12.05.2013 Views

DE 4771 : Plano 48 : 1 : P.gina 1 - Diário Económico

DE 4771 : Plano 48 : 1 : P.gina 1 - Diário Económico

DE 4771 : Plano 48 : 1 : P.gina 1 - Diário Económico

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

PUB<br />

Tom Grill/Corbis/VMI<br />

PUB<br />

www.economico.pt<br />

mobile.economico.pt<br />

QUINTA-FEIRA, 3<strong>DE</strong><strong>DE</strong>ZEMBRO2009|Nº<strong>4771</strong><br />

PREÇO (IVA INCLUÍDO): CONTINENTE 1,60 EUROS<br />

Distinção Catarina Portas é uma<br />

das personalidades mundiais<br />

do ano para a revista Monocle. ➥ P25<br />

Saiba como<br />

proteger-se<br />

dos cortes nas<br />

pensões nos<br />

próximos anos<br />

O <strong>Diário</strong> <strong>Económico</strong> faz as contas aos factores<br />

de sustentabilidade para os próximos 40 anos<br />

e diz-lhe quanto vai ter de trabalhar a mais.<br />

Ou quanto terá de descontar para um PPR se<br />

quiser evitar perdas na sua reforma. ➥ P42E43<br />

DIRECTOR ANTÓNIO COSTA DIRECTOR EXECUTIVO BRUNO PROENÇA DIRECTORA-ADJUNTA CATARINA CARVALHO<br />

SUBDIRECTORES FRANCISCO FERREIRA DA SILVA E PEDRO SOUSA CARVALHO<br />

BPP Banco de Portugal dá luz<br />

verde a congelamento das contas<br />

até Dezembro de 2010. ➥ P28<br />

Os partidos da oposição querem alargar o período de<br />

concessão do subsídio de desemprego com o objectivo<br />

de ajudar as famílias a enfrentar a crise. Cada um<br />

dos quatro partidos entregou um projecto de lei com<br />

esse objectivo na Assembleia da Repúblicaeamedida<br />

Energia Governo estuda novo<br />

concurso de eólicas no valor<br />

de 4 mil milhões de euros. ➥ P20<br />

Oposição quer impor<br />

aumentodoprazodo<br />

subsídio de desemprego<br />

PSD, CDS, PCP e Bloco de Esquerda estão de acordo quanto ao alargamento<br />

de prazo do subsídio de desemprego, pelo menos durante o ano de 2010.<br />

Governo pressiona<br />

Tribunal de Contas<br />

no chumbo das<br />

auto-estradas<br />

O ministro das Obras Públicas foi à<br />

Assembleia da República reiterar que as<br />

auto-estradas chumbadas pelo Tribunal<br />

de Contas vão continuar a ser<br />

construídas. ➥ P4A10<br />

CONFERÊNCIA DO DIÁRIO ECONÓMICO<br />

Gestores públicos e<br />

privados querem fusão de<br />

portos,comoLisboaeSetúbal,<br />

para que haja maior capacidade.<br />

Presidente de consórcio<br />

Asterion diz que construção<br />

do novo aeroporto de Lisboa<br />

já está atrasada.<br />

Vara abre a porta<br />

a regressar ao BCP ➥ P16<br />

será discutida no início do próximo ano. O PSD ainda<br />

diz que quer um entendimento com o Governo, mas<br />

se isso não for possível vai procurar consensos com a<br />

oposição. E todas as propostas vão no mesmo sentido,<br />

o do alargamento. ➥ P14<br />

PUB<br />

▼ PSI 20<br />

▲ IBEX 35<br />

▲ FTSE 100<br />

▼ Dow Jones<br />

▼ Euro<br />

▼ Brent<br />

PUB<br />

-0,26%<br />

0,06%<br />

0,29%<br />

-0,19%<br />

-0,38%<br />

-1,64%<br />

8.359,12<br />

11.868,80<br />

5.327,39<br />

10.451,55<br />

1,5046<br />

78,01


2 <strong>Diário</strong> <strong>Económico</strong> Quinta-feira 3 Dezembro 2009<br />

A NÃO PER<strong>DE</strong>R<br />

03.11.09<br />

Gestores públicos<br />

e privados apoiam<br />

concentração dos portos<br />

Portugal é demasiado pequeno para ter<br />

um sistema portuário espartilhado em sete<br />

administrações portuárias. Esta foi uma<br />

das conclusões principais do debate<br />

“Importância dos Portos na Economia<br />

nacional”. ➥ <strong>DE</strong>STAQUE - P8<br />

Ministro da Economia<br />

insiste na tese<br />

de espionagem política<br />

O ministro da Economia Vieira da Silva<br />

quis ontem esclarecer que quando se<br />

referia a “espionagem política”, estava a<br />

classificar “a violação da lei e do segredo<br />

de Justiça” no âmbito do processo Face<br />

Oculta. ➥ POLÍTICA - P17<br />

Governo estuda novo<br />

concurso para energia<br />

eólica<br />

O Governo está a equacionar o<br />

lançamento de um novo concurso eólico<br />

que, no cenário mais optimista, poderá<br />

atingir 3 mil megawatts, representando um<br />

investimento potencial na ordem dos 4,2<br />

mil milhões de euros. ➥ EMPRESAS - P20<br />

Governo não encontra<br />

privados interessados<br />

em assumir Aerosoles<br />

A situação na Investvar, empresa que<br />

utiliza a marca Aerosoles, está complicada.<br />

A empresa continua sem dinheiro para<br />

pagar salários, sem presidente e sem plano<br />

de reestruturação aprovado.<br />

➥ EMPRESAS - P24<br />

Ministros da União<br />

Europeia diluem poderes<br />

da regulação europeia<br />

Numa decisão chave para a credibilidade<br />

da resposta europeia à crise financeira, a<br />

‘city’ de Londres obteve ontem uma<br />

importante vitória em Bruxelas. As<br />

posições de força do Reino Unido<br />

prevaleceram. ➥ FINANÇAS - P30<br />

SOCIEDA<strong>DE</strong> ABERTA<br />

António Gomes Mota<br />

Professor na ISCTE Business School<br />

Copo de vinho<br />

Sou, como também certamente muitos dos leitores,<br />

apreciador de um bom vinho. Gosto de ir regularmente a<br />

garrafeiras, mantendo viva uma pequena colecção em<br />

casa e por isso tenho um razoável conhecimento dos<br />

preços de muitos dos nossos vinhos.<br />

Consigo, por isso, identificar com alguma facilidade<br />

os multiplicadores, que com frequência atingem os 3 e<br />

mesmo 4, utilizados pela maioria dos restaurantes na<br />

fixação de preços das suas cartas de vinhos. O que coloca<br />

um dilema recorrente quando se vai a um restaurante<br />

em que, desfrutando-se do melhor que a cozinha<br />

tem para oferecer, se coloca travão a fundo na escolha<br />

do vinho que acompanhará a refeição, ficando-se<br />

muitas vezes restringidos meia dúzia de opções numa<br />

carta bem maior, para não colocar a conta final num<br />

número estratosférico.<br />

Racionalmente, o restaurante apenas deveria incorporar<br />

no preço final o serviço, nem sempre de qualidade, e o<br />

custo do ‘stock’, factores que na grande maioria dos casos<br />

conduziria a um preço de carta bem mais sensato.<br />

Em matéria de vinho, a restauração não cria verdadeiramente<br />

nada, apenas se limitando e quando o faz bem,<br />

a conservá-lo adequadamente, a aconselhá-lo com<br />

propósito e a servi-lo de modo conveniente. Mas infelizmente,<br />

mesmo que queiramos procurar e desfrutar<br />

da melhor comida na qual e justamente se paga a criatividade,<br />

mestria e dimensão singular de cada chefe,<br />

temos dificuldade em manter o mesmo nível no vinho<br />

que escolhemos para acompanhar a refeição.<br />

Tem-se registado nas últimas duas<br />

décadas uma extraordinária evolução<br />

na qualidade do vinho em Portugal.<br />

Mais recentemente, um cada vez maior número de<br />

restaurantes passaram a servir vinhos a copo, solução<br />

adequada quando se quer acompanhar a refeição com<br />

mais de um vinho, ajustando-o melhor à ementa ou<br />

quando se quer acompanhar uma refeição ligeira ou<br />

ainda quando alguém não bebe e uma garrafa é<br />

demais. No entanto esta solução, paradoxalmente,<br />

aumenta frequentemente os multiplicadores, bastará<br />

ver com atenção o preço do copo e da garrafa num<br />

mesmo restaurante.<br />

E num momento em que se têm registado nas últimas<br />

duas décadas uma extraordinária evolução na qualidade<br />

do vinho em Portugal, tanto na gama média como alta<br />

(menos na gama mais baixa), com o aparecimento de<br />

uma nova geração de produtores e enólogos criando<br />

vinhos que ombreiam sem dificuldade com o que de<br />

melhor se faz por esse mundo (menos na respectiva<br />

promoção), cria-se esta barreira irracional, que nos faz<br />

irmos a restaurantes para comermos o que não comemos<br />

em casa e ficar em casa para podermos beber o que não<br />

conseguimos beber num restaurante.<br />

A prazo todos perderemos, com excepção das<br />

cervejeiras, não se potenciando mais um sector que tem<br />

sido capaz de evoluir com sucesso na cadeia de valor. ■<br />

AFRASE<br />

“Não desistirei enquanto não<br />

ficar completamente provada<br />

a minha inocência.”<br />

—Armando vara, arguido no caso Face Oculta<br />

Foi desta forma que o ex-ministro de António Guterres e<br />

vice-presidente do Millennium bcp se referiu à decisão do<br />

Juiz de Aveiro que impôs uma caução de 25 mil euros e<br />

proibio o contacto com cinco arguidos. ➥ POLÍTICA - P16<br />

Rita Marques Guedes<br />

Jurista<br />

Fogo de artifício<br />

Muito fogo de artifício, muitos chefes de Estado, muita<br />

organização, muitas imagens, muitos repórteres, muitos<br />

carros, muitos seguranças, muito aparato, muita música,<br />

muita qualidade, muito brilho, muito dinheiro, muitos<br />

sorrisos. Muitos dias preenchidos por uma Cimeira<br />

sobre a qual não conseguimos alcançar quais os efeitos<br />

que se perpetuam para lá de uma sempre recorrente foto<br />

de família que pontifica nestas ocasiões, dando a ideia<br />

de uma cumplicidade entre delegações e uma unidade<br />

de propósitos entre os vários Estados que a realidade<br />

logo no minuto seguinte se encarrega de desmentir.<br />

Também serviu de foguetório a entrada em vigor do<br />

Tratado de Lisboa, algo que ainda não se percebeu bem<br />

se é ou não susceptível de intensificar a integração dos<br />

povos europeus e, o que é mais importante, se servirá<br />

de catalizador para uma efectiva adesão e contributo<br />

das diversas cidadanias para uma organização que<br />

cada vez mais aparenta ser o resultado de compromissos<br />

invariavelmente alcançados sob a alçada do<br />

mínimo denominador comum.<br />

Avidaéfeitadecontrastes,semdúvidaquesim,e<br />

enquanto este fim-de-semana nos vimos transportados<br />

enquanto país para o topo do mundo, a verdade é<br />

que os números que ditam a nossa realidade diária<br />

nos empurram para a irrelevância enquanto nação<br />

europeia e para os lugares mais baixos das tabelas de<br />

crescimento e desenvolvimento económico.<br />

O desemprego aumenta mas não<br />

há problema. O que importa, o que<br />

verdadeiramente importa, é tratar<br />

por tu uns quantos chefes de Estado.<br />

Estamos outra vez com o ‘deficit’ a um nível<br />

verdadeiramente incomportável, com o Estado a<br />

demonstrar ser um gastador compulsivo, sendo que<br />

depois de tantos anos a bater na mesma tecla não se<br />

nos afigura existir remédio apropriado que não seja o<br />

de rapidamente repensar as funções do Estado, deixando<br />

intocáveis aquelas que são de soberania e partilhando<br />

ou atribuindo ao sector privado aquelas que ali<br />

melhor podem ser executadas a benefício do cidadão.<br />

Odesempregonãoéumnúmero,éumaassustadora<br />

realidade que todos os dias cresce engrossando a fila<br />

dos necessitados que, sem a que se agarrarem, tenderão<br />

a acabar a engrossar as estatísticas dos novos<br />

pobres, dos mar<strong>gina</strong>is e dos excluídos.<br />

Estamos com o desemprego a aumentar e sem<br />

massa financeira para acorrer às situações, seja para<br />

dinamizar a economia, seja para promover ajuda social<br />

a quem dela mais necessita.<br />

Mas não há problema. O que importa, o que verdadeira<br />

mente importa, é tratar por tu uns quantos<br />

chefes de Estado, fazer cerimónias com a pompa e a<br />

circunstância apropriada ao momento como se fossemos<br />

um país rico, varrer o lixo para debaixo do tapete e<br />

remeter todos os gastos para a conta de fiado porque<br />

algum dia alguém terá que a pagar. ■<br />

O NÚMERO<br />

7 mil milhões<br />

Falando sobre os estudos<br />

realizados pela tutela e pelas<br />

Estradas de Portugal, António<br />

Mendonça ministro das Obras<br />

Públicas disse aos deputados que<br />

o saldo entre os custos e os<br />

benefícios das seis concessões<br />

chumbadas pelo Tribunal de<br />

Contas, é positivo em 7 mil<br />

milhões de euros.


Agarrem-se!<br />

Quando estamos perto de sermos atingidos por um abalo o<br />

grito de alerta comum é: “- Agarrem-se!”, senão “- Fujam!”<br />

Acabaram de sair as estatísticas do desemprego europeu<br />

publicadas pelo Eurostat. Todos os portugueses se fixaram<br />

nas estatísticas de Portugal, as quais apresentam a horrível<br />

confirmação de um indicador de dois dígitos para Outubro<br />

(10,2%) depois de um Setembro também ele já superior à<br />

marca mítica dos 10%. Estes números acima da taxa média<br />

europeia (9,3% para a Europa dos 27 ou 9,8% para a Europa<br />

do Euro) assustam-nos, e preocupam muito quem<br />

não vê bem qualquer ponta de entusiasmo ou caminho de<br />

inversão, tirando umas intenções governamentais de fazer<br />

obra pública capaz de absorver ou, pelo menos, não deixar<br />

agravar este indicador.<br />

Mas foi ao ler este relatório que pressenti que alguma<br />

coisa vem aí.<br />

Se consideram maus os indicadores do desemprego para<br />

Portugal, então leiam o que se diz sobre a taxa de desemprego<br />

para a faixa etária abaixo dos 25 anos de idade: 18,9% para<br />

Portugal, mas mais medonho ainda, 42,9% para Espanha!<br />

MeuDeus!Oqueéquenósestamosafazer?Comovão<br />

ser estes jovens em adultos? Como é que eles vão lá chegar<br />

e em que estado?<br />

Oquedemauseenraizarnajuventude<br />

espanhola vai contagiar-se à<br />

portuguesa, como fogo em palha seca.<br />

Já ima<strong>gina</strong>ram o que é chegarem a um qualquer encontro<br />

de jovens (um concerto musical por exemplo) e saberem que<br />

a metade dos que não estão a estudar está desempregada? De<br />

que vivem? Como se ocupam? Quem os sustenta? Que vícios<br />

vão criar? Que hábitos de trabalho vão ganhar para a vida?<br />

Tenho medo, muito medo, das respostas que posso ter a<br />

estas perguntas. E sei que o que de mau se enraizar na<br />

juventude espanhola vai contagiar-se à portuguesa, como<br />

fogo em palha seca.<br />

Quando estive na tropa, um certo dia o comandante de<br />

pelotão mandou-me dar Ordem Unida (ensinar a rapaziada<br />

amarchar)emplenatardedeumAgostoardente,numa<br />

parada de alcatrão a fumegar debaixo das chispas de um sol<br />

abrasador. A razão dele foi simples: “- Quando 40 homens<br />

estão para aí, ociosos, começam a dizer mal da tropa!”<br />

Dei ordem de “- Está a reunir!” seguida de “- Em frente,<br />

marche...” e assim se calaram aqueles jovens, quase da<br />

minha idade, e que, de facto, diziam mal da tropa como<br />

eu… Todos nos calámos e assim ocupámos mais uma hora<br />

das nossas vidas sem “dizer mal da tropa”.<br />

Nas ruas das cidades espanholas não há comandantes de<br />

companhia para os mandar perfilar, e marchar para a frente<br />

e para trás. Há perigosos ‘drug dealers’, há entusiastas<br />

fanáticos que facilmente vendem a ira, a raiva e o entusiasmante<br />

incentivo à destruição de quem não tem mais do que<br />

a mesada dos pais para viver, mas já tem a vergonha de uma<br />

idade de querer e não ter para fazer.<br />

Tenho medo e penso que vem aí coisa. Só vos digo:<br />

“- Agarrem-se!”…■<br />

PUB<br />

João Duque<br />

Professor Catedrático do ISEG<br />

EDITORIAL<br />

Quem aprova<br />

o Orçamento<br />

rectificativo?<br />

O ministro das Finanças<br />

foi ontem ao Parlamento<br />

defender o Orçamento<br />

rectificativo e, apesar de<br />

todos os seus esforços, não<br />

conseguiu garantir o apoio<br />

de nenhum partido da<br />

oposição. Esta situação<br />

émaisumexemplodanova<br />

realidade política do país:<br />

o Governo está nas mãos<br />

da Assembleia da República<br />

e a oposição sabe disso.<br />

E nenhum dos actores<br />

conseguiu ainda<br />

compreender a nova<br />

situação. O fato não fica<br />

bem. De um lado, o Governo<br />

ainda mantém o tom.<br />

Teixeira dos Santos foi<br />

ao Parlamento mas não<br />

pareceu disposto a negociar<br />

e fazer pontes. Preferiu o<br />

discurso do nós ou o caos.<br />

Ou aprovam a alteração ao<br />

Orçamento ou o Estado não<br />

tem dinheiro para pagar<br />

as contas. Do outro lado, a<br />

oposição ainda não aprendeu<br />

a controlar o seu novo poder.<br />

Parece deslumbrada.<br />

Obviamente que o bom<br />

senso exige a aprovação do<br />

Orçamento rectificativo e a<br />

oposição não deve brincar<br />

com situações sérias.<br />

A penalização do Governo<br />

pelo agravamento das contas<br />

públicas deve ser feita na<br />

discussão política e no<br />

contexto da actual crise.<br />

Ainda assim, é cada vez mais<br />

óbvio que a oposição terá no<br />

futuro mais poder para<br />

obrigar o Governo a fazer o<br />

que quer. Isto vai agravar a<br />

deterioração da situação<br />

política, que apareceu mais<br />

cedo do que se pensava. Este<br />

novo Governo tomou posse<br />

no fim de Outubro mas<br />

parecequejáfoiháanos.<br />

Aguentar os quatro anos vai<br />

ser uma tarefa árdua.<br />

OS FACTOS<br />

Quinta-feira 3 Dezembro 2009 <strong>Diário</strong> <strong>Económico</strong> 3<br />

Silêncio de Teixeira dos Santos<br />

reforça incerteza sobre o rectificativo<br />

O ministro das Finanças, Teixeira dos Santos, insistiu, mas nenhum dos<br />

deputados da Oposição respondeu. A pergunta era de qual o sentido de<br />

votação agendado para o próximo dia 11 quando for discutido no parlamento<br />

o segundo orçamento rectificativo. Para já, os líderes parlamentares<br />

concordaram resolver o assunto nesse mesmo dia, não querendo assim<br />

explicações de outros ministros sobre os gastos. Em Portugal nunca um<br />

orçamento rectificativo foi chumbado e este também irá passar, segundo a<br />

maioria dos economistas. Mas a luta política será feroz e percebe-se porquê.<br />

Houve dois actos eleitorais e para a oposição estes anúncios das contas<br />

públicas já deveriam ter acontecido. Teixeira dos Santos discorda, alegando a<br />

imprevisibilidade dos efeitos da crise.<br />

Algo que os modelos econométricos<br />

não conseguem estimar. Mas uma<br />

questão subsiste. No caso da maioria<br />

dos deputados chumbar o<br />

rectificativo,qualvaiseracartaque<br />

Teixeira dos Santos vai jogar? ANTÓNIO<br />

<strong>DE</strong> ALBUQUERQUE ➥ LEIA A NOTÍCIA P14<br />

Oposição vai forçar Governo alargar<br />

período de subsídio de desemprego<br />

O actual nível de desemprego é um dos mais elevados da história<br />

económica portuguesa. Segundo as contas do Eurostat, no mês<br />

passado já ultrapassou os dois dígitos. Políticos, economistas e<br />

empresários são unânimes em defender que esta deve ser a<br />

prioridade política no curto prazo. A solução também parece óbvia e é<br />

só uma: crescimento económico. Mas, entretanto, será necessário<br />

acudir aos milhares de pessoas que estão sem emprego, sobretudo<br />

jovens. A taxa de desemprego entre os jovens já é um quarto do total.<br />

A legislação define, e bem, que estes têm o tempo de subsídio de<br />

desemprego mais curto, pois são os mais capazes para encontrarem<br />

soluções. Contudo, a situação da economia ainda é grave e não<br />

consegue gerar procura de<br />

trabalho, comprometendo por isso<br />

o sucesso profissional dos jovens.<br />

Esta é uma questão, a par da<br />

formação profissional, que os<br />

partidos da oposição querem ver<br />

discutida agora na Assembleia da<br />

República. A.A. ➥ LEIA A NOTÍCIA P14<br />

CONTAS PÚBLICAS<br />

8%<br />

Este foi o valor do défice que<br />

Bruxelas calculou e que as<br />

Finanças consideram como bom.<br />

<strong>DE</strong>SEMPREGO<br />

547 mil<br />

Este é o valor estimado pelo<br />

Eurostat do número de<br />

desempregados em Portugal.<br />

Emissão de dívida de longo prazo<br />

vai custar mais caro aos Estados<br />

Saúda-se com algum entusiasmo o facto de governos e empresas estarem a<br />

emitir dívida a prazos mais longos. É um bem vindo retorno à normalidade<br />

dos mercados. Afinal, não se pode esperar que estradas, escolas e planos de<br />

investimento de empresas sejam financiados unicamente com dinheiro a 3<br />

meses. Mas também é mau, porque a dívida de prazo mais longo é mais cara.<br />

Algo que é sobretudo verdadeiro neste momento, dada a acentuada<br />

inclinação da curva de rendimentos. As empresas talvez possam suportar o<br />

acréscimo de custo. Os governos não. Uma simples ‘conta de merceeiro’<br />

mostra como estes custos extra podem ser pesados. Durante a crise<br />

financeira, os governos recorreram essencialmente a financiamento de curto<br />

prazo, emitindo títulos com maturidade inferior a um ano. Uma década atrás<br />

nos EUA, um quinto de todos os títulos nas mãos do público eram de curto<br />

prazo. Agora chega a um terço. Isto trouxe alguns benefícios. Dado que as<br />

taxas de curto prazo são efectivamente zero, reduziu a taxa de juro implícita<br />

do governo dos EUA para cerca de 2,5%. Se, no entanto, se assumisse uma<br />

estrutura de maturidades “normal”, com maior peso dos títulos de longo<br />

prazo, o custo em juros nos EUA rondaria os 3,2%, ➥ “FINANCIAL TIMES”


4 <strong>Diário</strong> <strong>Económico</strong> Quinta-feira 3 Dezembro 2009<br />

<strong>DE</strong>STAQUE<br />

<strong>DE</strong>STAQUE OBRAS PÚBLICAS<br />

Ministro acredita que<br />

Tribunal de Contas vai<br />

voltar atrás nos chumbos<br />

António Mendonça esteve ontem no Parlamento para falar da recusa de visto<br />

por parte do Tribunal de Contas a cinco concessões rodoviárias.<br />

Hermínia Saraiva<br />

herminia.saraiva@economico.pt<br />

O ministro das Obras Públicas<br />

está convencido que a razão está<br />

do seu lado e do lado das Estradas<br />

de Portugal. E acredita que os argumentos<br />

que apresentou nos<br />

recursos entregues no Tribunal<br />

de Contas são suficientes para fazer<br />

com que a instituição liderada<br />

por Guilherme d’Oliveira<br />

Martins reverta o chumbo de<br />

visto prévio a cinco concessões<br />

rodoviárias.<br />

Reafirmando que respeita as<br />

decisões do Tribunal de Contas,<br />

António Mendonça disse ontem<br />

aos deputados da Comissão de<br />

Obras Públicas estar convicto<br />

que o Governo tem “argumentos<br />

valiosos, argumentos poderosos,<br />

que podem levar o Tribunal de<br />

Contas a reconsiderar a sua posição”<br />

de recusa de visto prévio às<br />

concessões da Auto-estrada<br />

Transmontana, Douro Interior,<br />

Algarve Litoral, Litoral Oeste e<br />

Baixo Alentejo. Argumentos que<br />

levam o ministro a acreditar que<br />

será encontrada uma solução,<br />

pelo que diz estarem reunidas<br />

“todas as condições para que as<br />

obras continuem”.<br />

António Mendonça, que ontem<br />

se estreou perante uma comissão<br />

parlamentar, revela dispor<br />

de “pareceres de juristas reputados<br />

que sustentam os recursos<br />

apresentados no TC” e<br />

garante que nos contratos de<br />

concessões agora chumbados<br />

“houve um acautelamento do<br />

interesse público”. Para o ministro<br />

das Obras Públicas, o aumento<br />

do Valor Actualizado Líquido<br />

(VAL) do esforço financeiro<br />

da Estradas de Portugal<br />

nas concessões rodoviárias –<br />

uma das razões invocadas pelo<br />

TC para recusar o visto prévio –<br />

não é um “argumento suficientemente<br />

forte”, quando equiparado<br />

à importância destes projectos.<br />

Relativamente a esta<br />

matéria, Paulo Campos, secretário<br />

de Estado Adjunto das<br />

Obras Públicas garantiu aos deputados<br />

que “não restam dúvidas<br />

que as propostas adjudicadas<br />

foram as mais baixas apresentadas<br />

a concurso na segunda<br />

fase”. A tutela justifica o aumento<br />

destes valores face à primeira<br />

fase devido à crise mun-<br />

PALAVRA-CHAVE<br />

✽<br />

António Mendonça<br />

diz que a tutela<br />

dispõe<br />

de “pareceres de<br />

juristas reputados<br />

que sustentam<br />

os recursos<br />

apresentados<br />

no Tribunal<br />

de Contas”.<br />

De acordo com<br />

Paulo Campos, os<br />

futuros concursos<br />

para as Parcerias<br />

Público-Privadas<br />

irão acautelar a<br />

figura de<br />

comparador<br />

público exigido pelo<br />

Tribunal de Contas.<br />

Comparador público<br />

A figura do comparador público,<br />

agora exigida pelo Tribunal de<br />

Contas nos contratos de<br />

concessão rodoviária, é na<br />

prática, um estudo económico<br />

financeiro que visa comparar o<br />

regime de Parceria Público<br />

Privada com outros mecanismos<br />

públicos e/ou privados de<br />

financiamento de obras públicas.<br />

dial que levou ao agravamento<br />

das condições de financiamento<br />

das concessionárias. À semelhança<br />

do que já tinha dito durante<br />

a manhã, à margem da<br />

conferência “Parcerias Público<br />

Privadas, Concessões e Portos”,<br />

organizada pelo <strong>Diário</strong><br />

<strong>Económico</strong>, Paulo Campos<br />

lembrou que nos dois primeiros<br />

concursos a não terem visto<br />

prévio, a primeira fase foi em<br />

Marçode2008easegundaem<br />

Outubro desse ano, data em<br />

que as condições económicas se<br />

começaram a degradar.<br />

De acordo com António Mendonça,<br />

os concursos de concessão<br />

só foram lançados depois de<br />

estarem completos estudos prévios<br />

de viabilidade económica e<br />

análises de custo-benefício, os<br />

quais apontam para um saldo<br />

positivo de sete mil milhões de<br />

euros. Paralelamente, defende o<br />

ministro das Obras Públicas, as<br />

novas concessões irão criar cerca<br />

de 72 mil novos postos de trabalho<br />

(entre directos, indirectos<br />

e induzidos), em 2011. “Hipóteses<br />

de partida” que António<br />

Mendonça considera “conservadoras”.<br />

Fazendo uso da sua condição<br />

de economista, o ministro das<br />

Obras Públicas afirmou estar<br />

“plenamente convencido que<br />

estes projectos são fundamentais<br />

para que se passe a um patamar<br />

superior de desenvolvimento do<br />

país” e garante estar disponível<br />

para trabalhar no sentido de “levantar<br />

os constrangimentos” à<br />

continuação das obras “em sintonia<br />

com as exigências do Tribunal<br />

de Contas”.<br />

Apesar de acreditar na<br />

“bondade dos projectos” e na<br />

forma como todos os processos<br />

foram conduzidos, a tutela dizse<br />

disponível para rever as suas<br />

posições para o futuro. Paulo<br />

Campos garantiu aos deputados<br />

que as futuras concessões<br />

vãojáincluirafiguradecomparador<br />

público. “Nenhuma<br />

nova concessão será lançada<br />

sem comparador público”, garantiu<br />

o secretário de Estado,<br />

depois de ter afirmado perante<br />

a comissão de Obras Públicas<br />

que “há 15 concessões rodoviárias<br />

contratualizadas neste país<br />

e em nenhuma delas foi exigido<br />

o comparador público. ■<br />

ASSUNTOS NA COMISSÃO<br />

1<br />

Sete milhões<br />

de saldo positivo<br />

António Mendonça, ministro das<br />

Obras Públicas, Transportes e<br />

Comunicações, garante que as<br />

novas concessões foram alvo de<br />

“estudos extremamente<br />

complexos” antes de serem<br />

lançadas e que os mesmos<br />

resultaram num “saldo positivo de<br />

sete mil milhões de euros para as<br />

seis concessões rodoviárias”.<br />

2<br />

Concessões criam<br />

72 mil empregos<br />

Os estudos de custo e benefício<br />

realizados pela Estradas de<br />

Portugal para as novas seis novas<br />

concessões apontam para a<br />

criação de 72 mil empregos, entre<br />

directos, indirectos e induzidos.<br />

António Mendonça, que diz que o<br />

auge da criação de empregos<br />

será em 2011, quando as obras<br />

alcançarem o pico e acredita que<br />

estes números pecam por defeito.<br />

3<br />

PSD exige demissão<br />

do presidente da EP<br />

O PSD defendeu ontem que a<br />

recusa de visto do Tribunal de<br />

Contas deve ter consequências,<br />

exigindo a demissão do<br />

responsável político ou do<br />

presidente da Estradas de<br />

Portugal, Almerindo Marques.<br />

À saída da comissão, António<br />

Mendonça disse “que não é<br />

legítimo tirar ilações dessa<br />

natureza”. Paulo Campos,<br />

secretário de Estado Adjunto<br />

das Obras Públicas, é o único<br />

responsável político a manter-se<br />

em funções.<br />

AS CONCESSÕES<br />

SOB A MIRA<br />

DO TRIBUNAL<br />

<strong>DE</strong> CONTAS


PONTOS-CHAVE<br />

António Mendonça disse<br />

estar convicto que o<br />

Governo tem argumentos que<br />

podem levar o Tribunal de Contas<br />

a reconsiderar a sua recusa de<br />

visto prévio às concessões.<br />

A construção do novo<br />

aeroporto internacional de<br />

Lisboa pode estar já atrasada<br />

para se conseguir cumprir a<br />

meta de ter um novo aeroporto<br />

em funcionamento em 2017.<br />

Infografia: Mário Malhão | mario.malhao@economico.pt<br />

Portugal é demasiado<br />

pequeno para ter um sistema<br />

portuário espartilhado em sete<br />

administrações portuárias,<br />

segundo os principais<br />

especialistas do sector.<br />

Quinta-feira 3 Dezembro 2009 <strong>Diário</strong> <strong>Económico</strong> 5<br />

Estado vai baixar<br />

custos financeiros<br />

dos contratos<br />

Estradas de Portugal vai<br />

utilizar essa prerrogativa.<br />

Nuno Miguel Silva<br />

e Ana Baptista<br />

nuno.silva@economico.pt<br />

A Estradas de Portugal (EP) tem<br />

a prerrogativa de proceder ao<br />

refinanciamento dos contratos<br />

das novas concessões rodoviárias,<br />

sempre que consiga obter<br />

condições financeiras – ‘pricings’<br />

e ‘spreads’ – mais vantajosos<br />

para os cofres do Estado.<br />

Como o <strong>Diário</strong> <strong>Económico</strong><br />

avançou em primeira mão, se<br />

for a empresa agora liderada por<br />

Almerindo Marques a garantir<br />

um contrato financeiro mais<br />

benéfico todo o acréscimo proporcionado<br />

pela consequente<br />

redução de custos será apropriada<br />

pela Estradas de Portugal.<br />

A segunda via é que as próprias<br />

subconcessionárias obtenham<br />

novos contratos de financiamento<br />

mais vantajosos. Nesse<br />

caso, se a Estradas de Portugal<br />

der autorização, os ganhos<br />

decorrentes serão repartidos<br />

numa base 50%-50%.<br />

“Existe a capacidade de a Estradas<br />

de Portugal se substituir<br />

aos financiamentos que foram<br />

angariados pelas subconcessionárias<br />

e, dessa forma, eliminar<br />

os custos financeiros que decorrem<br />

desse contrato de financiamento.<br />

Nesse caso, a Estradas<br />

de Portugal assume os riscos de<br />

financiamento e, portanto, tem<br />

de fazer uma análise entre benefícios<br />

e perdas, associada a<br />

uma avaliação dos riscos que<br />

fica a assumir nesse contexto”,<br />

explicou ontem Paulo Campos,<br />

secretário de Estado das Obras<br />

Públicas. “Ao longo do contrato<br />

[30 anos], a Estradas de Portugal<br />

pode, face à sua avaliação de<br />

riscos, decidir antecipar o financiamento<br />

que estava contratado<br />

entre a subconcessionáriaeosindicatofinanceiro”,<br />

explicou o governante.<br />

Paulo Campos, em declarações<br />

aos jornalistas, deu a entender<br />

que a decisão do Tribunal<br />

de Contas de chumbar os<br />

vistos prévios aos contratos das<br />

diversas concessões rodoviárias<br />

terá pecado por falta de sensibilidade<br />

face ao turbilhão financeiro<br />

internacional que<br />

ocorreu a meio do processo de<br />

avaliação das propostas. “O<br />

custoentreaprimeiraeasegunda<br />

fase dos concursos parece-nos<br />

ser a matéria mais relevante.OargumentoqueaEstradas<br />

de Portugal apresentou<br />

foi a alteração anormal das circunstâncias<br />

e a nossa expecta-<br />

tivaédequehajaumaapreciação<br />

deste facto”, adiantou Paulo<br />

Campos. “O argumento é relevante<br />

porque é único, não é<br />

repetível, porque uma crise<br />

como esta houve pela última<br />

vez há 80 anos”, destacou.<br />

O secretário de Estado das<br />

Obras Públicas reconheceu que<br />

“as decisões do Tribunal de<br />

Contas terão de ser cumpridas,<br />

esgotadas as últimas instâncias<br />

e os procedimentos administrativos<br />

que existam”. E assegurou:<br />

“Iremos agir em conformidade”.<br />

Paulo Campos continua a relembrar<br />

que o agravamento de<br />

custos ocorreu apenas no capítulo<br />

financeiro, devido à crise<br />

internacional, agravada a partir<br />

da falência do Lehman<br />

Brothers, em Agosto de 2008.<br />

“Os custos de construção e de<br />

manutenção diminuíram em<br />

todos os concursos”, sublinhou.<br />

■com F.F.S.<br />

Paulo Campos deu<br />

a entender que o<br />

Tribunal de Contas<br />

não teve em conta<br />

“a degradação dos<br />

custos financeiros<br />

e económicos”,<br />

do último ano.


6 <strong>Diário</strong> <strong>Económico</strong> Quinta-feira 3 Dezembro 2009<br />

<strong>DE</strong>STAQUE OBRAS PÚBLICAS<br />

Obras nas estradas continuam<br />

enquanto bancos financiarem<br />

Tribunal de Contas cria instabilidade nos parceiros privados das concessões,<br />

mas banca diz manter interesse em financiar. Só não se sabe até quando.<br />

Ana Baptista<br />

ana.baptista@economico.pt<br />

O recente chumbo do Tribunal<br />

de Contas (TC) a cinco concessões<br />

rodoviárias já adjudicadas<br />

trouxe novamente para a mesa<br />

de debate as questões de financiamento<br />

e de viabilidade económica<br />

destas obras. Para as<br />

concessionárias - empresas<br />

como a Soares da Costa, Edifer,<br />

Brisa ou Mota-Engil - e para os<br />

bancos, o clima de instabilidade<br />

gerado por estas decisões é preocupante,<br />

mas apesar de tudo<br />

mantém-se a confiança de que<br />

tudo vai acabar bem, até porque<br />

os investimentos em causa são<br />

importantes para o país.<br />

Sérgio Monteiro, director da<br />

área de ‘project finance’ da Caixa<br />

Banco Investimento, da Caixa<br />

Geral de Depósitos, garantiu,<br />

ontem durante a sua intervenção<br />

na conferência “Parcerias Público<br />

Privadas, Concessões e Portos”,<br />

organizada pelo <strong>Diário</strong><br />

<strong>Económico</strong>, que os bancos mantém<br />

disponibilidade para financiar<br />

este tipo de obras, só não sabem<br />

até quando. “As entidades<br />

bancárias estão dispostas a correr<br />

riscos, mas de forma definida.<br />

Os bancos gostam de estabilidade<br />

e todas estas questões<br />

perturbam e tornam os bancos<br />

mais sensíveis”, disse.<br />

Para o presidente executivo<br />

(CEO) da Soares da Costa, Pedro<br />

Gonçalves, que também interveio<br />

na conferência, os bancos<br />

têm agora um papel fundamental<br />

nestes projectos. “São os bancos<br />

que ditam se as obras avançam<br />

ou não. Enquanto tivermos<br />

suporte dos bancos continuamos<br />

com as obras”, disse à margem<br />

da conferência. Uma afirmação<br />

que vem ao encontro do que AntónioMotajátinhadito.<br />

Contudo, segundo Sérgio<br />

Monteiro uma das razões que<br />

leva a banca a não abandonar estes<br />

investimentos é o facto destas<br />

obras estarem a ser feitas em re-<br />

PUB<br />

Patrocinador:<br />

gime de Parceria Público Privada<br />

(PPP) e com o aval do Estado.<br />

“A grande virtualidade deste<br />

regime de PPP é o facto do risco<br />

estar alocado em quem melhor o<br />

sabe gerir”, disse ainda durante a<br />

sua intervenção.<br />

As vantagens das PPP<br />

Apesar de todas as polémicas geradas<br />

à volta deste regime de<br />

PPP,osintervenientesdoprimeiro<br />

painel da conferência de<br />

ontem - sobre o futuro das concessões<br />

e das PPP - foram consensuais<br />

em relação ao recurso a<br />

este tipo de mecanismo de financiamento,<br />

mas também teceram<br />

críticas.<br />

“O modelo de PPP tem pro-<br />

“Enquanto tivermos<br />

suporte dos bancos<br />

continuamos com as<br />

obras”, disse o CEO<br />

da Soares da Costa,<br />

Pedro Gonçalves.<br />

vas dadas de ser uma excelente<br />

solução para o tipo de infra-estruturas<br />

a que se destina, mas o<br />

Estado tem de clarificar porque<br />

quer envolver os privados nestes<br />

projectos. As PPP foram<br />

usadas como forma de desorçamentação,<br />

mas sem preocupação<br />

com os modelos de alocação<br />

de risco que estas envolvem”,<br />

disse Pedro Gonçalves.<br />

Já Luís Nobre Guedes, sócio da<br />

Cremades Calvo-Sotelo, Siqueira<br />

Castro & Nobre Guedes Advogados,<br />

avançou que um dos grandes<br />

problemas das PPP em Portugal<br />

é a “instabilidade legislativa<br />

que advém de todos os anos se<br />

mudar o normativo legal das<br />

PPP”. Mais, “Portugal tem um<br />

problema em relação ao Tribunal<br />

de Contas. Concordo com o TC,<br />

mas não concordo que demore<br />

um ano até haver um visto prévio”,<br />

disse. Uma opinião partilhada<br />

por Pedro Gonçalves. “É,<br />

no mínimo, perturbador que sobre<br />

uma matéria que foi muito<br />

controversa tenha levado um<br />

ano a ser proferida uma decisão<br />

com o impacto que esta decisão<br />

tem”, disse.<br />

Polémicas à parte, o secretário<br />

de Estado das Obras Públicas,<br />

continua certo de que as PPP são<br />

“uma boa solução, principalmente<br />

no contexto em que hoje<br />

vivemos”. Na sua intervenção no<br />

encerramento da conferência,<br />

Paulo Campos salientou que<br />

através das PPP os riscos são alocados<br />

em quem tem melhores<br />

condições para os alocar; que<br />

“são mais céleres na adjudicação<br />

e na concretização, proporcionam<br />

mais qualidade, diminuem<br />

os desvios e permitem custos de<br />

manutenção mais baixos, e ainda<br />

garantem que o parceiro privado<br />

nunca fica a perder”.<br />

Além disso, Paulo Campos<br />

garantiu que “o Estado tem, obviamente,<br />

capacidade para gerir<br />

as PPP. Desde o mau contrato da<br />

Lusoponte já muita coisa mudou”,<br />

garantiu. ■ com N.M.S.<br />

Portugal tem de<br />

definir prioridades<br />

Augusto Mateus, economista e<br />

consultor, revelou ser adepto do<br />

regime de PPP. Mas para um<br />

Estado avançar com este tipo de<br />

mecanismo é preciso haver<br />

prioridades bem definidas no que<br />

respeita aos investimentos<br />

públicos, defendeu. “O país tem<br />

de ser muito claro naquilo que<br />

são as suas prioridades, que têm<br />

de ser poucas e concentradas”,<br />

disse o professor catedrático do<br />

Instituto Superior de Economia e<br />

Gestão (ISEG), acrescentando que<br />

só depois “pode chamar os<br />

privados para gerir”. Uma opinião<br />

partilhada por Luís Nobre Guedes.<br />

Na sua intervenção, o advogado<br />

alertou, para o facto de Portugal<br />

precisar “de um consenso<br />

nacional em relação ao que se vai<br />

fazer”. Contudo, Augusto Mateus<br />

não negou que “o país precisa de<br />

investimento, precisa de investir<br />

com prioridades e precisa das<br />

PPP para isso”. Mas alertou que<br />

os investimentos em infraestruturas<br />

devem ter como<br />

objectivo dinamizar a economia.<br />

“O novo aeroporto de Lisboa, se<br />

for construído numa lógica de<br />

infra-estrutura, será um ‘flop’<br />

total. Os aeroportos não são<br />

infra-estruturas, são espaços<br />

empresariais”, comentou. A.B.<br />

Os intervenientes do primeiro<br />

painel da conferência - sobre o<br />

futuro das concessões e das PPP -<br />

foram consensuais em relação ao<br />

recursoaestetipodemecanismo<br />

de financiamento.<br />

Conferência «Parcerias Público-Privadas, Concessões e Portos»


Augusto Mateus,<br />

professor<br />

catedrático<br />

do ISEG<br />

“Somos um país que não cresce<br />

há dez anos e para voltar a<br />

crescer é preciso investir, mas o<br />

país precisa de investimento com<br />

prioridades. Os investimentos de<br />

paixão puseram-nos a fazer os<br />

estádios de futebol.”<br />

Pedro de Almeida<br />

Gonçalves,<br />

CEO da Soares<br />

da Costa<br />

“As dificuldades de estruturação<br />

edeexecuçãodoscontratos<br />

de parcerias público-privadas não<br />

são técnico-jurídicas,<br />

técnico-económicas<br />

ou técnico-financeiras. Não.<br />

São ideológicas.”<br />

João Paulo Dias<br />

Rui Horta e Costa,<br />

CEO da Astérion,<br />

Consórcio<br />

Português<br />

de Aeroportos<br />

“O aeroporto do Porto fez um<br />

investimento que não conseguiria<br />

fazer sozinho, graças à subsidiação<br />

cruzada. Foi ajudado pelos ‘irmãos’<br />

de Lisboa e de Faro. É necessário<br />

rentabilizar esse investimento e<br />

fazer uma cidade aeroportuária.”<br />

Quinta-feira 3 Dezembro 2009 <strong>Diário</strong> <strong>Económico</strong> 7<br />

Construção do<br />

novo aeroporto<br />

já está atrasada<br />

CEO do Astérion critica falta<br />

de avanços no processo.<br />

Nuno Miguel Silva<br />

nuno.silva@economico.pt<br />

Estão a ser queimados todos os<br />

prazos para que a construção do<br />

novo aeroporto internacional de<br />

Lisboa fique concluída na data<br />

prevista – em 2017.<br />

O alerta foi ontem dado por<br />

Rui Horta e Costa, CEO do Astérion,<br />

consórcio concorrente a<br />

esta infra-estrutura integrado<br />

pela Brisa, Mota-Engileagrande<br />

maioria dos bancos nacionais.<br />

“Começamos a estar atrasados<br />

para construir o aeroporto. Um<br />

projecto deste tipo demora seis<br />

anos a construir, com almofadas,<br />

no mínimo cinco anos e meio,<br />

sem qualquer almofada”, avisou<br />

Rui Horta e Costa.<br />

Se se iniciasse já em Janeiro, o<br />

novo aeroporto estaria operacional<br />

entre meados de 2015 e início<br />

de 2016, mas ainda faltam muitas<br />

peças para chegar a essa fase, nomeadamente<br />

a publicação do<br />

quadro tarifário, do contrato de<br />

concessão e do regulamento do<br />

concurso, onde ficarão definidas<br />

questões essenciais como a partilhaderiscos,operímetrodeenvolvimento<br />

dos privados, a parcela<br />

da ANA a privatizar e o universo<br />

de aeroportos a incluir no<br />

pacote. Depois disso, tem ainda<br />

de ser percorrida a via do próprio<br />

concurso público que, nestes casos,<br />

nunca é inferior a um ano.<br />

Assim, as obras nunca irão arrancar<br />

antes de 2011 e cada mês sem<br />

decisões é meio caminho andado<br />

para falhar a meta de ter o novo<br />

aeroporto a funcionar em 2017.<br />

“Lisboa tem de decidir se quer<br />

continuar a ser uma cidade regional<br />

ou se quer ser um ‘hub’<br />

para a América Latina, do Sul,<br />

para a Ásia e África. Se é isso que<br />

quer, tem de se despachar”, sublinhouRuiHortaeCosta.Oadministrador<br />

executivo do Astérion,<br />

insurgiu-se contra a falta de<br />

avanços neste ‘dossier’. “O processo<br />

do aeroporto é tranquilo<br />

porque não se passa nada. Não é<br />

Luís Nobre Guedes,<br />

sócio da Cremades<br />

Calvo-Sotelo,<br />

Siqueira Castro &<br />

Nobre Guedes<br />

“Não podemos admitir<br />

que esta decisão demore<br />

um ano. Isto tem que demorar<br />

um mês. É necessário ter<br />

presente que o Tribunal de<br />

Contas debate-se hoje<br />

em dia com falta de meios.”<br />

necessariamente bom. Espantame<br />

que o assunto em que há menos<br />

controvérsia, é onde não se<br />

avança nada”, criticou.<br />

Sobre a Portela, Rui Horta e<br />

Costa foi cáustico: “Hoje, temos<br />

uma estação de autocarros onde<br />

aterram aviões”. Quanto ao conceito<br />

“Portela+1”, disse que “é<br />

uma ideia interessante, mas que<br />

não faz sentido nenhum”. Defendendo<br />

que a Portela deve fechar<br />

no dia em que abrir o novo<br />

aeroporto, Rui Horta e Costa resumiu<br />

os objectivos previstos<br />

paraonovoaeroporto:“Temosde<br />

aumentar as receitas de nãoaviação,<br />

como o retalho, o estacionamento,<br />

‘rent-a-car’”.<br />

“O que defendo é a criação de<br />

uma cidade aeroportuária onde<br />

as empresas beneficiem de condições<br />

logísticas como não têm<br />

em mais lado nenhum”, sublinhou<br />

aquele responsável. Horta e<br />

Costa adiantou que “o mais urgente<br />

é determinar se se quer fazer<br />

um novo aeroporto ou não e<br />

se se inclui ou não o aeroporto do<br />

Porto. A forma como se faz o<br />

novo aeroporto é uma segunda<br />

questão derivada da primeira”.<br />

“O privado é flexível. Se for<br />

um investimento público, encaramo-lonaópticadaconstrução<br />

da infra-estrutura. Se<br />

for uma privatização da ANA,<br />

também encaramos isso”, concluiu.<br />

■ com A.B.<br />

AEROPORTO DO PORTO<br />

Gestão separada<br />

A possibilidade de autonomizar a<br />

gestão do aeroporto Sá Carneiro,<br />

no Porto, também foi criticada<br />

por Rui Horta e Costa. “O Porto<br />

perde mais com a separação do<br />

que o resto do sistema<br />

aeroportuário nacional. Mas, se<br />

decidirem separar o aeroporto do<br />

Porto, levem também o passivo”.<br />

Sérgio Monteiro<br />

director-<br />

-coordenador<br />

da Caixa Banco<br />

de Investimento<br />

“O Banco Europeu de Investimento<br />

é um financiador importante no<br />

regime de Parceria Público Privada<br />

(PPP) e o actual presidente tem<br />

conseguido captar fundos para os<br />

projectos. Portugal está sempre<br />

acima da quota europeia de PPP.”


8 <strong>Diário</strong> <strong>Económico</strong> Quinta-feira 3 Dezembro 2009<br />

<strong>DE</strong>STAQUE<br />

<strong>DE</strong>STAQUE OBRAS PÚBLICAS<br />

O porto de Lisboa é o primeiro do<br />

país e o segundo ibérico em granéis<br />

alimentares, bem como primeiro<br />

nacional em contentores.<br />

Gestores públicos e privados<br />

exigem fusões nos portos<br />

Nuno Miguel Silva<br />

nuno.silva@economico.pt<br />

Portugal é demasiado pequeno<br />

paraterumsistemaportuário<br />

espartilhado em sete administrações<br />

portuárias. Esta foi uma<br />

das conclusões principais do debate<br />

do painel dedicado à “Importância<br />

dos Portos na Economia<br />

Nacional”.<br />

Quer Natércia Cabral, presidente<br />

da APL – Administração do<br />

Porto de Lisboa, quer Eduardo Pimentel,<br />

administrador da Mota-<br />

Engil Ambiente e Serviços foram<br />

ontem unânimes ao considerar<br />

que o modelo de gestão do sector<br />

portuário português está desadequado<br />

da dimensão da economia<br />

nacional e das tendências da procura<br />

do sector a nível internacional.<br />

Com a particularidade de representarem<br />

as visões privada e<br />

públicadegestãodestesector.<br />

“Faz sentido termos sete administrações<br />

portuárias. Aveiro<br />

e Leixões, Lisboa e Setúbal não<br />

fazem parte das mesmas regiões<br />

portuárias?”, questionou<br />

Eduardo Pimentel. O responsável<br />

da Mota pelo sector portuário<br />

defendeu a necessidade de a<br />

actividade “ser vista de uma<br />

forma nacional”.<br />

“Num país com as nossas dimensões,<br />

temos de especializar os<br />

portos, inserindo-os numa estratégia<br />

nacional e de competitividade<br />

internacional. Temos algumas<br />

infra-estruturas relativamente<br />

desperdiçadas, mas noutras<br />

áreas temos faltas”, acrescentou<br />

Eduardo Pimentel.<br />

Sobre os contentores, o administrador<br />

da Mota foi bastante<br />

crítico. “Em Portugal, não chegamos<br />

a um milhão de TEUS [medida<br />

equivalente de contentores]<br />

porano.Istoéumterminaldeum<br />

grande porto europeu. Nós temos<br />

cinco terminais, três em Lisboa,<br />

um em Leixões e outro em Sines”.<br />

“Precisamos de criar massa<br />

crítica que hoje não temos”, concluiu<br />

Eduardo Pimentel. A mesma<br />

opinião foi proferida por Natércia<br />

Cabral, presidente da APL. “Penso<br />

que faz sentido uma melhor integração<br />

entre o porto de Lisboa e<br />

o porto de Setúbal, porque fazem<br />

parte da mesma região”, defendeu<br />

esta gestora pública.<br />

Natércia Cabral acrescentou<br />

que, no seu entender, “todo o sistema<br />

[portuário] tem de ser re-<br />

João Paulo Dias<br />

Presidente do porto de Lisboa defende maior integração com Setúbal<br />

e um novo modelo de gestão do sector, agora dividido em sete administrações.<br />

EVOLUÇÃO DA ACTIVIDA<strong>DE</strong><br />

64,9 milhões<br />

Os principais portos de Portugal -<br />

Sines, Setúbal, Lisboa, Leixões<br />

e Aveiro movimentaram 64,9<br />

milhões de toneladas em 2008,<br />

um número que compara com<br />

os 59,2 milhões de toneladas<br />

de 2004.<br />

OS PORTOS NA ECONOMIA<br />

25,2 milhões<br />

A actividade portuária<br />

representa 5% do PIB nacional,<br />

sendo que Sines contribuiu<br />

para as toneladas movimentadas<br />

em 2008, com 25,2 milhões,<br />

38,8% do total.<br />

pensado”, até porque foi “o próprio<br />

mercado que acabou por fazer<br />

uma certa integração, com diversos<br />

operadores a trabalhar em<br />

terminais de diversos portos”. Por<br />

isso, a presidente do Porto de Lisboa<br />

considera que é imperioso<br />

que “a Administração Pública<br />

tem de dar mais um passo para<br />

acompanhar essa integração”.<br />

Com a polémica do contrato de<br />

prorrogaçãodaconcessãodoterminaldecontentoresdeAlcântara<br />

como pano de fundo, a presidente<br />

da APL defendeu a necessidade<br />

de desenvolver o potencial<br />

deste terminal e sublinhou que<br />

“não vamos fazer expansões, mas<br />

apenas optimizar espaços”.<br />

Sobre as alternativas, Natércia<br />

Cabral foi peremptória:<br />

“Existem zonas de reserva no<br />

estuário do Tejo que podem ser<br />

usadas como zonas de expansão,<br />

mas é preciso que a sociedade<br />

decidaqualéomodelodenegócio<br />

que prefere. Pessoalmente,<br />

penso que se devem manter essaszonasdereserva,atépara<br />

evitar tentações de ocupações<br />

de outra natureza, menos benéficas<br />

para a economia e mais<br />

prejudiciais para o ambiente”. ■<br />

Miguel Sequeira,<br />

presidente do<br />

Instituto Portuário<br />

e dos Transportes<br />

Marítimos (IPTM)<br />

“A questão da massa crítica<br />

é fundamental, assim como<br />

ver o sector portuário numa<br />

perspectiva de economia global.”<br />

Eduardo Pimentel,<br />

administrador<br />

da Mota-Engil<br />

Ambiente e Serviços<br />

“Quebrado que seja o contrato<br />

com a Liscont, as consequências<br />

também estão previstas, mas não<br />

acredito que isso vá acontecer.”<br />

Francisco Mendes<br />

Palma, director<br />

de research<br />

sectorial do BES<br />

“Actividade portuária em Portugal<br />

representa 5% do PIB. Só o porto<br />

de Roterdão equivale a 10% do<br />

Produto Interno Bruto holandês.”<br />

Manuel Agria,<br />

vice-presidente<br />

executivo<br />

da ANEOP<br />

“O comércio internacional<br />

tem crescido mais do que<br />

a produção mundial. E o comércio<br />

de mercadorias em contentores<br />

cresceu mais que o comércio geral.”<br />

Natércia<br />

Magalhães Cabral,<br />

presidente<br />

da Administração<br />

do Porto de Lisboa<br />

“Os sectores do turismo,<br />

dos contentores e dos granéis<br />

alimentares são os sectores de<br />

aposta do porto de Lisboa para o<br />

desenvolvimento da região.”<br />

Rui Pinto,<br />

director<br />

de Marketing<br />

da PSA Sines<br />

“De 2009 a 2015, vamos<br />

investir 150 milhões de euros<br />

para reforçar a capacidade do<br />

terminal de contentores de 400<br />

mil para 1,4 milhões de TEUS.”


PUB


Fotos: João Paulo Dias<br />

10 <strong>Diário</strong> <strong>Económico</strong> Quinta-feira 3 Dezembro 2009<br />

<strong>DE</strong>STAQUE<br />

1 2<br />

5 1 Aspecto da sala do Hotel<br />

Dom Pedro, em Lisboa,<br />

onde decorreu a<br />

Conferência “Parcerias<br />

Público-Privadas,<br />

Concessões e Portos”<br />

promovida pelo <strong>Diário</strong><br />

<strong>Económico</strong>.<br />

7<br />

6<br />

<strong>DE</strong>STAQUE OBRAS PÚBLICAS<br />

2 Pedro de Almeida<br />

Gonçalves, presidente<br />

exectuivodaSoares<br />

da Costa .<br />

3 Rogério Carapuça,<br />

presidente da Novabase.<br />

4 Paulo André,<br />

administrador do Grupo<br />

Lenaparaaáreadas<br />

concessões.<br />

5 Manuel Agria, vice-<br />

-presidente da ANEOP<br />

com o secretário de Estado<br />

Adjunto das Obras<br />

Públicas e das<br />

Comunicações, Paulo<br />

Campos.<br />

6 Alberto Barbosa,<br />

administrador da Efacec<br />

à conversa com Rui Horta<br />

e Costa, presidente<br />

executivo da Asterion -<br />

Consórcio Português<br />

de Aeroportos.<br />

7 João Soares, director-<br />

-geral da Logimaris com<br />

Eduardo Pimentel,<br />

administrador da Mota-<br />

-Engil Ambiente e<br />

Serviços.<br />

8 Sérgio Monteiro,<br />

director-coordenador<br />

de Structered e Project<br />

Finance da Caixa Banco<br />

de Investimento e André<br />

Gorjão Costa, directorcoordenador<br />

da área<br />

de Crédito Estruturado<br />

do Santander Totta.<br />

9 Pedro Menéres Cudell,<br />

administrador da Asterion.<br />

10 Jorge Costa, presidente<br />

da APLOG - Associação<br />

Portuguesa de Logística.<br />

8<br />

9 10<br />

3<br />

4


PUB


Paulo Alexandre Coelho (Arquivo)<br />

12 <strong>Diário</strong> <strong>Económico</strong> Quinta-feira 3 Dezembro 2009<br />

ECONOMIA<br />

Omissões reforçam<br />

dúvidas dos partidos<br />

sobre o rectificativo<br />

Partidos ainda não decidiram sentido de voto sobre o Orçamento<br />

Rectificativo. Teixeira dos Santos pressiona aprovação.<br />

Luís Reis Pires<br />

e Margarida Peixoto<br />

luis.pires@economico.pt<br />

A falta de respostas do ministro<br />

das Finanças, Teixeira dos Santos,<br />

às dúvidas dos deputados da oposição<br />

sobre o orçamento rectificativo<br />

vem reforçar a incerteza sobre<br />

a aprovação do documento.<br />

Ontem, durante a reunião da comissão<br />

de orçamento e finanças,<br />

o ministro evitou várias das questões<br />

apresentadas pela oposição,<br />

masaumentouapressãoparaa<br />

viabilização do documento, lembrando<br />

à oposição que precisa de<br />

mais verbas para pagar despesas<br />

já assumidas.<br />

No final da reunião, os deputados<br />

foram unânimes nas críticas<br />

à falta de justificações sobre<br />

um documento cuja discussão e<br />

votaçãonoplenárioestámarcada<br />

para daqui a pouco mais de uma<br />

semana, no dia 11 de Dezembro.<br />

Uma das questões em que a oposição<br />

mais insistiu foi o porquê de<br />

o Governo pedir um acréscimo<br />

na dotação provisional de 310<br />

milhões de euros e o que tinha<br />

acontecido aos cerca de 600 milhões<br />

na dotação provisional inscrita<br />

no Orçamento de Estado.<br />

Depois de muita insistência,<br />

Teixeira dos Santos explicou que<br />

o Executivo tem “sinais, que se<br />

poderão concretizar ou não, de<br />

que poderão vir a ser necessárias<br />

verbas adicionais” para determinados<br />

encargos que ainda “não<br />

são certos e determinados”, em<br />

“situações de reserva, situações<br />

de saúde, por causa da Gripe A”.<br />

E também para os “serviços integrados<br />

da Caixa Geral de Aposentação”,<br />

porque “foi o primeiro<br />

ano do seu funcionamento e<br />

poderão vir a manifestar insuficiência<br />

de verbas”.<br />

Os deputados esperavam<br />

também mais explicações sobre a<br />

situação das contas públicas e o<br />

cenário macroeconómico.O relatóriodoOrçamentonãocontempla,<br />

por exemplo, as previsões<br />

do Governo para a dívida<br />

pública-aprevisãomaisrecente,<br />

da Comissão Europeia, aponta<br />

para 77,4% do PIB - nem dá um<br />

valor exacto para o do défice.<br />

Sabe-se apenas que andará perto<br />

do previsto por Bruxelas: cerca<br />

de 8% do PIB. Miguel Frasquilho,<br />

do PSD, um dos que mais contestou<br />

o silêncio de Teixeira dos<br />

Santos, disse ao <strong>Diário</strong> <strong>Económico</strong><br />

que o maior partido da oposição<br />

está “extremamente desapontado”<br />

com a falta de “estimativas<br />

para o valor do défice orçamentaleodéficedossubsectores”edeprevisõesparao“PIB,<br />

desemprego ou qualquer indicador<br />

macroeconómico”. Frasquilho<br />

considera que Teixeira dos<br />

Santos “não quis informar” os<br />

deputados. “ É inadmissível e<br />

uma falta de respeito para com os<br />

deputados. Até porque não acredito<br />

que a um mês do final do ano<br />

o Governo não saiba qual é o valor<br />

do défice orçamental”, frisou,<br />

antes de acrescentar que “para [o<br />

PSD] decidir o sentido de voto<br />

[sobre a aprovação do documento],<br />

será preciso esperar pelo debate<br />

de dia 11 e pela votação”.<br />

Uma das questões em<br />

que a oposição mais<br />

insistiu foi o porquê de<br />

o Governo pedir um<br />

reforço de dotação<br />

provisional de 310<br />

milhões de euros.<br />

Ficou também por saber como<br />

tenciona o Governo levar a cabo a<br />

consolidação orçamental dentro<br />

da meta prevista - Bruxelas impôs<br />

a Portugal que o défice recue para<br />

valores abaixo dos 3% em 2013,<br />

prazo que foi ontem formalizado<br />

no Ecofin (ver pá<strong>gina</strong> 31)-, uma<br />

questão levantada por Honório<br />

Novo. O deputado comunista disse<br />

ao <strong>Diário</strong> <strong>Económico</strong> que a CDU<br />

está “a ponderar” se apresenta ou<br />

não “propostas de alteração” ao<br />

Orçamento Rectificativo, que poderão<br />

ser entregues até dia 9 de<br />

Dezembro. “Quando ao sentido<br />

de voto [da CDU sobre a aprovação<br />

do Orçamento Rectificativo]”,<br />

acrescentou que o partido comunista<br />

ainda não tomou uma decisão,<br />

porque para isso acontecer<br />

“seria preciso que o ministro das<br />

Finanças tivesse dado mais informações<br />

aos deputados”.<br />

Enquanto a oposição não se<br />

decide, o Governo vai fazendo<br />

pressão. Teixeira dos Santos disse<br />

que caso a Assembleia não aprove<br />

o rectificativo, está a dizer ao país<br />

que não permitiu ao Estado “obter<br />

os fundos necessários para<br />

colmatar esta quebra da receita”,<br />

que consta no documento, estimada<br />

em 4,9 mil milhões. “A Assembleia,<br />

em vez de ser parte da<br />

solução, passou a fazer parte do<br />

problema das contas públicas,<br />

com as medidas que reprovou na<br />

sexta-feira”, acusou o ministro,<br />

referindo-se ao adiamento do<br />

Código Contributivo e à extinção<br />

do Pagamento Especial por Conta<br />

que, juntos, vão custar ao Estado<br />

cerca de 380 milhões de euros.<br />

Na altura, o ministro dos Assuntos<br />

Parlamentares, Jorge Lacão,<br />

afirmou ainda que se todas as<br />

propostas da oposição fossem<br />

aprovadas (incluindo alterações<br />

às pensões ou ao subsídio de desemprego),<br />

seria criado um desequilíbrio<br />

orçamental de 2,3 mil<br />

milhões de euros.<br />

Ao mesmo tempo que o Governo<br />

pede verbas para pagar<br />

despesas já assumidas, a indústria<br />

farmacêutica e as construtores<br />

pedem mais apoio (ver texto<br />

ao lado). ■<br />

Preços à saída das fábricas recuam 6,7%<br />

Os preços na produção industrial caíram em Outubro pelo décimo mês<br />

consecutivo, recuando 6,7% face a igual mês do ano anterior, de acordo<br />

com dados do Eurostat. Portugal acompanhou a tendência com uma<br />

quebra homóloga de 4,2% dos preços à saída das fábricas. Na União<br />

Europeia no seu conjunto (UE-27), os preços na produção recuaram 5,8%,<br />

indica o departamento de estatísticas europeus. Este recuo marca um<br />

abrandamento da tendência de queda dos preços.<br />

“<br />

O TEMA: TIMING DO ORÇAMENTO<br />

Ter avançado com o rectificativo<br />

em Maio/Junho seria manifestamente<br />

insuficiente para cobrir a quebra<br />

da receita que acaba por se constatar<br />

este ano. Era prematuro. Se eu tivesse<br />

avançado com um Orçamento<br />

RectificativoemMaioouJunhodesteano,<br />

estaríamos agora a discutir uma terceira<br />

proposta de alteração ao Orçamento”.<br />

A EXPLICAÇÃO: Foi com esta frase que o ministro das<br />

Finanças recusou a ideia do Orçamento Rectificativo ter sido<br />

apresentado tardiamente, por questões de ‘timming’ político.<br />

O ministro lembrou que a previsão de Maio para a quebra na<br />

receita ficou aquém do que acabou por se verificar.<br />

O TEMA: O DÉFICE<br />

“Orçamento Rectificativo mostra<br />

claramente a situação do subsector<br />

Estado. O défice das Administrações<br />

Públicas não estará abaixo dos 8%”.<br />

A EXPLICAÇÃO: Depois de dizer apenas que o défice<br />

andará em torno dos 8%, sem explicar se um pouco acima<br />

ou um pouco abaixo, Teixeira dos Santos concretizou<br />

ontem um pouco mais. Pode ficar perto dos 8%, mas ficará<br />

sempre acima desse valor.<br />

O TEMA: A CONSOLIDAÇÃO<br />

“A correcção orçamental proposta pelo<br />

Governo significa que o agravamento<br />

das contas públicas chegou ao fim.”<br />

A EXPLICAÇÃO: Foi mais uma forma do ministro responder<br />

às críticas de que a proposta de correcção orçamental<br />

chega tarde. Teixeira dos Santos disse que era<br />

muito difícil prever no início do ano qual seria a deterioração<br />

das contas públicas e que não fazia sentido apresentar<br />

o documento antes.


EURO<br />

face ao dólar<br />

1,5109<br />

PETRÓLEO<br />

valor em dólares<br />

79,67<br />

TAXA EURIBOR<br />

a seis meses<br />

0,998<br />

“O TEMA: COMPROMISSOS<br />

AGENDA DO DIA<br />

● O Banco Central Europeu decide<br />

sobre a política de juros. A taxa<br />

directora deve manter-se inalterada,<br />

mas poderão terminar algumas<br />

medidas de apoio aos bancos.<br />

● O Eurostat divulga o PIB da zona<br />

euro no terceiro trimestre do ano.<br />

O Orçamento Rectificativo<br />

acontece porque a receita cobrada<br />

é insuficiente, não porque o Estado<br />

gastou mais do que a Assembleia da<br />

República autorizou. Se a Assembleia<br />

entender que não deve agora dar este<br />

financiamento, está a dizer ao país<br />

queautorizouoEstadoagastar,<br />

mas não lhe quer dar os meios<br />

necessários para honrar os<br />

compromissos com os fornecedores<br />

e obter os fundos necessários para<br />

colmatar esta quebra da receita”.<br />

A EXPLICAÇÃO: Teixeira dos Santos referia-se ao facto<br />

de a Assembleia ter aprovado o aumento da despesa do<br />

Estado para combater a crise económica e que agora é<br />

necessário arranjar maneira de obter financiamento para<br />

cobrir essa despesas, uma vez que não se pode ir buscar<br />

esse montante à receita, que sofreu uma quebra brutal.<br />

O TEMA: GOVERNO <strong>DE</strong> MINORIA<br />

“A Assembleia da República,<br />

em vez de ser parte da solução,<br />

passou a fazer parte do problema<br />

das contas públicas, com as medidas<br />

que reprovou na sexta-feira”.<br />

A EXPLICAÇÃO: O ministro das Finanças referia-se<br />

ao adiamento da entrada em vigor do Código<br />

Contributivo e à extinção do Pagamento Especial<br />

por Conta que, juntos, vão custar ao Estado cerca<br />

de 380 milhões de euros este ano.<br />

Quinta-feira 3 Dezembro 2009 <strong>Diário</strong> <strong>Económico</strong> 13<br />

Fornecedores<br />

do Estado<br />

reclamam<br />

2.300 milhões<br />

Construtoras e indústria<br />

farmacêutica exigem<br />

pagamento de dívidas.<br />

A indústria farmacêutica e os<br />

construtores de obras públicas<br />

consideram que o Estado devia<br />

pagar as dívidas a tempo e horas<br />

ou lançar um novo programa<br />

que permitisse saldar os valores<br />

em falta, que já chegam aos<br />

2.300 milhões de euros.<br />

Em declarações à Agência<br />

Lusa, o presidente da Associação<br />

Portuguesa da Indústria<br />

Farmacêutica diz ver “com<br />

muito bons olhos” o lançamento<br />

de um novo plano que permita<br />

pagar os 585 milhões de euros<br />

que os hospitais do Serviço Nacional<br />

de Saúde (SNS) deviam<br />

aos laboratórios pelo fornecimento<br />

de medicamentos e material<br />

de consumo clínico. Para<br />

resolver o problema, o presidente<br />

da Associação Portuguesa<br />

da Indústria Farmacêutica, João<br />

Almeida Lopes, só vê duas soluções:<br />

“Ou um novo plano de pagamento<br />

das dívidas ou então<br />

uma injecção financeira nos<br />

hospitais para reduzir os montantes<br />

em falta”.<br />

No final do ano passado, o<br />

Governo aprovou um plano que<br />

previa o pagamento de 1,7 mil<br />

milhões de euros para saldar as<br />

dívidas com mais de 90 dias.<br />

Cercadeumanodepois,asituação<br />

não melhorou tanto<br />

quanto os fornecedores desejavam.<br />

“Temos a sensação de que<br />

houve alguma melhoria no final<br />

do primeiro semestre, mas não<br />

o suficiente para inverter a tendência”,<br />

explica o presidente da<br />

Federação Portuguesa da Indústria<br />

da Construção e Obras Públicas<br />

(Fepicop). Para Ricardo<br />

Pedrosa, o pagamento a tempo e<br />

horas “devia ser uma prática<br />

comum e não termos de andar<br />

constantemente a criar planos<br />

especiais porque existem directivas<br />

comunitárias e leis”. A associação<br />

estima em 900 milhões<br />

as dívidas das autarquias e em<br />

800 milhões as do Estado. ■<br />

<strong>Plano</strong> de pagamento<br />

de dívidas aprovado<br />

no final do ano<br />

passado foi<br />

insuficiente.


14 <strong>Diário</strong> <strong>Económico</strong> Quinta-feira 3 Dezembro 2009<br />

ECONOMIA<br />

MEDIDAS ANTI-DUMPING<br />

Bruxelas quer prolongar por 15 meses<br />

taxas sobre calçado da China e Vietname<br />

A Comissão Europeia propôs ontem o prolongamento por mais 15 meses<br />

das sobretaxas de alfândega impostas ao calçado de couro fabricado na<br />

China e Vietname, como medida ‘anti-dumping’ para proteger a produção<br />

da União Europeia. As sobretaxas foram impostas em 2006 e são de<br />

16,5% para o calçado em couro da China e de 10% para o do Vietname<br />

e uma investigação desenvolvida pelo Executivo comunitário concluiu<br />

que a sua manutenção se justifica.<br />

Oposição está<br />

de acordo para<br />

alargar subsídio<br />

de desemprego<br />

PSD, CDS, Bloco e PCP querem dar subsídio<br />

por mais tempo, pelo menos em 2010.<br />

Margarida Peixoto<br />

margarida.peixoto@economico.pt<br />

Os partidos da oposição vão tentar<br />

impor o alargamento, pelo<br />

menos temporário, do período de<br />

concessão do subsídio de desemprego,<br />

como forma de ajudar<br />

muitas famílias a enfrentar a crise.<br />

A medida será discutida já no<br />

arranque do próximo ano.<br />

Com a taxa de desemprego a<br />

atingir os 10,2%, de acordo com<br />

dados do Eurostat divulgados<br />

esta segunda-feira, a oposição<br />

está determinada a aumentar a<br />

protecção dos mais de 547 mil<br />

portugueses que perderam o seu<br />

posto de trabalho.<br />

Os quatro projectos de lei que<br />

deram entrada na Assembleia da<br />

República durante o mês de Novembro,<br />

um da autoria de cada<br />

partido da oposição, têm um<br />

ponto em comum: prevêem um<br />

alargamentodonúmerodemeses<br />

de subsídio a que os desempregados<br />

têm direito. Neste momento,<br />

os prazos são definidos<br />

A disponibilidade<br />

do PCP para<br />

chegar a acordo é<br />

“total”, diz o<br />

deputado Jorge<br />

Machado. Mas o<br />

PCP vai “mais<br />

longe que os<br />

partidos de<br />

direita”, sublinha.<br />

Rosário Águas,<br />

deputada do PSD,<br />

admite que “em<br />

último caso, se o<br />

Governo se<br />

mostrar<br />

irredutível”, o PSD<br />

poderá procurar<br />

consensos com a<br />

oposição.<br />

em função da idade e da carreira<br />

contributiva e variam entre nove<br />

mesesedoisanosemeio.<br />

“O objectivo é que o Governo<br />

se entenda com o maior partido<br />

daoposição,queéoPSD,eque<br />

mude a sua postura”, diz a deputada<br />

social-democrata Rosário<br />

Águas, sublinhando que este é o<br />

primeiro passo. Contudo, admite<br />

que “em último caso, se o Governo<br />

se mostrar irredutível”, o<br />

PSD poderá procurar consensos<br />

com a oposição.<br />

À partida, o entendimento não<br />

será difícil. “Temos toda a disponibilidade<br />

para conversar com<br />

todos os partidos”, diz Pedro<br />

Mota Soares, deputado do CDS,<br />

ressalvando que o seu partido “só<br />

admite o alargamento temporal,<br />

na lógica do combate à crise” –<br />

uma condição que vai ao encontro<br />

da posição do PSD.<br />

Aliás,estaéaprincipaldiferença<br />

que separa as iniciativas da<br />

direita das da esquerda: estabelecer<br />

se o alargamento do período<br />

deconcessãodeveserumamedida<br />

excepcional, a aplicar apenas<br />

enquanto a crise económica se verificar,<br />

ou se deve passar a ser definitiva.<br />

Os partidos da esquerda –<br />

BE e PCP – defendem uma mudança<br />

definitiva, enquanto os da<br />

direita – PSD e CDS – sublinham<br />

que deve ser uma alteração temporária,<br />

a vigorar durante 2010.<br />

“O mais importante é mudar<br />

o estado de coisas” e não “ver<br />

quem coloca a bandeira”, diz<br />

Mariana Aiveca, deputada do<br />

Bloco de Esquerda. E acrescenta:<br />

“Queremos fazer a convergência<br />

onde ela seja possível”. Posição<br />

semelhante tem o PCP, que assume<br />

que a sua disponibilidade<br />

para chegar a um ponto de acordo<br />

com a oposição é “total”, diz<br />

o deputado Jorge Machado. “Nós<br />

vamos mais longe do que os partidos<br />

de direita”, reconhece, sublinhando<br />

que estender o subsídio<br />

por seis meses “é insuficienteporquenãoseprevêqueacrise<br />

acabe já”. Ainda assim, admite<br />

que o PCP “está disponível”<br />

para negociar. ■<br />

Banco Mundial diz que metade dos<br />

ganhos conseguidos estão perdidos.<br />

PAÍSES EMERGENTES NA EUROPA E ÁSIA CENTRAL<br />

Banco Mundial prevê mais dez milhões<br />

de pobres em 2010 por causa da crise<br />

Metade dos ganhos conseguidos na última década na redução da pobreza<br />

nos países emergentes da Europa e na Ásia Central podem ser perdidos<br />

devido ao impacto da crise financeira, revelou ontem um relatório<br />

do Banco Mundial. As consequências estão quantificadas. De acordo<br />

com as contas do Banco Mundial, esta região do Mundo deverá ter mais<br />

dez milhões de pobres em 2010. A instituição refere no relatório<br />

que os países podem rever os seus programas de apoio.<br />

Paulo Alexandre Coelho<br />

As medidas da ministra Helena<br />

André (na foto acompanhado pelo<br />

secretário de Estado Pedro<br />

Marques) para ajudar os<br />

desempregados não são suficientes<br />

para a oposição.<br />

Alteração do Governo não chega para satisfazer a oposição<br />

No início de Novembro o Governo<br />

já tinha anunciado uma alteração<br />

às regras de acesso aos subsídio<br />

de desemprego. Durante o<br />

próximo ano, como medida<br />

excepcional, o tempo de<br />

descontos necessários para ter<br />

direito à prestação será mais<br />

curto. Em vez dos normais 450<br />

dias, bastarão 365 dias, ou seja,<br />

menos três meses de trabalho. De<br />

acordo com as estimativas do<br />

Governo, esta alteração vai<br />

beneficiar entre oito a dez mil<br />

pessoas. Embora o alargamento<br />

do acesso seja uma das<br />

reivindicações dos deputados,<br />

não chega. “A proposta não<br />

engana, é muito insuficiente<br />

tendoemcontaoscercade700<br />

mil portugueses que estão sem<br />

trabalho, contando com inactivos<br />

e desencorajados”, comenta<br />

Jorge Machado, deputado do PCP.<br />

Os quatro partidos da oposição<br />

estão por isso determinados a<br />

acrescenta mudanças. Até 13 de<br />

Dezembro os projectos de lei da<br />

oposição estão em apreciação<br />

pública. Depois deverá ser<br />

agendado o debate em plenário,<br />

queseprevêqueaconteçano<br />

início do próximo ano.


Quinta-feira 3 Dezembro 2009 <strong>Diário</strong> <strong>Económico</strong> 15<br />

VISÃO EMPRESARIAL<br />

Organizações empresariais prestaram público reconhecimento ao trabalho desenvolvido por empresas da Galiza e do Norte de Portugal nas áreas<br />

da inovação, cooperação transfronteiriça, internacionalização e transferência tecnológica. Atribuídos oito prémios e nove menções honrosas.<br />

SUPLEMENTO S DO JORNAL OFICIAL DA UE<br />

CONCURSOS PÚBLICOS<br />

Contacto:<br />

AEP – Associação Empresarial de Portugal<br />

Av. Dr. António Macedo 4450-617<br />

Leça da Palmeira<br />

Tel: (351) 22 998 1580 Fax: (351) 22 998 1774<br />

www.aeportugal.pt<br />

410<br />

TÍTULO: E-Madrid: Casacos compridos<br />

NÚMERO DO DOCUMENTO: 327553-2009<br />

<strong>DE</strong>SIGNAÇÃO DA ENTIDA<strong>DE</strong>: Dirección General de Tráfico<br />

OBJECTO DO CONTRATO: Casacos compridos.<br />

DATA LIMITE PARA RECEPÇÃO <strong>DE</strong> PROPOSTAS: 8.1.2010.<br />

411<br />

TÍTULO: F-Clermont-Ferrand: Tinta para marcação de estradas<br />

NÚMERO DO DOCUMENTO: 328920-2009<br />

<strong>DE</strong>SIGNAÇÃO DA ENTIDA<strong>DE</strong>: Dir Massif Central<br />

OBJECTO DO CONTRATO: Tinta para marcação de estradas.<br />

DATA LIMITE PARA RECEPÇÃO <strong>DE</strong> PROPOSTAS: 8.1.2010 - 12:00.<br />

412<br />

TÍTULO: IRL-Dublim: Cartões de identificação<br />

NÚMERO DO DOCUMENTO: 329125-2009<br />

<strong>DE</strong>SIGNAÇÃO DA ENTIDA<strong>DE</strong>: Department of Justice, Equality<br />

and Law Reform<br />

OBJECTO DO CONTRATO: Cartões de identificação. Bilhetes de identidade.<br />

Serviços de análise (scanning). Serviços de recolha de dados<br />

DATA LIMITE PARA RECEPÇÃO <strong>DE</strong> PROPOSTAS: 8.1.2010 - 12:00.<br />

413<br />

TÍTULO: PL-Szczecin: Papel autocopiador ou para cópia<br />

NÚMERO DO DOCUMENTO: 327538-2009<br />

<strong>DE</strong>SIGNAÇÃO DA ENTIDA<strong>DE</strong>: “Poczta Polska Spólka Akcyjna”<br />

OBJECTO DO CONTRATO: Papel autocopiador ou para cópia.<br />

DATA LIMITE PARA RECEPÇÃO <strong>DE</strong> PROPOSTAS: 4.1.2010 - 10:30.<br />

414<br />

TÍTULO: UK-Chester: Toalhas de mão de papel<br />

NÚMERO DO DOCUMENTO: 327639-2009<br />

<strong>DE</strong>SIGNAÇÃO DA ENTIDA<strong>DE</strong>: Countess of Chester Hospital<br />

NHS Foundation Trust<br />

OBJECTO DO CONTRATO: Toalhas de mão de papel.<br />

DATA LIMITE PARA RECEPÇÃO <strong>DE</strong> PROPOSTAS: 4.1.2010 - 10:00.<br />

415<br />

TÍTULO: F-Nantes: Mobiliário urbano<br />

NÚMERO DO DOCUMENTO: 331478-2009<br />

<strong>DE</strong>SIGNAÇÃO DA ENTIDA<strong>DE</strong>: Nantes Métropole<br />

OBJECTO DO CONTRATO: Mobiliário urbano.<br />

DATA LIMITE PARA RECEPÇÃO <strong>DE</strong> PROPOSTAS: 7.1.2010 - 12:00.<br />

416<br />

TÍTULO: NL-Rijswijk: Cutelaria<br />

NÚMERO DO DOCUMENTO: 330229-2009<br />

<strong>DE</strong>SIGNAÇÃO DA ENTIDA<strong>DE</strong>: Centraal Orgaan opvang<br />

asielzoekers (COA)<br />

OBJECTO DO CONTRATO: Cutelaria. Equipamento de cozinha,<br />

artigos domésticos e refeições fornecidas (catering). Colheres e<br />

garfos. Artigos de vidro.<br />

DATA LIMITE PARA RECEPÇÃO <strong>DE</strong> PROPOSTAS: 4.1.2010 - 12:00.<br />

417<br />

TÍTULO: E-Reus: Mobiliário (incl. de escritório), acessórios, aparelhos<br />

domésticos (excl. iluminação) e produtos de limpeza<br />

NÚMERO DO DOCUMENTO: 328917-2009<br />

<strong>DE</strong>SIGNAÇÃO DA ENTIDA<strong>DE</strong>: Gestió Comarcal Hospitalària SA<br />

(GECOHSA)<br />

OBJECTODOCONTRATO:Mobiliário (incl. de escritório), acessórios,<br />

aparelhos domésticos (excl. iluminação) e produtos de limpeza.<br />

DATA LIMITE PARA RECEPÇÃO <strong>DE</strong> PROPOSTAS: 5.1.2010 - 14:00.<br />

418<br />

TÍTULO: PL-Bialystok: Vestuário, calçado, malas e artigos de viagem,<br />

acessórios<br />

NÚMERO DO DOCUMENTO: 328846-2009<br />

<strong>DE</strong>SIGNAÇÃO DA ENTIDA<strong>DE</strong>: Samodzielny Publiczny ZOZ Wojewódzki<br />

Szpital Zespolony im. J. Sniedeckiego<br />

OBJECTO DO CONTRATO: Vestuário, calçado, malas e artigos<br />

de viagem, acessórios. Vestuário profissional, vestuário de trabalho<br />

especial e acessórios.<br />

DATA LIMITE PARA RECEPÇÃO <strong>DE</strong> PROPOSTAS: 7.1.2010 - 11:00.<br />

Estes prémios são atribuídos a pequenas<br />

e médias empresas localizadas no Norte<br />

de Portugal e na Galiza.<br />

AEP e CEP premeiam<br />

17 empresas<br />

Duas instituições vão melhorar<br />

serviços às empresas apostadas<br />

na cooperação transfronteiriça.<br />

A Associação Empresarial de<br />

Portugal (AEP) e a Confederação<br />

de Empresários de Pontevedra<br />

(CEP) entregaram, na passada<br />

semana, os galardões relativos às<br />

quatro categorias da primeira<br />

edição dos prémios que no princípio<br />

do ano instituíram. Os Prémios<br />

CEP-AEP visam distinguir<br />

as pequenas e médias empresas e<br />

instituições sedeadas na euroregião<br />

Galiza-Norte de Portugal<br />

que mais se destaquem nas áreas<br />

da inovação, cooperação transfronteiriça,<br />

internacionalização e<br />

transferência tecnológica.<br />

Na estreia, foram distinguidas,<br />

no total, 17 empresas,<br />

tendo sido premiadas as portuguesas<br />

M.A.R. – Kayaks<br />

(inovação), CEI – Companhia<br />

de Equipamentos Industriais<br />

(transferência tecnológica),<br />

Petrotec (internacionalização)<br />

e Biodevices (cooperação<br />

transfronteiriça). Do lado espanhol<br />

e nas mesmas categorias,<br />

foram distinguidas as galegas<br />

Hermasa, Quobis Networks,<br />

Selmark e El Secreto del Mar.<br />

O júri, que integrou dirigentes<br />

das duas organizações empresariais,<br />

atribuiu ainda menções<br />

honrosas a quatro empresas nortenhas<br />

e a cinco galegas: Fibersensing<br />

e Gonzabell (inovação),<br />

Egitron, KNM Management Systems<br />

e Grupo Desarrollanet<br />

(transferência tecnológica), Fortunato<br />

O. Frederico e Islas Montajes<br />

y Tallerses (internacionalização)<br />

e Ach. Brito e Pipeworks<br />

(cooperação transfronteiriça).<br />

Para além de representantes<br />

das empresas galardoadas, na cerimónia<br />

de entrega dos prémios,<br />

Premiadas as<br />

portuguesas M.A.R.<br />

Kayaks, CEI, Petrotec<br />

e Biodevices.<br />

Exponor forma quadros angolanos<br />

Termina esta semana o estágio<br />

de formação que a Exponor está<br />

a proporcionar a 11 quadros da Feira<br />

Internacional de Luanda (FIL),<br />

principal referência do sector<br />

das feiras de negócios em Angola.<br />

Ao longo de três semanas, a<br />

delegação angolana recebeu<br />

formação geral e funcional<br />

nos diversos departamentos<br />

da associada da AEP especializada<br />

na organização de feiras, tendo-se<br />

integrado em grupos de trabalho<br />

específicos, para que cada um<br />

dos estagiários se familiarizasse<br />

com as melhores práticas e<br />

métodos de trabalho do sector.<br />

O estágio decorre do protocolo de<br />

cooperação celebrado, no princípio<br />

do ano, entre a AEP e a FIL que<br />

permitiu já replicar na capital<br />

angolana duas feiras do portefólio<br />

da Exponor: a Export Home,<br />

de mobiliário e artigos de casa,<br />

D.R.<br />

que decorreu no âmbito do Fórum<br />

de Cooperação Empresarial<br />

Galiza-Norte de Portugal, na cidade<br />

galega de Baiona, participaram<br />

os presidentes do Governo<br />

Regional galego, Alberto Núñez<br />

Feijóo, da Confederação Espanhola<br />

de Organizações Empresariais,<br />

Gerardo Díaz Ferrán, e da<br />

Comissão de Coordenação e Desenvolvimento<br />

Regional do Norte,<br />

Carlos Lage.<br />

Na mesma ocasião, os presidentes<br />

da AEP, José António Barros,edaCEP,JoséManuelFernández<br />

Alvariño, assinaram um<br />

protocolo que vai criar uma estrutura<br />

permanente vocacionada<br />

para a prestação de serviços às<br />

empresas, portuguesas e espanholas,<br />

envolvidas em projectos<br />

que visem a cooperação transfronteiriça,<br />

a internacionalização<br />

e a competitividade. Em conformidade<br />

com tal objectivo, as duas<br />

organizações acertaram já a<br />

apresentação de uma candidatura<br />

conjunta ao programa de cooperação<br />

transfronteiriça Portugal/Espanha.<br />

■<br />

Direcção de Comunicação<br />

e Marketing da AEP<br />

e a EMAF/FIMAP/SIEEL,<br />

de máquinas-ferramenta<br />

e acessórios para a indústria.<br />

Para o director-geral da Exponor,<br />

José Carlos Coutinho, este estágio<br />

“aprofunda o acordo e reforça a<br />

relações existentes” entre a AEP<br />

e a FIL e vai ter “reflexos positivos,<br />

com certeza, na formação<br />

dos quadros angolanos e na<br />

profissionalização deste importante<br />

sector” naquele país africano.


16 <strong>Diário</strong> <strong>Económico</strong> Quinta-feira 3 Dezembro 2009<br />

POLÍTICA<br />

Vara faz da sua<br />

inocência<br />

“um combate”<br />

Obrigado a pagar uma caução de 25 mil euros e impedido de<br />

falar com cinco arguidos da Face Oculta, Vara ataca a justiça.<br />

António Freitas de Sousa<br />

antonio.sousa@economico.pt<br />

Irredutível. O antigo vice-presidente<br />

do BCP, Armando Vara,<br />

considera-se inocente de qualquer<br />

crime no âmbito do processo<br />

Face Oculta e vai avançar<br />

irredutivelmente e até às últimas<br />

consequências na defesa<br />

dessa inocência. Foi essa espécie<br />

de declaração de princípio<br />

que Vara proferiu ontem, à saída<br />

do Juízo de Instrução Criminal<br />

do Baixo Vouga, em Aveiro, para<br />

afirmar que fará tudo o que estiver<br />

ao seu alcance para provar<br />

que “os indícios de indícios de<br />

indícios” que levaram o juiz de<br />

instrução do processo a indiciálo<br />

na prática de um crime de<br />

tráfico de influências não têm<br />

qualquer consistência.<br />

Armando Vara afirmou considerar<br />

que as explicações avançadas<br />

por si e pelos seus advogadosnafasedeinterrogatório<br />

eram mais que suficientes para<br />

tornar clara toda a sua participaçãonoprocesso–istoé,nenhuma.<br />

Aparentemente o juiz<br />

que instrui o processo, António<br />

Costa Gomes, não foi tão longe:<br />

retirou a Vara o ónus dos indíciosdapráticadocrimedecorrupção<br />

passiva mas manteve o<br />

de tráfico de influências. O militante<br />

do PS, que logo quando<br />

chegou a Aveiro disse ponderar<br />

sair da cidade com a simples<br />

obrigação de termo de identidade<br />

e residência – que decorre da<br />

situação de arguido – acabou<br />

por ver agravadas as medidas de<br />

coacção: 25 mil euros de caução<br />

(metade da caução mais elevada<br />

do processo) e proibição de<br />

contactar com cinco dos arguidos<br />

do Face Oculta – a família<br />

Godinho, Manuel, João e Hugo,<br />

Maribel Rodrigues e Namércio<br />

Cunha. Mas Armando Vara,<br />

consequente, como não quis<br />

deixar de enfatizar, com a sua<br />

qualidade de inocente, vai recorrer<br />

da decisão.<br />

Questionado pelo batalhão<br />

de jornalistas que se tem mantidoàportadoJuízodeAveiro,<br />

Armando Vara não excluiu –<br />

agora que, apesar de não concordar<br />

com a sua condição de<br />

arguido, a sua posição no processo<br />

está definida – a hipótese<br />

de regressar à administração do<br />

BCP. O militante socialista afirmou<br />

apenas que essa é uma matéria<br />

de discussão restrita no interior<br />

da administração do banco<br />

privado.<br />

Finalmente, o ex-ministro<br />

socialista disse ainda que “parece<br />

haver uma tendência para o<br />

julgamento em praça pública”,<br />

repetindo argumentação que já<br />

outros arguidos do Face Oculta<br />

veicularam anteriormente, e<br />

que tem servido para criticar<br />

aquilo que já foi chamado de<br />

“quebra cirúrgica do segredo de<br />

Justiça”: o aparecimento na comunicaçãosocialdefactossobre<br />

o processo que deveriam estar<br />

sob reserva.<br />

Com as medidas de coacção<br />

decretadas a Armando Vara,<br />

chega ao fim o período de inquirição<br />

dos 18 arguidos do processo<br />

no Juízo de Instrução CriminaldoBaixoVouga.■<br />

ALGUNS DOS ARGUIDOS COM QUEM ARMANDO VARA ESTÁ IMPEDIDO <strong>DE</strong> CONTACTAR<br />

Manuel Godinho<br />

Empresário<br />

O magnata das sucatas é acusado<br />

de ter montado a rede de<br />

corrupção com vista a conseguir<br />

contratos de prestação de<br />

serviços na área dos resíduos sem<br />

ter que passar pelas incertezas<br />

dos concursos públicos. O filho<br />

João e o sobrinho Hugo são<br />

parte activa, segundo os indícios<br />

validados pelo Juízo.<br />

“Parece haver uma<br />

tendência para o<br />

julgamento na praça<br />

pública”,dizoexvice<br />

do BCP.<br />

Maribel Rodrigues<br />

Secretária de Manuel Godinho<br />

Acusada de dois crimes de burla<br />

qualificada na qualidade<br />

de cúmplice e de um crime de<br />

associação criminosa. Defendida<br />

pelo conhecido advogado Artur<br />

Marques (que defendeu Fátima<br />

Felgueiras) e secretária de<br />

profissão, Maribel teve que pagar<br />

uma caução de 15 mil euros,<br />

entre outras medidas de coacção.<br />

Namércio Cunha<br />

Empresa O2<br />

Foi acusado pelo Juízo do Baixo<br />

Vouga de dois crimes: um<br />

de corrupção activa e outro<br />

de associação criminosa. A<br />

inquirição deste arguido, uma<br />

das mais demoradas da ronda<br />

que decorreu em Aveiro,<br />

resultou na obrigação de pagar<br />

uma caução de 25 mil euros,<br />

entre outras medidas.<br />

Armando Vara deu a cara<br />

e respondeu ontem a todas<br />

as perguntas dos jornalistas.<br />

EM DISCURSO DIRECTO ARMANDO VARA arguido no caso<br />

“Não havendo provas<br />

Ex-vice do BCP diz que provará<br />

a sua inocência “demore um,<br />

dois ou três anos”.<br />

Ontem à saída do tribunal, Armando<br />

Vara respondeu a todas as<br />

questões dos jornalistas.<br />

Qual foi a decisão do juiz?<br />

Uma boa parte dos esclarecimentos<br />

que aqui trouxe sexta-feira<br />

foram tidos em conta e, por isso,<br />

o senhor juiz considerou que<br />

apenas persistem dúvidas quanto<br />

a um dos crimes. Tinha sido indiciado<br />

pela prática de dois crimes,<br />

o que quer dizer que a partir deste<br />

momento passaram a haver, apenas,<br />

alguns indícios que o juiz<br />

considera não suficientemente<br />

esclarecidos da prática de um crime<br />

apenas.<br />

Nocrimedetráfegodeinfluencias?<br />

No crime de tráfego de influências.<br />

O senhor juiz considerou por<br />

isso que eu não devia falar com alguns<br />

dos arguidos enquanto não<br />

se esclarecer completamente este<br />

facto e estabeleceu, também, uma<br />

caução de 25 mil euros, segundo<br />

me explicou, para incentivar esse<br />

não contacto com os arguidos.<br />

Quais arguidos?<br />

Eu não tenho os nomes de memória.<br />

De qualquer das formas, e<br />

como eu tenho dito, eu considero<br />

que não cometi nenhum crime e<br />

vamos, por isso, recorrer desta<br />

decisão por uma questão de princípio.<br />

Não por que ela represente<br />

muito no contexto das diligências<br />

queaindavãoserfeitasenoconjunto<br />

de provas que pensamos<br />

trazer para o processo, mas por<br />

uma questão de principio. Do<br />

ponto de vista do que foram as<br />

explicações que aqui demos na<br />

sexta-feira, para mim e para a<br />

equipa de advogados que me<br />

acompanha, a minha posição


Face Oculta<br />

normal neste processo devia ser<br />

de testemunha.<br />

Sente-se um pouco derrotado?<br />

Não me sinto derrotado, sintome<br />

frustrado. Eu não desistirei<br />

enquanto não ficar completamente<br />

provada a minha inocência<br />

porque eu não cometi nenhum<br />

crime. Pode dizer-se que<br />

o pesadelo não acabou, lamentavelmente<br />

continua.<br />

Casos de gripe em “desaceleração”<br />

Na semana entre 23 a 29 de Novembro foram observados nos serviços<br />

de saúde 27.169 pessoas com sintomas de gripe. Apenas mais <strong>48</strong><br />

pessoas que na semana anterior, o que de acordo com o ministério da<br />

Saúde representa uma “desaceleração” do número de casos. Contudo,<br />

o número de casos graves e de mortes por gripe A não diminuiu:<br />

na mesma semana estiveram internados 149 doentes, dos quais 22<br />

em Unidades de Cuidados Intensivos, e registaram-se seis mortes.<br />

isto foi tudo inventado”<br />

“Não me sinto<br />

derrotado, sinto-me<br />

frustrado. Não<br />

desistirei enquanto<br />

não ficar<br />

completamente<br />

provada a minha<br />

inocência”.<br />

Pretende regressar às suas funções<br />

no BCP?<br />

Eu tenho de ver isso agora com a<br />

equipa dirigente do BCP. Não é o<br />

momentodeestarafalarsobre<br />

isso. O que constato é uma característica<br />

muito estranha da justiça<br />

portuguesa.<br />

Está frustrado com a justiça?<br />

Estou frustrado com a forma<br />

como o juiz entendeu os esclarecimentos<br />

que prestei porque entendeu<br />

como não sendo completamente<br />

esclarecedores. Parece<br />

haver na justiça portuguesa<br />

uma tendência para o julgamentonapraçapublicaqueéoque<br />

está acontecer com este processo.<br />

Eu não sou acusado, daquilo<br />

que me é permitido avaliar vejo<br />

apenas indícios, de indícios de<br />

indícios. Coisas que, em circunstância<br />

alguma, poderiam<br />

levar a uma solução destas. Na<br />

verdade a minha vida está afec-<br />

tada, a minha vida profissional<br />

está afectada, a vida dos meus<br />

familiares está afectada.<br />

Mantém que tudo isto foi inventado?<br />

Eu estou a ser indiciado por um<br />

crime que não cometi. Se não cometi,<br />

não pode haver provas. Não<br />

havendo provas foi inventado. Isto<br />

para mim é clarinho como água.<br />

E suspeita de alguém?<br />

Eu suspeitas tenho muitas.<br />

Vieira da Silva catalogou este<br />

processo de espionagem política.<br />

É da mesma opinião?<br />

Eu estaria a fazer o papel de<br />

comentador que não é manifestamente<br />

o meu. Eu sou um<br />

cidadão inocente. A policia<br />

tem alguns indícios de indícios<br />

que indiciam que eu possa ter<br />

cometido um crime. Se eu estou<br />

num Estado de Direito eu<br />

sou inocente até que um Tribunal<br />

me considere culpado e<br />

AGENDA DO DIA<br />

● Debate no Parlamento no âmbito<br />

do agendamento potestativo do BE<br />

sobre “Combate à Corrupção”.<br />

● Observatório de Políticas Públicas<br />

da Plataforma Construir Ideias<br />

promove debate sobre Desemprego;<br />

● Conferência no CCB sobre direitos<br />

das pessoas com deficiência.<br />

a sentença transite em julgado.<br />

Não esqueçamos isso porque,<br />

senão, podemos estar<br />

num quase Estado de Direito.<br />

Vai falar com o seu amigo José Sócrates<br />

sobre isto, visto que o próprio<br />

primeiro-ministro disse que<br />

falavam imensas vezes?<br />

Não tenho falado com ele nem sei<br />

se vou falar. Este é um assunto<br />

que não lhe diz respeito como<br />

compreenderão. É um assunto<br />

que me diz respeito a mim, à justiça.<br />

Não tenho a menor dúvida<br />

de que sairei deste processo inocentado,<br />

leve um ano, leve dois,<br />

leve três. Vou fazer disto um<br />

combate porque eu não posso ficar<br />

quieto, é o meu bom nome<br />

que está em causa.<br />

Tem pena de ter envolvido José<br />

Sócrates neste processo?<br />

Eu não o envolvi. Quem o envolveu<br />

foi quem promoveu as escutas.<br />

Não eu. ■<br />

Quinta-feira 3 Dezembro 2009 <strong>Diário</strong> <strong>Económico</strong> 17<br />

Bruno Barbosa<br />

Ministro<br />

insiste<br />

na tese de<br />

espionagem<br />

Dirigente do PS disse que<br />

não foi um deslize e mantém<br />

as afirmações.<br />

O ministro da Economia quis<br />

ontem esclarecer que, quando<br />

se referia a “espionagem política”,<br />

estava a classificar “a violaçãodaleiedosegredodo<br />

Justiça” no âmbito do processo<br />

Face Oculta, e não a acusar algum<br />

sector concreto. A oposiçãonãoficouconvencidaeinsiste<br />

que o dirigente socialista<br />

quis pressionar a investigação<br />

criminal.<br />

No final da audição de Vieira<br />

daSilva,nacomissãodeAssuntos<br />

Constitucionais, o deputado<br />

do PSD, Miguel Macedo<br />

sublinhou que “o ministro acusou<br />

quem faz investigação criminal<br />

de estar a fazer espionagem<br />

política”.<br />

Do BE, a mesma conclusão:<br />

“Isto só tem uma leitura, é que o<br />

ministro teve afirmações incendiárias<br />

para cima de um<br />

processo judicial, levantando a<br />

dúvida e a suspeita sobre todos<br />

os processos judiciários”, comentou<br />

a deputada Helena Pinto.<br />

Mas Vieira da Silva nega, e<br />

reafirma que o que disse em entrevista<br />

à Antena 1, no dia 13 de<br />

Novembro, “não foi um deslize,<br />

ou uma gralha”, e também não<br />

serviu para atacar alguém em<br />

concreto, mas sim para criticar<br />

a divulgação “ilegal” de escutas<br />

do processo Face Oculta, que<br />

apanharam conversas entre José<br />

Sócrates e Armando Vara, um<br />

dos principais arguidos do caso.<br />

“É falso que me estivesse a referir<br />

a qualquer nome em concreto”,<br />

disse o dirigente socialista,<br />

acrescentando que está preocupado<br />

com a publicação de<br />

escutas, que violam, “não apenas<br />

do segredo Justiça, mas da<br />

lei e do Estado de Direito. Este<br />

processo é conduzido por<br />

quem? Não sei. Se eu soubesse<br />

dizia às autoridades”, declarou<br />

Vieira da Silva.<br />

O PS defendeu Vieira da Silva,<br />

e atacou o PSD, ao lançar a<br />

suspeita de que a líder daquele<br />

partido teve conhecimento antecipado<br />

da existência de escuta<br />

telefónicas entre Sócrates e<br />

Vara. Ricardo Rodrigues disse<br />

que “quando Manuela Ferreira<br />

Leite afirma publicamente que<br />

o primeiro-ministro mentiu<br />

sobre o caso TVI, é caso para se<br />

ficar muito admirado”. “Como<br />

sabe ela que o primeiro-ministro<br />

estava a mentir?”, questionou<br />

Ricardo Rodrigues. ■ S.R.


18 <strong>Diário</strong> <strong>Económico</strong> Quinta-feira 3 Dezembro 2009<br />

POLÍTICA<br />

EUROBARÓMETRO<br />

Pobreza preocupa mais os portugueses<br />

do que as alterações climáticas<br />

Pobreza, falta de alimentos e de água potável são os temas que mais<br />

preocupam os portugueses. Em sexto lugar ficam os receios sobre as<br />

alterações climáticas e, só depois, os conflitos armados. A hierarquia<br />

das preocupações dos portugueses foi divulgada numa sondagem<br />

do Eurobarómetro, sobre atitudes face às alterações climáticas. Em<br />

Portugal, apenas 28% dos inquiridos consideraram que estes são<br />

problemas mundiais mais sérios, contra 47% da média europeia.<br />

Fundador do PSD defende sistema<br />

eleitoral proporcional e uninominal.<br />

CRIMINALIZAÇÃO DO ENRIQUECIMENTO ILÍCITO <strong>DE</strong>VERÁ SER CHUMBADA<br />

O Parlamento voltará<br />

hoje a discutir duas<br />

propostas do BE e PCP<br />

para tipificar como crime<br />

o enriquecimento<br />

injustificado. O PS já<br />

fez saber que será<br />

intransigente neste ponto<br />

e não aceitará viabilizar<br />

soluções que considera<br />

conduzirem à inversão<br />

do ónus da prova,<br />

consagrado na<br />

Constituição. Quanto<br />

ao PSD, terá uma<br />

proposta no mesmo<br />

sentido que será discutida<br />

apenas no dia 10. Ao<br />

<strong>Diário</strong> <strong>Económico</strong>, Teresa<br />

Morais, da direcção<br />

da bancada, não quis<br />

adiantar o sentido de voto<br />

em relação aos projectos<br />

da esquerda. A aprovação<br />

estaránasmãosdoCDS,<br />

que se votar<br />

favoravelmente deixará<br />

o PS isolado. Mas é sabido<br />

que os centristas não<br />

concordam com esta<br />

criminalização.<br />

Márcia Galrão<br />

marcia.galrao@economico.pt<br />

A alteração das regras do sigilo<br />

bancário promete voltar a dividir<br />

o PS. Deputados e Governo analisaram<br />

ontem a hipótese de recuperar<br />

uma antiga proposta para<br />

obrigar os bancos a informar o<br />

Fisco duas vezes por ano dos saldos<br />

dos depositantes que, em média,<br />

têm mais de 15 mil euros depositados.<br />

Em causa estará uma<br />

solução próxima do que defende o<br />

Bloco, cujo projecto-lei nesta<br />

matéria será hoje debatido no<br />

plenário do Parlamento.<br />

Ao <strong>Diário</strong> <strong>Económico</strong>, Ricardo<br />

Rodrigues, da direcção da bancada<br />

do PS, confessa que a hipótese dos<br />

socialistas retomarem esta discussão<br />

“está a ser analisada” e foi<br />

mesmotemadeumareuniãocom<br />

o ministro da Justiça, Alberto Martins,<br />

durante o dia de ontem. Notese<br />

que este governante foi um dos<br />

defensores do chamado “modelo<br />

espanhol” quando o tema foi discutido<br />

no Parlamento no final da<br />

anterior legislatura. Na altura,<br />

também Vera Jardim, agora coordenador<br />

do PS para as propostas<br />

anticorrupção, defendeu que era<br />

preciso ir mais além do que aquilo<br />

que o Governo de Sócrates tinha<br />

aprovado: o acesso do Fisco às contas<br />

bancárias sem prévia autorização<br />

judicial e sem solicitar previamente<br />

a colaboração do contribuinte,<br />

em situações de “suspeitas<br />

fundadas” de rendimentos injustificados.<br />

Jardim queria uma “solução<br />

mais aberta, em que haja uma<br />

informação automática das instituições<br />

bancárias ao sistema fiscal<br />

sobre os saldos anuais das contas”.<br />

Masnemtodososdeputados<br />

vêem com bons olhos esta alteração.<br />

Ao <strong>Diário</strong> <strong>Económico</strong>, Victor<br />

Baptista, coordenador na comissão<br />

de Orçamento e Finanças, rejeita<br />

qualquer mexida nas regras<br />

do sigilo bancário e volta a dizer<br />

que aquilo que o anterior Governo<br />

aprovou é “suficiente”. O deputado<br />

foi o relator sobre o projecto<br />

do BE que é hoje discutido e<br />

voltou a insurgir-se contra a solução<br />

apresentada: “As instituições<br />

financeiras devem, duas vezes<br />

por ano, enviar informação à<br />

administração fiscal sobre os elementos<br />

relevantes sobre o fluxo<br />

de depósitos e transferências e<br />

saldos finais das contas dos depositantes<br />

para permitir o cruzamento<br />

de informações com as<br />

declarações fiscais”, diz o projecto.<br />

Uma solução idêntica à que o<br />

PS poderá apresentar. ■<br />

PSD<br />

Balsemão quer pactos de regime na Justiça,<br />

Educação, Saúde e Administração Pública<br />

Francisco Pinto Balsemão defendeu grandes reformas para a Justiça,<br />

Educação, Saúde e Administração Pública que assentem em “pactos de<br />

fundo ou acordos de regime”, “subscritos pelo maior número possível de<br />

partidos”. No primeiro debate organizado pelo Instituto Sá Carneiro com<br />

o objectivo de reflectir sobre “os desafios futuros do PSD”, o fundador<br />

do PSD falava defendeu também uma revisão profunda da Constituição<br />

e apontou “fragilidades” do sistema de governo semi-presidencialista.<br />

Sigilo bancário volta a dividir bancada<br />

Em causa está a possibilidade do fisco aceder a contas com rendimentos médios superiores a 15 mil<br />

Em causa estará<br />

o acesso do fisco<br />

a rendimentos<br />

infundados.<br />

TRÊS PERGUNTAS A...<br />

ROGÉRIO F. FERREIRA<br />

Fiscalista<br />

Alterações no sigilo<br />

bancário não são<br />

“desejáveis”<br />

Ex-secretário de Estado<br />

dos Assuntos Fiscais apela<br />

à ponderação no que toca<br />

ao sigilo bancário.<br />

O modelo espanhol ajuda<br />

acombateracorrupção?<br />

Embora desconheça qualquer<br />

estudo concreto sobre o impacto<br />

de tal medida, no que respeita ao<br />

combate à corrupção creio que não<br />

será desejável, designadamente<br />

tendo em consideração as<br />

alterações já introduzidas em<br />

Setembro. Qualquer “nova” medida<br />

para levantamento do sigilo, sem<br />

depender de controlo judicial e<br />

quando não exista consentimento<br />

do contribuinte, deverá ser<br />

cuidadosamente ponderada.<br />

Viola a privacidade do cidadão?<br />

A questão primordial passa por<br />

assegurar garantias de defesa aos<br />

contribuintes nos casos em que a<br />

derrogação do sigilo bancário é<br />

levada a cabo. Mediante a<br />

existência de tais garantias, tal<br />

como a efeito suspensivo em caso


RED BULL AIR RACE<br />

Ministro da Economia desconhece mão<br />

do Estado na localização da prova aérea<br />

O ministro da Economia disse ontem, no Parlamento, que desconhece<br />

o envolvimento do Estado na escolha da localização da próxima edição<br />

do Red Bull Air Race. A pergunta colocada pelo CDS-PP, sobre o festival<br />

aéreo que se realizou no Porto nos últimos três anos, surge na sequência<br />

de declarações da Associação Portuguesa de Hotelaria, Restauração e<br />

Turismo e da Associação Comercial do Porto contra a deslocalização da<br />

prova, que se juntam às críticas do autarca de Gaia Luís Filipe Menezes.<br />

do PS<br />

euros.<br />

João Paulo Dias<br />

de recurso da decisão de<br />

derrogação ou o ónus de fazer<br />

intervir o juiz para confirmar ou<br />

infirmar tal decisão,<br />

consubstanciam, a meu ver, o<br />

elemento determinante para<br />

salvaguardar esses direitos.<br />

O crime económico pode ser<br />

combatido desta forma?<br />

Esse combate deve ser encarado<br />

como um processo contínuo,<br />

susceptível de mutações. Contudo,<br />

atenta tal complexidade, uma<br />

eventual conclusão sobre a eficácia<br />

de tal medida só poderá ser<br />

veiculada mediante estudos<br />

concretos, que terão de ser<br />

conjugados com o bom nível de<br />

competência técnica e deontológica<br />

dos funcionários, a utilização<br />

crescente das novas tecnologias<br />

de informação e a melhoria<br />

no cruzamento de dados. ■<br />

COLUNA VERTEBRAL<br />

Poupança<br />

JOÃO PAULO GUERRA<br />

Os portugueses, que estão a<br />

nascer em Badajoz à razão de<br />

um por dia, ficaram agora a saber<br />

quanto é que o Estado português<br />

poupa por cada nascimentonormalemEspanha:700<br />

euros. Para além desta poupança,<br />

a percentagem de nascimentos<br />

por cesariana diminuiu<br />

consideravelmente com a decisão<br />

de mandar os portugueses<br />

nascer longe. Tais factos fazem<br />

cair pela base o argumento que<br />

defendia o encerramento de<br />

maternidades em Portugal “não<br />

por motivos economicistas”,<br />

mas antes para proporcionar<br />

“melhores condições para as<br />

mulheres e os seus filhos”. Uma<br />

patranha destinada a justificar<br />

uma política de terra queimada.<br />

Simplesmente, estes dados<br />

podem ter um efeito perverso<br />

para os decisores políticos que<br />

os defenderam e consumaram.<br />

Os portugueses, mandados<br />

nascer longe – e morrer, como<br />

junto à fronteira com a Galiza –<br />

podem começar a fazer outras<br />

contas. Como sejam: quanto é<br />

que nos custará transferir para<br />

um Ministério espanhol a Saúde<br />

dos portugueses, poupando<br />

o Orçamento de um Ministério<br />

em Portugal, incluindo os salários<br />

e penachos de ministro e<br />

secretários de Estado? E quem<br />

pensa Saúde, pode fazer igual<br />

raciocínio para Justiça, Defesa,<br />

Administração Interna, etc.<br />

PortugalsóperdeparaaEspanhanataxadedesemprego.<br />

Mas isso, provavelmente, é<br />

porque a Espanha não faz números<br />

de ilusionismo com os<br />

dados do desemprego. Porque,<br />

de resto, feitas as contas, a Espanha<br />

é um país e Portugal um<br />

subúrbio, pela tacanhez de um<br />

poder político que se vende<br />

por dá cá aquela sucata. E, assim<br />

como assim, já há certamente<br />

mais espanhóis a mandar<br />

em Portugal que nos tempos<br />

dos Filipes.<br />

É questão de pensar nisso. Se<br />

num parto se poupam 700 euros,<br />

o que não se pouparia num<br />

Governo, com seu séquito e sua<br />

clientela? ■<br />

joaopaulo.guerra@economico.pt<br />

Isabel Alçada explicou que a sociedade<br />

será informada da aplicação do acordo.<br />

PUB<br />

EDUCAÇÃO<br />

Quinta-feira 3 Dezembro 2009 <strong>Diário</strong> <strong>Económico</strong> 19<br />

Isabel Alçada diz que Acordo Ortográfico<br />

será aplicado de uma forma “serena”<br />

A ministra da Educação anunciou hoje que o Acordo Ortográfico vai ser<br />

aplicado de uma forma “serena” e que a sociedade será informada sobre<br />

todo o processo. Ontem, durante a apresentação do estudo “A Dimensão<br />

Económica da Literacia em Portugal: uma Análise”, Isabel Alçada<br />

explicou que “terá de haver uma adaptação dos livros, dos recursos<br />

de educação” e que “haverá um acordo com calendário e a sociedade”,<br />

professores, pais e crianças devidamente informados sobre o processo.


20 <strong>Diário</strong> <strong>Económico</strong> Quinta-feira 3 Dezembro 2009<br />

EMPRESAS<br />

Governo estuda novo<br />

concurso eólico de<br />

4 mil milhões de euros<br />

Novos parques poderão atingir três mil megawatts, mas as empresas mostram-<br />

-se pouco receptivas, devido às dificuldades nas licenças já atribuídas.<br />

Ana Gonçalves<br />

ana.goncalves@economico.pt<br />

O Governo está a equacionar o<br />

lançamento de um novo concurso<br />

eólico que, no cenário<br />

mais optimista, poderá atingir<br />

3 mil megawatts, representando<br />

um investimento potencial,<br />

a preços de mercado, na ordem<br />

dos 4.200 milhões de euros.<br />

Confrontado pelo <strong>Diário</strong><br />

<strong>Económico</strong>, o ministro da Economia,<br />

Vieira da Silva, limitouse<br />

a afirmar que Governo está a<br />

estudar a estratégia que será<br />

definida para a energia eólica.<br />

“Posso-lhe dizer apenas que<br />

estamos a avaliar o que vai ser<br />

feito”, adiantou Vieira da Silva.<br />

Servem de comparação os<br />

1.800 MW que foram atribuídos<br />

em concurso nos últimos<br />

quatro anos, repartidos por<br />

três fases, a primeira das quais,<br />

de 1.200 megawatts (MW),<br />

conquistada pelo consórcio<br />

formado pela EDP, Endesa, Generg,<br />

Enercon. A segunda, de<br />

400 MW, acabaria por ficar nas<br />

mãos da Galp, Martifer, Enersis,<br />

Efacec e Repower, enquanto<br />

a terceira etapa, de 200<br />

MW e com contornos distintos,<br />

foi destinada a pequenos<br />

investidores.<br />

Em comum, apenas a obrigatoriedade<br />

dos dois primeiros<br />

agrupamentos criarem ‘clusters’<br />

industriais.<br />

O Executivo de José Sócrates<br />

decidiu agora subir a fasquia.<br />

Fixou em 8.500 MW o objectivo<br />

para a energia eólica, a atingir<br />

até 2020.<br />

Com 5.100 MW já programados<br />

para 2012, mais 400 MW<br />

que poderão resultar do reforço<br />

de alguns parques eólicos actualmente<br />

em operação, este<br />

bolo promete ser acrescido com<br />

3 mil MW de novas licenças,<br />

das quais 500 MW em regime<br />

‘off-shore’ (em mar).<br />

Sector está pouco receptivo<br />

Por definir estão os contornos<br />

deste processo. Um facto a que<br />

não é alheio a falta de receptividade<br />

do sector à atribuição<br />

de novas licenças. Pelo menos<br />

enquanto não forem removidos<br />

os obstáculos, sobretudo<br />

ambientais, com que se confrontam<br />

muitos dos projectos<br />

em curso.<br />

Têm vindo a aumentar o número<br />

de parques que, ou foram<br />

chumbados pelas autoridades<br />

ambientais, ou receberam luz<br />

verde, mas acabaram com uma<br />

capacidade instalada inferior à<br />

prevista, reduzindo a sua rentabilidade.<br />

Uma preocupação a que o<br />

ministro da Economia se diz<br />

sensível. “A nossa principal<br />

António Sá<br />

da Costa<br />

Presidente da<br />

APREN<br />

“Os parques atribuídos só<br />

deverão estar operacionais em<br />

2014. É complicado avançar com<br />

mais licenças”<br />

preocupação é pôr em operação<br />

os parques já atribuídos”, afirmou<br />

Vieira da Silva.<br />

“Os parques atribuídos só<br />

deverão estar operacionais em<br />

2014. É complicado avançar<br />

com mais licenças, enquanto<br />

não houver centrais hidroeléctricas<br />

com sistema de bombagem,<br />

que servem de apoio à<br />

energiaeólicaegarantema<br />

segurança do sistema eléctrico<br />

nacional”, afirmou ao <strong>Diário</strong><br />

<strong>Económico</strong> o presidente da<br />

APREN, Associação Portuguesa<br />

de Energias Renováveis,<br />

AntónioSádaCosta,àmargem<br />

do Finance Energy Fórum,<br />

realizado no final da passada<br />

semana.<br />

Por seu turno, o administrador<br />

da Martifer Renewables,<br />

TiagoAndradeeSousa,alertou<br />

para outro problema. “Retirando<br />

as zonas da Rede Natura<br />

2000 constam poucas zonas<br />

com um recurso apropriado e<br />

com espaço adequado para<br />

construção de parques eólicos”,<br />

sublinha.<br />

Particularmente atentos às<br />

novas orientações do Governo<br />

estão os fabricantes de aerogeradores.<br />

É o caso da Vestas<br />

Wind Systems, líder mundial<br />

do sector e que em Portugal<br />

controla 17% do mercado, o<br />

que lhe garante o segundo lugar<br />

do ‘ranking’ nacional.<br />

Isso mesmo deixou claro o<br />

seu presidente, Ditlev Engel,<br />

em recente entrevista ao <strong>Diário</strong><br />

<strong>Económico</strong>: “Continuamos a<br />

construir as relações com os<br />

nossosclientesparaosnegócios<br />

globais e locais. Estamos a<br />

preparar a empresa e toda a<br />

nossa capacidade para aquilo<br />

que o Governo vier a definir no<br />

futuro próximo”.<br />

Mas a Vestas não está sozinha.<br />

No terreno estão outros<br />

concorrentes de peso, como a<br />

Enercon e a Repower, com presença<br />

industrial em território<br />

nacional. Um trunfo que certamente<br />

não deixarão de usar, já<br />

que ambos são fruto da política<br />

de promoção das energia eólica<br />

levada a cabo pelo Executivo de<br />

José Sócrates. ■ com F.A.<br />

INVESTIMENTO <strong>DE</strong> PESO<br />

● O novo concurso eólico<br />

representará um investimento<br />

potencial de cerca de 4.200<br />

milhões de euros.<br />

● O Executivo de José Sócrates<br />

decidiu subir a fasquia. Fixou em<br />

8.500 MW o objectivo para a<br />

energia eólica, a atingir até<br />

2020.<br />

● Constam poucas zonas com<br />

um recurso apropriado e com<br />

espaço adequado para<br />

construção de parques eólicos,<br />

garante Tiago Andrade e Sousa.


Papelaria Fernandes com valor mínimo<br />

O novo plano de insolvência da Papelaria Fernandes estipula que o valor<br />

mínimo para a cedência de exploração dos activos é de seis milhões de<br />

euros, disse ao <strong>Diário</strong> <strong>Económico</strong> Carlos Cintra Torres, gestor judicial. O<br />

plano prevê também que o pagamento desse montante seja feito<br />

trimestralmente, ao longo de 22 anos, e tendo como base 2% das<br />

vendas trimestrais da empresa. Este é um “valor mínimo que visa<br />

salvaguardar os investidores” e também para que “não fujam”, frisou.<br />

Martifer<br />

Infografia: Marta Carvalho | marta.carvalho@economico.pt<br />

AGENDA DO DIA<br />

● Seminário da Confederação de<br />

Meios de Comunicação Social, com<br />

a presença do ministro dos Assuntos<br />

Parlamentares, Jorge Lacão.<br />

● Deloitte e APREN apresentam<br />

o estudo “Impacto Macroeconómico<br />

do Sector das Energias em Portugal.<br />

● IV Observatório Toshiba.<br />

As dificuldades de financiamento<br />

estão a pôr em causa muitos<br />

projectos no sector.<br />

Ana Maria Gonçalves<br />

ana.goncalves@economico.pt<br />

As energias renováveis estão<br />

perante um impasse. Depois dos<br />

fortes incentivos de que foram<br />

alvo nos últimos anos, os actores<br />

que actuam nesta área de<br />

negócio dizem-se agora sem<br />

horizontes.<br />

A par dos obstáculos ambientais<br />

e da falta de uma linha<br />

estratégica para o período pós<br />

2012, os holofotes das empresas<br />

viram-se, no imediato, para as<br />

restrições ao crédito.<br />

Uma realidade que deriva da<br />

recente crise financeira que levou<br />

a banca a fechar as torneiras<br />

aos novos investimentos<br />

nas renováveis, a esmagadora<br />

maioria realizada em regime de<br />

‘project finance’.<br />

Este conceito assenta no financiamento<br />

de projectos com<br />

recurso a capitais alheios, cujo<br />

reembolso assenta nos fluxos<br />

gerados pelo próprio projecto,<br />

nos activos afectados e no recurso<br />

limitado ao balanço dos<br />

seus promotores.<br />

“Em Portugal há actualmente<br />

apenas dois novos investimentos<br />

em regime de<br />

‘project finance’, reconheceu<br />

Pedro Cabaço, director adjunto<br />

da Direcção de Project &<br />

Structured Finance, da Caixa<br />

BI, durante o Finance Energy<br />

Fórum, realizado na passada<br />

semana.<br />

E lembra que esta não é uma<br />

realidade exclusivamente portuguesa.<br />

Apesar das restrições<br />

sentidas um pouco por todo o<br />

mundo, “a energia lidera a tabela<br />

sectorial com 66.400 milhões<br />

de dólares. Ainda assim,<br />

registou um decréscimo de 28%<br />

face aos primeiros nove meses<br />

do ano passado”, refere o mesmo<br />

responsável.<br />

A este cenário junta-se, além<br />

da falta de inovação financeira,<br />

a existência de maiores custos e<br />

condições mais restritivas para<br />

as empresas.<br />

“As instituições de crédito<br />

preferem partilhar o financiamento<br />

com outros bancos.<br />

Deixou de haver interesse em<br />

chamarasiaestruturaçãofinanceira<br />

do projecto”, realçou<br />

Pedro Cabaço.<br />

“Hoje os bancos não querem<br />

assumir riscos, confirma o pre-<br />

Quinta-feira 3 Dezembro 2009 <strong>Diário</strong> <strong>Económico</strong> 21<br />

Banca reduz<br />

financiamentos<br />

às renováveis<br />

sidente da Endesa Portugal, Nuno<br />

Ribeiro da Silva.<br />

O cepticismo é assim a tónica<br />

reinante entre os actores que<br />

actuam neste sector.<br />

“Se fosse uma empresa centrada<br />

apenas nas renováveis,<br />

certamente falia. Não há negócio.<br />

Vamos ver o que vai acontecer<br />

com as eólicas a partir de<br />

2013. Desde 2007, que não se faz<br />

nada nas mini-hídricas e os<br />

projectos no solar são escassos”,<br />

sublinhou o presidente-executivo<br />

(CEO) do grupo DST, José<br />

Teixeira, durante o “Finance<br />

Energy Fórum.<br />

A condicionar o futuro das<br />

renováveis está igualmente a<br />

definição do quadro regulatório<br />

e a continuação, ou não, da política<br />

de subsidiação, refere Nuno<br />

Ribeiro da Silva, presidente<br />

da Endesa Portugal. ■<br />

Nuno Ribeiro<br />

da Silva<br />

Presidente da<br />

Endesa Portugal<br />

“Hoje, os bancos não querem<br />

assumir riscos”, refere o<br />

responsável pelos destinos da<br />

eléctrica espanhola em Portugal.


22 <strong>Diário</strong> <strong>Económico</strong> Quinta-feira 3 Dezembro 2009<br />

EMPRESAS<br />

ENERGIA<br />

Iberdrola compromete-se a reduzir emissões<br />

de CO2 abaixo da média das eléctricas<br />

A eléctrica espanhola Iberdrola comprometeu-se a reduzir as emissões de<br />

dióxido de carbono (CO2) para que em 2020 sejam pelo menos 20%<br />

inferiores à média europeia, apostando em energias renováveis e no<br />

nuclear. Em comunicado, a Iberdrola explica que para atingir o objectivo<br />

agora proposto vai focalizar os seus investimentos em formas de energia<br />

que não emitem gases com efeitos de estufa – como a eólica, a hídrica e a<br />

nuclear – e no desenvolvimento de tecnologias de sequestro de CO2.<br />

‘Golden share’<br />

do Estado na PT<br />

temosdias<br />

contados<br />

A decisão final do Tribunal Europeu é conhecida<br />

em seis meses, com provável derrota do Estado.<br />

Cátia Simões e Luís Rego<br />

catia.simoes@economico.pt<br />

A ‘golden share’ – acções com direitos<br />

especiais – do Estado na<br />

Portugal Telecom (PT) tem os dias<br />

contados. Mais propriamente,<br />

cerca de seis meses, o tempo que<br />

o Tribunal de Justiça Europeu deverá<br />

demorar a tomar a decisão<br />

definitiva.<br />

Um parecer do advogado-geral<br />

do Tribunal de Justiça Europeu<br />

considerou “ilegal” a existência<br />

destas acções especiais na mão do<br />

Estado, levando ao incumprimento<br />

“das regras europeias de<br />

livre circulação de capitais”. Este<br />

parecer não é vinculativo, mas,<br />

em 80% dos casos, é seguido pelo<br />

Tribunal de Justiça.<br />

“Os juízes iniciam agora a sua<br />

deliberação no presente processo.<br />

O acórdão será proferido em data<br />

posterior”, no máximo em seis<br />

meses, disse ao <strong>Diário</strong> <strong>Económico</strong><br />

fonte ligada ao processo.<br />

Questionado pelos jornalistas<br />

no Parlamento, António Mendonça,<br />

ministro das Obras Públicas,<br />

que tutela a PT, disse apenas<br />

que “ainda não há nenhuma notificação<br />

oficial sobre esse assunto.Sóvoutomarumaposiçãoso<br />

António<br />

Mendonça,<br />

ministro das<br />

Obras Públicas,<br />

não quis comentar<br />

uma decisão que<br />

ainda não é a<br />

definitiva.<br />

bre o assunto quando houver<br />

uma posição final”.<br />

O mais provável é que o Estado<br />

espere pela decisão definitiva do<br />

Tribunal, que deverá obrigar a alterarosestatutosdaPT,deforma<br />

a que as 500 acções de categoria A<br />

detidas pelo Estado percam os<br />

seus poderes especiais (por<br />

exemplo, poder de veto sobre decisões<br />

estratégicos).<br />

‘Golden share’ pode ser vendida<br />

Para contornar esta situação, ou<br />

pelo menos ganhar algum tempo<br />

extra, o Estado poderia vender a<br />

‘golden share’ a privados ou<br />

transferi-la para a Caixa.<br />

“Na teoria o Estado pode vender<br />

a ‘golden share’ a um accionista<br />

privado mas este terá de pagar,<br />

e bem, por estas acções”,<br />

disse um advogado contactado<br />

pelo <strong>Diário</strong> <strong>Económico</strong>, que não<br />

quis ser identificado.<br />

Contudo, Jorge Santiago Neves,<br />

da Barrocas, Sarmento e Neves,<br />

defende que esta solução<br />

“não respeita, na base, a liberdade<br />

de circulação de capitais. Passá-las<br />

a um privado não faz desaparecer<br />

o obstáculo que foi criado<br />

com estas acções. Mantinha-se a<br />

ilegalidade.” Este é, aliás, ao que o<br />

<strong>Diário</strong> <strong>Económico</strong> apurou, o entendimento<br />

de Bruxelas.<br />

O <strong>Diário</strong> <strong>Económico</strong> apurou<br />

ainda que, antes deste processo<br />

chegar a tribunal, em Janeiro de<br />

2008, Bruxelas tinha proposto ao<br />

então ministro Mário Lino que o<br />

Estado transferisse para a CGD as<br />

500 acções de categoria A, embora<br />

perdendo alguns direitos. Na<br />

altura, Mário Lino recusou, por<br />

entender que o Estado deveria<br />

manter a sua presença no sector<br />

das telecomunicações.<br />

Bruxelas tem procurado acabar<br />

com as ‘golden share’ estatais<br />

em empresas privadas. Em Espanha,<br />

empresas como a Telefónica,<br />

aRepsoleaEndesadeixaram de<br />

ter acções preferenciais.<br />

Com a extinção da ‘golden<br />

share’ o preço da acção da PT teria<br />

potencial para aumentar, segundo<br />

avança um analista contactado<br />

pelo <strong>Diário</strong> <strong>Económico</strong>. ■<br />

Ana Maria Fernandes lidera<br />

a EDP Renováveis.<br />

1.<br />

Acatar a decisão de Bruxelas e<br />

extinguir os direitos especiais<br />

“Tenho muitas dúvidas que<br />

restem alternativas”, diz um<br />

advogado que não quis ser<br />

identificado. Assim, o Estado vai<br />

adiar o mais possível a extinção<br />

destas acções mas acabará por<br />

acatar a decisão da Comissão,<br />

que é definitiva. “Se o Estado<br />

não cumprir então a CE pode<br />

impôr sanções pecuniárias<br />

compulsórias”, explica Cruz<br />

Vilaça, da PLMJ. Os estatutos da<br />

PT terão de ser alterados e os<br />

poderes especiais extintos.<br />

ENERGIA<br />

EDP Renováveis encaixa 228 milhões<br />

com ‘tax equity’ nos EUA<br />

AS TRÊS HIPÓTESES PARA A ‘GOL<strong>DE</strong>N SHARE’ DO ESTADO<br />

A EDP Renováveis, liderada por Ana Maria Fernandes (na foto), fechou<br />

duas transacções com a GE Energy Financial Services, onde garantiu um<br />

financiamento de 228 milhões de dólares. As operações, dizem respeito<br />

à venda de uma participação na estrutura “tax Equity” da Vento III,<br />

avaliada em 111 milhões, e de uma estrutura “tax equity” no parque Blue<br />

Canyon V, no valor de 118 milhões. Com estas duas operações aumentou<br />

para 1,9 mil milhões o valor recebido nos EUA com estas estruturas.<br />

2.<br />

Vender as acções a um privado<br />

com elevado preço de controlo<br />

Em teoria, este cenário é possível,<br />

já que a decisão de Bruxelas se<br />

refere apenas às acções de<br />

categoria A na mão do Estado.<br />

Contudo, o comprador da ‘golden<br />

share’ enfrentaria, porsua vez, a<br />

fúria de Bruxelas. “Passar a<br />

situação para outro accionista<br />

continuaria a ser uma violação do<br />

direito comunitário,” defende<br />

Santiago Neves. “Um privado pode<br />

comprar mas terá de pagar um<br />

preço muito elevado” acrescentou<br />

outro advogado.<br />

Paulo Alexandre Coelho<br />

Opossívelfimda<br />

‘golden share’ na<br />

empresa liderada por<br />

Zeinal Bava aumenta o<br />

ângulo especulativo<br />

das acções.<br />

3.<br />

Comprar acções em bolsa para<br />

reforçar a posição na PT<br />

Sem ‘golden share’, o Estado<br />

deixaria de ter qualquer posição de<br />

controlo na PT. Se quisesse<br />

continuar a ter voz presente na<br />

operadora teria de recorrer ao<br />

mercado para comprar acções, com<br />

custos elevados. Ao que o <strong>Diário</strong><br />

<strong>Económico</strong> apurou, não será esse o<br />

caminho a seguir pelo Executivo,<br />

até porque os estatutos da PT<br />

blindam os direitos de voto a 10%<br />

do capital e nem com a participação<br />

da CGD na empresa (6%) o Estado<br />

conseguiria manter o seu poder.


PUB


24 <strong>Diário</strong> <strong>Económico</strong> Quinta-feira 3 Dezembro 2009<br />

EMPRESAS<br />

AUTOMÓVEL<br />

Trabalhadores da Lear Corporation<br />

reúnem quinta-feira com administração<br />

Os trabalhadores da Lear Corporation decidiram ontem formar uma<br />

comissão de representantes que, juntamente com a comissão sindical, vai<br />

reunir quinta-feira com a administração da empresa, para tentar travar o<br />

encerramento da fábrica. A Lear informou na sexta-feira os trabalhadores<br />

do encerramento da fábrica no início de 2010, mas o Sindicato dos<br />

Metalúrgicos alega que a empresa tem trabalho e que não há razão<br />

para fechar aquela unidade, que produz componentes para automóveis.<br />

CEO DA GENERAL MOTORS OBRIGADO A <strong>DE</strong>MITIR-SE<br />

Elisabete Felismino<br />

e FIlipe Alves<br />

elisabete.felismino@economico.pt<br />

A situação na Investvar, empresa<br />

que utiliza a marca Aerosoles,<br />

está complicada. A empresa<br />

continua sem dinheiro para pagar<br />

salários, sem presidente e<br />

sem plano de restruturação<br />

aprovado.<br />

“O ministro está completamente<br />

empenhado neste assunto,eestáafazertudooqueé<br />

possível fazer, mas não está a<br />

ser fácil”, adiantou ao <strong>Diário</strong><br />

<strong>Económico</strong> fonte do ministério<br />

da Economia. O <strong>Diário</strong> <strong>Económico</strong><br />

sabe que na base destas<br />

dificuldades está o facto de o<br />

Governo não estar a conseguir<br />

encontrar um privado interessado<br />

em assumir a empresa de<br />

calçado de Esmoriz.<br />

A Standard & Poor’s atribuiu o ‘rating’ de<br />

BBB/A-3 à Brisa em Dezembro de 2008.-<br />

O ministro da Economia esteve<br />

ontem à tarde a ser ouvido<br />

na Assembleia da República<br />

tendo adiantado que “não é<br />

verdade que exista uma afastamentodoGovernofaceàInvestvar”,<br />

numa clara alusão às<br />

críticas proferidas por Ribeiro<br />

da Cunha no momento da sua<br />

saída da presidência da Investvar.<br />

Em declarações ao <strong>Diário</strong><br />

<strong>Económico</strong>, Vieira da Silva<br />

não quis avançar qual será a<br />

posição final do Executivo sobre<br />

esta questão, afirmando<br />

apenas que para serem apoiadas<br />

pelo Estado, as empresas<br />

têm de ser viáveis.<br />

“Não acredito em empresas<br />

que sobrevivem graças a sucessivas<br />

injecções de capital”, afirmou<br />

o ministro da Economia<br />

quando questionado pelo <strong>Diário</strong><br />

CONCESSÕES<br />

Standard & Poor revê negativamente<br />

situação de dívida da Brisa<br />

A Standard & Poor’s revelou que reviu para negativo a situação de<br />

“CreditWatch” da Brisa e da Brisa Finance. Em comunicado, a empresa<br />

esclarece fez esta revisão porque acredita que “a qualidade do crédito<br />

pode deteriorar-se”. De recordar que a Standard & Poor’s atribuiu<br />

o ‘rating’ de ‘BBB/A-3’ à concessionária, recordando que os ratings<br />

foram colocados em “CreditWatch” e com implicações<br />

em desenvolvimento no final de 2008.<br />

O presidente executivo (CEO) da General Motors, Frederick Henderson, foi obrigado a abandonar o cargo pelo ‘chairman da empresa (nomeado<br />

pelo Governo), que queria maior rapidez na reestruturação da empresa. A empresa vai agora levar a cabo um concurso para encontrar um novo<br />

CEO. Henderson estava no cargo há oito meses, depois de Barack Obama ter obrigado o anterior CEO, Rick Wagoner, a demitir-se.<br />

Governo não encontra empresas<br />

privadas interessadas na Aerosoles<br />

Vieira da Silva não acredita “em empresas que sobrevivem graças a sucessivas injecções de capital”.<br />

Pedro Ribeiro<br />

da Cunha<br />

Presidente<br />

da Investvar<br />

Pedro Ribeiro da Cunha demitiuse<br />

do cargo de presidente<br />

da Investvar, por se considerar<br />

“mar<strong>gina</strong>lizado” pelo Governo.<br />

Continua no cargo, porém, até<br />

ao dia 31 de Dezembro.<br />

<strong>Económico</strong>, sem, contudo, referir<br />

o nome da fabricante de<br />

calçado.<br />

A Investvar continua, assim<br />

à espera de uma solução por<br />

parte da equipa do ministério<br />

da Economia, depois do plano<br />

apresentado por Ribeiro da<br />

Cunha não ter sido bem acolhido.<br />

O plano de viabilização<br />

consistia na conversão de parte<br />

da dívida [de 40 milhões de<br />

euros] em capital social e na<br />

separação da Investvar em<br />

duas empresas, umas comercial<br />

e outra industrial.<br />

Contactado Artur Duarte<br />

adiantou que “está tudo como<br />

estava ontem, continuamos à<br />

espera de uma solução do Governo,<br />

tentei contactar com o<br />

ministério da Economia, mas<br />

ainda não obtive nenhuma<br />

resposta”. ■<br />

PALAVRA-CHAVE<br />

✽<br />

Viabilização<br />

Jeffrey Sauger/Bloomberg<br />

A Investvar continua á espera<br />

que o Governo encontre uma<br />

solução para a empresa. Tal como<br />

o DIário Economico avançou em<br />

primeira mão, existem duas<br />

soluções em cima da mesa do<br />

ministro da Economia. Enquanto<br />

uma aponta para a insolvência da<br />

empresa, a outra passa pela<br />

criação de uma nova sociedade,<br />

para a qual seriam transferidos<br />

os activos da empresa de<br />

calçado. Para que esta solução<br />

seja possível o Governo tinha<br />

ainda que encontrar um privado<br />

que assumisse o controlo da<br />

empreaa.


VINHOS<br />

Tintos do Monte da Ravasqueira recebem<br />

medalhas de outro e prata em Xangai<br />

Os vinhos tintos do Monte da Ravasqueira, do Grupo José de Mello,<br />

conquistaram três medalhas, duas de prata e uma de ouro, na primeira<br />

edição do concurso China Sommeliers Wine Challenge, que decorreu em<br />

Xangai, com a participação de quatro mil vinhos de todo o Mundo. O vinho<br />

tinto Monte da Ravasqueira Vinha das Romãs 2007 foi distinguido com a<br />

medalha de ouro, enquanto os vinhos Monte da Ravasqueira 2008 e Fonte<br />

da Serrana 2008 receberam uma medalha de prata cada.<br />

Catarina Portas<br />

no ‘top 20’<br />

mundial da<br />

revista Monocle<br />

A criadora de “A Vida Portuguesa”é uma das<br />

20 figuras eleitas pela revista britânica.<br />

Rebeca Venâncio<br />

rebeca.venancio@economico.pt<br />

A fundadora da loja “A Vida Portuguesa”,<br />

Catarina Portas, merece<br />

um palco maior. Assim o<br />

determinaaúltimaediçãoda<br />

revista “Monocle”, que elegeu<br />

20 personalidades mundiais a<br />

quem todos devem estar atentos<br />

durante o próximo ano.<br />

Catarina Portas, que criou a<br />

loja de produtos ligados à identidade<br />

nacional em 2004 - no<br />

que se pode definir como uma<br />

marca que vende marcas do<br />

passado-éaúnicapersonalidade<br />

portuguesa que integra a<br />

lista da revista britânica,<br />

“É óptimo, sobretudo porque<br />

é eleito com conhecimento de<br />

causa, as pessoas da “Monocle”<br />

conhecem a nossa loja”, disse a<br />

jornalista Catarina Portas ao <strong>Diário</strong><br />

<strong>Económico</strong>. E apesar de ter<br />

surgido “numa lógica de ‘como é<br />

que nunca se pensou nisto antes’”,<br />

o projecto “A Vida Portuguesa”<br />

não pára de crescer.<br />

“Acabámos de abrir uma<br />

nova loja no Porto, temos produtos<br />

novos - em parceria com<br />

as papelarias Emílio Braga, 12<br />

novoscadernos-,esperamosno<br />

primeiro trimestre do próximo<br />

ano ter a nossa loja ‘online’ traduzida<br />

para inglês e guardámos<br />

A “Monocle” é uma das mais<br />

conceituadas revistas internacionais,<br />

destinada a um público urbano e culto.<br />

Catarina Portas<br />

garante que “A<br />

Vida Portuguesa”<br />

não sentiu os<br />

efeitosdacrise<br />

global, por se<br />

tratar de um<br />

mercado de nicho,<br />

com cada vez mais<br />

clientes.<br />

ainda algumas novidades que<br />

revelaremos no início de 2010”,<br />

garantiu Catarina Portas.<br />

Movida pela questão “e se o<br />

nosso atraso pudesse ser o nosso<br />

avanço?”, “A Vida Portuguesa”<br />

não sentiu a crise global. “Muito<br />

pelo contrário”, confirmou a<br />

proprietária. E por isso, para garantir<br />

o futuro da marca, Catarina<br />

Portas tem muitas ideias. “Este<br />

tipo de produtos pode encontrar<br />

um nicho de mercado muito interessante.<br />

E por isso, deviam associar-se<br />

entre si, acho que têm<br />

muito a ganhar com a troca de<br />

experiências”, explicou.<br />

Poderá ser a própria dona da<br />

loja do Chiado a promotora desta<br />

associação de marcas antigas<br />

portuguesas? “Quem sabe...”,<br />

revela apenas. Até lá, a nomeação<br />

da revista com sede emLondres e<br />

delegações em Tóquio, Sidnei,<br />

Zurique e Nova Iorque com um<br />

peso qualitativo.<br />

“Os portugueses olham para a<br />

loja e têm muitas referências, já<br />

os estrangeiros olham de uma<br />

forma diferente, mais exterior e<br />

vêm o projecto tendo em conta a<br />

atitude”, afirmou.<br />

“A Vida Portuguesa” surgiu no<br />

seguimento da pesquisa que Catarina<br />

Portas iniciou para um livro<br />

sobre o quotidiano dos portugueses<br />

no século XX. Ao perceber a<br />

quantidade de marcas que estavam<br />

a adesaparecer, a surpresa<br />

transformou-se em projecto.<br />

Designada pela “Monocle”<br />

como “metade antropologista,<br />

metade mulher de negócios”,<br />

Catarina Portas rejeita o rótulo de<br />

sentimentalista. “O que estou a<br />

fazer está ligado a identidade, e<br />

não nostalgia, que é muito diferente”,<br />

disse à revista inglesa. ■<br />

A empresa liderada por Pedro Queiroz<br />

Pereira foi premiada em Paris.<br />

“Nabocadetodaagente”,<br />

desde 1932<br />

No mercado desde Junho de 1932,<br />

foi fruto do engenho<br />

de um farmacêutico (Alberto<br />

Ferreira do Couto) e um amigo<br />

cientista. A marca “Couto”<br />

especializou-se em produtos de<br />

higiene e conta no seu ‘portfolio’<br />

com o também famoso<br />

“Restaurador Olex”.<br />

CIMENTOS<br />

ALGUNS PRODUTOS DA LOJA “A VIDA PORTUGUESA”<br />

Quinta-feira 3 Dezembro 2009 <strong>Diário</strong> <strong>Económico</strong> 25<br />

Secil ganha em Paris prémio ambiental<br />

pela captação de CO2 com microalgas<br />

A Secil, do Pedro Queiroz Pereira, ganhou ontem em Paris o prémio de<br />

prata da Environmental Innovation for Europe (EEP Awards 2009), pelo<br />

projecto de captação de dióxido de carbono (CO2) e produção de<br />

biomassa através da produção industrial de microalgas que a cimenteira,<br />

em parceria com a AlgaFuel, está a desenvolver na unidade de Cibra-<br />

Pataias. É a primeira vez que um projecto português é distinguido com<br />

esta classificação, em concorrência com projectos de 17 países europeus.<br />

“Entre marido e mulher não<br />

se mete o Salazar”<br />

Não foi um exclusivo português,<br />

mas o utensílio de cozinha para<br />

rapar tachos recebeu o nome<br />

de “Salazar”, em Portugal.<br />

O nome justificou-se pelo<br />

paralelismo do povo em relação<br />

aoshábitosdepoupança<br />

apregoados pelo fundador<br />

do Estado Novo.<br />

Paula Nunes<br />

A empresa de Catarina Portas<br />

explora também um quiosque no<br />

Largo Camões, em Lisboa, onde<br />

vende os respectivos produtos.<br />

Dr. Bayard ainda produz quatro<br />

toneladas de rebuçados por dia<br />

Os rebuçados peitorais Dr. Bayard<br />

têm 70 anos de história mas<br />

reinventam-se constantemente.<br />

Estão desde 2007 na Internet<br />

e têm um visual renovado.<br />

A fábrica ainda produz quatro<br />

toneladas de rebuçados por dia,<br />

num segredo formado por açúcar,<br />

glicose, mel e plantas medicinais.


26 <strong>Diário</strong> <strong>Económico</strong> Quinta-feira 3 Dezembro 2009<br />

BARCLAYS<br />

PARCERIA BARCLAYS / DIÁRIO ECONÓMICO<br />

Têxteis e calçado<br />

são oportunidades<br />

no mercado alemão<br />

As exportações portuguesas para a Alemanha têm um grau de concentração<br />

elevado, com 56% do valor a centrar-se nos veículos e máquinas e aparelhos.<br />

Carlos Caldeira<br />

carlos.caldeira@economico.pt<br />

A Alemanha tem um peso económico<br />

e industrial de relevo a nível<br />

mundial.Éosegundomaiormercado<br />

importador e, desde 2003,<br />

ocupa o primeiro lugar como exportador.<br />

Por isso, os analistas da<br />

Aicep Portugal consideram como<br />

produtos de oportunidade para as<br />

empresas portuguesas, naquele<br />

mercado, o vestuário – com desenvolvimentos<br />

de nichos de mercado<br />

para produtos com qualidade<br />

e ‘design’ ou o estabelecimento<br />

de parcerias com os clientes.<br />

Também os têxteis são uma área a<br />

explorar, através do desenvolvimento<br />

de novas aplicações para<br />

produtos têxteis, apostando em<br />

produtos diferenciados (como os<br />

têxteis técnicos), e da cooperação<br />

com ‘designers’ que alargam a<br />

sua marca a outros produtos para<br />

a casa, e o calçado, apostando no<br />

reconhecimento da qualidade do<br />

calçado português.<br />

Para a Aicep são ainda boas<br />

oportunidades de mercado os<br />

produtos da fileira casa, os vinhos<br />

(tem havido uma crescente procura<br />

de vinhos tintos), as rochas<br />

ornamentais, e os bens de equipamento,<br />

uma vez que as indústrias<br />

portuguesas de metalomecânica e<br />

electromecânica assumem um<br />

papel importante na economia<br />

nacional como incubadoras de<br />

novas tecnologias. A Aicep realça<br />

o facto de a indústria de moldes<br />

ser um bom exemplo de ‘knowhow’<br />

técnico e da flexibilidade da<br />

oferta portuguesa. Portugal ocupa<br />

a quinta posição como fornecedor<br />

alemão de moldes.<br />

AAlemanhatemumpapelda<br />

maior relevância na balança comercial<br />

portuguesa, surgindo,<br />

em 2008, em segundo lugar, logo<br />

a seguir à vizinha Espanha, quer<br />

como cliente, quer como fornecedor<br />

de Portugal. No contexto<br />

do comércio externo alemão,<br />

Portugal posicionava-se, em<br />

2008, como 24º cliente com<br />

0,82% do total das exportações<br />

alemãs, e como 31º fornecedor<br />

com 0,51% das importações, assumindo,<br />

portanto, posições in-<br />

marta.carvalho@economico.pt<br />

Em 2008, as<br />

exportações foram<br />

dominadas pelos<br />

produtos de médiaalta<br />

tecnologia, com<br />

51,0% do total<br />

expedido, seguidos<br />

dos produtos de baixa<br />

tecnologia (24,1%).<br />

comparavelmente menos relevantes<br />

do que as da Alemanha na<br />

balança comercial portuguesa.<br />

As expedições portuguesas<br />

para a Alemanha acusam um<br />

grau de concentração elevado,<br />

uma vez que mais de 56% do valor<br />

expedido, em 2008, diz respeito<br />

apenas a dois grupos de<br />

produtos – veículos e outro material<br />

de transporte, com 30,9%<br />

do valor total, e máquinas e aparelhos<br />

com 25,3%. Dos restantes<br />

grupos de produtos, destacam-se<br />

ainda o calçado (5,6% do total<br />

expedido), os plásticos e borracha<br />

(5,3%), os produtos químicos<br />

(5,3%), o vestuário (4,7%) e os<br />

metais comuns (4,6%).<br />

Bens de capital a crescer<br />

O estudo da Aicep “Relações Económicas<br />

Portugal – Alemanha”,<br />

realça que a exportação dos bens<br />

de capital subiu de 52,8% em<br />

2004, para 57,3% em 2008, garantindo,<br />

assim, o aumento da<br />

representatividade dos produtos<br />

de maior valor acrescentado no<br />

total expedido, em detrimento<br />

principalmente dos bens de consumo<br />

e dos produtos intermédios.<br />

O peso dos produtos intermédios<br />

nas expedições ascende a 26,7% e<br />

o dos bens de consumo a 13,2%.<br />

Em termos de grau de intensidade<br />

tecnológica, a estrutura das<br />

expedições foi, em 2008, dominada<br />

pelos produtos de médiaalta<br />

tecnologia, com 51,0% do total<br />

expedido, seguidos dos produtos<br />

de baixa tecnologia (24,1%),<br />

alta tecnologia (13,1%) e de média-baixa<br />

tecnologia (11,9%).<br />

Quanto ao investimento, como<br />

receptor de investimento directo<br />

português, a posição alemã testemunha<br />

um interesse oscilante dos<br />

operadores económicos portugueses<br />

por aquele mercado, ocupando<br />

a 15ª posição no ‘ranking’<br />

de receptores, em 2008, tendo<br />

caído duas posições em relação a<br />

2004. Segundo os dados disponibilizados<br />

pelo Banco de Portugal,<br />

no período de 2004-2008, o<br />

investimento bruto português na<br />

Alemanha ascendeu a cerca de<br />

503,9 milhões de euros mas, tomando<br />

em consideração o desinvestimento<br />

efectuado (no montante<br />

de cerca de 271,4 milhões de<br />

euros), regista-se um investimento<br />

líquido de apenas 232,5<br />

milhões de euros. ■


PONTOS-CHAVE<br />

A Aicep considera como<br />

oportunidades para as<br />

empresas portuguesas na<br />

Alemanha, a venda de vestuário<br />

com qualidade e ‘design’ e o<br />

estabelecimento de parcerias.<br />

Thomas Peter/Reuters<br />

Os alemães começam<br />

a conhecer a qualidade<br />

do vestuário e do calçado<br />

portugueses, depois de já terem<br />

reconhecido a importância<br />

dos moldes nacionais.<br />

A indústria de moldes ser<br />

um bom exemplo de ‘knowhow’<br />

técnico e da flexibilidade da<br />

oferta portuguesa. Portugal<br />

ocupa a quinta posição como<br />

fornecedor alemão de moldes.<br />

A Alemanha representa 8%<br />

do volume de negócios total<br />

nas exportações indirectas.<br />

A Rari – Construções Metálicas,<br />

Engenharia, Projectos e Soluções<br />

Industriais começou como<br />

uma empresa de serviços na<br />

área da metalomecânica,mas,<br />

ao longo dos anos, incorporou<br />

também as áreas de projecto<br />

electromecânico e os serviços<br />

complementares e auxiliares<br />

para responder às necessidades<br />

da sua carteira de clientes. Nos<br />

últimos seis anos, foi “incorporando<br />

tecnologia de produção e<br />

cresceu na sua capacidade de<br />

forma a responder a necessidades<br />

internacionais de subcontratação”,<br />

disse ao <strong>Diário</strong> <strong>Económico</strong><br />

Sérgio Ramos, director<br />

de marketing e vendas da empresa<br />

de Alhos Vedros.<br />

Comumvolumedenegócios<br />

de 8,4 milhões de euros,<br />

em 2008, um crescimento de<br />

7,7% em relação ao ano anterior,<br />

as exportações representaram<br />

12% das vendas totais.<br />

Para a Alemanha, a Rari exporta<br />

4%, mas vende também<br />

em mercados como o da Espanha,<br />

França e Itália. “A Alemanha<br />

representa ainda 8% do<br />

As etiquetas devem ser<br />

pensadas em alemão<br />

e não apenas traduzidas.<br />

O sistema fiscal alemão é dos<br />

mais complicados da União Europeia,<br />

pelo que o empresário<br />

deve levar este facto em conta<br />

antes de avançar com investimentos<br />

para aquele país.<br />

1<br />

IMPOSTO SOBRE SOCIEDA<strong>DE</strong>S<br />

Este imposto incide sobre os<br />

rendimentos das sociedades<br />

de capitais (por exemplo S.A.<br />

e Lda.) e outras entidades similares<br />

(como as sucursais<br />

de empresas estrangeiras). A<br />

taxadesteimpostoéde25%<br />

do rendimento colectável,<br />

talcomooIRCemPortugal.<br />

No entanto, o governo alemão<br />

prepara-se para diminuir<br />

a generalidade dos impostos<br />

em 2010, de forma a<br />

aumentaroconsumoecontrariar<br />

a crise económica.<br />

Refira-se que a constituição<br />

de uma SA na Alemanha é<br />

mais cara que uma sociedade<br />

de responsabilidade limitada,<br />

além de obrigar a auditorias e<br />

não traz vantagens comerciais<br />

significativas.<br />

A Alemanha tem um papel<br />

relevante na balança<br />

comercial portuguesa, surgindo<br />

em segundo lugar, logo a seguir<br />

à vizinha Espanha, quer como<br />

cliente, quer como fornecedor.<br />

volume de negócios total em<br />

exportações indirectas”, realça<br />

Sérgio Ramos, adiantando<br />

que a empresa exporta essencialmente<br />

equipamentos para a<br />

indústria automóvel e produtos<br />

para o ambiente.<br />

A aposta no mercado alemão<br />

explica-se porque este é responsável<br />

por grande parte dos investimentos<br />

estrangeiros em<br />

Portugal. “Ao longo do seu trajecto<br />

a Rari foi acrescentado várias<br />

multinacionais alemãs instaladas<br />

em Portugal como seus<br />

clientes e a partir desses contactos<br />

foi natural passar a respon-<br />

2<br />

IMPOSTO COMERCIAL<br />

Trata-se de um imposto municipal<br />

que incide sobre qualquer<br />

estabelecimento comercial ou<br />

industrial que tributa o rendimentodaempresa.Ataxado<br />

Imposto Comercial varia de município<br />

para município. Normalmente<br />

corresponde a cerca de<br />

10% do rendimento colectável.<br />

3<br />

IVA<br />

As importações, as vendas intracomunitárias,<br />

assim como as<br />

transacções de bens e a prestação<br />

de serviços a título oneroso,<br />

encontram-se sujeitas ao pagamentodoImpostosobreoValor<br />

Acrescentado (IVA). A maioria<br />

dos produtos, e alguns servi-<br />

Quinta-feira 3 Dezembro 2009 <strong>Diário</strong> <strong>Económico</strong> 27<br />

Rari fornece indústria<br />

automóvel da Alemanha<br />

AapostanaAlemanha<br />

surge como resposta<br />

às necessidades<br />

de crescimento<br />

da empresa em áreas<br />

competitivas<br />

e tecnologicamente<br />

exigentes.<br />

Dicas para investir<br />

PUB<br />

der a mais do que apenas as necessidades<br />

locais das mesmas”,<br />

refere o director de marketing e<br />

vendas da Rari. Este responsável<br />

explica ainda que a aposta contínua<br />

no mercado alemão surge<br />

como “resposta às necessidades<br />

de crescimento da empresa em<br />

áreas competitivas e tecnologicamente<br />

exigentes como os sectores<br />

automóveis e do ambiente”.<br />

Por outro lado, a Rari beneficia<br />

com o facto de o mercado<br />

alemão ser mais exigente em relação<br />

aos padrões de qualidade.<br />

SérgioRamos,explicaqueaempresa<br />

ainda não abriu uma sucursal<br />

na Alemanha, apostando,<br />

para já, numa rede comercial internacional,<br />

mantendo a produção<br />

em Portugal.<br />

Em termos de investimentos,<br />

investiu mais de três milhões de<br />

euros numa parceria com a marca<br />

alemã Otto, líder nacional na<br />

área ambiental, para alargar a<br />

produção nacional de produtos<br />

para a Europa. A direcção geral<br />

da Otto em Portugal é assegurada<br />

pela Rari, por Sérgio Ramos.<br />

A Rari, é uma empresa familiar<br />

criada há 21 anos pelos sócios<br />

fundadores Custódio Ramos<br />

(director geral) e Vitor Caçador<br />

(director comercial). ■<br />

ços, é tributada a uma taxa de<br />

19% (taxa normal), existindo,<br />

igualmente, uma taxa reduzida<br />

(7%) aplicável aos serviços<br />

eabensdeprimeiranecessidade<br />

(principalmente géneros<br />

alimentícios, produtos agrícolas<br />

e publicações). Em PortugaloIVAéde20%.<br />

4<br />

ACORDOS<br />

Porformaapromovereareforçar<br />

o desenvolvimento das<br />

relações de investimento entre<br />

os dois países, foram assinados<br />

entre Portugal e a Alemanha o<br />

AcordosobrePromoçãoeProtecção<br />

de Investimentos e a<br />

Convenção para Evitar a Dupla<br />

Tributação e Prevenir a Evasão<br />

Fiscal em Matéria de Impostos<br />

sobre o Rendimento. ■


28 <strong>Diário</strong> <strong>Económico</strong> Quinta-feira 3 Dezembro 2009<br />

FINANÇAS<br />

Banco de Portugal<br />

suspende contas do BPP<br />

até Dezembro de 2010<br />

Os clientes do BPP poderão ficar sem acesso às contas por mais um ano.<br />

Se situação for resolvida entretanto, a suspensão será levantada.<br />

Maria Teixeira Alves<br />

eMartaReis<br />

maria.alves@economico.pt<br />

O Banco de Portugal decidiu assumir<br />

que não há uma solução à<br />

vista para o Banco Privado, no<br />

seu mais recente prolongamento<br />

do congelamento das contas dos<br />

clientes do banco. Isto porque,<br />

ao contrário do que vinha acontecendo<br />

há um ano, desta vez<br />

decidiu dispensar o BPP do<br />

“cumprimento pontual de obrigações<br />

anteriormente contraídas”<br />

e acrescenta “devendo a<br />

dispensa ser utilizada na medida<br />

necessária à reestruturação e saneamento<br />

do BPP”, ou seja sem<br />

prazo de validade. Desta forma<br />

prevalece o que diz a lei bancária<br />

(RGICSF), no número 145º: “as<br />

providências referidas neste artigo<br />

terão a duração máxima de<br />

um ano, prorrogável uma só vez<br />

por igual período de tempo”. Ora<br />

como a primeira de cinco congelamento<br />

das contas no BPP ocorreuháprecisamenteumaano(1<br />

de Dezembro de 2008), esta nova<br />

decisão do regulador põe os<br />

clientes em suspenso até 1 de Dezembro<br />

de 2010. Os clientes, que<br />

não têm alternativa, estão descontentes<br />

com esta suspensão,<br />

até porque esta indicia que não<br />

há uma solução eminente, nem<br />

para o retorno absoluto, nem<br />

para o banco: “é sinal que o Banco<br />

de Portugal não obteve garantias<br />

por parte do Governo sobre<br />

quando a situação ficará resolvida”,<br />

revelou ao <strong>Diário</strong> <strong>Económico</strong><br />

Jaime Antunes, presidente da<br />

Privado Clientes.<br />

O que leva Vítor Constâncio a<br />

suspender o acesso dos clientes<br />

(alguns já em situação dramática<br />

de falência) até Dezembro do<br />

próximo ano? O Banco de Portugal<br />

não se quer voltar a comprometer<br />

com prazos que depois<br />

não conseguirá cumprir. Da última<br />

vez que suspendeu o BPP<br />

de cumprir as obrigações para<br />

com os seus clientes, o BdP fê-lo<br />

portrêsmeses,naconvicção,<br />

assumida então pelo Governador<br />

Vítor Constâncio, de que não<br />

seriam necessários três meses<br />

para resolver o assunto BPP. Mas<br />

O Banco de Portugal<br />

decretou pela quinta<br />

vez o congelamento<br />

das contas dos<br />

clientes do BPP.<br />

O regulador<br />

prorrogou o<br />

mandato dos<br />

administradores<br />

provisórios do<br />

BPP, sem prazo,<br />

pelo que Fernando<br />

Adão da Fonseca<br />

poderá ficar por<br />

maisumano.<br />

tudo voltou a falhar e neste momento<br />

não há nem fundo de investimento<br />

especial nem um<br />

plano de viabilização para o BPP,<br />

que seja do agrado do Ministério<br />

das Finanças, nem se sabe se<br />

chegará a haver. Os clientes são<br />

da opinião que “isto é um sinal<br />

evidente que as autoridades não<br />

sabem ou não conseguem resolver<br />

[o problema do BPP]”.<br />

Jaime Antunes revelou que “a<br />

18 de Novembro houve uma<br />

reunião com o secretário de Estado<br />

do Tesouro e Finanças, em<br />

que este disse que divulgaria as<br />

linhas gerais para o BPP até final<br />

do mês”. Até agora não há sinal<br />

disso. “Quem está a falhar é o<br />

Governo, esta situação já se arrastaháumano”,acusaeste<br />

cliente e accionista do BPP.<br />

Oprazodeumanoésuficientemente<br />

alargado para se<br />

tentar constituir o fundo de investimento<br />

especial sem que<br />

haja uma corrida às contas. E<br />

poderá ainda permitir dar um<br />

destino ao BPP, que poderá ser a<br />

falência. Cenário em que seria<br />

executado o Fundo de Garantia<br />

de Depósitos (FGD) e eventualmente<br />

o Sistema de Indemnização<br />

aos Investidores. Ficando o<br />

Governo de suportar o remanescente<br />

dos depósitos que não<br />

fossem cobertos pelos 100 mil<br />

euros do FGD.<br />

Paralelamente à suspensão<br />

sem prazo do congelamento das<br />

contas, o Banco de Portugal, na<br />

sua reunião de 30 de Novembro,<br />

prorrogou o mandato dos administradores<br />

provisórios. Mais<br />

uma vez sem prazo. Ou seja, pelo<br />

período máximo de um ano,<br />

prorrogável por igual período.<br />

Isto é, Fernando Adão da Fonseca,<br />

João faria, Carlos Lemos Santos<br />

e João Ermida ficam à frente<br />

do BPP até Dezembro de 2010.<br />

Oprolongamentodocongelamento<br />

das contas dos clientes<br />

do retorno absoluto, pela quinta<br />

vez neste ano, chega no mesmo<br />

dia em que a CMVM disse que a<br />

constituição de um megafundo<br />

especial que agrupará os activos<br />

do clientes do BPP está em fase<br />

avançada e deverá ser viável no<br />

curto prazo. ■<br />

O que diz a lei<br />

bancária?<br />

Juntamente com a designação<br />

de administradores provisórios,<br />

o Banco de Portugal poderá<br />

determinar como providências<br />

extraordinárias:<br />

1 - Dispensa temporária do<br />

cumprimento pontual de<br />

obrigações anteriormente<br />

contraídas;<br />

2-Odispostonaalíneab)não<br />

obsta à conservação de todos os<br />

direitos dos credores contra os<br />

co-obrigados ou garantes.<br />

3 - As providências referidas<br />

neste artigo terão a duração<br />

máxima de um ano, prorrogável<br />

uma só vez por igual período de<br />

tempo. As providências<br />

extraordinárias previstas no<br />

presente título subsistirão apenas<br />

enquanto se verificar a situação<br />

que as tiver determinado.<br />

Constâncio cumpriu ontem o que<br />

era esperado: voltou a congelar as<br />

contas dos clientes do BPP.<br />

CMVM<br />

CMVM explica porque não tem<br />

condições para registar ainda o<br />

fundo de investimento especial<br />

Maria Teixeira Alves<br />

maria.alves@economico.pt<br />

A Comissão do Mercado de Valores<br />

Mobiliários (CMVM) emitiu<br />

ontem um comunicado onde<br />

explica a razão pela qual não<br />

pôde, até agora, registar o Fundo<br />

de Investimento Especial que<br />

substituirá os títulos (’loan-notes’)<br />

dos clientes do retorno absoluto<br />

do BPP.<br />

O regulador diz que, para já, não<br />

está em condições de autorizar<br />

um fundo de investimento para<br />

os clientes do BPP porque que<br />

ainda não recebeu do banco a


Dubai World reúne-se com credores<br />

A ‘holding’ estatal Dubai World vai reunir-se na próxima semana com os<br />

seus principais credores, para discutir a renegociação de dívida no<br />

montante de 26 mil milhões de dólares, menos de metade da dívida<br />

total. Entretanto, afastados os maiores receios sobre a situação do<br />

Dubai, os CDS - instrumentos de protecção de risco de crédito -<br />

continuaram ontem em queda, estando 30% abaixo do valor de 27 de<br />

Novembro, após terem sido conhecidas as dificuldades da Dubai World.<br />

AGENDA DO DIA<br />

● O Senado norte-americano<br />

confirma a nomeação de Ben<br />

Bernanke para o segundo ano como<br />

presidente da Reserva Federal<br />

● Assembleia Geral extraordinária<br />

da Polimaia - Sociedade Gestora de<br />

Participações sociais<br />

● Reunião do Conselho de Ministros<br />

exige definição do futuro do BPP<br />

lista detalhada do património<br />

que vai constituir o fundo, o que<br />

é essencial para dar sequência a<br />

esta solução. Em comunicado, a<br />

CMVM diz que “no âmbito do<br />

processo visando a autorização<br />

de constituição do fundo especial<br />

de investimento fechado<br />

para os Clientes do Banco Privado<br />

Português de retorno absoluto<br />

de investimento indirecto<br />

com garantia de capital, apresentado<br />

pela Privado Fundos –<br />

Sociedade Gestora de Fundos de<br />

Investimento (...) o processo de<br />

aprovação pela CMVM tem por<br />

objecto essencial a autorização<br />

de constituição de um património<br />

autónomo, pelo que, para<br />

ser efectivo, exige a definição,<br />

pela sociedade gestora, da com-<br />

Para além<br />

da definição do<br />

património do Fundo,<br />

a CMVM exige<br />

saberseoBPPirá<br />

àfalênciaeseserá<br />

executado o SII.<br />

posiçãodopatrimóniodofundo,<br />

com informação fundamentada<br />

e precisa sobre os activos e<br />

passivos que o integram e respectiva<br />

valorização”. Quer isto<br />

dizer que falta o montante de<br />

activos e passivos dos veículos<br />

que integrarão o fundo, bem<br />

como a avaliação dos activos em<br />

espécie que deverão ser transferidos<br />

para o fundo. Em reacção a<br />

administração do BPP explicou<br />

que a informação em falta não<br />

depende do banco, “incluindo<br />

alguma dela ori<strong>gina</strong>da em países<br />

estrangeiros”. O problema<br />

prende-se com o facto de boa<br />

parte dos activos que serão<br />

transferidos para o FEI estarem<br />

sedeados nas Ilhas Virgens<br />

Britânicas, que têm um sistema<br />

jurídico diferente, aumentando<br />

acomplexidadedoprocesso.<br />

Para estar pronto a ser registado<br />

o fundo precisa de pareceres do<br />

ROC; riscos inerentes às decisões<br />

dos investidores (ver caixa);<br />

mas também da “informação<br />

sobre a solução que será<br />

adoptada quanto ao tratamento<br />

das garantias prestadas aos<br />

clientes pelo BPP nos cenários<br />

possíveis para futuro do Banco,<br />

isto é, de continuidade ou de insolvência<br />

(incluindo o âmbito<br />

da possível intervenção dos sistemas<br />

de garantia)”. Deverá ser<br />

completado, previamente à<br />

constituição do fundo, o processo<br />

de correcção de irregularidades<br />

passadas com impacto<br />

no património dos clientes”. ■<br />

Quinta-feira 3 Dezembro 2009 <strong>Diário</strong> <strong>Económico</strong> 29<br />

João Paulo Dias<br />

DOCUMENTOS EM FALTA<br />

● Parecer do revisor oficial de<br />

contas sobre a entrada em<br />

espécie de activos e eventuais<br />

passivos no fundo;<br />

● Documento que refira os riscos<br />

e garantias inerentes às decisões<br />

dos investidores com a aquisição<br />

de unidades de participação no<br />

fundo de investimento;<br />

● Documentos legais que<br />

suportem a reestruturação dos<br />

veículos de investimento das<br />

aplicações de retorno absoluto<br />

indirecto, através da consolidação<br />

num único veículo que adquirirá as<br />

loan notes dos Investidores.


30 <strong>Diário</strong> <strong>Económico</strong> Quinta-feira 3 Dezembro 2009<br />

FINANÇAS<br />

BANCA<br />

Bancos saíram da crise ainda maiores<br />

e são agora um risco maior para a economia<br />

Os bancos europeus estão a emergir da crise ainda maiores do que eram,<br />

constituindo um risco maior para as economias nacionais. A conclusão,<br />

baseada em dados compilados pela Bloomberg, mostram que BPN<br />

Paribas, Barclays e Santander estão entre, pelo menos, 353 bancos<br />

europeus, que aumentaram de tamanho desde 2007. Destes, 15 têm agora<br />

activos num valor superior ao das suas economias, número que era de 10<br />

há apenas três anos, refere a agência de notícias.<br />

Luís Rego, em Bruxelas<br />

luis.rego@economico.pt<br />

Numadecisãochaveparaacredibilidade<br />

da resposta europeia<br />

à crise financeira, a city de<br />

Londres obteve ontem uma importante<br />

vitória em Bruxelas. A<br />

posição de força do Reino Unido<br />

conseguiu que as futuras<br />

autoridades de supervisão europeias<br />

para a banca, seguros e<br />

mercados de valores apenas<br />

possam intervir directamente<br />

nas empresas nacionais em casos<br />

de má interpretação de legislação<br />

comunitária. Numa situação<br />

de crise, de emergência,<br />

de divergência entre autoridades<br />

nacionais de supervisão, ou<br />

em todas as outras situações, o<br />

regulador nacional mantém todos<br />

os seus poderes.<br />

Esta cedência, entre outras,<br />

ao projecto inicial proposto<br />

pela Comissão Europeia, levou<br />

o Parlamento Europeu, que é<br />

co-legislador nesta matéria, a<br />

reagir de imediato, considerando<br />

que “as negociações estão<br />

a caminhar na direcção errada”.<br />

“Os cidadãos europeus<br />

estão à espera de medidas efectivas<br />

para prevenir crises”, dizemnumadeclaraçãoqueéassinada<br />

pelos coordenadores dos<br />

quatro maiores grupos políticos.<br />

Jean-Paul Gauzès, do PPE,<br />

Udo Bullmann dos socialistas,<br />

Sylvie Goulard, dos Liberais e<br />

Sven Giegold, dos Verdes,<br />

ameaçam assim reescrever o<br />

diploma durante os próximos<br />

meses, o que pode atrasar a entrada<br />

em vigor deste dossier,<br />

inicialmente previsto para Janeiro<br />

de 2011.<br />

A presidência sueca, através<br />

do ministro Anders Borg, diz<br />

que “este é o acordo possível” e<br />

avisa que “no final será difícil<br />

mudá-lo porque ele foi unânime<br />

e é muito equilibrado”. Charlie<br />

McCreevy, o comissário do<br />

mercado interno, acusado no<br />

Parlamento de ter sido demasiado<br />

passivo na reacção e prevenção<br />

da crise, diz que “a criação<br />

destas autoridades, por si<br />

só, já é um passo em frente con-<br />

siderável em relação à situação<br />

actual”.<br />

Para Alastair Darling, ministro<br />

britânico, “é no interesse<br />

europeu que [a city] prospere”<br />

visto que “quer se goste quer<br />

não, é o único rival de Nova Iorque<br />

como praça financeira global”.<br />

E deixou o aviso para o<br />

Parlamento e para o futuro comissário<br />

francês, Michel Barnier,<br />

cuja designação foi saudada<br />

pelo presidente Sarkozy<br />

Bernard Madoff foi condenado a 150<br />

anos de prisão pela fraude cometida.<br />

Governos diluem<br />

poderes da<br />

regulação europeia<br />

Ministros esvaziam poderes às novas autoridades de<br />

supervisão provocando a ira do Parlamento europeu.<br />

O comissário<br />

Charlie McCreevy<br />

defendeu que a<br />

criação destas<br />

entidades “por si<br />

só, já é um passo<br />

em frente<br />

considerável face<br />

à situação actual”.<br />

como prova da “derrota” de<br />

Londres: “Arriscamo-nos a perder<br />

negócios para jurisdições<br />

menos regulamentadas”.<br />

Implicações orçamentais<br />

eliminadas<br />

Um membro do gabinete de<br />

Darling, antes mesmo da reunião<br />

começar, avisava tratar-se<br />

de “um acordo muito bom para<br />

o Reino Unido”, não só porque<br />

“conseguimos retirar o poder de<br />

iniciativa da autoridade europeia<br />

no caso de uma crise ou de<br />

divergência entre supervisores”<br />

mas também porque assegurámos<br />

garantias que protegem a<br />

nossa soberania orçamental”.<br />

Rezaoacordoque“aautoridade<br />

[europeia] terá de assegurar<br />

que nenhuma decisão (…)<br />

tenha implicações de nenhuma<br />

forma sobre as responsabilidades<br />

orçamentais de um estado<br />

membro”. Caso um país entenda<br />

que, ainda assim, será alvo<br />

de impacto orçamental por<br />

uma decisão europeia, tem várias<br />

formas de recorrer. Pode<br />

suspender a decisão, inverter o<br />

ónus de comprovar a necessidade<br />

da medida e suscitar uma<br />

avaliação por parte do Conselho<br />

de Ministros, que pode ser<br />

repetida, mediante novas explicações.<br />

Ou não se tratasse de<br />

um acordo bizantino tipicamente<br />

europeu, há ainda um<br />

“terceiro travão”, como dizem<br />

os britânicos, onde através de<br />

uma declaração política, sem<br />

valor legal, se pede ao Conselho<br />

Europeu, que se rege por<br />

unanimidade, que “considere”<br />

a matéria.<br />

Sem grandes polémicas, os<br />

ministros criaram também uma<br />

autoridade para a supervisão do<br />

risco sistémico, a nível macro,<br />

que será comandada pelo BCE.<br />

Mas isso não chega, recordam<br />

os eurodeputados. “As autoridades<br />

independentes devem ser<br />

equipadas com poderes proporcionais<br />

e vinculativos no<br />

que toca à supervisão micro”,<br />

notam. A discussão segue dentro<br />

de momentos, na presidência<br />

espanhola. ■<br />

FRAU<strong>DE</strong><br />

CNMV obriga duas gestoras a compensarem<br />

vítimas da fraude de Madoff<br />

A Espírito Santo Gestión, gestora em Espanha do BES, e a Gestefin vão<br />

compensar os investidores afectados pela maior fraude financeira da<br />

história, orquestrada por Bernard Madoff. A exigência partiu da CNMV por<br />

considerar que o investimento não estava contemplado no folheto<br />

explicativo das sociedades de investimento. Deste modo, a Espírito Santo<br />

vai pagar 288 mil euros aos clientes dos seus dois fundos, enquanto que a<br />

Gestefin vai compensar os clientes com 69 mil euros.<br />

TRANSPARÊNCIA <strong>DE</strong>IXA ECOFIN...MAIS OPACO


MERCADOS<br />

SEC intima 36 empresas financeiras<br />

em investigação sobre ‘inside trading’<br />

A Securities and Exhange Commission (SEC), regulador do mercado de<br />

capitais dos Estados Unidos, enviou, pelo menos, 36 intimações a empresas<br />

financeiras, no âmbito de uma investigação alargada sobre potencial<br />

‘inside trading’. Entre elas estão a Goldman Sachs, noticiou o Wall Street<br />

Journal, citando fontes anónimas familiares com o processo. Algumas das<br />

intimações estarão relacionadas com concentrações nas indústrias<br />

farmacêutica e de retalho, nos últimos três anos, refere o jornal.<br />

Jock Fistick/Bloomberg<br />

Os ministros das finanças<br />

entraram na reunião<br />

perto das 9h mas a<br />

reunião formal do Ecofin<br />

apenas começou à 15.30h.<br />

Estranho?<br />

É por causa do Tratado de<br />

Lisboa. Em nome da<br />

transparência, o<br />

documento que entrou<br />

agora em vigor obriga a<br />

que as discussões entre<br />

ministros sobre propostas<br />

legislativas sejam<br />

transmitidas de forma<br />

públicanumasalado<br />

conselho, em Bruxelas. À<br />

vista dos jornalistas e,<br />

potencialmente, de todos<br />

os europeus.<br />

Mas, como o atraso no<br />

início “oficial” da reunião<br />

de ontem demonstrou, as<br />

decisões são tomadas<br />

antes, à porta fechada.<br />

Ou seja, a discussão a<br />

sério é feita fora da<br />

agenda do dia, numa<br />

espécie de ensaio para<br />

quando as câmaras se<br />

ligarem.<br />

EoConselhoquando<br />

começa… já acabou.<br />

Na foto, Alastair Darling,<br />

responsável pelas<br />

Finanças do Reino Unido,<br />

“perseguido” por um<br />

operador de câmara.<br />

O preço do ouro continua a bater<br />

recordes dia após dia.<br />

Retirada será gradual e não<br />

para todos os países ao mesmo<br />

tempo.<br />

Luís Rego<br />

luis.rego@economico.pt<br />

Bruxelas e os ministros das Finanças<br />

que ontem se reuniram<br />

recomendam que todos os governos<br />

retirem, o mais tardar<br />

em 2011, os estímulos à economia<br />

que atenuaram este ano<br />

adimensãodorecuodaactividade<br />

económica. Aliás, alguns<br />

deles, a quem a retoma já sorri,<br />

terão de retirar essas ajudas<br />

já em 2010.<br />

A discussão sobre o momento<br />

ideal para retirar os<br />

apoios “artificiais” à economia<br />

continua a dividir os especialistas,<br />

sendo incerto qual<br />

ocomportamentodaactividade<br />

quando tiver de funcionar<br />

totalmente por si própria. Com<br />

esta recomendação, existe<br />

pelo menos um calendário indicativo<br />

de quando tal poderá<br />

ser feito, começando pelos<br />

países que melhor recuperaram<br />

da crise.<br />

Por outro lado, e numa altura<br />

em que as contas públicas<br />

de quase todos os países acabaram<br />

por ser sacrificadas em<br />

nome da recuperação económica,<br />

o ponto da situação dos<br />

défices e a forma de os resolver<br />

acabaram também por<br />

marcar a discussão.<br />

Ontem a UE aprovou recomendações<br />

para 13 estados<br />

membros. Depois de alguns<br />

protestos,aFrançaeaBélgica<br />

aceitaram as metas impostas<br />

pela Comissão de cumprir<br />

otectodopactoem2013e<br />

2012, respectivamente, depois<br />

de obter uma garantia<br />

por escrito que só o farão se<br />

as condições económicas o<br />

permitirem.<br />

O dia acabou por ficar marcado<br />

com a confirmação do<br />

ministro alemão, Wolfang<br />

Schauble que Berlim pode registar<br />

um défice inferior a 3%<br />

este ano, bem abaixo do previsto.<br />

Os ministros das finanças<br />

recomendaram ontem ao Estado<br />

português que traga o défice<br />

público para baixo de 3% até ao<br />

final de 2013, se as condições<br />

económicas o permitirem. PortugaldeveráapresentaratéJunho<br />

de 2010 um plano de redução<br />

de défice, e tomar medidas<br />

MATÉRIAS-PRIMAS<br />

Quinta-feira 3 Dezembro 2009 <strong>Diário</strong> <strong>Económico</strong> 31<br />

Ouro supera os 1.217 dólares e atinge novo<br />

recorde pelo segundo dia consecutivo<br />

O “apetite” pelo ouro continua, com os investidores a refugiarem-se neste<br />

activo contra a queda do dólar. Ontem, e pela segunda sessão<br />

consecutiva, o preço do metal precioso voltou a atingir um novo recorde.<br />

Desta feita, o ouro chegou a disparar 1,72% para os 1.217,23 dólares a onça<br />

‘troy’. “O ouro está a subir como se não houvesse amanhã”, afirmou um<br />

analista do Citigroup citado pela Bloomberg. Desde o arranque do ano, o<br />

preço do ouro já disparou 38%, enquanto que o dólar desvalorizou 8,5%.<br />

Estímulos à economia<br />

serão retirados até 2011<br />

As regras para<br />

redução dos défices<br />

das contas públicas<br />

têmemcontaa<br />

evolução futura das<br />

economias.<br />

PUB<br />

concretas que conduzam, ainda<br />

que a prazo, a uma consolidação.<br />

O governo prevê adoptar<br />

um programa de estabilidade<br />

e crescimento nos próximos<br />

meses onde expõe a trajectória<br />

de redução, devendo cumprir o<br />

esforço pedido pela recomendaçãodoconselhodeumaquebra<br />

no défice ajustado do ciclo<br />

em 1,25 pontos percentuais,<br />

durante cada um dos próximos<br />

quatro anos.<br />

Bruxelas vai avaliar os esforços<br />

de Portugal mas se o<br />

crescimento económico ficar<br />

aquém do que foi previsto recentemente<br />

(0,2% em 2010) o<br />

país terá direito a um prolongamento<br />

de um ano no seu<br />

projecto de consolidação.<br />

Esta redução deverá começar<br />

em 2010, mas o grosso do<br />

ajustamento fica para o final<br />

do período. ■ Com T.F.<br />

John Kay<br />

COMO A ECONOMIA<br />

ILUMINA O MUNDO<br />

Disponível em www.ECONOMICO.pt


32 <strong>Diário</strong> <strong>Económico</strong> Quinta-feira 3 Dezembro 2009<br />

BOLSA <strong>DE</strong> VALORES<br />

Eurolist by Euronext Lisbon. Acções<br />

Última Var. Var. Máx. Mín. Quant. Máx. Mín. Divid. Data Divid. Comport.<br />

Valor Mobiliário Data cotação % sessão sessão transcc. do ano do ano Ex-dív yeld% anual%<br />

Compartimento A<br />

B.COM.PORTUGUES 02-12-2009 0.89 0.00 0.11 0.89 0.88 11,670,769 1.08 0.56 0.02 16-04-2009 1.92 8.71<br />

B.ESPIRITO SANTO 02-12-2009 4.64 -0.08 -1.63 4.72 4.59 2,539,856 5.34 2.65 0.16 26-03-2009 3.40 11.66<br />

BANCO BPI SA 02-12-2009 2.23 -0.02 -0.85 2.24 2.21 322,243 2.57 1.34 0.07 04-05-2009 2.98 28.29<br />

BRISA 02-12-2009 6.80 -0.02 -0.34 6.89 6.79 287,901 7.23 4.26 0.31 30-04-2009 4.54 27.51<br />

CIMPOR SGPS 02-12-2009 5.19 0.01 0.12 5.20 5.11 354,868 5.85 3.00 0.19 12-06-2009 3.57 <strong>48</strong>.85<br />

EDP 02-12-2009 3.10 0.02 0.58 3.10 3.07 3,404,218 3.22 2.29 0.14 14-05-2009 4.54 14.43<br />

EDP RENOVAVEIS 02-12-2009 6.50 -0.08 -1.20 6.59 6.42 663,136 7.83 4.41 0.00 0.00 31.52<br />

GALP ENERGIA 02-12-2009 12.00 -0.11 -0.91 12.13 11.96 823,568 12.65 7.03 0.23 22-10-2009 1.90 68.66<br />

J MARTINS SGPS 02-12-2009 6.80 -0.01 -0.07 6.84 6.77 572,344 6.94 3.01 0.11 06-05-2009 1.62 71.41<br />

PORTUGAL TELECOM 02-12-2009 8.34 0.07 0.89 8.49 8.25 3,046,783 8.27 5.<strong>48</strong> 0.57 24-04-2009 6.95 36.24<br />

ZON MULTIMEDIA 02-12-2009 4.34 0.00 0.05 4.35 4.31 339,606 5.01 3.55 0.16 27-05-2009 3.69 16.98<br />

Compartimento B<br />

SONAE INDUSTRIA 02-12-2009 2.58 0.01 0.19 2.60 2.53 152,459 2.86 1.15 0.00 16.61 68.85<br />

SONAECOM SGPS 02-12-2009 1.79 0.00 0.11 1.81 1.77 357,146 2.15 0.97 0.00 0.00 77.61<br />

MOTA ENGIL 02-12-2009 3.82 -0.02 -0.47 3.86 3.78 178,447 4.53 2.10 0.11 15-05-2009 2.87 63.15<br />

SEMAPA 02-12-2009 7.41 -0.19 -2.53 7.70 7.41 243,706 8.95 5.65 0.25 23-04-2009 3.36 18.73<br />

PORTUCEL 02-12-2009 1.89 -0.02 -1.05 1.93 1.89 245,973 2.13 1.31 0.10 06-04-2009 5.50 23.31<br />

SONAE 02-12-2009 0.90 -0.01 -0.99 0.91 0.90 2,604,901 0.98 0.38 0.03 20-05-2009 3.30 108.01<br />

BANIF-SGPS 02-12-2009 1.25 -0.01 -0.79 1.27 1.25 145,585 1.54 0.95 0.06 22-04-2009 4.86 22.77<br />

SONAE CAPITAL 02-12-2009 0.90 - - 0.91 0.89 230,696 1.00 0.41 0.00 0.00 104.55<br />

REN 02-12-2009 2.99 0.02 0.50 3.00 2.97 109,864 3.25 2.39 0.17 27-04-2009 5.55 4.94<br />

MARTIFER 02-12-2009 3.53 -0.04 -1.12 3.59 3.49 58,876 4.59 2.53 0.00 0.00 -5.05<br />

GRUPO MEDIA CAP 24-11-2009 4.59 - - - - - 5.00 2.00 0.23 09-04-2009 5.01 50.49<br />

SAG GEST 02-12-2009 1.32 -0.01 -0.75 1.33 1.32 3,500 1.59 0.90 0.02 10-11-2008 1.52 40.00<br />

TEIXEIRA DUARTE 02-12-2009 1.02 -0.01 -1.06 1.05 1.02 362,043 1.26 0.41 0.00 1.71 72.91<br />

FINIBANCO SGPS 02-12-2009 1.55 -0.02 -1.27 1.56 1.55 2,972 2.39 1.43 0.00 4.29 -21.11<br />

ALTRI SGPS SA 02-12-2009 3.77 -0.02 -0.50 3.81 3.75 315,021 4.25 1.50 0.00 2.00 80.91<br />

TOYOTA CAETANO 27-11-2009 4.16 - - - - - 8.80 4.00 0.07 26-05-2009 1.68 -46.04<br />

Compartimento C<br />

BENFICA-FUTEBOL 02-12-2009 2.73 -0.02 -0.73 2.75 2.70 1,943 3.55 1.70 0.00 0.00 30.95<br />

COFINA SGPS 02-12-2009 1.03 -0.01 -0.96 1.04 1.03 8,850 1.07 0.39 0.00 4.21 131.11<br />

COMPTA 25-11-2009 0.41 - - - - - 0.46 0.36 0.00 0.00 13.89<br />

CORTICEIRA AMORI 02-12-2009 0.96 0.01 1.05 0.96 0.94 63,987 1.05 0.54 0.00 6.74 17.28<br />

ESTORIL SOL N 22-09-1998 8.91 - - - - - 0.00 0.00 0.22 16-05-2007 2.47 -3.47<br />

ESTORIL SOL P 02-12-2009 6.70 -0.02 -0.30 6.70 6.70 87 9.88 6.51 0.00 4.54 -23.64<br />

F RAMADA INVEST 02-12-2009 0.84 -0.01 -1.06 0.84 0.81 7,361 0.98 0.57 0.00 0.00 35.84<br />

FISIPE 26-11-2009 0.15 - - - - - 0.20 0.09 0.00 0.00 66.67<br />

FUT.CLUBE PORTO 02-12-2009 1.28 -0.02 -1.54 1.30 1.28 1,130 1.75 1.25 0.00 0.00 -7.14<br />

GLINTT 02-12-2009 0.86 - - 0.86 0.85 28,516 1.03 0.60 0.00 0.00 34.38<br />

IBERSOL SGPS 02-12-2009 9.40 - - 9.40 9.20 7,135 10.00 5.51 0.05 22-05-2009 0.53 36.23<br />

IMOB GRAO PARA 25-11-2009 3.65 - - - - - 3.82 2.33 0.00 0.00 21.67<br />

IMPRESA SGPS 02-12-2009 1.73 0.03 1.76 1.77 1.65 300,3<strong>48</strong> 2.00 0.56 0.00 0.00 102.38<br />

INAPA-INV.P.GEST 02-12-2009 0.64 - - 0.64 0.62 253,7<strong>48</strong> 0.73 0.23 0.00 0.00 88.24<br />

LISGRAFICA 02-12-2009 0.09 - - 0.09 0.08 9,685 0.12 0.06 0.00 0.00 28.57<br />

NOVABASE SGPS 02-12-2009 4.49 -0.05 -1.10 4.52 4.49 8,288 5.06 3.21 0.00 0.00 -1.09<br />

OREY ANTUNES 02-12-2009 1.89 -0.11 -5.50 1.99 1.80 2,310 2.90 1.95 0.11 30-04-2009 5.50 -13.04<br />

PAP.FERNAN<strong>DE</strong>S 28-01-2009 2.66 - - - - - 2.70 2.65 0.00 0.00 0.38<br />

REDITUS SGPS 02-12-2009 7.12 - - 7.12 6.97 1,405 8.00 5.83 0.00 0.00 0.28<br />

S.COSTA 02-12-2009 1.23 0.02 1.65 1.23 1.20 122,831 1.32 0.<strong>48</strong> 0.03 27-05-2009 2.56 92.06<br />

S.COSTA-PREF 18-09-2009 1.16 - - - - - 1.16 1.16 0.15 27-05-2009 12.93 -15.94<br />

SPORTING 02-12-2009 1.26 -0.02 -1.56 1.26 1.16 174 1.52 1.01 0.00 0.00 -5.88<br />

SUMOL COMPAL 30-11-2009 1.40 - - - - - 1.70 0.94 0.00 0.00 -15.15<br />

VAA VISTA ALEGRE 01-12-2009 0.11 - - - - - 0.14 0.06 0.00 0.00 57.14<br />

VAA-V.ALEGRE-FUS 27-11-2009 0.08 - - - - - 0.10 0.04 0.00 0.00 60.00<br />

VAA-V.ALEGRE-FUS 27-11-2009 0.08 - - - - - 0.10 0.04 0.00 0.00 60.00<br />

Compartimento Estrangeiras<br />

BANCO POPULAR 02-12-2009 0.00 -0.01 -0.17 5.72 5.72 500 7.58 3.23 0.46 12-01-2009 8.00 -0.<strong>48</strong><br />

BANCO SANTAN<strong>DE</strong>R 02-12-2009 0.00 0.03 0.26 11.71 11.52 24,210 11.85 3.94 0.63 01-08-2009 5.47 85.80<br />

E.SANTO FINANC N 12-11-2009 0.00 - - - - - 15.20 8.64 0.25 25-05-2009 1.65 <strong>48</strong>.87<br />

E.SANTO FINANCIA 02-12-2009 0.00 - - 14.95 14.90 113,341 15.49 9.92 0.25 25-05-2009 1.71 39.91<br />

PAPELES Y CARTON 27-11-2009 0.00 - - - - - 4.25 2.45 0.03 16-01-2009 0.80 21.04<br />

SACYR VALLEHERM 06-05-2009 0.00 - - - - - 7.95 7.55 0.57 31-10-2008 7.17 5.02<br />

As cotações do PSI 20, dos índices internacionais e dos seus respectivos componentes podem ser acompanhadas em: www.diarioeconomico.com<br />

Última cotação – Corresponde na grande maioria dos títulos, à cotação de fecho da última sessão, a menos que seja indicada outra data. Preços indicados em euros; Variação absoluta e percentual<br />

– diferença entre a última cotação e o fecho da sessão imediatamente anterior em que o título transaccionou; Dividendo – valor bruto, indicado em euros e respectiva data a partir da qual<br />

a aquisição do título deixou de dar direito ao pagamento do dividendo; Dividend Yield – Rendimento do dividendo, que resulta da divisão do último dividendo pago pela cotação; Comportamento<br />

anual – variação percentual da cotação em relação ao último preço do ano anterior. Compartimento A – Capitalização bolsista superior a 1.000 milhões de euros; Compartimento B – Capitalização<br />

bolsista entre 150 milhões e 1.000 milhões de euros; Compartimento C – Capitalização bolsista inferior a 150 milhões de euros; Compartimento Estrangeiras – Emitentes estrangeiras.<br />

As últimas RECOMENDAÇÕES<br />

Jerónimo Martins<br />

PREÇO-ALVO<br />

6,95€<br />

COTAÇÃO ACTUAL<br />

6,80€<br />

POTENCIAL<br />

2,2%<br />

NEUTRAL O Goldman Sachs reviu em alta o preço-alvo<br />

para a Jerónimo Martins, de 6,30 para 6,95 euros, tendo<br />

mantido a recomendação ‘neutral’.<br />

EDP Renováveis<br />

PREÇO-ALVO<br />

8,50€<br />

COTAÇÃO ACTUAL<br />

6,501€<br />

POTENCIAL<br />

30,7%<br />

NEUTRAL O Goldman Sachs cortou a avaliação para a EDP<br />

Renováveis, de 8,80 para 8,50 euros por acção, reiterando<br />

a recomendação ‘neutral’.<br />

Galp Energia<br />

PREÇO-ALVO<br />

12,00€<br />

COTAÇÃO ACTUAL<br />

12,00€<br />

POTENCIAL<br />

0%<br />

NEUTRAL O UBS reduziu o preço-alvo para as acções da<br />

Galp Energia, de 13 euros para 12 euros, deixando inalterada<br />

a recomendação ‘neutral’.<br />

Média dos PREÇOS-ALVO<br />

EMPRESAS ‘TARGET’<br />

ALTRI 3,54<br />

BANCO BPI 2,49<br />

BCP 1,29<br />

BES 9,37<br />

BRISA 7,76<br />

CIMPOR 4,76<br />

EDP 3,89<br />

GALP ENERGIA 13,94<br />

EDP RENOVÁVEIS 7,37<br />

J. MARTINS 5,43<br />

MOTA-ENGIL 4,23<br />

PORTUCEL 2,47<br />

PT 7,38<br />

REN 3,24<br />

SEMAPA 11,03<br />

S. INDÚSTRIA 3,01<br />

SONAE SGPS 1,31<br />

SONAECOM 3,38<br />

T. DUARTE -<br />

ZON MULTIMÉDIA 8,05<br />

Metodologia: O preço-alvo médio é<br />

calculado tendo em conta as avaliações de<br />

sete casas de investimento: BPI, CaixaBI,<br />

ESR, BCP, Lisbon Brokers, Banif e UBS.<br />

COMENTÁRIO<br />

<strong>DE</strong> BOLSA<br />

Marta Reis<br />

marta.reis@economico.pt<br />

PSI20contraria<br />

Europa e fecha a cair<br />

A bolsa portuguesa terminou ontem a sessão em<br />

terreno negativo, em contraciclo com as principais<br />

congéneres europeias, que encerraram positivas<br />

pelo segundo dia consecutivo.<br />

O PSI 20 perdeu 0,26% para 8.359,12 pontos,<br />

enquanto na Europa as subidas oscilaram entre<br />

0,06% de Madrid e 0,53% de Paris, puxados por<br />

farmacêuticas e mineiras. Títulos do sector financeiro<br />

como Royal Bank of Scotland e o<br />

Commerzbank terminaram o dia com descidas<br />

superiores a 2%.<br />

Na Euronext Lisboa, os títulos da banca estiveram<br />

entre os que mais<br />

pressionaram o PSI 20. O<br />

BES protagonizou a segunda<br />

maior queda do<br />

dia, ao deslizar 1,63%, e o<br />

BPI caiu 0,85%; o BCP<br />

Hot Stock PORTUGAL TELECOM<br />

contrariou a tendência e encerrou com um ganho<br />

de 0,11%. A maior subida da sessão pertenceu à<br />

Portugal Telecom, que valorizou 0,89%, renovando<br />

o máximo em mais de um ano. Ainda no<br />

sector das TMT, a Zon somou 0,05% e a Sonaecom<br />

progrediu 0,11%.<br />

Os títulos da área energética tiveram uma sessão<br />

mista, com a EDP a subir 0,58% e a REN em<br />

altade0,50%,enquantoqueaRenováveisarecuou<br />

1,2% e a Galp a perdeu 0,91%. A descida<br />

mais acentuada do dia pertenceu à Semapa, com<br />

uma desvalorização de 2,53%. ■<br />

PSI 20 GANHA 31,82% EM 2009<br />

9000<br />

8000<br />

7000<br />

6000<br />

5000<br />

31-12-2009<br />

Zeinal Bava,<br />

CEO da Portugal Telecom<br />

PT volta a subir e renova máximo<br />

As bolsas<br />

ao minuto em<br />

www.economico.pt<br />

Ganhos anuais das cotadas oscilam entre 5,47%<br />

da REN e 105,95% da Sone SGPS.<br />

02-12-2009<br />

As acções da Portugal Telecom (PT) valorizaram ontem pelo<br />

segundo dia consecutivo e renovaram o máximo de 52 semanas<br />

ao cotar a 8,494 euros. Esta cotação, a mais elevada desde início<br />

de Março de 2008, correspondente a uma capitalização bolsista de<br />

7,<strong>48</strong> mil milhões de euros. Depois de ter fechado a primeira sessão<br />

de Dezembro com um ganho de 2,72%, a PT encerrou ontem<br />

em alta de 0,89%, num dia em que o advogado-geral do Tribunal<br />

Europeu de Justiça anunciou, em decisão preliminar,<br />

que os direitos especiais do Estado português na operadora de<br />

telecomunicações (’golden share’) violam as regras comunitárias<br />

da concorrência. Quanto a ‘research’, referência, nos últimos dois<br />

dias, a duas notas do Bank of America/Merrill Lynch e Crédit<br />

Suisse, que reiteraram os preços-alvo de 8,25 euros e 9,00 euros,<br />

respectivamente. Desde o início deste ano, as acções da empresa<br />

liderada por Zeinal Bava acumulam um ganho de 37,46%.


PUB


34 <strong>Diário</strong> <strong>Económico</strong> Quinta-feira 3 Dezembro 2009<br />

BOLSAS INTERNACIONAIS<br />

EUA - Dow Jones Industrial Indices Internacionais<br />

Título Última Var.<br />

Cot. $ %<br />

ALCOA INC 13.39 4.61<br />

WALT DISNEY CO 30.66 -0.23<br />

KRAFT FOODS INC 26.67 0.64<br />

PROCTER & GAMBLE 63.18 0.43<br />

AMER EXPRESS CO 40.87 -1.04<br />

GENERAL ELEC CO 16.05 -0.74<br />

COCA-COLA CO 57.83 -0.43<br />

AT&T 27.35 0.63<br />

BOEING CO 53.38 -0.63<br />

HOME <strong>DE</strong>POT INC 28.18 0.64<br />

MCDONALD'S CORP 63.07 -0.74<br />

THE TRAVELERS CO 52.71 0.21<br />

BANK OF AMERICA 15.63 -1.64<br />

HEWLETT-PACKARD 49.07 -1.05<br />

3M COMPANY 78.26 -0.47<br />

EUA - Nasdaq<br />

Título Última Var.<br />

Cot. $ %<br />

APPLE INC 196.28 -0.4<br />

COGNIZANT TECH 45.34 0.44<br />

INFOSY TECH ADR 51.84 -0.25<br />

PACCAR INC 37.15 -2.39<br />

ADOBE SYS 36.47 0.19<br />

CITRIX SYSTEMS 38.92 0.23<br />

INTEL CORP 19.65 0<br />

PRICELINE COM 217.07 1.06<br />

AUTOMATIC DATA 43.79 -0.11<br />

<strong>DE</strong>LL INC 13.67 -1.23<br />

INTUIT INC 29.58 0.<strong>48</strong><br />

PATTERSON COS 26.26 0.96<br />

AUTO<strong>DE</strong>SK INC 23.67 -1.21<br />

DISH NETWORK A 20.86 -0.43<br />

INTUITIVE SURG 287.96 1.07<br />

PHARM PROD <strong>DE</strong>V 21.75 0.42<br />

AKAMAI TECH INC 24.34 1.59<br />

DIRECTV A 31.57 0.19<br />

J.B. HUNT TRAN 33.04 1.94<br />

QUALCOMM INC 45.09 0.07<br />

ALTERA CORP 21.98 -0.09<br />

EBAY INC 23.8 -0.87<br />

JOY GLOBAL INC 53.27 -3.13<br />

RSCH IN MOTION 60.37 1.07<br />

APPLIED MATL 12.92 0.23<br />

ELECTRONIC ART 16.84 -0.82<br />

KLA TENCOR 32.39 2.14<br />

ROSS STORES 44.37 -0.05<br />

AMGEN 57.51 0.75<br />

EXPRESS SCRIPTS 87.33 -0.08<br />

LIBERTY GBL CL A 19.6 1.5<br />

RYANAIR HLDGS 25.28 -2.51<br />

AMAZON COM 141.8 2.38<br />

EXPEDITORS 32.62 1.43<br />

LIFE TECH CORP 51.02 0.51<br />

STARBUCKS CORP 21.71 -0.09<br />

APOLLO GROUP 56.41 1.08<br />

EXPEDIA 25.81 0.16<br />

LIBERTY INTER A 10.84 -1.36<br />

SEARS HOLDING 73.87 1.26<br />

ACTIVISIN BLIZRD 11.43 -2.06<br />

FASTENAL CO 37.9 1.88<br />

LINEAR TECH 27.63 0.84<br />

SIGMA ALDRICH 53.75 0<br />

BED BATH BEYOND 39.02 0.31<br />

FISERV INC 47.38 -0.21<br />

LOGITECH INTL 16.66 -0.42<br />

STAPLES INC 23.86 -2.37<br />

BAIDU INC ADS 435.<strong>48</strong> -0.02<br />

FLEXTRONICS 7.5 1.63<br />

EUA - Standard & Poors 100<br />

Título Última Var.<br />

Cot. $ %<br />

ALCOA INC 13.39 4.61<br />

CVS CAREMARK CRP 31.21 0.1<br />

JOHNSON&JOHNSON 63.9 0.61<br />

PROCTER & GAMBLE 63.18 0.43<br />

APPLE INC 196.28 -0.4<br />

CHEVRON 78.46 -0.76<br />

JPMORGAN CHASE 41.7 -1.23<br />

PHILIP MORRIS 49.21 0.08<br />

ABBOTT LABS 54.37 -0.2<br />

DU PONT CO 35.34 0.68<br />

KRAFT FOODS INC 26.67 0.64<br />

QUALCOMM INC 45.09 0.07<br />

AMER ELEC PWR 33.82 2.36<br />

<strong>DE</strong>LL INC 13.67 -1.23<br />

COCA-COLA CO 57.83 -0.43<br />

REGIONS FINANCL 5.84 1.04<br />

ALLSTATE CP 28.42 -0.35<br />

WALT DISNEY CO 30.66 -0.23<br />

LOCKHEED MARTIN 77.9 -1.3<br />

RAYTHEON CO 51.68 -0.23<br />

AMGEN 57.51 0.75<br />

DOW CHEMICAL CO 28.47 1.39<br />

LOWES COMPANIES 22.53 -0.22<br />

SPRINT NEXTEL 3.75 -0.79<br />

AMAZON COM 141.8 2.38<br />

<strong>DE</strong>VON ENERGY 67.53 -1.55<br />

MASTERCARD CL A 243.58 0.24<br />

SCHLUMBERGER LTD 63.92 -1.13<br />

AVON PRODUCTS 35.36 0.88<br />

EMC CORP 16.81 -1<br />

MCDONALD'S CORP 63.07 -0.74<br />

SARA LEE CORP 12.4 1.22<br />

AMER EXPRESS CO 40.87 -1.04<br />

ENTERGY CP 80.99 -0.07<br />

MEDTRONIC INC 43.34 1.52<br />

SOUTHERN 32.59 0.56<br />

BOEING CO 53.38 -0.63<br />

EXELON CORP 49.61 1.2<br />

METLIFE INC 34.88 2.02<br />

AT&T 27.35 0.63<br />

BANK OF AMERICA 15.63 -1.64<br />

FORD MOTOR CO 8.98 1.13<br />

3M COMPANY 78.26 -0.47<br />

TARGET CORP 47.<strong>48</strong> 1.5<br />

BAXTER INTL INC 55.98 1.38<br />

FRPRT-MCM GD 85.11 1.43<br />

ALTRIA GROUP 19.16 0.47<br />

TIME WARNER INC 30.83 -1.22<br />

BAKER HUGHES INC 40.43 -1.53<br />

FE<strong>DE</strong>X CORP 86.65 0.9<br />

Reino Unido - Footsie 100<br />

Título Última Var.<br />

Cot. £ %<br />

ANGLO AMERICAN 2719.532 0.33<br />

CADBURY 804.5471 -0.12<br />

IMPERIAL TOBACCO 1836 1.21<br />

PRU<strong>DE</strong>NTIAL 635.3878 1.02<br />

SHIRE 1201.6343 -0.33<br />

ASSOC.BR.FOODS 797 -1.<strong>48</strong><br />

CARNIVAL 2077.6875 1.06<br />

INTL POWER 281.5722 -0.57<br />

PEARSON 844.0338 0.12<br />

STANDARD LIFE 210.4 -0.47<br />

ADMIRAL GROUP 1062.4524 0.56<br />

Título Última Var.<br />

Cot. $ %<br />

UNITED TECH CP 68.08 0.12<br />

CATERPILLAR INC 58.86 -1.37<br />

INTL BUS MACHINE 127.56 -0.3<br />

MERCK & CO 36.78 -0.27<br />

VERIZON COMMS 32.66 0.99<br />

CISCO SYSTEMS 23.8 -0.46<br />

INTEL CORP 19.65 0<br />

MICROSOFT CP 29.79 -0.73<br />

WAL-MART STORES 54.54 -0.38<br />

CHEVRON 78.46 -0.76<br />

JOHNSON&JOHNSON 63.9 0.61<br />

PFIZER INC 18.68 -0.9<br />

EXXON MOBIL 75.68 -0.47<br />

DU PONT CO 35.34 0.68<br />

JPMORGAN CHASE 41.7 -1.23<br />

Título Última Var.<br />

Cot. $ %<br />

LAM RESEARCH 36.17 3.49<br />

STERICYCLE INC 56.1 0.43<br />

BIOGEN I<strong>DE</strong>C 47.74 -0.23<br />

FLIR SYSTEMS 29.43 1.2<br />

MICROCHIP TECH 27.18 1.3<br />

STEEL DYNAMICS 17.8 2.06<br />

BROADCOM CORP 30.44 0.86<br />

FIRST SOLAR 121.71 -0.25<br />

MILLICOM INTL 77.12 -0.06<br />

SEAGATE TECH 16.4 4.19<br />

CA IN 22.35 -0.58<br />

FOSTER WHEELR AG 30.55 -0.46<br />

MARVELL TECH GP 16.37 2.12<br />

SYMANTEC CORP 17.94 -0.39<br />

CELGENE CORP 56.89 1.01<br />

GENZYME 51.27 0.31<br />

MICROSOFT CP 29.79 -0.73<br />

TEVA PHARM 54.13 1.41<br />

CEPHALON INC 56.07 1.3<br />

GILEAD SCI 46.49 0.24<br />

MAXIM INTEGRATED 18.27 0.88<br />

URBAN OUTFITTER 32.3 -1.67<br />

CERNER CORP 77.71 1.41<br />

GOOGLE 588.07 -0.31<br />

NII HOLDINGS 31.08 -0.35<br />

VERISIGN INC 22.28 -1.33<br />

CHECK PT SFTWRE 33.03 0.76<br />

GARMIN LTD 30.38 2.57<br />

NETAPP INC 31.58 -0.22<br />

VERTEX PHARM 39.7 -0.4<br />

CH ROBINSON WW 57.54 2.18<br />

HANSEN NATURAL 35.83 0.7<br />

NVIDIA CORP 13.7 2.85<br />

WRNER CHIL PLC A 26.12 2.35<br />

COMCAST CORP A 14.82 -1<br />

HOLOGIC INC 14.3 -2.05<br />

NEWS CORP A 11.73 -0.59<br />

WYNN RESORTS 66.11 -0.39<br />

COSTCO WHOLESAL 60.74 -0.02<br />

HENRY SCHEIN 50.6 1.69<br />

ORACLE CORP 22.5 0.27<br />

XILINX INC 23.36 -0.26<br />

CISCO SYSTEMS 23.8 -0.46<br />

IAC INTERACTIVE 19.3 -0.62<br />

O REILLY AUTO 38.97 -0.54<br />

<strong>DE</strong>NTSPLY INTL 34.11 1.37<br />

CINTAS CORP 28.91 0.66<br />

ILLUMINA INC 29.28 -1.58<br />

PAYCHEX INC 32.14 1.29<br />

YAHOO! INC 15.32 1.26<br />

Título Última Var.<br />

Cot. $ %<br />

MONSANTO CO 84.23 2.08<br />

TEXAS INSTRUMENT 25.96 0.08<br />

BANK NY MELLON 27.25 1.11<br />

GENERAL DYNAMICS 67.13 -0.01<br />

MERCK & CO 36.78 -0.27<br />

UNITEDHEALTH GP 28.23 -1.64<br />

BRISTOL MYERS SQ 24.63 -0.08<br />

GENERAL ELEC CO 16.05 -0.74<br />

MORGAN STANLEY 30.6 -2.92<br />

UNITED PARCEL B 57.98 0.17<br />

BURL NTHN SANTA 98.5 0.04<br />

GILEAD SCI 46.49 0.24<br />

MICROSOFT CP 29.79 -0.73<br />

US BANCORP 24.3 -0.16<br />

CITIGROUP 4.06 -0.98<br />

GOOGLE 588.07 -0.31<br />

NIKE INC CL B 65.39 -0.02<br />

UNITED TECH CP 68.08 0.12<br />

CATERPILLAR INC 58.86 -1.37<br />

GOLDM SACHS GRP 166 -0.97<br />

NTL OILWELL VARC 43.67 -0.93<br />

VERIZON COMMS 32.66 0.99<br />

COLGATE PALMOLIV 85.83 0.09<br />

HALLIBURTON CO 28.91 -1.5<br />

NORFOLK SOUTHERN 52 -0.67<br />

WALGREEN CO 38 -3.<strong>48</strong><br />

COMCAST CORP A 14.82 -1<br />

HOME <strong>DE</strong>POT INC 28.18 0.64<br />

NEWS CORP A 11.73 -0.59<br />

WELLS FARGO & CO 27.43 -2<br />

CAP ONE FINAN 38.32 0.6<br />

H J HEINZ CO 43.42 0.67<br />

NYSE EURONEXT 25.04 -0.95<br />

WILLIAMS COMPS 20.2 0.1<br />

CONOCOPHILLIPS 51.73 -1.01<br />

HONEYWELL INTL 39.51 0.36<br />

ORACLE CORP 22.5 0.27<br />

WAL-MART STORES 54.54 -0.38<br />

COSTCO WHOLESAL 60.74 -0.02<br />

HEWLETT-PACKARD 49.07 -1.05<br />

OCCI<strong>DE</strong>NTAL PETE 81.19 -1.2<br />

WEYERHAEUSER CO 41.18 1.7<br />

CAMPBELL SOUP CO 35.55 -0.03<br />

INTL BUS MACHINE 127.56 -0.3<br />

PEPSICO INC 63.42 0<br />

EXXON MOBIL 75.68 -0.47<br />

CISCO SYSTEMS 23.8 -0.46<br />

INTEL CORP 19.65 0<br />

PFIZER INC 18.68 -0.9<br />

XEROX CORP 7.77 -0.77<br />

Título Última Var.<br />

Cot. £ %<br />

CENTRICA 260.8 0.73<br />

INMARSAT 653.785 1.7<br />

RECKIT BNCSR GRP 3162.438 0.16<br />

SMITHS GROUP 984 0.66<br />

AMEC 828.9262 2.16<br />

CAIRN ENERGY 3064 -2.61<br />

INVENSYS 289.5806 1.72<br />

ROYAL BANK SCOT 33.026 -2.09<br />

SMITH&NEPHEW 592 0.08<br />

ANTOFAGASTA 931.41 0.64<br />

COBHAM 230.65 2.07<br />

Último Var. Var. Máx. Mín. Fecho Var. VS Máx. Data Mín. Data<br />

Índice Mercado valor pontos % ano ano ano ant. ano ant.% hist. máx. hist. histór. Mín. hist.<br />

PSI 20 Portugal 8359.12 -21.41 -0.26 8910.51 5696.46 6341.34 31.81945772 15080.99 09 MAR 2000 2910.63 14 JAN 1993<br />

PSI Geral Portugal 2852.31 -8.28 -0.29 3013.17 1921.76 2073.59 37.55419345 4419 17 JUL 2007 842.31 22 NOV 1995<br />

PSI 20 Total Return Portugal 13854 -35.<strong>48</strong> -0.26 14767.85 9064.43 10090.58 37.29636949 21023.84 17 JUL 2007 6673.98 23 OCT 2002<br />

Dow Jones Ind. Ave. EUA 10446.56 -25.02 -0.24 10501.28 6469.95 8776.39 19.03026187 14164.53 09 OCT 2007 388.2 17 JAN 1955<br />

Nasdaq Composite EUA 2182.95 7.14 0.33 2205.32 1265.52 1577.03 38.42158995 5132.52 10 MAR 2000 276.6 01 OCT 1985<br />

FTSE 100 R. Unido 5327.39 15.22 0.29 5396.96 3460.71 4434.17 20.14401793 6950.6 30 <strong>DE</strong>C 1999 986.9 23 JUL 1984<br />

Xetra-Dax Alemanha 5781.68 5.07 0.09 5888.21 3588.89 <strong>48</strong>10.2 20.19624964 8151.57 13 JUL 2007 931.18 29 JAN 1988<br />

CAC 40 França 3795.92 20.18 0.53 3913.81 2465.46 3217.97 17.96008042 6944.77 04 SEP 2000 893.82 29 JAN 1988<br />

IBEX 35 Espanha 11868.8 6.7 0.06 12102.6 6702.6 9195.8 29.06761783 16040.4 09 NOV 2007 1861.9 05 OCT 1992<br />

AEX Holanda 316.44 1 0.32 328.51 194.99 245.94 28.66552818 703.18 05 SEP 2000 69.14 10 NOV 1987<br />

BEL 20 Bélgica 2516.62 26.56 1.07 2618.9 1523.47 1908.64 31.85409506 4759.01 23 MAY 2007 1039 02 SEP 1992<br />

Nikkei 225 Japão 9608.94 36.74 0.38 10767 7021.28 0 0 38915.87 29 <strong>DE</strong>C 1989 85.25 06 JUL 1950<br />

Hang Seng Hong Kong 22289.57 176.42 0.8 23099.57 11344.58 14387.<strong>48</strong> 54.92337783 31958.41 30 OCT 2007 58.61 31 AUG 1967<br />

DJ Stoxx 50 Pan-europeu 2502.95 7.38 0.3 2551.28 1583.59 2065.46 21.18123808 5219.96 28 MAR 2000 925.95 05 OCT 1992<br />

DJ Euro Stoxx 50 Pan-europeu 2877.94 6.19 0.22 2962.06 1765.49 2451.<strong>48</strong> 17.39602199 5522.42 07 MAR 2000 920.65 05 OCT 1992<br />

FTSE Eurotop 300 Pan-europeu 1015.77 4.71 0.47 1036.39 645.5 831.97 22.09214275 1709.12 05 SEP 2000 645.5 09 MAR 2009<br />

FTSE Eurotop 100 Pan-europeu 2163.51 9.04 0.42 2205.41 1384.52 1798.68 20.28320769 3969.76 05 SEP 2000 1384.52 09 MAR 2009<br />

Euronext 100 Pan-europeu 660.19 3.77 0.57 683.36 426.62 544.92 21.15356383 1147.84 12 OCT 2000 419.49 12 MAR 2003<br />

Next 150 Pan-europeu 1351.45 4.68 0.35 1439.31 791.<strong>48</strong> 909.94 <strong>48</strong>.52078159 2028.18 19 JUL 2007 514.28 12 MAR 2003<br />

S&P 500 EUA 1107.78 -1.08 -0.1 1105.3 666.92 903.25 22.64378633 1576.06 11 OCT 2007 132.93 23 NOV 1982<br />

Bovespa Brasil 68597.8 189.4 0.28 68615.77 35721.83 37550.31 82.68237999 73920.38 29 MAY 2008 4575.69 11 SEP 1998<br />

Índices Sectoriais - Dow Jones Stoxx Europa<br />

Último Var. Var. Máx. Mín. Fecho Var. VS Máx. Data Mín. Data<br />

Índice valor pontos % ano ano ano ant. ano ant.% hist. máx. hist. histór. Mín. hist.<br />

Automovel 229.72 0.28 0.12 259.94 144.47 199.50 15.15 433.20 01 NOV 2007 83.34 07 OCT 1992<br />

Banca 223.96 -0.69 -0.31 243.13 87.17 149.51 49.80 541.27 20 APR 2007 86.87 26 AUG 1992<br />

Recursos Básicos <strong>48</strong>0.01 7.45 1.58 <strong>48</strong>1.85 210.03 246.17 94.99 836.75 19 MAY 2008 84.85 19 OCT 1992<br />

Ind. Quimica 4<strong>48</strong>.51 7.46 1.69 444.17 274.07 321.61 39.46 530.59 06 JUN 2008 95.76 05 OCT 1992<br />

Construção 268.55 2.36 0.89 279.80 151.79 203.55 31.93 <strong>48</strong>1.57 04 JUN 2007 77.54 19 OCT 1992<br />

Energia 318.25 0.86 0.27 328.75 230.51 264.50 20.32 472.65 13 JUL 2007 85.58 25 AUG 1992<br />

Serviços Financeiros 227.77 0.02 0.01 246.21 129.13 180.82 25.97 508.91 21 FEB 2007 80.51 01 SEP 1992<br />

Alimentação e bebidas 291.05 2.78 0.96 293.25 195.15 230.12 26.<strong>48</strong> 337.56 01 NOV 2007 92.66 05 OCT 1992<br />

Bens e serviços Industriais 239.35 1.83 0.77 245.54 146.60 179.21 33.56 416.99 11 FEB 2000 92.1 05 OCT 1992<br />

Seguros 147.24 -0.59 -0.40 166.18 73.76 134.50 9.47 473.67 27 NOV 2000 73.76 09 MAR 2009<br />

Media 152.05 1.51 1.00 155.88 118.<strong>48</strong> 134.53 13.02 783.64 10 MAR 2000 99.98 08 JAN 1992<br />

Cuidados Médicos 351.77 1.82 0.52 352.00 267.68 320.44 9.78 523.<strong>48</strong> 27 NOV 2000 87.97 14 APR 1993<br />

Tecnologia 177.33 -1.29 -0.72 199.88 125.37 152.86 16.01 1230.61 06 MAR 2000 88.2 05 OCT 1992<br />

Telecomunicações 260.95 2.91 1.13 259.47 199.87 232.89 12.05 1062.85 06 MAR 2000 79.37 05 OCT 1992<br />

Fornecedores de serv. Públicos 325.78 1.49 0.46 360.62 253.98 337.55 -3.49 563.68 08 JAN 2008 89.88 05 OCT 1992<br />

Reino Unido - Footsie 100<br />

Título Última Var. Título Última Var.<br />

Cot. £ %<br />

Cot. £ %<br />

INTERTEK GROUP 1240 1.31<br />

ROYAL DTCH SHL A 1841.909 -0.44<br />

SERCO GROUP 527.6533 1.72<br />

ALLIANCE TRUST 312 -0.54<br />

COMPASS GROUP 444.6<strong>48</strong>5 1.39<br />

JOHNSON MATTHEY 1511.4028 -0.07<br />

ROYAL DTCH SHL B 1764 -0.42<br />

SCOT & STH ENRGY 1130 0.18<br />

AUTONOMY CORP 1446.2892 2.64<br />

CAPITA GROUP 730 0.83<br />

KAZAKHMYS 1309 2.34<br />

REED ELSEVIER 469.447 0.8<br />

STANDRD CHART BK 1551 -0.64<br />

AVIVA 377.4391 -0.29<br />

CABLE & WIRELESS 144 0.42<br />

KINGFISHER 236 -1.46<br />

REXAM PLC 288.59 1.01<br />

SEVERN TRENT 1024.3872 -1.81<br />

ASTRAZENECA 2765 0.44<br />

DIAGEO 1040.84 -0<br />

LAND SECS GROUP 675.7808 0.44<br />

RIO TINTO 3292 2.55<br />

THOMAS COOK GRP 214.1 1.13<br />

BAE SYSTEMS 339.9386 1.4<br />

MAN GROUP 326.8917 -0.64<br />

LEGAL & GENERAL 75.5615 -2.13<br />

ROLLS ROYCE GP 498 0.71<br />

TULLOW OIL 1292.15 1.33<br />

BARCLAYS 297.5 0.49<br />

EURASIAN 915.5 1.84<br />

LIBERTY INTL <strong>48</strong>1.7198 -1.28<br />

RANDGOLD RES. 5361.3857 -0.56<br />

TESCO 425.88 -0.06<br />

BRIT AM TOBACCO 1905.5 0.29<br />

EXPERIAN 590 0.17<br />

LLOYDS BNK GRP 53.05 -1.92<br />

RSA INSRANCE GRP 118.7 -0<br />

TUI TRAVEL 2<strong>48</strong>.4 2.1<br />

BRITISH AIRWAYS 201.7 1.71<br />

FRESNILLO 905.6811 0.22<br />

Espanha - IBEX 35<br />

Título Última Var.<br />

Cot. € %<br />

ABERTIS 15.37 -1.09<br />

ABENGOA 20.075 0.43<br />

ACS CONS Y SERV 33.75 0.09<br />

ACERINOX 13.985 -0.04<br />

ACCIONA SA 86.55 -1.54<br />

BBVA 12.78 -0.08<br />

BANKINTER 7.05 -0.7<br />

BOLSAS Y MER ESP 23.<strong>48</strong> -0.21<br />

BANESTO 8.62 -0.35<br />

CINTRA INF TRANS 7.55 0.94<br />

CRITERIA CAIXA 3.34 -0.15<br />

EN<strong>DE</strong>SA 21.53 1.1<br />

ENAGAS 14.7 0.58<br />

FOMENTO <strong>DE</strong> CONST 28.89 -1.16<br />

GRUPO FERROVIAL 30.32 0.73<br />

GAMESA 12.745 -0.12<br />

GAS NATURAL 14.15 0.43<br />

GRIFOLS 11.29 0.13<br />

Suíça - SMI<br />

Título Última Var.<br />

Cot. CHF %<br />

ABB LTD N 18.85 0.59<br />

ACTELION HLDG 60.5 0.5<br />

A<strong>DE</strong>CCO N 52.7 0.57<br />

CS GROUP AG 52.15 -2.07<br />

HOLCIM N 76.3 2.01<br />

JULIUS BAER N 32 -2.14<br />

LONZA GRP AG N 75.65 -2.7<br />

NESTLE SA <strong>48</strong>.98 0.99<br />

NOVARTIS N 56.15 -0.18<br />

RICHEMONT I 32.99 -0.33<br />

ROCHE HOLDING AG 166.3 0.<strong>48</strong><br />

SGS N 1298 -0.15<br />

SWATCH GROUP I 257.2 0.35<br />

LONMIN PLC 1911 3.24<br />

RESOLUTION 83.9 -0.83<br />

UNILEVER 1834.7208 1.15<br />

BG GROUP 1120.5 -0.75<br />

G4S 255.7908 1.43<br />

LOND STOCK EXCH 756.77 -2.55<br />

RENTOKIL INITIAL 102.8 -0<br />

UNITED UTIL GRP <strong>48</strong>5.6623 1.39<br />

BR LAND CO 464.3 0.8<br />

GLAXOSMITHKLINE 1284 0.16<br />

MARKS & SP. 398 0.71<br />

SABMILLER 1793.46 0.5<br />

VEDANTA RES 2445 2.47<br />

BHP BILLITON 1942 0.99<br />

HAMMERSON 422 0.55<br />

MORRISON SUPMKT 278.6 -0.32<br />

SAINSBURY(J) 323 -0.34<br />

VODAFONE GROUP 143.26 2.18<br />

BUNZL 633.0173 0.79<br />

HOME RETAIL 309.8<strong>48</strong>2 -0.26<br />

NATIONAL GRID 651.3994 -2.32<br />

SCHRO<strong>DE</strong>RS 1183.06 0.25<br />

WOLSELEY 1240.0496 1.06<br />

BP 585.6 -0.19<br />

HSBC HOLDINGS 722.7 -0.45<br />

NEXT 2046.32 -0.39<br />

SCHRO<strong>DE</strong>RS NV 997.5 0.91<br />

WPP PLC 592 1.46<br />

BURBERRY GRP 587.5031 0.51<br />

ICAP PLC 442.9 -0.29<br />

OLD MUTUAL 114.7153 -1.04<br />

SAGE GROUP 221.1 2.98<br />

WHITBREAD 1294 -0.38<br />

B SKY B 551.72 1.19<br />

INTERCONT HOTEL 856.8156 -0.12<br />

PETROFAC 1005.44 0.2<br />

SEGRO 337.7 0.21<br />

XSTRATA 11<strong>48</strong> 1.06<br />

BT GROUP 143.7683 1.54<br />

3I GROUP 275.1 0.04<br />

Título Última Var.<br />

Cot. € %<br />

IBERDROLA 6.435 0.23<br />

IBERIA LIN AER 2.019 1.71<br />

IBR RENOVABLES 3.24 0<br />

INDRA SISTEMAS 15.75 -0.94<br />

INDITEX 42.29 -1.19<br />

MAPFRE 2.955 0.2<br />

ARCELORMITTAL 27.03 1.62<br />

OBR HUARTE LAIN 19.15 2.9<br />

BK POPULAR 5.69 -0.61<br />

RED ELECTR CORP 36.91 -0.24<br />

REPSOL YPF 18.715 -0.16<br />

BCO <strong>DE</strong> SABA<strong>DE</strong>LL 4.25 -0.47<br />

BANCO SANTAN<strong>DE</strong>R 11.625 -0.04<br />

SACYR-VALLE 9.25 -0.96<br />

TELEFONICA 19.645 0.64<br />

GEST TELECINCO 7.76 0.52<br />

TECNICAS REUN 38 1.99<br />

Título Última Var.<br />

Cot. CHF %<br />

SWISS LIFE HLDG 127.1 0.47<br />

SWISS REINSUR N 49.2 0.37<br />

SWISSCOM N 398.5 0.25<br />

SYNGENTA N 286 4.34<br />

SYNTHES 133.4 0.91<br />

UBS AG N 15.83 -1.31<br />

ZURICH FIN N 221.1 -0.41<br />

ZURICH FIN N 221.1 -0.41<br />

SYNGENTA N 286 4.34<br />

SYNTHES 133.4 0.91<br />

UBS AG N 15.83 -1.31<br />

ZURICH FIN N 221.1 -0.41<br />

ZURICH FIN N 221.1 -0.41<br />

Alemanha - Dax<br />

Título Última Var.<br />

Cot. € %<br />

ADIDAS AG 37.9 -1.56<br />

FRESENIUS SE VZ 46.02 -0.39<br />

ALLIANZ SE 84.3 -0.39<br />

HENKEL AG&CO VZ 34.8 -1.3<br />

BASF SE 41.6 1.54<br />

INFINEON TECH N 3.285 -0.76<br />

BAY MOT WERKE 31.655 -1.46<br />

K+S AG 43.03 0.58<br />

BAYER N AG 53.22 1.8<br />

LIN<strong>DE</strong> 83.54 -0.12<br />

BEIERSDORF 44.97 1.65<br />

MAN SE 52.99 1.71<br />

COMMERZBANK 6.15 -2.92<br />

MERCK KGAA 64.94 1.03<br />

DAIMLER AG N 35.18 0.21<br />

METRO AG 42.4 0.52<br />

Itália - Mibtel<br />

Título Última Var.<br />

Cot. € %<br />

GENERALI ASS 17.74 -0.11<br />

MEDIASET 5.25 -028<br />

MEDIOBANCA 8.1 -0.18<br />

MEDIOLANUM 4.51 -0.55<br />

SAIPEM 21.98 -0.23<br />

SNAM RETE GAS 3.46 -0.36<br />

STMICROELEC.N.V 5.57 0.09<br />

Holanda - AEX<br />

Título Última Var.<br />

Cot. € %<br />

DJ Euro STOXX 50 2877.94 0.22<br />

AEX-Index 316.44 0.32<br />

AEX MktDigest #N/A unknown<br />

FieldName 0<br />

AEGON 4.857 -1.68<br />

AHOLD KON 9.213 0.57<br />

AIR FRANCE - KLM 10.96 1.58<br />

AKZO NOBEL 44.355 1.66<br />

ARCELORMITTAL 27.07 1.58<br />

ASML HOLDING 21.63 2.03<br />

BAM GROEP KON 7.455 -1.18<br />

BOSKALIS WESTMIN 27.885 -1.38<br />

CORIO <strong>48</strong>.03 1.27<br />

França - CAC 40<br />

Título Última Var.<br />

Cot. € %<br />

ACCOR 36.755 -0.23<br />

AIR LIQUI<strong>DE</strong> 80.5 1.5<br />

ALCATEL-LUCENT 2.305 1.14<br />

ALSTOM 49.895 0.26<br />

ARCELORMITTAL 27.07 1.58<br />

AXA 16.365 -0.4<br />

BNP PARIBAS 55.05 -1.26<br />

BOUYGUES 34.42 -1.56<br />

CAP GEMINI 30.66 -1.7<br />

CARREFOUR 33.105 2.03<br />

CREDIT AGRICOLE 13.9 -1.63<br />

DANONE 40.84 0.65<br />

<strong>DE</strong>XIA 5.029 -1.43<br />

EADS 11.66 0.09<br />

EDF 39.15 0.66<br />

ESSILOR INTERNAT 39.065 0.17<br />

FRANCE TELECOM 17.645 -0.17<br />

GDF SUEZ 28.62 0.42<br />

L OREAL 74.99 1.82<br />

L.V.M.H. 73.3 2.85<br />

Título Última Var.<br />

Cot. € %<br />

<strong>DE</strong>UTSCHE BANK N <strong>48</strong>.94 -1.43<br />

MUENCH. RUECK N 105.62 -1.13<br />

<strong>DE</strong>UTSCHE POST NA 13 0.46<br />

RWE AG 63.01 0.69<br />

DT BOERSE N 55.25 -1.18<br />

SALZGITTER 65.33 0.72<br />

DT LUFTHANSA AG 11.04 1.1<br />

SAP AG 31.02 -3.24<br />

DT TELEKOM N 10.345 1.42<br />

SIEMENS N 67.57 -0.18<br />

E.ON AG NA 27.24 1.08<br />

THYSSEN KRUPP 25.16 0.2<br />

FRESENIUS MEDI 36.21 0.86<br />

VOLKSWAGEN AG 79.47 -2.43<br />

Título Última Var.<br />

Cot. € %<br />

UNICREDIT 2.34 0<br />

TENARIS 13.66 0<br />

TERNA 2.8325 0.09<br />

UBI BANCA 9.75 -0.51<br />

UNICREDIT 2.34 0<br />

UNICREDIT 2.34 0<br />

Título Última Var.<br />

Cot. € %<br />

FUGRO 39.33 -0.56<br />

HEINEKEN 31.995 1.41<br />

ING GROEP 6.309 -3.04<br />

KONINKLIJKE DSM 34.16 0.89<br />

KPN KON 12.055 0.29<br />

PHILIPS KON 19.23 0.13<br />

R.DUTCH SHELL A 20.3 0.45<br />

RANDSTAD 30.17 -0.94<br />

REED ELSEVIER 7.958 1.25<br />

SBM OFFSHORE 13.075 -0.83<br />

TNT 19.52 -1.46<br />

TOMTOM N.V. 5.935 -3.02<br />

UNIBAIL RODAMCO 156.15 0.19<br />

Título Última Var.<br />

Cot. € %<br />

LAFARGE 56.8 1.18<br />

LAGAR<strong>DE</strong>RE S.C.A. 30.095 2.35<br />

MICHELIN 51.59 0.14<br />

PERNOD RICARD 58.08 1.03<br />

PEUGEOT 24.59 1.26<br />

PPR 83.25 1.3<br />

RENAULT 34.125 1.9<br />

SAINT-GOBAIN 38.805 2.12<br />

SANOFI-AVENTIS 52.79 1.38<br />

SCHNEI<strong>DE</strong>R ELECTR 76.39 0.95<br />

SOCIETE GENERALE 47.69 -0.23<br />

STMICROELECTRONI 5.543 0.33<br />

SUEZ ENV 15.255 0.83<br />

TECHNIP 47.73 1.17<br />

TOTAL 42.39 0.4<br />

UNIBAIL RODAMCO 156.15 0.19<br />

VALLOUREC 115.25 0.96<br />

VEOLIA ENVIRON 22.85 0.37<br />

VINCI 38.615 -0.06<br />

VIVENDI 20.23 1.4<br />

Bélgica - Bel 20<br />

Título Última Var.<br />

Cot. € %<br />

DJ Euro STOXX 50 2877.94 0.22<br />

BEL20 2516.62 1.07<br />

ACKERMANS V.HAAR 53 0.68<br />

BEKAERT 105.65 0.24<br />

BELGACOM 25.1 -0.02<br />

COFINIMMO-SICAFI 98.62 0.13<br />

COLRUYT 169.85 -0.03<br />

<strong>DE</strong>LHAIZE GROUP 51.54 -0.88<br />

<strong>DE</strong>XIA 5.029 -1.43<br />

FORTIS 2.864 0.85<br />

Título Última Var.<br />

Cot. € %<br />

GBL 62.62 1<br />

GDF SUEZ 28.62 0.42<br />

AB INBEV 35.19 2.77<br />

KBC GROEP 32.79 2.4<br />

MOBISTAR 47.97 1.7<br />

NAT PORTEFEUIL D 36.125 1.12<br />

OMEGA PHARMA 35.3 -0.14<br />

SOLVAY 74.75 2.03<br />

UCB 30.295 0.13<br />

Euronext - Euronext 100<br />

Título Última Var. Título Última Var.<br />

Cot. € %<br />

Cot. € %<br />

ACCOR 36.755 -0.23<br />

ADP 53.58 -0.52<br />

AEGON 4.857 -1.68<br />

AHOLD KON 9.213 0.57<br />

AIR FRANCE - KLM 10.96 1.58<br />

AIR LIQUI<strong>DE</strong> 80.5 1.5<br />

AKZO NOBEL 44.355 1.66<br />

ALSTOM 49.895 0.26<br />

ALCATEL-LUCENT 2.305 1.14<br />

ASML HOLDING 21.63 2.03<br />

AXA 16.365 -0.4<br />

BELGACOM 25.1 -0.02<br />

B.COM.PORTUGUES 0.887 0.11<br />

B.ESPIRITO SANTO 4.635 -1.63<br />

BNP PARIBAS 55.05 -1.26<br />

BOUYGUES 34.42 -1.56<br />

BRISA 6.8 -0.34<br />

BUREAU VERITAS 33.73 -0.09<br />

CREDIT AGRICOLE 13.9 -1.63<br />

CAP GEMINI 30.66 -1.7<br />

CARREFOUR 33.105 2.03<br />

CASINO GUICHARD 58.29 0.34<br />

CIMENTS FRANCAIS 71.5 0.52<br />

NATIXIS 3.56 -2.09<br />

CNP ASSURANCES 70.05 -1.55<br />

COLRUYT 169.85 -0.03<br />

CORIO <strong>48</strong>.03 1.27<br />

DANONE 40.84 0.65<br />

DASSAULT SYSTEM 38.27 -0.82<br />

<strong>DE</strong>LHAIZE GROUP 51.54 -0.88<br />

<strong>DE</strong>XIA 5.029 -1.43<br />

CHRISTIAN DIOR 70 1.57<br />

KONINKLIJKE DSM 34.16 0.89<br />

EADS 11.66 0.09<br />

EDF 39.15 0.66<br />

EDP 3.102 0.58<br />

EDP RENOVAVEIS 6.501 -1.2<br />

REED ELSEVIER 7.958 1.25<br />

ERAMET 227.35 3.01<br />

ESSILOR INTERNAT 39.065 0.17<br />

EUTELSAT COMM. 22.125 0.27<br />

SO<strong>DE</strong>XO 37.54 -0.65<br />

FORTIS 2.864 0.85<br />

EIFFAGE 40 3.32<br />

FRANCE TELECOM 17.645 -0.17<br />

GALP ENERGIA 12 -0.91<br />

GBL 62.62 1<br />

GDF SUEZ 28.62 0.42<br />

HEINEKEN 31.995 1.41<br />

HERMES INTL 97.21 1.19<br />

Euronext - Next 150<br />

Título Última Var.<br />

Cot. € %<br />

UNIT 4 AGRESSO 17.4 -0.49<br />

THROMBOGENICS 16.28 0.18<br />

SIPEF 35.45 2.69<br />

E.SANTO FINANCIA 14.9 0<br />

BRUNEL INTERNAT 21.53 1.32<br />

ACCELL GROUP 29.895 1<br />

HEIJMANS 12.12 -0.66<br />

BETER BED 16.5 2.74<br />

PLASTIC OMNIUM 17.2 0<br />

AMG 8.09 -1.94<br />

ZON MULTIMEDIA 4.342 0.05<br />

ZODIAC AEROSPACE 24.665 5.5<br />

SONAE 0.9 -0.99<br />

WERELDHAVE 68.29 0.25<br />

WDP-SICAFI 32.98 0.83<br />

WAVIN NV 1.68 0<br />

SEQUANA 7.701 -1.77<br />

VOPAK 53.22 1.2<br />

VALEO 20.775 5<br />

VIRBAC 69.25 0<br />

VILMORIN & Cie 80.78 2.19<br />

VICAT 55.83 -0.92<br />

VASTNED RETAIL 44.845 0.13<br />

USG PEOPLE N.V. 12.34 -0.64<br />

UMICORE 24.08 1.47<br />

UBISOFT ENTERT. 10.2 -0.63<br />

TKH GROUP NV 11.73 0.09<br />

TRANSGENE 18.99 8.7<br />

TOMTOM N.V. 5.935 -3.02<br />

TELENET GRP HLDG 19.29 3.18<br />

THOMSON (EX:TMM) 1.004 -0.79<br />

TESSEN<strong>DE</strong>RLO 21.94 -0.27<br />

GROUPE STERIA 19.84 -1.78<br />

TEIXEIRA DUARTE 1.023 -1.06<br />

SNS REAAL 4.823 -1.59<br />

SPERIAN PROTEC 55.3 0.22<br />

SOPRA GROUP 44 -1.12<br />

SONAE INDUSTRIA 2.58 0.19<br />

SOITEC 9.359 -0.65<br />

SONAECOM SGPS 1.787 0.11<br />

SMIT INTERNA 60.2 0<br />

SLIGRO FOOD GP 22.5 0.2<br />

SELOGER.COM 24.91 -0.36<br />

EUROCOM PROPERT 28.3 -0.51<br />

SILIC 86 -0.2<br />

SEMAPA 7.408 -2.53<br />

SECHILIENNE SI<strong>DE</strong> 29.66 0.22<br />

SEB 38.15 -1.15<br />

SUPER <strong>DE</strong> BOER 4.78 0.1<br />

SBM OFFSHORE 13.075 -0.83<br />

SAFT 33.85 2.39<br />

REXEL 9.4 2.62<br />

RUBIS 61.17 -0.63<br />

TELEPERFORMANCE 22.35 0<br />

RHJ INTERN. 4.98 -0.2<br />

RHODIA 12.05 0.33<br />

REN 2.99 0.5<br />

REMY COINTREAU 34.75 1.31<br />

HAULOTTE GROUP 7.42 2.34<br />

PIERRE &VACANCES 60.64 2.17<br />

PORTUCEL 1.89 -1.05<br />

PROLOGIS EUR PRP 4.25 -1.16<br />

ORPEA 30.635 0.29<br />

MEDIQ 11.14 0.81<br />

OMEGA PHARMA 35.3 -0.14<br />

OCE 8.598 -0.01<br />

NYRSTAR (D) 8.61 -0.46<br />

NUTRECO 35.6 0.96<br />

TEN CATE KON 17.55 1.24<br />

NIEUWE STEEN INV 14.3 -0.35<br />

NEOPOST 56.77 -2.15<br />

NEXANS 53.08 1.05<br />

NEXITY 24.32 4.44<br />

NICOX 5.7 1.21<br />

WEN<strong>DE</strong>L 41.475 0.24<br />

ICA<strong>DE</strong> 72.5 3.<strong>48</strong><br />

ILIAD 79.4 -1.98<br />

IMERYS 39.95 0.57<br />

ING GROEP 6.309 -3.04<br />

ARCELORMITTAL 27.07 1.58<br />

JC <strong>DE</strong>CAUX SA 15.365 0.23<br />

KBC GROEP 32.79 2.4<br />

KPN KON 12.055 0.29<br />

LAFARGE 56.8 1.18<br />

LAGAR<strong>DE</strong>RE S.C.A. 30.095 2.35<br />

LEGRAND 18.81 -0.16<br />

KLEPIERRE 27.95 1.19<br />

L.V.M.H. 73.3 2.85<br />

MICHELIN 51.59 0.14<br />

MOBISTAR 47.97 1.7<br />

L OREAL 74.99 1.82<br />

PAGES JAUNES 7.804 -1.37<br />

PERNOD RICARD 58.08 1.03<br />

PEUGEOT 24.59 1.26<br />

PHILIPS KON 19.23 0.13<br />

PPR 83.25 1.3<br />

PORTUGAL TELECOM 8.344 0.89<br />

PUBLICIS GROUPE 26.805 2.21<br />

RANDSTAD 30.17 -0.94<br />

R.DUTCH SHELL A 20.3 0.45<br />

RENAULT 34.125 1.9<br />

SAFRAN 11.725 0.51<br />

SANOFI-AVENTIS 52.79 1.38<br />

SCHNEI<strong>DE</strong>R ELECTR 76.39 0.95<br />

SCOR SE 16.84 1.63<br />

SES 14.51 -0.62<br />

SUEZ ENV 15.255 0.83<br />

VINCI 38.615 -0.06<br />

SAINT-GOBAIN 38.805 2.12<br />

SOCIETE GENERALE 47.69 -0.23<br />

SOLVAY 74.75 2.03<br />

STMICROELECTRONI 5.543 0.33<br />

THALES 33.3 1.19<br />

TECHNIP 47.73 1.17<br />

TF1 12.2 1.08<br />

TNT 19.52 -1.46<br />

TOTAL 42.39 0.4<br />

UCB 30.295 0.13<br />

UNIBAIL RODAMCO 156.15 0.19<br />

UNILEVER CERT 21.21 0.57<br />

VEOLIA ENVIRON 22.85 0.37<br />

VIVENDI 20.23 1.4<br />

VALLOUREC 115.25 0.96<br />

WOLTERS KLUWER 14.995 0.87<br />

WOLTERS KLUWER 14.995 0.87<br />

Título Última Var.<br />

Cot. € %<br />

MOTA ENGIL 3.816 -0.47<br />

M6-METROPOLE TV 17.425 -0.09<br />

MERCIALYS 26.1 0.42<br />

MEETIC 18.97 0.9<br />

KARDAN NV 4.<strong>48</strong>2 1.59<br />

J MARTINS SGPS 6.8 -0.07<br />

IPSOS 20.495 0.74<br />

IPSEN 38.04 2.12<br />

INGENICO 17.245 -0.46<br />

IMTECH 17.94 0.14<br />

DIETEREN 293.33 1.1<br />

GUYENNE GASCOGNE 62 0.98<br />

GEMALTO 29.245 -1.05<br />

GRONTMIJ 16.24 -2.55<br />

BOURBON 26.39 0.9<br />

GL EVENTS 14.9 0.68<br />

GIMV 36.61 0.3<br />

LISI 32.69 -0.64<br />

GROUP EUROTUNNEL 6.944 0.06<br />

CGG VERITAS 14.08 -0.49<br />

STALLERGENES 61 -0.49<br />

RALLYE 24.45 -0.57<br />

FUGRO 39.33 -0.56<br />

FONC <strong>DE</strong>S REGIONS 73.72 3.13<br />

FAIVELEY 53.58 1.59<br />

EXACT HOLDING 18.18 0.66<br />

EVS BROADC.EQUIP 43.41 -5.38<br />

HAVAS 2.476 -0.<strong>48</strong><br />

EURAZEO 49.13 1.04<br />

EUROFINS SCIENT 34.71 -0.83<br />

EURONAV 14.04 -4.62<br />

FAURECIA 14.455 1.19<br />

EULER HERMES 49.5 0.94<br />

EDF ENERG NOUV 35.75 1.07<br />

DRAKA HOLDING 11.81 -0.63<br />

<strong>DE</strong>RICHEBOURG 2.938 0.72<br />

CSM 18.07 0.87<br />

CRUCELL 14.415 -0.72<br />

CIMPOR SGPS 5.186 0.12<br />

COFINIMMO-SICAFI 98.62 0.13<br />

CLUB MEDITERRANE 13.64 2.71<br />

CMB 21.72 -0.5<br />

BENETEAU 9.7 -3.05<br />

C F E 35.86 -2.55<br />

AREVA CI 351.55 2.21<br />

SECHE ENVIRONNEM 57 -2.56<br />

CARBONE-LORRAINE 23.9 0.46<br />

WESSANEN KON 4.01 -2.36<br />

BOSKALIS WESTMIN 27.885 -1.38<br />

BONDUELLE 75.25 -0.86<br />

BANIF-SGPS 1.25 -0.79<br />

BIOMERIEUX 81.91 2.5<br />

BINCKBANK 13.1 -0.98<br />

BIC <strong>48</strong>.<strong>48</strong> 0.87<br />

BEKAERT 105.65 0.24<br />

BEFIMMO-SICAFI 62 0.81<br />

BANCO BPI SA 2.226 -0.85<br />

BARCO 29.07 1.29<br />

BAM GROEP KON 7.455 -1.18<br />

ATOS ORIGIN 29.405 1.01<br />

ASM INTERNATIONA 15.37 -0.45<br />

ARCADIS 15.315 -1.35<br />

APRIL GROUP 23.885 0.78<br />

ALTRI SGPS SA 3.771 -0.5<br />

ARKEMA 26.445 1.32<br />

AGFA-GEVAERT 4.45 0<br />

ACKERMANS V.HAAR 53 0.68<br />

AALBERTS INDUSTR 9.41 3.59<br />

MAUREL ET PROM 11.75 0.56<br />

MARTIFER 3.53 -1.12<br />

MANITOU BF 9.85 1.13<br />

ALTEN 16.53 1.69<br />

LAURENT-PERRIER 51.49 -3.76<br />

LOGICA 1.32 0<br />

AREVA CI 351.55 2.21


BANIF EURO-TESOURARIA 7.2233 7.2275 Z<br />

BANIF PPA 6.5513 6.5017 L<br />

BANIF EURO OBRIGAÇÕES TAXA FIXA 6.7911 6.7879 S<br />

BANIF ACÇÕES PORTUGAL 4.9919 4.9538 A<br />

BANIF EURO ACÇÕES 1.8881 1.8736 P<br />

BANIF EURO OBRIGAÇÕES TAXA VAR 4.3283 4.3331 U<br />

BANIF IMOPREDIAL 7.334 7.3329<br />

BANIF GESTÃO PATRIMONIAL 3.8028 3.8117 J<br />

BANIF GESTÃO ACTIVA 3.251 3.2672 J<br />

BANIF EUROPA <strong>DE</strong> LESTE 3.8874 3.909 F.Fundos<br />

BANIF AMÉRICA LATINA 4.1636 4.1627<br />

BANIF ÁSIA 3.9041 3.9212<br />

BANIF PROPERTY 1002.971 1002.666<br />

www.bpiinvestimentos.pt<br />

Informações 800 243 243<br />

BPI LIQUI<strong>DE</strong>Z 6.97136<br />

BPI TESOURARIA 7.18434<br />

BPI TAXA VARIAVEL 6.21374<br />

BPI VIDA TAXA VARIAVEL 5.87198<br />

BPI EURO TAXA FIXA 12.61891<br />

BPI VIDA TAXA FIXA 6.70056<br />

BPI OB. ALTO RENDIMENTO ALTO RISCO 7.27078<br />

BPI UNIVERSAL FF 6.08291<br />

BPI VIDA UNIVERSAL 7.07808<br />

BPI GLOBAL 5.86677<br />

BPI PORTUGAL 14.69158<br />

BPI REESTRUTURACOES 6.79269<br />

BPI EUROPA VALOR 16.05775<br />

BPI EUROPA CRESCIMENTO 10.82426<br />

BPI AMERICA 3.65133<br />

BPI BRASIL 8.66373<br />

BPI TECNOLOGIAS 0.87636<br />

BPI SELECÇÃO 4.41929<br />

BPI PLANO POUPANCA ACCOES 15.8846<br />

BPI REFORMA ACÇOES PPR 6.71954<br />

BPI REFORMA INVEST PPR 13.08616<br />

BPI REFORMA SEGURA PPR 12.68706<br />

BPI ÁFRICA 5.68381<br />

BPI ALPHA 5.11908<br />

Informações 808 20 26 26<br />

Montepio Gestão de Activos Financeiros<br />

Montepio Accoes 101.7151 102.9501 -<br />

Montepio Accoes Europa 33.9<strong>48</strong>7 34.3429 -<br />

Montepio Euro Telcos 50.4517 50.8438 -<br />

Montepio Euro Utilities 61.1804 61.8223 -<br />

Montepio Monetario 66.8282 66.8287 -<br />

Montepio Obrigacoes 82.4643 82.5477 -<br />

Montepio Taxa Fixa 68.2882 68.2207 -<br />

Montepio Tesouraria 87.4068 87.4072 -<br />

Multi Gestao Mercados Emergentes 40.9788 41.6786 -<br />

Multi Gestao Equilibrada 42.3473 42.4786 -<br />

Multi Gestao Dinamica 28.3286 28.4454 -<br />

Multi Gestao Prudente <strong>48</strong>.4044 <strong>48</strong>.49<strong>48</strong> -<br />

imorendimento@imorendimento.pt Telef: 226 07 56 60<br />

www.montepio.pt<br />

Imorendimento II - FIIF 6,1621<br />

Gestimo - FIIF 8,6741<br />

Continental Retail - FIIF 5,0915<br />

Multipark - FIIF 4,3666<br />

Prime Value - FEIIF 5,8892<br />

Natura - FIIF 5,1236<br />

Historic Lodges - FIIF 4,9309<br />

Fundos de investimento<br />

Soc. Gestora/Fundo Último Valor Classe<br />

valor € ant. €<br />

BARCLAYS GLOBAL CONSERVADOR<br />

BARCLAYS GLOBAL MO<strong>DE</strong>RADO<br />

BARCLAYS FPR/E RENDIMENTO<br />

BARCLAYS PREMIER TESOURARIA<br />

BARCLAYS FPR/E<br />

BARCLAYS PREMIER OBRG EURO<br />

BARCLAYS PREMIER ACÇÕES PORTUG<br />

BARCLAYS FPA<br />

BARCLAYS GLOBAL ACÇÕES<br />

BARCLAYS GESTÃO DINÂMICA 100 -<br />

BARCLAYS GESTÃO DINÂMICA 300 -<br />

BARCLAYS GLOBAL <strong>DE</strong>FENSIVO<br />

7.8366<br />

10.9847<br />

12.1238<br />

9.9297<br />

13.1516<br />

10.4658<br />

13.091<br />

16.8454<br />

10.4074<br />

4.9347<br />

5.0629<br />

10.5142<br />

7.7844<br />

10.9099<br />

12.1076<br />

9.929<br />

13.1253<br />

10.4395<br />

13.0038<br />

16.7303<br />

10.3691<br />

4.9332<br />

5.0621<br />

10.5121<br />

F.Fundos<br />

J<br />

X<br />

Z<br />

X<br />

S<br />

A<br />

L<br />

F.Fundos<br />

F.Fundos<br />

F.Fundos<br />

F.Fundos<br />

MILLENNIUM ACÇÕES MUNDIAIS<br />

MILLENNIUM MO<strong>DE</strong>RADO<br />

MILLENNIUM MERCADOS EMERGENTES<br />

MILLENNIUM ACÇÕES JAPÃO<br />

MILLENNIUM EURO TAXA FIXA<br />

MILLENNIUM OBRIGAÇÕES EUROPA<br />

MILLENNIUM DINÂMICO<br />

IMOSOTTO ACUMULACAO *<br />

MILLENNIUM PPA<br />

MILLENNIUM ACÇÕES PORTUGAL<br />

MILLENNIUM PRESTIGE CONSERVADO<br />

MILLENNIUM PRESTIGE MO<strong>DE</strong>RADO<br />

MILLENNIUM PRESTIGE VALORIZAÇÃ<br />

MILLENNIUM OBRIGAÇÕES<br />

7,6137<br />

7,3765<br />

7,6877<br />

2,111<br />

11,3623<br />

4,8681<br />

5,2686<br />

4,4775<br />

27,1285<br />

16,0233<br />

7,031<br />

6,6564<br />

6,7742<br />

5,1183<br />

7.5553<br />

7.3649<br />

7.6534<br />

2.1303<br />

11.3687<br />

4.8688<br />

5.2686<br />

4.4775<br />

26.6695<br />

15.7621<br />

7.023<br />

6.6287<br />

6.7237<br />

5.1162<br />

F<br />

J<br />

F<br />

F<br />

S<br />

S<br />

J<br />

L<br />

A<br />

J<br />

J<br />

J<br />

U<br />

Fundos de investimento<br />

Soc. Gestora/Fundo Último Valor Classe<br />

valor € ant. €<br />

MILLENNIUM TESOURARIA<br />

MILLENNIUM PPR/E<br />

MILLENNIUM RENDIMENTO IMOBILIÁ<br />

MILLENNIUM GESTÃO DINÂMICA<br />

MILLENNIUM REFORMA & RENDIMENT<br />

MILLENNIUM DISPONÍVEL<br />

MILLENNIUM EUROPA DUPLA OPORTU<br />

MILLENNIUM PREMIUM<br />

MILLENNIUM AFORRO PPR<br />

MILLENNIUM INVESTIMENTO PPR<br />

MILLENNIUM RENDIMENTO MENSAL<br />

MILLENNIUM PRU<strong>DE</strong>NTE<br />

PORTFOLIO IMOBILIARIO<br />

GESTAO IMOBILIARIA *<br />

MILLENNIUM EQUILIBRADO<br />

BONANCA I *<br />

MILLENNIUM EUROFINANCEIRAS<br />

MILLENNIUM GLOBAL UTILITIES<br />

MILLENNIUM PRESTIGE 2015<br />

MILLENNIUM PRESTIGE 2025<br />

MILLENNIUM PRESTIGE 2035<br />

5,872<br />

6,2254<br />

34,5864<br />

40,5904<br />

56,6857<br />

<strong>48</strong>,<strong>48</strong>4<br />

5,2208<br />

4,9735<br />

5,5739<br />

5,0189<br />

3,7145<br />

5,5706<br />

8,768<br />

5,3228<br />

4,7839<br />

40,8064<br />

3,158<br />

5,015<br />

4,73<strong>48</strong><br />

4,4141<br />

4,0673<br />

5.361<br />

6.1933<br />

51.5056<br />

40.3958<br />

56.6857<br />

<strong>48</strong>.4769<br />

5.2206<br />

4.9729<br />

5.5685<br />

4.9863<br />

3.7129<br />

5.5706<br />

8.7674<br />

5.3228<br />

4.7839<br />

40.8064<br />

3.072<br />

4.9942<br />

4.73<strong>48</strong><br />

4.4141<br />

4.0673<br />

F. Fundos<br />

X<br />

F. Fundos<br />

X<br />

Z<br />

F. Fundos<br />

C<br />

C<br />

C<br />

U<br />

J<br />

J<br />

P<br />

F<br />

J<br />

J<br />

J<br />

POPULAR VALOR<br />

POPULAR PPA<br />

POPULAR GLOBAL 25<br />

POPULAR GLOBAL 50<br />

POPULAR GLOBAL 75<br />

POPULAR ACÇÕES<br />

POPULAR EURO TAXA FIXA<br />

POPULAR TESOURARIA<br />

POPULAR IMOBILIÁRIO<br />

POPULAR PREDIFUNDO<br />

3.1133<br />

5.6083<br />

5.1026<br />

4.0566<br />

3.224<br />

2.9903<br />

6.3059<br />

5.4251<br />

5.7277<br />

11.3703<br />

3.1194<br />

5.616<br />

5.1184<br />

4.085<br />

3.2598<br />

2.9917<br />

6.3079<br />

5.4265<br />

5.7263<br />

11.3668<br />

B<br />

L<br />

J<br />

J<br />

J<br />

P<br />

S<br />

Z<br />

F.Fundos<br />

F.Fundos<br />

ALVES RIBEIRO - MÉDIAS EMPRESA<br />

ALVES RIBEIRO FPR/E<br />

72,76<strong>48</strong><br />

7,4334<br />

72.9654<br />

7.4203<br />

A<br />

X<br />

BIG CRESCIMENTO GLOBAL<br />

BIG MO<strong>DE</strong>RADO FF<br />

BIG VALORIZAÇÃO FF<br />

BIG SECTORES<br />

5,1379<br />

11,2603<br />

9,6022<br />

5,6421<br />

5.0936<br />

11.2537<br />

9.5833<br />

5.6259<br />

F<br />

J<br />

J<br />

J<br />

BBVA PPA - FUNDO ÍNDICE (PSI20<br />

BBVA MISTO<br />

BBVA BOLSA EURO<br />

BBVA MULTIFUNDO EQUILIBRADO<br />

BBVA CASH<br />

BBVA TAXA FIXA EURO<br />

BBVA LIQUI<strong>DE</strong>Z<br />

BBVA TAXA VARIÁVEL<br />

BBVA EXTRA 5 ACÇÕES<br />

BBVA IMOBILIÁRIO - FEI<br />

BBVA MULTIFUNDO ALTERNATIVO -<br />

FUNDO <strong>DE</strong> CAPITAL GARANTIDO IBE<br />

FUNDO <strong>DE</strong> CAPITAL GARANTIDO IBE<br />

FUNDO <strong>DE</strong> CAPITAL GARANTIDO BBV<br />

BBVA GESTÃO FLEXÍVEL TODO-O-TE<br />

FUNDO <strong>DE</strong> CAPITAL GARANTIDO BBV<br />

6,3261<br />

4,2952<br />

2,5263<br />

4,9719<br />

9,1006<br />

8,2726<br />

4,9331<br />

4,6005<br />

5,0103<br />

5,6149<br />

5,6189<br />

6,5592<br />

6,0736<br />

6,0687<br />

5,1355<br />

5,6398<br />

6.3661<br />

4.3106<br />

2.5427<br />

4.9701<br />

9.0999<br />

8.2735<br />

4.9327<br />

4.6001<br />

5.0105<br />

5.6228<br />

5.5918<br />

6.5585<br />

6.0736<br />

6.0687<br />

5.1032<br />

5.6397<br />

L<br />

B<br />

P<br />

J<br />

Z<br />

S<br />

Z<br />

U<br />

F. Fundos<br />

J<br />

F. Fundos<br />

F. Fundos<br />

F. Fundos<br />

F. Fundos<br />

F. Fundos<br />

F. Fundos<br />

BPN CONSERVADOR<br />

BPN OPTIMIZAÇÃO<br />

BPN VALORIZAÇÃO<br />

BPN ACÇÕES GLOBAL<br />

BPN TESOURARIA<br />

BPN DIVERSIFICAÇÃO - FEI<br />

BPN TAXA FIXA EURO<br />

BPN ACÇÕES EUROPA<br />

4,0783<br />

5,4202<br />

5,5508<br />

4,8871<br />

5,<strong>48</strong>3<br />

4,0138<br />

5,8795<br />

4,2798<br />

4.0631<br />

5.39<strong>48</strong><br />

5.<strong>48</strong>81<br />

4.8145<br />

5.<strong>48</strong>08<br />

4.0102<br />

5.8827<br />

4.1976<br />

U<br />

G<br />

G<br />

G<br />

Z<br />

F. Fundos<br />

S<br />

P<br />

BPN IMONEGOCIOS<br />

BPN REAL ESTATE<br />

BPN IMOGLOBAL<br />

BPN IMOMARINAS<br />

EUROREAL<br />

5.5501<br />

388.3201<br />

886.6782<br />

110.424<br />

212.7541<br />

5.5456<br />

397.4752<br />

885.63<strong>48</strong><br />

110.5065<br />

213.0324<br />

BPN IMOFUNDOS<br />

BPN IMOFUNDOS<br />

BPN IMOFUNDOS<br />

BPN IMOFUNDOS<br />

BPN IMOFUNDOS<br />

CAIXAGEST CURTO<br />

CAIXAGEST RENDIM<br />

CAIXAGEST TESOUR<br />

CAIXAGEST ACCOES EUROPA<br />

CAIXAGEST ACCOES PORTUGAL<br />

CAIXAGEST OBRIGACOES EURO<br />

CAIXAGEST RENDA MENSAL<br />

CAIXAGEST ACCOES EUA<br />

CAIXAGEST ACCOES ORIENTE<br />

CAIXAGEST MOEDA<br />

CAIXAGEST ESTRATEGIA EQUILIBRADA<br />

CAIXAGEST PPA<br />

CAIXAGEST OPTIMIZER<br />

CAIXAGEST MAXI SELECCAO<br />

CAIXAGEST MAXIPREM 2010<br />

POSTAL ACCOES<br />

9.2323<br />

3.6416<br />

9.8531<br />

7.2104<br />

14.5653<br />

9.7222<br />

3.8522<br />

2.6316<br />

5.0351<br />

6.8666<br />

5.5852<br />

13.6998<br />

5.6212<br />

5.1339<br />

6.4108<br />

8.7834<br />

9.2146<br />

3.6408<br />

9.8355<br />

7.1272<br />

14.4586<br />

9.7224<br />

3.8531<br />

2.6451<br />

5.196<br />

6.8587<br />

5.5831<br />

13.5981<br />

5.6227<br />

5.1276<br />

6.4107<br />

8.6807<br />

RAIZ GLOBAL<br />

RAIZ EUROPA<br />

RAIZ TESOURARIA<br />

RAIZ RENDIMENTO<br />

RAÍZ POUPANÇA ACÇÕES<br />

RAÍZ CONSERVADOR<br />

RAÍZ VALOR IBÉRICO<br />

4,6804<br />

3,6672<br />

7,6894<br />

6,1844<br />

20,8118<br />

5,3441<br />

10,7115<br />

4.6634<br />

3.5995<br />

7.6891<br />

6.1843<br />

20.5704<br />

5.3472<br />

10.70<strong>48</strong><br />

G<br />

P<br />

Z<br />

U<br />

L<br />

J<br />

F. Fundos<br />

FINIPREDIAL<br />

FINICAPITAL<br />

FINIRENDIMENTO<br />

PPA FINIBANCO<br />

FINIGLOBAL<br />

FINIBOND - MERCADOS EMERGENTES<br />

FINIFUNDO ACÇÕES INTERNACIONAI<br />

8,8236<br />

6,2192<br />

5,0742<br />

9,1515<br />

6,2993<br />

11,499<br />

3,3949<br />

8.8218<br />

6.2568<br />

5.0745<br />

9.2034<br />

6.3071<br />

11.4685<br />

3.4117<br />

P<br />

V<br />

L<br />

B<br />

T<br />

F<br />

IMOVEST<br />

MULTINVEST<br />

SANTAN<strong>DE</strong>R ACÇÕES AMÉRICA<br />

SANTAN<strong>DE</strong>R ACÇÕES EUROPA<br />

EURO-FUTURO TELECOM, MÉDIA E C<br />

EURO-FUTURO BANCA E SEGUROS<br />

EURO-FUTURO CÍCLICO<br />

MULTIOBRIGAÇÕES<br />

EURO-FUTURO ACÇÕES <strong>DE</strong>FENSIVO<br />

MULTITESOURARIA<br />

NOVIMOVEST<br />

LUSIMOVEST*<br />

MULTITAXA FIXA<br />

SANTAN<strong>DE</strong>R ACÇÕES PORTUGAL<br />

POUPANÇA INVESTIMENTO FPR/E<br />

POUPANÇA SEGURA FPR/E<br />

ACÇÕES GLOBAL<br />

SANTAN<strong>DE</strong>R - PPA<br />

MULTIBOND PREMIUM<br />

MULTI CURTO PRAZO<br />

POUPANÇA PREMIUM FPR/E<br />

MULTIPROTECÇÃO DINÂMICO<br />

MULTIEQUILÍBRIO DINÂMICO<br />

SANTAN<strong>DE</strong>R CARTEIRA ALTERNATIVA<br />

9,7472<br />

4,8641<br />

2,9678<br />

3,7214<br />

7,6446<br />

16,3993<br />

25,8797<br />

5,2164<br />

25,751<br />

10,7939<br />

6,995<br />

69,6355<br />

11,5725<br />

28,6963<br />

17,231<br />

6,0822<br />

3,8618<br />

35,3772<br />

4,93<strong>48</strong><br />

5,1339<br />

4,4565<br />

5,0925<br />

5,1595<br />

5,2505<br />

9.7468<br />

4.8721<br />

2.9756<br />

3.7477<br />

7.6915<br />

16.58<strong>48</strong><br />

26.0715<br />

5.216<br />

25.7835<br />

10.7942<br />

6.9945<br />

69.6355<br />

11.5609<br />

28.8522<br />

17.2195<br />

6.0834<br />

3.8695<br />

35.5831<br />

4.93<strong>48</strong><br />

5.1329<br />

4.4565<br />

5.0925<br />

5.1596<br />

5.1844<br />

B<br />

F<br />

P<br />

P<br />

P<br />

P<br />

U<br />

P<br />

Z<br />

S<br />

A<br />

X<br />

X<br />

F<br />

L<br />

U<br />

U<br />

X<br />

F. Fundos<br />

F. Fundos<br />

F. Fundos<br />

ES EMERGING MARK<br />

ES EURO BOND<br />

ES EUROPEAN EQUI<br />

ES GLOBAL BOND<br />

ES GLOBAL ENHANC<br />

ES GLOBAL EQUITY<br />

ES ACCOES AMERIC<br />

ES ACCOES EUROPA<br />

ES ACCOES GLOAL<br />

ES AFRICA<br />

ES ALPHA 3<br />

ES BRASIL<br />

ES CAPITALIZACAO<br />

ES CAPITALIZACAO DINAMICA<br />

ES ESTRATEGIA ACTIVA<br />

ES ESTRATEGIA ACTIVA II<br />

ES MERCADOS EMER<br />

ES MOMENTUM<br />

ES MONETARIO<br />

ES OBRIGACOES EU<br />

ES OBRIGACOES GL<br />

ES PORTUGAL ACCO<br />

ES PPA<br />

ES PPR<br />

ES RENDA MENSAL<br />

ES RENDA TRIMEST<br />

ESPIRITO SANTO PLANO CRESCIMENTO<br />

ESPIRITO SANTO PLANO DINAMICO<br />

ESPIRITO SANTO PLANO PRU<strong>DE</strong>NTE<br />

ESPIRITO SANTO RENDIMENTO<br />

112.65<br />

1034.66<br />

75.67<br />

162.27<br />

630.69<br />

79.5<br />

6.4476<br />

9.7596<br />

5.7667<br />

3.8988<br />

5.04<br />

5.0823<br />

9.3921<br />

4.9387<br />

5.2549<br />

4.6608<br />

5.958<br />

3.4683<br />

6.8025<br />

11.2937<br />

10.1781<br />

6.9382<br />

16.4111<br />

15.2883<br />

4.7139<br />

4.6804<br />

5.3221<br />

4.1711<br />

5.4093<br />

5.3236<br />

111.04<br />

1035.09<br />

73.55<br />

162.43<br />

630.85<br />

77.89<br />

6.<strong>48</strong>88<br />

9.6297<br />

5.7676<br />

3.8881<br />

5.0<strong>48</strong>7<br />

5.053<br />

9.3901<br />

4.9377<br />

5.2537<br />

4.6596<br />

6.0216<br />

3.<strong>48</strong>34<br />

6.8009<br />

11.2827<br />

10.1621<br />

6.8771<br />

16.2684<br />

15.2545<br />

4.7213<br />

4.6797<br />

5.325<br />

4.158<br />

5.4172<br />

5.3227<br />

Seguros de Investimento<br />

Seguro Gestora Valor patrimonial 01/12/09<br />

Victoria Invest Victoria - Seguros de vida 124,9428<br />

Victoria Reforma Valor Victoria - Seguros de vida 95,25724<br />

ACÇÕES DINÂMICO EUROVIDA 49,9063<br />

IMOBILIÁRIO EUROVIDA 79,3157<br />

INTERNACIONAL ACÇÕES EUROVIDA 51,7032<br />

POUPANÇA EUROVIDA 81,3393<br />

PPR ACTIVO EUROVIDA 78,1974<br />

PPR ACTIVO ACÇÕES EUROVIDA 60,9639<br />

PPR AFORRO EUROVIDA 53,3267<br />

PPR GARANTIA EUROVIDA 66,7268<br />

PPR SEGURANÇA EUROVIDA 77,0826<br />

PPR 25% (2012) EUROVIDA 58,8055<br />

PPR/E VALOR REAL EUROVIDA 79,4215<br />

PPR/E 4,50% (2008) EUROVIDA 65,437<br />

PPR/E 61% EUROVIDA 75,035<br />

SELECÇÃO EUROVIDA 74,4693<br />

Fundos PPR/PPE<br />

Soc. Gestora/Fundo Último Valor Classe<br />

valor € ant. €<br />

PPR BBVA 10,1704 10,1893 BBVA FUNDOS<br />

BBVA SOLI<strong>DE</strong>Z PPR 5,4913 5,4919 BBVA FUNDOS<br />

BBVA PROTECÇÃO 2015 5,4475 5,4491 BBVA FUNDOS<br />

BBVA PROTECÇÃO 2020 5,1444 5,1454 BBVA FUNDOS<br />

PPR/E -PATRIM.REFORMA PRU<strong>DE</strong>NTE 1,3473 1,3<strong>48</strong>2 S.G.F.<br />

PPR-PATRIM.REFORMA CONSERVADOR 6,5884 6,5903 S.G.F.<br />

PPR/E -PATRIM.REFORMA EQUILIBR 6,1776 6,18<strong>48</strong> S.G.F.<br />

PPR/E -PATRIM.REFORMA ACÇÕES 5,3421 5,3495 S.G.F.<br />

F.P. SGF - EMPRESAS 9,3837 9,3908 S.G.F.<br />

SGF EMPRESAS PRU<strong>DE</strong>NTE 5,6824 5,6815 S.G.F.<br />

F.P. PPR ACÇÕES DINÂMICO 5,1581 5,1578 S.G.F.<br />

F.P. PPR GARANTIDO 5,<strong>48</strong>91 5,<strong>48</strong>94 S.G.F.<br />

PPR VINTAGE 9,5442 9,533 ESAF-ESFP<br />

MULTIREFORMA 9,7773 9,745 ESAF-ESFP<br />

F.P. ESAF - PPA 7,2772 7,3052 ESAF-ESFP<br />

MULTIREFORMA PLUS 5,5204 5,4942 ESAF-ESFP<br />

MULTIREFORMA ACÇÕES 5,7231 5,7641 ESAF-ESFP<br />

ES-MULTIREFORMA CAPITAL GARANT 5,1175 5,12 ESAF-ESFP<br />

REFORMA EMPRESA 8,8397 9,2186 SANTAN<strong>DE</strong>R PENSÕES<br />

PPA VALORIS 8,4337 8,3742 AXA PORTUGAL<br />

MAXIMUS ACTIVUS 4,2528 4,2<strong>48</strong>2 AXA PORTUGAL<br />

MAXIMUS MÉDIUS 4,7495 4,7303 AXA PORTUGAL<br />

MAXIMUS STABILIS 6,261 6,2679 AXA PORTUGAL<br />

PPR/E EUROPA 8,4337 8,4332 PENSÕESGERE<br />

VANGUARDA PPR 6,6156 6,6139 PENSÕESGERE<br />

HORIZONTE VALORIZAÇÃO 10,1015 10,0955 PENSÕESGERE<br />

PPR BNU/VANGUARDA 14,1135 14,1058 PENSÕESGERE<br />

PRAEMIUM "S" 14,2187 14,2202 PENSÕESGERE<br />

PRAEMIUM "V" 16,7983 16,7923 PENSÕESGERE<br />

HORIZONTE VALORIZAÇÃO MAIS 8,1237 8,1143 PENSÕESGERE<br />

HORIZONTE SEGURANÇA 8,734 8,738 PENSÕESGERE<br />

TURISMO PENSÕES 6,367 6,3631 PENSÕESGERE<br />

CAIXA REFORMA ACTIVA 11,4053 11,4083 CGD PENSÕES<br />

CAIXA REFORMA VALOR 4,8578 4,8679 CGD PENSÕES<br />

REFORMA + 6,6624 6,2713 ALLIANZ-SGFP, SA<br />

INVESTSEGURO - OPÇÃO A-F.AGRES 6,17 6,1796 COMP.SEG.AÇOREANA<br />

INVESTSEGURO -OPÇÃO B- F.MO<strong>DE</strong>R 5,8824 5,8877 COMP.SEG.AÇOREANA<br />

Rentabilidades<br />

Fundos do mercado monetário euro<br />

Ult 12 meses Classe Valor da UP **<br />

rend. anualizada de risco (Euro)<br />

F.I.M. CA Monetário<br />

F.I.M. Montepio Monetário<br />

1,56<br />

0,92<br />

*<br />

1<br />

5,0933<br />

66,8226<br />

Fundos de tesouraria Euro<br />

F.I.M. Banif Euro Tesouraria 2,19 1 7,2193<br />

F.I.M. Barclays Tesouraria Plus 4,38 * 5,2463<br />

F.I.M. BBVA Cash 2,00 2 9,0956<br />

F.I.M. BPI Liquidez 2,12 1 6,9707<br />

F.I.M. BPI Tesouraria 1,27 1 7,1844<br />

F.I.M. BPN Tesouraria 2,94 2 5,4785<br />

F.I.M. Caixagest Curto Prazo -5,40 2 9,2197<br />

F.I.M. Caixagest Moeda -2,97 1 6,8573<br />

F.I.M. Caixagest Tesouraria -5,58 2 9,8379<br />

F.I.M. Postal Tesouraria 2,35 1 9,7424<br />

F.I.M. Raiz Tesouraria 1,58 1 7,6878<br />

F.I.M. Popular Tesouraria 1,34 1 5,4270<br />

F.I.M. MNF Euro Tesouraria 5,47 * 5,2929<br />

F.I.M. Montepio Tesouraria 2,06 1 87,3768<br />

F.I.M. Santander MultiTesouraria 1,22 1 10,7888<br />

Fundos de obrigações taxa indexada euro<br />

Rend. anualizada Risco Classe<br />

Últimos Últimos últimos de<br />

12 meses 24 meses 2 anos risco<br />

F.I.M. Banif Euro Obrigações Taxa Variável<br />

F.I.M. BPI Taxa Variável<br />

F.I.M. BPN Conservador<br />

F.I.M. Caixagest Obrigações Mais<br />

F.I.M. Caixagest Renda Mensal<br />

F.I.M. Caixagest Rendimento<br />

F.I.M. Postal Capitalização<br />

F.I.M. Raiz Rendimento<br />

F.I.M. Esp. Santo Capitalização<br />

F.I.M. Esp. Santo Capitalização Dinâmica<br />

F.I.M. Esp. Santo Renda Mensal<br />

F.I.M. Esp. Santo Renda Trimestral<br />

F.I.M. Finirendimento<br />

F.I.M. Millennium Obrigações Mundiais<br />

F.I.M. Millennium Obrigações<br />

F.I.M. Millennium Premium<br />

F.I.M. Millennium Rendimento Mensal<br />

F.I.M. Montepio Obrigações<br />

F.I.M. Santander Multi Curto Prazo<br />

F.I.M. Santander MultiObrigações*<br />

-1,19<br />

-7,63<br />

-2,00<br />

8,44<br />

-5,67<br />

-11,80<br />

5,23<br />

2,83<br />

-0,88<br />

-7,84<br />

0,40<br />

-0,40<br />

4,87<br />

-19,24<br />

-15,92<br />

-1,40<br />

-10,47<br />

6,33<br />

1,39<br />

-2,66<br />

-6,75<br />

-10,06<br />

-18,99<br />

-0,33<br />

-8,05<br />

-10,09<br />

-0,58<br />

1,52<br />

-0,31<br />

-3,74<br />

0,50<br />

0,01<br />

2,14<br />

-15,52<br />

-13,31<br />

-2,38<br />

-10,63<br />

0,02<br />

-1,41<br />

-6,43<br />

5,15<br />

6,09<br />

11,44<br />

3,83<br />

3,70<br />

4,15<br />

3,09<br />

0,47<br />

1,62<br />

3,19<br />

1,32<br />

1,76<br />

1,58<br />

7,59<br />

6,43<br />

4,96<br />

6,23<br />

4,95<br />

2,52<br />

4,46<br />

3<br />

3<br />

4<br />

*<br />

2<br />

2<br />

2<br />

1<br />

2<br />

2<br />

1<br />

2<br />

2<br />

3<br />

3<br />

2<br />

3<br />

2<br />

2<br />

2<br />

* - O Fundo Barclays Obrigações Taxa Variável Euro incorporou por fusão o Fundo Barclays Renda Mensal<br />

* - O Fundo Santander MultiObrigações incorporou por fusão o Fundo Santander Multibond Premium<br />

Fundos de obrigações taxa fixa euro<br />

F.I.M. Banif Euro Obrigações Taxa Fixa 8,05 5,51 4,84 2<br />

F.I.M. Barclays Premier Obrig. Euro 10,67 6,83 5,11 3<br />

F.I.M. BPI Euro Taxa Fixa 4,71 5,23 5,52 3<br />

F.I.M. BPN Taxa Fixa Euro 5,29 5,16 5,15 3<br />

F.I.M. Caixagest Obrigações Euro 6,37 4,53 5,08 3<br />

F.I.M. Esp. Santo Obrigações Europa 8,77 7,25 5,30 3<br />

F.I.M. Finifundo Taxa Fixa Euro 8,79 6,04 4,15 2<br />

F.I.M. Popular Euro Obrigações* 9,44 3,12 3,13 2<br />

F.I.M. Millennium Euro Taxa Fixa 7,07 4,88 5,25 3<br />

F.I.M. Millennium Obrigações Europa 6,91 -8,09 10,00 3<br />

F.I.M. Montepio Taxa Fixa 3,88 4,32 3,42 2<br />

F.I.M. Santander Multi Taxa Fixa 9,41 7,41 4,06 2<br />

* - O Fundo Popular Euro Taxa Fixa incorporou por fusão o Fundo Popoular Rendimento e passou a designar-se<br />

por Popular Euro Obrigações<br />

Fundos de obrigações taxa fixa Intern.<br />

F.I.M. BPI Obrigações A.R.A.R. 23,83 -0,58 8,33 3<br />

F.I.M. Esp. Santo Obrig. Global 6,52 5,21 6,04 3<br />

Fundos de acções nacionais<br />

F.I.M. Banif Acções Portugal 30,70 -20,34 29,97 6<br />

F.I.M. Barclays Premier Acc. Portugal 39,02 -20,52 28,82 6<br />

F.I.M. BPI Portugal 36,50 -15,52 25,96 6<br />

F.I.M. Esp. Santo Portugal Accões 42,44 -13,50 27,70 6<br />

F.I.M. Millennium Acções Portugal 27,73 -17,36 24,69 6<br />

F.I.M. Santander Accões Portugal 44,24 -16,89 28,64 6<br />

Fundos de acções da UE, Suíça e Noruega<br />

F.I.M. Banif Euro Acções 17,06 -22,27 36,88 6<br />

F.I.M. BBVA Bolsa Euro 27,42 -14,79 33,29 6<br />

F.I.M. BPI Europa Valor 21,33 -21,20 33,88 6<br />

F.I.M. BPI Europa Crescimento 20,81 -15,38 29,19 6<br />

F.I.M. BPN Acções Europa 31,22 -12,42 29,28 6<br />

F.I.M. Postal Acções 18,00 -21,24 29,03 6<br />

F.I.M. Caixagest Acções Europa 18,63 -20,91 29,57 6<br />

F.I.M. Raiz Europa 24,42 -13,05 27,92 6<br />

F.I.M. Esp. Santo Accões Europa 28,65 -13,95 28,31 6<br />

F.I.M. Finicapital 31,44 -19,71 26,31 6<br />

F.I.M. Popular Acções 21,90 -17,00 31,44 6<br />

F.I.M. Millennium Eurocarteira 27,38 -20,36 32,77 6<br />

F.I.M. Montepio Acções 27,01 -16,43 27,92 6<br />

F.I.M. Montepio Acções Europa 23,25 -15,62 31,87 6<br />

F.I.M. Santander Accões Europa 25,10 -18,42 35,21 6<br />

Fundos de acções da América do Norte<br />

F.I.M. BPI América -0,62 -16,29 28,52 6<br />

F.I.M. Caixagest Acções EUA 6,47 -13,35 31,68 6<br />

F.I.M. Esp. Santo Acções América 23,91 -14,67 31,87 6<br />

F.I.M. Millennium Acções América 6,49 -12,39 29,13 6<br />

F.I.M. Santander Acções USA 21,03 -12,77 33,20 6<br />

F.I.M. Santander Acções América 2,58 -16,06 32,96 6<br />

Quinta-feira 3 Dezembro 2009 <strong>Diário</strong> <strong>Económico</strong> 35<br />

FUNDOS <strong>DE</strong> INVESTIMENTO NACIONAIS<br />

Fundos de acções sectoriais<br />

Rend. anualizada Risco Classe<br />

Últimos Últimos últimos de<br />

12 meses 24 meses 2 anos risco<br />

F.I.M. BPI Tecnologias 2,68 -15,03 27,82 6<br />

F.I.M. Millennium Euro Financeiras 42,57 -25,19 49,41 6<br />

F.I.M. Millennium Global Utilities -8,34 -18,65 26,17 6<br />

F.I.M. Montepio Euro Energy 19,83 -13,<strong>48</strong> 33,07 6<br />

F.I.M. Montepio Euro Financial Service 34,69 -23,42 <strong>48</strong>,40 6<br />

F.I.M. Montepio Euro Healhcare 6,77 -4,00 22,12 6<br />

F.I.M. Montepio Euro Telcos 16,13 -13,08 23,81 6<br />

F.I.M. Montepio Euro Utilities 4,49 -17,23 28,74 6<br />

F.I.M. Santander Euro Futuro Acções Defensivo 5,40 -9,36 26,76 6<br />

F.I.M. Santander Euro Futuro Banca e Seguros 28,20 -24,01 47,83 6<br />

F.I.M. Santander Euro Futuro Ciclico 26,98 -14,44 35,23 6<br />

F.I.M. Santander Euro Fut. Telecomunicações 17,03 -16,69 26,27 6<br />

Outros fundos de acções internacionais<br />

F.I.M. BPI Reestruturações 27,87 -5,87 19,00 5<br />

F.I.M. BPN Acções Global 42,03 -13,00 34,23 6<br />

F.I.M. Caixagest Acções Emergentes 42,28 -16,25 34,32 6<br />

F.I.M. Caixagest Acções Japão -4,24 -19,53 21,03 6<br />

F.I.M. Caixagest Acções Oriente 51,60 -8,89 31,36 6<br />

F.I.M. Esp. Santo Acções Global 23,19 -19,41 31,73 6<br />

F.I.M. Esp. Santo Mercados Emerg. 56,68 -17,95 35,03 6<br />

F.I.M. Esp. Santo Momentum 15,70 -15,23 26,36 *<br />

F.I.M. Finifundo Acções Internacionais 31,11 -20,94 29,23 6<br />

F.I.M. Millennium Acções Japão -6,17 -15,60 20,63 6<br />

F.I.M. Millennium Mercados Emergentes 53,76 -14,70 34,13 6<br />

F.I.M. Millennium Acções Mundiais 12,37 -16,50 26,10 6<br />

Fundos mistos predom. obrigações<br />

F.I.M. BPN Optimização 15,68 -7,27 11,36 4<br />

F.I.M. Caixagest Estratégia Equilibrada 2,46 -1,36 2,89 2<br />

F.I.M. Santander Multinvest -2,26 -9,96 10,22 4<br />

Fundos mistos predominantemente acções<br />

F.I.M. BPN Valorização 28,67 -10,53 23,38 6<br />

F.I.M. Caixagest Estratégia Arrojada 6,47 -6,85 10,01 3<br />

F.I.M. Finiglobal 15,00 -6,95 11,02 4<br />

F.I.M. Popular Valor 14,98 -14,86 21,78 6<br />

Fundos poupança acções<br />

F.I.M. Banif PPA 30,93 -20,88 30,30 6<br />

F.I.M. Barclays FPA 40,63 -20,55 29,43 6<br />

F.I.M. BPI PPA 35,62 -16,08 26,02 6<br />

F.I.M. Caixagest PPA 28,90 -25,20 25,47 6<br />

F.I.M. Raiz Poupança Acções 36,18 -13,74 24,03 6<br />

F.I.M. Esp. Santo PPA 45,50 -12,87 27,98 6<br />

F.P. ESAF PPA 41,46 -13,43 26,58 6<br />

F.I.M. PPA Finibanco 28,16 -17,72 25,03 6<br />

F.P. PPA Acção Futuro 34,87 -17,19 26,46 6<br />

F.I.M. Popular PPA 31,81 -20,67 27,47 6<br />

F.I.M. Millennium PPA 28,97 -17,18 24,62 6<br />

F.I.M. Santander PPA 39,28 -20,01 28,46 6<br />

Fundos de fundos predominantem. obrig.<br />

F.I.M. Barclays Global Conservador 17,58 1,13 6,55 3<br />

F.I.M. Barclays Global Defensivo 1,97 1,33 1,35 1<br />

F.I.M. Caixagest Estratégia Dinâmica -2,72 -4,46 1,89 2<br />

F.I.M. Raiz Conservador 3,20 -1,82 2,37 2<br />

F.I.M. Finifundo Conservador 9,70 *<br />

F.I.M. Popular Global 25 8,87 -4,54 6,57 3<br />

F.I.M. Millennium Prestige Conservador 0,16 -5,43 6,66 3<br />

F.I.M. Multi Gestão Prudente 9,25 -3,64 6,56 3<br />

*-OFundoMillennium Prestige Conservador incorporou por fusão os Fundos Millennium Prudente e<br />

Millennium Moderado<br />

Fundos de fundos predominantem. acções<br />

F.I.M. Barclays Global Acções 29,53 -15,83 24,36 6<br />

F.I.M. Popular Global 75 19,22 -12,56 18,10 5<br />

F.I.M. Multi Gestão Dinâmica 15,88 -19,30 20,89 6<br />

F.I.M. Multi Gestão Mercados Emergentes 39,36 -18,12 26,63 6<br />

Fundos poupança reforma/educação<br />

CATEGORIA A - Entre 0% e 5% de Acções<br />

F.I.M. Barclays PPR Rendimento 6,50 0,26 3,96 2<br />

F.P. Solidez PPR 4,36 0,83 1,66 2<br />

F.I.M. BPI Reforma Segura PPR 1,61 -2,30 2,47 2<br />

F.I.M. BPI Taxa Variável PPR 0,77 -1,71 2,81 2<br />

F.P. PPR Garantia de Futuro 6,32 2,03 2,19 2<br />

F.I.M. Millennium Reforma & Rendim. PPR/E 2,38 3,57 2,74 2<br />

F.P. PPR Praemium S 3,75 -2,28 3,00 2<br />

F.I.M. Santander Poupança Futura FPR* 3,64 -1,39 2,96 2<br />

F.P. SGF Patr. Ref. Conservador PPR 8,28 3,05 2,56 2<br />

CATEGORIA B - Entre 5% e 15% de Acções<br />

F.I.M. Millennium Aforro PPR 6,<strong>48</strong> 1,84 3,24 2<br />

CATEGORIA C - Entre 15% e 35% de Acções<br />

F.I.M. Barclays PPR 9,53 -1,20 5,15 3<br />

F.P. CVI PPR/E 17,32 0,78 8,74 3<br />

F.P. PPR BBVA 14,97 -0,41 8,16 3<br />

F.I.M. Esp. Santo PPR 9,73 2,62 4,24 2<br />

F.P. PPR 5 Estrelas 9,57 1,13 3,70 2<br />

F.P. PPR Platinium 11,89 -2,10 6,99 3<br />

F.P. PPR Geração Activa 10,18 *<br />

F.I.M. Millennium Poupança PPR 6,38 -1,82 5,47 3<br />

F.P. PPR BNU Vanguarda 5,34 -3,87 6,99 3<br />

F.P. PPR Europa 11,46 3,86 5,90 3<br />

F.P. Vanguarda PPR 6,29 -2,41 5,53 3<br />

F.I.M. Santander Poupança Investimento FPR -1,59<br />

CATEGORIA D - Mais de 35% de Acções<br />

-7,<strong>48</strong> 7,45 3<br />

F.I.M. Barclays PPR Acções Life Path 2020 13,52 -9,49 13,27 4<br />

F.I.M. Barclays PPR Acções Life Path 2025 13,80 -10,02 14,29 4<br />

F.I.M. Millennium Investimento PPR Acções 5,74 -5,32 8,60 3<br />

F.P. PPR Praemium V 6,78 -3,76 8,82 3<br />

F.P. PPR SGF Acções Dinâmico<br />

Outros fundos<br />

*<br />

F.I.M. Barclays Premier Tesouraria 3,07 2,71 0,38 1<br />

F.I.M. Caixagest Accões Portugal 26,95 -24,61 25,35 6<br />

F.I.M. Raiz Global 14,52 -3,81 11,47 4<br />

F.I.M. Esp. Santo Monetário 2,18 2,31 0,23 1<br />

F.I.M. Finifundo Agressivo 16,72 *<br />

F.I.M. Finifundo Moderado 11,83 *<br />

F.I.M. Millennium Prestige Valorização<br />

Fundos diversos<br />

13,65 -9,39 17,31 5<br />

F.I.M. Orey Acções Europa -18,84 -35,34 34,31 6<br />

Fundos de pensões abertos<br />

FCATEGORIA A - Entre 0% e 5% de Acções<br />

F.P. Aberto Caixa Reforma Garantida 2022 3,24 -3,67 11,45 4<br />

F.P. Aberto Caixa Reforma Prudente 2,80 *<br />

F.P. Aberto Horizonte Segurança 6,64 2,16 3,26 2<br />

F.P. Aberto SGF Empresas Prudente 9,79 3,23 3,11 2<br />

CATEGORIA B - Entre 5% e 15% de Acções<br />

F.P. Aberto Caixa Reforma Activa -0,09 -3,30 3,40 2<br />

F.P. Aberto Esp.Sto Multireforma 15,13 2,16 3,82 2<br />

F.P. Aberto Futuro Clássico 6,33 2,02 2,44 2<br />

F.P. Aberto Protecção 2015 5,04 0,58 5,94 3<br />

CATEGORIA C - Entre 15% e 35% de Acções<br />

F.P. Banif Previdência Empresas 1,89 -4,38 3,77 2<br />

F.P. Aberto BBVA PME’s 16,57 1,30 7,69 3<br />

F.P. Aberto Caixa Reforma Valor 5,11 -6,60 8,47 3<br />

F.P. Aberto Esp.Santo Multireforma Plus 16,66 -1,18 6,47 3<br />

F.P. Aberto VIVA 9,06 -1,77 5,33 3<br />

F.P. Aberto Horizonte Valorização 10,36 -2,07 7,32 3<br />

F.P. Aberto Turismo Pensões 13,38 -0,19 7,07 3<br />

F.P. Aberto Protecção 2020 5,91 -2,38 9,74 3<br />

CATEGORIA D - Mais de 35% de Acções<br />

F.P. Aberto Esp.Santo Multireforma Acções 51,12 *<br />

F.P. Aberto Horizonte Valorização Mais 16,14 -2,23 11,41 4<br />

Fonte: Euronext Lisboa e APFIPP<br />

Nota 1: As rentabilidades são as calculadas e divulgadas semanalmente pela<br />

Associação Portuguesa de Fundos de Investimento, Pensões e Patrimónios<br />

(APFIPP). Esta informação é actualizada nesta pá<strong>gina</strong> na edição de cada quarta-feira,<br />

excepto quando seja especificado o contrário.


36 <strong>Diário</strong> <strong>Económico</strong> Quinta-feira 3 Dezembro 2009<br />

FUNDOS <strong>DE</strong> INVESTIMENTO INTERNACIONAIS<br />

Fundos Internacionais<br />

Fundo Último<br />

valor€<br />

Divisa<br />

Fundo Divisa Valor<br />

AMERICAN SELECT-<strong>DE</strong>H EUR 9.43<br />

AMERICAN SELECT-DU USD 9.56<br />

EMERGING MARKET <strong>DE</strong>BT-<strong>DE</strong>H EUR 15.44<br />

EM MKT LOW DUR-<strong>DE</strong>H EUR 11.62<br />

EM MKT LOW DUR-DU USD 11.02<br />

EUROP BONDS-<strong>DE</strong> EUR 21.57<br />

EUROP SHORT-TERM BONDS-<strong>DE</strong> EUR 13.87<br />

EUROP SMALL CAP EQUITIES-<strong>DE</strong> EUR 9.96<br />

GLOBAL ASS.ALL.-<strong>DE</strong>H EUR 15.47<br />

GLOBAL ASS.ALL.-DU USD 18.16<br />

GLOBAL BONDS (EURO)-<strong>DE</strong> EUR 18.95<br />

GLOBAL BONDS (USD)-DU USD 28.09<br />

GLOBAL EM MKT EQUITIES-<strong>DE</strong>H EUR 21.45<br />

GLOBAL EM MKT EQUITIES-DU USD 29.13<br />

GLOBAL EM MKT SH-TERM BDS-<strong>DE</strong>H EUR 8.85<br />

GLOBAL EM MKT SH-TERM BDS-DU USD 9.47<br />

GLOBAL ENERGY EQUITIES-<strong>DE</strong>H EUR 18.77<br />

GLOBAL ENERGY EQUITIES-DU USD 23.91<br />

GLOBAL HGH YLD&EM-MKT EUR-<strong>DE</strong> EUR 17.26<br />

GLOBAL INNOVATION-<strong>DE</strong>H EUR 14.57<br />

GLOBAL INNOVATION-DU USD 9.84<br />

GREATER CHINA EQUITIES-<strong>DE</strong>H EUR 18.62<br />

GREATER CHINA EQUITIES-DU USD 26.79<br />

JAPANESE EQUITIES-<strong>DE</strong>H EUR 8.93<br />

JAPANESE EQUITIES-DJ EUR 6.04<br />

JAPANESE EQUITIES-DJ JPY 783.00<br />

NEW ASIA-PACIFIC <strong>DE</strong>H EUR 19.51<br />

NEW ASIA-PACIFIC DU USD 28.69<br />

PAN EUROP EQUITIES-<strong>DE</strong> EUR 10.71<br />

US EQUITIES-<strong>DE</strong>H EUR 14.23<br />

US EQUITIES-DU USD 11.22<br />

US MID AND SML CAP EQUITIES-<strong>DE</strong>H EUR 9.87<br />

US MID AND SML CAP EQUITIES-DU USD 13.57<br />

USD HIGH INCOME BONDS-<strong>DE</strong>H EUR 14.82<br />

USD HIGH INCOME BONDS-DU USD 15.35<br />

USD SHORT-TERM BONDS-DU USD 18.75<br />

WORLD EQUITIES-<strong>DE</strong>H EUR 13.89<br />

WORLD EQUITIES-DU USD 14.47<br />

PARVEST<br />

www.bnpparibas-am.com<br />

Número Verde 800 844 109<br />

PARVEST ABS EUR 64.35<br />

PARVEST EURO PREMIUM EUR 103.86<br />

PARVEST ABS RET CURR. 10 EUR 100.99<br />

PARVEST ABS RET EUROPE LS EUR 97.1<br />

PARVEST ABS RET EUROPEAN BOND EUR 107.81<br />

PARVEST ABS RET MULTI ASS. 4 EUR 102.98<br />

PARVEST ABS RET MULTI ASS. 4 (USD) USD 102.83<br />

PARVEST ABSOLUTE RETURN<br />

GLOBAL BOND (USD) USD 103.84<br />

PARVEST AGRICULTURE EUR 89.4<br />

PARVEST ASIA USD 293.32<br />

PARVEST ASIAN CONVERTIBLE BOND USD 329.98<br />

PARVEST AUSTRALIA AUD 662.34<br />

PARVEST BRAZIL USD 156.81<br />

PARVEST BRIC USD 152.75<br />

PARVEST CHINA USD 325.6<br />

PARVEST CONVERGING EUROPE EUR 109.58<br />

PARVEST DIVERSIFIED (DYNAMIC) EUR 180.17<br />

PARVEST CREDIT STRATEGIES EUR 37.87<br />

PARVEST EMERGING MARKETS USD 329.72<br />

PARVEST EMERGING MARKETS BOND USD 303.19<br />

PARVEST EMERGING MKTS EUROPE EUR 139.53<br />

PARVEST DIVERSIFIED (PRU<strong>DE</strong>NT) EUR 125.7<br />

PARVEST ENHANCED EONIA 1 YEAR EUR 106.91<br />

PARVEST ENHANCED EONIA 6 MONTHS EUR 106.76<br />

PARVEST ENHANCED EONIA EUR 116.44<br />

PARVEST EONIA PREMIUM EUR 113.34<br />

PARVEST EURO BOND EUR 174.87<br />

PARVEST EURO CORP BD SUST DVP EUR 110.88<br />

PARVEST EURO CORPORATE BOND EUR 136.61<br />

PARVEST EURO EQUITIES EUR 109.97<br />

PARVEST EURO GOVERNMENT BOND EUR 299.91<br />

PARVEST EURO INFLATION-LINKED BD EUR 121.85<br />

PARVEST EURO LONG TERM BOND EUR 112.<strong>48</strong><br />

PARVEST EURO MEDIUM TERM BOND EUR 157.04<br />

PARVEST EURO SHORT TERM BOND EUR 116.77<br />

PARVEST EURO SMALL CAP EUR 166.93<br />

PARVEST EUROPE ALPHA EUR 93.69<br />

PARVEST EUROPE DIVI<strong>DE</strong>ND EUR 62.55<br />

PARVEST EUROPE FINANCIALS EUR 72<br />

PARVEST EUROPE GROWTH EUR 162.56<br />

PARVEST EUROPE LS30 EUR 60.88<br />

PARVEST EUROPE MID CAP EUR 357.54<br />

PARVEST EUROPE REAL ESTATE SEC. EUR 56.37<br />

PARVEST EUROPE SMALL CAP EUR 75.35<br />

PARVEST EUROPE SUSTAINABLE DVPT EUR 74.57<br />

Fundo Último Divisa<br />

valor€<br />

PARVEST EUROPE VALUE EUR 112.49<br />

PARVEST EUROPEAN BOND EUR 292.76<br />

PARVEST EUROPEAN CONVERT BOND EUR 115.99<br />

PARVEST EUROPEAN HIGH YIELD BD EUR 99.76<br />

PARVEST EUROPEAN SM CONVERT BD EUR 100.23<br />

PARVEST FRANCE EUR 356.37<br />

PARVEST GERMAN EQUITIES EUR 73.68<br />

PARVEST GLOBAL BOND USD 44.17<br />

PARVEST GLOBAL BRANDS USD 238.82<br />

PARVEST GLOBAL CORPORATE BOND USD 116.27<br />

PARVEST GLOBAL ENVIRONNEMENT EUR 85.72<br />

PARVEST GLOBAL EQUITIES USD 117.09<br />

PARVEST GLOBAL HIGH YIELD BOND USD 110.83<br />

PARVEST GLOBAL INFL LKD BD EUR 115.81<br />

PARVEST CORPORATE BOND OPPORTUNITIESEUR 103.34<br />

PARVEST GLOBAL RESOURCES USD 230.11<br />

PARVEST GLOBAL TECHNOLOGY USD 83.87<br />

PARVEST INDIA USD 160.69<br />

PARVEST JAPAN JPY 2666<br />

PARVEST JAPAN SMALL CAP JPY 2911<br />

PARVEST JAPAN YEN BOND JPY 20512<br />

PARVEST LATIN AMERICA USD 804.12<br />

PARVEST NEXT GENERATION EUR 103.59<br />

PARVEST RUSSIA USD 70.11<br />

PARVEST SHORT TERM (CHF) CHF 307.6<br />

PARVEST SHORT TERM (DOLLAR) USD 203.191<br />

PARVEST SHORT TERM (EURO) EUR 206.808<br />

PARVEST SHORT TERM (STERLING) GBP 195.361<br />

PARVEST SOUTH KOREA USD 78.8<br />

PARVEST STEP 90 EURO EUR 1298.28<br />

PARVEST SWITZERLAND CHF 540.76<br />

PARVEST TARGET RETURN PLUS (EURO) EUR 109.32<br />

PARVEST TARGET RETURN PLUS (USD) USD 211.69<br />

PARVEST TURKEY EUR 102.57<br />

PARVEST UK GBP 111.69<br />

PARVEST US DOLLAR BOND USD 404.25<br />

PARVEST US HIGH YIELD BOND USD 157.33<br />

PARVEST US MID CAP USD 98.51<br />

PARVEST US SMALL CAP USD 377.19<br />

PARVEST US VALUE USD 75.4<br />

PARVEST USA USD 69.44<br />

PARVEST USA LS30 USD 73.18<br />

BNP PARIBAS INSTICASH<br />

BNP PARIBAS INSTICASH CHF CHF 106.774<br />

BNP PARIBAS INSTICASH EUR EUR 115.422<br />

BNP PARIBAS INSTICASH GBP GBP 127.128<br />

BNP PARIBAS INSTICASH USD USD 116.849<br />

PARWORLD<br />

PARWORLD DYNALLOCATION EUR 103.39<br />

PARWORLD EMERGING STEP 80 (EURO) EUR 117.22<br />

PARWORLD GALATEA 2010 EUR 107.8<br />

PARWORLD QUAM 10 EUR 113.56<br />

PARWORLD QUAM 15 CLASSIC (C-EUR) EUR 108.65<br />

PARWORLD TRACK COMMODITIES CLASS EUR 56<br />

PARWORLD TRACK CONTINENT EUROPE EUR 66.32<br />

PARWORLD TRACK JAPAN EUR 62.55<br />

PARWORLD TRACK NORTH AMERICA EUR 69.22<br />

PARWORLD TRACK UK EUR 64.17<br />

www.bnymellonam.com<br />

Fundo Divisa Valor<br />

BNY Mellon Global Funds, plc<br />

BNY MELLON ASIAN EQUITY FUND A USD 2.7609<br />

BNY MELLON BRAZIL EQ FUND A USD 1.1957<br />

BNY MELLON CONT. EUROP. EQ. FUND A EUR 1.0646<br />

BNY MELLON EMRG. MKTS DBT LCL CUR A EUR 0.9089<br />

BNY MELLON EMRG. MKTS <strong>DE</strong>BT A USD 1.4284<br />

BNY MELLON EURO GVT BOND IN<strong>DE</strong>X A EUR 1.3873<br />

BNY MELLON EUROP. ETHICAL IN<strong>DE</strong>X A EUR 0.8365<br />

BNY MELLON EVOL. CURR.OPTION A EUR 80.569<br />

BNY MELLON EVOL. GLB ALPHA A EUR 88.054<br />

BNY MELLON GL. BOND EUR HEDGED H EUR 1.2386<br />

BNY MELLON GLB EMERG. MKTS FUND A USD 3.2944<br />

BNY MELLON GLB H.YLD BOND FUND A EUR 1.1754<br />

BNY MELLON GLOBAL BOND FUND A USD 2.0553<br />

BNY MELLON GLOBAL EQUITY FUND A USD 1.3354<br />

BNY MELLON GLOBAL INTREPID FUND A USD 1.4729<br />

BNY MELLON JAPAN EQUITY FUND A EUR 0.5059<br />

BNY MELLON JAPAN EQ. VALUE FUND A EUR 37.307<br />

BNY MELLON PAN EUROP EQ. FUND A USD 1.6226<br />

BNY MELLON S&P 500 IN<strong>DE</strong>X A USD 0.9842<br />

BNY MELLON SMALL CAP EURO. FUND A EUR 1.8076<br />

BNY MELLON STERLING BOND FUND A EUR 0.9981<br />

BNY MELLON UK EQUITY FUND A EUR 0.8273<br />

BNY MELLON US DYN. VALUE FUND A USD 1.3<strong>48</strong>9<br />

BNY MELLON US EQUITY FUND A USD 0.8198<br />

Fundo Último Divisa<br />

valor€<br />

WestLB Mellon Compass Funds<br />

Fundo<br />

COMPASS FUND - EMERGING MARKETS<br />

Divisa Valor<br />

BOND FUND C EUR 14.17<br />

COMPASS FUND - LATIN AMERICA FUND C EUR 26.3<br />

COMPASS FUND - EMERGING ASIAN FUND C<br />

COMPASS FUND - GLOBAL EMERGING<br />

EUR 10.15<br />

MARKETS FUND C EUR 14.78<br />

COMPASS FUND - EURO BALANCED FUND C EUR 9.1<br />

COMPASS FUND - EURO BOND FUND C EUR 14.06<br />

COMPASS FUND - EURO EQUITY FUND C EUR 5.33<br />

COMPASS FUND - GLOBAL BOND FUND C EUR 12.1<br />

COMPASS FUND - EURO LIQUIDITY FUND C EUR 131.328<br />

COMPASS FUND - EUROPEAN CONVERTIBLE FUND CEUR<br />

COMPASS FUND - EASTERN EUROPE<br />

8.66<br />

DIVERSIFIED FUND C EUR 14.61<br />

COMPASS FUND - JAPANESE EQUITY FUND C EUR 3.32<br />

COMPASS FUND - GLOBAL HIGH YIELD BOND FUND CEUR 11.89<br />

COMPASS FUND - EURO HIGH YIELD BOND FUND CEUR 15.66<br />

COMPASS FUND - EURO CORPORATE BOND FUND CEUR 13.57<br />

COMPASS FUND - ABS FUND C EUR 102.793<br />

COMPASS FUND - QUANDUS EURO BOND FUND CEUR 11.13<br />

COMPASS FUND - EURO SMALL CAP EQUITY FUND CEUR 7.9<br />

CAAM Funds Class Classic S<br />

ARBITRAGE INFLATION EUR 107.7<br />

ASIAN GROWTH USD 22.03<br />

DYNARBITRAGE FOREX EUR 105.58<br />

DYNARBITRAGE VAR 4 (EUR) EUR 108.97<br />

DYNARBITRAGE VOLATILITY EUR 115.29<br />

EMERGING MARKETS USD 28.05<br />

EURO CORPORATE BOND EUR 14.35<br />

EURO QUANT EUR 6.17<br />

EUROPEAN BOND EUR 138.93<br />

GREATER CHINA USD 25.34<br />

Dexia Bonds Fundo Divisa Valor<br />

DB EMERGING MARKETS CCAP USD 1442.43<br />

DB EMERGING MARKETS ICAP USD 1502.14<br />

DB EMERGING MARKETS NCAP USD 1327.97<br />

DB EURO CCAP EUR 898.14<br />

DB EURO ICAP EUR 926.25<br />

DB EURO NCAP EUR 876.51<br />

DB EURO CONVERGENCE CCAP EUR 2427.66<br />

DB EURO CONVERGENCE ICAP EUR 2490.89<br />

DB EURO CONVERGENCE NCAP EUR 2371.1<br />

DB EURO CORPORATE CCAP EUR 5364.21<br />

DB EURO CORPORATE ICAP EUR 5455.94<br />

DB EURO CORPORATE NCAP EUR 106.71<br />

DB EURO GOVERNMENT CCAP EUR 1783.95<br />

DB EURO GOVERNMENT ICAP EUR 1833.81<br />

DB EURO GOVERNMENT NCAP EUR 1742.71<br />

DB EURO GOVERNMENT PLUS CCAP EUR 772.13<br />

DB EURO GOVERNMENT PLUS ICAP EUR 797.47<br />

DB EURO GOVERNMENT PLUS NCAP EUR 757.04<br />

DB EURO HIGH YIELD CCAP EUR 582.36<br />

DB EURO HIGH YIELD ICAP EUR 600.4<br />

DB EURO HIGH YIELD NCAP EUR 550.68<br />

DB EURO INFLATION LINKED CCAP EUR 130.12<br />

DB EURO INFLATION LINKED ICAP EUR 133.3<br />

DB EURO INFLATION LINKED NCAP EUR 127.75<br />

DB EURO LONG TERM CCAP EUR 5261.31<br />

DB EURO LONG TERM ICAP EUR 5449.21<br />

DB EURO LONG TERM NCAP EUR 5139.19<br />

DB EURO SHORT TERM CCAP EUR 1896.31<br />

DB EURO SHORT TERM ICAP EUR 1933.77<br />

DB EURO SHORT TERM NCAP EUR 1830.97<br />

DB EUROPE CCAP EUR 4447.46<br />

DB EUROPE ICAP EUR 4537.51<br />

DB EUROPE NCAP EUR 4370.64<br />

DB EUROPE CONVERTIBLE CCAP EUR 277.7<br />

DB EUROPE CONVERTIBLE ICAP EUR 285.16<br />

DB EUROPE CONVERTIBLE NCAP EUR 263.72<br />

DB EUROPE GOVERNMENT PLUS CCAP EUR 758.04<br />

DB EUROPE GOVERNMENT PLUS NCAP EUR 737.72<br />

DB GLOBAL HIGH YIELD CCAP EUR 116.61<br />

DB GLOBAL HIGH YIELD ICAP EUR 118.53<br />

DB GLOBAL HIGH YIELD NCAP EUR 113.43<br />

DB INTERNATIONAL CCAP EUR 818.75<br />

DB INTERNATIONAL ICAP EUR 845.89<br />

Fundo Último Divisa<br />

valor€<br />

DB INTERNATIONAL NCAP EUR 786.07<br />

DB MORTGAGES CCAP EUR 127.06<br />

DB MORTGAGES ICAP EUR 130.61<br />

DB MORTGAGES NCAP EUR 122.75<br />

DB TOTAL RETURN CCAP EUR 110.98<br />

DB TOTAL RETURN ICAP EUR 1126.2<br />

DB TOTAL RETURN NCAP EUR 107.29<br />

DB TREASURY MANAGEMENT CCAP EUR 3665.9<br />

DB TREASURY MANAGEMENT ICAP EUR 3705<br />

DB TREASURY MANAGEMENT NCAP EUR 3619.66<br />

DB USD CCAP USD 778.79<br />

DB USD ICAP USD 805.11<br />

DB USD NCAP USD 759.68<br />

DB USD GOVERNMENT CCAP USD 2937.31<br />

DB USD GOVERNMENT ICAP USD 3028.91<br />

DB USD GOVERNMENT NCAP USD 2867.57<br />

DB WORLD GOV PL CCAP EUR 101.51<br />

DB WORLD GOV PL ICAP EUR 103.57<br />

DB WORLD GOV PL NCAP EUR 99.62<br />

D EQ L ASIA PREM USD 15.33<br />

D EQ L AUSTRALIA AUD 677.84<br />

D EQ L BIOTECH USD 100.08<br />

D EQ L EMERG EUROPE EUR 55.36<br />

D EQ L EMERG MKTS EUR 443.88<br />

<strong>DE</strong>QLEMU EUR 63.25<br />

D EQ L EUR 50 EUR 417.59<br />

D EQ L EUROP EUR 570.36<br />

D EQ L EUROPE VALUE EUR 75.08<br />

D EQ L EURP ENG SECT EUR 133.35<br />

D EQ L EURP FIN SECT EUR 73.54<br />

D EQ L EURP HIGH DIV EUR 67.81<br />

D EQ L JAPAN JPY 10715<br />

D EQ L SPAIN EUR 84.23<br />

D EQ L SUST GREEN PLANET EUR 56.01<br />

D EQ L SUST WORLD EUR 132.65<br />

D EQ L UNITED KINGDOM GBP 218.12<br />

D EQ L WORLD USD 36.33<br />

Fundo Classe Valor<br />

ABS ATTIVO EUR 106.54<br />

VALORE EQUILIBRIO EUR 114.62<br />

BOND CHF EUR 117.1<br />

BOND EMERGING MARKETS EUR 182.15<br />

BOND GBP EUR 110.66<br />

BOND HIGH YIELD EUR 132.71<br />

BOND JPY EUR 101.04<br />

BOND USD EUR 117.76<br />

EQUITY OCEANIA EUR 144.<strong>48</strong><br />

EQUITY PHARMA EUR 57.59<br />

EQUITY CHINA EUR 78.88<br />

EQUITY EMERGING MARKETS ASIA EUR 118.08<br />

EQUITY EM.MKT EUR MID.EAST&AFRICA EUR 130.22<br />

EQUITY ENERGY & MATERIALS EUR 115.13<br />

EQUITY BANKS EUR 42.21<br />

CASH EUR EUR 110.81<br />

EQUITY SMALL CAP EUROPE EUR 336.68<br />

BOND EUR MEDIUM TERM EUR 295.2<br />

CASH USD EUR 86.81<br />

EQUITY NORTH AMERICA EUR 50.93<br />

ABS PRU<strong>DE</strong>NTE EUR 107.92<br />

OBIETTIVO BILANCIATO EUR 221.71<br />

EQUITY INSURANCE EUR 75.88<br />

EQUITY CONSUMER STAPLES EUR 107.83<br />

EQUITY DURABLE GOODS EUR 100.31<br />

EQUITY EUROPE EUR 75.63<br />

EQUITY EURO EUR 76.77<br />

EQUITY JAPAN EUR 45.68<br />

EQUITY INDUSTRIALS EUR 107.61<br />

EQUITY ITALY EUR 71.92<br />

ORIZZONTE PROTETTO 6 EUR 110.31<br />

ORIZZONTE PROTETTO 12 EUR 112.95<br />

ORIZZONTE PROTETTO 24 EUR 116.21<br />

EQUITY GREAT BRITAIN EUR 50.57<br />

EQUITY HIGH TECH EUR 43.82<br />

EQUITY LATIN AMERICA EUR 326.45<br />

EQUITY MEDIA EUR 32.52<br />

EQUITY TELECOMMUNICATION EUR 43.12<br />

EQUITY UTILITIES EUR 85.93<br />

BOND INFLATION LINKED EUR 119.92<br />

Fundo Último Divisa<br />

valor€<br />

BOND EUR LONG TERM EUR 159.67<br />

BOND EUR SHORT TERM EUR 137.11<br />

BOND CONVERTIBLE EUR 59.47<br />

VALORE EQUILIBRIO EUR 106.58<br />

BOND CHF EUR 135.79<br />

BOND EMERGING MARKETS EUR 252.53<br />

BOND GBP EUR 136.83<br />

BOND JPY EUR 1<strong>48</strong>.29<br />

BOND USD EUR 191.2<br />

EQUITY OCEANIA EUR 145.92<br />

EQUITY PHARMA EUR 70.65<br />

EQUITY ENERGY & MATERIALS EUR 128.27<br />

EQUITY NORTH AMERICA EUR 83.94<br />

EQUITY INSURANCE EUR 85.61<br />

EQUITY CONSUMER STAPLES EUR 129.2<br />

EQUITY DURABLE GOODS EUR 113.29<br />

EQUITY JAPAN EUR 64.15<br />

EQUITY INDUSTRIALS EUR 126.18<br />

EQUITY BANKS EUR 47.78<br />

EQUITY GREAT BRITAIN EUR 64.96<br />

EQUITY HIGH TECH EUR 53.65<br />

EQUITY MEDIA EUR 39.41<br />

EQUITY TELECOMMUNICATION EUR <strong>48</strong>.41<br />

EQUITY UTILITIES EUR 99.35<br />

www.franklintempleton.com.pt<br />

Tel: +34 91 426 3600<br />

FRANKLIN BIOTECH DISCOVERY FD N (ACC) USD 7.89<br />

FRANKLIN EUROPEAN GRTH FD N (ACC) EUR 7.3<br />

FRANKLIN EUROPEAN S-M CAP GRTH FD N (ACC) EUR 16.23<br />

FRANKLIN GLOBAL GRTH FD N (ACC) USD 9.29<br />

FRANKLIN GLOBAL S-M CAP GRTH FD N (ACC) USD 17.13<br />

FRANKLIN HIGH YIELD (EURO) FD N (ACC) EUR 10.64<br />

FRANKLIN HIGH YIELD FD N (ACC) USD 12.43<br />

FRANKLIN INCOME FD N (ACC) USD 14.52<br />

FRANKLIN MUTUAL BEACON FD N (ACC) EUR 14.32<br />

FRANKLIN MUTUAL BEACON FD N (ACC) USD 21.54<br />

FRANKLIN MUTUAL EUROPEAN FD N (ACC) EUR 12.57<br />

FRANKLIN MUTUAL EUROPEAN FD N (ACC) USD 18.8<br />

FRANKLIN TECHNOLOGY FD N (ACC) USD 5.01<br />

FRANKLIN TECHNOLOGY FD N (ACC) EUR 3.34<br />

FRANKLIN TEMPLETON GB GRTH & VA FD N (ACC) USD 16.19<br />

FRANKLIN TEMPLETON JAPAN FD N (ACC) EUR 3.24<br />

FRANKLIN US EQUITY FD N (ACC) EUR 8.81<br />

FRANKLIN US EQUITY FD N (ACC) USD 13.25<br />

FRANKLIN US GOVERNMENT FD N (ACC) USD 13<br />

FRANKLIN US GOVERNMENT FD N (DIS) USD 9.63<br />

FRANKLIN US OPPORTUNITIES N (ACC) USD 12.69<br />

FRANKLIN US S-M CAP GRTH FD N (ACC) USD 8.99<br />

FRANKLIN US TOTAL RET FD N (DIS) USD 9.92<br />

FRANKLIN US ULT SHT TR BD FD N (DIS) USD 9.59<br />

TEMPLETON ASIAN GRTH FD N (ACC) USD 36.78<br />

TEMPLETON CHINA FD N (ACC) USD 22.23<br />

TEMPLETON EASTERN EUROPE FD N (ACC) EUR 21.74<br />

TEMPLETON EMERGING MARKETS BD FD N (ACC) USD 25.98<br />

TEMPLETON EMERGING MARKETS FD N (ACC) EUR 12.27<br />

TEMPLETON EMERGING MARKETS FD N (ACC) USD 18.41<br />

TEMPLETON EURO LIQ RES FD N (ACC) EUR 10.78<br />

TEMPLETON EUROLAND BD FD N (ACC) EUR 11.14<br />

TEMPLETON EUROLAND FD N (ACC) EUR 7.33<br />

TEMPLETON EUROPEAN FD N (ACC) USD 17.89<br />

TEMPLETON EUROPEAN FD N (ACC) EUR 11.89<br />

TEMPLETON EUROPEAN TOTAL RET FD N (ACC) EUR 10.13<br />

TEMPLETON GLOBAL BD FD N (ACC) EUR 11.71<br />

TEMPLETON GLOBAL (EURO) FD N (ACC) EUR 9.29<br />

TEMPLETON GLOBAL BALANCED FD N (ACC) EUR 9.87<br />

TEMPLETON GLOBAL BD (EURO) FD N (ACC) EUR 11.8<br />

TEMPLETON GLOBAL BD FD N (ACC) USD 22.71<br />

TEMPLETON GLOBAL EQUITY INCOME FD N (ACC) USD 10.07<br />

TEMPLETON GLOBAL FD N (ACC) USD 17.18<br />

TEMPLETON GLOBAL INCOME FD N (ACC) USD 12.94<br />

TEMPLETON GLOBAL SMLL COMPANIES FD N (ACC) USD 19.03<br />

TEMPLETON GLOBAL TOTAL RET FD N (ACC) USD 19.58<br />

TEMPLETON GRTH (EURO) FD N (ACC) EUR 7.44<br />

TEMPLETON KOREA FD N (ACC) USD 14.3<br />

TEMPLETON LATIN AMERICA FD N (ACC) USD 43.7<br />

TEMPLETON THAILAND FD N (ACC) USD 12.89<br />

TEMPLETON US DOLLAR LIQ RES FD N (ACC) USD 11.21<br />

TEMPLETON US VALUE FD N (ACC) USD 9.78


Fundos Internacionais<br />

Fundo Último Divisa<br />

valor€<br />

02-11-2009<br />

JF ASIA DI V.D USD USD 230.18<br />

JF ASIA EQ D USD USD 19.91<br />

JF ASIA PAC EX-JAP EQ DAAC EUR EUR 7.99<br />

JF CHINA D USD USD 36.25<br />

JF GR CH D USD USD 30<br />

JF HG KG D USD USD 27.25<br />

JF INDIA D USD USD 43.91<br />

JF JAP EQ DACC EUR EUR 3.16<br />

JF JAP EQ D USD USD 5.78<br />

JF PAC EQ DACC EUR EUR 5.49<br />

JF PAC EQ DACC USD USD 12.39<br />

JF SINGA D USD USD 35.59<br />

JF TAIWAN D USD USD 12.02<br />

JPM AME EQ DACC EUR EUR 5.8<br />

JPM AME EQ DACC EUR (HDG) EUR 5.98<br />

JPM EM MK DBT DACC EUR EUR 11.13<br />

JPMEMMKEQDACCEUR EUR 7.<strong>48</strong><br />

JPM EMER MIDDLE EAST EQ D USD USD 18.16<br />

JPM EURO DY DACC USD USD 17.28<br />

JPM EURO LIQ RES DACC EUR EUR 108.59<br />

JPM EURO DY MEGA C DACC EUR EUR 7.82<br />

JPM EURO DY MEGA C DACC USD USD 9.63<br />

JPM EUROP EQ DACC USD USD 10.2<br />

JPM EUROP FOC DACC EUR EUR 7.39<br />

JPM EUROP FOC DACC USD USD 10.43<br />

JPM EUROP RECOV DACC EUR EUR 158.6<br />

JPM EUROP SEL EQ DACC EUR EUR 64.61<br />

JPM EUROP SEL EQ DACC USD USD 106.36<br />

JPM EUROP ST DIV DACC EUR EUR 88.96<br />

JPM GB BAL USD DACC USD USD 140.39<br />

JPM GB CAP APP DACC EUR EUR 96.43<br />

JPM GB CAP PRE DACC USD USD 113.15<br />

JPM GB CAP PRE EUR DACC EUR EUR 121.73<br />

JPM GB CAP PRE EUR DACC SEK (HDG) SEK 952.3<br />

JPM GB CONVS USD D USD USD 125.13<br />

JPM GB CONVS FUND EUR DACC EUR EUR 10.07<br />

JPM GB DY DACC EUR EUR 5.3<br />

JPM GB DY DACC EUR (HDG) EUR 4.65<br />

JPM GB EQ USD DACC EUR (HDG) EUR 5.64<br />

JPM GB FOC DACC EUR EUR 15.67<br />

JPM GB FOC DACC EUR (HDG) EUR 7.14<br />

JPM GB HY BD DACC EUR EUR 128.56<br />

JPM GB NAT RE DACC USD USD 10.89<br />

JPM GB T RE DACC EUR EUR 99.02<br />

JPM HIGH STAT MKT NT DACC EUR EUR 109.13<br />

JPM HIGH STAT MKT NT DACC USD (HDG) USD 146.58<br />

JPM HIGH US STEEP DACC EUR (HDG) EUR 7.75<br />

JPM JAP 50 EQ DACC JPY JPY 5495<br />

JPM JAP SEL EQ DACC JPY JPY 7610<br />

JPM RUSSIA DACC USD USD 9.58<br />

JPM US AG BD DACC USD USD 14.49<br />

JPMUSDYDACCEUR EUR 4.76<br />

JPM US DY DACC USD USD 11.81<br />

JPM US EQ DACC EUR (HDG) EUR 56.99<br />

JPM US EQ DACC USD USD 77.52<br />

JPM US SEL EQ DACC EUR (HDG) EUR 65.96<br />

JPM US SEL 130/30 DACC EUR (HDG) EUR 5.93<br />

JPM US SEL 130/30 DACC USD USD 8.36<br />

JPM US STRATEGIC GR DACC EUR (HDG) EUR 5.73<br />

JPM US VAL DACC EUR (HDG) EUR 5.8<br />

JPMF AME EQ D USD USD 9.15<br />

JPMF AME LC D USD USD 8.35<br />

JPMF EAST EUR EQ D EUR EUR 24.<strong>48</strong><br />

JPMF EM EUR EQ D USD USD 36.01<br />

JPMF EM MKT EQ D USD USD 30.89<br />

JPMF EUR GB BAL FUND D EUR EUR 115.92<br />

JPMF EUROL EQ D EUR EUR 7.27<br />

JPMF EUROP CONVERG EQ D EUR EUR 22.11<br />

JPMF EUROP DY D EUR EUR 10.32<br />

JPMF EUROP EQ D EUR EUR 6.97<br />

JPMF EUROP SM CAP D EUR EUR 7.76<br />

JPMF EUROP STRAT GR D EUR EUR 6.33<br />

JPMF EUROP STRAT VAL D EUR EUR 10.24<br />

JPMF GERM EQ D-EUR EUR 2.29<br />

JPMF GB DY D USD USD 12.34<br />

JPMF GB EQ D USD USD 9.18<br />

JPMF GLB NA RE DACC EUR EUR 11.65<br />

JPMF LAT AM EQ D USD USD 44.12<br />

JPMF US ST GR D USD USD 5.02<br />

JPMF US ST VAL D USD USD 11.59<br />

Fundo Último Divisa<br />

valor€<br />

Fundo Divisa Valor<br />

ALPHA ADV. EUROPE FIXED INCOME B EUR 29.34<br />

AMERICAN FRANCHISE B EUR 16.5<br />

ASIAN EQUITY B EUR 21.14<br />

ASIAN PROPERTY B EUR 8.65<br />

COMMODITIES ACTIVE GSLE B EUR 12.89<br />

DIV. ALPHA PLUS VAR 400 EUR B EUR 24.64<br />

EMERG EUROP, M-EAST & AFRICA EQ B EUR 43.3<br />

EMERGING MARKETS <strong>DE</strong>BT B EUR 35.93<br />

EMERGING MARKETS DOMESTIC <strong>DE</strong>BT B EUR 20.35<br />

EMERGING MARKETS EQUITY B EUR 19.66<br />

EURO BOND B EUR 10.72<br />

EURO CORPORATE BOND B EUR 32.37<br />

EURO LIQUIDITY B EUR 11.896<br />

EURO STRATEGIC BOND B EUR 28.58<br />

EUROPEAN CURR. HIGH YIELD BOND B EUR 12.17<br />

EUROPEAN EQUITY ALPHA B EUR 22.16<br />

EUROPEAN PROPERTY B EUR 15.32<br />

EUROPEAN SMALL CAP VALUE B EUR 29.4<br />

EUROZONE EQUITY ALPHA B EUR 6.15<br />

FX ALPHA PLUS RC 200 B EUR 25.1<br />

FX ALPHA PLUS RC 400 B EUR 24.4<br />

FX ALPHA PLUS RC 800 B EUR 22.92<br />

GLOBAL BOND B EUR 21.22<br />

GLOBAL BRANDS B EUR 32.29<br />

GLOBAL CONVERTIBLE BOND B EUR 19.94<br />

GLOBAL PROPERTY B EUR 11.34<br />

GLOBAL SMALL CAP VALUE B EUR 18.02<br />

GLOBAL VALUE EQUITY B EUR 20.16<br />

INDIAN EQUITY B EUR 16.66<br />

JAPANESE EQUITY ADVANTAGE B EUR 12.34<br />

JAPANESE VALUE EQUITY B EUR 4.71<br />

LATIN AMERICAN EQUITY B EUR 38.95<br />

SHORT MATURITY EURO BOND B EUR 16.9<br />

US EQUITY GROWTH B EUR 17.68<br />

US PROPERTY B EUR 18.84<br />

US SMALL CAP GROWTH B EUR 18.79<br />

US VALUE EQUITY B EUR 10.47<br />

USD LIQUIDITY B USD 12.5463<br />

+34 91 538 25 00<br />

www.pictetfunds.pt<br />

Fundo Divisa Valor<br />

PF(LUX)-ABSL RTN GLO DIV-R EUR 107.43<br />

PF(LUX)-AGRICULTURE-R EUR 110.91<br />

PF(LUX)-ASN EQ (EXJPN)-HR-EUR EUR 118.33<br />

PF(LUX)-ASN EQ (EXJPN)-R USD 152.28<br />

PF(LUX)-ASIAN EQ (EX-JAPAN)-R EUR 100.88<br />

PF(LUX)-ASN LCL CCY DBT-R USD 122.78<br />

PF(LUX)-BIOTECH-HR-R EUR 201.2<br />

PF(LUX)-BIOTECH-R USD 263.49<br />

PF(LUX)-BIOTECH-R EUR 175.02<br />

PF(LUX)-EASTERN EU-R EUR 278.25<br />

PF(LUX)-EM LCL CCY DBT-HR-EUR EUR 106.88<br />

PF(LUX)-EM LCL CCY DBT-R USD 160.03<br />

PF(LUX)-EM MKTS-HR-R EUR 351.87<br />

PF(LUX)-EM MKTS LDX-R USD 210.5<br />

PF(LUX)-EM MKTS-R USD 504.22<br />

PF(LUX)-EUR BDS-R EUR 375.73<br />

PF(LUX)-EUR CORP BDS-R EUR 145.16<br />

PF(LUX)-EUR GVT BDS-R EUR 115.94<br />

PF(LUX)-EUR HY-R EUR 139.06<br />

PF(LUX)-EUR INFL LK BDS-R EUR 109.33<br />

PF(LUX)-EUR LIQ-R EUR 133.54<br />

PF(LUX)-EUR SMT BDS-R EUR 120.05<br />

PF(LUX)-EUROLAND LDX-R EUR 83.06<br />

PF(LUX)-EU SUST EQ-R EUR 124.12<br />

PF(LUX)-EU LDX-R EUR 93.86<br />

PF(LUX)-EU EQ SEL-R EUR 370.04<br />

PF(LUX)-(EUR) SOV LIQ-R EUR 102.18<br />

PF(LUX)-GENERICS-HR-EUR EUR 92.94<br />

PF(LUX)-GENERICS-R USD 117.02<br />

PF(LUX)-GLO EM CCY-HR-EUR EUR 66.26<br />

PF(LUX)-GLO EM CCY-R USD 103.49<br />

PF(LUX)-GLO MEGATR SEL-R USD 128.73<br />

PF(LUX)-GLO EM DBT-HR-R EUR 181.17<br />

PF(LUX)-GLO EM DBT-R USD 237.88<br />

Fundo Último Divisa<br />

valor€<br />

PF(LUX)-GLO MEGATREND SEL-R EUR 85.28<br />

PF(LUX)-GREATER CHINA-R USD 327.46<br />

PF(LUX)-INDIAN EQ-R USD 333.77<br />

PF(LUX)-JPNL LDX-R JPY 7713.04<br />

PF(LUX)-JPN EQ SEL-HR-EUR EUR 46.33<br />

PF(LUX)-JPN EQ SEL-R JPY 6549.87<br />

PF(LUX)-JAPANESE EQ SELECTION-R EUR 50.8<br />

PF(LUX)-JPN EQ 130/30-R JPY 3832.2<br />

PF(LUX)-JAPANESE EQUITIES 130/30-R EUR 29.73<br />

PF(LUX)-JAPANESE MID-SMALL CAP-R EUR 54.51<br />

PF(LUX)-JPN SMID CAP-R JPY 7027.16<br />

PF(LUX)-LATAM LCL CCY DBT-R USD 119.84<br />

PF(LUX)-MID EAST AND NTH AFR-HR-R EUR 29.37<br />

PF(LUX)-MID EAST AND NTH AFR-R USD 46.87<br />

PF(LUX)-PAC (EXJPN) LDX-R USD 263.52<br />

PF(LUX)-PREMIUM BRANDS-R EUR 58.31<br />

PF(LUX)-RUSSIAN EQ-R USD 62.35<br />

PF(LUX)-SECURITY-R USD 94.22<br />

PF(LUX)-SMALL CAP EU-R EUR 406.34<br />

PF(LUX)-TIMBER-R USD 99.84<br />

PF(LUX)-US EQ-R USD 95.36<br />

PF(LUX)-US EQ GWTH SEL-HR-EUR EUR 74.05<br />

PF(LUX)-US EQ GWTH SEL-R USD 97.5<br />

PF(LUX)-USA LDX-R USD 88.29<br />

PF(LUX)-USD GVT BDS-R USD 506.02<br />

PF(LUX)-USD LIQ-R USD 128.72<br />

PF(LUX)-USD SMT BDS-R USD 120.43<br />

PF(LUX)-(USD) SOV LIQ-R USD 101.34<br />

PF(LUX)-TIMBER-R EUR 66.14<br />

PF(LUX)-US EQ VALUE SEL HR-R EUR 82.14<br />

PF(LUX)-US EQ VALUE SEL-R USD 116.04<br />

PF(LUX)-WATER-R EUR 109.39<br />

PF(LUX)-WORLD GOV BONDS-R EUR 112.27<br />

Pioneer P.F. - Global Changes EUR 41.59<br />

Pioneer P.F. - Global Changes EUR 842.84<br />

Pioneer P.F. - Global Defensive EUR 47.26<br />

Pioneer P.F. - Global Defensive CZK 880.99<br />

Pioneer P.F. - Global Defensive EUR 5.76<br />

Pioneer P.F. - Global Defensive USD 8.63<br />

Pioneer P.F. - Global Defensive EUR 5.47<br />

Pioneer P.F. - Global Defensive EUR 5.986<br />

Pioneer P.F. - Global Defensive EUR 5.616<br />

Pioneer P.F. - Global Defensive Plus EUR 4.47<br />

Pioneer P.F. - Global Defensive Plus USD 6.7<br />

Pioneer P.F. - Global Defensive Plus EUR 4.23<br />

Pioneer P.F. - Global Defensive Plus EUR 4.603<br />

Pioneer P.F. - Global Defensive Plus EUR 4.338<br />

Pioneer P.F. - Global Dynamic CZK 736.73<br />

Pioneer P.F. - Global Dynamic EUR 42.57<br />

Pioneer P.F. - Global Dynamic EUR 4.078<br />

Pioneer P.F. - Global Dynamic EUR 3.995<br />

Pioneer P.F. - Global Progressive CZK 550.92<br />

Pioneer P.F. - Global Progressive EUR 30.95<br />

Pioneer P.F. - Global Progressive EUR 3.09<br />

Pioneer P.F. - Global Progressive EUR 3.029<br />

www.schroders.pt<br />

SISF Glob Cred Dur Hdg A Acc 103.95 EUR<br />

SISF Swiss Equity A Acc 25.24 CHF<br />

SISF Taiwanese Equity A Acc 9.57 USD<br />

SISF US Dollar Bond A Acc 17.53 USD<br />

SISF UK Equity A Acc 2.49 GBP<br />

SISF US All Cap A Acc 87.01 USD<br />

SISF US Small & Mid-Cap Eq A Acc 123.88 USD<br />

SISF US Smaller Companies A Acc 59.97 USD<br />

SISF US Large Cap A Acc 59.27 USD<br />

SISF US Dollar Liquidity A Acc 105.4 USD<br />

SISF World Def 3 Monthly A Acc 81.96 EUR<br />

SISF EURO Government Liquidity A Acc 100.17 EUR<br />

SISF Global Managed Currency A Acc 104.31 USD<br />

SISF Glob Mgd Ccy EUR A Acc 99.68 EUR<br />

SISF Glob Mgd Ccy GBP A Acc 104.57 GBP<br />

SISF Asian Tot Ret EUR Hdg A Acc 109.36 EUR<br />

SISF Asian Conv Bd EUR Hdg A Acc 97.95 EUR<br />

SISF Asian Bond EUR Hg A Acc 98.51 EUR<br />

SISF Em Mk Dt Abs Ret EUR Hg A Acc 28.52 EUR<br />

SISF QEP Glb Act Val EUR Hdg A Acc 68.69 EUR<br />

SISF Global Conv Bd EUR Hdg A Acc 95.<strong>48</strong> EUR<br />

SISF Glb Clim Chge Eq EUR Hg A Acc 7.28 EUR<br />

SISF Glbl High Yld EUR Hdg A Acc 25.22 EUR<br />

SISF Glbl Propty Sec EUR Hdg A Acc 91.19 EUR<br />

SISF Global Corporate Bond EUR Hdg A Acc118.86 EUR<br />

SISF Japanese Equity EUR Hdg A Acc 50.89 EUR<br />

SISF Strategic Bond EUR Hdg A Acc 115.94 EUR<br />

Quinta-feira 3 Dezembro 2009 <strong>Diário</strong> <strong>Económico</strong> 37<br />

FUNDOS <strong>DE</strong> INVESTIMENTO INTERNACIONAIS<br />

Fundo Último Divisa<br />

valor€<br />

SISF US Dollar Bond EUR Hdg A Acc 119.09 EUR<br />

SISF US Small & Mid EUR Hg A Acc 81.98 EUR<br />

SISF US Large Cap EUR Hedged A Acc 79.54 EUR<br />

SISF Glob Mgd Ccy EUR Hdg A Acc 99.62 EUR<br />

SISF BRIC (Braz Ru In Ch) EUR A Acc 130.36 EUR<br />

SISF Emerging Asia EUR A Acc 13.89 EUR<br />

SISF Emerging Markets EUR A Acc 7.74 EUR<br />

SISF QEP Glob Act Value EUR A Acc 79.36 EUR<br />

SISF Glbl Clim Chge Eqty EUR A Acc 7.37 EUR<br />

SISF Global Equity Alpha EUR A Acc 75.92 EUR<br />

SISF Glbl Emgng Mkt Opps EUR A Acc 10.78 EUR<br />

SISF Global Energy EUR A Acc 21.92 EUR<br />

SISF Global Equity Yield EUR A Acc 65.75 EUR<br />

SISF QEP Global Quality EUR A Acc 73.81 EUR<br />

SISF Greater China EUR A Acc 22.37 EUR<br />

SISF Latin American EUR A Acc 32.74 EUR<br />

SISF Pacific Equity EUR A Acc 6.14 EUR<br />

SISF US Sml & Mid-Cap Eq EUR A Acc 82.62 EUR<br />

SISF US Large Cap EUR A Acc 39.69 EUR<br />

SISF Asian Local Ccy Bd SGD Hg A Acc 9.96 SGD<br />

SISF Asian Bond SGD Hg A Acc 9.37 SGD<br />

SISF China Opps SGD Hg A Acc 7.07 SGD<br />

SISF Glbl Clim Chge Eqty SGD A Acc 7.66 SGD<br />

SISF Glb Div Maximsr SGD A Acc 6.61 SGD<br />

SISF Glbl Emgng Mkt Opps SGD A Acc 11.38 SGD<br />

SISF Latin American SGD A Acc 68.14 SGD<br />

SISF Pacific Equity SGD A Acc 8.37 SGD<br />

SISF EURO Corporate Bd USD Hd A Acc 108.91 USD<br />

SISF Glbl Inf Lkd Bd USD Hdg A Acc 24.99 USD<br />

SISF Japanese Equity Alpha USD A Acc 8.46 USD<br />

SISF Japanese Large Cap USD A Acc 7.66 USD<br />

SISF Asian Equity Yield A Dis 12.94 USD<br />

SISF Asian Local Currency Bond A Dis 96.52 USD<br />

SISF Asian Bond A Dis 7.09 USD<br />

SISF Em Europe Debt Abs Ret A Dis 14.76 EUR<br />

SISF EURO Bond A Dis 8.05 EUR<br />

SISF European Div Maxmsr A Dis 55.84 EUR<br />

SISF European Equity Alpha A Dis 33.53 EUR<br />

SISF European Large Cap A Dis 119.97 EUR<br />

SISF European Equity Yield A Dis 8.26 EUR<br />

SISF EURO Equity A Dis 17.91 EUR<br />

SISF EURO Corporate Bond A Dis 15.3 EUR<br />

SISF Emer Mkts Debt Abs Ret A Dis 14.<strong>48</strong> USD<br />

SISF Emerging Europe A Dis 15.75 EUR<br />

SISF Emerging Markets A Dis 11.09 USD<br />

SISF European Smaller Companies A Dis 15.91 EUR<br />

SISF EURO Short Term Bond A Dis 4.61 EUR<br />

SISF EURO Government Bond A Dis 6.07 EUR<br />

SISF European Defensive A Dis 10 EUR<br />

SISF EURO Dynamic Growth A Dis 2.67 EUR<br />

SISF QEP Global Act Value A Dis 106.15 USD<br />

SISF Global Div Maximiser A Dis 5.61 USD<br />

SISF Global Equity A Dis 12.89 USD<br />

SISF Global Equity Yield A Dis 86.72 USD<br />

SISF Glbl High Yld A Dis 19.26 USD<br />

SISF Global Bond A Dis 7.88 USD<br />

SISF Global Smaller Cos A Dis 98.97 USD<br />

SISF Global Corporate Bond A Dis 5.38 USD<br />

SISF Hong Kong Dollar Bond A Dis 15.49 HKD<br />

SISF Italian Equity A Dis 19.83 EUR<br />

SISF Japanese Equity A Dis 491.29 JPY<br />

SISF Japanese Large Cap A Dis 661.19 JPY<br />

STS Consvtve Ptf EURO Sch MM A1 Acc 101.06 EUR<br />

SAS Agriculture Fund EUR Hdg A Acc 102.22 EUR<br />

SAS Agriculture Fund GBP Hdg A Acc 104.7 GBP<br />

Fundo Divisa Valor<br />

SKANDIA GREATER CHINA EQUITY FUND USD 28.9564<br />

SKANDIA GREATER CHINA EQUITY FUND USD 14.8874<br />

SKANDIA GLOBAL BOND FUND EUR 12.1984<br />

SKANDIA GLOBAL BOND FUND USD 10.8831<br />

SKANDIA GLOBAL BOND FUND USD 15.3177<br />

SKANDIA GLOBAL EQUITY FUND USD 13.5523<br />

SKANDIA GLOBAL EQUITY FUND USD 12.9536<br />

SKANDIA US LARGE CAP GROWTH FUND USD 10.9972<br />

SKANDIA US LARGE CAP GROWTH FUND USD 10.369<br />

SKANDIA PACIFIC EQUITY FUND USD 27.9561<br />

SKANDIA PACIFIC EQUITY FUND USD 26.8545<br />

SKANDIA EUROPEAN EQUITY FUND USD 13.9639<br />

SKANDIA EUROPEAN EQUITY FUND USD 13.3374<br />

SKANDIA JAPANESE EQUITY FUND EUR 9.4904<br />

SKANDIA JAPANESE EQUITY FUND USD 9.0936<br />

SKANDIA JAPANESE EQUITY FUND USD 8.8075<br />

SKANDIA SWEDISH EQUITY FUND SEK 11.461<br />

SKANDIA SWEDISH BOND FUND SEK 15.2419<br />

SKANDIA EUROPEAN OPPORTUNITIES FUND USD 14.6312<br />

SKANDIA EUROPEAN OPPORTUNITIES FUND USD 12.332<br />

SKANDIA US ALL CAP VALUE FUND EUR 8.7059<br />

SKANDIA US ALL CAP VALUE FUND USD 12.007<br />

SKANDIA US VALUE FUND EUR 6.7773<br />

Fundo Último Divisa<br />

valor€<br />

SKANDIA US VALUE FUND USD 8.5768<br />

SKANDIA US CAPITAL GROWTH FUND USD 10.3222<br />

SKANDIA US CAPITAL GROWTH FUND USD 10.3335<br />

SKANDIA TOTAL RETURN USD BOND FUND EUR 11.0068<br />

SKANDIA TOTAL RETURN USD BOND FUND USD 10.4408<br />

SKANDIA USD RESERVE FUND USD 1.1111<br />

SKANDIA USD RESERVE FUND USD 1.1093<br />

SKANDIA EMERGING MARKET <strong>DE</strong>BT FUND EUR 10.6577<br />

SKANDIA EMERGING MARKET <strong>DE</strong>BT FUND USD 14.5711<br />

SKANDIA EMERGING MARKET <strong>DE</strong>BT FUND USD 11.561<br />

SKANDIA EMERGING MARKET <strong>DE</strong>BT FUND USD 9.4938<br />

SKANDIA EMERGING MARKET <strong>DE</strong>BT FUND USD 12.082<br />

SKANDIA SWISS EQUITY FUND CHF 13.2661<br />

SKANDIA HEALTHCARE FUND USD 9.1993<br />

SKANDIA TECHNOLOGY FUND USD 8.5742<br />

SKANDIA TECHNOLOGY FUND EUR 8.2413<br />

SGAM Fund<br />

distribution@sgam.com<br />

www.sgam.com<br />

SGAM Fund - EQUITIES / CHINA EUR 15.46<br />

SGAM Fund - EQUITIES JAPAN SMALL CAP JPY 998.22<br />

SGAM Fund - EQUITIES / GOLD MINES EUR 21.98<br />

SGAM SIF- EQUITIES GLOBAL SRI EUR 77.50<br />

SGAM Fund - BONDS / EUROPE HIGH YIELD USD 30.38<br />

SGAM Fund - BONDS EURO CORPORATE USD 34.76<br />

SGAM Fund - EQUITIES / EUROLAND FINANCIAL USD 16.56<br />

SGAM Fund - BONDS / CONVERGING EUROPE USD 43.90<br />

SGAM Fund - BONDS / EURO INFLATION LINKEDUSD 171.30<br />

SGAM Fund - EQUITIES / GLOBAL RESOURCES EUR 73.33<br />

SGAM Fund-EQUITIES EUROPE ENVIRONMENT USD 138.47<br />

SGAM Fund - MONEY MARKET / USD EUR 10.56<br />

SGAM Fund - MONEY MARKET / EURO USD 41.04<br />

SGAM Fund - EQUITIES / EUROLAND USD 15.32<br />

SGAM Fund - EQUITIES / JAPAN CONCENTRATE<strong>DE</strong>UR 43.40<br />

SGAM Fund - EQUITIES / EUROLAND SMALL CAPUSD 200.03<br />

SGAM Fund - EQUITIES / GLOBAL EUR 18.35<br />

SGAM Fund - EQUITIES / ASIA PAC DUAL<br />

STRATEGIES EUR 6.57<br />

SGAM Fund - EQUITIES / JAPAN CONCENTRATEDUSD 69.84<br />

SGAM Fund - EQUITIES JAPAN SMALL CAP USD 11.54<br />

SGAM Fund - EQUITIES / JAPAN TARGET USD 17.59<br />

SGAM Fund - EQUITIES / JAPAN COREALPHA USD 76.64<br />

SGAM Fund - EQUITIES / JAPAN COREALPHA JPY 6631.70<br />

SGAM Fund - EQUITIES / INDIA USD 122.65<br />

SGAM Fund - EQUITIES / CHINA EUR 143.05<br />

SGAM Fund - BONDS EURO AGGREGATE USD 174.51<br />

SGAM Fund - EQUITIES / EUROLAND CYCLICALS USD 25.23<br />

SGAM Fund - BONDS/ OPPORTUNITIES USD 157.11<br />

SGAM Fund - EQUITIES / EUROLAND VALUE USD 151.88<br />

SGAM Fund - EQUITIES / GOLD MINES USD 292.32<br />

SGAM Fund - IN<strong>DE</strong>X EUROLAND USD 177.12<br />

SGAM Fund - EQUITIES / LUXURY AND LIFESTYLEEUR 61.04<br />

SGAM Fund - ABSOLUTE RETURN INTEREST RATEUSD 164.96<br />

SGAM Fund - BONDS / WORLD USD 44.26<br />

SGAM Fund - ABSOLUTE RETURN MULTI ALPHAUSD<br />

SGAM Fund - EQUITIES CONCENTRATED<br />

157.98<br />

EUROLAND USD 133.70<br />

SGAM Fund - ABSOLUTE RETURN MULTI ALPHAEUR<br />

SGAM Fund-EQUITIES GLOBAL<br />

105.41<br />

ENVIRONMENT OPPORTUNITIE EUR 43.10<br />

SGAM Fund - BONDS / WORLD SGD 61.29<br />

SGAM Fund - EQUITIES / GLOBAL ENERGY EUR 11.99<br />

SGAM Fund - BONDS EURO GOVIES SPREAD USD 174.35<br />

SGAM Fund - BONDS / EUROPE EUR 39.25<br />

SGAM Fund - EQUITIES / CONCENTRATED EUROPEUSD<br />

SGAM Fund - EQUITIES / GLOBAL EMERGING<br />

38.31<br />

COUNTRIES EUR 6.31<br />

SGAM Fund - EQUITIES / EMERGING EUROPE USD 31.78<br />

A informação nos fundos WestLB Mellon<br />

Compass Funds é indicada sob<br />

“BNY Mellon Asset Management<br />

Fonte: Euronext Lisboa / Clientes<br />

Nota 1: Segundo a fiscalidade portuguesa, os fundos de investimento<br />

mobiliário nacionais são tributados na fonte. Por essa razão,<br />

as rentabilidades apresentadas são líquidas de impostos para<br />

participantes singulares. Inversamente, os fundos estrangeiros comercializados<br />

em Portugal não estão sujeitos à retenção na fonte,<br />

e portanto as rentabilidades apresentadas são brutas. Nestes fundos,<br />

é da responsabilidade dos participantes declarar à autoridade<br />

fiscal os rendimentos obtidos, que serão assim englobados na<br />

sua declaração de rendimentos.<br />

Nota 2: Os fundos internacionais estão ordenados por ordem alfabética,<br />

sem identificar se se trata de fundos de acções, obrigações<br />

ou outros.


38 <strong>Diário</strong> <strong>Económico</strong> Quinta-feira 3 Dezembro 2009<br />

OUTROS MERCADOS<br />

Câmbios e taxas de juro<br />

Euro recua pela primeira vez<br />

em três dias face ao dólar<br />

O euro seguia ontem a<br />

perder terreno face à divisa<br />

norte-americana, protagonizando<br />

a primeira<br />

queda em três sessões. A<br />

moeda única corrigia em<br />

baixa das subidas acumuladas<br />

nos dois dias anteriores,<br />

na véspera de uma<br />

reunião do Banco Central<br />

Europeu em que deverão<br />

ser conhecidos pormenores<br />

sobre quando, e como,<br />

este começará a retirar liquidezdomercado.Aofinal<br />

do dia de ontem, o euro<br />

recuava 0,26% para<br />

1,5042 dólares. O iene recuou<br />

face às principais divisas<br />

depois de o primeiro-ministro<br />

do país ter<br />

dito que o iene não poderá<br />

manter-se tão forte. ■<br />

LIBOR<br />

Prazo USD EUR GBP JPY CHF<br />

Overnight 0.1825 0.30375 0.50375 0.11875 0.05417<br />

1 semana 0.21531 0.3625 0.50938 0.13125 0.06333<br />

2 semanas 0.22469 0.3775 0.51 0.14375 0.075<br />

1 mês 0.23438 0.4525 0.51438 0.17 0.11<br />

2 meses 0.24344 0.5375 0.54125 0.21875 0.175<br />

3 meses 0.255 0.68 0.61 0.29 0.25<br />

4 meses 0.30594 0.77688 0.69938 0.38 0.2725<br />

5 meses 0.39375 0.87438 0.76313 0.43375 0.305<br />

6 meses 0.47813 0.98125 0.84 0.<strong>48</strong>625 0.34333<br />

7 meses 0.56281 1.02125 0.90813 0.54 0.3975<br />

8 meses 0.66219 1.06375 0.97188 0.5825 0.45833<br />

9 meses 0.75031 1.10938 1.03625 0.61875 0.51083<br />

10 meses 0.83125 1.14375 1.09688 0.6<strong>48</strong>75 0.56<br />

11 meses 0.915 1.18125 1.15813 0.6775 0.60167<br />

1 ano 1.00313 1.2225 1.2175 0.70125 0.64667<br />

Rentabilidades Internacionais<br />

Matérias-primas<br />

Brent* (USD/Barril) Londres<br />

Últimas 6 sessões 79.35<br />

Petrolíferas Londres<br />

BRENT Máx. Min. Fecho<br />

JAN0 79.67 77.<strong>48</strong> 79.35<br />

FEB0 80.45 78.3 80.17<br />

MAR0 81.29 79.1 80.98<br />

APR0 81.8 80.02 81.75<br />

MAY0 82.22 80.65 82.45<br />

JUN0 82.96 81.28 83.11<br />

JUL0 83.46 81.89 83.71<br />

GASOLEO Máx. Min. Fecho<br />

APR2 0 0 90.57<br />

MAY2 0 0 90.73<br />

JUN2 0 0 90.89<br />

JUL2 0 0 91.02<br />

AUG2 0 0 91.15<br />

SEP2 0 0 91.28<br />

OCT2 0 0 91.41<br />

Petrolíferas Nova Iorque<br />

CRU<strong>DE</strong> Máx. Min. Fecho<br />

JAN7 63.00 61.70 61.55<br />

FEB7 64.20 62.95 62.77<br />

MAR7 65.05 63.84 63.71<br />

APR7 65.72 64.59 64.45<br />

MAY7 66.35 65.98 65.06<br />

JUN7 66.55 65.81 65.56<br />

JUL7 0.00 0.00 66.00<br />

GASOLEO Máx. Min. Fecho<br />

JUN0 0 0 65.99<br />

JUL0 0 0 65.87<br />

AUG0 0 0 65.75<br />

SEP0 0 0 65.63<br />

OCT0 0 0 65.51<br />

NOV0 0 0 65.39<br />

<strong>DE</strong>C0 65.9 65.6 65.26<br />

JAN1 0 0 65.15<br />

Euribor 3 meses<br />

Últimas 30 sessões<br />

Euribor 6 meses<br />

Últimas 30 sessões<br />

Euribor 12 meses<br />

EUA Japão R. Unido Alemanha França Itália<br />

O/N 5.23 0.45 5.17 -- -- --<br />

3 Meses 5.05 0.56 5.49 -- 3.81 --<br />

1 Ano -- 0.67 5.59 4.08 4.04 --<br />

2 Anos 4.59 0.83 5.46 4.04 4.06 4.1<br />

5 Anos 4.54 1.21 5.24 4.05 4.07 4.14<br />

10 Anos 4.65 1.66 4.97 4.08 4.13 4.3<br />

30 Anos 4.84 2.36 4.43 4.26 4.31 4.61<br />

Tx. desconto 6.25 0.75 .... .... .... ....<br />

Prime-rates 8.25 2.2 5.25 .... .... 7.125<br />

Metais não ferrosos<br />

Base metal laminados 01/12/09 02/12/09<br />

Cobre 5,703 5,747<br />

Latão 63/37 4,458 4,506<br />

Latão 67/33 4,592 4,640<br />

Latão 70/30 4,693 4,741<br />

Latão 85/15 5,198 5,244<br />

Bronze 6,082 6,127<br />

Metais Londres<br />

Fixing<br />

manhã<br />

Fixing<br />

Tarde<br />

Fecho<br />

OURO 1212.5 1211.5 1192.5<br />

PRATA 1918 1872 1872<br />

PLATINA 1<strong>48</strong>5 1492 1470<br />

PALADIO 386 388 380<br />

Metais LME Por Tonelada<br />

BID ASK<br />

COBRE 6985.0 90.0<br />

ALUMINIO 2043.5 44.0<br />

ZINCO 2302.5 03.0<br />

NIQUEL 16260 16265<br />

CHUMBO 14950/ 4960<br />

ESTANHO 1790.0 91.0<br />

ALUM. ALLOY 1939.0 40.0<br />

Oleaginosas Roterdão<br />

Produto Entrega Ontem Véspera<br />

SOJA<br />

contrato venda venda<br />

Feb10 452.8 461<br />

Mar10 431.4 439.5<br />

COLZA<br />

Apr10 424.7 432.5<br />

Feb10/Apr10 635 630<br />

May10/Jul10 656 660<br />

GIRASSOL<br />

Aug10/Oct10 663 665<br />

Jan10/Mar10 990 990<br />

Apr10/Jun10 1020 1010<br />

COCO<br />

Jul10/Sep10 1045 1040<br />

<strong>DE</strong>C09 2212 <strong>48</strong><br />

MAR10 2240 45<br />

PALMA BRUTA<br />

JUL10 2228 56<br />

Jan10/Mar10 780 765<br />

Apr10/Jun10 790 775<br />

Jul10/Sep10 795 780<br />

Ouro* (USD/Onça) Londres<br />

0.716<br />

0.993<br />

Últimas 30 sessões<br />

1,235<br />

EURIBOR<br />

Prazo Última Anterior<br />

1 Semana 0,37 0,369<br />

1 Mês 0,434 0,433<br />

2 Meses 0,575 0,575<br />

3 Meses 0,715 0,714<br />

4 Meses 0,807 0,804<br />

5 Meses 0,896 0,892<br />

6 Meses 0,991 0,987<br />

7 Meses 1,035 1,032<br />

8 Meses 1,081 1,075<br />

9 Meses 1,124 1,118<br />

10 Meses 1,159 1,152<br />

11 Meses 1,193 1,185<br />

12 Meses 1,233 1,224<br />

Últimas 6 sessões 1192.5<br />

Euro dólar<br />

Últimas 30 sessões<br />

Câmbios<br />

Agrícolas Londres<br />

CACAU Máx. Min. Fecho<br />

<strong>DE</strong>C9 2174 2142 2145<br />

MAR0 2211 2179 2183<br />

MAY0 2230 2201 2204<br />

JUL0 2196 2169 2173<br />

SEP0 2157 2133 2135<br />

<strong>DE</strong>C0 2119 2110 2095<br />

MAR1 2099 2082 2076<br />

AÇUCAR Máx. Min. Fecho<br />

MAR0 629 615.2 626.8<br />

MAY0 617.7 604.8 615.8<br />

AUG0 585.2 573 582.2<br />

OCT0 556.3 546.8 554.4<br />

<strong>DE</strong>C0 536.5 535.1 536.5<br />

MAR1 517 516.1 517.6<br />

MAY1 0 0 492.2<br />

Agrícolas Chicago<br />

1,5085<br />

Taxas do euro<br />

Taxas irrevog. Taxas bilat.<br />

Moeda do euro indic. esc.<br />

Franco belga 40.3399 4.96982<br />

Marco alemão 1.95583 102.505<br />

Peseta 166.386 1.20492<br />

Franco francês 6.55957 30.5633<br />

Libra irlandesa 0.787564 254.560<br />

Lira italiana 1936.27 0.10354<br />

Franco luxemburguês 40.3399 4.96982<br />

Florim 2.20371 90.97<strong>48</strong><br />

Xelim austríaco 13.7603 14.5696<br />

Escudo 200.<strong>48</strong>2 –<br />

Markka finlandesa 5.94573 33.7187<br />

Dracma 340.750 0.588355<br />

X por Cross<br />

Moeda 1 euro dólar<br />

Dólar dos EUA 1.509 ---<br />

Dólar australiano 1.6262 1.077667329<br />

Lev da Bulgária 1.9558 1.296090126<br />

Dólar canadiano 1.5766 1.044797879<br />

Franco suíço 1.5072 0.998807157<br />

Coroa checa 25.972 17.21139828<br />

Coroa dinamarquesa 7.4419 4.931676607<br />

Coroa da Estónia 15.6466 10.36885355<br />

Libra esterlina 0.9043 0.59927104<br />

Dólar de Hong-Kong 11.6949 7.750099404<br />

Forint da Hungria 270.5 179.2577866<br />

Coroa da Islândia 290 192.1802518<br />

Iene do Japão 131.55 87.17693837<br />

Won da Coreia do Sul 1741.27 1153.923128<br />

Litas da Lituânia 3.4528 2.28813784<br />

Lats da Letónia 0.708 0.46918<strong>48</strong>91<br />

Coroa norueguesa 8.421 5.580516899<br />

Dólar da N. Zelândia 2.0742 1.374552684<br />

Zloty da Polónia 4.1086 2.722730285<br />

Coroa sueca 10.3413 6.853081511<br />

Dólar de Singapura 2.083 1.380384361<br />

Coroa da Eslováquia 30.126 19.96421471<br />

Lira turca 2.2505 1.491385023<br />

Rand da África do Sul 11.0459 7.320013254<br />

Real brasileiro 2.595 1.719681909<br />

Nota: Taxas de câmbio de referência do Banco<br />

Central Europeu, de cerca das 12:30 horas<br />

OT/Benchmark/MEDIP<br />

Prazo Cupão Maturidade Fecho Yield<br />

1 Ano 3.25 39644 99.002 4.045<br />

2 Anos 3.95 40009 99.922 3.979<br />

4 Anos 3.2 406<strong>48</strong> 97.007 4.015<br />

5 Anos 5 41075 104.46 4.031<br />

6 Anos 5.45 41540 107.96 4.027<br />

7 Anos 4.375 41806 101.88 4.067<br />

8 Anos 3.35 42292 94.67 4.099<br />

9 Anos 4.2 42658 100.255 4.161<br />

MILHO Máx. Min. Fecho<br />

<strong>DE</strong>C9 399 391.75 399.75<br />

MAR0 413.75 406.5 414.5<br />

MAY0 423.75 417 424.5<br />

JUL0 432.75 425.25 432.75<br />

SEP0 438 432 438.5<br />

<strong>DE</strong>C0 443.5 437.5 444.5<br />

MAR1 452 4<strong>48</strong> 453.5<br />

TRIGO Máx. Min. Fecho<br />

<strong>DE</strong>C9 563.25 549.5 562.5<br />

MAR0 586.5 571 584<br />

MAY0 597.5 583.75 596.5<br />

JUL0 608 593 605.75<br />

SEP0 621 606.75 620.25<br />

<strong>DE</strong>C0 644.5 629.5 642.5<br />

MAR1 0 0 656.25<br />

SOJA Máx. Min. Fecho<br />

JAN0 1064.5 1036.5 1059.5<br />

MAR0 1070.75 1043 1066<br />

MAY0 1074.75 1047.75 1069.7<br />

JUL0 1080 1053.75 1075.5<br />

Agrícolas Nova Iorque<br />

ALGODÃO Máx. Min. Fecho<br />

MAR0 84 49.67 73.<strong>48</strong><br />

MAY0 94 51.38 74.68<br />

JUL0 100 51.72 75.49<br />

OCT0 91.75 64.73 75.9<br />

<strong>DE</strong>C0 100.5 53.87 76.53<br />

MAR1 94.5 61.89 77.65<br />

MAY1 76.74 68.05 78.<strong>48</strong><br />

Eurolist Dívida Pública<br />

Valor Taxa Maturid. Últ. Data Mont. Cot. Yeld<br />

mobiliário juro % cot. últ. cot. negoc. ant.<br />

OT-MAIO 5.85%10 5.85 20 MAY 2010 0 20 NOV 2009 0 105.8 0<br />

OT-JUN 5 1/7%11 5.15 15 JUN 2011 0 10 OCT 2008 0 104.<strong>48</strong> 0<br />

OT-SET 5 4/9%13 5.45 23 SEP 2013 0 09 NOV 2009 0 107.4 0<br />

Eurolist Outros fundos públicos<br />

Título Taxa juro Montante Preço fecho Data cot. Cotação<br />

neg.(milh.) % v. nomin. anterior anterior<br />

CMOEIRAS93 4,375 41 99,11 2003-02-25 99,00<br />

CMSINTRA97 3,375 0<br />

CP-T.VR.95 2,795 0 2003-03-05 99,40<br />

EXPO9897.2 3,146 0 2001-07-12 99,90<br />

G.R.M...94 2,6875 0 2003-02-14 99,50<br />

GRA..1A.92 3,5625 0 2003-02-21 99,90<br />

GRA..1A.93 4,15 0 2002-11-06 100,00<br />

LISBOA.99 2,708 0<br />

LISNA.91-A 2,875 0 2003-03-06 97,00<br />

LISNA.91-B 2,875 0 2003-03-06 97,00<br />

LISNAVE.92 2,844 0 2003-03-07 96,92<br />

P.EXPO9897 2,739 0 2002-12-04 100,00<br />

RAA.96 3,0 0 2001-02-09 100,17<br />

RAM..96/06 2,656 0 1996-11-04 100,60<br />

RAM.01/16 3,381 0 2002-09-17 100,20<br />

RAM.1.S.97 2,713 0 1997-12-31 100,00<br />

RAM.2E 96 2,7<strong>48</strong> 0 1997-12-31 100,00<br />

RAM.98 2,755 0 1999-06-30 100,00<br />

RAM.99 2,913 0<br />

SINTRA2S97 3,375 0<br />

Eurolist/Obrigações Diversas<br />

Título Taxa juro Montante Preço fecho Data cot. Cotação<br />

neg.(milh.) % v. nomin. anterior anterior<br />

BCPIEM0405 2,0 110 98,65 2003-03-07 98,59<br />

J.MART.W96 2,40625 72 97,76 2003-03-07 96,32<br />

CONTIN..95 3,5625 65 99,89 2003-03-06 99,91<br />

BCPICG1005 0,0 57 91,95 2003-02-26 91,68<br />

BCPA TEL00 0,0 49 93,72 2003-03-07 93,65<br />

BCPI7%1003 7,0 45 100,56 2003-02-21 100,80<br />

BCPICG33PL 0,0 37 93,56 2003-03-07 93,49<br />

BCPI IDJ04 6,25 25 103,47 2003-03-07 103,44<br />

BCPA TM 00 0,0 25 92,00 2003-03-07 91,92<br />

BPICSSEU00 0,0 19 98,86 2003-02-28 98,81<br />

BCPI IM 05 0,0 16 95,92 2003-02-27 96,08<br />

BPI CM1E00 0,0 15 95,40 2003-03-07 95,34<br />

BPI.CAZE01 0,0 15 100,95 2003-03-07 100,81<br />

BCPIEGLB01 0,0 13 93,50 2003-02-28 93,20<br />

BPI.CS2.01 0,0 13 100,74 2003-03-06 100,42<br />

BCPIAP0703 7,25 11 99,50 2003-03-07 99,47<br />

BCPIEUR.01 0,0 11 101,11 2003-03-07 101,07<br />

TOTMUND02 0,0 10 94,41 2003-03-07 94,35<br />

BPI.CSZE00 0,0 10 107,27 2003-03-07 107,27<br />

BPI.OBCS01 3,65 9 100,01 2003-03-06 100,00<br />

BPI CM4E00 0,0 6 95,01 2003-03-07 94,94<br />

CGDVERAC00 0,0 5 98,40 2003-03-05 98,40<br />

BPI.CSQ01 0,0 5 102,73 2003-03-07 102,66<br />

BCPIAP0803 7,25 5 99,91 2003-03-06 100,01<br />

BPI.CSRM02 0,0 5 100,02 2003-03-06 100,01<br />

BCPAISTX00 0,0 5 94,88 2003-03-03 94,69<br />

BCPA CGI99 0,0 5 94,21 2003-03-07 94,21<br />

BCPIAP0804 0,0 5 94,81 2003-03-07 94,76<br />

BCPIAP0704 0,0 3 94,99 2003-03-06 94,97<br />

SCP.RF0205 6,45 3 92,00 2003-03-06 92,00<br />

BSPPNI9M00 3,0 3 98,91 2003-02-28 98,81<br />

BCPA MED00 0,0 2 91,79 2003-02-27 91,54<br />

BPI.CSIM01 0,0 2 92,25 2003-03-07 92,12<br />

BPICSZE200 0,0 2 92,20 2003-03-07 91,10<br />

BCPIAP09037 7,25 1 100,28 2003-03-06 100,29<br />

BCPIAP0904 0,0 1 94,22 2003-03-06 94,24<br />

INPAR.9804 3,138 1 95,02 2003-03-06 95,50<br />

BPI CM3E00 0,0 1 95,18 2003-03-06 95,02<br />

BPIRF30003 4,0 1 99,78 2003-02-25 99,83<br />

CPPEUR.+01 0,0 1 102,50 2003-03-07 102,<strong>48</strong><br />

ENG.WARR98 1,555 0 95,00 2003-02-26 92,75<br />

BCPI IDJ05 0,0 0 92,41 2003-03-07 92,38<br />

BSPBEURP01 0,0 0 102,81 2003-02-21 102,66<br />

PUB<br />

Eurolist Unidades de Participação<br />

Título Quant. Fecho Fecho<br />

transac. E Esc.<br />

EUROSUL 0 0<br />

M.ACC.EURO 0 0<br />

N.ECONOMIA 51 46,15 9252<br />

RE<strong>DE</strong>S C.98 100 49,01 9826<br />

SAU<strong>DE</strong>LAZER 678 <strong>48</strong>,01 9625<br />

VALFUT2005 <strong>48</strong>8 46,41 9304<br />

Eurolist - Titulos de Participação<br />

Título Taxa juro Montante Preço fecho Data cot. Cotação<br />

neg.(milh.) % v. nomin. anterior anterior<br />

B.MELLO.87 3,652 0 2003-03-07 95,00<br />

BFN.....87 3,564 0 2003-03-07 100,00<br />

BFN.2...87 2,958 0 2003-03-06 100,00<br />

BTA ....87 2,42559 0 2003-02-14 61,52<br />

CPP.....88 2,56908 0 2003-02-10 53,41<br />

CPP.....89 2,92688 0 58,51 2003-02-28 60,00<br />

PETROGAL93 3,9 0 2002-03-15 101,25<br />

Mercado s/ Cotações<br />

Título Data Últim. Var. Var % Quant. Máx. Mín. Comp.<br />

cot. ant. transac. ano ano anual<br />

Norvalor 27 OCT 2009 0 0 0 0 1.26 0.54<br />

Oliveira e Irmão 19 JUN 2001 0 0 0 0 0 0<br />

R.P. Centro Sul 01 SEP 2006 0 0 0 0 4.75 4.75<br />

Sopragol 16 AUG 2006 0 0 0 0 2.3 2.3<br />

Transinsular 18 AUG 2009 0 0 0 0 15.5 15.5<br />

Vista Alegre 14 OCT 1998 0 0 0 0 0 0<br />

Eurolist/Obrigações Diversas<br />

Título Taxa juro Montante Preço fecho Data cot. Cotação<br />

neg.(milh.) % v. nomin. anterior anterior<br />

SAL.CAE.99 3,233 69 97,41 2002-12-06 99,90<br />

BPI.CSP.99 0,0 47 97,25 2003-03-07 97,22<br />

BPSM-2E.95 3,5625 33 99,87 2003-03-06 99,87<br />

BFBCSFR.98 0,0 12 102,60 2003-03-07 102,60<br />

BSMTOP97.1 3,418 5 78,20 2003-03-07 78,20<br />

CISF.PSI99 0,0 4 95,59 2003-03-05 95,56<br />

BPIEURO04 0,0 3 96,68 2003-03-03 96,55<br />

BPICSBRA99 0,0 3 111,20 2003-02-28 110,35<br />

BPI-MULTI. 0,0 1 97,95 2003-03-07 97,90<br />

CIN...9904 3,444 0<br />

ADP.98.05 3,101 0 2003-03-05 100,00<br />

BPA.SUB.96 3,0625 0<br />

BTA.TOPS97 3,418 0 2003-02-17 80,00<br />

M.LEA.1E98 3,25 0<br />

M.LEA.2E98 3,125 0<br />

DBLEASIN94 3,0625 0 2003-02-27 99,00<br />

BCP.SUB.95 3,5 0 2003-02-27 98,50<br />

CR.1E.1S98 3,6875 0 2000-02-14 100,00<br />

V.ALEGRE05 3,291 0<br />

CCCAM...96 3,2738 0 2003-02-28 99,00<br />

B.MELLO95S 3,3125 0 2002-09-13 99,10<br />

BNC.SUB.97 3,5 0 2002-09-16 97,00<br />

BNCTXVAR99 3,343 0 2003-01-28 100,00<br />

FINANTIA95 3,1875 0 2002-11-18 98,50<br />

CHE.RM1.98 0,0 0 2002-11-12 100,62<br />

CHE.CG1.98 0,0 0 2000-03-24 103,80<br />

TECN.J/SUP 9,75 0 1996-02-27 100,00<br />

M.COMPA.98 3,337 0<br />

SODIM-TV97 3,5 0 2001-08-17 100,00<br />

GDL.TX.V98 2,731 0 2001-04-10 99,97<br />

SACOR M.97 3,125 0 2003-02-10 98,79<br />

CPP.TOPS97 3,418 0 2003-01-22 75,00<br />

IMO.98-1.E 2,9192 0 2001-01-11 99,90<br />

IMO.98-2.E 3,311 0 2002-01-25 97,02<br />

SECI/CMP95 2,75 0 2003-03-06 99,85<br />

BNU.SUB.98 3,375 0 2003-02-25 93,90<br />

HELLER981E 2,75 0<br />

BNU.1.E.9 0,0 0<br />

BSPE.EQU99 0,0 0 2003-03-07 101,37<br />

BSP.E.FU99 3,752 0 2003-02-28 82,78<br />

BII-1.S.95 2,875 0 2000-05-02 100,00<br />

CMP/97 2,932 0 1998-07-16 99,50<br />

CHE.CG2.98 0,0 0 2001-05-31 101,25<br />

MOT.COMP04 3,<strong>48</strong>7 0<br />

BNUCXSUB97 3,3125 0 2002-12-31 97,61<br />

SONAEIM/98 3,049 0 2002-02-25 98,50<br />

BES.SUB.98 3,494 0 2001-11-16 99,58<br />

BFB-SUB.97 2,9375 0 2000-06-29 100,00<br />

BPI-O.C.94 3,909 0 2002-12-18 100,00<br />

BPI-C.Z.95 0,0 0<br />

BPI-C.Z.96 0,0 0<br />

BPI.PERP96 3,683 0 2003-01-07 99,00<br />

BPI.SUB.96 3,1875 0 2003-02-17 99,10<br />

BPIRF.5.00 4,4 0 2001-10-26 101,16<br />

MUNDICEN97 3,5625 0 2002-02-11 99,90<br />

BPIZEURO07 0,0 0 2003-03-05 101,09<br />

SOMAGUE/97 3,75 0 2003-03-06 100,00<br />

SOMA.WA.98 2,591 0 2003-01-15 67,25<br />

GAS POR.97 3,0 0 2001-11-12 99,60


PUB


40 <strong>Diário</strong> <strong>Económico</strong> Quinta-feira 3 Dezembro 2009<br />

INOVAÇÃO & TECNOLOGIA<br />

TECNOLOGIA<br />

Investigadores suecos e italianos criam<br />

mão robótica que consegue sentir<br />

Investigadores da Lund University, na Suécia, e da Scuola Superiore<br />

Sant’Anna, em Itália criaram a Smarth Hand, uma mão robótica que<br />

permite sentir. A Smart Hand, que demorou dez anos a ser desenvolvida, é<br />

uma prótese que usa quatro motores e quarenta sensores. A tecnologia<br />

permite efectuar movimentos mais naturais e recolher informações sobre<br />

os objectos tocados. De acordo com os investigadores, a Smart Hand envia<br />

sinais para o cérebro o que dá uma sensação mais realista aos utilizadores.<br />

Tudo o que precisa de<br />

saber antes de comprar<br />

uma máquina digital<br />

Õ que pretende fazer com a sua máquina e os montantes que está disposto<br />

a pagar são as perguntas que tem de fazer antes da compra.<br />

Hugo Real<br />

hugo.real@economico.pt<br />

Antes de avançar para a compra<br />

de uma máquina digital é melhor<br />

definir bem o que pretende.<br />

É que apesar de todas as câmaras<br />

tirarem fotografias, as diferenças<br />

entre os equipamentos disponíveis<br />

no mercado são muitas.<br />

Quanto quer pagar e que tipo<br />

de trabalho quer fazer com a<br />

máquina são as duas perguntas<br />

a que tem de conseguir dar resposta<br />

antes de se deslocar a uma<br />

loja. E se a resposta à primeira<br />

questão pode ser fácil, no caso<br />

da segunda é bastante mais<br />

complicado.<br />

A primeira separação que<br />

deve fazer é se pretende ser<br />

conduzido ou conduzir a sua<br />

máquina. No primeiro caso,<br />

deve optar por uma câmara<br />

compacta ou subcompacta, que<br />

realizam bons trabalhos e podem<br />

ser compradas a preços razoáveis.<br />

Se quer ocupar o lugar<br />

de condutor, mais próximos dos<br />

verdadeiros profissionais, a opção<br />

deve recair por uma máquina<br />

com controlos manuais e<br />

com uma boa objectiva.<br />

De resto, a objectiva é um dos<br />

elementos mais importantes a<br />

ter em conta, muito mais do que,<br />

por exemplo, os famosos ‘megapixels’.<br />

Isto porque é indiferente<br />

ter10ou12megapixelsseaqualidade<br />

da objectiva não for boa.<br />

Uma objectiva de má qualidade é<br />

sempre sinónimo de fotografias<br />

de má qualidade. Assim, deve<br />

procurar equipamentos com as<br />

objectivas com a maior abertura<br />

(quanto mais baixo o número “f”<br />

melhor) e com o maior ângulo<br />

que o seu orçamento permitir.<br />

Antes de fechar negócio tente<br />

também experimentar várias<br />

máquinas e opte por aquela que<br />

o fizer sentir mais confortável. É<br />

também importante investir<br />

SUGESTÕES <strong>DE</strong> COMPRA<br />

Canon S90<br />

A câmara compacta da Canon<br />

pode ser comprada por 495<br />

euros. A máquina de 25-105mm<br />

(equivalente a uma 35mm), está<br />

equipada com uma lente f2.0.<br />

Uma boa escolha para iniciantes.<br />

Sony Cyber-Shot DSC-TX1<br />

Com uma resolução de 10,2<br />

megapixels, a máquina da Sony<br />

tem um sensor “Exmor R” de 10,6<br />

mm que reforça a sensibilidade e<br />

reduz o ruído da imagem. A<br />

câmara custa 379 euros.<br />

Olympus Reflex E620 e<br />

objectiva Zuiko Digital<br />

A Olympus é uma SLR com um<br />

sensor 14-42mm e uma objectiva<br />

f3.5-5.6. Esta é uma boa máquina<br />

para quem se quiser iniciar na<br />

fotografia SLR sem gastar muito<br />

dinheiro. O preço, que inclui uma<br />

objectiva Zuiko, é de 829 euros.<br />

INTERNET<br />

eBay condenado a pagar 2,6 milhões<br />

de dólares à marca Louis Vuitton<br />

A empresa de leilões ‘online’ eBay foi condenada por um tribunal francês<br />

condenou a pagar 2,6 milhões de dólares à Louis Vuitton, pela venda de<br />

1.300 produtos registados com a marca, que inclui nomes como Christian<br />

Dior, Guerlain, Givenchy e Kenzo. De acordo com a Louis Vuitton, esta<br />

decisão protege o mercado de práticas desleais, ao mesmo tempo<br />

que “assegura a qualidade” dos produtos. Já o eBay considera que a<br />

multa é excessiva, argumentando que a decisão penaliza o consumidor.<br />

numa câmara que domine. Ou<br />

seja, não compre um equipamento<br />

que não sabe usar, já que<br />

vai registar uma perda dupla: o<br />

dinheiro pago e as fotos que não<br />

vai tirar porque está perdido nos<br />

menus, enquanto tenta ajustar<br />

as definições da máquina.<br />

Tipos de câmara<br />

Actualmente, existe uma ampla<br />

variedade de câmaras digitais. No<br />

início da “cadeia alimentar” surgem<br />

os equipamentos ‘subcompactos’.<br />

Ou seja, máquinas leves<br />

e pequenas (perfeitas para colocar<br />

no bolso das calças). No entanto,<br />

nestas máquinas dificilmente<br />

encontra controlos manuais<br />

e, apesar de mais pequena,<br />

geralmente são mais caras do que<br />

os modelos do segmento ‘compacto’.<br />

Estas oferecem uma<br />

maior capacidade de ‘zoom’ e um<br />

ecrã LCD de maior dimensão. A<br />

maioria são concebidas para as<br />

fotos ‘point-and-shoot’ (apontar<br />

e disparar), mas algumas já incluem<br />

alguns controlos manuais.<br />

Num nível superior surgem as<br />

máquinas do segmento ‘superzoom’.<br />

Isto porque estes modelos,<br />

por regra, estão equipados<br />

comumzoomópticoaté10x.<br />

Esta característica torna estas<br />

câmaras uma boa escolha para<br />

pessoas que gostam de fotografar<br />

eventos desportivos ou a natureza.<br />

Normalmente são mais<br />

volumosas que as compactas.<br />

De seguida surgem as ‘câmaras<br />

para entusiastas’. Mais pequenas<br />

que as ‘super zoom’, estes<br />

equipamentos oferecem<br />

umagrandevariedadedecontrolos<br />

manuais, que permitem<br />

dominar a câmara.<br />

No topo da cadeia surgem as<br />

SLR. Equipadas com objectivas<br />

de grande capacidade e versatilidade,permitemvariarentrea<br />

foto automática ou um controle<br />

100% manual.■<br />

PERGUNTAS A FAZER<br />

● Antes de fechar a compra<br />

experimente várias máquinas e<br />

faça algumas perguntas para ter<br />

a certeza que compra o produto<br />

adequado às suas necessidades.<br />

● Qual a focal da lente? Um<br />

zoom grande angular de 28mm<br />

é o mínimo que deve procurar.<br />

● Qual a melhor abertura?<br />

Quanto mais baixo o número<br />

“f” melhor. A maior parte<br />

das câmaras compactas e<br />

subcompactas não vão além<br />

de f3.5. As melhores objectivas<br />

para SLR podem atingir f1.2.<br />

● Memória: A maior parte das<br />

máquinas utiliza cartões SD,<br />

sendo que algumas utilizam<br />

cartões CompactFlash ou xD.<br />

Em qualquer dos casos o ideal<br />

é ter mais do que um cartão<br />

na mala de viagem.<br />

A Louis Vuitton diz que a decisão vai<br />

“assegurar a qualidade” dos produtos.<br />

PORTUGUESES COMPRAM 395


PORTÁTEIS<br />

Asus prepara lançamento<br />

de portátil a três dimensões<br />

A Asus está a preparar o lançamento de dois portáteis 3D, utilizando<br />

a tecnologia 3D Vision da Nvidia. A empresa vai apostar num modelo<br />

de topo, o G51J, e um de gama mais baixa, o UL50VS. Os portáteis<br />

devem chegar ao mercado em Janeiro, embora ainda se desconheça<br />

a disponibilidade para Portugal. Bem Berraondo, porta-voz da Nvidia,<br />

afirma que a oferta da Asuséamelhor do mercado, já que utiliza todas<br />

as capacidades tecnológicas que estão actualmente disponíveis.<br />

MIL COMPUTADORES ENTRE JULHO E SETEMBRO<br />

SOFTWARE<br />

Dell experimenta sistema<br />

operativo do Google em portáteis<br />

A Dell anunciou que instalou, com sucesso, uma versão do Chrone,<br />

o sistema operativo do Google, nos seus ‘netbooks’ Mini 10V. Após o teste,<br />

os engenheiros da Dell deram nota positiva ao Chrone, nomeadamente<br />

aos 12 segundos que o sistema operativo necessita para arrancar.<br />

De recordar que a Acer já anunciou que quer lançar no segundo semestre<br />

de 2010 um ‘netbook’ equipado com o sistema do Google, de forma<br />

a ser o primeiro fabricante a disponibilizar a solução.<br />

Charles Platiau /Reuters<br />

No terceiro trimestre<br />

de 2009 os portugueses<br />

compraram 394,5<br />

mil computadores,<br />

o que significa um<br />

crescimento de 3,6%<br />

face aos mesmos meses<br />

do ano passado. Neste<br />

período, a HP<br />

destacou-se, ao vender<br />

115 mil equipamentos.<br />

No segundo lugar surge<br />

a Toshiba, que lidera<br />

agamadeportáteis,<br />

com mais de 74 mil<br />

unidades vendidas.<br />

Acer,JPSáCouto<br />

e Asus ocupam as<br />

restantes posições<br />

no ‘top 5’. De acordo<br />

com os dados da IDC,<br />

o maior crescimento<br />

verificou-se<br />

nos computadores<br />

de mesa, cujas vendas<br />

aumentaram 8,9%,<br />

para cerca de 77 mil<br />

unidades. Já as vendas<br />

de portáteis cresceram<br />

2,4%, para um total<br />

superior a 317 mil<br />

computadores. Gabriel<br />

Coimbra, director<br />

do departamento de<br />

investigação da IDC<br />

Portugal, diz que o<br />

“enfraquecimento das<br />

vendas de portáteis”<br />

se deve “ao natural<br />

abrandamento das<br />

entregas dos programas<br />

e.Escola e<br />

e.Escolinha”. O<br />

responsável destaca<br />

ainda o dinamismo do<br />

mercadode‘desktop’,<br />

“influenciado pela<br />

entrega das últimas<br />

unidades no âmbito<br />

do <strong>Plano</strong> Tecnológico<br />

da Educação”.<br />

ANTÓNIO VIDIGAL<br />

Presidente Executivo da EDP Inovação<br />

“A legend in his own lifetime” –<br />

uma lenda ainda em vida – expressãoamericanaqueapoucos<br />

se aplica. Porque, afinal, poucos<br />

como Michael Graetzel se podem<br />

orgulhar de ter, em vida,<br />

uma tecnologia baptizada com<br />

o próprio nome.<br />

O que deu notoriedade a<br />

Graetzel foi ter inventado uma<br />

célula fotovoltaica inspirada na<br />

função de fotossíntese das plantas.<br />

Na natureza, as moléculas<br />

de clorofila absorvem a luz, predominantemente<br />

nas bandas<br />

vermelhaeazuldoespectro.A<br />

energia absorvida começa por<br />

arrancar um electrão da clorofila,<br />

após o que o electrão é transportado<br />

para fora da clorofila<br />

graças à intervenção de moléculas<br />

de outro tipo. É este o mecanismo<br />

que a célula de Graetzel<br />

procura replicar.<br />

As células de Graetzel, também<br />

conhecidas como células<br />

DSC (“Dye-sensitized cells” -<br />

Células sensibilizadas com corante),<br />

são células fotovoltaicas<br />

de 3ª geração, consideradas<br />

muito promissoras, porque<br />

abrem a possibilidade de se<br />

conseguir fazer baixar substancialmente<br />

o custo de fabrico<br />

dos módulos fotovoltaicos.<br />

Porque, ao contrário das células<br />

das gerações anteriores, não<br />

usam materiais caros, como o<br />

silício, nem precisam de equipamento<br />

complexo para o seu<br />

fabrico, havendo a expectativa<br />

de se conseguir módulos com<br />

um custo de apenas 0,5 euros/Wp<br />

ou 60 euros/m2.<br />

São módulos da família do<br />

‘thin-film’ (película fina), onde<br />

a corrida não é ao aumento de<br />

eficiência, mas sim à diminuição<br />

dos custos e à flexibilidade<br />

de utilização. No caso das células<br />

DSC o objectivo é obteremse<br />

eficiências na gama dos 8% a<br />

11%, o que compara com valores<br />

da ordem dos 18% no caso<br />

do silício cristalino. Mas, as célulasdeGraetzel,têmumgrande<br />

número de vantagens face às<br />

tradicionais células de silício.<br />

Além de serem mais baratas e<br />

Quinta-feira 3 Dezembro 2009 <strong>Diário</strong> <strong>Económico</strong> 41<br />

OGooglevaientrarnomercadodos<br />

‘netbooks’ dominado pela Microsoft.<br />

As células de Graetzel<br />

e o projecto SolarSel<br />

fáceis de produzir, têm uma<br />

grande flexibilidade de utilização,<br />

porque funcionam melhor<br />

do que as outras tecnologias em<br />

condições de luz difusa, não<br />

precisando que a luz incida directamente<br />

sobre elas. Além<br />

disso, são semi-transparentes<br />

podendo ser utilizadas em<br />

substituição dos vidros das janelas<br />

e podem, também, ser<br />

produzidas com corantes de várias<br />

cores e assim ser utilizadas<br />

no revestimento de edifícios<br />

como elemento decorativo.<br />

Mas ainda existem problemas<br />

a resolver! Um dos principais, é<br />

melhorar a selagem das células,<br />

assegurando a sua estabilidade a<br />

longo prazo em condições de<br />

temperatura elevada. São estes<br />

os problemas que o projecto SolarSel<br />

se propõe resolver. O projecto,<br />

que é apoiado pelo QREN,<br />

equecontacomacolaboração<br />

do próprio Michael Graetzel, é<br />

liderado pela Efacec e integra<br />

também, a Feup, a CIN, a CUF-<br />

QIeaEDPInovaçãoese,como<br />

se espera, tiver êxito, trará para<br />

Portugal uma forte vantagem<br />

comparativa.<br />

Se o projecto<br />

tiver êxito trará<br />

para Portugal<br />

uma forte vantagem<br />

competitiva.<br />

Com efeito, os países Lusófonos<br />

têm condições naturais especialmente<br />

adequados à utilização<br />

de energia fotovoltaica,<br />

pelo que o desenvolvimento de<br />

um ‘cluster’ industrial nesta<br />

área é especialmente indicado.<br />

Apostar em tecnologias disruptivas,<br />

de nova geração, parece<br />

ser uma melhor escolha do que<br />

tentar encontrar vantagem,<br />

numa melhoria incremental,<br />

sobre uma tecnologia já madura.<br />

E as células de Graetzel podem<br />

ser uma das formas de o<br />

conseguir! ■


42 <strong>Diário</strong> <strong>Económico</strong> Quinta-feira 3 Dezembro 2009<br />

<strong>DE</strong>STAQUE2<br />

<strong>DE</strong>STAQUE O FUTURO DAS REFORMAS<br />

Corte nas pensões<br />

obriga a descontos<br />

adicionais de 4 a 6%<br />

Quem quiser neutralizar o efeito do aumento da esperança de vida na pensão<br />

terá de abrir os cordões à bolsa e fazer também descontos para um PPR.<br />

Denise Fernandes<br />

e Manuel Esteves<br />

denise.fernandes@economico.pt<br />

Com as novas regras da Segurança<br />

Social, aprovadas pelo<br />

anterior Governo em 2006, os<br />

trabalhadores terão de fazer<br />

descontos adicionais (além dos<br />

11% obrigatórios para a Segurança<br />

Social) para fundos<br />

complementares se quiserem<br />

manter inalterado o valor da<br />

pensão sem terem de trabalhar<br />

além dos 65 anos. Esta contribuição<br />

adicional para fundos<br />

públicos ou privados terá de se<br />

aproximar, em média, dos 6%<br />

do salário caso a reforma ocorra<br />

em 2020. Porém, o desconto<br />

émenor,próximode4%,caso<br />

a saída da vida activa aconteça<br />

apenas em 2030.<br />

As contas, feitas a pedido do<br />

<strong>Diário</strong> <strong>Económico</strong> pela consultora<br />

Pereira da Silva, Pedro<br />

Corte Real e Associados, reflectem<br />

o valor provisório avançado<br />

terça-feira pelo Instituto<br />

Nacional de Estatística (INE)<br />

para a esperança média de vida<br />

em 2009, valor que, desde<br />

2008, pesa no cálculo das pensões<br />

pagas pela Segurança Social.<br />

Segundo o organismo oficial<br />

de estatística, as pessoas<br />

com65anoscontamcomuma<br />

esperança média de vida de 18,2<br />

anos, o que significa que, quem<br />

se reformar em 2010, terá já um<br />

cortede1,65%nasuapensão.<br />

Um ano antes, a esperança média<br />

de vida era de 18,13 anos, o<br />

que implicou, na altura, uma<br />

redução na pensão de 1,32%. E<br />

segundo todas as projecções, a<br />

tendência é para continuar a<br />

aumentar.<br />

Alternativa é trabalhar<br />

até mais tarde<br />

O impacto da esperança média<br />

de vida no cálculo da pensão<br />

(através do polémico factor de<br />

sustentabilidade) reduz progressivamente<br />

o valor da pensão<br />

ao longo dos anos. Quem<br />

quiser manter o valor da sua<br />

pensão tem, então, duas hipóteses:<br />

ou opta por descontar ao<br />

longo da vida activa para um<br />

fundo complementar ou, então,<br />

trabalha depois dos 65<br />

anos de idade.<br />

No fundo, a reforma da Segurança<br />

Social veio aumentar<br />

a idade de aposentação, mas<br />

com carácter facultativo. Segundo<br />

os dados oficiais, as<br />

contas até são simples de fazer.<br />

Para quem tiver carreira<br />

completa (ou seja, descontos<br />

de 40 anos), um mês de trabalho<br />

permite compensar um<br />

cortede1%.Seocorteforentre1%e2%(comoéocaso<br />

em 2010), então o trabalhador<br />

tem de descontar durante dois<br />

meses. E assim sucessivamente<br />

(ver tabela). Caso a esperança<br />

média de vida registe<br />

uma evolução linear idêntica à<br />

verificada entre 2007 e 2009,<br />

as pessoas que tenham começado<br />

a trabalhar no início deste<br />

milénio terão de trabalhar<br />

mais 21 meses. O tempo de<br />

trabalho adicional é tanto<br />

maior quanto menor for a carreira<br />

contributiva.<br />

Tendo em conta que a esmagadora<br />

maioria dos portuguesesvivecomodinheirocontado,<br />

é natural que opte por trabalhar<br />

mais, pagando o nível<br />

obrigatório das contribuições<br />

sociais (11%). ■<br />

Homem de 40 anos tem de poupar 123,4 mil euros até à reforma<br />

Um homem de 40 anos e com<br />

carreira contributiva completa<br />

terá de acumular até 123,4 mil<br />

euros a partir de agora e até à<br />

idade da reforma para conseguir<br />

ter uma pensão aos 65 anos de<br />

idade que equivalha a 80% do<br />

seu último salário (equivalente à<br />

pensão completa). No caso de<br />

uma mulher, o valor aumenta<br />

paracercade1<strong>48</strong>mileuros,já<br />

que as seguradoras têm em<br />

PROJECÇÃO ATÉ 2040<br />

Impacto na pensão e trabalho<br />

extra para compensar corte.<br />

Corte na Tempo adicional<br />

pensão de trabalho para<br />

compensar o corte<br />

2010 -2,2 3 meses<br />

2015 -5,1 6 meses<br />

2020 -8,0 8 meses<br />

2025 -11,0 11 meses<br />

2030 -14,1 15 meses<br />

2035 -17,2 18 meses<br />

2040 -20,5 21 meses<br />

*Admitindo que a evolução futura é igual à média<br />

dos últimos três anos e assumindo que o trabalhador tem<br />

uma carreira completa.<br />

Fonte: <strong>DE</strong>.<br />

conta que a esperança média de<br />

vidadasmulheresémaiselevada<br />

emcercade20%queados<br />

homens, explica Diogo Teixeira,<br />

administrador da Optimize. Isso<br />

significaria para o homem um<br />

esforço mensal de 14% do seu<br />

salário num “PPR Garantido” com<br />

rendibilidade média anual de<br />

1,5% acima da inflação. Para a<br />

mulher esse desconto adicional<br />

teria de ser de 17,1%, avançam as<br />

simulações da Optimize,<br />

sociedade gestora especializada<br />

em produtos de poupança e<br />

investimento para a reforma.<br />

Trocado por euros e tendo como<br />

exemplo um salário de dois mil<br />

euros, o esforço mensal para o<br />

homem seria de 280 euros<br />

mensais. Já a mulher teria de<br />

poupar cerca de 340 euros todos<br />

os meses para manter uma<br />

pensão “completa”. D.F.<br />

ESPERANÇA <strong>DE</strong> VIDA<br />

AOS65ANOS<br />

As estimativas do INE apontam<br />

para um crescimento sistemático<br />

do número de anos de vida dos<br />

portugueses.<br />

18,5<br />

18,0<br />

17,5<br />

17,0<br />

FACTOR <strong>DE</strong><br />

SUSTENTABILIDA<strong>DE</strong><br />

O factor de sustentabilidade<br />

reflecte os ganhos na esperança<br />

média de vida em Portugal,<br />

apurados pelo INE.<br />

0,0<br />

-0,5<br />

-1,0<br />

-1,5<br />

-2,0<br />

2003/05 2004/06 2005/07 2006/28 2007/09<br />

Fonte: INE<br />

Fonte: <strong>DE</strong>.<br />

2007<br />

2008<br />

2009<br />

Portugueses têm de escolher<br />

entre três opções: receber<br />

pensões mais baixas, descontar<br />

mais ou trabalhar mais tempo.


PONTOS-CHAVE<br />

A esperança média de<br />

vida, no período entre<br />

2007 e 2009, situou-se nos<br />

18,2 anos. A isto corresponde<br />

um factor de sustentabilidade<br />

de 1,65%.<br />

Os trabalhadores que se<br />

reformam no próximo ano<br />

podem trabalhar mais dois<br />

meses para evitar o corte de<br />

1,65% no valor das suas<br />

reformas.<br />

Paulo Alexandre Coelho<br />

A Segurança Social tem<br />

à disposição dos<br />

trabalhadores um fundo público<br />

complementar ao regime<br />

obrigatório. Bancos e seguradoras<br />

também têm ofertas.<br />

Quinta-feira 3 Dezembro 2009 <strong>Diário</strong> <strong>Económico</strong> 43<br />

Saiba como pode<br />

garantir o futuro<br />

da sua pensão<br />

Novas regras visam assegurar<br />

a sustentabilidade da Segurança<br />

Social a longo prazo.<br />

Denise Fernandes<br />

denise.fernandes@economico.pt<br />

Conheça ao pormenor as novas<br />

regras da Segurança Social que<br />

penalizam as pensões e que estão<br />

em vigor desde 2008.<br />

1<br />

OQUEÉOFACTOR<strong>DE</strong><br />

SUSTENTABILIDA<strong>DE</strong>?<br />

É o rácio entre a esperança médiadevidaaos65anosdeidade<br />

em 2006 e a esperança média de<br />

vida aos 65 anos verificada no<br />

ano anterior ao pedido da pensão.<br />

O objectivo deste factor é<br />

tornar o sistema de Segurança<br />

Social sustentável, devido ao<br />

envelhecimento da população.<br />

Na prática, este factor determina<br />

reduções progressivas no valor<br />

das reformas ao longo dos anos,<br />

sendo menos penalizados aquelesqueestiveremactualmente<br />

mais perto da reforma.<br />

2<br />

O QUE MUDA NO CÁLCULO DA<br />

PENSÃO?<br />

Asnovasregrasprevêemqueos<br />

inscritos na Segurança Social a<br />

partir de 2002 passam a ver calculada<br />

a sua pensão com base em<br />

toda a carreira contributiva. Se esta<br />

fórmula for mais favorável, também<br />

se aplica às pensões de todos<br />

aqueles que começaram a trabalhar<br />

mais cedo. Já para quem começou<br />

a trabalhar antes de 2002, a<br />

pensão é calculada com base em<br />

toda a carreira mas contam para a<br />

pensão os dez melhores dos últimos<br />

15 anos (fórmula antiga).<br />

3<br />

COMO COMPENSAR A<br />

PENALIZAÇÃO?<br />

O corte pela aplicação do factor<br />

de sustentabilidade pode ser<br />

compensado de duas formas,<br />

representando um esforço maior<br />

do trabalhador que terá de trabalhar<br />

mais tempo (cerca de 5<br />

meses por cada década que passa,segundooGoverno)oude<br />

fazer descontos maiores durante<br />

o tempo de vida activa, seja para<br />

fundos privados ou para o regime<br />

de capitalização público.<br />

4<br />

QUALÉOBÓNUSPOR<br />

TRABALHAR MAIS?<br />

Se optar por trabalhar mais anos<br />

para além dos 65 de idade, terá<br />

um bónus na pensão que varia<br />

consoante a carreira contributiva.<br />

Caso tenha entre 15 a 24 anos<br />

de descontos para a Segurança<br />

Social terá uma bonificação<br />

mensal de 0,33% na sua pensão.<br />

Essa bonificação aumenta se tiver<br />

mais anos de contribuições.<br />

Caso tenha a carreira contributiva<br />

completa (40 anos) e opte<br />

porcontinuaratrabalharterá<br />

mais 1% de bonificação mensal.<br />

5<br />

OQUEÉOREGIME<strong>DE</strong><br />

CAPITALIZAÇÃO PÚBLICO?<br />

São os chamados PPR do Estado.<br />

O trabalhador opta por descontar<br />

uma determinada percentagem<br />

do seu salário para uma<br />

conta individual pública que<br />

será capitalizada ao longo dos<br />

anos. Estes descontos adicionais<br />

podem ser acumulados com PPR<br />

privados, o que permitirá um<br />

pé-de-meia maior no final da<br />

vida activa. Quanto mais cedo<br />

começar a poupar, melhor.<br />

6<br />

COMO POSSO SABER QUAL<br />

SERÁ O VALOR DA MINHA<br />

REFORMA?<br />

Através do site da Segurança<br />

Social Directa (www.seg-social.pt)<br />

é possível calcular,<br />

atravésdeumsimulador,nãosó<br />

o valor da pensão, como também<br />

ter acesso ao histórico de<br />

remunerações. ■<br />

Viver durante mais<br />

tempo traz custos<br />

para a Segurança<br />

Social. A opção<br />

étrabalharou<br />

descontar mais.


44 <strong>Diário</strong> <strong>Económico</strong> Quinta-feira 3 Dezembro 2009<br />

<strong>DE</strong>STAQUE2<br />

<strong>DE</strong>STAQUE O FUTURO DAS REFORMAS<br />

Portugueses admitem<br />

que não pensam na reforma<br />

Os portugueses poupam pouco e começam tarde. Mas, quando dois terços dos<br />

agregados familiares vivem com menos de 1.150 euros, poupar é um desafio.<br />

Marta Marques Silva<br />

marta.marquessilva@economico.pt<br />

A maioria dos portugueses<br />

tem consciência de que, com a<br />

chegada da reforma, aumentam<br />

as dificuldades económicas. No<br />

entanto, a maioria admite que<br />

praticamente não pensa sobre a<br />

questão e entrega ao Governo o<br />

ónus de proporcionar às pessoas<br />

um nível de vida adequado depois<br />

da reforma. Estas são apenas<br />

algumas das conclusões retiradas<br />

do “Inquérito sobre opiniões<br />

e atitudes dos portugueses<br />

face à poupança/reforma”, um<br />

estudo realizado pelo ISCTE e<br />

promovido pela Fidelidade<br />

Mundial.<br />

As novas regras de cálculo das<br />

pensões de reforma entrararam<br />

em vigor em Janeiro de 2007. E,<br />

desde então, têm sido muitos os<br />

alertas de entidades públicas e<br />

privadas para a perda de poder<br />

de compra que as novas pensões<br />

irão acarretar. Apesar disso, e da<br />

maioria dos estudos apontarem<br />

para perdas de 25% a 50% do<br />

salário no momento da reforma<br />

(pormeadosde2050),maisde<br />

22% dos entrevistados estimam<br />

que o valor da reforma chegará<br />

aos 80% do último salário, e<br />

quase 13% acreditam mesmo<br />

que irão continuar a receber<br />

100% ou mais. No entanto, os<br />

portugueses demonstram pouca<br />

confiança no sistema de segurança<br />

social, uma vez que apenas<br />

um quarto dos inquiridos<br />

acredita que a segurança social<br />

ainda vai estar a funcionar adequadamente<br />

quando chegar a<br />

altura de se reformar.<br />

Ou seja, os portugueses têm<br />

consciência das dificuldades<br />

económicas que chegam com a<br />

reforma (52,7%) mas preferem<br />

Para a larga maioria<br />

dos portugueses,<br />

oGovernoéo<br />

principal responsável<br />

por lhes proporcionar<br />

um nível de vida<br />

adequado depois<br />

da reforma.<br />

não pensar nisso (<strong>48</strong>,8%). A<br />

maioria dos portugueses não<br />

acredita na sustentabilidade do<br />

sistema de segurança social mas<br />

entrega ao Governo a responsabilidade<br />

pelo seu nível de vida<br />

após a reforma (64,3%). Aliás,<br />

apenas 13,8% dos inquiridos<br />

neste estudo assume como sua a<br />

principal responsabilidade de<br />

garantir um nível de vida adequado<br />

depois de deixar a vida<br />

activa.<br />

Quase metade das poupanças<br />

aplicadas em depósitos de curto-prazo<br />

Apenas 10,3% das pessoas<br />

consultadas neste estudo já<br />

constituiram um <strong>Plano</strong> Poupança<br />

Reforma, e destes mais de<br />

35% iniciaram a sua subscrição<br />

quando tinham entre 40 a 49<br />

anos e 31,5% iniciaram-no<br />

quando tinham entre 30 a 39<br />

anos. Em termos de capitalização<br />

de juros o factor tempo é<br />

fundamental e são vários os estudos<br />

que demonstram bem a<br />

diferençadovaloràdataderesgate<br />

de um PPR iniciado aos 25<br />

ou aos 45 anos anos de idade.<br />

Em termos indicativos, alguém<br />

que subscreva um PPR com 45<br />

anos de idade necessita de fazer<br />

entregas mensais no valor de<br />

cerca de 72 euros para ter o<br />

mesmo valor de capital à data<br />

da reforma de alguém que constituiu<br />

o PPR aos 25 anos com<br />

entregas mensais de 25 euros.<br />

Ora, de acordo com este estudo,<br />

apenas 23,3% da amostra considera<br />

que a idade ideal para começar<br />

a poupar é entre os 20 e<br />

os 29 anos, enquanto 24,8%<br />

aponta para o intervalo 30-39<br />

anos e 20,1% dizem mesmo que<br />

a idade ideal deve ser a partir<br />

dos 40 anos.<br />

Tudo somado, mais de metade<br />

dos inquiridos (54,7%) ainda<br />

não fez nenhuma poupança voluntária<br />

para a reforma, além<br />

dos descontos obrigatórios para<br />

a segurança social. E, entre estes,<br />

as modalidades de poupança<br />

mais utilizadas são as contas de<br />

depósito a curto-prazo (45,7%)<br />

eacontasdedepósitoamédio/longo<br />

prazo (26,7%). Falta<br />

de informação ou falta de dinheiro?<br />

Provavelmente ambas.<br />

Dois terços dos inquiridos com<br />

rendimento mensal líquido inferior<br />

a 1.000 euros<br />

Não é fácil poupar quando,<br />

depois de pagar todas as despesas<br />

fixas, o rendimento disponívelseresumea10%oumenos<br />

do rendimento líquido mensal<br />

(é o caso de 42,9% dos entrevistados).<br />

Ainda mais quando 64%<br />

dos inquiridos tem um salário<br />

líquido mensal inferior a 1.000<br />

euros. O cenário não melhora<br />

quando analisados os agregados<br />

familiares: mais de um terço<br />

(35,2%) tem um rendimento familiar<br />

líquido inferior a 1.150<br />

euros. Daí que, quem poupa, fálo<br />

com menos de 5% do seu<br />

rendimento líquido (29,3%) ou<br />

com valores que se situam entre<br />

os 5% e os 10% do salário líquido<br />

(36,2%).<br />

São uma minoria aqueles que<br />

consideram que o rendimento<br />

familiar lhes permite viver confortavelmente<br />

(15,4%) e, em<br />

contrapartida, uma maioria os<br />

que apenas conseguiriam poupar<br />

todos os meses para a reforma<br />

caso abdicassem de aspectos<br />

importantes para a sua felicidade<br />

actual (62,4%). Sacrificar o<br />

presente em função do futuro?<br />

Apenas 22,9% dizem estar dispostos<br />

a tal esforço. ■<br />

QUANDO A ESTRATÉGIA É ES<br />

Especial<br />

Poupança<br />

e<br />

Reforma<br />

Todos os dias desta semana,<br />

no <strong>Diário</strong> <strong>Económico</strong>.<br />

Infografia: Mário Malhão | mario.malhao@economico.pt


CON<strong>DE</strong>R A CABEÇA NA AREIA<br />

JOÃO DUQUE<br />

Professor Catedrático, Presidente do ISEG e membro do júri do Prémio Inovação Reforma<br />

Poupar até morrer<br />

Todos conhecem bem a fábula<br />

dacigarraedaformiga.Porquê<br />

evocá-la? Porque, se tomarmos<br />

em consideração a situação actual<br />

do sistema de segurança<br />

social português, o estado das<br />

finanças públicas nacionais, a<br />

actual taxa de esforço fiscal que<br />

é imposta aos portugueses, e<br />

ainda a evolução expectável da<br />

demografia portuguesa, penso<br />

que mais do que nunca faz sentido<br />

recordar a sábia atitude da<br />

formiga. Senão vejamos.<br />

O actual sistema de segurança<br />

social português é basicamente<br />

um sistema redistributivo<br />

em que as contribuições dos<br />

activos de hoje são praticamente<br />

todas redistribuídas pelos que<br />

hoje delas necessitam. Isto é,<br />

quase não resta folga para a capitalização.<br />

O sistema actual<br />

distribui quase a totalidade do<br />

Penso que serei um<br />

felizardo se conseguir<br />

uma reforma a<br />

rondar os 50% do<br />

último salário dentro<br />

de 22 anos quando<br />

me reformarem<br />

compulsivamente.<br />

que recolhe, não dando espaço a<br />

qualquerpoupançaparasefazer<br />

face à velhice dos que hoje<br />

descontam. Tal sistema, em que<br />

os novos de hoje irão viver dos<br />

novos de amanhã, não está errado<br />

desde que se verifiquem<br />

alguns pressupostos.<br />

Em primeiro lugar, desde que<br />

existam novos amanhã. Podem<br />

não ima<strong>gina</strong>r um Portugal deserto<br />

com poucos nativos mas,<br />

se continuarmos a nascer e a<br />

morrer aos ritmos de hoje, a população<br />

vai cair muito significativamente<br />

e podemos ter 8<br />

milhões de habitantes dentro de<br />

50 anos. Mais grave ainda, desses<br />

8 milhões, uma percentagem<br />

ainda maior do que a de<br />

hoje será composta por pessoas<br />

com idade superior a 65 anos.<br />

Bonito! Muitos menos para sustentar<br />

muitos mais!<br />

Ora isso pode também não ser<br />

problema se tivermos poupado<br />

até lá o suficiente para viver em<br />

parte dos rendimentos da poupança.<br />

Ora, a poupança realizada<br />

atéhojeequesecifraempoucos<br />

biliões de euros, não permitirá<br />

pagar mais do que uns meses de<br />

reformas em caso de cessarem os<br />

descontos dos activos para redistribuir<br />

aos reformados.<br />

Também se poderia invocar<br />

que mesmo sem poupança colectiva<br />

poderíamos agravar os<br />

habitantes do futuro com mais<br />

contribuições para sustentarem<br />

os velhos de então. Desenganem-se.<br />

Pois se hoje, quando se<br />

fala no agravamento das contribuições<br />

para a Segurança Social,<br />

logo se ouvem palavras defesa<br />

do adiamento da entrada em vigor<br />

desse “pseudo-imposto”,<br />

como é que acham que vão rea-<br />

Quinta-feira 3 Dezembro 2009 <strong>Diário</strong> <strong>Económico</strong> 45<br />

David Moir / Reuters<br />

Quando os problemas são<br />

complexos e de difícil<br />

resolução, a estratégia de<br />

muitos é enterrar a<br />

cabeça na areia. Esta<br />

imagem ajuda a descrever<br />

a forma como muitos<br />

portugueses continuam a<br />

(não) encarar a<br />

inevitabilidade de,<br />

aquando da reforma,<br />

passarem a receber muito<br />

menos do que<br />

actualmente.<br />

A fotografia foi tirada no<br />

mês passado, numa praia<br />

escocesa, aquando da<br />

reunião do G20. O grupo<br />

‘Put the People First’<br />

protestava contra uma<br />

proposta de Gordon<br />

Brown, que sugeriu criar<br />

um imposto sobre<br />

transacções financeiras<br />

de forma a poder<br />

financiar eventuais novos<br />

‘bailouts’ bancários.<br />

gir os que no futuro ainda por<br />

cima terão de reembolsar a dívida<br />

pública que insistimos em<br />

aumentar à razão de 1,7 milhões<br />

de euros à hora?<br />

Sem pé-de-meia feito hoje,<br />

sem condições para aumentar<br />

as contribuições dos futuros<br />

portugueses activos, com o número<br />

de idosos a crescer dia a<br />

dia, e com uma população activaadecrescerdiaadia,oresultado<br />

da equação só poderá ser<br />

um:reduzirasreformasfuturas.<br />

Penso que serei um felizardo<br />

se conseguir uma reforma a<br />

rondar os 50% do último saláriodentrode22anosquando<br />

me reformarem compulsivamente<br />

(à luz das leis de hoje). E<br />

depois de mim ainda será pior!<br />

Daí um conselho aos que ainda<br />

vão a tempo: poupem. E façam-no<br />

até morrer! ■


46 <strong>Diário</strong> <strong>Económico</strong> Quinta-feira 3 Dezembro 2009<br />

PUBLICIDA<strong>DE</strong> & MEDIA<br />

PATROCÍNIO<br />

Marcas reafirmam apoio a Tiger Woods<br />

apesar da “traição” do golfista<br />

A Nike, Gatorade e a Gillette anunciaram ontem que mantém o patrocínio<br />

com o número um do Golf mundial, Tiger Wood, apesar das<br />

“transgressões” do desportista. As posições públicas das marcas surgem<br />

depois do jornal “US Weekly” ter noticiado que Woods manteve um caso<br />

com uma empregada de bar, durante dois anos. Tiger Woods assumiu<br />

mais tarde no seu ‘site’ que “está longe de ser perfeito” e que “não tem<br />

sido verdadeiro com os seus valores”.<br />

Quatro Ouros, sete Pratas e cinco Bronzes foram entregues ontem nos Prémios à Eficácia 2009.<br />

Rebeca Venâncio<br />

rebeca.venancio@economico.pt<br />

No ano europeu da Criatividade,<br />

o mercado publicitário continua<br />

a provar que a crise não atingiu<br />

as boas ideias. Apesar de em<br />

menor número do que no passado,<br />

16 prémios foram ontem<br />

atribuídos pela Associação Portuguesa<br />

de Anunciantes (APAN)<br />

e o Grupo Consultores, nos Prémios<br />

Eficácia 2009.<br />

Distribuídos em oito categorias,<br />

os prémios incluíram oito<br />

galardões de ouro, sete de prata e<br />

cinco de bronze, com as agências<br />

Arena, Initiative, Fuel e Mediaedge:cia<br />

a subir mais vezes ao<br />

palco. O Grande Prémio Eficácia<br />

2009 foi atribuído à Seguros<br />

Logo, uma campanha das agências<br />

Mediaedge:cia, Brandia<br />

Central e Actual Sales.<br />

Na categoria de Produtos de<br />

Consumo Alimentar, o Ouro foi<br />

para a Young &Rubicam, pela<br />

campanha da Danone, seguido da<br />

Pampero pela Leo Burnett Lisboa.<br />

OBronzeficouparaaRasgoea<br />

“Super Bock Trade Made.”<br />

Nos Produtos de Consumo Não<br />

Alimentar, à semelhança dos Prémios<br />

Sapo, a campanha “Ícones”<br />

para a Ford Fiesta foi o vencedor<br />

do Ouro. Já em Telecomunicações<br />

e Media, a prata ficou para<br />

a TMN com a campanha da<br />

Fullsix “Ajuda o Tiago”, enquanto<br />

os seguros Logo foram o vence-<br />

SOLIDARIEDA<strong>DE</strong><br />

Nike e (RED) unem poder do desporto<br />

à luta contra a Sida em África<br />

Bono, vocalista dos U2, e uma série de craques de futebol, anunciaram<br />

uma parceria com o lema “Aperta estes atacadores. Salva Vidas”. Trata-se<br />

de uma parceria exclusiva com o duplo objectivo de lutar contra o VIH em<br />

África através de programas baseados no futebol que ofereçam educação<br />

e medicamentos às comunidades locais. A parceria pretende mobilizar a<br />

juventude e aproveitar o poder do desporto para fazer com que o<br />

conceito do movimento (RED) atinja maior número de pessoas.<br />

1 2<br />

3<br />

1 A campanha “Levanta-te contra a Discriminação<br />

das Doenças mentais”, da Lowe Ativism venceu a<br />

prata para Melhor Marketing Social.<br />

2 A Y&R criou para a Danone a melhor campanha<br />

para Produtos de Consumo Alimentar.<br />

3 Uma Causa cada vez maior, do Modelo foi vencedor<br />

da Prata em Marketing de Causas.<br />

4 A campanha para a Ford, “Ícones”, foi o vencedor<br />

do Ouro em Produtos de Consumo Não Alimentar.<br />

dor também na categoria de<br />

Serviços Financeiros e Seguros.<br />

Nos restantes serviços e administração<br />

pública, a campanha da<br />

agência Action4 Ativism e Arena<br />

para a Worten, “El Precio lo Pones<br />

Tu”, recebeu o ouro, seguida pela<br />

Companhia Portuguesa de Hipermercados<br />

com a campanha com o<br />

“Jumbo,oMacacoeoRato”.<br />

“A Causa Vez Maior”, do Modelo<br />

e Continente garantiu o Ouro<br />

em “Marketing de Causas”, enquanto<br />

o prémio (prata) para a<br />

melhor campanha de “Marketing<br />

Social” ficou para o Movimento<br />

UPA - Levanta-te Contra a Discriminação<br />

das Doenças Mentais,<br />

da Encontrar+se. Para Manuela<br />

Botelho, secretária-geral da<br />

APAN, “a quebra no número de<br />

candidaturas era expectável”<br />

devido ao impacto da crise.<br />

“Apesar de ter sido um ano atípico,<br />

com as prioridades das<br />

companhias a passar por manter<br />

4<br />

a rentabilidade dos seus negócios<br />

num nível estável, notamos que<br />

ao longo dos anos tem havido um<br />

aumento da qualidade das candidaturas”,<br />

confirmou Manuela<br />

Botelho ao <strong>Económico</strong>.<br />

Já Pedro Loureiro, director<br />

do Grupo Consultores, “a votação<br />

e escolha dos vencedores<br />

foi unânime para os 10 profissionais<br />

que integram o júri” e<br />

apesar de menos candidaturas<br />

significar menos categorias, os<br />

“Prémios Eficácia fazem cada<br />

vez mais sentido”.<br />

“A situação económica justifica<br />

ainda mais este evento porque<br />

os anunciantes têm um retorno<br />

que tem de ser quantificado, e os<br />

anunciantes e as suas agências<br />

que proponham um trabalho a<br />

concurso querem ver o seu trabalho<br />

reconhecido. Para além disso,<br />

essa candidatura serve de aprendizagem<br />

para o mercado”, explicou<br />

o responsável. ■<br />

Parceria reúne Bono, Drogba e Marco<br />

Materazzi, entre outros.<br />

Conheça as marcas e agências<br />

mais eficazes na publicidade<br />

Acriseafastou<br />

as candidaturas este<br />

ano. Em 46<br />

inscrições, 16<br />

trabalhos garantiram<br />

Prémios à Eficácia.<br />

Sete critérios para<br />

premiar a eficácia<br />

Ao longo de vários meses,<br />

10 profissionais do meio<br />

publicitário reúnem-se para<br />

escolher as campanhas mais<br />

eficazes no mercado português.<br />

A avaliação é feita depois<br />

combaseemseteatributos:<br />

o retorno, a dificuldade,<br />

a demonstração, a inovação,<br />

a medição, os meios e finalmente<br />

a apresentação. Votados<br />

numa escala de um a 10,<br />

chega-se depois a uma média<br />

ponderada com base nas escolhas<br />

dos jurados. Posteriormente<br />

e em função das cotações<br />

alcançadas, decorre<br />

uma discussão qualitativa<br />

para definir o “pódio”<br />

de cada categoria.


TELEVISÃO<br />

RTP rescinde com 113 funcionários<br />

e poupa cinco milhões de euros por ano<br />

A RTP vai rescindir o contrato com 113 funcionários no âmbito do processo<br />

de saídas voluntárias iniciado em Outubro. Segundo fonte oficial do canal<br />

em declarações à Lusa, a televisão pública deverá assim poupar cerca<br />

de cinco milhões de euros por ano. A maioria das rescisões acordadas<br />

representam reformas antecipadas. As rescisões abrangem funcionários<br />

de vários sectores, dos quais 30 integravam a direcção de informação<br />

da televisão e da rádio.<br />

Publicitários<br />

preocupados<br />

com medição<br />

de audiências<br />

É fundamental encontrar forma ‘standard’ para<br />

medir audiências na TV, ‘Web’ e ‘mobile’<br />

Margarida Henriques<br />

margarida.henriques@economico.pt<br />

A medição das audiências nos<br />

três ecrans – televisão, Internet e<br />

‘mobile’ – é, neste momento, a<br />

maior preocupação dos vários<br />

‘players’ do mercado publicitário.Nãosóporqueépossívelvero<br />

mesmo anúncio em cada uma<br />

destas plataformas mas também<br />

porque a experiência de visualização<br />

que cada uma oferece é diferente.Eoproblemaquesecoloca<br />

tanto aos canais de televisão<br />

como às agências de meios é que<br />

“o que não se consegue medir,<br />

não se consegue vender. Os publicitários<br />

e as maiores agências<br />

de meios estão a dizer que precisamdeumamétricafácildeaplicaredecompararenãodevárias,<br />

para que possam fazer negócio”,<br />

disse ao <strong>Diário</strong> <strong>Económico</strong><br />

Andreas Cohen, ‘chairman’ do I-<br />

COM, que esteve em Portugal<br />

numa conferência preparativa do<br />

I-COM Global Summit, que terá<br />

lugar em Março. O I-COM é um<br />

fórum global que aborda os temas<br />

ligados à medição da publicidade<br />

em meios digitais com o objectivo<br />

de promover a cooperação internacional<br />

e consenso sobre as<br />

melhores práticas, e com este<br />

evento em Portugal pretendia-se<br />

chegar a consensos sobre questões<br />

chave do mercado, como a<br />

medição multiplataforma dos<br />

meios audiovisuais.<br />

“Se quer vender uma marca, o<br />

queinteressasãoosdados.Ese<br />

não pode confiar nos dados ou se<br />

os dados não são suficientemente<br />

detalhados, não pode justificar o<br />

investimento. E as grandes multinacionais<br />

têm ‘guidelines’ para<br />

justificar internamente os investimentos<br />

e têm metodologias sofisticadas<br />

para isso”, defende o<br />

‘chairman’ do I-COM.<br />

Para trás ficam os tradicionais<br />

GRP (‘Gross Rating Point’), a forma<br />

como as televisões até aqui<br />

mediam as audiências, porque<br />

estes já não chegam para quantificar<br />

as suas audiências no PC ou<br />

no telemóvel. E toda esta discussão<br />

ganhou maior importância a<br />

partir do momento em que os<br />

próprios operadores de televisão<br />

disseram sentir esta necessidade.<br />

Neste momento, mais do que<br />

decidir como medir as audiências<br />

nos três suportes, a questão fundamental<br />

para toda a indústria é<br />

encontrar uma forma de medição<br />

‘standard’, que possa ser usada<br />

do mesmo modo em todos os<br />

mercados e que seja credível para<br />

os anunciantes. “Ainda é muito<br />

cedo para fazer recomendações.<br />

Estamos a começar a discutir isto<br />

a nível global e o mais importante<br />

nãoéocomomedir,aquestãoéa<br />

comparação, o como criar uma<br />

moeda que permita fazer a comparação<br />

em todos os mercados”,<br />

diz Andreas Cohen. ■<br />

Mais do que decidir<br />

como medir<br />

as audiências<br />

nos três suportes,<br />

importa encontrar<br />

uma forma<br />

de medição<br />

‘standard’ e credível.<br />

PUBLICIDA<strong>DE</strong><br />

“Procuras? O pai encontra” é tema<br />

de campanha viral da marca pai.pt<br />

A Pá<strong>gina</strong>s Amarelas lançou uma campanha para promover a marca pai.pt<br />

em que, através de ‘banners’ animados ilustra como de um mundo<br />

confuso, com excesso de informação, surge a solução nítida para aquilo<br />

que se procura. Esta campanha convida os jovens utilizadores a<br />

efectuarem as suas pesquisas e pode ser visualizada nos portais Sapo,<br />

IOL, AEIOU, Sport Lisboa e Benfica e no MySpace através de ‘banners’<br />

referentes à procura de algumas das entidades mais pesquisadas.<br />

REAL MADRID APOSTA EM ‘LINGERIE’<br />

Quinta-feira 3 Dezembro 2009 <strong>Diário</strong> <strong>Económico</strong> 47<br />

Pá<strong>gina</strong>s Amarelas reforça aposta no<br />

‘online’ com campanha viral.<br />

Gustau Nacarino/Reuters<br />

A crise atingiu a venda de t-shirts de craques do futebol, mesmo como Cristiano<br />

Ronaldo ou Kaka (na foto). Mas não inibiu o Real Madrid de tentar novas modas.<br />

Chama-se “Luxe” e é a nova lingerie do clube, para homens e mulheres. Surgiu<br />

em parceria com a empresa “Litle Kiss” e estará disponível em Março. Inclui<br />

modelos desportivos, com o logótipo do clube ou outros mais sofisticados.


<strong>48</strong> <strong>Diário</strong> <strong>Económico</strong> Quinta-feira 3 Dezembro 2009<br />

ÚLTIMA HORA<br />

FMI diz que retoma não<br />

chega para reduzir défice<br />

Fundo pede cortes nos salários dos funcionários públicos.<br />

Nãohávoltaadar:ouoGoverno<br />

leva a cabo medidas fortes de consolidação<br />

ou não consegue levar o<br />

défice aos 3% do PIB em 2013. Quem<br />

o diz é o FMI, na análise que fez sobre<br />

a economia portuguesa ao abrigo<br />

do artigo IV. A instituição liderada<br />

por Dominique Strauss-Kahn<br />

contraria a argumentação do ministro<br />

das Finanças e garante que “não<br />

é suficiente contar apenas com a recuperação<br />

e o impacto de reformas<br />

anteriores” para cumprir a meta de<br />

Bruxelas (ver pág. 31).<br />

Contando apenas com a retoma<br />

da economia e sem actuar do lado da<br />

despesaoudareceita-ouambas-,<br />

o Governo vai ver o défice “aumentarem2010,antesdedescerpara<br />

cerca de 5% a 6% do PIB até 2013”.<br />

O rácio da dívida pública situar-seá<br />

“próximo dos 100% do PIB”.<br />

O Fundo reforça os pedidos de reformas<br />

estruturais na economia portuguesa<br />

e lança um recado muito concreto:<br />

“A consolidação orçamental<br />

deve concentrar-se na redução da<br />

despesa primária, especialmente da<br />

<strong>DE</strong>STAQUE<br />

BCE decide sobre juros na<br />

zona euro<br />

Os membros do Banco Central<br />

Europeu (BCE) têm hoje a sua<br />

reunião mensal para decidir sobre o<br />

preço do dinheiro nos países que<br />

usam o euro. Os 54 analistas<br />

sondados pela Bloomberg esperam<br />

que a instituição liderada por Jean-<br />

Claude Trichet mantenha os juros em<br />

1%, o valor mais baixo de sempre.<br />

Veja no ‘site’ a decisão do BCE.<br />

Acompanhe ao minuto em<br />

www.economico.pt<br />

massa salarial do sector público (com<br />

base nas recentes reformas da Administração<br />

Pública) e das transferências<br />

sociais”. Mais à frente, o FMI concretiza<br />

alguns exemplos: reduzir o défice,<br />

tornar as empresas mais eficientes e o<br />

trabalho mais flexível e produtivo. As<br />

famílias, por seu lado, devem poupar<br />

mais. Numa altura em que Portugal<br />

tem um governo minoritário, o FMI<br />

pede “um apoio generalizado e uma liderança<br />

determinada ao longo de<br />

muitos anos”, porque “os benefícios<br />

demorarão igualmente muito tempo a<br />

concretizar-se”. ■L.R.P.<br />

FMI aconselha Governo<br />

a cortar nos salários<br />

da função pública e nas<br />

prestações sociais, como<br />

meio mais eficaz<br />

para reduzir o défice<br />

orçamental.<br />

Ministério da educação mantém<br />

quotas na carreira dos professores<br />

“Há um corte significativo com o passado<br />

no que respeita à aproximação às<br />

posições dos professores”, disse ontem<br />

Mário Nogueira, à margem da segunda<br />

reunião com o ministério da Educação<br />

para discutir a estrutura da carreira docente.<br />

Da reunião dos sindicatos com o<br />

secretário de Estado, Alexandre Ventura,<br />

saiu a confirmação do final da divisão<br />

da carreira docente, mas também<br />

um primeiro esboço daquilo que será o<br />

novo modelo de avaliação. Segundo<br />

explicou o dirigente da Fenprof, a ava-<br />

liação dos professores ficará a cargo de<br />

uma comissão pedagógica com quatro<br />

elementos fixos. Contudo, nem tudo<br />

foram boas notícias para os sindicatos.<br />

Por ultrapassar ficou a questão das vagas<br />

de acesso aos escalões da carreira e<br />

quotas para a atribuição das notas máximas,<br />

defendeu “inequivocamente”<br />

Alexandre Ventura. Ambos estes pontos<br />

põem de parte qualquer acordo do<br />

lado dos sindicatos. Mário Nogueira<br />

afirmou que desta forma, “está posto<br />

em causa qualquer acordo”. ■ P.Q.<br />

www.economico.pt<br />

Acompanhe hoje no ‘site’ a evolução das bolsas e das taxas Euribor.<br />

MAIS LIDAS ONTEM<br />

● Veja quanto vai baixar a sua<br />

prestação em Dezembro<br />

● Bancos europeus “estão a<br />

semear” a próxima crise<br />

● Euribor já sobem há 3 sessões<br />

● “Espero sair daqui com termo de<br />

identidade e residência” (Armando<br />

Vara)<br />

● Feios, porcos e maus<br />

Leia versão completa em<br />

www.economico.pt<br />

Propriedade S.T. & S. F., Sociedade de Publicações Lda, Registo Comercial de Lisboa n.º 02958911033.<br />

Registo <strong>Diário</strong> <strong>Económico</strong> nº 112 371 Administração Rua Vítor Cordon, n.º 19, 1º, 1200 - <strong>48</strong>2 Lisboa Telefones 213 236 700<br />

Fax: 213 236 701 Redacção e Produção Rua Vieira da Silva, n.º 45, 1350 - 342 Lisboa Telefones 213 236 800. Fax: 213 236 801<br />

Publicidade Rua Vítor Cordon, n.º 19, 1º, 1200 - <strong>48</strong>2 Lisboa Telefones 213 236 700 Delegação no Porto Edifício Scala<br />

Rua do Vilar, 235, 4.º 4050–626 Porto Telefones: 226 098 580 Fax: 226 099 068 Grafismo e Produção S.T. & S. F. Lda Impressão<br />

Sogapal, Estrada de São Marcos, 27B São Marcos 2735-521 Agualva - Cacém Distribuição Logista Portugal, Distribuição<br />

de Publicações, S.A. Edifício Logista Expansão da Área Industrial do Passil Lote 1 – A Palhavã 2894 002 Alcochete<br />

CONFERÊNCIA<br />

Maria José Catarino, vogal conselho<br />

directivo do Turismo de Portugal.<br />

Fernando Augusto Morais,<br />

presidente da ANPME’s<br />

Miguel Cruz, vogal do conselho<br />

directivo do IAPMEI.<br />

Conferência<br />

“Novos Sistemas<br />

de Incentivos<br />

às Empresas”<br />

No próximo dia 9 de Dezembro o<br />

<strong>Diário</strong> <strong>Económico</strong> e o Montepio<br />

vão realizar a Conferência<br />

“NovosSistemasdeIncentivosás<br />

Empresas” que terá lugar no<br />

Sheraton Porto Hotel & SPA, no<br />

Porto. Para falar sobre o tema,<br />

encontram-se, confirmadas as<br />

presenças de: Miguel Cruz, Vogal<br />

Conselho Directivo, IAPMEI; Maria<br />

José Catarino, Vogal Conselho<br />

Directivo, Turismo de Portugal;<br />

José Fernando Figueiredo,<br />

Presidente, SPGM – Sociedade de<br />

Investimento e SGM – Sociedades<br />

de Garantia Mútua; Fernando<br />

Augusto Morais, Presidente,<br />

ANPME’s; Case Study: Pedro<br />

Azevedo, Administrador,<br />

J&JTeixeira.<br />

VOTAÇÕES<br />

Novo inquéiro<br />

Conhece o conteúdo do Tratado<br />

de Lisboa?<br />

Resultados da última votação<br />

José Penedos fez bem em manterse<br />

no cargo até ter sido suspenso<br />

pelo tribunal?<br />

SIM<br />

17%<br />

TOTAL <strong>DE</strong> VOTOS: 629<br />

NÃO<br />

83%<br />

Vote em<br />

www.economico.pt<br />

OPINIÃO<br />

O meu banco é maior<br />

que o teu!<br />

É mais seguro ter 10 mil euros depositados num banco<br />

grande ou num banco pequeno? A resposta antes da crise<br />

era: “É indiferente”! Depois da crise e, nos dias que<br />

correm,: “Não é bem a mesma coisa”.<br />

Depois da falência da Lehman Brothers e do quase<br />

colapso da AIG, Wall Street e o mundo chegaram à conclusão<br />

de que havia instituições financeiras demasiado<br />

grandes para falir. O perigo de contágio – o chamado<br />

risco sistémico – está a levar os governos e as autoridades<br />

a apertar a malha da supervisão sobre as grandes<br />

instituições financeiras. Ainda ontem, a União Europeia<br />

aprovou um novo modelo de regulação financeira que<br />

prevê a criação de uma nova entidade para vigiar o risco<br />

sistémico. Também esta semana, os reguladores mundiais<br />

criaram uma lista de 24 bancos e seis seguradoras<br />

que, pela sua dimensão, vão ser monitorizados de perto<br />

para minimizar o risco de fecharem as portas.<br />

Os clientes desses bancos e seguradoras, com certeza,<br />

que se orgulham de ter o seu dinheiro num banco ‘too big<br />

to fail’. Sentem-se seguros, sabem que as entidades de<br />

supervisão estão mais atentas à gestão do risco e que, em<br />

último caso, os governos estarão sempre prontos para<br />

um ‘bail out’ ou para uma nacionalização. Tudo para evitar<br />

a propagação de um vírus chamado risco sistémico.<br />

E os bancos pequenos? Aqueles que não constituem<br />

um risco sistémico e, como tal, não estão incluídos no<br />

grupo dos prioritários para receber a injecção de dinheiro<br />

público em caso de dificuldades? A ideia que fica na<br />

opinião pública - pela discriminação que está a ser criada<br />

entre bancos pequenos e bancos grandes – é que os<br />

pequenos podem falir.<br />

O resultado é que os bancos grandes estão a ficar<br />

maiores e muitos pequenos estão a falir. Na Europa, por<br />

exemplo, 15 bancos têm actualmente nos balanços activos<br />

que valem mais do que a própria economia, quando<br />

há três anos havia apenas dez. Nos EUA, os dez bancos<br />

que foram intervencionados conseguiram lucrar 11<br />

mil milhões de dólares no terceiro trimestre e, nesse<br />

mesmo período, o número de falência dos pequenos<br />

bancos quintuplicou.<br />

Em Portugal, as autoridades, por incompetência ou<br />

por desleixo, também estão a passar uma ideia semelhante<br />

e perigosa aos clientes da banca. Os maiores<br />

bancos conseguiram recorrer à garantia de 20 mil milhões<br />

disponibilizada pelo Governo e o BPN, em nome<br />

do tal risco sistémico, foi nacionalizado. E os clientes<br />

do BPP? Estão há um ano com os depósitos congelados<br />

e, se tudo correr mal como tem corrido, arriscam-se<br />

a ficar mais doze meses sem ver a cor do dinheiro.<br />

Seria importante que, de uma vez por todas, se<br />

apressasse o processo de recuperação do dinheiro dos<br />

clientes do BPP para que não ficasse a impressão na opinião<br />

pública de que é mais arriscado depositar 10 mil<br />

euros num banco sem risco sistémico. ■<br />

PUB<br />

Pedro Sousa Carvalho<br />

Subdirector<br />

pedro.carvalho@economico.pt<br />

Tyler Cowen<br />

O ECONOMISTA<br />

QUE HÁ EM SI<br />

A IMPORTÂNCIA DA ECONOMIA<br />

NO NOSSO DIA-A-DIA<br />

Disponível em www.ECONOMICO.pt

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!