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CORNELIA FUNKE Ilustrações - CloudMe

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oliveiras, vinhas e o que mais desse fruto naquele solo. Mas as<br />

árvores estavam cercadas de mato e a terra coberta de frutos<br />

que ninguém colhera, porque os homens haviam ido embora<br />

para algum lugar em busca de uma vida menos dura.<br />

— Abaixem a cabeça! — disse Dedo Empoeirado<br />

ofegante, enquanto se agachava com Farid atrás de um dos<br />

muros desmoronados. — Eles estão vindo.<br />

Mo puxou Meggie para trás da árvore mais próxima. A<br />

touceira espinhosa que crescia entre as raízes enodoadas tinha a<br />

altura exata para escondê-los.<br />

— E as cobras? — sussurrou Elinor enquanto<br />

cambaleava atrás deles.<br />

— Aqui é muito frio para elas! — sussurrou Dedo<br />

Empoeirado de seu esconderijo. — A senhora não aprendeu<br />

nada sobre elas nos seus livros?<br />

Elinor estava com a resposta na ponta da língua, mas Mo<br />

tapou sua boca com a mão. Lá embaixo, apareceu o carro. Era o<br />

furgão do qual a sentinela dorminhoca havia saído. Sem<br />

diminuir a velocidade, o carro passou pelo ponto onde eles<br />

haviam empurrado a perua de Elinor e desapareceu depois da<br />

próxima curva. Aliviada, Meggie quis tirar a cabeça dos<br />

espinhos, mas Mo empurrou-a para baixo novamente.<br />

— Ainda não! — ele sussurrou, aprumando os ouvidos.<br />

Era uma noite tão quieta como Meggie nunca vira antes.<br />

Era como se ela pudesse ouvir as árvores respirarem, as<br />

árvores, a relva e a própria noite.<br />

Os faróis do furgão surgiram na encosta de um outro<br />

morro: dois dedos de luz na escuridão tateando ao longo de<br />

uma estrada invisível. Mas de repente eles pararam de se mover.<br />

— Eles estão voltando! — sussurrou Elinor. — Oh,<br />

meu Deus. E agora?<br />

Ela quis se levantar, mas Mo a segurou firme.<br />

— Você está louca? — ele sussurrou. — É tarde demais<br />

para continuar a subir. Eles nos veriam.<br />

Mo tinha razão. Logo o furgão estava de volta. Meggie

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