Química Básica - Estrutura - Departamento de Química ...
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lugar a uma teoria mais bem-sucedida <strong>de</strong>nominada “mecânica ondulatória ou<br />
mecânica quântica”.<br />
Todavia, a introdução da noção <strong>de</strong> “número quântico” e <strong>de</strong> níveis <strong>de</strong><br />
“energia quantizada” pelo mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> Bohr <strong>de</strong>sempenhou um papel importante<br />
para a nossa compreensão sobre a estrutura atômica.<br />
O Mo<strong>de</strong>lo Mecânico-Quântico<br />
A teoria atualmente aceita para explicar a estrutura atômica é conhecida<br />
como “mecânica ondulatória ou mecânica quântica”, originada a partir <strong>de</strong> uma<br />
hipótese formulada por Louis <strong>de</strong> Broglie em 1924.<br />
Dualida<strong>de</strong> Onda-Partícula: a hipótese <strong>de</strong> L. <strong>de</strong> Broglie<br />
Segundo Broglie, se a luz po<strong>de</strong> se comportar em certas situações com se<br />
fosse constituída <strong>de</strong> partículas, é possível que as partículas, algumas vezes,<br />
apresentem proprieda<strong>de</strong>s que comumente associamos às ondas.<br />
Vejamos como L. <strong>de</strong> Broglie encontrou a equação que fundamenta a<br />
natureza dual onda-partícula da matéria:<br />
De acordo com Einstein, uma partícula <strong>de</strong> massa “m” tem a ela associada<br />
uma energia (E) dada por:<br />
E = m c 2 (c = velocida<strong>de</strong> da luz) (17)<br />
Por outro lado, usando a Eq. 6, isto é:<br />
E = h c/λ<br />
Combinando as Eqs. 6 e 17 e resolvendo para “λ”, obtém-se:<br />
h<br />
λ =<br />
(18)<br />
mc<br />
Como esta equação se aplica também às partículas tais como o “elétron”,<br />
ela po<strong>de</strong> ser reescrita como:<br />
h h<br />
λ = =<br />
(19)<br />
mv p<br />
em que substituiu-se a velocida<strong>de</strong> da luz (c) pela velocida<strong>de</strong> da partícula (v) e o<br />
produto “m v” pelo correspon<strong>de</strong>nte “momento linear (p)”.<br />
A Eq. 19 mostra que todas as partículas <strong>de</strong> matéria em movimento também<br />
<strong>de</strong>ve apresentar proprieda<strong>de</strong>s ondulatórias Contudo, é importante ressaltar que<br />
quanto maior a massa e a velocida<strong>de</strong> da partícula, menor será o comprimento <strong>de</strong><br />
onda. Sendo assim, é difícil (talvez impossível!) mensurar o comprimento <strong>de</strong> onda<br />
associado ao movimento das partículas macroscópicas, o que impossibilita<br />
observarmos a ocorrência <strong>de</strong> fenômenos ondulatórios com elas.<br />
Por outro lado, o momento das partículas microscópicas ou subatômicas (os<br />
elétrons, por exemplo) é tão pequeno que os comprimentos <strong>de</strong> onda associados<br />
ao seu movimento são da mesma dimensão do espaçamento entre os átomos nos<br />
cristais. Como resultado, quando um feixe <strong>de</strong> elétrons atinge a superfície <strong>de</strong> um<br />
cristal, ocorrerá o fenômeno da difração, o qual só po<strong>de</strong> ser explicado a partir do<br />
movimento ondulatório. Esse fenômeno foi observado pela primeira vez três anos<br />
<strong>de</strong>pois <strong>de</strong> Broglie ter proposto suas idéias.<br />
A difração <strong>de</strong> elétrons fornece a base para uma técnica usada para a<br />
<strong>de</strong>terminação da estrutura cristalina <strong>de</strong> sólidos.<br />
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