pOESIAS PARA lIVRO-SÉRIO - Nestor Lampros
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OLHOS OU A FILOSOFIA<br />
na cabeça entre as mãos flutuavam olhos<br />
mostradores de pressão suportavam olhos<br />
a putrefação pariu numa rua de ameixeiras<br />
de verde só tinha a mão caolha e detida<br />
no outro lado doze moças colhiam panos longos<br />
queriam exterminar a relva o fungo e a rede<br />
que permitia narizes fortes soarem fumo<br />
( e lá no meio do mar uma esponja confabula<br />
o fim da raça e caliça dos homens misturados<br />
ainda irradia conclusões de formas abismais)<br />
(os animais se encostam na rede de varandas<br />
onde um ocidente dá espasmos a um oriente<br />
e nasce entre uma cova o repensar de Eros)<br />
os tais sabiam navegar em mar de ª...<br />
retiravam –se no meio das trevas<br />
e os cágados dançavam numa noite enjaulada<br />
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