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SILVEIRA, Ildefonso. Retrato de Santa Clara de Assis na literatura hagiográfica. Petrópolis: Vozes. 1995. SILVEIRA, Ildefonso. São Francisco de Assis. Ensaio de leitura das fontes. Petrópolis: Vozes/Cefepal, 1990. SILVEIRA, Ildefonso. O passado interroga São Francisco. Petrópolis: Vozes, 2000 VANDENBROUCKE, François. La spiritualità del medioevo. Bologna: Edizione Dehoniane Bologna, 1991. Storia della spiritualità, v. 4/B. VARAZZE, Jacopo de. Legenda Áurea. Vidas dos santos. São Paulo: Companhia das Letras, 2003. VAUCHEZ, André. A espiritualidade da Idade Média ocidental. Séc. VIII-XIII. Lisboa: Editorial Estampa, 1995. Coleção Nova História, v. 26. Notas de rodapé 1 Itálico do próprio autor. 2 “Vemos agora por meio de espelho e em enigmas” (1 Cor 13,12). 3 A apresentação da vida de Francisco de Assis e os principais aspectos do movimento religioso por ele fundado serão tratados com maiores detalhes mais adiante, na terceira parte deste capítulo. Optamos por adiantar algumas reações de Francisco de Assis diante do contexto histórico em que viveu para que este capítulo não sugerisse ao leitor que o século XIII foi um mero “cenário”, ou “pano de fundo” na qual se desenrolou a vida de um homem e seus ideais, mas uma ambiência que influenciou e foi influenciada por um indivíduo. 4 O termo Legenda (do verbo latino légere, que traduz-se por “ler”, “colher”) na hagiografia medieval significa literalmente “aquilo que deve ser lido”, isto é, uma espécie de biografia usada tanto para divulgar a vida de um santo nos meios populares quanto para servir de material formativo para os novos membros de uma comunidade religiosa. 5 O tema da “novidade” franciscana será tratado na terceira parte deste capítulo. 6 Ordens Mendicantes é o nome dado às ordens religiosas fundadas por Francisco de Assis, em 1209 (Ordem dos Menores, conhecida como Franciscanos), por Domingos de Gusmão, em 1215 (Ordem dos Pregadores, conhecidos por Dominicanos). O nome provém da prática dos membros destas ordens de pedirem esmolas quando não conseguiam sobreviver do trabalho de suas mãos. 7 Uma Regra de Vida é um documento oficial em que estão inscritos os elementos essenciais que constituem a identidade de uma comunidade religiosa. No caso da Ordem de São Francisco, houve pelos menos três Regras: a primeira datada de 1209 e chamada de Proto-Regula (que na verdade era mais um conjunto de fragmentos dos Evangelhos do que um texto jurídico. Foi perdida ou absorvida por redações posteriores da Regra); a segunda, chamada de Regula Non Bullata, de 1221 e, a terceira denominada de Regula Bullata, de 1223. Aqui nos referimos a Regra aprovada pelo papa Honório III, em 1223. Monografias - Universidade Tuiuti do Paraná 52 | História | 2011
8 A primeira denominação dada ao movimento franciscano foi de “Homens penitentes oriundos da cidade de Assis” e somente posteriormente foi chamada oficialmente de Ordem dos Frades Menores ou Ordo Minorum. 9 Para a espiritualidade medieval, o saeculum (“século”) era qualquer modo de vida que não se identificasse com a vida religiosa. Em outras palavras, significa uma vida laica. 10 A palavra “frei” provém do latim frater que quer dizer “irmão”. 11 Cf. Atos do bem-aventurado Francisco e dos seus companheiros, Cap. 10. In.: FASSINI, Durvalino (coord.). Fontes Franciscanas. Santo André: O Mensageiro de Santo Antonio, 2004. 12 A partir deste ponto, no intuito de não confundir o leitor, optaremos por utilizar o termo “São Francisco” ao invés de “Francisco de Assis”, uma vez que neste capítulo, respeitando as intenções de seus primeiros hagiógrafos, não mais nos refererimos a ele em sua “historicidade” (ou uma espécie de Francisco histórico), mas, em sua santidade. 13 A autora prefere utilizar a palavra “deus” (aqui se tratando do Deus cristão) sempre com letra minúscula em toda sua obra, para, segundo ela, causar intencionalmente um estranhamento no leitor. 14 A palavra latina incipt pode ser traduzida tanto por “primeiro” quanto por “início”. 15 Para facilitar a compreensão por parte de leitores mais acostumados com as “Fontes Franciscanas”, utilizaremos aqui as siglas tradicionais para cada biografia de São Francisco. 16 Os negritos não constam no texto original. 17 “Os medievais usavam muito a imagem literária do espelho. Espelho é uma superfície lisa que reflete uma imagem, e os humanos já devem ter admirado essas imagens desde quando o único espelho conhecido era o das águas paradas. Mais tarde conseguiram fabricar espelhos, e começaram a refletir sobre eles e sobre sua riqueza simbólica (SILVEIRA, 1998, p. 52). São muito comuns na Idade Média as obras que apontavam as virtudes que deveriam seguir as grandes autoridades ou personalidades. Por exemplo, há os “Espelhos dos Príncipes”, “Espelho dos Reis”, etc. Na literatura franciscana, há até uma biografia do século XIV chamada Speculum Perfectionis, ou “O Espelho da Perfeição”. 18 Este tema será melhor tratado na segunda parte do terceiro capítulo deste estudo. 19 “Sobre o começo ou a fundação da Ordem e alguns feitos dos primeiros frades desta religião, companheiros de São Francisco”. 20 Embora São Francisco evitasse identificar sua Ordem com os costumes monásticos, o santo acabou permitindo que alguns frades morassem isolados em pequenas celas cravadas nas florestas e nas montanhas. 21 “Primeira hora” é uma expressão que significa, na literatura franciscana, idealização de uma “pureza vivida pelos primeiros companheiros de São Francisco”, quando estes ainda eram muito poucos. 22 A Porciúncula era o nome dado a uma das capelas restauradas por Francisco de Assis durante seu processo de conversão. Trata-se de uma igrejinha dedicada à Nossa Senhora dos Anjos e é considerada até hoje o “berço do movimento franciscano”. Monografias - Universidade Tuiuti do Paraná 53 | História | 2011
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