19<br />
SOITEC 9.359 -0.65<br />
SONAECOM SGPS 1.787 0.11<br />
SMIT INTERNA 60.2 0<br />
SLIGRO FOOD GP 22.5 0.2<br />
SELOGER.COM 24.91 -0.36<br />
EUROCOM PROPERT 28.3 -0.51<br />
SILIC 86 -0.2<br />
SEMAPA 7.408 -2.53<br />
SECHILIENNE SI<strong>DE</strong> 29.66 0.22<br />
SEB 38.15 -1.15<br />
SUPER <strong>DE</strong> BOER 4.78 0.1<br />
SBM OFFSHORE 13.075 -0.83<br />
SAFT 33.85 2.39<br />
REXEL 9.4 2.62<br />
RUBIS 61.17 -0.63<br />
TELEPERFORMANCE 22.35 0<br />
RHJ INTERN. 4.98 -0.2<br />
RHODIA 12.05 0.33<br />
REN 2.99 0.5<br />
REMY COINTREAU 34.75 1.31<br />
HAULOTTE GROUP 7.42 2.34<br />
PIERRE &VACANCES 60.64 2.17<br />
PORTUCEL 1.89 -1.05<br />
PROLOGIS EUR PRP 4.25 -1.16<br />
ORPEA 30.635 0.29<br />
MEDIQ 11.14 0.81<br />
OMEGA PHARMA 35.3 -0.14<br />
OCE 8.598 -0.01<br />
NYRSTAR (D) 8.61 -0.46<br />
NUTRECO 35.6 0.96<br />
TEN CATE KON 17.55 1.24<br />
NIEUWE STEEN INV 14.3 -0.35<br />
NEOPOST 56.77 -2.15<br />
NEXANS 53.08 1.05<br />
NEXITY 24.32 4.44<br />
NICOX 5.7 1.21<br />
WEN<strong>DE</strong>L 41.475 0.24<br />
ICA<strong>DE</strong> 72.5 3.<strong>48</strong><br />
ILIAD 79.4 -1.98<br />
IMERYS 39.95 0.57<br />
ING GROEP 6.309 -3.04<br />
ARCELORMITTAL 27.07 1.58<br />
JC <strong>DE</strong>CAUX SA 15.365 0.23<br />
KBC GROEP 32.79 2.4<br />
KPN KON 12.055 0.29<br />
LAFARGE 56.8 1.18<br />
LAGAR<strong>DE</strong>RE S.C.A. 30.095 2.35<br />
LEGRAND 18.81 -0.16<br />
KLEPIERRE 27.95 1.19<br />
L.V.M.H. 73.3 2.85<br />
MICHELIN 51.59 0.14<br />
MOBISTAR 47.97 1.7<br />
L OREAL 74.99 1.82<br />
PAGES JAUNES 7.804 -1.37<br />
PERNOD RICARD 58.08 1.03<br />
PEUGEOT 24.59 1.26<br />
PHILIPS KON 19.23 0.13<br />
PPR 83.25 1.3<br />
PORTUGAL TELECOM 8.344 0.89<br />
PUBLICIS GROUPE 26.805 2.21<br />
RANDSTAD 30.17 -0.94<br />
R.DUTCH SHELL A 20.3 0.45<br />
RENAULT 34.125 1.9<br />
SAFRAN 11.725 0.51<br />
SANOFI-AVENTIS 52.79 1.38<br />
SCHNEI<strong>DE</strong>R ELECTR 76.39 0.95<br />
SCOR SE 16.84 1.63<br />
SES 14.51 -0.62<br />
SUEZ ENV 15.255 0.83<br />
VINCI 38.615 -0.06<br />
SAINT-GOBAIN 38.805 2.12<br />
SOCIETE GENERALE 47.69 -0.23<br />
SOLVAY 74.75 2.03<br />
STMICROELECTRONI 5.543 0.33<br />
THALES 33.3 1.19<br />
TECHNIP 47.73 1.17<br />
TF1 12.2 1.08<br />
TNT 19.52 -1.46<br />
TOTAL 42.39 0.4<br />
UCB 30.295 0.13<br />
UNIBAIL RODAMCO 156.15 0.19<br />
UNILEVER CERT 21.21 0.57<br />
VEOLIA ENVIRON 22.85 0.37<br />
VIVENDI 20.23 1.4<br />
VALLOUREC 115.25 0.96<br />
WOLTERS KLUWER 14.995 0.87<br />
WOLTERS KLUWER 14.995 0.87<br />
Título Última Var.<br />
Cot. € %<br />
MOTA ENGIL 3.816 -0.47<br />
M6-METROPOLE TV 17.425 -0.09<br />
MERCIALYS 26.1 0.42<br />
MEETIC 18.97 0.9<br />
KARDAN NV 4.<strong>48</strong>2 1.59<br />
J MARTINS SGPS 6.8 -0.07<br />
IPSOS 20.495 0.74<br />
IPSEN 38.04 2.12<br />
INGENICO 17.245 -0.46<br />
IMTECH 17.94 0.14<br />
DIETEREN 293.33 1.1<br />
GUYENNE GASCOGNE 62 0.98<br />
GEMALTO 29.245 -1.05<br />
GRONTMIJ 16.24 -2.55<br />
BOURBON 26.39 0.9<br />
GL EVENTS 14.9 0.68<br />
GIMV 36.61 0.3<br />
LISI 32.69 -0.64<br />
GROUP EUROTUNNEL 6.944 0.06<br />
CGG VERITAS 14.08 -0.49<br />
STALLERGENES 61 -0.49<br />
RALLYE 24.45 -0.57<br />
FUGRO 39.33 -0.56<br />
FONC <strong>DE</strong>S REGIONS 73.72 3.13<br />
FAIVELEY 53.58 1.59<br />
EXACT HOLDING 18.18 0.66<br />
EVS BROADC.EQUIP 43.41 -5.38<br />
HAVAS 2.476 -0.<strong>48</strong><br />
EURAZEO 49.13 1.04<br />
EUROFINS SCIENT 34.71 -0.83<br />
EURONAV 14.04 -4.62<br />
FAURECIA 14.455 1.19<br />
EULER HERMES 49.5 0.94<br />
EDF ENERG NOUV 35.75 1.07<br />
DRAKA HOLDING 11.81 -0.63<br />
<strong>DE</strong>RICHEBOURG 2.938 0.72<br />
CSM 18.07 0.87<br />
CRUCELL 14.415 -0.72<br />
CIMPOR SGPS 5.186 0.12<br />
COFINIMMO-SICAFI 98.62 0.13<br />
CLUB MEDITERRANE 13.64 2.71<br />
CMB 21.72 -0.5<br />
BENETEAU 9.7 -3.05<br />
C F E 35.86 -2.55<br />
AREVA CI 351.55 2.21<br />
SECHE ENVIRONNEM 57 -2.56<br />
CARBONE-LORRAINE 23.9 0.46<br />
WESSANEN KON 4.01 -2.36<br />
BOSKALIS WESTMIN 27.885 -1.38<br />
BONDUELLE 75.25 -0.86<br />
BANIF-SGPS 1.25 -0.79<br />
BIOMERIEUX 81.91 2.5<br />
BINCKBANK 13.1 -0.98<br />
BIC <strong>48</strong>.<strong>48</strong> 0.87<br />
BEKAERT 105.65 0.24<br />
BEFIMMO-SICAFI 62 0.81<br />
BANCO BPI SA 2.226 -0.85<br />
BARCO 29.07 1.29<br />
BAM GROEP KON 7.455 -1.18<br />
ATOS ORIGIN 29.405 1.01<br />
ASM INTERNATIONA 15.37 -0.45<br />
ARCADIS 15.315 -1.35<br />
APRIL GROUP 23.885 0.78<br />
ALTRI SGPS SA 3.771 -0.5<br />
ARKEMA 26.445 1.32<br />
AGFA-GEVAERT 4.45 0<br />
ACKERMANS V.HAAR 53 0.68<br />
AALBERTS INDUSTR 9.41 3.59<br />
MAUREL ET PROM 11.75 0.56<br />
MARTIFER 3.53 -1.12<br />
MANITOU BF 9.85 1.13<br />
ALTEN 16.53 1.69<br />
LAURENT-PERRIER 51.49 -3.76<br />
LOGICA 1.32 0<br />
AREVA CI 351.55 2.21
BANIF EURO-TESOURARIA 7.2233 7.2275 Z<br />
BANIF PPA 6.5513 6.5017 L<br />
BANIF EURO OBRIGAÇÕES TAXA FIXA 6.7911 6.7879 S<br />
BANIF ACÇÕES PORTUGAL 4.9919 4.9538 A<br />
BANIF EURO ACÇÕES 1.8881 1.8736 P<br />
BANIF EURO OBRIGAÇÕES TAXA VAR 4.3283 4.3331 U<br />
BANIF IMOPREDIAL 7.334 7.3329<br />
BANIF GESTÃO PATRIMONIAL 3.8028 3.8117 J<br />
BANIF GESTÃO ACTIVA 3.251 3.2672 J<br />
BANIF EUROPA <strong>DE</strong> LESTE 3.8874 3.909 F.Fundos<br />
BANIF AMÉRICA LATINA 4.1636 4.1627<br />
BANIF ÁSIA 3.9041 3.9212<br />
BANIF PROPERTY 1002.971 1002.666<br />
www.bpiinvestimentos.pt<br />
Informações 800 243 243<br />
BPI LIQUI<strong>DE</strong>Z 6.97136<br />
BPI TESOURARIA 7.18434<br />
BPI TAXA VARIAVEL 6.21374<br />
BPI VIDA TAXA VARIAVEL 5.87198<br />
BPI EURO TAXA FIXA 12.61891<br />
BPI VIDA TAXA FIXA 6.70056<br />
BPI OB. ALTO RENDIMENTO ALTO RISCO 7.27078<br />
BPI UNIVERSAL FF 6.08291<br />
BPI VIDA UNIVERSAL 7.07808<br />
BPI GLOBAL 5.86677<br />
BPI PORTUGAL 14.69158<br />
BPI REESTRUTURACOES 6.79269<br />
BPI EUROPA VALOR 16.05775<br />
BPI EUROPA CRESCIMENTO 10.82426<br />
BPI AMERICA 3.65133<br />
BPI BRASIL 8.66373<br />
BPI TECNOLOGIAS 0.87636<br />
BPI SELECÇÃO 4.41929<br />
BPI PLANO POUPANCA ACCOES 15.8846<br />
BPI REFORMA ACÇOES PPR 6.71954<br />
BPI REFORMA INVEST PPR 13.08616<br />
BPI REFORMA SEGURA PPR 12.68706<br />
BPI ÁFRICA 5.68381<br />
BPI ALPHA 5.11908<br />
Informações 808 20 26 26<br />
Montepio Gestão de Activos Financeiros<br />
Montepio Accoes 101.7151 102.9501 -<br />
Montepio Accoes Europa 33.9<strong>48</strong>7 34.3429 -<br />
Montepio Euro Telcos 50.4517 50.8438 -<br />
Montepio Euro Utilities 61.1804 61.8223 -<br />
Montepio Monetario 66.8282 66.8287 -<br />
Montepio Obrigacoes 82.4643 82.5477 -<br />
Montepio Taxa Fixa 68.2882 68.2207 -<br />
Montepio Tesouraria 87.4068 87.4072 -<br />
Multi Gestao Mercados Emergentes 40.9788 41.6786 -<br />
Multi Gestao Equilibrada 42.3473 42.4786 -<br />
Multi Gestao Dinamica 28.3286 28.4454 -<br />
Multi Gestao Prudente <strong>48</strong>.4044 <strong>48</strong>.49<strong>48</strong> -<br />
imorendimento@imorendimento.pt Telef: 226 07 56 60<br />
www.montepio.pt<br />
Imorendimento II - FIIF 6,1621<br />
Gestimo - FIIF 8,6741<br />
Continental Retail - FIIF 5,0915<br />
Multipark - FIIF 4,3666<br />
Prime Value - FEIIF 5,8892<br />
Natura - FIIF 5,1236<br />
Historic Lodges - FIIF 4,9309<br />
Fundos de investimento<br />
Soc. Gestora/Fundo Último Valor Classe<br />
valor € ant. €<br />
BARCLAYS GLOBAL CONSERVADOR<br />
BARCLAYS GLOBAL MO<strong>DE</strong>RADO<br />
BARCLAYS FPR/E RENDIMENTO<br />
BARCLAYS PREMIER TESOURARIA<br />
BARCLAYS FPR/E<br />
BARCLAYS PREMIER OBRG EURO<br />
BARCLAYS PREMIER ACÇÕES PORTUG<br />
BARCLAYS FPA<br />
BARCLAYS GLOBAL ACÇÕES<br />
BARCLAYS GESTÃO DINÂMICA 100 -<br />
BARCLAYS GESTÃO DINÂMICA 300 -<br />
BARCLAYS GLOBAL <strong>DE</strong>FENSIVO<br />
7.8366<br />
10.9847<br />
12.1238<br />
9.9297<br />
13.1516<br />
10.4658<br />
13.091<br />
16.8454<br />
10.4074<br />
4.9347<br />
5.0629<br />
10.5142<br />
7.7844<br />
10.9099<br />
12.1076<br />
9.929<br />
13.1253<br />
10.4395<br />
13.0038<br />
16.7303<br />
10.3691<br />
4.9332<br />
5.0621<br />
10.5121<br />
F.Fundos<br />
J<br />
X<br />
Z<br />
X<br />
S<br />
A<br />
L<br />
F.Fundos<br />
F.Fundos<br />
F.Fundos<br />
F.Fundos<br />
MILLENNIUM ACÇÕES MUNDIAIS<br />
MILLENNIUM MO<strong>DE</strong>RADO<br />
MILLENNIUM MERCADOS EMERGENTES<br />
MILLENNIUM ACÇÕES JAPÃO<br />
MILLENNIUM EURO TAXA FIXA<br />
MILLENNIUM OBRIGAÇÕES EUROPA<br />
MILLENNIUM DINÂMICO<br />
IMOSOTTO ACUMULACAO *<br />
MILLENNIUM PPA<br />
MILLENNIUM ACÇÕES PORTUGAL<br />
MILLENNIUM PRESTIGE CONSERVADO<br />
MILLENNIUM PRESTIGE MO<strong>DE</strong>RADO<br />
MILLENNIUM PRESTIGE VALORIZAÇÃ<br />
MILLENNIUM OBRIGAÇÕES<br />
7,6137<br />
7,3765<br />
7,6877<br />
2,111<br />
11,3623<br />
4,8681<br />
5,2686<br />
4,4775<br />
27,1285<br />
16,0233<br />
7,031<br />
6,6564<br />
6,7742<br />
5,1183<br />
7.5553<br />
7.3649<br />
7.6534<br />
2.1303<br />
11.3687<br />
4.8688<br />
5.2686<br />
4.4775<br />
26.6695<br />
15.7621<br />
7.023<br />
6.6287<br />
6.7237<br />
5.1162<br />
F<br />
J<br />
F<br />
F<br />
S<br />
S<br />
J<br />
L<br />
A<br />
J<br />
J<br />
J<br />
U<br />
Fundos de investimento<br />
Soc. Gestora/Fundo Último Valor Classe<br />
valor € ant. €<br />
MILLENNIUM TESOURARIA<br />
MILLENNIUM PPR/E<br />
MILLENNIUM RENDIMENTO IMOBILIÁ<br />
MILLENNIUM GESTÃO DINÂMICA<br />
MILLENNIUM REFORMA & RENDIMENT<br />
MILLENNIUM DISPONÍVEL<br />
MILLENNIUM EUROPA DUPLA OPORTU<br />
MILLENNIUM PREMIUM<br />
MILLENNIUM AFORRO PPR<br />
MILLENNIUM INVESTIMENTO PPR<br />
MILLENNIUM RENDIMENTO MENSAL<br />
MILLENNIUM PRU<strong>DE</strong>NTE<br />
PORTFOLIO IMOBILIARIO<br />
GESTAO IMOBILIARIA *<br />
MILLENNIUM EQUILIBRADO<br />
BONANCA I *<br />
MILLENNIUM EUROFINANCEIRAS<br />
MILLENNIUM GLOBAL UTILITIES<br />
MILLENNIUM PRESTIGE 2015<br />
MILLENNIUM PRESTIGE 2025<br />
MILLENNIUM PRESTIGE 2035<br />
5,872<br />
6,2254<br />
34,5864<br />
40,5904<br />
56,6857<br />
<strong>48</strong>,<strong>48</strong>4<br />
5,2208<br />
4,9735<br />
5,5739<br />
5,0189<br />
3,7145<br />
5,5706<br />
8,768<br />
5,3228<br />
4,7839<br />
40,8064<br />
3,158<br />
5,015<br />
4,73<strong>48</strong><br />
4,4141<br />
4,0673<br />
5.361<br />
6.1933<br />
51.5056<br />
40.3958<br />
56.6857<br />
<strong>48</strong>.4769<br />
5.2206<br />
4.9729<br />
5.5685<br />
4.9863<br />
3.7129<br />
5.5706<br />
8.7674<br />
5.3228<br />
4.7839<br />
40.8064<br />
3.072<br />
4.9942<br />
4.73<strong>48</strong><br />
4.4141<br />
4.0673<br />
F. Fundos<br />
X<br />
F. Fundos<br />
X<br />
Z<br />
F. Fundos<br />
C<br />
C<br />
C<br />
U<br />
J<br />
J<br />
P<br />
F<br />
J<br />
J<br />
J<br />
POPULAR VALOR<br />
POPULAR PPA<br />
POPULAR GLOBAL 25<br />
POPULAR GLOBAL 50<br />
POPULAR GLOBAL 75<br />
POPULAR ACÇÕES<br />
POPULAR EURO TAXA FIXA<br />
POPULAR TESOURARIA<br />
POPULAR IMOBILIÁRIO<br />
POPULAR PREDIFUNDO<br />
3.1133<br />
5.6083<br />
5.1026<br />
4.0566<br />
3.224<br />
2.9903<br />
6.3059<br />
5.4251<br />
5.7277<br />
11.3703<br />
3.1194<br />
5.616<br />
5.1184<br />
4.085<br />
3.2598<br />
2.9917<br />
6.3079<br />
5.4265<br />
5.7263<br />
11.3668<br />
B<br />
L<br />
J<br />
J<br />
J<br />
P<br />
S<br />
Z<br />
F.Fundos<br />
F.Fundos<br />
ALVES RIBEIRO - MÉDIAS EMPRESA<br />
ALVES RIBEIRO FPR/E<br />
72,76<strong>48</strong><br />
7,4334<br />
72.9654<br />
7.4203<br />
A<br />
X<br />
BIG CRESCIMENTO GLOBAL<br />
BIG MO<strong>DE</strong>RADO FF<br />
BIG VALORIZAÇÃO FF<br />
BIG SECTORES<br />
5,1379<br />
11,2603<br />
9,6022<br />
5,6421<br />
5.0936<br />
11.2537<br />
9.5833<br />
5.6259<br />
F<br />
J<br />
J<br />
J<br />
BBVA PPA - FUNDO ÍNDICE (PSI20<br />
BBVA MISTO<br />
BBVA BOLSA EURO<br />
BBVA MULTIFUNDO EQUILIBRADO<br />
BBVA CASH<br />
BBVA TAXA FIXA EURO<br />
BBVA LIQUI<strong>DE</strong>Z<br />
BBVA TAXA VARIÁVEL<br />
BBVA EXTRA 5 ACÇÕES<br />
BBVA IMOBILIÁRIO - FEI<br />
BBVA MULTIFUNDO ALTERNATIVO -<br />
FUNDO <strong>DE</strong> CAPITAL GARANTIDO IBE<br />
FUNDO <strong>DE</strong> CAPITAL GARANTIDO IBE<br />
FUNDO <strong>DE</strong> CAPITAL GARANTIDO BBV<br />
BBVA GESTÃO FLEXÍVEL TODO-O-TE<br />
FUNDO <strong>DE</strong> CAPITAL GARANTIDO BBV<br />
6,3261<br />
4,2952<br />
2,5263<br />
4,9719<br />
9,1006<br />
8,2726<br />
4,9331<br />
4,6005<br />
5,0103<br />
5,6149<br />
5,6189<br />
6,5592<br />
6,0736<br />
6,0687<br />
5,1355<br />
5,6398<br />
6.3661<br />
4.3106<br />
2.5427<br />
4.9701<br />
9.0999<br />
8.2735<br />
4.9327<br />
4.6001<br />
5.0105<br />
5.6228<br />
5.5918<br />
6.5585<br />
6.0736<br />
6.0687<br />
5.1032<br />
5.6397<br />
L<br />
B<br />
P<br />
J<br />
Z<br />
S<br />
Z<br />
U<br />
F. Fundos<br />
J<br />
F. Fundos<br />
F. Fundos<br />
F. Fundos<br />
F. Fundos<br />
F. Fundos<br />
F. Fundos<br />
BPN CONSERVADOR<br />
BPN OPTIMIZAÇÃO<br />
BPN VALORIZAÇÃO<br />
BPN ACÇÕES GLOBAL<br />
BPN TESOURARIA<br />
BPN DIVERSIFICAÇÃO - FEI<br />
BPN TAXA FIXA EURO<br />
BPN ACÇÕES EUROPA<br />
4,0783<br />
5,4202<br />
5,5508<br />
4,8871<br />
5,<strong>48</strong>3<br />
4,0138<br />
5,8795<br />
4,2798<br />
4.0631<br />
5.39<strong>48</strong><br />
5.<strong>48</strong>81<br />
4.8145<br />
5.<strong>48</strong>08<br />
4.0102<br />
5.8827<br />
4.1976<br />
U<br />
G<br />
G<br />
G<br />
Z<br />
F. Fundos<br />
S<br />
P<br />
BPN IMONEGOCIOS<br />
BPN REAL ESTATE<br />
BPN IMOGLOBAL<br />
BPN IMOMARINAS<br />
EUROREAL<br />
5.5501<br />
388.3201<br />
886.6782<br />
110.424<br />
212.7541<br />
5.5456<br />
397.4752<br />
885.63<strong>48</strong><br />
110.5065<br />
213.0324<br />
BPN IMOFUNDOS<br />
BPN IMOFUNDOS<br />
BPN IMOFUNDOS<br />
BPN IMOFUNDOS<br />
BPN IMOFUNDOS<br />
CAIXAGEST CURTO<br />
CAIXAGEST RENDIM<br />
CAIXAGEST TESOUR<br />
CAIXAGEST ACCOES EUROPA<br />
CAIXAGEST ACCOES PORTUGAL<br />
CAIXAGEST OBRIGACOES EURO<br />
CAIXAGEST RENDA MENSAL<br />
CAIXAGEST ACCOES EUA<br />
CAIXAGEST ACCOES ORIENTE<br />
CAIXAGEST MOEDA<br />
CAIXAGEST ESTRATEGIA EQUILIBRADA<br />
CAIXAGEST PPA<br />
CAIXAGEST OPTIMIZER<br />
CAIXAGEST MAXI SELECCAO<br />
CAIXAGEST MAXIPREM 2010<br />
POSTAL ACCOES<br />
9.2323<br />
3.6416<br />
9.8531<br />
7.2104<br />
14.5653<br />
9.7222<br />
3.8522<br />
2.6316<br />
5.0351<br />
6.8666<br />
5.5852<br />
13.6998<br />
5.6212<br />
5.1339<br />
6.4108<br />
8.7834<br />
9.2146<br />
3.6408<br />
9.8355<br />
7.1272<br />
14.4586<br />
9.7224<br />
3.8531<br />
2.6451<br />
5.196<br />
6.8587<br />
5.5831<br />
13.5981<br />
5.6227<br />
5.1276<br />
6.4107<br />
8.6807<br />
RAIZ GLOBAL<br />
RAIZ EUROPA<br />
RAIZ TESOURARIA<br />
RAIZ RENDIMENTO<br />
RAÍZ POUPANÇA ACÇÕES<br />
RAÍZ CONSERVADOR<br />
RAÍZ VALOR IBÉRICO<br />
4,6804<br />
3,6672<br />
7,6894<br />
6,1844<br />
20,8118<br />
5,3441<br />
10,7115<br />
4.6634<br />
3.5995<br />
7.6891<br />
6.1843<br />
20.5704<br />
5.3472<br />
10.70<strong>48</strong><br />
G<br />
P<br />
Z<br />
U<br />
L<br />
J<br />
F. Fundos<br />
FINIPREDIAL<br />
FINICAPITAL<br />
FINIRENDIMENTO<br />
PPA FINIBANCO<br />
FINIGLOBAL<br />
FINIBOND - MERCADOS EMERGENTES<br />
FINIFUNDO ACÇÕES INTERNACIONAI<br />
8,8236<br />
6,2192<br />
5,0742<br />
9,1515<br />
6,2993<br />
11,499<br />
3,3949<br />
8.8218<br />
6.2568<br />
5.0745<br />
9.2034<br />
6.3071<br />
11.4685<br />
3.4117<br />
P<br />
V<br />
L<br />
B<br />
T<br />
F<br />
IMOVEST<br />
MULTINVEST<br />
SANTAN<strong>DE</strong>R ACÇÕES AMÉRICA<br />
SANTAN<strong>DE</strong>R ACÇÕES EUROPA<br />
EURO-FUTURO TELECOM, MÉDIA E C<br />
EURO-FUTURO BANCA E SEGUROS<br />
EURO-FUTURO CÍCLICO<br />
MULTIOBRIGAÇÕES<br />
EURO-FUTURO ACÇÕES <strong>DE</strong>FENSIVO<br />
MULTITESOURARIA<br />
NOVIMOVEST<br />
LUSIMOVEST*<br />
MULTITAXA FIXA<br />
SANTAN<strong>DE</strong>R ACÇÕES PORTUGAL<br />
POUPANÇA INVESTIMENTO FPR/E<br />
POUPANÇA SEGURA FPR/E<br />
ACÇÕES GLOBAL<br />
SANTAN<strong>DE</strong>R - PPA<br />
MULTIBOND PREMIUM<br />
MULTI CURTO PRAZO<br />
POUPANÇA PREMIUM FPR/E<br />
MULTIPROTECÇÃO DINÂMICO<br />
MULTIEQUILÍBRIO DINÂMICO<br />
SANTAN<strong>DE</strong>R CARTEIRA ALTERNATIVA<br />
9,7472<br />
4,8641<br />
2,9678<br />
3,7214<br />
7,6446<br />
16,3993<br />
25,8797<br />
5,2164<br />
25,751<br />
10,7939<br />
6,995<br />
69,6355<br />
11,5725<br />
28,6963<br />
17,231<br />
6,0822<br />
3,8618<br />
35,3772<br />
4,93<strong>48</strong><br />
5,1339<br />
4,4565<br />
5,0925<br />
5,1595<br />
5,2505<br />
9.7468<br />
4.8721<br />
2.9756<br />
3.7477<br />
7.6915<br />
16.58<strong>48</strong><br />
26.0715<br />
5.216<br />
25.7835<br />
10.7942<br />
6.9945<br />
69.6355<br />
11.5609<br />
28.8522<br />
17.2195<br />
6.0834<br />
3.8695<br />
35.5831<br />
4.93<strong>48</strong><br />
5.1329<br />
4.4565<br />
5.0925<br />
5.1596<br />
5.1844<br />
B<br />
F<br />
P<br />
P<br />
P<br />
P<br />
U<br />
P<br />
Z<br />
S<br />
A<br />
X<br />
X<br />
F<br />
L<br />
U<br />
U<br />
X<br />
F. Fundos<br />
F. Fundos<br />
F. Fundos<br />
ES EMERGING MARK<br />
ES EURO BOND<br />
ES EUROPEAN EQUI<br />
ES GLOBAL BOND<br />
ES GLOBAL ENHANC<br />
ES GLOBAL EQUITY<br />
ES ACCOES AMERIC<br />
ES ACCOES EUROPA<br />
ES ACCOES GLOAL<br />
ES AFRICA<br />
ES ALPHA 3<br />
ES BRASIL<br />
ES CAPITALIZACAO<br />
ES CAPITALIZACAO DINAMICA<br />
ES ESTRATEGIA ACTIVA<br />
ES ESTRATEGIA ACTIVA II<br />
ES MERCADOS EMER<br />
ES MOMENTUM<br />
ES MONETARIO<br />
ES OBRIGACOES EU<br />
ES OBRIGACOES GL<br />
ES PORTUGAL ACCO<br />
ES PPA<br />
ES PPR<br />
ES RENDA MENSAL<br />
ES RENDA TRIMEST<br />
ESPIRITO SANTO PLANO CRESCIMENTO<br />
ESPIRITO SANTO PLANO DINAMICO<br />
ESPIRITO SANTO PLANO PRU<strong>DE</strong>NTE<br />
ESPIRITO SANTO RENDIMENTO<br />
112.65<br />
1034.66<br />
75.67<br />
162.27<br />
630.69<br />
79.5<br />
6.4476<br />
9.7596<br />
5.7667<br />
3.8988<br />
5.04<br />
5.0823<br />
9.3921<br />
4.9387<br />
5.2549<br />
4.6608<br />
5.958<br />
3.4683<br />
6.8025<br />
11.2937<br />
10.1781<br />
6.9382<br />
16.4111<br />
15.2883<br />
4.7139<br />
4.6804<br />
5.3221<br />
4.1711<br />
5.4093<br />
5.3236<br />
111.04<br />
1035.09<br />
73.55<br />
162.43<br />
630.85<br />
77.89<br />
6.<strong>48</strong>88<br />
9.6297<br />
5.7676<br />
3.8881<br />
5.0<strong>48</strong>7<br />
5.053<br />
9.3901<br />
4.9377<br />
5.2537<br />
4.6596<br />
6.0216<br />
3.<strong>48</strong>34<br />
6.8009<br />
11.2827<br />
10.1621<br />
6.8771<br />
16.2684<br />
15.2545<br />
4.7213<br />
4.6797<br />
5.325<br />
4.158<br />
5.4172<br />
5.3227<br />
Seguros de Investimento<br />
Seguro Gestora Valor patrimonial 01/12/09<br />
Victoria Invest Victoria - Seguros de vida 124,9428<br />
Victoria Reforma Valor Victoria - Seguros de vida 95,25724<br />
ACÇÕES DINÂMICO EUROVIDA 49,9063<br />
IMOBILIÁRIO EUROVIDA 79,3157<br />
INTERNACIONAL ACÇÕES EUROVIDA 51,7032<br />
POUPANÇA EUROVIDA 81,3393<br />
PPR ACTIVO EUROVIDA 78,1974<br />
PPR ACTIVO ACÇÕES EUROVIDA 60,9639<br />
PPR AFORRO EUROVIDA 53,3267<br />
PPR GARANTIA EUROVIDA 66,7268<br />
PPR SEGURANÇA EUROVIDA 77,0826<br />
PPR 25% (2012) EUROVIDA 58,8055<br />
PPR/E VALOR REAL EUROVIDA 79,4215<br />
PPR/E 4,50% (2008) EUROVIDA 65,437<br />
PPR/E 61% EUROVIDA 75,035<br />
SELECÇÃO EUROVIDA 74,4693<br />
Fundos PPR/PPE<br />
Soc. Gestora/Fundo Último Valor Classe<br />
valor € ant. €<br />
PPR BBVA 10,1704 10,1893 BBVA FUNDOS<br />
BBVA SOLI<strong>DE</strong>Z PPR 5,4913 5,4919 BBVA FUNDOS<br />
BBVA PROTECÇÃO 2015 5,4475 5,4491 BBVA FUNDOS<br />
BBVA PROTECÇÃO 2020 5,1444 5,1454 BBVA FUNDOS<br />
PPR/E -PATRIM.REFORMA PRU<strong>DE</strong>NTE 1,3473 1,3<strong>48</strong>2 S.G.F.<br />
PPR-PATRIM.REFORMA CONSERVADOR 6,5884 6,5903 S.G.F.<br />
PPR/E -PATRIM.REFORMA EQUILIBR 6,1776 6,18<strong>48</strong> S.G.F.<br />
PPR/E -PATRIM.REFORMA ACÇÕES 5,3421 5,3495 S.G.F.<br />
F.P. SGF - EMPRESAS 9,3837 9,3908 S.G.F.<br />
SGF EMPRESAS PRU<strong>DE</strong>NTE 5,6824 5,6815 S.G.F.<br />
F.P. PPR ACÇÕES DINÂMICO 5,1581 5,1578 S.G.F.<br />
F.P. PPR GARANTIDO 5,<strong>48</strong>91 5,<strong>48</strong>94 S.G.F.<br />
PPR VINTAGE 9,5442 9,533 ESAF-ESFP<br />
MULTIREFORMA 9,7773 9,745 ESAF-ESFP<br />
F.P. ESAF - PPA 7,2772 7,3052 ESAF-ESFP<br />
MULTIREFORMA PLUS 5,5204 5,4942 ESAF-ESFP<br />
MULTIREFORMA ACÇÕES 5,7231 5,7641 ESAF-ESFP<br />
ES-MULTIREFORMA CAPITAL GARANT 5,1175 5,12 ESAF-ESFP<br />
REFORMA EMPRESA 8,8397 9,2186 SANTAN<strong>DE</strong>R PENSÕES<br />
PPA VALORIS 8,4337 8,3742 AXA PORTUGAL<br />
MAXIMUS ACTIVUS 4,2528 4,2<strong>48</strong>2 AXA PORTUGAL<br />
MAXIMUS MÉDIUS 4,7495 4,7303 AXA PORTUGAL<br />
MAXIMUS STABILIS 6,261 6,2679 AXA PORTUGAL<br />
PPR/E EUROPA 8,4337 8,4332 PENSÕESGERE<br />
VANGUARDA PPR 6,6156 6,6139 PENSÕESGERE<br />
HORIZONTE VALORIZAÇÃO 10,1015 10,0955 PENSÕESGERE<br />
PPR BNU/VANGUARDA 14,1135 14,1058 PENSÕESGERE<br />
PRAEMIUM "S" 14,2187 14,2202 PENSÕESGERE<br />
PRAEMIUM "V" 16,7983 16,7923 PENSÕESGERE<br />
HORIZONTE VALORIZAÇÃO MAIS 8,1237 8,1143 PENSÕESGERE<br />
HORIZONTE SEGURANÇA 8,734 8,738 PENSÕESGERE<br />
TURISMO PENSÕES 6,367 6,3631 PENSÕESGERE<br />
CAIXA REFORMA ACTIVA 11,4053 11,4083 CGD PENSÕES<br />
CAIXA REFORMA VALOR 4,8578 4,8679 CGD PENSÕES<br />
REFORMA + 6,6624 6,2713 ALLIANZ-SGFP, SA<br />
INVESTSEGURO - OPÇÃO A-F.AGRES 6,17 6,1796 COMP.SEG.AÇOREANA<br />
INVESTSEGURO -OPÇÃO B- F.MO<strong>DE</strong>R 5,8824 5,8877 COMP.SEG.AÇOREANA<br />
Rentabilidades<br />
Fundos do mercado monetário euro<br />
Ult 12 meses Classe Valor da UP **<br />
rend. anualizada de risco (Euro)<br />
F.I.M. CA Monetário<br />
F.I.M. Montepio Monetário<br />
1,56<br />
0,92<br />
*<br />
1<br />
5,0933<br />
66,8226<br />
Fundos de tesouraria Euro<br />
F.I.M. Banif Euro Tesouraria 2,19 1 7,2193<br />
F.I.M. Barclays Tesouraria Plus 4,38 * 5,2463<br />
F.I.M. BBVA Cash 2,00 2 9,0956<br />
F.I.M. BPI Liquidez 2,12 1 6,9707<br />
F.I.M. BPI Tesouraria 1,27 1 7,1844<br />
F.I.M. BPN Tesouraria 2,94 2 5,4785<br />
F.I.M. Caixagest Curto Prazo -5,40 2 9,2197<br />
F.I.M. Caixagest Moeda -2,97 1 6,8573<br />
F.I.M. Caixagest Tesouraria -5,58 2 9,8379<br />
F.I.M. Postal Tesouraria 2,35 1 9,7424<br />
F.I.M. Raiz Tesouraria 1,58 1 7,6878<br />
F.I.M. Popular Tesouraria 1,34 1 5,4270<br />
F.I.M. MNF Euro Tesouraria 5,47 * 5,2929<br />
F.I.M. Montepio Tesouraria 2,06 1 87,3768<br />
F.I.M. Santander MultiTesouraria 1,22 1 10,7888<br />
Fundos de obrigações taxa indexada euro<br />
Rend. anualizada Risco Classe<br />
Últimos Últimos últimos de<br />
12 meses 24 meses 2 anos risco<br />
F.I.M. Banif Euro Obrigações Taxa Variável<br />
F.I.M. BPI Taxa Variável<br />
F.I.M. BPN Conservador<br />
F.I.M. Caixagest Obrigações Mais<br />
F.I.M. Caixagest Renda Mensal<br />
F.I.M. Caixagest Rendimento<br />
F.I.M. Postal Capitalização<br />
F.I.M. Raiz Rendimento<br />
F.I.M. Esp. Santo Capitalização<br />
F.I.M. Esp. Santo Capitalização Dinâmica<br />
F.I.M. Esp. Santo Renda Mensal<br />
F.I.M. Esp. Santo Renda Trimestral<br />
F.I.M. Finirendimento<br />
F.I.M. Millennium Obrigações Mundiais<br />
F.I.M. Millennium Obrigações<br />
F.I.M. Millennium Premium<br />
F.I.M. Millennium Rendimento Mensal<br />
F.I.M. Montepio Obrigações<br />
F.I.M. Santander Multi Curto Prazo<br />
F.I.M. Santander MultiObrigações*<br />
-1,19<br />
-7,63<br />
-2,00<br />
8,44<br />
-5,67<br />
-11,80<br />
5,23<br />
2,83<br />
-0,88<br />
-7,84<br />
0,40<br />
-0,40<br />
4,87<br />
-19,24<br />
-15,92<br />
-1,40<br />
-10,47<br />
6,33<br />
1,39<br />
-2,66<br />
-6,75<br />
-10,06<br />
-18,99<br />
-0,33<br />
-8,05<br />
-10,09<br />
-0,58<br />
1,52<br />
-0,31<br />
-3,74<br />
0,50<br />
0,01<br />
2,14<br />
-15,52<br />
-13,31<br />
-2,38<br />
-10,63<br />
0,02<br />
-1,41<br />
-6,43<br />
5,15<br />
6,09<br />
11,44<br />
3,83<br />
3,70<br />
4,15<br />
3,09<br />
0,47<br />
1,62<br />
3,19<br />
1,32<br />
1,76<br />
1,58<br />
7,59<br />
6,43<br />
4,96<br />
6,23<br />
4,95<br />
2,52<br />
4,46<br />
3<br />
3<br />
4<br />
*<br />
2<br />
2<br />
2<br />
1<br />
2<br />
2<br />
1<br />
2<br />
2<br />
3<br />
3<br />
2<br />
3<br />
2<br />
2<br />
2<br />
* - O Fundo Barclays Obrigações Taxa Variável Euro incorporou por fusão o Fundo Barclays Renda Mensal<br />
* - O Fundo Santander MultiObrigações incorporou por fusão o Fundo Santander Multibond Premium<br />
Fundos de obrigações taxa fixa euro<br />
F.I.M. Banif Euro Obrigações Taxa Fixa 8,05 5,51 4,84 2<br />
F.I.M. Barclays Premier Obrig. Euro 10,67 6,83 5,11 3<br />
F.I.M. BPI Euro Taxa Fixa 4,71 5,23 5,52 3<br />
F.I.M. BPN Taxa Fixa Euro 5,29 5,16 5,15 3<br />
F.I.M. Caixagest Obrigações Euro 6,37 4,53 5,08 3<br />
F.I.M. Esp. Santo Obrigações Europa 8,77 7,25 5,30 3<br />
F.I.M. Finifundo Taxa Fixa Euro 8,79 6,04 4,15 2<br />
F.I.M. Popular Euro Obrigações* 9,44 3,12 3,13 2<br />
F.I.M. Millennium Euro Taxa Fixa 7,07 4,88 5,25 3<br />
F.I.M. Millennium Obrigações Europa 6,91 -8,09 10,00 3<br />
F.I.M. Montepio Taxa Fixa 3,88 4,32 3,42 2<br />
F.I.M. Santander Multi Taxa Fixa 9,41 7,41 4,06 2<br />
* - O Fundo Popular Euro Taxa Fixa incorporou por fusão o Fundo Popoular Rendimento e passou a designar-se<br />
por Popular Euro Obrigações<br />
Fundos de obrigações taxa fixa Intern.<br />
F.I.M. BPI Obrigações A.R.A.R. 23,83 -0,58 8,33 3<br />
F.I.M. Esp. Santo Obrig. Global 6,52 5,21 6,04 3<br />
Fundos de acções nacionais<br />
F.I.M. Banif Acções Portugal 30,70 -20,34 29,97 6<br />
F.I.M. Barclays Premier Acc. Portugal 39,02 -20,52 28,82 6<br />
F.I.M. BPI Portugal 36,50 -15,52 25,96 6<br />
F.I.M. Esp. Santo Portugal Accões 42,44 -13,50 27,70 6<br />
F.I.M. Millennium Acções Portugal 27,73 -17,36 24,69 6<br />
F.I.M. Santander Accões Portugal 44,24 -16,89 28,64 6<br />
Fundos de acções da UE, Suíça e Noruega<br />
F.I.M. Banif Euro Acções 17,06 -22,27 36,88 6<br />
F.I.M. BBVA Bolsa Euro 27,42 -14,79 33,29 6<br />
F.I.M. BPI Europa Valor 21,33 -21,20 33,88 6<br />
F.I.M. BPI Europa Crescimento 20,81 -15,38 29,19 6<br />
F.I.M. BPN Acções Europa 31,22 -12,42 29,28 6<br />
F.I.M. Postal Acções 18,00 -21,24 29,03 6<br />
F.I.M. Caixagest Acções Europa 18,63 -20,91 29,57 6<br />
F.I.M. Raiz Europa 24,42 -13,05 27,92 6<br />
F.I.M. Esp. Santo Accões Europa 28,65 -13,95 28,31 6<br />
F.I.M. Finicapital 31,44 -19,71 26,31 6<br />
F.I.M. Popular Acções 21,90 -17,00 31,44 6<br />
F.I.M. Millennium Eurocarteira 27,38 -20,36 32,77 6<br />
F.I.M. Montepio Acções 27,01 -16,43 27,92 6<br />
F.I.M. Montepio Acções Europa 23,25 -15,62 31,87 6<br />
F.I.M. Santander Accões Europa 25,10 -18,42 35,21 6<br />
Fundos de acções da América do Norte<br />
F.I.M. BPI América -0,62 -16,29 28,52 6<br />
F.I.M. Caixagest Acções EUA 6,47 -13,35 31,68 6<br />
F.I.M. Esp. Santo Acções América 23,91 -14,67 31,87 6<br />
F.I.M. Millennium Acções América 6,49 -12,39 29,13 6<br />
F.I.M. Santander Acções USA 21,03 -12,77 33,20 6<br />
F.I.M. Santander Acções América 2,58 -16,06 32,96 6<br />
Quinta-feira 3 Dezembro 2009 <strong>Diário</strong> <strong>Económico</strong> 35<br />
FUNDOS <strong>DE</strong> INVESTIMENTO NACIONAIS<br />
Fundos de acções sectoriais<br />
Rend. anualizada Risco Classe<br />
Últimos Últimos últimos de<br />
12 meses 24 meses 2 anos risco<br />
F.I.M. BPI Tecnologias 2,68 -15,03 27,82 6<br />
F.I.M. Millennium Euro Financeiras 42,57 -25,19 49,41 6<br />
F.I.M. Millennium Global Utilities -8,34 -18,65 26,17 6<br />
F.I.M. Montepio Euro Energy 19,83 -13,<strong>48</strong> 33,07 6<br />
F.I.M. Montepio Euro Financial Service 34,69 -23,42 <strong>48</strong>,40 6<br />
F.I.M. Montepio Euro Healhcare 6,77 -4,00 22,12 6<br />
F.I.M. Montepio Euro Telcos 16,13 -13,08 23,81 6<br />
F.I.M. Montepio Euro Utilities 4,49 -17,23 28,74 6<br />
F.I.M. Santander Euro Futuro Acções Defensivo 5,40 -9,36 26,76 6<br />
F.I.M. Santander Euro Futuro Banca e Seguros 28,20 -24,01 47,83 6<br />
F.I.M. Santander Euro Futuro Ciclico 26,98 -14,44 35,23 6<br />
F.I.M. Santander Euro Fut. Telecomunicações 17,03 -16,69 26,27 6<br />
Outros fundos de acções internacionais<br />
F.I.M. BPI Reestruturações 27,87 -5,87 19,00 5<br />
F.I.M. BPN Acções Global 42,03 -13,00 34,23 6<br />
F.I.M. Caixagest Acções Emergentes 42,28 -16,25 34,32 6<br />
F.I.M. Caixagest Acções Japão -4,24 -19,53 21,03 6<br />
F.I.M. Caixagest Acções Oriente 51,60 -8,89 31,36 6<br />
F.I.M. Esp. Santo Acções Global 23,19 -19,41 31,73 6<br />
F.I.M. Esp. Santo Mercados Emerg. 56,68 -17,95 35,03 6<br />
F.I.M. Esp. Santo Momentum 15,70 -15,23 26,36 *<br />
F.I.M. Finifundo Acções Internacionais 31,11 -20,94 29,23 6<br />
F.I.M. Millennium Acções Japão -6,17 -15,60 20,63 6<br />
F.I.M. Millennium Mercados Emergentes 53,76 -14,70 34,13 6<br />
F.I.M. Millennium Acções Mundiais 12,37 -16,50 26,10 6<br />
Fundos mistos predom. obrigações<br />
F.I.M. BPN Optimização 15,68 -7,27 11,36 4<br />
F.I.M. Caixagest Estratégia Equilibrada 2,46 -1,36 2,89 2<br />
F.I.M. Santander Multinvest -2,26 -9,96 10,22 4<br />
Fundos mistos predominantemente acções<br />
F.I.M. BPN Valorização 28,67 -10,53 23,38 6<br />
F.I.M. Caixagest Estratégia Arrojada 6,47 -6,85 10,01 3<br />
F.I.M. Finiglobal 15,00 -6,95 11,02 4<br />
F.I.M. Popular Valor 14,98 -14,86 21,78 6<br />
Fundos poupança acções<br />
F.I.M. Banif PPA 30,93 -20,88 30,30 6<br />
F.I.M. Barclays FPA 40,63 -20,55 29,43 6<br />
F.I.M. BPI PPA 35,62 -16,08 26,02 6<br />
F.I.M. Caixagest PPA 28,90 -25,20 25,47 6<br />
F.I.M. Raiz Poupança Acções 36,18 -13,74 24,03 6<br />
F.I.M. Esp. Santo PPA 45,50 -12,87 27,98 6<br />
F.P. ESAF PPA 41,46 -13,43 26,58 6<br />
F.I.M. PPA Finibanco 28,16 -17,72 25,03 6<br />
F.P. PPA Acção Futuro 34,87 -17,19 26,46 6<br />
F.I.M. Popular PPA 31,81 -20,67 27,47 6<br />
F.I.M. Millennium PPA 28,97 -17,18 24,62 6<br />
F.I.M. Santander PPA 39,28 -20,01 28,46 6<br />
Fundos de fundos predominantem. obrig.<br />
F.I.M. Barclays Global Conservador 17,58 1,13 6,55 3<br />
F.I.M. Barclays Global Defensivo 1,97 1,33 1,35 1<br />
F.I.M. Caixagest Estratégia Dinâmica -2,72 -4,46 1,89 2<br />
F.I.M. Raiz Conservador 3,20 -1,82 2,37 2<br />
F.I.M. Finifundo Conservador 9,70 *<br />
F.I.M. Popular Global 25 8,87 -4,54 6,57 3<br />
F.I.M. Millennium Prestige Conservador 0,16 -5,43 6,66 3<br />
F.I.M. Multi Gestão Prudente 9,25 -3,64 6,56 3<br />
*-OFundoMillennium Prestige Conservador incorporou por fusão os Fundos Millennium Prudente e<br />
Millennium Moderado<br />
Fundos de fundos predominantem. acções<br />
F.I.M. Barclays Global Acções 29,53 -15,83 24,36 6<br />
F.I.M. Popular Global 75 19,22 -12,56 18,10 5<br />
F.I.M. Multi Gestão Dinâmica 15,88 -19,30 20,89 6<br />
F.I.M. Multi Gestão Mercados Emergentes 39,36 -18,12 26,63 6<br />
Fundos poupança reforma/educação<br />
CATEGORIA A - Entre 0% e 5% de Acções<br />
F.I.M. Barclays PPR Rendimento 6,50 0,26 3,96 2<br />
F.P. Solidez PPR 4,36 0,83 1,66 2<br />
F.I.M. BPI Reforma Segura PPR 1,61 -2,30 2,47 2<br />
F.I.M. BPI Taxa Variável PPR 0,77 -1,71 2,81 2<br />
F.P. PPR Garantia de Futuro 6,32 2,03 2,19 2<br />
F.I.M. Millennium Reforma & Rendim. PPR/E 2,38 3,57 2,74 2<br />
F.P. PPR Praemium S 3,75 -2,28 3,00 2<br />
F.I.M. Santander Poupança Futura FPR* 3,64 -1,39 2,96 2<br />
F.P. SGF Patr. Ref. Conservador PPR 8,28 3,05 2,56 2<br />
CATEGORIA B - Entre 5% e 15% de Acções<br />
F.I.M. Millennium Aforro PPR 6,<strong>48</strong> 1,84 3,24 2<br />
CATEGORIA C - Entre 15% e 35% de Acções<br />
F.I.M. Barclays PPR 9,53 -1,20 5,15 3<br />
F.P. CVI PPR/E 17,32 0,78 8,74 3<br />
F.P. PPR BBVA 14,97 -0,41 8,16 3<br />
F.I.M. Esp. Santo PPR 9,73 2,62 4,24 2<br />
F.P. PPR 5 Estrelas 9,57 1,13 3,70 2<br />
F.P. PPR Platinium 11,89 -2,10 6,99 3<br />
F.P. PPR Geração Activa 10,18 *<br />
F.I.M. Millennium Poupança PPR 6,38 -1,82 5,47 3<br />
F.P. PPR BNU Vanguarda 5,34 -3,87 6,99 3<br />
F.P. PPR Europa 11,46 3,86 5,90 3<br />
F.P. Vanguarda PPR 6,29 -2,41 5,53 3<br />
F.I.M. Santander Poupança Investimento FPR -1,59<br />
CATEGORIA D - Mais de 35% de Acções<br />
-7,<strong>48</strong> 7,45 3<br />
F.I.M. Barclays PPR Acções Life Path 2020 13,52 -9,49 13,27 4<br />
F.I.M. Barclays PPR Acções Life Path 2025 13,80 -10,02 14,29 4<br />
F.I.M. Millennium Investimento PPR Acções 5,74 -5,32 8,60 3<br />
F.P. PPR Praemium V 6,78 -3,76 8,82 3<br />
F.P. PPR SGF Acções Dinâmico<br />
Outros fundos<br />
*<br />
F.I.M. Barclays Premier Tesouraria 3,07 2,71 0,38 1<br />
F.I.M. Caixagest Accões Portugal 26,95 -24,61 25,35 6<br />
F.I.M. Raiz Global 14,52 -3,81 11,47 4<br />
F.I.M. Esp. Santo Monetário 2,18 2,31 0,23 1<br />
F.I.M. Finifundo Agressivo 16,72 *<br />
F.I.M. Finifundo Moderado 11,83 *<br />
F.I.M. Millennium Prestige Valorização<br />
Fundos diversos<br />
13,65 -9,39 17,31 5<br />
F.I.M. Orey Acções Europa -18,84 -35,34 34,31 6<br />
Fundos de pensões abertos<br />
FCATEGORIA A - Entre 0% e 5% de Acções<br />
F.P. Aberto Caixa Reforma Garantida 2022 3,24 -3,67 11,45 4<br />
F.P. Aberto Caixa Reforma Prudente 2,80 *<br />
F.P. Aberto Horizonte Segurança 6,64 2,16 3,26 2<br />
F.P. Aberto SGF Empresas Prudente 9,79 3,23 3,11 2<br />
CATEGORIA B - Entre 5% e 15% de Acções<br />
F.P. Aberto Caixa Reforma Activa -0,09 -3,30 3,40 2<br />
F.P. Aberto Esp.Sto Multireforma 15,13 2,16 3,82 2<br />
F.P. Aberto Futuro Clássico 6,33 2,02 2,44 2<br />
F.P. Aberto Protecção 2015 5,04 0,58 5,94 3<br />
CATEGORIA C - Entre 15% e 35% de Acções<br />
F.P. Banif Previdência Empresas 1,89 -4,38 3,77 2<br />
F.P. Aberto BBVA PME’s 16,57 1,30 7,69 3<br />
F.P. Aberto Caixa Reforma Valor 5,11 -6,60 8,47 3<br />
F.P. Aberto Esp.Santo Multireforma Plus 16,66 -1,18 6,47 3<br />
F.P. Aberto VIVA 9,06 -1,77 5,33 3<br />
F.P. Aberto Horizonte Valorização 10,36 -2,07 7,32 3<br />
F.P. Aberto Turismo Pensões 13,38 -0,19 7,07 3<br />
F.P. Aberto Protecção 2020 5,91 -2,38 9,74 3<br />
CATEGORIA D - Mais de 35% de Acções<br />
F.P. Aberto Esp.Santo Multireforma Acções 51,12 *<br />
F.P. Aberto Horizonte Valorização Mais 16,14 -2,23 11,41 4<br />
Fonte: Euronext Lisboa e APFIPP<br />
Nota 1: As rentabilidades são as calculadas e divulgadas semanalmente pela<br />
Associação Portuguesa de Fundos de Investimento, Pensões e Patrimónios<br />
(APFIPP). Esta informação é actualizada nesta pá<strong>gina</strong> na edição de cada quarta-feira,<br />
excepto quando seja especificado o contrário.
36 <strong>Diário</strong> <strong>Económico</strong> Quinta-feira 3 Dezembro 2009<br />
FUNDOS <strong>DE</strong> INVESTIMENTO INTERNACIONAIS<br />
Fundos Internacionais<br />
Fundo Último<br />
valor€<br />
Divisa<br />
Fundo Divisa Valor<br />
AMERICAN SELECT-<strong>DE</strong>H EUR 9.43<br />
AMERICAN SELECT-DU USD 9.56<br />
EMERGING MARKET <strong>DE</strong>BT-<strong>DE</strong>H EUR 15.44<br />
EM MKT LOW DUR-<strong>DE</strong>H EUR 11.62<br />
EM MKT LOW DUR-DU USD 11.02<br />
EUROP BONDS-<strong>DE</strong> EUR 21.57<br />
EUROP SHORT-TERM BONDS-<strong>DE</strong> EUR 13.87<br />
EUROP SMALL CAP EQUITIES-<strong>DE</strong> EUR 9.96<br />
GLOBAL ASS.ALL.-<strong>DE</strong>H EUR 15.47<br />
GLOBAL ASS.ALL.-DU USD 18.16<br />
GLOBAL BONDS (EURO)-<strong>DE</strong> EUR 18.95<br />
GLOBAL BONDS (USD)-DU USD 28.09<br />
GLOBAL EM MKT EQUITIES-<strong>DE</strong>H EUR 21.45<br />
GLOBAL EM MKT EQUITIES-DU USD 29.13<br />
GLOBAL EM MKT SH-TERM BDS-<strong>DE</strong>H EUR 8.85<br />
GLOBAL EM MKT SH-TERM BDS-DU USD 9.47<br />
GLOBAL ENERGY EQUITIES-<strong>DE</strong>H EUR 18.77<br />
GLOBAL ENERGY EQUITIES-DU USD 23.91<br />
GLOBAL HGH YLD&EM-MKT EUR-<strong>DE</strong> EUR 17.26<br />
GLOBAL INNOVATION-<strong>DE</strong>H EUR 14.57<br />
GLOBAL INNOVATION-DU USD 9.84<br />
GREATER CHINA EQUITIES-<strong>DE</strong>H EUR 18.62<br />
GREATER CHINA EQUITIES-DU USD 26.79<br />
JAPANESE EQUITIES-<strong>DE</strong>H EUR 8.93<br />
JAPANESE EQUITIES-DJ EUR 6.04<br />
JAPANESE EQUITIES-DJ JPY 783.00<br />
NEW ASIA-PACIFIC <strong>DE</strong>H EUR 19.51<br />
NEW ASIA-PACIFIC DU USD 28.69<br />
PAN EUROP EQUITIES-<strong>DE</strong> EUR 10.71<br />
US EQUITIES-<strong>DE</strong>H EUR 14.23<br />
US EQUITIES-DU USD 11.22<br />
US MID AND SML CAP EQUITIES-<strong>DE</strong>H EUR 9.87<br />
US MID AND SML CAP EQUITIES-DU USD 13.57<br />
USD HIGH INCOME BONDS-<strong>DE</strong>H EUR 14.82<br />
USD HIGH INCOME BONDS-DU USD 15.35<br />
USD SHORT-TERM BONDS-DU USD 18.75<br />
WORLD EQUITIES-<strong>DE</strong>H EUR 13.89<br />
WORLD EQUITIES-DU USD 14.47<br />
PARVEST<br />
www.bnpparibas-am.com<br />
Número Verde 800 844 109<br />
PARVEST ABS EUR 64.35<br />
PARVEST EURO PREMIUM EUR 103.86<br />
PARVEST ABS RET CURR. 10 EUR 100.99<br />
PARVEST ABS RET EUROPE LS EUR 97.1<br />
PARVEST ABS RET EUROPEAN BOND EUR 107.81<br />
PARVEST ABS RET MULTI ASS. 4 EUR 102.98<br />
PARVEST ABS RET MULTI ASS. 4 (USD) USD 102.83<br />
PARVEST ABSOLUTE RETURN<br />
GLOBAL BOND (USD) USD 103.84<br />
PARVEST AGRICULTURE EUR 89.4<br />
PARVEST ASIA USD 293.32<br />
PARVEST ASIAN CONVERTIBLE BOND USD 329.98<br />
PARVEST AUSTRALIA AUD 662.34<br />
PARVEST BRAZIL USD 156.81<br />
PARVEST BRIC USD 152.75<br />
PARVEST CHINA USD 325.6<br />
PARVEST CONVERGING EUROPE EUR 109.58<br />
PARVEST DIVERSIFIED (DYNAMIC) EUR 180.17<br />
PARVEST CREDIT STRATEGIES EUR 37.87<br />
PARVEST EMERGING MARKETS USD 329.72<br />
PARVEST EMERGING MARKETS BOND USD 303.19<br />
PARVEST EMERGING MKTS EUROPE EUR 139.53<br />
PARVEST DIVERSIFIED (PRU<strong>DE</strong>NT) EUR 125.7<br />
PARVEST ENHANCED EONIA 1 YEAR EUR 106.91<br />
PARVEST ENHANCED EONIA 6 MONTHS EUR 106.76<br />
PARVEST ENHANCED EONIA EUR 116.44<br />
PARVEST EONIA PREMIUM EUR 113.34<br />
PARVEST EURO BOND EUR 174.87<br />
PARVEST EURO CORP BD SUST DVP EUR 110.88<br />
PARVEST EURO CORPORATE BOND EUR 136.61<br />
PARVEST EURO EQUITIES EUR 109.97<br />
PARVEST EURO GOVERNMENT BOND EUR 299.91<br />
PARVEST EURO INFLATION-LINKED BD EUR 121.85<br />
PARVEST EURO LONG TERM BOND EUR 112.<strong>48</strong><br />
PARVEST EURO MEDIUM TERM BOND EUR 157.04<br />
PARVEST EURO SHORT TERM BOND EUR 116.77<br />
PARVEST EURO SMALL CAP EUR 166.93<br />
PARVEST EUROPE ALPHA EUR 93.69<br />
PARVEST EUROPE DIVI<strong>DE</strong>ND EUR 62.55<br />
PARVEST EUROPE FINANCIALS EUR 72<br />
PARVEST EUROPE GROWTH EUR 162.56<br />
PARVEST EUROPE LS30 EUR 60.88<br />
PARVEST EUROPE MID CAP EUR 357.54<br />
PARVEST EUROPE REAL ESTATE SEC. EUR 56.37<br />
PARVEST EUROPE SMALL CAP EUR 75.35<br />
PARVEST EUROPE SUSTAINABLE DVPT EUR 74.57<br />
Fundo Último Divisa<br />
valor€<br />
PARVEST EUROPE VALUE EUR 112.49<br />
PARVEST EUROPEAN BOND EUR 292.76<br />
PARVEST EUROPEAN CONVERT BOND EUR 115.99<br />
PARVEST EUROPEAN HIGH YIELD BD EUR 99.76<br />
PARVEST EUROPEAN SM CONVERT BD EUR 100.23<br />
PARVEST FRANCE EUR 356.37<br />
PARVEST GERMAN EQUITIES EUR 73.68<br />
PARVEST GLOBAL BOND USD 44.17<br />
PARVEST GLOBAL BRANDS USD 238.82<br />
PARVEST GLOBAL CORPORATE BOND USD 116.27<br />
PARVEST GLOBAL ENVIRONNEMENT EUR 85.72<br />
PARVEST GLOBAL EQUITIES USD 117.09<br />
PARVEST GLOBAL HIGH YIELD BOND USD 110.83<br />
PARVEST GLOBAL INFL LKD BD EUR 115.81<br />
PARVEST CORPORATE BOND OPPORTUNITIESEUR 103.34<br />
PARVEST GLOBAL RESOURCES USD 230.11<br />
PARVEST GLOBAL TECHNOLOGY USD 83.87<br />
PARVEST INDIA USD 160.69<br />
PARVEST JAPAN JPY 2666<br />
PARVEST JAPAN SMALL CAP JPY 2911<br />
PARVEST JAPAN YEN BOND JPY 20512<br />
PARVEST LATIN AMERICA USD 804.12<br />
PARVEST NEXT GENERATION EUR 103.59<br />
PARVEST RUSSIA USD 70.11<br />
PARVEST SHORT TERM (CHF) CHF 307.6<br />
PARVEST SHORT TERM (DOLLAR) USD 203.191<br />
PARVEST SHORT TERM (EURO) EUR 206.808<br />
PARVEST SHORT TERM (STERLING) GBP 195.361<br />
PARVEST SOUTH KOREA USD 78.8<br />
PARVEST STEP 90 EURO EUR 1298.28<br />
PARVEST SWITZERLAND CHF 540.76<br />
PARVEST TARGET RETURN PLUS (EURO) EUR 109.32<br />
PARVEST TARGET RETURN PLUS (USD) USD 211.69<br />
PARVEST TURKEY EUR 102.57<br />
PARVEST UK GBP 111.69<br />
PARVEST US DOLLAR BOND USD 404.25<br />
PARVEST US HIGH YIELD BOND USD 157.33<br />
PARVEST US MID CAP USD 98.51<br />
PARVEST US SMALL CAP USD 377.19<br />
PARVEST US VALUE USD 75.4<br />
PARVEST USA USD 69.44<br />
PARVEST USA LS30 USD 73.18<br />
BNP PARIBAS INSTICASH<br />
BNP PARIBAS INSTICASH CHF CHF 106.774<br />
BNP PARIBAS INSTICASH EUR EUR 115.422<br />
BNP PARIBAS INSTICASH GBP GBP 127.128<br />
BNP PARIBAS INSTICASH USD USD 116.849<br />
PARWORLD<br />
PARWORLD DYNALLOCATION EUR 103.39<br />
PARWORLD EMERGING STEP 80 (EURO) EUR 117.22<br />
PARWORLD GALATEA 2010 EUR 107.8<br />
PARWORLD QUAM 10 EUR 113.56<br />
PARWORLD QUAM 15 CLASSIC (C-EUR) EUR 108.65<br />
PARWORLD TRACK COMMODITIES CLASS EUR 56<br />
PARWORLD TRACK CONTINENT EUROPE EUR 66.32<br />
PARWORLD TRACK JAPAN EUR 62.55<br />
PARWORLD TRACK NORTH AMERICA EUR 69.22<br />
PARWORLD TRACK UK EUR 64.17<br />
www.bnymellonam.com<br />
Fundo Divisa Valor<br />
BNY Mellon Global Funds, plc<br />
BNY MELLON ASIAN EQUITY FUND A USD 2.7609<br />
BNY MELLON BRAZIL EQ FUND A USD 1.1957<br />
BNY MELLON CONT. EUROP. EQ. FUND A EUR 1.0646<br />
BNY MELLON EMRG. MKTS DBT LCL CUR A EUR 0.9089<br />
BNY MELLON EMRG. MKTS <strong>DE</strong>BT A USD 1.4284<br />
BNY MELLON EURO GVT BOND IN<strong>DE</strong>X A EUR 1.3873<br />
BNY MELLON EUROP. ETHICAL IN<strong>DE</strong>X A EUR 0.8365<br />
BNY MELLON EVOL. CURR.OPTION A EUR 80.569<br />
BNY MELLON EVOL. GLB ALPHA A EUR 88.054<br />
BNY MELLON GL. BOND EUR HEDGED H EUR 1.2386<br />
BNY MELLON GLB EMERG. MKTS FUND A USD 3.2944<br />
BNY MELLON GLB H.YLD BOND FUND A EUR 1.1754<br />
BNY MELLON GLOBAL BOND FUND A USD 2.0553<br />
BNY MELLON GLOBAL EQUITY FUND A USD 1.3354<br />
BNY MELLON GLOBAL INTREPID FUND A USD 1.4729<br />
BNY MELLON JAPAN EQUITY FUND A EUR 0.5059<br />
BNY MELLON JAPAN EQ. VALUE FUND A EUR 37.307<br />
BNY MELLON PAN EUROP EQ. FUND A USD 1.6226<br />
BNY MELLON S&P 500 IN<strong>DE</strong>X A USD 0.9842<br />
BNY MELLON SMALL CAP EURO. FUND A EUR 1.8076<br />
BNY MELLON STERLING BOND FUND A EUR 0.9981<br />
BNY MELLON UK EQUITY FUND A EUR 0.8273<br />
BNY MELLON US DYN. VALUE FUND A USD 1.3<strong>48</strong>9<br />
BNY MELLON US EQUITY FUND A USD 0.8198<br />
Fundo Último Divisa<br />
valor€<br />
WestLB Mellon Compass Funds<br />
Fundo<br />
COMPASS FUND - EMERGING MARKETS<br />
Divisa Valor<br />
BOND FUND C EUR 14.17<br />
COMPASS FUND - LATIN AMERICA FUND C EUR 26.3<br />
COMPASS FUND - EMERGING ASIAN FUND C<br />
COMPASS FUND - GLOBAL EMERGING<br />
EUR 10.15<br />
MARKETS FUND C EUR 14.78<br />
COMPASS FUND - EURO BALANCED FUND C EUR 9.1<br />
COMPASS FUND - EURO BOND FUND C EUR 14.06<br />
COMPASS FUND - EURO EQUITY FUND C EUR 5.33<br />
COMPASS FUND - GLOBAL BOND FUND C EUR 12.1<br />
COMPASS FUND - EURO LIQUIDITY FUND C EUR 131.328<br />
COMPASS FUND - EUROPEAN CONVERTIBLE FUND CEUR<br />
COMPASS FUND - EASTERN EUROPE<br />
8.66<br />
DIVERSIFIED FUND C EUR 14.61<br />
COMPASS FUND - JAPANESE EQUITY FUND C EUR 3.32<br />
COMPASS FUND - GLOBAL HIGH YIELD BOND FUND CEUR 11.89<br />
COMPASS FUND - EURO HIGH YIELD BOND FUND CEUR 15.66<br />
COMPASS FUND - EURO CORPORATE BOND FUND CEUR 13.57<br />
COMPASS FUND - ABS FUND C EUR 102.793<br />
COMPASS FUND - QUANDUS EURO BOND FUND CEUR 11.13<br />
COMPASS FUND - EURO SMALL CAP EQUITY FUND CEUR 7.9<br />
CAAM Funds Class Classic S<br />
ARBITRAGE INFLATION EUR 107.7<br />
ASIAN GROWTH USD 22.03<br />
DYNARBITRAGE FOREX EUR 105.58<br />
DYNARBITRAGE VAR 4 (EUR) EUR 108.97<br />
DYNARBITRAGE VOLATILITY EUR 115.29<br />
EMERGING MARKETS USD 28.05<br />
EURO CORPORATE BOND EUR 14.35<br />
EURO QUANT EUR 6.17<br />
EUROPEAN BOND EUR 138.93<br />
GREATER CHINA USD 25.34<br />
Dexia Bonds Fundo Divisa Valor<br />
DB EMERGING MARKETS CCAP USD 1442.43<br />
DB EMERGING MARKETS ICAP USD 1502.14<br />
DB EMERGING MARKETS NCAP USD 1327.97<br />
DB EURO CCAP EUR 898.14<br />
DB EURO ICAP EUR 926.25<br />
DB EURO NCAP EUR 876.51<br />
DB EURO CONVERGENCE CCAP EUR 2427.66<br />
DB EURO CONVERGENCE ICAP EUR 2490.89<br />
DB EURO CONVERGENCE NCAP EUR 2371.1<br />
DB EURO CORPORATE CCAP EUR 5364.21<br />
DB EURO CORPORATE ICAP EUR 5455.94<br />
DB EURO CORPORATE NCAP EUR 106.71<br />
DB EURO GOVERNMENT CCAP EUR 1783.95<br />
DB EURO GOVERNMENT ICAP EUR 1833.81<br />
DB EURO GOVERNMENT NCAP EUR 1742.71<br />
DB EURO GOVERNMENT PLUS CCAP EUR 772.13<br />
DB EURO GOVERNMENT PLUS ICAP EUR 797.47<br />
DB EURO GOVERNMENT PLUS NCAP EUR 757.04<br />
DB EURO HIGH YIELD CCAP EUR 582.36<br />
DB EURO HIGH YIELD ICAP EUR 600.4<br />
DB EURO HIGH YIELD NCAP EUR 550.68<br />
DB EURO INFLATION LINKED CCAP EUR 130.12<br />
DB EURO INFLATION LINKED ICAP EUR 133.3<br />
DB EURO INFLATION LINKED NCAP EUR 127.75<br />
DB EURO LONG TERM CCAP EUR 5261.31<br />
DB EURO LONG TERM ICAP EUR 5449.21<br />
DB EURO LONG TERM NCAP EUR 5139.19<br />
DB EURO SHORT TERM CCAP EUR 1896.31<br />
DB EURO SHORT TERM ICAP EUR 1933.77<br />
DB EURO SHORT TERM NCAP EUR 1830.97<br />
DB EUROPE CCAP EUR 4447.46<br />
DB EUROPE ICAP EUR 4537.51<br />
DB EUROPE NCAP EUR 4370.64<br />
DB EUROPE CONVERTIBLE CCAP EUR 277.7<br />
DB EUROPE CONVERTIBLE ICAP EUR 285.16<br />
DB EUROPE CONVERTIBLE NCAP EUR 263.72<br />
DB EUROPE GOVERNMENT PLUS CCAP EUR 758.04<br />
DB EUROPE GOVERNMENT PLUS NCAP EUR 737.72<br />
DB GLOBAL HIGH YIELD CCAP EUR 116.61<br />
DB GLOBAL HIGH YIELD ICAP EUR 118.53<br />
DB GLOBAL HIGH YIELD NCAP EUR 113.43<br />
DB INTERNATIONAL CCAP EUR 818.75<br />
DB INTERNATIONAL ICAP EUR 845.89<br />
Fundo Último Divisa<br />
valor€<br />
DB INTERNATIONAL NCAP EUR 786.07<br />
DB MORTGAGES CCAP EUR 127.06<br />
DB MORTGAGES ICAP EUR 130.61<br />
DB MORTGAGES NCAP EUR 122.75<br />
DB TOTAL RETURN CCAP EUR 110.98<br />
DB TOTAL RETURN ICAP EUR 1126.2<br />
DB TOTAL RETURN NCAP EUR 107.29<br />
DB TREASURY MANAGEMENT CCAP EUR 3665.9<br />
DB TREASURY MANAGEMENT ICAP EUR 3705<br />
DB TREASURY MANAGEMENT NCAP EUR 3619.66<br />
DB USD CCAP USD 778.79<br />
DB USD ICAP USD 805.11<br />
DB USD NCAP USD 759.68<br />
DB USD GOVERNMENT CCAP USD 2937.31<br />
DB USD GOVERNMENT ICAP USD 3028.91<br />
DB USD GOVERNMENT NCAP USD 2867.57<br />
DB WORLD GOV PL CCAP EUR 101.51<br />
DB WORLD GOV PL ICAP EUR 103.57<br />
DB WORLD GOV PL NCAP EUR 99.62<br />
D EQ L ASIA PREM USD 15.33<br />
D EQ L AUSTRALIA AUD 677.84<br />
D EQ L BIOTECH USD 100.08<br />
D EQ L EMERG EUROPE EUR 55.36<br />
D EQ L EMERG MKTS EUR 443.88<br />
<strong>DE</strong>QLEMU EUR 63.25<br />
D EQ L EUR 50 EUR 417.59<br />
D EQ L EUROP EUR 570.36<br />
D EQ L EUROPE VALUE EUR 75.08<br />
D EQ L EURP ENG SECT EUR 133.35<br />
D EQ L EURP FIN SECT EUR 73.54<br />
D EQ L EURP HIGH DIV EUR 67.81<br />
D EQ L JAPAN JPY 10715<br />
D EQ L SPAIN EUR 84.23<br />
D EQ L SUST GREEN PLANET EUR 56.01<br />
D EQ L SUST WORLD EUR 132.65<br />
D EQ L UNITED KINGDOM GBP 218.12<br />
D EQ L WORLD USD 36.33<br />
Fundo Classe Valor<br />
ABS ATTIVO EUR 106.54<br />
VALORE EQUILIBRIO EUR 114.62<br />
BOND CHF EUR 117.1<br />
BOND EMERGING MARKETS EUR 182.15<br />
BOND GBP EUR 110.66<br />
BOND HIGH YIELD EUR 132.71<br />
BOND JPY EUR 101.04<br />
BOND USD EUR 117.76<br />
EQUITY OCEANIA EUR 144.<strong>48</strong><br />
EQUITY PHARMA EUR 57.59<br />
EQUITY CHINA EUR 78.88<br />
EQUITY EMERGING MARKETS ASIA EUR 118.08<br />
EQUITY EM.MKT EUR MID.EAST&AFRICA EUR 130.22<br />
EQUITY ENERGY & MATERIALS EUR 115.13<br />
EQUITY BANKS EUR 42.21<br />
CASH EUR EUR 110.81<br />
EQUITY SMALL CAP EUROPE EUR 336.68<br />
BOND EUR MEDIUM TERM EUR 295.2<br />
CASH USD EUR 86.81<br />
EQUITY NORTH AMERICA EUR 50.93<br />
ABS PRU<strong>DE</strong>NTE EUR 107.92<br />
OBIETTIVO BILANCIATO EUR 221.71<br />
EQUITY INSURANCE EUR 75.88<br />
EQUITY CONSUMER STAPLES EUR 107.83<br />
EQUITY DURABLE GOODS EUR 100.31<br />
EQUITY EUROPE EUR 75.63<br />
EQUITY EURO EUR 76.77<br />
EQUITY JAPAN EUR 45.68<br />
EQUITY INDUSTRIALS EUR 107.61<br />
EQUITY ITALY EUR 71.92<br />
ORIZZONTE PROTETTO 6 EUR 110.31<br />
ORIZZONTE PROTETTO 12 EUR 112.95<br />
ORIZZONTE PROTETTO 24 EUR 116.21<br />
EQUITY GREAT BRITAIN EUR 50.57<br />
EQUITY HIGH TECH EUR 43.82<br />
EQUITY LATIN AMERICA EUR 326.45<br />
EQUITY MEDIA EUR 32.52<br />
EQUITY TELECOMMUNICATION EUR 43.12<br />
EQUITY UTILITIES EUR 85.93<br />
BOND INFLATION LINKED EUR 119.92<br />
Fundo Último Divisa<br />
valor€<br />
BOND EUR LONG TERM EUR 159.67<br />
BOND EUR SHORT TERM EUR 137.11<br />
BOND CONVERTIBLE EUR 59.47<br />
VALORE EQUILIBRIO EUR 106.58<br />
BOND CHF EUR 135.79<br />
BOND EMERGING MARKETS EUR 252.53<br />
BOND GBP EUR 136.83<br />
BOND JPY EUR 1<strong>48</strong>.29<br />
BOND USD EUR 191.2<br />
EQUITY OCEANIA EUR 145.92<br />
EQUITY PHARMA EUR 70.65<br />
EQUITY ENERGY & MATERIALS EUR 128.27<br />
EQUITY NORTH AMERICA EUR 83.94<br />
EQUITY INSURANCE EUR 85.61<br />
EQUITY CONSUMER STAPLES EUR 129.2<br />
EQUITY DURABLE GOODS EUR 113.29<br />
EQUITY JAPAN EUR 64.15<br />
EQUITY INDUSTRIALS EUR 126.18<br />
EQUITY BANKS EUR 47.78<br />
EQUITY GREAT BRITAIN EUR 64.96<br />
EQUITY HIGH TECH EUR 53.65<br />
EQUITY MEDIA EUR 39.41<br />
EQUITY TELECOMMUNICATION EUR <strong>48</strong>.41<br />
EQUITY UTILITIES EUR 99.35<br />
www.franklintempleton.com.pt<br />
Tel: +34 91 426 3600<br />
FRANKLIN BIOTECH DISCOVERY FD N (ACC) USD 7.89<br />
FRANKLIN EUROPEAN GRTH FD N (ACC) EUR 7.3<br />
FRANKLIN EUROPEAN S-M CAP GRTH FD N (ACC) EUR 16.23<br />
FRANKLIN GLOBAL GRTH FD N (ACC) USD 9.29<br />
FRANKLIN GLOBAL S-M CAP GRTH FD N (ACC) USD 17.13<br />
FRANKLIN HIGH YIELD (EURO) FD N (ACC) EUR 10.64<br />
FRANKLIN HIGH YIELD FD N (ACC) USD 12.43<br />
FRANKLIN INCOME FD N (ACC) USD 14.52<br />
FRANKLIN MUTUAL BEACON FD N (ACC) EUR 14.32<br />
FRANKLIN MUTUAL BEACON FD N (ACC) USD 21.54<br />
FRANKLIN MUTUAL EUROPEAN FD N (ACC) EUR 12.57<br />
FRANKLIN MUTUAL EUROPEAN FD N (ACC) USD 18.8<br />
FRANKLIN TECHNOLOGY FD N (ACC) USD 5.01<br />
FRANKLIN TECHNOLOGY FD N (ACC) EUR 3.34<br />
FRANKLIN TEMPLETON GB GRTH & VA FD N (ACC) USD 16.19<br />
FRANKLIN TEMPLETON JAPAN FD N (ACC) EUR 3.24<br />
FRANKLIN US EQUITY FD N (ACC) EUR 8.81<br />
FRANKLIN US EQUITY FD N (ACC) USD 13.25<br />
FRANKLIN US GOVERNMENT FD N (ACC) USD 13<br />
FRANKLIN US GOVERNMENT FD N (DIS) USD 9.63<br />
FRANKLIN US OPPORTUNITIES N (ACC) USD 12.69<br />
FRANKLIN US S-M CAP GRTH FD N (ACC) USD 8.99<br />
FRANKLIN US TOTAL RET FD N (DIS) USD 9.92<br />
FRANKLIN US ULT SHT TR BD FD N (DIS) USD 9.59<br />
TEMPLETON ASIAN GRTH FD N (ACC) USD 36.78<br />
TEMPLETON CHINA FD N (ACC) USD 22.23<br />
TEMPLETON EASTERN EUROPE FD N (ACC) EUR 21.74<br />
TEMPLETON EMERGING MARKETS BD FD N (ACC) USD 25.98<br />
TEMPLETON EMERGING MARKETS FD N (ACC) EUR 12.27<br />
TEMPLETON EMERGING MARKETS FD N (ACC) USD 18.41<br />
TEMPLETON EURO LIQ RES FD N (ACC) EUR 10.78<br />
TEMPLETON EUROLAND BD FD N (ACC) EUR 11.14<br />
TEMPLETON EUROLAND FD N (ACC) EUR 7.33<br />
TEMPLETON EUROPEAN FD N (ACC) USD 17.89<br />
TEMPLETON EUROPEAN FD N (ACC) EUR 11.89<br />
TEMPLETON EUROPEAN TOTAL RET FD N (ACC) EUR 10.13<br />
TEMPLETON GLOBAL BD FD N (ACC) EUR 11.71<br />
TEMPLETON GLOBAL (EURO) FD N (ACC) EUR 9.29<br />
TEMPLETON GLOBAL BALANCED FD N (ACC) EUR 9.87<br />
TEMPLETON GLOBAL BD (EURO) FD N (ACC) EUR 11.8<br />
TEMPLETON GLOBAL BD FD N (ACC) USD 22.71<br />
TEMPLETON GLOBAL EQUITY INCOME FD N (ACC) USD 10.07<br />
TEMPLETON GLOBAL FD N (ACC) USD 17.18<br />
TEMPLETON GLOBAL INCOME FD N (ACC) USD 12.94<br />
TEMPLETON GLOBAL SMLL COMPANIES FD N (ACC) USD 19.03<br />
TEMPLETON GLOBAL TOTAL RET FD N (ACC) USD 19.58<br />
TEMPLETON GRTH (EURO) FD N (ACC) EUR 7.44<br />
TEMPLETON KOREA FD N (ACC) USD 14.3<br />
TEMPLETON LATIN AMERICA FD N (ACC) USD 43.7<br />
TEMPLETON THAILAND FD N (ACC) USD 12.89<br />
TEMPLETON US DOLLAR LIQ RES FD N (ACC) USD 11.21<br />
TEMPLETON US VALUE FD N (ACC) USD 9.78
Fundos Internacionais<br />
Fundo Último Divisa<br />
valor€<br />
02-11-2009<br />
JF ASIA DI V.D USD USD 230.18<br />
JF ASIA EQ D USD USD 19.91<br />
JF ASIA PAC EX-JAP EQ DAAC EUR EUR 7.99<br />
JF CHINA D USD USD 36.25<br />
JF GR CH D USD USD 30<br />
JF HG KG D USD USD 27.25<br />
JF INDIA D USD USD 43.91<br />
JF JAP EQ DACC EUR EUR 3.16<br />
JF JAP EQ D USD USD 5.78<br />
JF PAC EQ DACC EUR EUR 5.49<br />
JF PAC EQ DACC USD USD 12.39<br />
JF SINGA D USD USD 35.59<br />
JF TAIWAN D USD USD 12.02<br />
JPM AME EQ DACC EUR EUR 5.8<br />
JPM AME EQ DACC EUR (HDG) EUR 5.98<br />
JPM EM MK DBT DACC EUR EUR 11.13<br />
JPMEMMKEQDACCEUR EUR 7.<strong>48</strong><br />
JPM EMER MIDDLE EAST EQ D USD USD 18.16<br />
JPM EURO DY DACC USD USD 17.28<br />
JPM EURO LIQ RES DACC EUR EUR 108.59<br />
JPM EURO DY MEGA C DACC EUR EUR 7.82<br />
JPM EURO DY MEGA C DACC USD USD 9.63<br />
JPM EUROP EQ DACC USD USD 10.2<br />
JPM EUROP FOC DACC EUR EUR 7.39<br />
JPM EUROP FOC DACC USD USD 10.43<br />
JPM EUROP RECOV DACC EUR EUR 158.6<br />
JPM EUROP SEL EQ DACC EUR EUR 64.61<br />
JPM EUROP SEL EQ DACC USD USD 106.36<br />
JPM EUROP ST DIV DACC EUR EUR 88.96<br />
JPM GB BAL USD DACC USD USD 140.39<br />
JPM GB CAP APP DACC EUR EUR 96.43<br />
JPM GB CAP PRE DACC USD USD 113.15<br />
JPM GB CAP PRE EUR DACC EUR EUR 121.73<br />
JPM GB CAP PRE EUR DACC SEK (HDG) SEK 952.3<br />
JPM GB CONVS USD D USD USD 125.13<br />
JPM GB CONVS FUND EUR DACC EUR EUR 10.07<br />
JPM GB DY DACC EUR EUR 5.3<br />
JPM GB DY DACC EUR (HDG) EUR 4.65<br />
JPM GB EQ USD DACC EUR (HDG) EUR 5.64<br />
JPM GB FOC DACC EUR EUR 15.67<br />
JPM GB FOC DACC EUR (HDG) EUR 7.14<br />
JPM GB HY BD DACC EUR EUR 128.56<br />
JPM GB NAT RE DACC USD USD 10.89<br />
JPM GB T RE DACC EUR EUR 99.02<br />
JPM HIGH STAT MKT NT DACC EUR EUR 109.13<br />
JPM HIGH STAT MKT NT DACC USD (HDG) USD 146.58<br />
JPM HIGH US STEEP DACC EUR (HDG) EUR 7.75<br />
JPM JAP 50 EQ DACC JPY JPY 5495<br />
JPM JAP SEL EQ DACC JPY JPY 7610<br />
JPM RUSSIA DACC USD USD 9.58<br />
JPM US AG BD DACC USD USD 14.49<br />
JPMUSDYDACCEUR EUR 4.76<br />
JPM US DY DACC USD USD 11.81<br />
JPM US EQ DACC EUR (HDG) EUR 56.99<br />
JPM US EQ DACC USD USD 77.52<br />
JPM US SEL EQ DACC EUR (HDG) EUR 65.96<br />
JPM US SEL 130/30 DACC EUR (HDG) EUR 5.93<br />
JPM US SEL 130/30 DACC USD USD 8.36<br />
JPM US STRATEGIC GR DACC EUR (HDG) EUR 5.73<br />
JPM US VAL DACC EUR (HDG) EUR 5.8<br />
JPMF AME EQ D USD USD 9.15<br />
JPMF AME LC D USD USD 8.35<br />
JPMF EAST EUR EQ D EUR EUR 24.<strong>48</strong><br />
JPMF EM EUR EQ D USD USD 36.01<br />
JPMF EM MKT EQ D USD USD 30.89<br />
JPMF EUR GB BAL FUND D EUR EUR 115.92<br />
JPMF EUROL EQ D EUR EUR 7.27<br />
JPMF EUROP CONVERG EQ D EUR EUR 22.11<br />
JPMF EUROP DY D EUR EUR 10.32<br />
JPMF EUROP EQ D EUR EUR 6.97<br />
JPMF EUROP SM CAP D EUR EUR 7.76<br />
JPMF EUROP STRAT GR D EUR EUR 6.33<br />
JPMF EUROP STRAT VAL D EUR EUR 10.24<br />
JPMF GERM EQ D-EUR EUR 2.29<br />
JPMF GB DY D USD USD 12.34<br />
JPMF GB EQ D USD USD 9.18<br />
JPMF GLB NA RE DACC EUR EUR 11.65<br />
JPMF LAT AM EQ D USD USD 44.12<br />
JPMF US ST GR D USD USD 5.02<br />
JPMF US ST VAL D USD USD 11.59<br />
Fundo Último Divisa<br />
valor€<br />
Fundo Divisa Valor<br />
ALPHA ADV. EUROPE FIXED INCOME B EUR 29.34<br />
AMERICAN FRANCHISE B EUR 16.5<br />
ASIAN EQUITY B EUR 21.14<br />
ASIAN PROPERTY B EUR 8.65<br />
COMMODITIES ACTIVE GSLE B EUR 12.89<br />
DIV. ALPHA PLUS VAR 400 EUR B EUR 24.64<br />
EMERG EUROP, M-EAST & AFRICA EQ B EUR 43.3<br />
EMERGING MARKETS <strong>DE</strong>BT B EUR 35.93<br />
EMERGING MARKETS DOMESTIC <strong>DE</strong>BT B EUR 20.35<br />
EMERGING MARKETS EQUITY B EUR 19.66<br />
EURO BOND B EUR 10.72<br />
EURO CORPORATE BOND B EUR 32.37<br />
EURO LIQUIDITY B EUR 11.896<br />
EURO STRATEGIC BOND B EUR 28.58<br />
EUROPEAN CURR. HIGH YIELD BOND B EUR 12.17<br />
EUROPEAN EQUITY ALPHA B EUR 22.16<br />
EUROPEAN PROPERTY B EUR 15.32<br />
EUROPEAN SMALL CAP VALUE B EUR 29.4<br />
EUROZONE EQUITY ALPHA B EUR 6.15<br />
FX ALPHA PLUS RC 200 B EUR 25.1<br />
FX ALPHA PLUS RC 400 B EUR 24.4<br />
FX ALPHA PLUS RC 800 B EUR 22.92<br />
GLOBAL BOND B EUR 21.22<br />
GLOBAL BRANDS B EUR 32.29<br />
GLOBAL CONVERTIBLE BOND B EUR 19.94<br />
GLOBAL PROPERTY B EUR 11.34<br />
GLOBAL SMALL CAP VALUE B EUR 18.02<br />
GLOBAL VALUE EQUITY B EUR 20.16<br />
INDIAN EQUITY B EUR 16.66<br />
JAPANESE EQUITY ADVANTAGE B EUR 12.34<br />
JAPANESE VALUE EQUITY B EUR 4.71<br />
LATIN AMERICAN EQUITY B EUR 38.95<br />
SHORT MATURITY EURO BOND B EUR 16.9<br />
US EQUITY GROWTH B EUR 17.68<br />
US PROPERTY B EUR 18.84<br />
US SMALL CAP GROWTH B EUR 18.79<br />
US VALUE EQUITY B EUR 10.47<br />
USD LIQUIDITY B USD 12.5463<br />
+34 91 538 25 00<br />
www.pictetfunds.pt<br />
Fundo Divisa Valor<br />
PF(LUX)-ABSL RTN GLO DIV-R EUR 107.43<br />
PF(LUX)-AGRICULTURE-R EUR 110.91<br />
PF(LUX)-ASN EQ (EXJPN)-HR-EUR EUR 118.33<br />
PF(LUX)-ASN EQ (EXJPN)-R USD 152.28<br />
PF(LUX)-ASIAN EQ (EX-JAPAN)-R EUR 100.88<br />
PF(LUX)-ASN LCL CCY DBT-R USD 122.78<br />
PF(LUX)-BIOTECH-HR-R EUR 201.2<br />
PF(LUX)-BIOTECH-R USD 263.49<br />
PF(LUX)-BIOTECH-R EUR 175.02<br />
PF(LUX)-EASTERN EU-R EUR 278.25<br />
PF(LUX)-EM LCL CCY DBT-HR-EUR EUR 106.88<br />
PF(LUX)-EM LCL CCY DBT-R USD 160.03<br />
PF(LUX)-EM MKTS-HR-R EUR 351.87<br />
PF(LUX)-EM MKTS LDX-R USD 210.5<br />
PF(LUX)-EM MKTS-R USD 504.22<br />
PF(LUX)-EUR BDS-R EUR 375.73<br />
PF(LUX)-EUR CORP BDS-R EUR 145.16<br />
PF(LUX)-EUR GVT BDS-R EUR 115.94<br />
PF(LUX)-EUR HY-R EUR 139.06<br />
PF(LUX)-EUR INFL LK BDS-R EUR 109.33<br />
PF(LUX)-EUR LIQ-R EUR 133.54<br />
PF(LUX)-EUR SMT BDS-R EUR 120.05<br />
PF(LUX)-EUROLAND LDX-R EUR 83.06<br />
PF(LUX)-EU SUST EQ-R EUR 124.12<br />
PF(LUX)-EU LDX-R EUR 93.86<br />
PF(LUX)-EU EQ SEL-R EUR 370.04<br />
PF(LUX)-(EUR) SOV LIQ-R EUR 102.18<br />
PF(LUX)-GENERICS-HR-EUR EUR 92.94<br />
PF(LUX)-GENERICS-R USD 117.02<br />
PF(LUX)-GLO EM CCY-HR-EUR EUR 66.26<br />
PF(LUX)-GLO EM CCY-R USD 103.49<br />
PF(LUX)-GLO MEGATR SEL-R USD 128.73<br />
PF(LUX)-GLO EM DBT-HR-R EUR 181.17<br />
PF(LUX)-GLO EM DBT-R USD 237.88<br />
Fundo Último Divisa<br />
valor€<br />
PF(LUX)-GLO MEGATREND SEL-R EUR 85.28<br />
PF(LUX)-GREATER CHINA-R USD 327.46<br />
PF(LUX)-INDIAN EQ-R USD 333.77<br />
PF(LUX)-JPNL LDX-R JPY 7713.04<br />
PF(LUX)-JPN EQ SEL-HR-EUR EUR 46.33<br />
PF(LUX)-JPN EQ SEL-R JPY 6549.87<br />
PF(LUX)-JAPANESE EQ SELECTION-R EUR 50.8<br />
PF(LUX)-JPN EQ 130/30-R JPY 3832.2<br />
PF(LUX)-JAPANESE EQUITIES 130/30-R EUR 29.73<br />
PF(LUX)-JAPANESE MID-SMALL CAP-R EUR 54.51<br />
PF(LUX)-JPN SMID CAP-R JPY 7027.16<br />
PF(LUX)-LATAM LCL CCY DBT-R USD 119.84<br />
PF(LUX)-MID EAST AND NTH AFR-HR-R EUR 29.37<br />
PF(LUX)-MID EAST AND NTH AFR-R USD 46.87<br />
PF(LUX)-PAC (EXJPN) LDX-R USD 263.52<br />
PF(LUX)-PREMIUM BRANDS-R EUR 58.31<br />
PF(LUX)-RUSSIAN EQ-R USD 62.35<br />
PF(LUX)-SECURITY-R USD 94.22<br />
PF(LUX)-SMALL CAP EU-R EUR 406.34<br />
PF(LUX)-TIMBER-R USD 99.84<br />
PF(LUX)-US EQ-R USD 95.36<br />
PF(LUX)-US EQ GWTH SEL-HR-EUR EUR 74.05<br />
PF(LUX)-US EQ GWTH SEL-R USD 97.5<br />
PF(LUX)-USA LDX-R USD 88.29<br />
PF(LUX)-USD GVT BDS-R USD 506.02<br />
PF(LUX)-USD LIQ-R USD 128.72<br />
PF(LUX)-USD SMT BDS-R USD 120.43<br />
PF(LUX)-(USD) SOV LIQ-R USD 101.34<br />
PF(LUX)-TIMBER-R EUR 66.14<br />
PF(LUX)-US EQ VALUE SEL HR-R EUR 82.14<br />
PF(LUX)-US EQ VALUE SEL-R USD 116.04<br />
PF(LUX)-WATER-R EUR 109.39<br />
PF(LUX)-WORLD GOV BONDS-R EUR 112.27<br />
Pioneer P.F. - Global Changes EUR 41.59<br />
Pioneer P.F. - Global Changes EUR 842.84<br />
Pioneer P.F. - Global Defensive EUR 47.26<br />
Pioneer P.F. - Global Defensive CZK 880.99<br />
Pioneer P.F. - Global Defensive EUR 5.76<br />
Pioneer P.F. - Global Defensive USD 8.63<br />
Pioneer P.F. - Global Defensive EUR 5.47<br />
Pioneer P.F. - Global Defensive EUR 5.986<br />
Pioneer P.F. - Global Defensive EUR 5.616<br />
Pioneer P.F. - Global Defensive Plus EUR 4.47<br />
Pioneer P.F. - Global Defensive Plus USD 6.7<br />
Pioneer P.F. - Global Defensive Plus EUR 4.23<br />
Pioneer P.F. - Global Defensive Plus EUR 4.603<br />
Pioneer P.F. - Global Defensive Plus EUR 4.338<br />
Pioneer P.F. - Global Dynamic CZK 736.73<br />
Pioneer P.F. - Global Dynamic EUR 42.57<br />
Pioneer P.F. - Global Dynamic EUR 4.078<br />
Pioneer P.F. - Global Dynamic EUR 3.995<br />
Pioneer P.F. - Global Progressive CZK 550.92<br />
Pioneer P.F. - Global Progressive EUR 30.95<br />
Pioneer P.F. - Global Progressive EUR 3.09<br />
Pioneer P.F. - Global Progressive EUR 3.029<br />
www.schroders.pt<br />
SISF Glob Cred Dur Hdg A Acc 103.95 EUR<br />
SISF Swiss Equity A Acc 25.24 CHF<br />
SISF Taiwanese Equity A Acc 9.57 USD<br />
SISF US Dollar Bond A Acc 17.53 USD<br />
SISF UK Equity A Acc 2.49 GBP<br />
SISF US All Cap A Acc 87.01 USD<br />
SISF US Small & Mid-Cap Eq A Acc 123.88 USD<br />
SISF US Smaller Companies A Acc 59.97 USD<br />
SISF US Large Cap A Acc 59.27 USD<br />
SISF US Dollar Liquidity A Acc 105.4 USD<br />
SISF World Def 3 Monthly A Acc 81.96 EUR<br />
SISF EURO Government Liquidity A Acc 100.17 EUR<br />
SISF Global Managed Currency A Acc 104.31 USD<br />
SISF Glob Mgd Ccy EUR A Acc 99.68 EUR<br />
SISF Glob Mgd Ccy GBP A Acc 104.57 GBP<br />
SISF Asian Tot Ret EUR Hdg A Acc 109.36 EUR<br />
SISF Asian Conv Bd EUR Hdg A Acc 97.95 EUR<br />
SISF Asian Bond EUR Hg A Acc 98.51 EUR<br />
SISF Em Mk Dt Abs Ret EUR Hg A Acc 28.52 EUR<br />
SISF QEP Glb Act Val EUR Hdg A Acc 68.69 EUR<br />
SISF Global Conv Bd EUR Hdg A Acc 95.<strong>48</strong> EUR<br />
SISF Glb Clim Chge Eq EUR Hg A Acc 7.28 EUR<br />
SISF Glbl High Yld EUR Hdg A Acc 25.22 EUR<br />
SISF Glbl Propty Sec EUR Hdg A Acc 91.19 EUR<br />
SISF Global Corporate Bond EUR Hdg A Acc118.86 EUR<br />
SISF Japanese Equity EUR Hdg A Acc 50.89 EUR<br />
SISF Strategic Bond EUR Hdg A Acc 115.94 EUR<br />
Quinta-feira 3 Dezembro 2009 <strong>Diário</strong> <strong>Económico</strong> 37<br />
FUNDOS <strong>DE</strong> INVESTIMENTO INTERNACIONAIS<br />
Fundo Último Divisa<br />
valor€<br />
SISF US Dollar Bond EUR Hdg A Acc 119.09 EUR<br />
SISF US Small & Mid EUR Hg A Acc 81.98 EUR<br />
SISF US Large Cap EUR Hedged A Acc 79.54 EUR<br />
SISF Glob Mgd Ccy EUR Hdg A Acc 99.62 EUR<br />
SISF BRIC (Braz Ru In Ch) EUR A Acc 130.36 EUR<br />
SISF Emerging Asia EUR A Acc 13.89 EUR<br />
SISF Emerging Markets EUR A Acc 7.74 EUR<br />
SISF QEP Glob Act Value EUR A Acc 79.36 EUR<br />
SISF Glbl Clim Chge Eqty EUR A Acc 7.37 EUR<br />
SISF Global Equity Alpha EUR A Acc 75.92 EUR<br />
SISF Glbl Emgng Mkt Opps EUR A Acc 10.78 EUR<br />
SISF Global Energy EUR A Acc 21.92 EUR<br />
SISF Global Equity Yield EUR A Acc 65.75 EUR<br />
SISF QEP Global Quality EUR A Acc 73.81 EUR<br />
SISF Greater China EUR A Acc 22.37 EUR<br />
SISF Latin American EUR A Acc 32.74 EUR<br />
SISF Pacific Equity EUR A Acc 6.14 EUR<br />
SISF US Sml & Mid-Cap Eq EUR A Acc 82.62 EUR<br />
SISF US Large Cap EUR A Acc 39.69 EUR<br />
SISF Asian Local Ccy Bd SGD Hg A Acc 9.96 SGD<br />
SISF Asian Bond SGD Hg A Acc 9.37 SGD<br />
SISF China Opps SGD Hg A Acc 7.07 SGD<br />
SISF Glbl Clim Chge Eqty SGD A Acc 7.66 SGD<br />
SISF Glb Div Maximsr SGD A Acc 6.61 SGD<br />
SISF Glbl Emgng Mkt Opps SGD A Acc 11.38 SGD<br />
SISF Latin American SGD A Acc 68.14 SGD<br />
SISF Pacific Equity SGD A Acc 8.37 SGD<br />
SISF EURO Corporate Bd USD Hd A Acc 108.91 USD<br />
SISF Glbl Inf Lkd Bd USD Hdg A Acc 24.99 USD<br />
SISF Japanese Equity Alpha USD A Acc 8.46 USD<br />
SISF Japanese Large Cap USD A Acc 7.66 USD<br />
SISF Asian Equity Yield A Dis 12.94 USD<br />
SISF Asian Local Currency Bond A Dis 96.52 USD<br />
SISF Asian Bond A Dis 7.09 USD<br />
SISF Em Europe Debt Abs Ret A Dis 14.76 EUR<br />
SISF EURO Bond A Dis 8.05 EUR<br />
SISF European Div Maxmsr A Dis 55.84 EUR<br />
SISF European Equity Alpha A Dis 33.53 EUR<br />
SISF European Large Cap A Dis 119.97 EUR<br />
SISF European Equity Yield A Dis 8.26 EUR<br />
SISF EURO Equity A Dis 17.91 EUR<br />
SISF EURO Corporate Bond A Dis 15.3 EUR<br />
SISF Emer Mkts Debt Abs Ret A Dis 14.<strong>48</strong> USD<br />
SISF Emerging Europe A Dis 15.75 EUR<br />
SISF Emerging Markets A Dis 11.09 USD<br />
SISF European Smaller Companies A Dis 15.91 EUR<br />
SISF EURO Short Term Bond A Dis 4.61 EUR<br />
SISF EURO Government Bond A Dis 6.07 EUR<br />
SISF European Defensive A Dis 10 EUR<br />
SISF EURO Dynamic Growth A Dis 2.67 EUR<br />
SISF QEP Global Act Value A Dis 106.15 USD<br />
SISF Global Div Maximiser A Dis 5.61 USD<br />
SISF Global Equity A Dis 12.89 USD<br />
SISF Global Equity Yield A Dis 86.72 USD<br />
SISF Glbl High Yld A Dis 19.26 USD<br />
SISF Global Bond A Dis 7.88 USD<br />
SISF Global Smaller Cos A Dis 98.97 USD<br />
SISF Global Corporate Bond A Dis 5.38 USD<br />
SISF Hong Kong Dollar Bond A Dis 15.49 HKD<br />
SISF Italian Equity A Dis 19.83 EUR<br />
SISF Japanese Equity A Dis 491.29 JPY<br />
SISF Japanese Large Cap A Dis 661.19 JPY<br />
STS Consvtve Ptf EURO Sch MM A1 Acc 101.06 EUR<br />
SAS Agriculture Fund EUR Hdg A Acc 102.22 EUR<br />
SAS Agriculture Fund GBP Hdg A Acc 104.7 GBP<br />
Fundo Divisa Valor<br />
SKANDIA GREATER CHINA EQUITY FUND USD 28.9564<br />
SKANDIA GREATER CHINA EQUITY FUND USD 14.8874<br />
SKANDIA GLOBAL BOND FUND EUR 12.1984<br />
SKANDIA GLOBAL BOND FUND USD 10.8831<br />
SKANDIA GLOBAL BOND FUND USD 15.3177<br />
SKANDIA GLOBAL EQUITY FUND USD 13.5523<br />
SKANDIA GLOBAL EQUITY FUND USD 12.9536<br />
SKANDIA US LARGE CAP GROWTH FUND USD 10.9972<br />
SKANDIA US LARGE CAP GROWTH FUND USD 10.369<br />
SKANDIA PACIFIC EQUITY FUND USD 27.9561<br />
SKANDIA PACIFIC EQUITY FUND USD 26.8545<br />
SKANDIA EUROPEAN EQUITY FUND USD 13.9639<br />
SKANDIA EUROPEAN EQUITY FUND USD 13.3374<br />
SKANDIA JAPANESE EQUITY FUND EUR 9.4904<br />
SKANDIA JAPANESE EQUITY FUND USD 9.0936<br />
SKANDIA JAPANESE EQUITY FUND USD 8.8075<br />
SKANDIA SWEDISH EQUITY FUND SEK 11.461<br />
SKANDIA SWEDISH BOND FUND SEK 15.2419<br />
SKANDIA EUROPEAN OPPORTUNITIES FUND USD 14.6312<br />
SKANDIA EUROPEAN OPPORTUNITIES FUND USD 12.332<br />
SKANDIA US ALL CAP VALUE FUND EUR 8.7059<br />
SKANDIA US ALL CAP VALUE FUND USD 12.007<br />
SKANDIA US VALUE FUND EUR 6.7773<br />
Fundo Último Divisa<br />
valor€<br />
SKANDIA US VALUE FUND USD 8.5768<br />
SKANDIA US CAPITAL GROWTH FUND USD 10.3222<br />
SKANDIA US CAPITAL GROWTH FUND USD 10.3335<br />
SKANDIA TOTAL RETURN USD BOND FUND EUR 11.0068<br />
SKANDIA TOTAL RETURN USD BOND FUND USD 10.4408<br />
SKANDIA USD RESERVE FUND USD 1.1111<br />
SKANDIA USD RESERVE FUND USD 1.1093<br />
SKANDIA EMERGING MARKET <strong>DE</strong>BT FUND EUR 10.6577<br />
SKANDIA EMERGING MARKET <strong>DE</strong>BT FUND USD 14.5711<br />
SKANDIA EMERGING MARKET <strong>DE</strong>BT FUND USD 11.561<br />
SKANDIA EMERGING MARKET <strong>DE</strong>BT FUND USD 9.4938<br />
SKANDIA EMERGING MARKET <strong>DE</strong>BT FUND USD 12.082<br />
SKANDIA SWISS EQUITY FUND CHF 13.2661<br />
SKANDIA HEALTHCARE FUND USD 9.1993<br />
SKANDIA TECHNOLOGY FUND USD 8.5742<br />
SKANDIA TECHNOLOGY FUND EUR 8.2413<br />
SGAM Fund<br />
distribution@sgam.com<br />
www.sgam.com<br />
SGAM Fund - EQUITIES / CHINA EUR 15.46<br />
SGAM Fund - EQUITIES JAPAN SMALL CAP JPY 998.22<br />
SGAM Fund - EQUITIES / GOLD MINES EUR 21.98<br />
SGAM SIF- EQUITIES GLOBAL SRI EUR 77.50<br />
SGAM Fund - BONDS / EUROPE HIGH YIELD USD 30.38<br />
SGAM Fund - BONDS EURO CORPORATE USD 34.76<br />
SGAM Fund - EQUITIES / EUROLAND FINANCIAL USD 16.56<br />
SGAM Fund - BONDS / CONVERGING EUROPE USD 43.90<br />
SGAM Fund - BONDS / EURO INFLATION LINKEDUSD 171.30<br />
SGAM Fund - EQUITIES / GLOBAL RESOURCES EUR 73.33<br />
SGAM Fund-EQUITIES EUROPE ENVIRONMENT USD 138.47<br />
SGAM Fund - MONEY MARKET / USD EUR 10.56<br />
SGAM Fund - MONEY MARKET / EURO USD 41.04<br />
SGAM Fund - EQUITIES / EUROLAND USD 15.32<br />
SGAM Fund - EQUITIES / JAPAN CONCENTRATE<strong>DE</strong>UR 43.40<br />
SGAM Fund - EQUITIES / EUROLAND SMALL CAPUSD 200.03<br />
SGAM Fund - EQUITIES / GLOBAL EUR 18.35<br />
SGAM Fund - EQUITIES / ASIA PAC DUAL<br />
STRATEGIES EUR 6.57<br />
SGAM Fund - EQUITIES / JAPAN CONCENTRATEDUSD 69.84<br />
SGAM Fund - EQUITIES JAPAN SMALL CAP USD 11.54<br />
SGAM Fund - EQUITIES / JAPAN TARGET USD 17.59<br />
SGAM Fund - EQUITIES / JAPAN COREALPHA USD 76.64<br />
SGAM Fund - EQUITIES / JAPAN COREALPHA JPY 6631.70<br />
SGAM Fund - EQUITIES / INDIA USD 122.65<br />
SGAM Fund - EQUITIES / CHINA EUR 143.05<br />
SGAM Fund - BONDS EURO AGGREGATE USD 174.51<br />
SGAM Fund - EQUITIES / EUROLAND CYCLICALS USD 25.23<br />
SGAM Fund - BONDS/ OPPORTUNITIES USD 157.11<br />
SGAM Fund - EQUITIES / EUROLAND VALUE USD 151.88<br />
SGAM Fund - EQUITIES / GOLD MINES USD 292.32<br />
SGAM Fund - IN<strong>DE</strong>X EUROLAND USD 177.12<br />
SGAM Fund - EQUITIES / LUXURY AND LIFESTYLEEUR 61.04<br />
SGAM Fund - ABSOLUTE RETURN INTEREST RATEUSD 164.96<br />
SGAM Fund - BONDS / WORLD USD 44.26<br />
SGAM Fund - ABSOLUTE RETURN MULTI ALPHAUSD<br />
SGAM Fund - EQUITIES CONCENTRATED<br />
157.98<br />
EUROLAND USD 133.70<br />
SGAM Fund - ABSOLUTE RETURN MULTI ALPHAEUR<br />
SGAM Fund-EQUITIES GLOBAL<br />
105.41<br />
ENVIRONMENT OPPORTUNITIE EUR 43.10<br />
SGAM Fund - BONDS / WORLD SGD 61.29<br />
SGAM Fund - EQUITIES / GLOBAL ENERGY EUR 11.99<br />
SGAM Fund - BONDS EURO GOVIES SPREAD USD 174.35<br />
SGAM Fund - BONDS / EUROPE EUR 39.25<br />
SGAM Fund - EQUITIES / CONCENTRATED EUROPEUSD<br />
SGAM Fund - EQUITIES / GLOBAL EMERGING<br />
38.31<br />
COUNTRIES EUR 6.31<br />
SGAM Fund - EQUITIES / EMERGING EUROPE USD 31.78<br />
A informação nos fundos WestLB Mellon<br />
Compass Funds é indicada sob<br />
“BNY Mellon Asset Management<br />
Fonte: Euronext Lisboa / Clientes<br />
Nota 1: Segundo a fiscalidade portuguesa, os fundos de investimento<br />
mobiliário nacionais são tributados na fonte. Por essa razão,<br />
as rentabilidades apresentadas são líquidas de impostos para<br />
participantes singulares. Inversamente, os fundos estrangeiros comercializados<br />
em Portugal não estão sujeitos à retenção na fonte,<br />
e portanto as rentabilidades apresentadas são brutas. Nestes fundos,<br />
é da responsabilidade dos participantes declarar à autoridade<br />
fiscal os rendimentos obtidos, que serão assim englobados na<br />
sua declaração de rendimentos.<br />
Nota 2: Os fundos internacionais estão ordenados por ordem alfabética,<br />
sem identificar se se trata de fundos de acções, obrigações<br />
ou outros.
38 <strong>Diário</strong> <strong>Económico</strong> Quinta-feira 3 Dezembro 2009<br />
OUTROS MERCADOS<br />
Câmbios e taxas de juro<br />
Euro recua pela primeira vez<br />
em três dias face ao dólar<br />
O euro seguia ontem a<br />
perder terreno face à divisa<br />
norte-americana, protagonizando<br />
a primeira<br />
queda em três sessões. A<br />
moeda única corrigia em<br />
baixa das subidas acumuladas<br />
nos dois dias anteriores,<br />
na véspera de uma<br />
reunião do Banco Central<br />
Europeu em que deverão<br />
ser conhecidos pormenores<br />
sobre quando, e como,<br />
este começará a retirar liquidezdomercado.Aofinal<br />
do dia de ontem, o euro<br />
recuava 0,26% para<br />
1,5042 dólares. O iene recuou<br />
face às principais divisas<br />
depois de o primeiro-ministro<br />
do país ter<br />
dito que o iene não poderá<br />
manter-se tão forte. ■<br />
LIBOR<br />
Prazo USD EUR GBP JPY CHF<br />
Overnight 0.1825 0.30375 0.50375 0.11875 0.05417<br />
1 semana 0.21531 0.3625 0.50938 0.13125 0.06333<br />
2 semanas 0.22469 0.3775 0.51 0.14375 0.075<br />
1 mês 0.23438 0.4525 0.51438 0.17 0.11<br />
2 meses 0.24344 0.5375 0.54125 0.21875 0.175<br />
3 meses 0.255 0.68 0.61 0.29 0.25<br />
4 meses 0.30594 0.77688 0.69938 0.38 0.2725<br />
5 meses 0.39375 0.87438 0.76313 0.43375 0.305<br />
6 meses 0.47813 0.98125 0.84 0.<strong>48</strong>625 0.34333<br />
7 meses 0.56281 1.02125 0.90813 0.54 0.3975<br />
8 meses 0.66219 1.06375 0.97188 0.5825 0.45833<br />
9 meses 0.75031 1.10938 1.03625 0.61875 0.51083<br />
10 meses 0.83125 1.14375 1.09688 0.6<strong>48</strong>75 0.56<br />
11 meses 0.915 1.18125 1.15813 0.6775 0.60167<br />
1 ano 1.00313 1.2225 1.2175 0.70125 0.64667<br />
Rentabilidades Internacionais<br />
Matérias-primas<br />
Brent* (USD/Barril) Londres<br />
Últimas 6 sessões 79.35<br />
Petrolíferas Londres<br />
BRENT Máx. Min. Fecho<br />
JAN0 79.67 77.<strong>48</strong> 79.35<br />
FEB0 80.45 78.3 80.17<br />
MAR0 81.29 79.1 80.98<br />
APR0 81.8 80.02 81.75<br />
MAY0 82.22 80.65 82.45<br />
JUN0 82.96 81.28 83.11<br />
JUL0 83.46 81.89 83.71<br />
GASOLEO Máx. Min. Fecho<br />
APR2 0 0 90.57<br />
MAY2 0 0 90.73<br />
JUN2 0 0 90.89<br />
JUL2 0 0 91.02<br />
AUG2 0 0 91.15<br />
SEP2 0 0 91.28<br />
OCT2 0 0 91.41<br />
Petrolíferas Nova Iorque<br />
CRU<strong>DE</strong> Máx. Min. Fecho<br />
JAN7 63.00 61.70 61.55<br />
FEB7 64.20 62.95 62.77<br />
MAR7 65.05 63.84 63.71<br />
APR7 65.72 64.59 64.45<br />
MAY7 66.35 65.98 65.06<br />
JUN7 66.55 65.81 65.56<br />
JUL7 0.00 0.00 66.00<br />
GASOLEO Máx. Min. Fecho<br />
JUN0 0 0 65.99<br />
JUL0 0 0 65.87<br />
AUG0 0 0 65.75<br />
SEP0 0 0 65.63<br />
OCT0 0 0 65.51<br />
NOV0 0 0 65.39<br />
<strong>DE</strong>C0 65.9 65.6 65.26<br />
JAN1 0 0 65.15<br />
Euribor 3 meses<br />
Últimas 30 sessões<br />
Euribor 6 meses<br />
Últimas 30 sessões<br />
Euribor 12 meses<br />
EUA Japão R. Unido Alemanha França Itália<br />
O/N 5.23 0.45 5.17 -- -- --<br />
3 Meses 5.05 0.56 5.49 -- 3.81 --<br />
1 Ano -- 0.67 5.59 4.08 4.04 --<br />
2 Anos 4.59 0.83 5.46 4.04 4.06 4.1<br />
5 Anos 4.54 1.21 5.24 4.05 4.07 4.14<br />
10 Anos 4.65 1.66 4.97 4.08 4.13 4.3<br />
30 Anos 4.84 2.36 4.43 4.26 4.31 4.61<br />
Tx. desconto 6.25 0.75 .... .... .... ....<br />
Prime-rates 8.25 2.2 5.25 .... .... 7.125<br />
Metais não ferrosos<br />
Base metal laminados 01/12/09 02/12/09<br />
Cobre 5,703 5,747<br />
Latão 63/37 4,458 4,506<br />
Latão 67/33 4,592 4,640<br />
Latão 70/30 4,693 4,741<br />
Latão 85/15 5,198 5,244<br />
Bronze 6,082 6,127<br />
Metais Londres<br />
Fixing<br />
manhã<br />
Fixing<br />
Tarde<br />
Fecho<br />
OURO 1212.5 1211.5 1192.5<br />
PRATA 1918 1872 1872<br />
PLATINA 1<strong>48</strong>5 1492 1470<br />
PALADIO 386 388 380<br />
Metais LME Por Tonelada<br />
BID ASK<br />
COBRE 6985.0 90.0<br />
ALUMINIO 2043.5 44.0<br />
ZINCO 2302.5 03.0<br />
NIQUEL 16260 16265<br />
CHUMBO 14950/ 4960<br />
ESTANHO 1790.0 91.0<br />
ALUM. ALLOY 1939.0 40.0<br />
Oleaginosas Roterdão<br />
Produto Entrega Ontem Véspera<br />
SOJA<br />
contrato venda venda<br />
Feb10 452.8 461<br />
Mar10 431.4 439.5<br />
COLZA<br />
Apr10 424.7 432.5<br />
Feb10/Apr10 635 630<br />
May10/Jul10 656 660<br />
GIRASSOL<br />
Aug10/Oct10 663 665<br />
Jan10/Mar10 990 990<br />
Apr10/Jun10 1020 1010<br />
COCO<br />
Jul10/Sep10 1045 1040<br />
<strong>DE</strong>C09 2212 <strong>48</strong><br />
MAR10 2240 45<br />
PALMA BRUTA<br />
JUL10 2228 56<br />
Jan10/Mar10 780 765<br />
Apr10/Jun10 790 775<br />
Jul10/Sep10 795 780<br />
Ouro* (USD/Onça) Londres<br />
0.716<br />
0.993<br />
Últimas 30 sessões<br />
1,235<br />
EURIBOR<br />
Prazo Última Anterior<br />
1 Semana 0,37 0,369<br />
1 Mês 0,434 0,433<br />
2 Meses 0,575 0,575<br />
3 Meses 0,715 0,714<br />
4 Meses 0,807 0,804<br />
5 Meses 0,896 0,892<br />
6 Meses 0,991 0,987<br />
7 Meses 1,035 1,032<br />
8 Meses 1,081 1,075<br />
9 Meses 1,124 1,118<br />
10 Meses 1,159 1,152<br />
11 Meses 1,193 1,185<br />
12 Meses 1,233 1,224<br />
Últimas 6 sessões 1192.5<br />
Euro dólar<br />
Últimas 30 sessões<br />
Câmbios<br />
Agrícolas Londres<br />
CACAU Máx. Min. Fecho<br />
<strong>DE</strong>C9 2174 2142 2145<br />
MAR0 2211 2179 2183<br />
MAY0 2230 2201 2204<br />
JUL0 2196 2169 2173<br />
SEP0 2157 2133 2135<br />
<strong>DE</strong>C0 2119 2110 2095<br />
MAR1 2099 2082 2076<br />
AÇUCAR Máx. Min. Fecho<br />
MAR0 629 615.2 626.8<br />
MAY0 617.7 604.8 615.8<br />
AUG0 585.2 573 582.2<br />
OCT0 556.3 546.8 554.4<br />
<strong>DE</strong>C0 536.5 535.1 536.5<br />
MAR1 517 516.1 517.6<br />
MAY1 0 0 492.2<br />
Agrícolas Chicago<br />
1,5085<br />
Taxas do euro<br />
Taxas irrevog. Taxas bilat.<br />
Moeda do euro indic. esc.<br />
Franco belga 40.3399 4.96982<br />
Marco alemão 1.95583 102.505<br />
Peseta 166.386 1.20492<br />
Franco francês 6.55957 30.5633<br />
Libra irlandesa 0.787564 254.560<br />
Lira italiana 1936.27 0.10354<br />
Franco luxemburguês 40.3399 4.96982<br />
Florim 2.20371 90.97<strong>48</strong><br />
Xelim austríaco 13.7603 14.5696<br />
Escudo 200.<strong>48</strong>2 –<br />
Markka finlandesa 5.94573 33.7187<br />
Dracma 340.750 0.588355<br />
X por Cross<br />
Moeda 1 euro dólar<br />
Dólar dos EUA 1.509 ---<br />
Dólar australiano 1.6262 1.077667329<br />
Lev da Bulgária 1.9558 1.296090126<br />
Dólar canadiano 1.5766 1.044797879<br />
Franco suíço 1.5072 0.998807157<br />
Coroa checa 25.972 17.21139828<br />
Coroa dinamarquesa 7.4419 4.931676607<br />
Coroa da Estónia 15.6466 10.36885355<br />
Libra esterlina 0.9043 0.59927104<br />
Dólar de Hong-Kong 11.6949 7.750099404<br />
Forint da Hungria 270.5 179.2577866<br />
Coroa da Islândia 290 192.1802518<br />
Iene do Japão 131.55 87.17693837<br />
Won da Coreia do Sul 1741.27 1153.923128<br />
Litas da Lituânia 3.4528 2.28813784<br />
Lats da Letónia 0.708 0.46918<strong>48</strong>91<br />
Coroa norueguesa 8.421 5.580516899<br />
Dólar da N. Zelândia 2.0742 1.374552684<br />
Zloty da Polónia 4.1086 2.722730285<br />
Coroa sueca 10.3413 6.853081511<br />
Dólar de Singapura 2.083 1.380384361<br />
Coroa da Eslováquia 30.126 19.96421471<br />
Lira turca 2.2505 1.491385023<br />
Rand da África do Sul 11.0459 7.320013254<br />
Real brasileiro 2.595 1.719681909<br />
Nota: Taxas de câmbio de referência do Banco<br />
Central Europeu, de cerca das 12:30 horas<br />
OT/Benchmark/MEDIP<br />
Prazo Cupão Maturidade Fecho Yield<br />
1 Ano 3.25 39644 99.002 4.045<br />
2 Anos 3.95 40009 99.922 3.979<br />
4 Anos 3.2 406<strong>48</strong> 97.007 4.015<br />
5 Anos 5 41075 104.46 4.031<br />
6 Anos 5.45 41540 107.96 4.027<br />
7 Anos 4.375 41806 101.88 4.067<br />
8 Anos 3.35 42292 94.67 4.099<br />
9 Anos 4.2 42658 100.255 4.161<br />
MILHO Máx. Min. Fecho<br />
<strong>DE</strong>C9 399 391.75 399.75<br />
MAR0 413.75 406.5 414.5<br />
MAY0 423.75 417 424.5<br />
JUL0 432.75 425.25 432.75<br />
SEP0 438 432 438.5<br />
<strong>DE</strong>C0 443.5 437.5 444.5<br />
MAR1 452 4<strong>48</strong> 453.5<br />
TRIGO Máx. Min. Fecho<br />
<strong>DE</strong>C9 563.25 549.5 562.5<br />
MAR0 586.5 571 584<br />
MAY0 597.5 583.75 596.5<br />
JUL0 608 593 605.75<br />
SEP0 621 606.75 620.25<br />
<strong>DE</strong>C0 644.5 629.5 642.5<br />
MAR1 0 0 656.25<br />
SOJA Máx. Min. Fecho<br />
JAN0 1064.5 1036.5 1059.5<br />
MAR0 1070.75 1043 1066<br />
MAY0 1074.75 1047.75 1069.7<br />
JUL0 1080 1053.75 1075.5<br />
Agrícolas Nova Iorque<br />
ALGODÃO Máx. Min. Fecho<br />
MAR0 84 49.67 73.<strong>48</strong><br />
MAY0 94 51.38 74.68<br />
JUL0 100 51.72 75.49<br />
OCT0 91.75 64.73 75.9<br />
<strong>DE</strong>C0 100.5 53.87 76.53<br />
MAR1 94.5 61.89 77.65<br />
MAY1 76.74 68.05 78.<strong>48</strong><br />
Eurolist Dívida Pública<br />
Valor Taxa Maturid. Últ. Data Mont. Cot. Yeld<br />
mobiliário juro % cot. últ. cot. negoc. ant.<br />
OT-MAIO 5.85%10 5.85 20 MAY 2010 0 20 NOV 2009 0 105.8 0<br />
OT-JUN 5 1/7%11 5.15 15 JUN 2011 0 10 OCT 2008 0 104.<strong>48</strong> 0<br />
OT-SET 5 4/9%13 5.45 23 SEP 2013 0 09 NOV 2009 0 107.4 0<br />
Eurolist Outros fundos públicos<br />
Título Taxa juro Montante Preço fecho Data cot. Cotação<br />
neg.(milh.) % v. nomin. anterior anterior<br />
CMOEIRAS93 4,375 41 99,11 2003-02-25 99,00<br />
CMSINTRA97 3,375 0<br />
CP-T.VR.95 2,795 0 2003-03-05 99,40<br />
EXPO9897.2 3,146 0 2001-07-12 99,90<br />
G.R.M...94 2,6875 0 2003-02-14 99,50<br />
GRA..1A.92 3,5625 0 2003-02-21 99,90<br />
GRA..1A.93 4,15 0 2002-11-06 100,00<br />
LISBOA.99 2,708 0<br />
LISNA.91-A 2,875 0 2003-03-06 97,00<br />
LISNA.91-B 2,875 0 2003-03-06 97,00<br />
LISNAVE.92 2,844 0 2003-03-07 96,92<br />
P.EXPO9897 2,739 0 2002-12-04 100,00<br />
RAA.96 3,0 0 2001-02-09 100,17<br />
RAM..96/06 2,656 0 1996-11-04 100,60<br />
RAM.01/16 3,381 0 2002-09-17 100,20<br />
RAM.1.S.97 2,713 0 1997-12-31 100,00<br />
RAM.2E 96 2,7<strong>48</strong> 0 1997-12-31 100,00<br />
RAM.98 2,755 0 1999-06-30 100,00<br />
RAM.99 2,913 0<br />
SINTRA2S97 3,375 0<br />
Eurolist/Obrigações Diversas<br />
Título Taxa juro Montante Preço fecho Data cot. Cotação<br />
neg.(milh.) % v. nomin. anterior anterior<br />
BCPIEM0405 2,0 110 98,65 2003-03-07 98,59<br />
J.MART.W96 2,40625 72 97,76 2003-03-07 96,32<br />
CONTIN..95 3,5625 65 99,89 2003-03-06 99,91<br />
BCPICG1005 0,0 57 91,95 2003-02-26 91,68<br />
BCPA TEL00 0,0 49 93,72 2003-03-07 93,65<br />
BCPI7%1003 7,0 45 100,56 2003-02-21 100,80<br />
BCPICG33PL 0,0 37 93,56 2003-03-07 93,49<br />
BCPI IDJ04 6,25 25 103,47 2003-03-07 103,44<br />
BCPA TM 00 0,0 25 92,00 2003-03-07 91,92<br />
BPICSSEU00 0,0 19 98,86 2003-02-28 98,81<br />
BCPI IM 05 0,0 16 95,92 2003-02-27 96,08<br />
BPI CM1E00 0,0 15 95,40 2003-03-07 95,34<br />
BPI.CAZE01 0,0 15 100,95 2003-03-07 100,81<br />
BCPIEGLB01 0,0 13 93,50 2003-02-28 93,20<br />
BPI.CS2.01 0,0 13 100,74 2003-03-06 100,42<br />
BCPIAP0703 7,25 11 99,50 2003-03-07 99,47<br />
BCPIEUR.01 0,0 11 101,11 2003-03-07 101,07<br />
TOTMUND02 0,0 10 94,41 2003-03-07 94,35<br />
BPI.CSZE00 0,0 10 107,27 2003-03-07 107,27<br />
BPI.OBCS01 3,65 9 100,01 2003-03-06 100,00<br />
BPI CM4E00 0,0 6 95,01 2003-03-07 94,94<br />
CGDVERAC00 0,0 5 98,40 2003-03-05 98,40<br />
BPI.CSQ01 0,0 5 102,73 2003-03-07 102,66<br />
BCPIAP0803 7,25 5 99,91 2003-03-06 100,01<br />
BPI.CSRM02 0,0 5 100,02 2003-03-06 100,01<br />
BCPAISTX00 0,0 5 94,88 2003-03-03 94,69<br />
BCPA CGI99 0,0 5 94,21 2003-03-07 94,21<br />
BCPIAP0804 0,0 5 94,81 2003-03-07 94,76<br />
BCPIAP0704 0,0 3 94,99 2003-03-06 94,97<br />
SCP.RF0205 6,45 3 92,00 2003-03-06 92,00<br />
BSPPNI9M00 3,0 3 98,91 2003-02-28 98,81<br />
BCPA MED00 0,0 2 91,79 2003-02-27 91,54<br />
BPI.CSIM01 0,0 2 92,25 2003-03-07 92,12<br />
BPICSZE200 0,0 2 92,20 2003-03-07 91,10<br />
BCPIAP09037 7,25 1 100,28 2003-03-06 100,29<br />
BCPIAP0904 0,0 1 94,22 2003-03-06 94,24<br />
INPAR.9804 3,138 1 95,02 2003-03-06 95,50<br />
BPI CM3E00 0,0 1 95,18 2003-03-06 95,02<br />
BPIRF30003 4,0 1 99,78 2003-02-25 99,83<br />
CPPEUR.+01 0,0 1 102,50 2003-03-07 102,<strong>48</strong><br />
ENG.WARR98 1,555 0 95,00 2003-02-26 92,75<br />
BCPI IDJ05 0,0 0 92,41 2003-03-07 92,38<br />
BSPBEURP01 0,0 0 102,81 2003-02-21 102,66<br />
PUB<br />
Eurolist Unidades de Participação<br />
Título Quant. Fecho Fecho<br />
transac. E Esc.<br />
EUROSUL 0 0<br />
M.ACC.EURO 0 0<br />
N.ECONOMIA 51 46,15 9252<br />
RE<strong>DE</strong>S C.98 100 49,01 9826<br />
SAU<strong>DE</strong>LAZER 678 <strong>48</strong>,01 9625<br />
VALFUT2005 <strong>48</strong>8 46,41 9304<br />
Eurolist - Titulos de Participação<br />
Título Taxa juro Montante Preço fecho Data cot. Cotação<br />
neg.(milh.) % v. nomin. anterior anterior<br />
B.MELLO.87 3,652 0 2003-03-07 95,00<br />
BFN.....87 3,564 0 2003-03-07 100,00<br />
BFN.2...87 2,958 0 2003-03-06 100,00<br />
BTA ....87 2,42559 0 2003-02-14 61,52<br />
CPP.....88 2,56908 0 2003-02-10 53,41<br />
CPP.....89 2,92688 0 58,51 2003-02-28 60,00<br />
PETROGAL93 3,9 0 2002-03-15 101,25<br />
Mercado s/ Cotações<br />
Título Data Últim. Var. Var % Quant. Máx. Mín. Comp.<br />
cot. ant. transac. ano ano anual<br />
Norvalor 27 OCT 2009 0 0 0 0 1.26 0.54<br />
Oliveira e Irmão 19 JUN 2001 0 0 0 0 0 0<br />
R.P. Centro Sul 01 SEP 2006 0 0 0 0 4.75 4.75<br />
Sopragol 16 AUG 2006 0 0 0 0 2.3 2.3<br />
Transinsular 18 AUG 2009 0 0 0 0 15.5 15.5<br />
Vista Alegre 14 OCT 1998 0 0 0 0 0 0<br />
Eurolist/Obrigações Diversas<br />
Título Taxa juro Montante Preço fecho Data cot. Cotação<br />
neg.(milh.) % v. nomin. anterior anterior<br />
SAL.CAE.99 3,233 69 97,41 2002-12-06 99,90<br />
BPI.CSP.99 0,0 47 97,25 2003-03-07 97,22<br />
BPSM-2E.95 3,5625 33 99,87 2003-03-06 99,87<br />
BFBCSFR.98 0,0 12 102,60 2003-03-07 102,60<br />
BSMTOP97.1 3,418 5 78,20 2003-03-07 78,20<br />
CISF.PSI99 0,0 4 95,59 2003-03-05 95,56<br />
BPIEURO04 0,0 3 96,68 2003-03-03 96,55<br />
BPICSBRA99 0,0 3 111,20 2003-02-28 110,35<br />
BPI-MULTI. 0,0 1 97,95 2003-03-07 97,90<br />
CIN...9904 3,444 0<br />
ADP.98.05 3,101 0 2003-03-05 100,00<br />
BPA.SUB.96 3,0625 0<br />
BTA.TOPS97 3,418 0 2003-02-17 80,00<br />
M.LEA.1E98 3,25 0<br />
M.LEA.2E98 3,125 0<br />
DBLEASIN94 3,0625 0 2003-02-27 99,00<br />
BCP.SUB.95 3,5 0 2003-02-27 98,50<br />
CR.1E.1S98 3,6875 0 2000-02-14 100,00<br />
V.ALEGRE05 3,291 0<br />
CCCAM...96 3,2738 0 2003-02-28 99,00<br />
B.MELLO95S 3,3125 0 2002-09-13 99,10<br />
BNC.SUB.97 3,5 0 2002-09-16 97,00<br />
BNCTXVAR99 3,343 0 2003-01-28 100,00<br />
FINANTIA95 3,1875 0 2002-11-18 98,50<br />
CHE.RM1.98 0,0 0 2002-11-12 100,62<br />
CHE.CG1.98 0,0 0 2000-03-24 103,80<br />
TECN.J/SUP 9,75 0 1996-02-27 100,00<br />
M.COMPA.98 3,337 0<br />
SODIM-TV97 3,5 0 2001-08-17 100,00<br />
GDL.TX.V98 2,731 0 2001-04-10 99,97<br />
SACOR M.97 3,125 0 2003-02-10 98,79<br />
CPP.TOPS97 3,418 0 2003-01-22 75,00<br />
IMO.98-1.E 2,9192 0 2001-01-11 99,90<br />
IMO.98-2.E 3,311 0 2002-01-25 97,02<br />
SECI/CMP95 2,75 0 2003-03-06 99,85<br />
BNU.SUB.98 3,375 0 2003-02-25 93,90<br />
HELLER981E 2,75 0<br />
BNU.1.E.9 0,0 0<br />
BSPE.EQU99 0,0 0 2003-03-07 101,37<br />
BSP.E.FU99 3,752 0 2003-02-28 82,78<br />
BII-1.S.95 2,875 0 2000-05-02 100,00<br />
CMP/97 2,932 0 1998-07-16 99,50<br />
CHE.CG2.98 0,0 0 2001-05-31 101,25<br />
MOT.COMP04 3,<strong>48</strong>7 0<br />
BNUCXSUB97 3,3125 0 2002-12-31 97,61<br />
SONAEIM/98 3,049 0 2002-02-25 98,50<br />
BES.SUB.98 3,494 0 2001-11-16 99,58<br />
BFB-SUB.97 2,9375 0 2000-06-29 100,00<br />
BPI-O.C.94 3,909 0 2002-12-18 100,00<br />
BPI-C.Z.95 0,0 0<br />
BPI-C.Z.96 0,0 0<br />
BPI.PERP96 3,683 0 2003-01-07 99,00<br />
BPI.SUB.96 3,1875 0 2003-02-17 99,10<br />
BPIRF.5.00 4,4 0 2001-10-26 101,16<br />
MUNDICEN97 3,5625 0 2002-02-11 99,90<br />
BPIZEURO07 0,0 0 2003-03-05 101,09<br />
SOMAGUE/97 3,75 0 2003-03-06 100,00<br />
SOMA.WA.98 2,591 0 2003-01-15 67,25<br />
GAS POR.97 3,0 0 2001-11-12 99,60
PUB
40 <strong>Diário</strong> <strong>Económico</strong> Quinta-feira 3 Dezembro 2009<br />
INOVAÇÃO & TECNOLOGIA<br />
TECNOLOGIA<br />
Investigadores suecos e italianos criam<br />
mão robótica que consegue sentir<br />
Investigadores da Lund University, na Suécia, e da Scuola Superiore<br />
Sant’Anna, em Itália criaram a Smarth Hand, uma mão robótica que<br />
permite sentir. A Smart Hand, que demorou dez anos a ser desenvolvida, é<br />
uma prótese que usa quatro motores e quarenta sensores. A tecnologia<br />
permite efectuar movimentos mais naturais e recolher informações sobre<br />
os objectos tocados. De acordo com os investigadores, a Smart Hand envia<br />
sinais para o cérebro o que dá uma sensação mais realista aos utilizadores.<br />
Tudo o que precisa de<br />
saber antes de comprar<br />
uma máquina digital<br />
Õ que pretende fazer com a sua máquina e os montantes que está disposto<br />
a pagar são as perguntas que tem de fazer antes da compra.<br />
Hugo Real<br />
hugo.real@economico.pt<br />
Antes de avançar para a compra<br />
de uma máquina digital é melhor<br />
definir bem o que pretende.<br />
É que apesar de todas as câmaras<br />
tirarem fotografias, as diferenças<br />
entre os equipamentos disponíveis<br />
no mercado são muitas.<br />
Quanto quer pagar e que tipo<br />
de trabalho quer fazer com a<br />
máquina são as duas perguntas<br />
a que tem de conseguir dar resposta<br />
antes de se deslocar a uma<br />
loja. E se a resposta à primeira<br />
questão pode ser fácil, no caso<br />
da segunda é bastante mais<br />
complicado.<br />
A primeira separação que<br />
deve fazer é se pretende ser<br />
conduzido ou conduzir a sua<br />
máquina. No primeiro caso,<br />
deve optar por uma câmara<br />
compacta ou subcompacta, que<br />
realizam bons trabalhos e podem<br />
ser compradas a preços razoáveis.<br />
Se quer ocupar o lugar<br />
de condutor, mais próximos dos<br />
verdadeiros profissionais, a opção<br />
deve recair por uma máquina<br />
com controlos manuais e<br />
com uma boa objectiva.<br />
De resto, a objectiva é um dos<br />
elementos mais importantes a<br />
ter em conta, muito mais do que,<br />
por exemplo, os famosos ‘megapixels’.<br />
Isto porque é indiferente<br />
ter10ou12megapixelsseaqualidade<br />
da objectiva não for boa.<br />
Uma objectiva de má qualidade é<br />
sempre sinónimo de fotografias<br />
de má qualidade. Assim, deve<br />
procurar equipamentos com as<br />
objectivas com a maior abertura<br />
(quanto mais baixo o número “f”<br />
melhor) e com o maior ângulo<br />
que o seu orçamento permitir.<br />
Antes de fechar negócio tente<br />
também experimentar várias<br />
máquinas e opte por aquela que<br />
o fizer sentir mais confortável. É<br />
também importante investir<br />
SUGESTÕES <strong>DE</strong> COMPRA<br />
Canon S90<br />
A câmara compacta da Canon<br />
pode ser comprada por 495<br />
euros. A máquina de 25-105mm<br />
(equivalente a uma 35mm), está<br />
equipada com uma lente f2.0.<br />
Uma boa escolha para iniciantes.<br />
Sony Cyber-Shot DSC-TX1<br />
Com uma resolução de 10,2<br />
megapixels, a máquina da Sony<br />
tem um sensor “Exmor R” de 10,6<br />
mm que reforça a sensibilidade e<br />
reduz o ruído da imagem. A<br />
câmara custa 379 euros.<br />
Olympus Reflex E620 e<br />
objectiva Zuiko Digital<br />
A Olympus é uma SLR com um<br />
sensor 14-42mm e uma objectiva<br />
f3.5-5.6. Esta é uma boa máquina<br />
para quem se quiser iniciar na<br />
fotografia SLR sem gastar muito<br />
dinheiro. O preço, que inclui uma<br />
objectiva Zuiko, é de 829 euros.<br />
INTERNET<br />
eBay condenado a pagar 2,6 milhões<br />
de dólares à marca Louis Vuitton<br />
A empresa de leilões ‘online’ eBay foi condenada por um tribunal francês<br />
condenou a pagar 2,6 milhões de dólares à Louis Vuitton, pela venda de<br />
1.300 produtos registados com a marca, que inclui nomes como Christian<br />
Dior, Guerlain, Givenchy e Kenzo. De acordo com a Louis Vuitton, esta<br />
decisão protege o mercado de práticas desleais, ao mesmo tempo<br />
que “assegura a qualidade” dos produtos. Já o eBay considera que a<br />
multa é excessiva, argumentando que a decisão penaliza o consumidor.<br />
numa câmara que domine. Ou<br />
seja, não compre um equipamento<br />
que não sabe usar, já que<br />
vai registar uma perda dupla: o<br />
dinheiro pago e as fotos que não<br />
vai tirar porque está perdido nos<br />
menus, enquanto tenta ajustar<br />
as definições da máquina.<br />
Tipos de câmara<br />
Actualmente, existe uma ampla<br />
variedade de câmaras digitais. No<br />
início da “cadeia alimentar” surgem<br />
os equipamentos ‘subcompactos’.<br />
Ou seja, máquinas leves<br />
e pequenas (perfeitas para colocar<br />
no bolso das calças). No entanto,<br />
nestas máquinas dificilmente<br />
encontra controlos manuais<br />
e, apesar de mais pequena,<br />
geralmente são mais caras do que<br />
os modelos do segmento ‘compacto’.<br />
Estas oferecem uma<br />
maior capacidade de ‘zoom’ e um<br />
ecrã LCD de maior dimensão. A<br />
maioria são concebidas para as<br />
fotos ‘point-and-shoot’ (apontar<br />
e disparar), mas algumas já incluem<br />
alguns controlos manuais.<br />
Num nível superior surgem as<br />
máquinas do segmento ‘superzoom’.<br />
Isto porque estes modelos,<br />
por regra, estão equipados<br />
comumzoomópticoaté10x.<br />
Esta característica torna estas<br />
câmaras uma boa escolha para<br />
pessoas que gostam de fotografar<br />
eventos desportivos ou a natureza.<br />
Normalmente são mais<br />
volumosas que as compactas.<br />
De seguida surgem as ‘câmaras<br />
para entusiastas’. Mais pequenas<br />
que as ‘super zoom’, estes<br />
equipamentos oferecem<br />
umagrandevariedadedecontrolos<br />
manuais, que permitem<br />
dominar a câmara.<br />
No topo da cadeia surgem as<br />
SLR. Equipadas com objectivas<br />
de grande capacidade e versatilidade,permitemvariarentrea<br />
foto automática ou um controle<br />
100% manual.■<br />
PERGUNTAS A FAZER<br />
● Antes de fechar a compra<br />
experimente várias máquinas e<br />
faça algumas perguntas para ter<br />
a certeza que compra o produto<br />
adequado às suas necessidades.<br />
● Qual a focal da lente? Um<br />
zoom grande angular de 28mm<br />
é o mínimo que deve procurar.<br />
● Qual a melhor abertura?<br />
Quanto mais baixo o número<br />
“f” melhor. A maior parte<br />
das câmaras compactas e<br />
subcompactas não vão além<br />
de f3.5. As melhores objectivas<br />
para SLR podem atingir f1.2.<br />
● Memória: A maior parte das<br />
máquinas utiliza cartões SD,<br />
sendo que algumas utilizam<br />
cartões CompactFlash ou xD.<br />
Em qualquer dos casos o ideal<br />
é ter mais do que um cartão<br />
na mala de viagem.<br />
A Louis Vuitton diz que a decisão vai<br />
“assegurar a qualidade” dos produtos.<br />
PORTUGUESES COMPRAM 395
PORTÁTEIS<br />
Asus prepara lançamento<br />
de portátil a três dimensões<br />
A Asus está a preparar o lançamento de dois portáteis 3D, utilizando<br />
a tecnologia 3D Vision da Nvidia. A empresa vai apostar num modelo<br />
de topo, o G51J, e um de gama mais baixa, o UL50VS. Os portáteis<br />
devem chegar ao mercado em Janeiro, embora ainda se desconheça<br />
a disponibilidade para Portugal. Bem Berraondo, porta-voz da Nvidia,<br />
afirma que a oferta da Asuséamelhor do mercado, já que utiliza todas<br />
as capacidades tecnológicas que estão actualmente disponíveis.<br />
MIL COMPUTADORES ENTRE JULHO E SETEMBRO<br />
SOFTWARE<br />
Dell experimenta sistema<br />
operativo do Google em portáteis<br />
A Dell anunciou que instalou, com sucesso, uma versão do Chrone,<br />
o sistema operativo do Google, nos seus ‘netbooks’ Mini 10V. Após o teste,<br />
os engenheiros da Dell deram nota positiva ao Chrone, nomeadamente<br />
aos 12 segundos que o sistema operativo necessita para arrancar.<br />
De recordar que a Acer já anunciou que quer lançar no segundo semestre<br />
de 2010 um ‘netbook’ equipado com o sistema do Google, de forma<br />
a ser o primeiro fabricante a disponibilizar a solução.<br />
Charles Platiau /Reuters<br />
No terceiro trimestre<br />
de 2009 os portugueses<br />
compraram 394,5<br />
mil computadores,<br />
o que significa um<br />
crescimento de 3,6%<br />
face aos mesmos meses<br />
do ano passado. Neste<br />
período, a HP<br />
destacou-se, ao vender<br />
115 mil equipamentos.<br />
No segundo lugar surge<br />
a Toshiba, que lidera<br />
agamadeportáteis,<br />
com mais de 74 mil<br />
unidades vendidas.<br />
Acer,JPSáCouto<br />
e Asus ocupam as<br />
restantes posições<br />
no ‘top 5’. De acordo<br />
com os dados da IDC,<br />
o maior crescimento<br />
verificou-se<br />
nos computadores<br />
de mesa, cujas vendas<br />
aumentaram 8,9%,<br />
para cerca de 77 mil<br />
unidades. Já as vendas<br />
de portáteis cresceram<br />
2,4%, para um total<br />
superior a 317 mil<br />
computadores. Gabriel<br />
Coimbra, director<br />
do departamento de<br />
investigação da IDC<br />
Portugal, diz que o<br />
“enfraquecimento das<br />
vendas de portáteis”<br />
se deve “ao natural<br />
abrandamento das<br />
entregas dos programas<br />
e.Escola e<br />
e.Escolinha”. O<br />
responsável destaca<br />
ainda o dinamismo do<br />
mercadode‘desktop’,<br />
“influenciado pela<br />
entrega das últimas<br />
unidades no âmbito<br />
do <strong>Plano</strong> Tecnológico<br />
da Educação”.<br />
ANTÓNIO VIDIGAL<br />
Presidente Executivo da EDP Inovação<br />
“A legend in his own lifetime” –<br />
uma lenda ainda em vida – expressãoamericanaqueapoucos<br />
se aplica. Porque, afinal, poucos<br />
como Michael Graetzel se podem<br />
orgulhar de ter, em vida,<br />
uma tecnologia baptizada com<br />
o próprio nome.<br />
O que deu notoriedade a<br />
Graetzel foi ter inventado uma<br />
célula fotovoltaica inspirada na<br />
função de fotossíntese das plantas.<br />
Na natureza, as moléculas<br />
de clorofila absorvem a luz, predominantemente<br />
nas bandas<br />
vermelhaeazuldoespectro.A<br />
energia absorvida começa por<br />
arrancar um electrão da clorofila,<br />
após o que o electrão é transportado<br />
para fora da clorofila<br />
graças à intervenção de moléculas<br />
de outro tipo. É este o mecanismo<br />
que a célula de Graetzel<br />
procura replicar.<br />
As células de Graetzel, também<br />
conhecidas como células<br />
DSC (“Dye-sensitized cells” -<br />
Células sensibilizadas com corante),<br />
são células fotovoltaicas<br />
de 3ª geração, consideradas<br />
muito promissoras, porque<br />
abrem a possibilidade de se<br />
conseguir fazer baixar substancialmente<br />
o custo de fabrico<br />
dos módulos fotovoltaicos.<br />
Porque, ao contrário das células<br />
das gerações anteriores, não<br />
usam materiais caros, como o<br />
silício, nem precisam de equipamento<br />
complexo para o seu<br />
fabrico, havendo a expectativa<br />
de se conseguir módulos com<br />
um custo de apenas 0,5 euros/Wp<br />
ou 60 euros/m2.<br />
São módulos da família do<br />
‘thin-film’ (película fina), onde<br />
a corrida não é ao aumento de<br />
eficiência, mas sim à diminuição<br />
dos custos e à flexibilidade<br />
de utilização. No caso das células<br />
DSC o objectivo é obteremse<br />
eficiências na gama dos 8% a<br />
11%, o que compara com valores<br />
da ordem dos 18% no caso<br />
do silício cristalino. Mas, as célulasdeGraetzel,têmumgrande<br />
número de vantagens face às<br />
tradicionais células de silício.<br />
Além de serem mais baratas e<br />
Quinta-feira 3 Dezembro 2009 <strong>Diário</strong> <strong>Económico</strong> 41<br />
OGooglevaientrarnomercadodos<br />
‘netbooks’ dominado pela Microsoft.<br />
As células de Graetzel<br />
e o projecto SolarSel<br />
fáceis de produzir, têm uma<br />
grande flexibilidade de utilização,<br />
porque funcionam melhor<br />
do que as outras tecnologias em<br />
condições de luz difusa, não<br />
precisando que a luz incida directamente<br />
sobre elas. Além<br />
disso, são semi-transparentes<br />
podendo ser utilizadas em<br />
substituição dos vidros das janelas<br />
e podem, também, ser<br />
produzidas com corantes de várias<br />
cores e assim ser utilizadas<br />
no revestimento de edifícios<br />
como elemento decorativo.<br />
Mas ainda existem problemas<br />
a resolver! Um dos principais, é<br />
melhorar a selagem das células,<br />
assegurando a sua estabilidade a<br />
longo prazo em condições de<br />
temperatura elevada. São estes<br />
os problemas que o projecto SolarSel<br />
se propõe resolver. O projecto,<br />
que é apoiado pelo QREN,<br />
equecontacomacolaboração<br />
do próprio Michael Graetzel, é<br />
liderado pela Efacec e integra<br />
também, a Feup, a CIN, a CUF-<br />
QIeaEDPInovaçãoese,como<br />
se espera, tiver êxito, trará para<br />
Portugal uma forte vantagem<br />
comparativa.<br />
Se o projecto<br />
tiver êxito trará<br />
para Portugal<br />
uma forte vantagem<br />
competitiva.<br />
Com efeito, os países Lusófonos<br />
têm condições naturais especialmente<br />
adequados à utilização<br />
de energia fotovoltaica,<br />
pelo que o desenvolvimento de<br />
um ‘cluster’ industrial nesta<br />
área é especialmente indicado.<br />
Apostar em tecnologias disruptivas,<br />
de nova geração, parece<br />
ser uma melhor escolha do que<br />
tentar encontrar vantagem,<br />
numa melhoria incremental,<br />
sobre uma tecnologia já madura.<br />
E as células de Graetzel podem<br />
ser uma das formas de o<br />
conseguir! ■
42 <strong>Diário</strong> <strong>Económico</strong> Quinta-feira 3 Dezembro 2009<br />
<strong>DE</strong>STAQUE2<br />
<strong>DE</strong>STAQUE O FUTURO DAS REFORMAS<br />
Corte nas pensões<br />
obriga a descontos<br />
adicionais de 4 a 6%<br />
Quem quiser neutralizar o efeito do aumento da esperança de vida na pensão<br />
terá de abrir os cordões à bolsa e fazer também descontos para um PPR.<br />
Denise Fernandes<br />
e Manuel Esteves<br />
denise.fernandes@economico.pt<br />
Com as novas regras da Segurança<br />
Social, aprovadas pelo<br />
anterior Governo em 2006, os<br />
trabalhadores terão de fazer<br />
descontos adicionais (além dos<br />
11% obrigatórios para a Segurança<br />
Social) para fundos<br />
complementares se quiserem<br />
manter inalterado o valor da<br />
pensão sem terem de trabalhar<br />
além dos 65 anos. Esta contribuição<br />
adicional para fundos<br />
públicos ou privados terá de se<br />
aproximar, em média, dos 6%<br />
do salário caso a reforma ocorra<br />
em 2020. Porém, o desconto<br />
émenor,próximode4%,caso<br />
a saída da vida activa aconteça<br />
apenas em 2030.<br />
As contas, feitas a pedido do<br />
<strong>Diário</strong> <strong>Económico</strong> pela consultora<br />
Pereira da Silva, Pedro<br />
Corte Real e Associados, reflectem<br />
o valor provisório avançado<br />
terça-feira pelo Instituto<br />
Nacional de Estatística (INE)<br />
para a esperança média de vida<br />
em 2009, valor que, desde<br />
2008, pesa no cálculo das pensões<br />
pagas pela Segurança Social.<br />
Segundo o organismo oficial<br />
de estatística, as pessoas<br />
com65anoscontamcomuma<br />
esperança média de vida de 18,2<br />
anos, o que significa que, quem<br />
se reformar em 2010, terá já um<br />
cortede1,65%nasuapensão.<br />
Um ano antes, a esperança média<br />
de vida era de 18,13 anos, o<br />
que implicou, na altura, uma<br />
redução na pensão de 1,32%. E<br />
segundo todas as projecções, a<br />
tendência é para continuar a<br />
aumentar.<br />
Alternativa é trabalhar<br />
até mais tarde<br />
O impacto da esperança média<br />
de vida no cálculo da pensão<br />
(através do polémico factor de<br />
sustentabilidade) reduz progressivamente<br />
o valor da pensão<br />
ao longo dos anos. Quem<br />
quiser manter o valor da sua<br />
pensão tem, então, duas hipóteses:<br />
ou opta por descontar ao<br />
longo da vida activa para um<br />
fundo complementar ou, então,<br />
trabalha depois dos 65<br />
anos de idade.<br />
No fundo, a reforma da Segurança<br />
Social veio aumentar<br />
a idade de aposentação, mas<br />
com carácter facultativo. Segundo<br />
os dados oficiais, as<br />
contas até são simples de fazer.<br />
Para quem tiver carreira<br />
completa (ou seja, descontos<br />
de 40 anos), um mês de trabalho<br />
permite compensar um<br />
cortede1%.Seocorteforentre1%e2%(comoéocaso<br />
em 2010), então o trabalhador<br />
tem de descontar durante dois<br />
meses. E assim sucessivamente<br />
(ver tabela). Caso a esperança<br />
média de vida registe<br />
uma evolução linear idêntica à<br />
verificada entre 2007 e 2009,<br />
as pessoas que tenham começado<br />
a trabalhar no início deste<br />
milénio terão de trabalhar<br />
mais 21 meses. O tempo de<br />
trabalho adicional é tanto<br />
maior quanto menor for a carreira<br />
contributiva.<br />
Tendo em conta que a esmagadora<br />
maioria dos portuguesesvivecomodinheirocontado,<br />
é natural que opte por trabalhar<br />
mais, pagando o nível<br />
obrigatório das contribuições<br />
sociais (11%). ■<br />
Homem de 40 anos tem de poupar 123,4 mil euros até à reforma<br />
Um homem de 40 anos e com<br />
carreira contributiva completa<br />
terá de acumular até 123,4 mil<br />
euros a partir de agora e até à<br />
idade da reforma para conseguir<br />
ter uma pensão aos 65 anos de<br />
idade que equivalha a 80% do<br />
seu último salário (equivalente à<br />
pensão completa). No caso de<br />
uma mulher, o valor aumenta<br />
paracercade1<strong>48</strong>mileuros,já<br />
que as seguradoras têm em<br />
PROJECÇÃO ATÉ 2040<br />
Impacto na pensão e trabalho<br />
extra para compensar corte.<br />
Corte na Tempo adicional<br />
pensão de trabalho para<br />
compensar o corte<br />
2010 -2,2 3 meses<br />
2015 -5,1 6 meses<br />
2020 -8,0 8 meses<br />
2025 -11,0 11 meses<br />
2030 -14,1 15 meses<br />
2035 -17,2 18 meses<br />
2040 -20,5 21 meses<br />
*Admitindo que a evolução futura é igual à média<br />
dos últimos três anos e assumindo que o trabalhador tem<br />
uma carreira completa.<br />
Fonte: <strong>DE</strong>.<br />
conta que a esperança média de<br />
vidadasmulheresémaiselevada<br />
emcercade20%queados<br />
homens, explica Diogo Teixeira,<br />
administrador da Optimize. Isso<br />
significaria para o homem um<br />
esforço mensal de 14% do seu<br />
salário num “PPR Garantido” com<br />
rendibilidade média anual de<br />
1,5% acima da inflação. Para a<br />
mulher esse desconto adicional<br />
teria de ser de 17,1%, avançam as<br />
simulações da Optimize,<br />
sociedade gestora especializada<br />
em produtos de poupança e<br />
investimento para a reforma.<br />
Trocado por euros e tendo como<br />
exemplo um salário de dois mil<br />
euros, o esforço mensal para o<br />
homem seria de 280 euros<br />
mensais. Já a mulher teria de<br />
poupar cerca de 340 euros todos<br />
os meses para manter uma<br />
pensão “completa”. D.F.<br />
ESPERANÇA <strong>DE</strong> VIDA<br />
AOS65ANOS<br />
As estimativas do INE apontam<br />
para um crescimento sistemático<br />
do número de anos de vida dos<br />
portugueses.<br />
18,5<br />
18,0<br />
17,5<br />
17,0<br />
FACTOR <strong>DE</strong><br />
SUSTENTABILIDA<strong>DE</strong><br />
O factor de sustentabilidade<br />
reflecte os ganhos na esperança<br />
média de vida em Portugal,<br />
apurados pelo INE.<br />
0,0<br />
-0,5<br />
-1,0<br />
-1,5<br />
-2,0<br />
2003/05 2004/06 2005/07 2006/28 2007/09<br />
Fonte: INE<br />
Fonte: <strong>DE</strong>.<br />
2007<br />
2008<br />
2009<br />
Portugueses têm de escolher<br />
entre três opções: receber<br />
pensões mais baixas, descontar<br />
mais ou trabalhar mais tempo.
PONTOS-CHAVE<br />
A esperança média de<br />
vida, no período entre<br />
2007 e 2009, situou-se nos<br />
18,2 anos. A isto corresponde<br />
um factor de sustentabilidade<br />
de 1,65%.<br />
Os trabalhadores que se<br />
reformam no próximo ano<br />
podem trabalhar mais dois<br />
meses para evitar o corte de<br />
1,65% no valor das suas<br />
reformas.<br />
Paulo Alexandre Coelho<br />
A Segurança Social tem<br />
à disposição dos<br />
trabalhadores um fundo público<br />
complementar ao regime<br />
obrigatório. Bancos e seguradoras<br />
também têm ofertas.<br />
Quinta-feira 3 Dezembro 2009 <strong>Diário</strong> <strong>Económico</strong> 43<br />
Saiba como pode<br />
garantir o futuro<br />
da sua pensão<br />
Novas regras visam assegurar<br />
a sustentabilidade da Segurança<br />
Social a longo prazo.<br />
Denise Fernandes<br />
denise.fernandes@economico.pt<br />
Conheça ao pormenor as novas<br />
regras da Segurança Social que<br />
penalizam as pensões e que estão<br />
em vigor desde 2008.<br />
1<br />
OQUEÉOFACTOR<strong>DE</strong><br />
SUSTENTABILIDA<strong>DE</strong>?<br />
É o rácio entre a esperança médiadevidaaos65anosdeidade<br />
em 2006 e a esperança média de<br />
vida aos 65 anos verificada no<br />
ano anterior ao pedido da pensão.<br />
O objectivo deste factor é<br />
tornar o sistema de Segurança<br />
Social sustentável, devido ao<br />
envelhecimento da população.<br />
Na prática, este factor determina<br />
reduções progressivas no valor<br />
das reformas ao longo dos anos,<br />
sendo menos penalizados aquelesqueestiveremactualmente<br />
mais perto da reforma.<br />
2<br />
O QUE MUDA NO CÁLCULO DA<br />
PENSÃO?<br />
Asnovasregrasprevêemqueos<br />
inscritos na Segurança Social a<br />
partir de 2002 passam a ver calculada<br />
a sua pensão com base em<br />
toda a carreira contributiva. Se esta<br />
fórmula for mais favorável, também<br />
se aplica às pensões de todos<br />
aqueles que começaram a trabalhar<br />
mais cedo. Já para quem começou<br />
a trabalhar antes de 2002, a<br />
pensão é calculada com base em<br />
toda a carreira mas contam para a<br />
pensão os dez melhores dos últimos<br />
15 anos (fórmula antiga).<br />
3<br />
COMO COMPENSAR A<br />
PENALIZAÇÃO?<br />
O corte pela aplicação do factor<br />
de sustentabilidade pode ser<br />
compensado de duas formas,<br />
representando um esforço maior<br />
do trabalhador que terá de trabalhar<br />
mais tempo (cerca de 5<br />
meses por cada década que passa,segundooGoverno)oude<br />
fazer descontos maiores durante<br />
o tempo de vida activa, seja para<br />
fundos privados ou para o regime<br />
de capitalização público.<br />
4<br />
QUALÉOBÓNUSPOR<br />
TRABALHAR MAIS?<br />
Se optar por trabalhar mais anos<br />
para além dos 65 de idade, terá<br />
um bónus na pensão que varia<br />
consoante a carreira contributiva.<br />
Caso tenha entre 15 a 24 anos<br />
de descontos para a Segurança<br />
Social terá uma bonificação<br />
mensal de 0,33% na sua pensão.<br />
Essa bonificação aumenta se tiver<br />
mais anos de contribuições.<br />
Caso tenha a carreira contributiva<br />
completa (40 anos) e opte<br />
porcontinuaratrabalharterá<br />
mais 1% de bonificação mensal.<br />
5<br />
OQUEÉOREGIME<strong>DE</strong><br />
CAPITALIZAÇÃO PÚBLICO?<br />
São os chamados PPR do Estado.<br />
O trabalhador opta por descontar<br />
uma determinada percentagem<br />
do seu salário para uma<br />
conta individual pública que<br />
será capitalizada ao longo dos<br />
anos. Estes descontos adicionais<br />
podem ser acumulados com PPR<br />
privados, o que permitirá um<br />
pé-de-meia maior no final da<br />
vida activa. Quanto mais cedo<br />
começar a poupar, melhor.<br />
6<br />
COMO POSSO SABER QUAL<br />
SERÁ O VALOR DA MINHA<br />
REFORMA?<br />
Através do site da Segurança<br />
Social Directa (www.seg-social.pt)<br />
é possível calcular,<br />
atravésdeumsimulador,nãosó<br />
o valor da pensão, como também<br />
ter acesso ao histórico de<br />
remunerações. ■<br />
Viver durante mais<br />
tempo traz custos<br />
para a Segurança<br />
Social. A opção<br />
étrabalharou<br />
descontar mais.
44 <strong>Diário</strong> <strong>Económico</strong> Quinta-feira 3 Dezembro 2009<br />
<strong>DE</strong>STAQUE2<br />
<strong>DE</strong>STAQUE O FUTURO DAS REFORMAS<br />
Portugueses admitem<br />
que não pensam na reforma<br />
Os portugueses poupam pouco e começam tarde. Mas, quando dois terços dos<br />
agregados familiares vivem com menos de 1.150 euros, poupar é um desafio.<br />
Marta Marques Silva<br />
marta.marquessilva@economico.pt<br />
A maioria dos portugueses<br />
tem consciência de que, com a<br />
chegada da reforma, aumentam<br />
as dificuldades económicas. No<br />
entanto, a maioria admite que<br />
praticamente não pensa sobre a<br />
questão e entrega ao Governo o<br />
ónus de proporcionar às pessoas<br />
um nível de vida adequado depois<br />
da reforma. Estas são apenas<br />
algumas das conclusões retiradas<br />
do “Inquérito sobre opiniões<br />
e atitudes dos portugueses<br />
face à poupança/reforma”, um<br />
estudo realizado pelo ISCTE e<br />
promovido pela Fidelidade<br />
Mundial.<br />
As novas regras de cálculo das<br />
pensões de reforma entrararam<br />
em vigor em Janeiro de 2007. E,<br />
desde então, têm sido muitos os<br />
alertas de entidades públicas e<br />
privadas para a perda de poder<br />
de compra que as novas pensões<br />
irão acarretar. Apesar disso, e da<br />
maioria dos estudos apontarem<br />
para perdas de 25% a 50% do<br />
salário no momento da reforma<br />
(pormeadosde2050),maisde<br />
22% dos entrevistados estimam<br />
que o valor da reforma chegará<br />
aos 80% do último salário, e<br />
quase 13% acreditam mesmo<br />
que irão continuar a receber<br />
100% ou mais. No entanto, os<br />
portugueses demonstram pouca<br />
confiança no sistema de segurança<br />
social, uma vez que apenas<br />
um quarto dos inquiridos<br />
acredita que a segurança social<br />
ainda vai estar a funcionar adequadamente<br />
quando chegar a<br />
altura de se reformar.<br />
Ou seja, os portugueses têm<br />
consciência das dificuldades<br />
económicas que chegam com a<br />
reforma (52,7%) mas preferem<br />
Para a larga maioria<br />
dos portugueses,<br />
oGovernoéo<br />
principal responsável<br />
por lhes proporcionar<br />
um nível de vida<br />
adequado depois<br />
da reforma.<br />
não pensar nisso (<strong>48</strong>,8%). A<br />
maioria dos portugueses não<br />
acredita na sustentabilidade do<br />
sistema de segurança social mas<br />
entrega ao Governo a responsabilidade<br />
pelo seu nível de vida<br />
após a reforma (64,3%). Aliás,<br />
apenas 13,8% dos inquiridos<br />
neste estudo assume como sua a<br />
principal responsabilidade de<br />
garantir um nível de vida adequado<br />
depois de deixar a vida<br />
activa.<br />
Quase metade das poupanças<br />
aplicadas em depósitos de curto-prazo<br />
Apenas 10,3% das pessoas<br />
consultadas neste estudo já<br />
constituiram um <strong>Plano</strong> Poupança<br />
Reforma, e destes mais de<br />
35% iniciaram a sua subscrição<br />
quando tinham entre 40 a 49<br />
anos e 31,5% iniciaram-no<br />
quando tinham entre 30 a 39<br />
anos. Em termos de capitalização<br />
de juros o factor tempo é<br />
fundamental e são vários os estudos<br />
que demonstram bem a<br />
diferençadovaloràdataderesgate<br />
de um PPR iniciado aos 25<br />
ou aos 45 anos anos de idade.<br />
Em termos indicativos, alguém<br />
que subscreva um PPR com 45<br />
anos de idade necessita de fazer<br />
entregas mensais no valor de<br />
cerca de 72 euros para ter o<br />
mesmo valor de capital à data<br />
da reforma de alguém que constituiu<br />
o PPR aos 25 anos com<br />
entregas mensais de 25 euros.<br />
Ora, de acordo com este estudo,<br />
apenas 23,3% da amostra considera<br />
que a idade ideal para começar<br />
a poupar é entre os 20 e<br />
os 29 anos, enquanto 24,8%<br />
aponta para o intervalo 30-39<br />
anos e 20,1% dizem mesmo que<br />
a idade ideal deve ser a partir<br />
dos 40 anos.<br />
Tudo somado, mais de metade<br />
dos inquiridos (54,7%) ainda<br />
não fez nenhuma poupança voluntária<br />
para a reforma, além<br />
dos descontos obrigatórios para<br />
a segurança social. E, entre estes,<br />
as modalidades de poupança<br />
mais utilizadas são as contas de<br />
depósito a curto-prazo (45,7%)<br />
eacontasdedepósitoamédio/longo<br />
prazo (26,7%). Falta<br />
de informação ou falta de dinheiro?<br />
Provavelmente ambas.<br />
Dois terços dos inquiridos com<br />
rendimento mensal líquido inferior<br />
a 1.000 euros<br />
Não é fácil poupar quando,<br />
depois de pagar todas as despesas<br />
fixas, o rendimento disponívelseresumea10%oumenos<br />
do rendimento líquido mensal<br />
(é o caso de 42,9% dos entrevistados).<br />
Ainda mais quando 64%<br />
dos inquiridos tem um salário<br />
líquido mensal inferior a 1.000<br />
euros. O cenário não melhora<br />
quando analisados os agregados<br />
familiares: mais de um terço<br />
(35,2%) tem um rendimento familiar<br />
líquido inferior a 1.150<br />
euros. Daí que, quem poupa, fálo<br />
com menos de 5% do seu<br />
rendimento líquido (29,3%) ou<br />
com valores que se situam entre<br />
os 5% e os 10% do salário líquido<br />
(36,2%).<br />
São uma minoria aqueles que<br />
consideram que o rendimento<br />
familiar lhes permite viver confortavelmente<br />
(15,4%) e, em<br />
contrapartida, uma maioria os<br />
que apenas conseguiriam poupar<br />
todos os meses para a reforma<br />
caso abdicassem de aspectos<br />
importantes para a sua felicidade<br />
actual (62,4%). Sacrificar o<br />
presente em função do futuro?<br />
Apenas 22,9% dizem estar dispostos<br />
a tal esforço. ■<br />
QUANDO A ESTRATÉGIA É ES<br />
Especial<br />
Poupança<br />
e<br />
Reforma<br />
Todos os dias desta semana,<br />
no <strong>Diário</strong> <strong>Económico</strong>.<br />
Infografia: Mário Malhão | mario.malhao@economico.pt
CON<strong>DE</strong>R A CABEÇA NA AREIA<br />
JOÃO DUQUE<br />
Professor Catedrático, Presidente do ISEG e membro do júri do Prémio Inovação Reforma<br />
Poupar até morrer<br />
Todos conhecem bem a fábula<br />
dacigarraedaformiga.Porquê<br />
evocá-la? Porque, se tomarmos<br />
em consideração a situação actual<br />
do sistema de segurança<br />
social português, o estado das<br />
finanças públicas nacionais, a<br />
actual taxa de esforço fiscal que<br />
é imposta aos portugueses, e<br />
ainda a evolução expectável da<br />
demografia portuguesa, penso<br />
que mais do que nunca faz sentido<br />
recordar a sábia atitude da<br />
formiga. Senão vejamos.<br />
O actual sistema de segurança<br />
social português é basicamente<br />
um sistema redistributivo<br />
em que as contribuições dos<br />
activos de hoje são praticamente<br />
todas redistribuídas pelos que<br />
hoje delas necessitam. Isto é,<br />
quase não resta folga para a capitalização.<br />
O sistema actual<br />
distribui quase a totalidade do<br />
Penso que serei um<br />
felizardo se conseguir<br />
uma reforma a<br />
rondar os 50% do<br />
último salário dentro<br />
de 22 anos quando<br />
me reformarem<br />
compulsivamente.<br />
que recolhe, não dando espaço a<br />
qualquerpoupançaparasefazer<br />
face à velhice dos que hoje<br />
descontam. Tal sistema, em que<br />
os novos de hoje irão viver dos<br />
novos de amanhã, não está errado<br />
desde que se verifiquem<br />
alguns pressupostos.<br />
Em primeiro lugar, desde que<br />
existam novos amanhã. Podem<br />
não ima<strong>gina</strong>r um Portugal deserto<br />
com poucos nativos mas,<br />
se continuarmos a nascer e a<br />
morrer aos ritmos de hoje, a população<br />
vai cair muito significativamente<br />
e podemos ter 8<br />
milhões de habitantes dentro de<br />
50 anos. Mais grave ainda, desses<br />
8 milhões, uma percentagem<br />
ainda maior do que a de<br />
hoje será composta por pessoas<br />
com idade superior a 65 anos.<br />
Bonito! Muitos menos para sustentar<br />
muitos mais!<br />
Ora isso pode também não ser<br />
problema se tivermos poupado<br />
até lá o suficiente para viver em<br />
parte dos rendimentos da poupança.<br />
Ora, a poupança realizada<br />
atéhojeequesecifraempoucos<br />
biliões de euros, não permitirá<br />
pagar mais do que uns meses de<br />
reformas em caso de cessarem os<br />
descontos dos activos para redistribuir<br />
aos reformados.<br />
Também se poderia invocar<br />
que mesmo sem poupança colectiva<br />
poderíamos agravar os<br />
habitantes do futuro com mais<br />
contribuições para sustentarem<br />
os velhos de então. Desenganem-se.<br />
Pois se hoje, quando se<br />
fala no agravamento das contribuições<br />
para a Segurança Social,<br />
logo se ouvem palavras defesa<br />
do adiamento da entrada em vigor<br />
desse “pseudo-imposto”,<br />
como é que acham que vão rea-<br />
Quinta-feira 3 Dezembro 2009 <strong>Diário</strong> <strong>Económico</strong> 45<br />
David Moir / Reuters<br />
Quando os problemas são<br />
complexos e de difícil<br />
resolução, a estratégia de<br />
muitos é enterrar a<br />
cabeça na areia. Esta<br />
imagem ajuda a descrever<br />
a forma como muitos<br />
portugueses continuam a<br />
(não) encarar a<br />
inevitabilidade de,<br />
aquando da reforma,<br />
passarem a receber muito<br />
menos do que<br />
actualmente.<br />
A fotografia foi tirada no<br />
mês passado, numa praia<br />
escocesa, aquando da<br />
reunião do G20. O grupo<br />
‘Put the People First’<br />
protestava contra uma<br />
proposta de Gordon<br />
Brown, que sugeriu criar<br />
um imposto sobre<br />
transacções financeiras<br />
de forma a poder<br />
financiar eventuais novos<br />
‘bailouts’ bancários.<br />
gir os que no futuro ainda por<br />
cima terão de reembolsar a dívida<br />
pública que insistimos em<br />
aumentar à razão de 1,7 milhões<br />
de euros à hora?<br />
Sem pé-de-meia feito hoje,<br />
sem condições para aumentar<br />
as contribuições dos futuros<br />
portugueses activos, com o número<br />
de idosos a crescer dia a<br />
dia, e com uma população activaadecrescerdiaadia,oresultado<br />
da equação só poderá ser<br />
um:reduzirasreformasfuturas.<br />
Penso que serei um felizardo<br />
se conseguir uma reforma a<br />
rondar os 50% do último saláriodentrode22anosquando<br />
me reformarem compulsivamente<br />
(à luz das leis de hoje). E<br />
depois de mim ainda será pior!<br />
Daí um conselho aos que ainda<br />
vão a tempo: poupem. E façam-no<br />
até morrer! ■
46 <strong>Diário</strong> <strong>Económico</strong> Quinta-feira 3 Dezembro 2009<br />
PUBLICIDA<strong>DE</strong> & MEDIA<br />
PATROCÍNIO<br />
Marcas reafirmam apoio a Tiger Woods<br />
apesar da “traição” do golfista<br />
A Nike, Gatorade e a Gillette anunciaram ontem que mantém o patrocínio<br />
com o número um do Golf mundial, Tiger Wood, apesar das<br />
“transgressões” do desportista. As posições públicas das marcas surgem<br />
depois do jornal “US Weekly” ter noticiado que Woods manteve um caso<br />
com uma empregada de bar, durante dois anos. Tiger Woods assumiu<br />
mais tarde no seu ‘site’ que “está longe de ser perfeito” e que “não tem<br />
sido verdadeiro com os seus valores”.<br />
Quatro Ouros, sete Pratas e cinco Bronzes foram entregues ontem nos Prémios à Eficácia 2009.<br />
Rebeca Venâncio<br />
rebeca.venancio@economico.pt<br />
No ano europeu da Criatividade,<br />
o mercado publicitário continua<br />
a provar que a crise não atingiu<br />
as boas ideias. Apesar de em<br />
menor número do que no passado,<br />
16 prémios foram ontem<br />
atribuídos pela Associação Portuguesa<br />
de Anunciantes (APAN)<br />
e o Grupo Consultores, nos Prémios<br />
Eficácia 2009.<br />
Distribuídos em oito categorias,<br />
os prémios incluíram oito<br />
galardões de ouro, sete de prata e<br />
cinco de bronze, com as agências<br />
Arena, Initiative, Fuel e Mediaedge:cia<br />
a subir mais vezes ao<br />
palco. O Grande Prémio Eficácia<br />
2009 foi atribuído à Seguros<br />
Logo, uma campanha das agências<br />
Mediaedge:cia, Brandia<br />
Central e Actual Sales.<br />
Na categoria de Produtos de<br />
Consumo Alimentar, o Ouro foi<br />
para a Young &Rubicam, pela<br />
campanha da Danone, seguido da<br />
Pampero pela Leo Burnett Lisboa.<br />
OBronzeficouparaaRasgoea<br />
“Super Bock Trade Made.”<br />
Nos Produtos de Consumo Não<br />
Alimentar, à semelhança dos Prémios<br />
Sapo, a campanha “Ícones”<br />
para a Ford Fiesta foi o vencedor<br />
do Ouro. Já em Telecomunicações<br />
e Media, a prata ficou para<br />
a TMN com a campanha da<br />
Fullsix “Ajuda o Tiago”, enquanto<br />
os seguros Logo foram o vence-<br />
SOLIDARIEDA<strong>DE</strong><br />
Nike e (RED) unem poder do desporto<br />
à luta contra a Sida em África<br />
Bono, vocalista dos U2, e uma série de craques de futebol, anunciaram<br />
uma parceria com o lema “Aperta estes atacadores. Salva Vidas”. Trata-se<br />
de uma parceria exclusiva com o duplo objectivo de lutar contra o VIH em<br />
África através de programas baseados no futebol que ofereçam educação<br />
e medicamentos às comunidades locais. A parceria pretende mobilizar a<br />
juventude e aproveitar o poder do desporto para fazer com que o<br />
conceito do movimento (RED) atinja maior número de pessoas.<br />
1 2<br />
3<br />
1 A campanha “Levanta-te contra a Discriminação<br />
das Doenças mentais”, da Lowe Ativism venceu a<br />
prata para Melhor Marketing Social.<br />
2 A Y&R criou para a Danone a melhor campanha<br />
para Produtos de Consumo Alimentar.<br />
3 Uma Causa cada vez maior, do Modelo foi vencedor<br />
da Prata em Marketing de Causas.<br />
4 A campanha para a Ford, “Ícones”, foi o vencedor<br />
do Ouro em Produtos de Consumo Não Alimentar.<br />
dor também na categoria de<br />
Serviços Financeiros e Seguros.<br />
Nos restantes serviços e administração<br />
pública, a campanha da<br />
agência Action4 Ativism e Arena<br />
para a Worten, “El Precio lo Pones<br />
Tu”, recebeu o ouro, seguida pela<br />
Companhia Portuguesa de Hipermercados<br />
com a campanha com o<br />
“Jumbo,oMacacoeoRato”.<br />
“A Causa Vez Maior”, do Modelo<br />
e Continente garantiu o Ouro<br />
em “Marketing de Causas”, enquanto<br />
o prémio (prata) para a<br />
melhor campanha de “Marketing<br />
Social” ficou para o Movimento<br />
UPA - Levanta-te Contra a Discriminação<br />
das Doenças Mentais,<br />
da Encontrar+se. Para Manuela<br />
Botelho, secretária-geral da<br />
APAN, “a quebra no número de<br />
candidaturas era expectável”<br />
devido ao impacto da crise.<br />
“Apesar de ter sido um ano atípico,<br />
com as prioridades das<br />
companhias a passar por manter<br />
4<br />
a rentabilidade dos seus negócios<br />
num nível estável, notamos que<br />
ao longo dos anos tem havido um<br />
aumento da qualidade das candidaturas”,<br />
confirmou Manuela<br />
Botelho ao <strong>Económico</strong>.<br />
Já Pedro Loureiro, director<br />
do Grupo Consultores, “a votação<br />
e escolha dos vencedores<br />
foi unânime para os 10 profissionais<br />
que integram o júri” e<br />
apesar de menos candidaturas<br />
significar menos categorias, os<br />
“Prémios Eficácia fazem cada<br />
vez mais sentido”.<br />
“A situação económica justifica<br />
ainda mais este evento porque<br />
os anunciantes têm um retorno<br />
que tem de ser quantificado, e os<br />
anunciantes e as suas agências<br />
que proponham um trabalho a<br />
concurso querem ver o seu trabalho<br />
reconhecido. Para além disso,<br />
essa candidatura serve de aprendizagem<br />
para o mercado”, explicou<br />
o responsável. ■<br />
Parceria reúne Bono, Drogba e Marco<br />
Materazzi, entre outros.<br />
Conheça as marcas e agências<br />
mais eficazes na publicidade<br />
Acriseafastou<br />
as candidaturas este<br />
ano. Em 46<br />
inscrições, 16<br />
trabalhos garantiram<br />
Prémios à Eficácia.<br />
Sete critérios para<br />
premiar a eficácia<br />
Ao longo de vários meses,<br />
10 profissionais do meio<br />
publicitário reúnem-se para<br />
escolher as campanhas mais<br />
eficazes no mercado português.<br />
A avaliação é feita depois<br />
combaseemseteatributos:<br />
o retorno, a dificuldade,<br />
a demonstração, a inovação,<br />
a medição, os meios e finalmente<br />
a apresentação. Votados<br />
numa escala de um a 10,<br />
chega-se depois a uma média<br />
ponderada com base nas escolhas<br />
dos jurados. Posteriormente<br />
e em função das cotações<br />
alcançadas, decorre<br />
uma discussão qualitativa<br />
para definir o “pódio”<br />
de cada categoria.
TELEVISÃO<br />
RTP rescinde com 113 funcionários<br />
e poupa cinco milhões de euros por ano<br />
A RTP vai rescindir o contrato com 113 funcionários no âmbito do processo<br />
de saídas voluntárias iniciado em Outubro. Segundo fonte oficial do canal<br />
em declarações à Lusa, a televisão pública deverá assim poupar cerca<br />
de cinco milhões de euros por ano. A maioria das rescisões acordadas<br />
representam reformas antecipadas. As rescisões abrangem funcionários<br />
de vários sectores, dos quais 30 integravam a direcção de informação<br />
da televisão e da rádio.<br />
Publicitários<br />
preocupados<br />
com medição<br />
de audiências<br />
É fundamental encontrar forma ‘standard’ para<br />
medir audiências na TV, ‘Web’ e ‘mobile’<br />
Margarida Henriques<br />
margarida.henriques@economico.pt<br />
A medição das audiências nos<br />
três ecrans – televisão, Internet e<br />
‘mobile’ – é, neste momento, a<br />
maior preocupação dos vários<br />
‘players’ do mercado publicitário.Nãosóporqueépossívelvero<br />
mesmo anúncio em cada uma<br />
destas plataformas mas também<br />
porque a experiência de visualização<br />
que cada uma oferece é diferente.Eoproblemaquesecoloca<br />
tanto aos canais de televisão<br />
como às agências de meios é que<br />
“o que não se consegue medir,<br />
não se consegue vender. Os publicitários<br />
e as maiores agências<br />
de meios estão a dizer que precisamdeumamétricafácildeaplicaredecompararenãodevárias,<br />
para que possam fazer negócio”,<br />
disse ao <strong>Diário</strong> <strong>Económico</strong><br />
Andreas Cohen, ‘chairman’ do I-<br />
COM, que esteve em Portugal<br />
numa conferência preparativa do<br />
I-COM Global Summit, que terá<br />
lugar em Março. O I-COM é um<br />
fórum global que aborda os temas<br />
ligados à medição da publicidade<br />
em meios digitais com o objectivo<br />
de promover a cooperação internacional<br />
e consenso sobre as<br />
melhores práticas, e com este<br />
evento em Portugal pretendia-se<br />
chegar a consensos sobre questões<br />
chave do mercado, como a<br />
medição multiplataforma dos<br />
meios audiovisuais.<br />
“Se quer vender uma marca, o<br />
queinteressasãoosdados.Ese<br />
não pode confiar nos dados ou se<br />
os dados não são suficientemente<br />
detalhados, não pode justificar o<br />
investimento. E as grandes multinacionais<br />
têm ‘guidelines’ para<br />
justificar internamente os investimentos<br />
e têm metodologias sofisticadas<br />
para isso”, defende o<br />
‘chairman’ do I-COM.<br />
Para trás ficam os tradicionais<br />
GRP (‘Gross Rating Point’), a forma<br />
como as televisões até aqui<br />
mediam as audiências, porque<br />
estes já não chegam para quantificar<br />
as suas audiências no PC ou<br />
no telemóvel. E toda esta discussão<br />
ganhou maior importância a<br />
partir do momento em que os<br />
próprios operadores de televisão<br />
disseram sentir esta necessidade.<br />
Neste momento, mais do que<br />
decidir como medir as audiências<br />
nos três suportes, a questão fundamental<br />
para toda a indústria é<br />
encontrar uma forma de medição<br />
‘standard’, que possa ser usada<br />
do mesmo modo em todos os<br />
mercados e que seja credível para<br />
os anunciantes. “Ainda é muito<br />
cedo para fazer recomendações.<br />
Estamos a começar a discutir isto<br />
a nível global e o mais importante<br />
nãoéocomomedir,aquestãoéa<br />
comparação, o como criar uma<br />
moeda que permita fazer a comparação<br />
em todos os mercados”,<br />
diz Andreas Cohen. ■<br />
Mais do que decidir<br />
como medir<br />
as audiências<br />
nos três suportes,<br />
importa encontrar<br />
uma forma<br />
de medição<br />
‘standard’ e credível.<br />
PUBLICIDA<strong>DE</strong><br />
“Procuras? O pai encontra” é tema<br />
de campanha viral da marca pai.pt<br />
A Pá<strong>gina</strong>s Amarelas lançou uma campanha para promover a marca pai.pt<br />
em que, através de ‘banners’ animados ilustra como de um mundo<br />
confuso, com excesso de informação, surge a solução nítida para aquilo<br />
que se procura. Esta campanha convida os jovens utilizadores a<br />
efectuarem as suas pesquisas e pode ser visualizada nos portais Sapo,<br />
IOL, AEIOU, Sport Lisboa e Benfica e no MySpace através de ‘banners’<br />
referentes à procura de algumas das entidades mais pesquisadas.<br />
REAL MADRID APOSTA EM ‘LINGERIE’<br />
Quinta-feira 3 Dezembro 2009 <strong>Diário</strong> <strong>Económico</strong> 47<br />
Pá<strong>gina</strong>s Amarelas reforça aposta no<br />
‘online’ com campanha viral.<br />
Gustau Nacarino/Reuters<br />
A crise atingiu a venda de t-shirts de craques do futebol, mesmo como Cristiano<br />
Ronaldo ou Kaka (na foto). Mas não inibiu o Real Madrid de tentar novas modas.<br />
Chama-se “Luxe” e é a nova lingerie do clube, para homens e mulheres. Surgiu<br />
em parceria com a empresa “Litle Kiss” e estará disponível em Março. Inclui<br />
modelos desportivos, com o logótipo do clube ou outros mais sofisticados.
<strong>48</strong> <strong>Diário</strong> <strong>Económico</strong> Quinta-feira 3 Dezembro 2009<br />
ÚLTIMA HORA<br />
FMI diz que retoma não<br />
chega para reduzir défice<br />
Fundo pede cortes nos salários dos funcionários públicos.<br />
Nãohávoltaadar:ouoGoverno<br />
leva a cabo medidas fortes de consolidação<br />
ou não consegue levar o<br />
défice aos 3% do PIB em 2013. Quem<br />
o diz é o FMI, na análise que fez sobre<br />
a economia portuguesa ao abrigo<br />
do artigo IV. A instituição liderada<br />
por Dominique Strauss-Kahn<br />
contraria a argumentação do ministro<br />
das Finanças e garante que “não<br />
é suficiente contar apenas com a recuperação<br />
e o impacto de reformas<br />
anteriores” para cumprir a meta de<br />
Bruxelas (ver pág. 31).<br />
Contando apenas com a retoma<br />
da economia e sem actuar do lado da<br />
despesaoudareceita-ouambas-,<br />
o Governo vai ver o défice “aumentarem2010,antesdedescerpara<br />
cerca de 5% a 6% do PIB até 2013”.<br />
O rácio da dívida pública situar-seá<br />
“próximo dos 100% do PIB”.<br />
O Fundo reforça os pedidos de reformas<br />
estruturais na economia portuguesa<br />
e lança um recado muito concreto:<br />
“A consolidação orçamental<br />
deve concentrar-se na redução da<br />
despesa primária, especialmente da<br />
<strong>DE</strong>STAQUE<br />
BCE decide sobre juros na<br />
zona euro<br />
Os membros do Banco Central<br />
Europeu (BCE) têm hoje a sua<br />
reunião mensal para decidir sobre o<br />
preço do dinheiro nos países que<br />
usam o euro. Os 54 analistas<br />
sondados pela Bloomberg esperam<br />
que a instituição liderada por Jean-<br />
Claude Trichet mantenha os juros em<br />
1%, o valor mais baixo de sempre.<br />
Veja no ‘site’ a decisão do BCE.<br />
Acompanhe ao minuto em<br />
www.economico.pt<br />
massa salarial do sector público (com<br />
base nas recentes reformas da Administração<br />
Pública) e das transferências<br />
sociais”. Mais à frente, o FMI concretiza<br />
alguns exemplos: reduzir o défice,<br />
tornar as empresas mais eficientes e o<br />
trabalho mais flexível e produtivo. As<br />
famílias, por seu lado, devem poupar<br />
mais. Numa altura em que Portugal<br />
tem um governo minoritário, o FMI<br />
pede “um apoio generalizado e uma liderança<br />
determinada ao longo de<br />
muitos anos”, porque “os benefícios<br />
demorarão igualmente muito tempo a<br />
concretizar-se”. ■L.R.P.<br />
FMI aconselha Governo<br />
a cortar nos salários<br />
da função pública e nas<br />
prestações sociais, como<br />
meio mais eficaz<br />
para reduzir o défice<br />
orçamental.<br />
Ministério da educação mantém<br />
quotas na carreira dos professores<br />
“Há um corte significativo com o passado<br />
no que respeita à aproximação às<br />
posições dos professores”, disse ontem<br />
Mário Nogueira, à margem da segunda<br />
reunião com o ministério da Educação<br />
para discutir a estrutura da carreira docente.<br />
Da reunião dos sindicatos com o<br />
secretário de Estado, Alexandre Ventura,<br />
saiu a confirmação do final da divisão<br />
da carreira docente, mas também<br />
um primeiro esboço daquilo que será o<br />
novo modelo de avaliação. Segundo<br />
explicou o dirigente da Fenprof, a ava-<br />
liação dos professores ficará a cargo de<br />
uma comissão pedagógica com quatro<br />
elementos fixos. Contudo, nem tudo<br />
foram boas notícias para os sindicatos.<br />
Por ultrapassar ficou a questão das vagas<br />
de acesso aos escalões da carreira e<br />
quotas para a atribuição das notas máximas,<br />
defendeu “inequivocamente”<br />
Alexandre Ventura. Ambos estes pontos<br />
põem de parte qualquer acordo do<br />
lado dos sindicatos. Mário Nogueira<br />
afirmou que desta forma, “está posto<br />
em causa qualquer acordo”. ■ P.Q.<br />
www.economico.pt<br />
Acompanhe hoje no ‘site’ a evolução das bolsas e das taxas Euribor.<br />
MAIS LIDAS ONTEM<br />
● Veja quanto vai baixar a sua<br />
prestação em Dezembro<br />
● Bancos europeus “estão a<br />
semear” a próxima crise<br />
● Euribor já sobem há 3 sessões<br />
● “Espero sair daqui com termo de<br />
identidade e residência” (Armando<br />
Vara)<br />
● Feios, porcos e maus<br />
Leia versão completa em<br />
www.economico.pt<br />
Propriedade S.T. & S. F., Sociedade de Publicações Lda, Registo Comercial de Lisboa n.º 02958911033.<br />
Registo <strong>Diário</strong> <strong>Económico</strong> nº 112 371 Administração Rua Vítor Cordon, n.º 19, 1º, 1200 - <strong>48</strong>2 Lisboa Telefones 213 236 700<br />
Fax: 213 236 701 Redacção e Produção Rua Vieira da Silva, n.º 45, 1350 - 342 Lisboa Telefones 213 236 800. Fax: 213 236 801<br />
Publicidade Rua Vítor Cordon, n.º 19, 1º, 1200 - <strong>48</strong>2 Lisboa Telefones 213 236 700 Delegação no Porto Edifício Scala<br />
Rua do Vilar, 235, 4.º 4050–626 Porto Telefones: 226 098 580 Fax: 226 099 068 Grafismo e Produção S.T. & S. F. Lda Impressão<br />
Sogapal, Estrada de São Marcos, 27B São Marcos 2735-521 Agualva - Cacém Distribuição Logista Portugal, Distribuição<br />
de Publicações, S.A. Edifício Logista Expansão da Área Industrial do Passil Lote 1 – A Palhavã 2894 002 Alcochete<br />
CONFERÊNCIA<br />
Maria José Catarino, vogal conselho<br />
directivo do Turismo de Portugal.<br />
Fernando Augusto Morais,<br />
presidente da ANPME’s<br />
Miguel Cruz, vogal do conselho<br />
directivo do IAPMEI.<br />
Conferência<br />
“Novos Sistemas<br />
de Incentivos<br />
às Empresas”<br />
No próximo dia 9 de Dezembro o<br />
<strong>Diário</strong> <strong>Económico</strong> e o Montepio<br />
vão realizar a Conferência<br />
“NovosSistemasdeIncentivosás<br />
Empresas” que terá lugar no<br />
Sheraton Porto Hotel & SPA, no<br />
Porto. Para falar sobre o tema,<br />
encontram-se, confirmadas as<br />
presenças de: Miguel Cruz, Vogal<br />
Conselho Directivo, IAPMEI; Maria<br />
José Catarino, Vogal Conselho<br />
Directivo, Turismo de Portugal;<br />
José Fernando Figueiredo,<br />
Presidente, SPGM – Sociedade de<br />
Investimento e SGM – Sociedades<br />
de Garantia Mútua; Fernando<br />
Augusto Morais, Presidente,<br />
ANPME’s; Case Study: Pedro<br />
Azevedo, Administrador,<br />
J&JTeixeira.<br />
VOTAÇÕES<br />
Novo inquéiro<br />
Conhece o conteúdo do Tratado<br />
de Lisboa?<br />
Resultados da última votação<br />
José Penedos fez bem em manterse<br />
no cargo até ter sido suspenso<br />
pelo tribunal?<br />
SIM<br />
17%<br />
TOTAL <strong>DE</strong> VOTOS: 629<br />
NÃO<br />
83%<br />
Vote em<br />
www.economico.pt<br />
OPINIÃO<br />
O meu banco é maior<br />
que o teu!<br />
É mais seguro ter 10 mil euros depositados num banco<br />
grande ou num banco pequeno? A resposta antes da crise<br />
era: “É indiferente”! Depois da crise e, nos dias que<br />
correm,: “Não é bem a mesma coisa”.<br />
Depois da falência da Lehman Brothers e do quase<br />
colapso da AIG, Wall Street e o mundo chegaram à conclusão<br />
de que havia instituições financeiras demasiado<br />
grandes para falir. O perigo de contágio – o chamado<br />
risco sistémico – está a levar os governos e as autoridades<br />
a apertar a malha da supervisão sobre as grandes<br />
instituições financeiras. Ainda ontem, a União Europeia<br />
aprovou um novo modelo de regulação financeira que<br />
prevê a criação de uma nova entidade para vigiar o risco<br />
sistémico. Também esta semana, os reguladores mundiais<br />
criaram uma lista de 24 bancos e seis seguradoras<br />
que, pela sua dimensão, vão ser monitorizados de perto<br />
para minimizar o risco de fecharem as portas.<br />
Os clientes desses bancos e seguradoras, com certeza,<br />
que se orgulham de ter o seu dinheiro num banco ‘too big<br />
to fail’. Sentem-se seguros, sabem que as entidades de<br />
supervisão estão mais atentas à gestão do risco e que, em<br />
último caso, os governos estarão sempre prontos para<br />
um ‘bail out’ ou para uma nacionalização. Tudo para evitar<br />
a propagação de um vírus chamado risco sistémico.<br />
E os bancos pequenos? Aqueles que não constituem<br />
um risco sistémico e, como tal, não estão incluídos no<br />
grupo dos prioritários para receber a injecção de dinheiro<br />
público em caso de dificuldades? A ideia que fica na<br />
opinião pública - pela discriminação que está a ser criada<br />
entre bancos pequenos e bancos grandes – é que os<br />
pequenos podem falir.<br />
O resultado é que os bancos grandes estão a ficar<br />
maiores e muitos pequenos estão a falir. Na Europa, por<br />
exemplo, 15 bancos têm actualmente nos balanços activos<br />
que valem mais do que a própria economia, quando<br />
há três anos havia apenas dez. Nos EUA, os dez bancos<br />
que foram intervencionados conseguiram lucrar 11<br />
mil milhões de dólares no terceiro trimestre e, nesse<br />
mesmo período, o número de falência dos pequenos<br />
bancos quintuplicou.<br />
Em Portugal, as autoridades, por incompetência ou<br />
por desleixo, também estão a passar uma ideia semelhante<br />
e perigosa aos clientes da banca. Os maiores<br />
bancos conseguiram recorrer à garantia de 20 mil milhões<br />
disponibilizada pelo Governo e o BPN, em nome<br />
do tal risco sistémico, foi nacionalizado. E os clientes<br />
do BPP? Estão há um ano com os depósitos congelados<br />
e, se tudo correr mal como tem corrido, arriscam-se<br />
a ficar mais doze meses sem ver a cor do dinheiro.<br />
Seria importante que, de uma vez por todas, se<br />
apressasse o processo de recuperação do dinheiro dos<br />
clientes do BPP para que não ficasse a impressão na opinião<br />
pública de que é mais arriscado depositar 10 mil<br />
euros num banco sem risco sistémico. ■<br />
PUB<br />
Pedro Sousa Carvalho<br />
Subdirector<br />
pedro.carvalho@economico.pt<br />
Tyler Cowen<br />
O ECONOMISTA<br />
QUE HÁ EM SI<br />
A IMPORTÂNCIA DA ECONOMIA<br />
NO NOSSO DIA-A-DIA<br />
Disponível em www.ECONOMICO.pt