Química Básica - Estrutura - Departamento de Química ...
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E para explicar a formação das ligações iônicas e metálicas utilizaremos o:<br />
• Mo<strong>de</strong>lo iônico (ligações iônicas)<br />
• Mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> elétrons livres e TOM (ligações metálicas)<br />
Embora as estruturas <strong>de</strong> Lewis sejam úteis no <strong>de</strong>senvolvimento do conceito<br />
<strong>de</strong> ligação química e que ainda sejam utilizadas para explicar e prever a geometria<br />
<strong>de</strong> moléculas e íons poliatômicos, a sua representação não é capaz <strong>de</strong> explicar o<br />
comportamento <strong>de</strong>talhado dos elétrons nas moléculas. Este feito só foi possível<br />
com o advento da “Mecânica Quântica” por volta <strong>de</strong> 1926, <strong>de</strong>z anos após o<br />
<strong>de</strong>senvolvimento das estruturas <strong>de</strong> Lewis.<br />
Por outro lado, o mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> Bohr era o único disponível para explicar o<br />
comportamento dos elétrons nos átomos antes do aparecimento da mecânica<br />
quântica. Entretanto, ele representava o movimento eletrônico <strong>de</strong> forma tão<br />
limitada (sobretudo para átomos multieletrônicos) que não po<strong>de</strong> ser utilizado para<br />
explicar a formação das ligações químicas.<br />
É importante frisar que não precisamos ser especialistas em “Mecânica<br />
Quântica” para compreen<strong>de</strong>r as ligações químicas, bastando apenas aplicar<br />
a<strong>de</strong>quadamente os seus princípios fundamentais e os resultados e teorias que se<br />
baseiam no seu tratamento matemático.<br />
LIGAÇÕES COVALENTES EM MOLÉCULAS DIATÔMICAS<br />
A Ligação <strong>Química</strong> mais Simples<br />
A ligação mais simples – que é uma ligação covalente apolar – ocorre no íon<br />
do hidrogênio molecular, H2 + . Neste sistema, os dois núcleos positivos encontramse<br />
ligados por um único elétron, o que caracteriza uma “ligação covalente<br />
monoeletrônica”. A representação <strong>de</strong>sse tipo <strong>de</strong> ligação usando as estruturas <strong>de</strong><br />
Lewis (e a TLV) não seria a<strong>de</strong>quada, pois não envolve o compartilhamento <strong>de</strong> um<br />
par <strong>de</strong> elétrons como acontece na maioria das moléculas estáveis. Entretanto, é<br />
possível uma ligação covalente ser formada pelo compartilhamento <strong>de</strong> um único<br />
elétron, como é <strong>de</strong>monstrado a seguir.<br />
i. Tratamento Clássico<br />
Inicialmente, uma abordagem clássica (e, portanto, simplificada) da ligação<br />
no H2 + po<strong>de</strong> ser feita à luz da Lei <strong>de</strong> Coulomb. Para isso, consi<strong>de</strong>re a situação<br />
ilustrada na Fig. 24.a, on<strong>de</strong> se observa o elétron estando em uma região que não<br />
seja entre os dois núcleos (extranuclear). Dado que a força exercida pelo elétron<br />
sobre o núcleo mais próximo (B) é maior que a exercida sobre o núcleo do átomo<br />
A, então a componente da primeira força sobre o eixo internuclear será maior que<br />
a da segunda. Como resultado, o elétron arrasta o núcleo B com uma força maior<br />
do que ele arrasta o núcleo A, o que ten<strong>de</strong> a separar os dois núcleos. Portanto,<br />
sempre que o elétron estiver na região extranuclear (à direita ou à esquerda) ele<br />
exerce forças <strong>de</strong> atração sobre os núcleos que se opõem à formação da ligação.<br />
De acordo com a TOM, o elétron se encontra em uma região antiligante que é<br />
<strong>de</strong>scrita pelo orbital molecular antiligante (σ*).<br />
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