Química Básica - Estrutura - Departamento de Química ...
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egião da molécula possuirá, durante um breve intervalo <strong>de</strong> tempo, uma carga<br />
parcial negativa, enquanto a outra terá uma carga parcial positiva durante o<br />
mesmo tempo. Chamamos isso <strong>de</strong> “dipolo elétrico instantâneo”, uma vez que a<br />
sua existência é momentânea.<br />
Na medida em que a extremida<strong>de</strong> negativa <strong>de</strong> um dipolo instantâneo<br />
começa a se formar em uma das moléculas, ele acaba repelindo os elétrons <strong>de</strong><br />
uma molécula vizinha, conforme mostrado na Fig. 54. Desse modo, po<strong>de</strong>mos<br />
dizer que um dipolo instantâneo induz a formação <strong>de</strong> outro “dipolo instantâneo”<br />
em sua molécula vizinha. Portanto, em virtu<strong>de</strong> da maneira como os dipolos são<br />
formados, eles finalmente se atraem, produzindo um “puxão” momentâneo que<br />
ajuda a manter as moléculas juntas.<br />
As forças <strong>de</strong> London são tipicamente muito fracas, e ocorrem em todas as<br />
partículas: íons, moléculas polares e apolares. Contudo, como dissemos antes,<br />
essas forças são mais importantes nas atrações entre moléculas apolares ou<br />
átomos (gases nobres)<br />
Fig. 54 - Esquema <strong>de</strong> ilustração da origem das forças <strong>de</strong> London<br />
A energia potencial da interação <strong>de</strong> London varia com a sexta potência da<br />
distância <strong>de</strong> separação entre as moléculas, isto é,<br />
U ∝ - α1 α2 / r 6 (35)<br />
on<strong>de</strong> α (alfa) é a polarizabilida<strong>de</strong> da molécula.<br />
Note na Eq. 35 que, assim como a energia potencial <strong>de</strong> dipolo permanentedipolo<br />
permanente entre moléculas em rotação, a energia <strong>de</strong> London também<br />
diminui muito rapidamente com a distância. Além disso, a Eq. 35 mostra que o<br />
fator “polarizabilida<strong>de</strong>” exerce uma influência marcante na formação e intensida<strong>de</strong><br />
das forças <strong>de</strong> London. Esse fator resulta da capacida<strong>de</strong> das moléculas sofrerem<br />
“polarização”.<br />
A “polarizabilida<strong>de</strong> (α)” <strong>de</strong> uma molécula ten<strong>de</strong> – em regra – a ser gran<strong>de</strong><br />
quando as moléculas contêm muitos elétrons. Isto se <strong>de</strong>ve ao baixo controle que<br />
os núcleos têm sobre os elétrons quando muitos estão presentes e as<br />
moléculas são gran<strong>de</strong>s. Conseqüentemente, espera-se que as moléculas<br />
gran<strong>de</strong>s (maior número <strong>de</strong> elétrons) tenham interações <strong>de</strong> London mais<br />
acentuadas que as moléculas pequenas.<br />
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