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CORNELIA FUNKE Ilustrações - CloudMe

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vez num castelo que ela e Mo visitaram. Os cabelos de Elinor já<br />

eram grisalhos, ela os prendera no alto da cabeça, mas caíam<br />

mechas por todos os lados, como se ela os tivesse prendido<br />

com muita pressa e impaciência. Elinor não parecia gastar<br />

muito tempo na frente do espelho.<br />

— Meu Deus do céu, Mortimer! Mas que surpresa<br />

enorme! — ela disse, sem perder tempo com cumprimentos. —<br />

Que ventos o trazem aqui?<br />

Seu tom de voz era rude, mas seu rosto não conseguia<br />

esconder o fato de que ela estava contente por ver Mo.<br />

— Olá, Elinor — disse Mo, pondo a mão no ombro de<br />

Meggie. — Você se lembra de Meggie? Ela cresceu bastante,<br />

como você está vendo.<br />

Elinor lançou um breve olhar irritado para Meggie.<br />

— Sim, estou vendo — ela disse. — Afinal de contas, as<br />

crianças possuem a peculiaridade de crescer, não é? E, pelo que<br />

me lembro, faz alguns anos que não vejo a sua cara nem a da<br />

sua filha. A que devo a inesperada honra desta visita,<br />

justamente hoje? Finalmente você resolveu se compadecer dos<br />

meus pobres livros?<br />

— Exatamente — Mo confirmou com a cabeça. — Um<br />

dos meus trabalhos foi adiado, era numa biblioteca, e você sabe<br />

como é, as bibliotecas estão sempre com falta de verbas.<br />

Meggie fitou-o inquieta. Ela não sabia que ele era capaz<br />

de mentir tão bem.<br />

— Com a pressa — prosseguiu Mo — não tive tempo de<br />

arrumar um lugar para Meggie ficar, por isso a trouxe comigo.<br />

Sei que você não gosta de crianças, mas Meggie não lambuza os<br />

livros com marmelada e também não arranca as páginas para<br />

embrulhar sapos mortos.<br />

Elinor bufou desconfiada e mediu Meggie com o olhar,<br />

como se esperasse dela todos os tipos de infâmias, por mais que<br />

seu pai afirmasse o contrário.<br />

— Da última vez que você a trouxe aqui, pelo menos<br />

podíamos prendê-la no cercado — ela observou com voz fria.

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