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RICARDO GENARI CARACTERÍSTICAS DE ... - SBI-Café - UFV

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pode ser produzido durante a fermentação, por exemplo, é o responsável pelo<br />

gosto indesejável de cebola no café. A quantidade desse ácido também depende dos<br />

microrganismos presentes (Mônaco, 1961, citado em INFORME<br />

AGROPECUÁRIO, 1997).<br />

Os resultados de análises de amostras de café de qualidades diferenciadas,<br />

pelo teste organoléptico, referentes à presença de carboidratos livres totais,<br />

açúcares redutores, proteínas solúveis, ácido clorogênico total, fenóis solúveis em<br />

metanol e água, e fenóis hidrolisáveis, demonstraram que esses compostos<br />

interferem positivamente na qualidade da bebida e conferem o sabor e o aroma<br />

peculiares do café (AMORIM, 1975). A atividade de polifenoloxidases também<br />

está, comprovadamente, relacionada com a qualidade do café, sendo mais baixa em<br />

café de qualidade inferior (OLIVEIRA et al., 1977). A descoberta do composto<br />

2,4,6-tricloroanisol, em amostras do café classificado como de bebida rio,<br />

demonstrou que a ação do fungo Aspegillus niger está relacionada com a má<br />

qualidade da bebida (AMORIM e MELO, 1992).<br />

Embora tenha sido repetidamente mostrado por vários pesquisadores que a<br />

degradação da camada mucilaginosa do fruto do café, durante o processo<br />

fermentativo, ocorre, inicialmente, pela atividade das enzimas presentes<br />

naturalmente no fruto, a participação das enzimas extracelulares produzidas por<br />

microrganismos é de maior importância na fermentação natural (ARUNGA, 1982).<br />

Estudos sobre a fermentação do café têm demonstrado a ocorrência de uma<br />

alta atividade microbiana, durante as primeiras 12 a 14 horas após a colheita dos<br />

frutos (DOYLE et al., 1997). A participação de bactérias no processo fermentativo<br />

do café tem sido evidenciada em alguns trabalhos. Vaughn (1958), citado por<br />

ARUNGA (1982), isolou bactérias do grupo coliforme e espécies pectinolíticas de<br />

Bacillus em café brasileiro. A maioria dos microrganismos detectados durante o<br />

primeiro estádio fermentativo foi classificada como Aerobacter (Enterobacter) e<br />

Escherichia (Frank et al., 1965, citados por DOYLE et al., 1997). Populações<br />

dessas bactérias aumentam de 10 2 para 10 9 UFC/ g, durante as primeiras 24 horas.<br />

Estudos de fermentação conduzidos em frutos de café Kona demonstraram que<br />

Erwinia dissolvens foi a principal responsável pela degradação da mucilagem<br />

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