Sistema de Medida de Diagrama de Radiação de Antenas ... - deetc
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<strong>Sistema</strong> <strong>de</strong> <strong>Medida</strong> <strong>de</strong> <strong>Diagrama</strong> <strong>de</strong> <strong>Radiação</strong> <strong>de</strong> <strong>Antenas</strong> 2.3 GHz - 4 GHz<br />
1 Instituto Superior <strong>de</strong> Engenharia <strong>de</strong> Lisboa,<br />
Rua Conselheiro Emídio Navarro,<br />
1949-014, Lisboa, Portugal<br />
Tel: +351.1.8317209; Fax: +351.1.8317114<br />
email: hjs@isel.pt<br />
Ana Cristina Reis 1 , Henrique José da Silva 1 , Fernando Fortes 1<br />
Custódio Peixeiro 2 , Maria João do Rosário 2<br />
Resumo<br />
Apresenta-se neste artigo um sistema <strong>de</strong> medida <strong>de</strong><br />
diagrama <strong>de</strong> radiação <strong>de</strong> antenas, para a banda 2.3 GHz<br />
a 4 GHz, baseado em equipamento existente em<br />
laboratório e adaptado para o efeito.<br />
Utiliza-se como fonte <strong>de</strong> sinal <strong>de</strong> RF o oscilador<br />
local <strong>de</strong> um analisador <strong>de</strong> espectro com frequência<br />
variável na banda referida. A antena <strong>de</strong> teste é do tipo<br />
helicoidal, na qual se integrou um circuito activo que<br />
permite a modulação <strong>de</strong> amplitu<strong>de</strong> do sinal emitido e<br />
que é compatível com equipamento normalizado para<br />
estas aplicações.<br />
Para além da <strong>de</strong>scrição <strong>de</strong> todo o sistema,<br />
apresentam-se ainda resultados práticos mostrando, por<br />
um lado a eficiência do sistema, e por outro lado as<br />
condicionantes associadas à ausência <strong>de</strong> uma câmara<br />
anecóica apropriada. Apresenta-se a comparação <strong>de</strong><br />
medidas efectuadas com este sistema e efectuadas com<br />
sistemas profissionais.<br />
I. INTRODUÇÃO<br />
O ensino prático, com recorrência a trabalhos <strong>de</strong><br />
laboratório, é sem dúvida um excelente complemento ao<br />
ensino teórico. Permite colocar o aluno perante a<br />
realida<strong>de</strong> física dos fenómenos, torna mais claros os<br />
conceitos apresentados nas aulas e põe em evidência<br />
outro tipo <strong>de</strong> fenómenos e efeitos parasitas que não é<br />
possível quantificar <strong>de</strong> forma matemática. Permite ainda<br />
um <strong>de</strong>sejável contacto com equipamento e técnicas <strong>de</strong><br />
medida fundamentais. O ensino das matérias associadas à<br />
propagação e radiação <strong>de</strong> ondas electromagnéticas, pelas<br />
características próprias dos fenómenos estudados, é um<br />
bom exemplo da importância <strong>de</strong>ste tipo <strong>de</strong> ensino. É<br />
neste contexto que o presente trabalho se insere.<br />
Uma antena <strong>de</strong> rádio po<strong>de</strong> ser <strong>de</strong>finida como uma<br />
estrutura associada com a região <strong>de</strong> transição entre uma<br />
onda guiada e uma onda que se propaga em espaço livre,<br />
ou vice-versa [1]. São o elemento fundamental em<br />
qualquer sistema <strong>de</strong> rádio comunicações e o seu estudo<br />
prático passa pela medida e análise <strong>de</strong> um vasto conjunto<br />
<strong>de</strong> características, das quais se salienta o diagrama <strong>de</strong><br />
radiação, pela quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> informação que contém: -<br />
directivida<strong>de</strong> da antena; relação entre lobos principais e<br />
secundários; relação frente trás; simetria <strong>de</strong> radiação.<br />
Outras características, como ganho, distribuição <strong>de</strong><br />
2 Instituto Superior Técnico<br />
Av Rovisco Pais,<br />
1049-001, Lisboa, Portugal<br />
Tel: +351.1.8418167; Fax: +351.1.8418472<br />
email: custodio.peixeiro@lx.it.pt<br />
corrente, impedância e polarização são igualmente<br />
importantes.<br />
II. O SISTEMA DE EMISSÃO<br />
O sistema <strong>de</strong> emissão esquematizado na figura 2,<br />
aproveita o sinal <strong>de</strong> OL <strong>de</strong> um analisador <strong>de</strong> espectro<br />
Anritsu MS62C que está disponível no painel traseiro do<br />
aparelho. Este sinal com frequência variável entre os<br />
2.3 GHz e os 4 GHz é aplicado a um circuito <strong>de</strong><br />
modulação <strong>de</strong> amplitu<strong>de</strong> que termina na antena. Esta é<br />
do tipo helicoidal projectada para funcionar no modo<br />
axial, apresentando 9 espiras para que se obtenha uma<br />
boa directivida<strong>de</strong>. Na figura 1 apresenta-se uma<br />
perspectiva da antena com o modulador acoplado.<br />
Figura 1: Aspecto da antena emissora com o<br />
modulador acoplado<br />
a) A fonte <strong>de</strong> RF<br />
Na figura 3 apresenta-se o esquema <strong>de</strong> blocos do<br />
andar <strong>de</strong> entrada do analisador <strong>de</strong> espectro. A frequência<br />
fa que se <strong>de</strong>ve seleccionar no painel frontal do aparelho<br />
por forma a que se obtenha uma <strong>de</strong>terminada frequência<br />
fOL é dada por:<br />
fa = fOL<br />
− 2.<br />
3GHz<br />
(1)<br />
Para uma frequência <strong>de</strong> teste, fOL, igual a 3 GHz, a<br />
frequência fa <strong>de</strong>ve ser igual a 700 MHz.
Gerador <strong>de</strong> Onda<br />
Quadrada<br />
Analisador<br />
<strong>de</strong><br />
Espectro<br />
DC<br />
Saída<br />
OL<br />
Sinal Modulante<br />
RF<br />
2.3 GHz -<br />
4GHz<br />
Polarização<br />
Modulador<br />
Plano <strong>de</strong><br />
Massa<br />
Antena<br />
Helicoidal<br />
Figura 2: Esquema do sistema <strong>de</strong> emissão.<br />
[0 - 1.7] GHz<br />
Oscilador<br />
Local<br />
2.3 GHz<br />
Figura 3: Esquema do andar <strong>de</strong> entrada do<br />
analisador <strong>de</strong> espectro.<br />
b) O Circuito <strong>de</strong> Modulação<br />
As medidas em alta frequência são, em alguns casos,<br />
efectuadas com portadoras moduladas em amplitu<strong>de</strong> com<br />
um sinal modulante <strong>de</strong> frequência mais baixa,<br />
tipicamente <strong>de</strong> 1kHz. A i<strong>de</strong>ia é medir o sinal <strong>de</strong> 1kHz,<br />
como sendo a resposta do sistema, pois as amplitu<strong>de</strong>s da<br />
envolvente e portadora têm a mesma variação. Desta<br />
forma, em vez <strong>de</strong> medir um sinal <strong>de</strong> alta frequência, o<br />
que exige equipamento complexo e sobretudo caro,<br />
me<strong>de</strong>-se um sinal <strong>de</strong> frequência bem mais baixa, <strong>de</strong><br />
1kHz.<br />
Para o sistema <strong>de</strong> medida operar nestas condições, na<br />
emissão, o sinal CW (continuous wave) gerado pelo<br />
analisador <strong>de</strong> espectros tem <strong>de</strong> passar por um circuito<br />
modulador.<br />
P 1<br />
V B<br />
R B<br />
T 1<br />
Sinal<br />
Modulante<br />
P 2<br />
Figura 4: Esquema do modulador.<br />
⇔ L CHK<br />
Os circuitos moduladores com base em díodos não se<br />
a<strong>de</strong>quam a esta aplicação, dadas as altas frequências <strong>de</strong><br />
trabalho. A alternativa proposta é a realização <strong>de</strong> um<br />
modulador (figura 4), concretizado com um transístor<br />
bipolar comercial. O modulador funciona em modo<br />
ON/OFF, cuja gama dinâmica é dada pela relação entre o<br />
valor máximo e mínimo do ganho.<br />
A entrada do modulador é o porto P1 e a saída o porto<br />
P2. O con<strong>de</strong>nsador na entrada é necessário, pois a saída<br />
do analisador <strong>de</strong> espectros apresenta um curto circuito<br />
em DC. A base do transístor é polarizada através <strong>de</strong> uma<br />
resistência, <strong>de</strong> modo a que a corrente <strong>de</strong> base seja<br />
constante, sendo a modulação obtida por variação do<br />
ganho do transístor, por actuação na tensão aplicada ao<br />
colector, VCE, com o sinal modulante <strong>de</strong> 1kHz.<br />
As curvas representadas na figura 5, mostram a<br />
medida do parâmetro S21 do transístor, feitas com o<br />
analisador vectorial HP8753D, utilizando-se calibração<br />
TRL [2]. As curvas representam o ganho do transístor<br />
quando a tensão aplicada ao colector é nula (S21off) e<br />
máxima (S21on), que mostram ser possível obter uma<br />
gama dinâmica <strong>de</strong> 13 dB na modulação.<br />
É necessário uma bobina <strong>de</strong> bloqueio (LCHK) para<br />
aplicar o sinal modulante ao colector do transístor, a qual<br />
é difícil <strong>de</strong> obter para a gama <strong>de</strong> frequências pretendida.<br />
Este problema é superado pela utilização <strong>de</strong> um cabo<br />
coaxial <strong>de</strong> 50 Ω, tendo este um comprimento tal, que a<br />
3 GHz apresenta uma atenuação significativa.<br />
Consegue-se, <strong>de</strong>sta forma, uma impedância <strong>de</strong> entrada,<br />
no ponto <strong>de</strong> ligação ao colector do transístor, <strong>de</strong> 50 Ω,<br />
praticamente in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte da impedância do gerador.<br />
S 21 [dB]<br />
10<br />
0<br />
-10<br />
-20<br />
-30<br />
s 21on<br />
s 21off<br />
2 2.5 3 3.5 4<br />
Frequência [GHz]<br />
Figura 5: Ganho do transístor para a banda <strong>de</strong><br />
frequências 2 GHz a 4 GHz.<br />
Relativamente ao factor <strong>de</strong> reflexão <strong>de</strong> entrada, este<br />
não <strong>de</strong>ve ter gran<strong>de</strong>s flutuações com o sinal modulante,<br />
por forma a manter as condições <strong>de</strong> carga na saída do<br />
analisador <strong>de</strong> espectros. A figura 6 mostra o factor <strong>de</strong><br />
reflexão <strong>de</strong> entrada do transístor nas situações ON/OFF,<br />
com uma variação inferior a 1dB à frequência <strong>de</strong> trabalho<br />
<strong>de</strong> 3 GHz.<br />
S 11 [dB]<br />
10<br />
0<br />
-10<br />
-20<br />
-30<br />
s 11off<br />
s 11on<br />
2 2.5 3 3.5 4<br />
Frequência [GHz]<br />
Figura 6: Factor <strong>de</strong> reflexão <strong>de</strong> entrada do transístor para a<br />
banda <strong>de</strong> frequências 2 GHz a 4 GHz.<br />
III. O SISTEMA DE RECEPÇÃO<br />
Em medidas <strong>de</strong> diagrama é conveniente operar a<br />
antena em teste (AET) como receptor, colocando-a sob
iluminação apropriada por uma antena emissora. Esta é<br />
fixa na sua posição e a antena <strong>de</strong> teste é rodada num eixo<br />
vertical pelo mastro <strong>de</strong> suporte da antena. Para obter um<br />
diagrama preciso <strong>de</strong> campo é necessário que as medidas<br />
sejam efectuadas na zona distante, ‘d’, consi<strong>de</strong>rando-se:<br />
2<br />
2 × a<br />
d = (2)<br />
λ<br />
Outra exigência para um diagrama <strong>de</strong> campo preciso<br />
é que a antena emissora produza, o mais<br />
aproximadamente possível, uma onda plana <strong>de</strong> amplitu<strong>de</strong><br />
e fase uniformes sobre uma região pelo menos tão gran<strong>de</strong><br />
como aquela ocupada pela antena em teste.<br />
1 KHz<br />
PC<br />
Detector<br />
Plano <strong>de</strong><br />
Massa<br />
Antena<br />
Helicoidal<br />
Figura 7: Esquema do sistema <strong>de</strong> recepção.<br />
O sistema <strong>de</strong> recepção apoia-se numa plataforma<br />
rotativa controlada por computador [3] (figura 7). O sinal<br />
<strong>de</strong> alta frequência recebido, modulado em amplitu<strong>de</strong>, é<br />
aplicado a um <strong>de</strong>tector <strong>de</strong> envolvente, que consiste num<br />
díodo. O sinal resultante, <strong>de</strong> 1kHz, é enviado para o<br />
sistema <strong>de</strong> medida para representação gráfica também em<br />
computador.<br />
Plataforma Rotativa<br />
Antena RX<br />
Antena TX<br />
Mesa <strong>de</strong> Suporte<br />
Figura 8: Esquema <strong>de</strong> distribuição dos painéis absorventes<br />
Num sistema <strong>de</strong> medida a antena <strong>de</strong> recepção <strong>de</strong>ve<br />
receber apenas a radiação directa da antena emissora e<br />
nunca radiação proveniente <strong>de</strong> reflexões nas pare<strong>de</strong>s da<br />
sala ou objectos circundantes que irão naturalmente<br />
interferir na forma do diagrama <strong>de</strong> radiação. Numa<br />
câmara anecóica apropriada para medidas em antenas as<br />
pare<strong>de</strong>s da sala, totalmente livre <strong>de</strong> objectos estranhos ao<br />
sistema <strong>de</strong> medida, estão revestidas com material<br />
absorvente apresentando-se este material<br />
simultaneamente rugoso por forma a diminuir e dispersar<br />
reflexões in<strong>de</strong>sejáveis. A rugosida<strong>de</strong> <strong>de</strong>ve ter uma<br />
dimensão que obe<strong>de</strong>ce a critérios mais ou menos<br />
empíricos mas <strong>de</strong>ve ser pelo menos da or<strong>de</strong>m do<br />
comprimento <strong>de</strong> onda <strong>de</strong> trabalho.<br />
O sistema <strong>de</strong> medida disponível funciona a 11 GHz e<br />
os painéis absorventes que o acompanham apresentam<br />
uma rugosida<strong>de</strong> da or<strong>de</strong>m <strong>de</strong> 2 a 3 cm o que comparado<br />
com o comprimento <strong>de</strong> onda a 3 GHz (10 cm) se mostra<br />
pouco eficiente. Por esta razão os painéis foram dispostos<br />
da forma apresentada nas figuras 8 e 9. As linhas a<br />
tracejado mostram possíveis direcções <strong>de</strong> radiação<br />
proveniente não só da antena emissora mas das pare<strong>de</strong>s e<br />
objectos circundantes.
Figura 9: Fotografia, mostrando a disposição dos painéis<br />
absorventes, a plataforma rotativa e a antena receptora<br />
IV. MEDIDAS<br />
Apresentam-se nas figuras 12 e 13 resultados <strong>de</strong><br />
medições efectuadas com o sistema <strong>de</strong>scrito<br />
anteriormente e, para comparação e validação <strong>de</strong>sse<br />
mesmo sistema, resultados <strong>de</strong> medições efectuadas em<br />
câmara anecóica instalada no IST (figuras 10 e 11).<br />
Figura 10: A antena montada no sistema <strong>de</strong> medida<br />
Figura 11: Aspecto geral da câmara anecóica do<br />
IST – Secção <strong>de</strong> Propagação e <strong>Radiação</strong><br />
A importância da distância entre as antenas emissora<br />
e receptora está patente na figura 10. Os resultados<br />
obtidos para distâncias <strong>de</strong> 1, 2, e 3 metros são idênticos<br />
entre si. Já a medida efectuada a 4 metros apresenta<br />
algumas diferenças nomeadamente abaixo dos -10 dB <strong>de</strong><br />
amplitu<strong>de</strong> <strong>de</strong> sinal, tornando-se o lobo <strong>de</strong> radiação mais<br />
estreito.<br />
A medida efectuada a 5 metros mostra idêntico<br />
resultado. A gran<strong>de</strong> proximida<strong>de</strong> da pare<strong>de</strong> provoca o<br />
<strong>de</strong>svio do diagrama que se constata entre os 40º e os 45º.<br />
Amplitu<strong>de</strong> [dB]<br />
0<br />
-10<br />
-20<br />
-30<br />
-40<br />
-50<br />
H_P_1 H_P_2 H_P_3<br />
H_P_4 H_P_5<br />
-60<br />
-180 -135 -90 -45 0 45 90 135 180<br />
Orientação da Antena [graus]<br />
Figura 12: <strong>Medida</strong>s efectuadas para várias distâncias entre a<br />
antena emissora e antena receptora.<br />
Amplitu<strong>de</strong> [dB]<br />
0<br />
-10<br />
-20<br />
-30<br />
-40<br />
-50<br />
H_Sim H_P_4 P1C1<br />
-60<br />
-180 -135 -90 -45 0 45 90 135 180<br />
Orientação da Antena [graus]
Figura 13: Comparação das medidas efectuadas no sistema<br />
proposto e em câmara anecóica apropriada.<br />
Na figura 13 comparam-se os resultados anteriores<br />
(H_P_4) com os obtidos em câmara anecóica apropriada<br />
(P1C1) e com resultados obtidos por simulação (H_Sim).<br />
Até -20 dB os resultados obtidos com o sistema<br />
proposto, a 4 metros, e na câmara anecóica, são<br />
praticamente coinci<strong>de</strong>ntes. São totalmente coinci<strong>de</strong>ntes,<br />
na largura <strong>de</strong> feixe <strong>de</strong> –3 dB, os resultados obtidos nos<br />
dois sistemas e os resultados obtidos por simulação. Estes<br />
últimos apresentam, no entanto, um diagrama mais<br />
estreito.<br />
V. CONCLUSÕES<br />
Perante os resultados apresentados no ponto anterior<br />
fica <strong>de</strong>monstrado que o sistema <strong>de</strong> medida proposto neste<br />
artigo e que está instalado no Laboratório <strong>de</strong> <strong>Sistema</strong>s <strong>de</strong><br />
Telecomunicações do DEEC-ISEL permite com algum<br />
rigor traçar o diagrama <strong>de</strong> radiação <strong>de</strong> antenas que<br />
operem na banda <strong>de</strong> frequências especificada. O sistema<br />
é constituído com base num sistema que opera a 11 GHz.<br />
A nova frequência <strong>de</strong> trabalho é conseguida a partir <strong>de</strong><br />
equipamento auxiliar, em concreto um analisador <strong>de</strong><br />
espectro do qual se aproveitou o oscilador local com<br />
varrimento <strong>de</strong> frequências entre os 2.3 GHz e os 4 GHz.<br />
Como o sistema funciona com portadora modulada em<br />
amplitu<strong>de</strong>, foi projectado e construído um pequeno<br />
circuito modulador com uma frequência <strong>de</strong> sinal<br />
modulante igual a 1 kHz. Conjugando a facilida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
construção e a boa directivida<strong>de</strong>, as antenas utilizadas<br />
são do tipo helicoidal funcionando no modo axial.<br />
O sistema proposto, ainda que simples, e a funcionar<br />
em condições <strong>de</strong>sfavoráveis, permite no entanto aos<br />
alunos da disciplina <strong>de</strong> <strong>Sistema</strong>s Radiantes um estudo<br />
prático das antenas que são projectadas com auxílio <strong>de</strong><br />
ferramentas <strong>de</strong> simulação. Permite por outro lado,<br />
apresentar aos alunos a constituição básica <strong>de</strong> um sistema<br />
<strong>de</strong> medida <strong>de</strong> antenas e os problemas associadas, <strong>de</strong>vidos<br />
nomeadamente, à ausência <strong>de</strong> uma câmara anecóica<br />
apropriada.<br />
O sistema <strong>de</strong> medida está ainda incompleto uma vez<br />
que não permite, <strong>de</strong> forma simples e automática, a<br />
análise das antenas em termos <strong>de</strong> polarização. Medições<br />
<strong>de</strong> fase não são igualmente possíveis. Ficam <strong>de</strong>sta forma<br />
abertas perspectivas <strong>de</strong> trabalho futuro que permitam<br />
dotar o sistema <strong>de</strong> um maior número <strong>de</strong> funções e maior<br />
facilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> utilização<br />
AGRADECIMENTO<br />
Um agra<strong>de</strong>cimento especial à Secção <strong>de</strong> Propagação e<br />
<strong>Radiação</strong> do IST pela disponibilização da câmara<br />
anecóica, e ao professor Custódio Peixeiro pela total<br />
disponibilida<strong>de</strong> durante a fase <strong>de</strong> medidas das antenas.<br />
REFERÊNCIAS<br />
[1] John D. Kraus, <strong>Antenas</strong>, Editora Guanabara Dois S.<br />
A. Rio <strong>de</strong> Janeiro, 1983.<br />
[2] Jean François Zürcher, e Fred E. Gardiol,<br />
Broadband Patch Antennas, Artech House,<br />
Londres, 1995.<br />
[3] Dr. J.M. Kloza, e Dipl. Ing. K. Brei<strong>de</strong>nbach, MTS<br />
7.6 Antenna Technology, Leybold Didactic, 2 nd<br />
Version, 1993.