pOESIAS PARA lIVRO-SÉRIO - Nestor Lampros
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dos coitos dos cervos e dos servos de gleba<br />
as doze meninas evocam as eras e as sedes<br />
e eu seco transmito amores<br />
mas no meu cerne a visão continua na imagem<br />
que faço nestas letras concorrentes à vida<br />
ao orgasmo à fome à morte à compaixão à<br />
sorte imensa de não saber ainda o que seja a vida<br />
nesta noite já brilhando por último<br />
anuncio com a aparelhagem desligada eu que falo<br />
ou denuncio a extrema repercussão de escrever<br />
a loucura dos que sorriem sem sentir palavras<br />
polvo espelho água desespero lepra sons fome<br />
de um homenzinho verde não dessa terra<br />
mas de alguma que entendeu a chama viva na parede<br />
e se despiu do manto calado dos errados<br />
e veio acorrentar-me como a alguém com o fígado<br />
trespassado por uma novela inútil mas influente<br />
como um polvo sem mais qualquer trocadilho<br />
ou ílio sem Homero- cem Homem acesos na casta<br />
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