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CORNELIA FUNKE Ilustrações - CloudMe

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mais próxima. Ele estava acabando de amarrar as guias no<br />

tronco áspero quando Nariz Chato despertou de sua paralisia.<br />

— Solte os cachorros! — ele gritou, apontando a<br />

espingarda para Mo.<br />

Dedo Empoeirado xingou com voz abafada e<br />

desamarrou os cachorros, mas a pedra que Farid jogou foi mais<br />

rápida. Ela atingiu Nariz Chato no meio da testa — uma pedra<br />

muito pequena e discreta, mas que derrubou o gigante na relva,<br />

como se fosse uma árvore abatida, bem aos pés de Dedo<br />

Empoeirado.<br />

— Mantenha os cães longe de mim! — gritou Mo,<br />

enquanto Basta ainda tentava usar a espingarda.<br />

Um dos cães abocanhara a manga de Mo. Ao menos era<br />

o que Meggie desejava: que tivesse sido somente a manga.<br />

Antes que Elinor pudesse detê-la, ela correu em direção<br />

ao feroz animal e agarrou a coleira cheia de cravos. O cão não<br />

soltava, por mais que ela o puxasse. Ela viu o sangue na manga<br />

de Mo, e o cano da espingarda de Basta quase bateu na cabeça<br />

dela.<br />

Dedo Empoeirado tentou chamar os cães de volta, e eles<br />

pareciam dispostos a obedecer, pelo menos soltaram Mo. Mas,<br />

ao mesmo tempo, Basta conseguiu se libertar.<br />

— Pega! — ele gritou.<br />

Os cães ficaram ali parados, rosnando, sem decidir se<br />

deveriam obedecer a Basta ou a Dedo Empoeirado.<br />

— Malditos vira-latas! — gritou Basta, apontando a<br />

espingarda para o peito de Mo.<br />

No mesmo instante, Elinor encostou a espingarda de<br />

Nariz Chato na cabeça de Basta. As mãos dela tremiam, e o<br />

rosto estava coberto de manchas vermelhas, como sempre<br />

acontecia quando ficava nervosa, mas assim mesmo ela parecia<br />

mais do que decidida a fazer uso da arma.<br />

— Abaixe essa espingarda! — ela disse com voz trêmula.<br />

— E ai de você se disser uma palavra errada para os cães!<br />

Talvez eu nunca tenha segurado uma espingarda antes, mas

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