11.05.2013 Views

CORNELIA FUNKE Ilustrações - CloudMe

CORNELIA FUNKE Ilustrações - CloudMe

CORNELIA FUNKE Ilustrações - CloudMe

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

Ela se pôs a caminho. Aquela era a direção certa?<br />

— Você não pode ir junto, Elinor! — dissera Mortimer.<br />

Ele ficara tão diferente no terno que Farid havia roubado<br />

para ele, parecia um dos capangas de Capricórnio, mas afinal<br />

era esse o objetivo do disfarce. Até mesmo uma espingarda o<br />

garoto arranjara.<br />

— Por que não? — ela respondera. — Eu até concordo<br />

em pôr esse vestido idiota!<br />

— Uma mulher chamaria muito a atenção! Você mesma<br />

viu. A noite, não há mulheres na rua. Apenas os guardas.<br />

Pergunte ao garoto.<br />

— Não quero perguntar! Por que ele não roubou um<br />

terno para mim? Eu poderia me disfarçar de homem!<br />

Para isso eles não tinham resposta.<br />

— Elinor, por favor, precisamos de alguém que fique<br />

com as nossas coisas!<br />

— Com as nossas coisas? Você se refere à mochila<br />

imunda de Dedo Empoeirado?<br />

Ela a chutara de raiva. Como eles se achavam espertos!<br />

Mas seu disfarce de nada lhes servira! Quem os reconhecera?<br />

Basta, Nariz Chato, o perna-de-pau? “Ao amanhecer estaremos<br />

de volta, Elinor! Com Meggie.” Mentiroso! Ela percebera em<br />

sua voz que nem ele mesmo acreditava no que dizia. Elinor<br />

tropeçou na raiz de uma árvore, agarrou-se em algo espinhento<br />

e ajoelhou-se aos prantos. Assassinos! Assassinos e<br />

incendiários. Por que ela tinha que se meter com aquela gente?<br />

Ela deveria ter percebido, naquele dia em que Mortimer<br />

aparecera tão repentinamente diante da sua porta e lhe pedira<br />

que escondesse o livro. Por que ela simplesmente não se<br />

recusara? Ela não tinha percebido na hora que o devorador de<br />

fósforos tinha “encrenca” escrito na testa com tinta vermelha?<br />

Mas o livro... sim, o livro. É claro que ela não pudera resistir...<br />

“A marta fedorenta eles levaram”, ela pensou, enquanto<br />

se reerguia. “Mas a mim não. E agora eles estão mortos.”<br />

“Vamos chamar a polícia!” Quantas vezes ela não dissera isso?!

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!