Química Básica - Estrutura - Departamento de Química ...
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As interações entre os dipolos permanentes <strong>de</strong> moléculas rodando em um<br />
gás po<strong>de</strong>m ser avaliadas quantitativamente por meio da Eq. 34:<br />
U ∝ - μ1 2 μ2 2 / r 6 (34)<br />
Note na Eq. 34 que a energia varia com a sexta potência da distância entre<br />
as moléculas. Isto significa que as interações dipolo permanente-dipolo<br />
permanente entre moléculas rotativas são significativas somente quando as<br />
moléculas se encontram muito próximas (quase em contato). Isto justifica o fato<br />
dos gases se con<strong>de</strong>nsarem quanto suficientemente comprimidos.<br />
Nos líquidos, as moléculas também giram e a Eq. 34 <strong>de</strong>screve a variação da<br />
energia com a distância entre as moléculas. Contudo, em virtu<strong>de</strong> <strong>de</strong> estarem<br />
muito mais próximas umas das outras, a interação entre elas é mais forte que no<br />
gás. Dessa forma, quanto mais fortes as forças <strong>de</strong> intemoleculares em um líquido,<br />
maior será a energia necessária para separá-las. Conseqüentemente, líquidos<br />
cujas moléculas experimentam forças <strong>de</strong> atração fortes (moléculas muito polares)<br />
possuem um alto ponto <strong>de</strong> ebulição.<br />
Finalmente nos sólidos, as forças intermoleculares são – por sua vez –<br />
geralmente mais fortes que nos líquidos, o que não permite a rotação molecular.<br />
Para ilustrar um exemplo basta lembrarmos dos hidrocarbonetos, que se<br />
apresentam no estado sólido quando contêm mais do que 23 átomos <strong>de</strong> carbono,<br />
conforme mostra a Tab. 13.<br />
Tab. 13 - Hidrocarbonetos constituintes do petróleo.<br />
As forças intermoleculares dominantes entre as moléculas dos alcanos são<br />
as “forças do London”, que são discutidas a seguir.<br />
As forças <strong>de</strong> dipolo induzido-dipolo induzido (London)<br />
Este tipo <strong>de</strong> força <strong>de</strong> atração intermolecular é mais significativo quando<br />
opera ente moléculas não-polares (apolares) ou entre átomos (no caso dos gases<br />
nobres). Isto explica o fato das substâncias apolares – por exemplo, hidrogênio e<br />
hélio – po<strong>de</strong>rem con<strong>de</strong>nsar-se em um líquido quando resfriadas a uma<br />
temperatura suficientemente baixa. Assim, <strong>de</strong>vem existir forças atrativas capazes<br />
<strong>de</strong> manter as moléculas juntas na fase líquida. Essas forças <strong>de</strong> atração são<br />
conhecidas como “forças <strong>de</strong> London”, em homenagem ao físico Alemão “Fritz<br />
London”, por ter proposto uma explicação para este tipo <strong>de</strong> força.<br />
A origem <strong>de</strong>ssas forças se <strong>de</strong>ve, naturalmente, ao movimento caótico dos<br />
elétrons na molécula ou no átomo. Assim, em um dado instante os elétrons po<strong>de</strong>m<br />
amontoar-se mais num lado da molécula do que no outro. Como resultado, uma<br />
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