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Sistemas Dinâmicos Aplicados a Missões Espaciais - evfita

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V EVFITA – 8 a 10 de fevereiro de 2010<br />

ITA - São José dos Campos<br />

<strong>Sistemas</strong> <strong>Dinâmicos</strong> <strong>Aplicados</strong> a<br />

<strong>Missões</strong> <strong>Espaciais</strong><br />

Prof a Dr a Maisa de Oliveira Terra<br />

ITA - Instituto Tecnológico de Aeronáutica<br />

Departamento de Matemática<br />

São José dos Campos, SP<br />

maisa@ita.br


V Escola de Verão de Física do ITA<br />

8 a 10 de fevereiro de 2010<br />

<strong>Sistemas</strong> <strong>Dinâmicos</strong> <strong>Aplicados</strong> a<br />

<strong>Missões</strong> <strong>Espaciais</strong><br />

Prof a Dr a Maisa de Oliveira Terra<br />

ITA - Instituto Tecnológico de Aeronáutica<br />

Departamento de Matemática<br />

São José dos Campos, SP<br />

maisa@ita.br


Esboço do Curso I:<br />

1ª Aula:<br />

Introdução e Definições Gerais<br />

2ª Aula:<br />

Projeto de <strong>Missões</strong> no Contexto do PR3C<br />

Parte Teórica<br />

3ª Aula:<br />

Aplicações e Extensões a PR4C


Esboçoda1 a Aula:<br />

1. Motivação Geral: o caso de N corpos<br />

2. O Problema de 2 Corpos<br />

3. Análise de <strong>Missões</strong> Interplanetárias<br />

4. O Conceito de Esfera de Influência<br />

5. Tipos de Manobras Orbitais<br />

6. Métodos Impulsivos Mais Importantes<br />

Transferência de Hohmann<br />

Transferência Bi-Elíptica Tri-Impulsiva<br />

Método Patched Conic e Manobras de Swing-By<br />

7. Definições de Captura<br />

8. Conjuntos Invariantes de Interesse


Esboçoda2 a Aula:<br />

1. Objetivo e motivação<br />

2. O Problema de N=3 Corpos<br />

─ Caso Restrito Circular Planar<br />

◦ Pontos de Equilíbrio ou Lagrangeanos<br />

◦ Constante de Jacobi e Regiões de Hill<br />

◦ Órbitas Periódicas de Poincaré e Halo<br />

◦ Aplicações dos Pontos Lagrangeanos em <strong>Missões</strong><br />

3. Elementos <strong>Dinâmicos</strong> Relevantes do P3CRCP<br />

◦ Conjuntos Invariantes Associados<br />

◦ Contribuições de Conley – McGehee – Llibre, Martinez e<br />

Simó<br />

◦ Existência de Órbitas Trânsito e de Orbitas Homoclínicas<br />

4. Existência de Conecções Heteroclínicas<br />

5. Aproximação de “Patched-3B”


Esboçoda3 a Aula:<br />

1. Transferências Terra-Lua<br />

2. Proposta da Fronteira de Estabilidade<br />

Fraca de Ed. Belbruno<br />

3. Sistema Júpiter e suas 2 Luas<br />

4. Extensão ao PR4C<br />

5. Aplicações em outras Áreas


Motivação: Motivação O Problema de N Corpos<br />

Considere o Problema de N corpos, N ≥ 2.<br />

Seja o movimento de N pontos materiais P k<br />

de massa m k >0, k=1,2,…,N, em um espaço<br />

tridimensional sob ação da força gravitacional.<br />

Sabemos que teremos como Equações de Movimento:<br />

3N EDOs de 2a Ordem (descrição newtoniana)<br />

ou, alternativamente,<br />

6N EDOs de 1a Ordem (descrição hamiltoniana)<br />

Para N≥2, a partir das Leis Clássicas da Conservação da<br />

Quantidade de Movimento (6), da Energia (1) e do Momento<br />

Angular (3):Conjunto (3): de 10 integrais algébricas independentes<br />

(integrais primeiras de movimento) que podem ser usadas para<br />

reduzir a dimensão efetiva do espaço de fases ou do<br />

espaço de coordenadas.


Motivação: Motivação Alguns Casos de Interesse<br />

Vôo de uma sonda espacial da Terra para Marte<br />

4 Corpos: Sol, Terra, Marte, Sonda<br />

Duas possíveis abordagens preliminares:<br />

• Baseada em P2C:<br />

Missão pode ser dividida em 3 partes:<br />

1ª fase: Terra - Sonda (próximo a Terra)<br />

2ª fase: Sol - Sonda (vôo interplanetário)<br />

3ª fase: Marte - Sonda (próximo a Marte)<br />

• Baseada em P3C:<br />

Missão pode ser dividida em 2 partes:<br />

1ª fase: Sol - Terra - Sonda (próximo a Terra)<br />

2ª fase: Sol - Marte - Sonda (próximo a Marte)


Motivação: Motivação<br />

Vôo Direto de uma sonda espacial da Terra para Lua<br />

3 Corpos: Terra, Lua, Sonda<br />

• Possível abordagem preliminar baseada em P2C:<br />

Missão pode ser dividida em 2 partes:<br />

1ª fase: Terra - Sonda (próximo a Terra)<br />

2ª fase: Lua - Sonda (próximo a Lua)<br />

Vôo de uma sonda espacial da Terra para Lua com<br />

Assistência Gravitacional do Sol<br />

4 Corpos: Sol, Terra, Lua, Sonda<br />

• Possível abordagem preliminar baseada em P3C:<br />

Missão pode ser dividida em 2 partes:<br />

1ª fase: Sol - Terra - Sonda (próximo a Terra)<br />

2ª fase: Terra - Lua - Sonda (próximo a Lua)


Revisão Histórica – Macro da Mecânica Celeste<br />

Segundo Szebehely (Adventures in Celestial Mechanics) pode ser<br />

dividida em 4 partes:<br />

(1 a ) ~2000 anos: inicia com Aristóteles, inclui Ptolomeu, Copérnico,<br />

Brahe, Galileu e Kepler.<br />

(2 a ) Clássica (provavelmente a mais significante do ponto de vista científico):<br />

Newton, Descartes, Leibnitz, Euler, Clairaut, D’Alembert,<br />

Lagrange, Laplace, Legendre, Gauss, Poisson, Encke e Hamilton.<br />

(3 a ) Moderna (Século 19): Hill, Tisserand, Poincaré, Moulton, Whittaker,<br />

Birkhoff.<br />

(4 a ) Século 20: Arnould, Brouwer, Duboshin, Herget, Herrick,<br />

Kolmogorov, Moser,Siegel, Wintner e outros.


Papel importante em Astronáutica por três motivos:<br />

1. Único problema em astrodinâmica para o qual existe solução<br />

completa e geral (a exceção de casos particulares de PR3C).<br />

2. Grande variedade de problemas práticos podem ser tratados<br />

como P2C.<br />

3. O efeito de outros corpos, em muitos casos, pode ser tratado<br />

como uma perturbação desse sistema.<br />

Breve Histórico: Histórico<br />

Para os antigos astrônomos babilônicos, gregos e egípcios o maior interesse<br />

era prever as posições do Sol, da Lua e dos planetas na esfera celeste a fim<br />

de obter um calendário exato e previsão exata de datas de eclipses.<br />

Ptolomeu – (151-127 (151 127 a.C) a.C)<br />

– astronomia geocêntrica. geocêntrica A crença de mais de<br />

1500 anos foi transcrita por Ptolomeu em sua obra Almagest:<br />

Esfera de estrelas gira em torno da Terra, Terra que está no centro, e demais corpos estão<br />

movendo-se separadamente em círculos perfeitos em esferas distintas.<br />

distintas


Breve Histórico: Histórico<br />

Ptolomeu – (151-127 (151 127 a.C) a.C)<br />

– astronomia geocêntrica (por por 17 séc) séc<br />

Descrevia o movimento aparente dos astros (Sol, Terra, 5 planetas<br />

conhecidos e estrelas) estrelas)<br />

como órbitas epicíclicas (Obra Obra: : Almagest).<br />

1a Quebra de Paradigma: Paradigma mudança do centro do Universo da Terra p/ o Sol<br />

Nicolau Copérnico – (polonês polonês, , 1473-1543)<br />

1473 1543) – influenciado por<br />

filósofos gregos (Pitágoras Pitágoras, , Heráclides,<br />

Heráclides,<br />

Aristarco,…)<br />

Aristarco,…)<br />

propõe a<br />

teoria heliocêntrica,<br />

heliocêntrica,<br />

porém sem comprovação experimental.<br />

Evento contemporâneo a descoberta da América e o fim da escura<br />

Idade Média. Média<br />

Em 1609, Galileu Galilei (1564-1642)<br />

(1564 1642) construiu o 1 o telescópio. telescópio<br />

Dentre suas descobertas:<br />

descobertas:<br />

de que Júpiter pode ser considerado como<br />

o centro de um sistema planetário com seus 4 satélites<br />

(suporte suporte observacional a teoria heliocêntrica que passa a ser aceita); aceita);<br />

as fases de Vênus; Vênus;<br />

os anéis de Saturno; Saturno;<br />

crateras e montanhas na Lua.<br />

Lua


Tycho Brahé (1546-1601)<br />

(1546 1601) - astrônomo dinamarquês - observou<br />

por anos o movimento dos astros e obteve uma grande<br />

quantidade de dados acurados em relação a suas posições. posições<br />

Johannes Kepler – alemão (1571-1630)<br />

(1571 1630) – discípulo<br />

de Tycho Brahé. Brahé.<br />

De 1601 a 1603 procura reconciliar teoria existente<br />

com dados observacionais precisos sobre a<br />

posição de Marte. Marte.<br />

2a Grande Quebra de Paradigma:<br />

Paradigma<br />

Conclusão: Conclusão movimento em círculos divinamente perfeitos <br />

elípses el pses.<br />

Dois aspectos favoreceram suas descobertas:<br />

(i) dados observacionais cuidadosos e,<br />

(ii) a exceção de Mercúrio, órbita de Marte era a mais excêntrica.


Descrição de Kepler do Movimento Planetário: Planetário<br />

Em 1609: ((Astronomia<br />

Astronomia Nova) Nova)<br />

1ª Lei: A órbita de cada planeta é uma elípse com o Sol em um<br />

dos focos. focos<br />

2ª Lei: (Lei das Áreas) Áreas O raio vetor que une o<br />

planeta ao Sol varre áreas iguais em tempos iguais. iguais<br />

Em 1619:<br />

3ª Lei: (Lei Harmônica) Harmônica O quadrado do período de<br />

revolução de um planeta é proporcional ao cubo de<br />

sua distância média ao Sol.<br />

O Pôrque: Pôrque:<br />

Isaac Newton (1642-1727)<br />

(1642 1727) – no livro Principia<br />

(3 leis de movimento + LGU)<br />

Lei da Gravitação Gravita ão Universal: 2 corpos quaisquer se atraem<br />

mutuamente com uma força for proporcional ao produto de suas<br />

massas e inversamente proporcional ao quadrado da distância<br />

que os separa. separa<br />

GMm<br />

r<br />

− 29 3 2<br />

F = − , G = 6,<br />

673 x10<br />

m /kg.s<br />

2<br />

r r


Solução do Problema de 2 Corpos: Corpos<br />

Hipóteses simplificadoras:<br />

simplificadoras<br />

• corpos perfeitamente esféricos → massas puntuais (pontos materiais)<br />

• única força do sistema é atração gravitacional mútua entre os 2C.<br />

Sejam: - o sistema inercial de referência Oxyz e<br />

- os pontos materiais P1 e P2 com massas M e m e posições<br />

Assim, definindo r =<br />

r2<br />

− r1,<br />

temos um Sistema de 6 EDOs de 2 a Ordem (2 corpos x 3 GL):<br />

&<br />

Gm r GM r<br />

= , &r<br />

&<br />

2<br />

2 = −<br />

r r r r<br />

r1 2<br />

cuja solução envolve 12 constantes arbitrárias de integração.<br />

Espaço de fases: fases 2x3x2 dimensões<br />

Sistema Integrável: Integrável devido às constantes de movimento<br />

r<br />

1<br />

e r<br />

2


Integrais de Movimento ou Integrais Primeiras do P2C<br />

Seja o centro de massa do sistema, cuja posição é<br />

r<br />

CM<br />

tal que Mr 1 + mr2<br />

= at<br />

+ b<br />

Mr1<br />

+ mr2<br />

=<br />

M + m<br />

a e b representam 6 constantes de movimento.<br />

CM em MRU com velocidade<br />

e posição inicial<br />

a ( M + m)<br />

b ( M + m)<br />

Podemos associar ao CM um sistema inercial de referência<br />

// ao sistema Oxyz , se deslocando com velocidade constante,<br />

obtendo-se 6 EDOs desacopladas. Novas posições: r ' e r '.<br />

−1<br />

−1<br />

1<br />

2


Integrais de Movimento ou Integrais Primeiras do P2C<br />

• Integral de Energia (energia energia mecânica específica):<br />

específica):<br />

<br />

1 2 μ<br />

ε = υ − , onde υ é a magnitude do vetor velocidade e μ = GM.<br />

2 r<br />

• Integral do Momentum Angular: Angular<br />

h = r × r&<br />

r ⋅h = r&<br />

⋅h<br />

= 0 → h é perpendicular<br />

ao plano definido pelos vetores r e r&<br />

.<br />

Como h é constante → movimento restrito ao plano orbital.<br />

Segunda Lei de Kepler<br />

• Vetor de Laplace-Runge<br />

Laplace Runge-Lenz Lenz:<br />

r<br />

B = r&<br />

× h − μ<br />

r<br />

<br />

B ⋅h<br />

= 0 → B está no plano da órbita, definindo uma direção.<br />

ε , h correspondem<br />

a 4 constantes e → 5 Integrais de Movimento<br />

B a apenas 1constante<br />

Independentes<br />

Obs.: Existe outra relação entre B e h.


Def 1.: Quando duas ou mais integrais de movimentos I 1 , I 2<br />

existem para um sistema de equações diferenciais ordinárias,<br />

estas são chamadas independentes se os vetores gradientes<br />

( ∂ , K,<br />

∂ , ∂ , K,<br />

∂ ∂ )<br />

∂ ≡<br />

,<br />

r, r&<br />

,<br />

r&<br />

t r1<br />

rN<br />

r&<br />

1<br />

N<br />

de I 1 e I 2 são independentes. Isto implica que o posto da matriz<br />

de ordem 2x(6N+1)<br />

é em geral 2.<br />

∂<br />

∂(<br />

I ) 1,<br />

I2<br />

r , K,<br />

r , r&<br />

, K,<br />

r&<br />

, t<br />

( )<br />

1<br />

N<br />

1<br />

N<br />

t


Equação de Trajetória<br />

r<br />

=<br />

1+<br />

2<br />

h μ<br />

( B / μ)<br />

cos<br />

f , denominado anomalia verdadeira,<br />

é o ângulo entre r e B<br />

Equação geral de uma seção cônica em coordenadas polares com a<br />

origem localizada em um dos focos e ângulo f corresponde ao ângulo<br />

entre o raio vetor r e a direção associada ao ponto da curva mais<br />

próximo do foco.<br />

r<br />

=<br />

1+<br />

p<br />

ecos<br />

Tipo de seção cônica:<br />

• Círculo: e=0<br />

• Elipse: 0


Em 3 dimensões, precisamos de 6 Elementos Orbitais para<br />

representar a dinâmica, que são as seguintes variáveis do:<br />

Tipo ação:<br />

1. Semi-eixo maior a,<br />

2. Excentricidade da órbita e,<br />

3. Inclinação i (do plano orbital, com<br />

relação a um sistema inercial.<br />

Tipo ângulo:<br />

4. Longitude do nodo ascendente Ω<br />

5. Argumento do periapsis<br />

(ou pericentro ou periélio) ω<br />

6. Anomalia verdadeira v.<br />

Obs: Movimento no Sistema Solar não está confinado a um único plano orbital.


Neste diagrama, o plano orbital (amarelo) intersepta<br />

um plano de referência (cinza).<br />

Para satélites orbitando a Terra, o plano<br />

de referência é geralmente o Equador da<br />

Terra, e para satélites em órbitas solares<br />

é plano de revolução da Terra em redor<br />

do Sol, chamado plano eclíptico.<br />

Direção do Equinócio Vernal (♈): linha<br />

de referência a partir do Sol a um ponto<br />

fixo na esfera celeste.<br />

Corresponde ao 1 o dia de primavera no<br />

hemisfério Norte, apontando à constelação de<br />

Áries.<br />

A intersecção é chamada a linha dos nodos, uma vez que conecta o centro de<br />

massa com o nodo ascendente (ponto onde a órbita intersecta o plano de referência)<br />

e o nodo descendente.<br />

O ângulo entre a linha de referência até o nodo ascendente é a Longitude do Nodo<br />

Ascendente Ω.<br />

Este plano, junto com o Ponto Vernal, (♈), estabelece o sistema de referência.


Análise de <strong>Missões</strong> <strong>Espaciais</strong> Interplanetárias:<br />

Interplanetárias:<br />

Método “Patched Conic”:<br />

Análise de uma missão complexa, envolvendo uma EN e vários corpos<br />

celestes como uma seqüência de P2C, no qual um dos corpos é sempre<br />

a EN.<br />

Justificativa: EN é suficientemente próxima a um corpo celeste, tal como<br />

da Terra, de modo que a força de atração gravitacional dos outros corpos<br />

(Sol, Lua e outros planetas) pode ser desprezada.<br />

Então trata-se do P2C Terra-EN.<br />

Def.: A região dentro da qual esta aproximação é válida é chamada<br />

Esfera de Influência (SOI) da Terra.<br />

Cada corpo celeste tem uma Esfera de Influência.<br />

No sistema solar, se um corpo está fora da SOI de planetas e lua,<br />

considera-se a órbita em torno do Sol.<br />

Com a aproximação de missão complexa como uma seqüência de P2C,<br />

usa-se órbitas cônicas para descrever as várias fases da missão.


Trajetórias “Planetary Flyby” ou “Gravity-Assist”:<br />

“Gravity Assist”:<br />

Encontros ocorrem dentro da SOI do Planeta de Flyby.<br />

Flyby planetário tem sido usado extensivamente por EN interplanetárias.<br />

Exs:<br />

• Voyager 1 voando de Júpiter a Saturno;<br />

• Voyager 2 voando por Júpiter, Saturno, Urano e Netuno em 1989;<br />

• ICE (Interplanetary Cometary Explorer) flyby pela Lua em direção<br />

ao Cometa Giacobinni-Zinner em 1984; e<br />

• Galileu, usou uma trajetória VEEGA: Venus-Earth-Earth Gravity-Assist,<br />

explorando um flyby de Venus seguido de 2 flybys da Terra,<br />

antes de atingir Júpiter, em 1995.<br />

Obs: Missão Galileu foi finalizada em Set 21, 2003 (14 anos de<br />

duração explorando Júpiter e arredores (9 Luas e anel).


SOI da Terra: região dentro da qual, pode-se como uma aproximação<br />

desprezar as forças gravitacionais na EN devido ao Sol, Lua e outros<br />

planetas e analisar o Problema como um P2C Terra-EN.<br />

Buscando uma definição correta:<br />

Uma Definição Simplísta de SOI: a forçanaEN devidoàTerraé maior<br />

que a força na EN devido ao Sol. A superfície ao longo da qual as<br />

2 forças são iguais seria a Esfera de Influência (SOI).<br />

Gm<br />

r<br />

1/<br />

2<br />

emv Gmsm<br />

⎛<br />

v m ⎞ e<br />

> ⇒ rev<br />

< r<br />

2<br />

2<br />

sv<br />

ev rsv<br />

ms<br />

Se supomos que EN está entre a Terra e o Sol, então:<br />

8<br />

r + r = 1au<br />

≈1,5×<br />

10 km ⇒ r = 1−<br />

ev<br />

sv<br />

⎜<br />

⎝<br />

⎟<br />

⎠<br />

sv<br />

r<br />

ev<br />

s → Sol<br />

e → Terra<br />

v → veículo


me<br />

ms<br />

m<br />

5<br />

5<br />

⇒ r <<br />

au, e<br />

ev<br />

≈ 3×<br />

10 ⇒ rev<br />

≅ 2,<br />

5×<br />

10 km<br />

⎛ m ⎞ ms<br />

⎜1+<br />

e ⎟<br />

⎝ ms<br />

⎠<br />

≅ 42 raios da Terra<br />

Lua fora da SOI da Terra: Lua deveria estar orbitando em torno do Sol<br />

como um asteróide<br />

Definição Incorreta<br />

Definição Correta de SOI: Devida a Laplace no Séc. 18.<br />

Considera a EN como um satélite de um corpo, calculando a perturbação<br />

da aceleração deste movimento devido a atração do outro corpo.<br />

Fazendo isto para cada corpo, é possível determinar a esfera de<br />

influência, comparando a razão entre as acelerações.<br />

Vejamos:<br />

Escrevendo Eq. de Mov de cada um dos corpos e subtraindo-as duas a duas obtemos:


Seja o sistema de 3C: Sol (s) – planeta (p) – EN (v) (de veículo)<br />

•Movimento da EN relativa ao planeta, perturbado pelo Sol:<br />

2<br />

d r<br />

dt<br />

pv<br />

2<br />

G<br />

( m + m )<br />

2<br />

p v<br />

rsv<br />

sp<br />

pv<br />

+ rpv<br />

= −Gms<br />

− ⇒<br />

3<br />

3 3 ⎥<br />

2<br />

rpv<br />

rsv<br />

rsp<br />

dt<br />

⎡<br />

⎢<br />

⎣<br />

r<br />

⎤<br />

⎦<br />

d<br />

r<br />

− A<br />

onde A p representa a aceleração gravitacional devido ao planeta<br />

e P s é a perturbação devida ao Sol.<br />

•Movimento da EN relativa ao Sol, perturbado pelo planeta:<br />

2<br />

d r<br />

dt<br />

sv<br />

2<br />

G<br />

( m + m )<br />

⎡r<br />

+ s<br />

3<br />

rsv<br />

v rsv<br />

pv sp<br />

= −Gmp<br />

⎢ − ⎥ ⇒<br />

3 3<br />

rpv<br />

rsp<br />

2<br />

sv<br />

2<br />

dt<br />

⎣<br />

r<br />

⎤<br />

⎦<br />

d<br />

r<br />

− A<br />

onde A s representa a aceleração gravitacional devido ao Sol<br />

e P p é a perturbação devida ao planeta.<br />

Ainda que m s >>m p +m v , se veículo está muito próximo ao planeta, P s


Definição Correta da SOI: superfície ao longo da qual as magnitudes<br />

das acelerações satisfazem:<br />

P p<br />

=<br />

A<br />

s<br />

Ps<br />

A<br />

p<br />

Se o lado esquerdo > lado direito, então EN está dentro da SOI do planeta.<br />

Contrasta com definição incorreta para a qual interior da SOI é dada por<br />

P<br />

P<br />

A<br />

A<br />

Para Terra, s ≅ 0,15.<br />

p<br />

p<br />

s<br />

Ap<br />

Ps<br />

> 1 , para a correta >


Raios da Esfera de Influência de Planetas e da Lua<br />

Corpo<br />

Celeste<br />

Mercúrio<br />

Venus<br />

Terra<br />

Marte<br />

Júpiter<br />

Netuno<br />

Lua<br />

Raio Equatorial<br />

(km)<br />

2487<br />

6187<br />

6378<br />

3380<br />

71370<br />

22320<br />

1738<br />

Raio da SOI<br />

(km)<br />

1,13 x 10 5<br />

6,17 x 10 5<br />

9,24 x 10 5<br />

5,74 x 10 5<br />

4,83 x 10 7<br />

8,67 x 10 7<br />

6,61 x 10 4<br />

Obs.1: Para a Lua, SOI relativa a perturbações da Terra.<br />

Raio da SOI<br />

(raio do corpo)<br />

45<br />

100<br />

145<br />

170<br />

677<br />

3886<br />

Obs.2: Note que raio da SOI da Terra = 145 raios da Terra e não 42,<br />

como na definição incorreta. A Lua, como está a 60 raios da Terra,<br />

está bem dentro da SOI da Terra (raio da SOI da Terra=6x10 -3 u.a.<br />

Quase um ponto no Sistema Solar) .<br />

38


Definindo a Terminologia de Manobras Orbitais: Orbitais<br />

Manobras Manobras Impulsivas Impulsivas<br />

São as que envolvem uma única mudança de velocidade “quaseinstantânea”.<br />

Baseados no modelo de propulsão com empuxo infinito.<br />

Em fases de projeto preliminares os projetistas de missões<br />

consideram as mudanças de manobras desejadas como manobras<br />

impulsivas, pois isto reduz a complexidade de encontrar as transições<br />

orbitais corretas. As mudanças instantâneas em velocidade são referidas<br />

como ΔV.<br />

Manobras Manobras Não--Impulsivas<br />

Não Impulsivas<br />

Corresponde à aplicação de baixo impulso por períodos de tempo maiores.<br />

São consideradas menos eficientes, porém podem ser a única opção<br />

quando baixos pesos de lançamento são desejados.


Manobras Orbitais: Orbitais Métodos Impulsivos Mais Importantes<br />

Transferência de Hohmann<br />

É a solução bi-impulsiva ótima para a transferência entre 2 órbitas circulares<br />

coplanares de mesmo sentido. Foi criada por Walter Hohmann (Alemanha,1925).<br />

É o resultado mais usado em manobras espaciais.<br />

Solução: Órbita elíptica tangente a ambas órbitas circulares.<br />

⎛ ⎛r<br />

f ⎞ ⎞<br />

Segue os seguintes passos:<br />

⎜ 2⎜<br />

⎟ ⎟<br />

(i) Na órbita inicial, um impulso de magnitude ⎜ ⎝ r0<br />

ΔV ⎠<br />

− ⎟<br />

0 = V0<br />

1<br />

⎜ ⎛r<br />

f ⎞ ⎟<br />

⎜ ⎜ ⎟ + 1 ⎟<br />

⎝ ⎝ r0<br />

⎠ ⎠<br />

(onde r0 (rf ) é o raio da órbita inicial (final) e V0 é a velocidade do veículo em sua<br />

órbita inicial) é aplicado tangencialmente ao movimento. Com este impulso, o<br />

veículo entra em uma órbita elíptica com periapsis rf e apoapsis r0 .<br />

(ii) O 2 o impulso é aplicado quando o veículo está no apoapsis, com magnitude<br />

2<br />

Δ r<br />

V f = V0<br />

1−<br />

f ( rf<br />

/ r0<br />

) + 1<br />

− 1<br />

( r / ) 2<br />

0<br />

E esse impulso circulariza a órbita<br />

no raio final desejado.


Duração da manobra: ½ do período da<br />

órbita elíptica de transferência<br />

t<br />

=<br />

1 ⎧ 1+<br />

rf<br />

⎨<br />

2 ⎩ 2<br />

3/<br />

2<br />

É a abordagem tradicional para<br />

transferência de uma EN da Terra para<br />

a Lua.<br />

Para sua construção usa-se dinâmica<br />

de 2C para Terra-EN apenas e uma<br />

semi-elipse kepleriana conectando a<br />

Órbita estacionária em torno da Terra<br />

com umaÓrbitaestacionáriaemtorno<br />

da Lua.<br />

Obs.: Dinâmica Lua-EN não incluída.<br />

r<br />

0<br />

⎫<br />

⎬<br />

⎭<br />

onde T 0 é o período da órbita inicial.<br />

Custo da transf. é geralmente alto e outras tentativas para minimizálo<br />

têm sido feitas.<br />

T<br />

0


Generalizações daTransferência de Hohmann<br />

Após trabalho fundamental de Hohmann surgiram várias generalizações<br />

para outros casos de transferências coplanares. Alguns exemplos:<br />

— Para uma transf. entre uma órbita circular de raio r 0 e uma elíptica<br />

externa com periapsis r p e apoapsis r a (r 0


A Transferência Bi-Elíptica Bi Elíptica Tri-Impulsiva<br />

Tri Impulsiva<br />

A transferência bi-elíptica consiste de 2 órbitas em semi-elipses.<br />

Essa transferência possui os seguintes passos:<br />

(i) O 1 o impulso ΔV 0 é aplicado à órbita inicial para colocar a EN (ponto1)<br />

em uma órbita de transf. com periapsis r 0 e apoapsis r i (r i>r f) (*) ,<br />

(ii) Quando EN está no apoapsis (ponto 2), 2 o impulso ΔV i é aplicado para<br />

aumentar a altura do periapsis para r f ; (Esperto: longe do centro de atração!)<br />

(iii) Um 3 o impulso é aplicado, agora contrário a direção do movimento,<br />

quando EN está no periapsis (ponto 3); esse impulso circulariza a EN<br />

em uma órbita final desejada.<br />

(*) Caso contrário, Holmann seria mais eficiente.<br />

Uma transferência bi-elíptica de uma<br />

órbita inicial menor (azul escuro),<br />

para uma órbita circular maior<br />

(vermelha).


Hoelker e Silber (1959) mostraram que:<br />

a Transferência de Hohman é a transferência ótima entre 2 órbitas<br />

circulares e coplanares apenas quando rf / r0< 11,93876,<br />

caso contrário<br />

a Transferência Bi-Elíptica Bi Elíptica com 3 impulsos pode apresentar menor Δv.<br />

O impulso total gasto nessa transferência diminui quando r i aumenta.<br />

O mínimo ocorre quando r i=∞, a transferência bi-parabólica<br />

(2 órbitas passam a ser parabólicas).<br />

Sabe-se que para r f /r o >15,58178, a transferência bi-eliptica é sempre<br />

superior a de Holmann (para qualquer valor de ri>rf)<br />

e<br />

no intervalo 11,93876 < r f / r 0 < 15,58178 existe um valor limite de r i para<br />

o qual a bi-elíptica deve ser mais eficiente do que a de Hohmann.


Outras Manobras Bi-Impulsivas<br />

Bi Impulsivas<br />

Gobetz e Doll (1969) detalharam que:<br />

Existem transferências derivadas da bi-elíptica para os casos de<br />

transferência:<br />

— entre uma órbita circular e uma elíptica e<br />

— entre órbitas elípticas coaxiais.<br />

De forma geral, sabe-se que para uma transferência entre 2<br />

órbitas coplanares existem duas possibilidades para uma<br />

manobra ótima do ponto de vista de consumo mínimo de<br />

combustível:<br />

— Bi-impulsiva do tipo Hohmann ou<br />

— Tri-impulsiva passando pelo infinito.<br />

Sendo que o acréscimo de mais impulsos finitos não pode reduzir<br />

ainda mais o consumo de combustível (Ting, 1960).


Existem muitas outras variantes de manobras do tipo impulsiva na<br />

literatura: as que utilizam de uma série de manobras nos apsides<br />

para compensar uma eventual falta de capacidade dos propulsores<br />

em fornecer o impulso necessário ; a transf. com 2 impulsos de<br />

magnitude fixa; transf. de um corpo de volta ao mesmo corpo, etc.<br />

Os casos particulares mencionados já foram estendidos ao caso<br />

mais geral de transf. não-coplanares.


“Patched Conic”<br />

As manobras anteriores não levam em conta a fase de inserção<br />

da órbita em torno de um 2 o corpo, como por exemplo a Lua em<br />

uma manobra Terra-Lua. O Método “Patched Conic” resolve este<br />

problema quebrando a manobra total em duas partes. Ilustrando<br />

com uma manobra Terra-Marte:<br />

i) A 1 a parte despreza os efeitos de Marte e utiliza um dos métodos<br />

para levar a EN da órbita inicial a uma órbita que cruze com a<br />

trajetória da Marte.<br />

ii) Quando EN penetra a SOI de Marte, os efeitos da Terra são<br />

desprezados e a órbita é considerada kepleriana em torno de Marte.<br />

Obs.: Para as missões Voyager e Galileo, a abordagem patch-conic funcionou muito bem,<br />

mas outras abordagens se tornaram necessárias à medida que novos desafios são<br />

formulados: por exemplo, as trajetórias da Gênesis e de EN que orbita várias luas de Júpiter<br />

(múltiplas manobras usando assistência gravitacional foram utilizadas para gerar uma TBE)<br />

são mais parecidas a soluções do problemas restritos de 3 e 4C do que das soluções de<br />

P2C. Fundamentalmente, são soluções do Problema restrito de N corpos não-keplerianas.


Métodos Modernos<br />

Estão baseados em 2 conceitos de mecânica celeste:<br />

• O de captura gravitacional,<br />

• O de manobras assistidas por gravidade.<br />

1. Idéia da captura gravitacional: gravitacional uma órbita levemente hiperbólica<br />

(energia residual positiva) em torno de um corpo (por ex., a Lua) pode<br />

ser transformada em uma órbita levemente elíptica (energia residual<br />

negativa) devido a perturbações de outros corpos celestes<br />

(por ex., a Terra e o Sol, no caso de captura da Lua).<br />

Essa captura em geral, é temporária, mas um impulso pode ser aplicado<br />

para completar uma captura definitiva. A manobra realizada neste<br />

momento representa uma economia de combustível em relação a uma<br />

manobra realizada antes da captura.<br />

2. Conceito de manobras assistidas por gravidade (Swing-By):<br />

(Swing By): manobra<br />

em que a EN se utiliza de uma passagem próxima a um corpo celeste<br />

para ganhar ou perder velocidade.


Linhas gerais do Método Swing-By: Swing By:<br />

Problema pode ser estudado supondo um sistema formado por 3 corpos: corpos<br />

•Um Um primário, primário que domina o sistema (Terra, no sistema Terra-Lua-EN),<br />

•Um Um secundário de massa finita, finita que permanece em torno do primário (Lua)<br />

•Uma Uma partícula de massa desprezível (EN) que permanece em torno do<br />

primário e faz uma passagem próxima ao secundário.<br />

Essa passagem tem o efeito de alterar a velocidade, energia e momento<br />

angular da EN em relação ao primário entre os instantes imediatamente<br />

anterior e posterior a essa passagem próxima (suposta como instantânea).<br />

É possível escolher a geometria e velocidade dessa passagem para<br />

definir a magnitude e o sinal (aumento ou diminuição) dessas variações,<br />

dentro de certos limites, o que abre um largo espectro de possibilidades<br />

para pesquisas. Manobras coplanares e em 3D são possibilidades,<br />

conforme o objetivo da missão.<br />

Esta variação de velocidade (sem propelente) é fornecida pelo campo<br />

gravitacional do secundário.


Assim, Assim,<br />

essa manobra pode ser usada para: para<br />

• Para diminuir o ΔV de uma missão, o que diminui o combustível<br />

necessário, possibilitando o envio de uma carga útil maior.<br />

• Durante uma transferência de retorno a Terra, para diminuir a<br />

velocidade de reentrada na atmosfera da Terra.<br />

• Redução de consumo de combustível em missões que requerem<br />

escape da Terra (viagens interplanetárias ou interestelares). Nesse<br />

Caso EN parte da Terra com energia para entrar em uma órbita<br />

elíptica que cruze com a órbita da Lua em algum ponto. Nesse ponto<br />

ocorre um Swing-By com a Lua, transformando a órbita da EN em<br />

hiperbólica com relação a Terra.<br />

• Obter uma imagem próxima do planeta ou satélite.<br />

Swing-Bys Sucessivos: Vejamos um excelente exemplo:


Programa Voyager NASA-JPL<br />

Grand Tour pelos Planetas Gasosos


Programa Voyager da NASA-JPL (Jet Propulsion Lab)<br />

Grand Tour pelos Planetas Gasosos<br />

Constituído por duas missões: Voyager 1 e Voyager 2.<br />

Lançadas em 1977: Oportunidade de uma nave viajando em direção ao<br />

exterior do Sistema Solar, podendo passar pelos 4 planetas gasosos<br />

gigantes sem ter que alterar sua trajetória (oportunidade que só<br />

ocorreria novamente em 176 anos): Júpiter, Saturno, Urano e Netuno.<br />

10.000 trajetórias foram estudadas para a escolha das 2 trajetórias<br />

que poderiam se aproximar mais de Júpiter e sua lua gigante Io,<br />

Saturno e sua lua grande Titan. Órbita escolhida para Voyager 2<br />

permitiu ainda continuação para Urano e Netuno.<br />

Voyager 2 lançada antes de Voyager 1, mas Voyager 1 foi lançada<br />

numa órbita mais curta e mais rápida.


Voyager 1: Flyby por Júpiter e Saturno<br />

Lançada em Set 5, 1977 (32 anos e 152 dias atrás !!!)<br />

Duração da missão: indefinida (previsão de perder<br />

comunicação com a Terra em 2020).<br />

Mar 5, 1979 Júpiter<br />

Nov 12, 1980 Saturno<br />

Após Titan, anéis de Saturno,..., espaço interestelar.<br />

Ago 05, 2006 100 U.A. a partir do Sol<br />

Ago 28, 2009: 110.94 U.A. a partir do Sol<br />

estudando região da heliopausa.<br />

Júpiter pela Voyager 1<br />

Obs: Missão Galileu,<br />

lançada em 1989, chega a<br />

Júpiter em 1995.<br />

Obs: 1 U.A (unidade<br />

astronômica) = distância<br />

Sol-Terra.


Voyager 2: Flyby por Júpiter, Saturno,Urano, Netuno (!!!)<br />

Lançada em Ago 20, 1977 (16 dias antes da Voyager 1)<br />

Duração da missão: indefinida.<br />

Jul 9, 1979 Júpiter<br />

Ago 25, 1981 Saturno<br />

Jan 24, 1986 Urano<br />

Ago 25, 1989 Netuno, 4º Artefato humano a ultrapassar<br />

órbita de Plutão, iniciando saída do Sist.Solar<br />

Dados extraídos da Página do JPL atualizada em Fev,04, 2010.<br />

http://voyager.jpl.nasa.gov


LimitesPráticosPara UsodasManobrasde Swing-By:<br />

- Planetas e corpos celestes envolvidos não estão sempre nos<br />

lugares certos para que se obtenha o destino final desejado da EN;<br />

- Atmosfera dos Planetas: quanto mais próximo dos Planetas, maior<br />

efeito que se tem com a manobra. Entretanto se aproximação da<br />

atmosfera é grande, perda com atrito pode ser maior que o ganho.


Vamos considerar o P3C, com as partículas P1 , P2 , P3 .<br />

3<br />

Seja o vetor posição de P3 : Q = ( Q1,<br />

Q2,<br />

Q3<br />

) ∈ℜ<br />

Pode-se falar de captura de P3 por uma ou pelas duas partículas.<br />

Definição de Captura Permanente ou Total:<br />

P 3 é permanentemente capturado pelo sistema P 1 ,P 2 em<br />

evolução temporal direta, se para t → ∞, |Q| é limitado e<br />

para t → -∞, |Q| →∞.<br />

P3 é permanentemente capturado pelo sistema P1,P2 em<br />

evolução temporal retrógrada, se para t → -∞, |Q| é limitado e<br />

para t → ∞, |Q| →∞.<br />

Mais genericamente, esta definição pode ser estendida no Problema de<br />

N corpos em 3D.<br />

Para N=3, temos que:<br />

Teorema (Chazy,1918,1922): O conjunto de órbitas que levam a captura<br />

permanente no problema geral de 3C possui medida nula.<br />

(não garante existência desse conjunto!)


A questão de existência da Captura Permanente foi resolvido pela<br />

1a vez por Sitnikov (1960), na versão particular do P3C 3D, agora<br />

chamado Problema de Sitnikov.<br />

Alekseev (1960) provou isto por métodos mais sofisticados. Provou<br />

também que movimento do sistema é caótico (existência de um<br />

Conjunto Invariante Hiperbólico). Prova de Moser (1973) mais clara.<br />

Órbitas Parabólicas são definidas como órbitas críticas de escape,<br />

i.e., tal que:<br />

.<br />

quando t<br />

3<br />

3<br />

→ ±∞,<br />

Q ( t)<br />

= ∞,<br />

e Q ( t)<br />

Assim, as órbitas parabólicas separam o espaço de órbitas em<br />

.<br />

órbitas que escapam para infinito, tal que<br />

limt → ∞ Q3<br />

→ 0.<br />

Representam a fronteira entre órbitas hiperbólicas e órbitas limitadas.<br />

Esta região pode dar origem á órbitas fortemente sensíveis que podem<br />

realizar movimentos complicados.<br />

e órbitas que permanecem limitadas para todo tempo.<br />

( t)<br />

><br />

0


Def.: Uma órbita parabólica para o problema restrito elíptico satisfaz:<br />

lim Q(<br />

t)<br />

= ∞,<br />

lim Q(<br />

t)<br />

= 0.<br />

t→±∞<br />

t→±∞<br />

O caso para t→∞ define as órbitas ω-parabólicas<br />

e t→-∞ define as órbitas α-parabólicas.<br />

Def.: P 3 é ejetado, ou alternativamente escapa do sistema P 1,P 2<br />

no Prob. Restrito elíptico em evolução temporal direta se<br />

lim<br />

t→∞<br />

Q( t)<br />

= ∞.<br />

Este é referido como escape ilimitado. Se P 3 vai além de uma dada<br />

distância ρ no instante t, |Q(t)|> ρ, então P 3 tem um escape limitado.<br />

Def.: P 3 tem captura temporária em t=t 0, |t 0|< ∞, se<br />

Q( t ) < ∞,<br />

e lim Q(t)<br />

= ∞.<br />

0<br />

t→±∞<br />

.


Captura Definida Analiticamente (Captura Balística)<br />

Distinguindo-se das capturas definidas geometricamente, nesta<br />

definição, monitora-se o sinal da Energia de Kepler de P 3 com<br />

respeito ao primário P 2.<br />

Def.: A energia kepleriana de 2 corpos de P 3 com respeito a P 2<br />

em coordenadas inerciais centradas em P 2, é dada por<br />

E<br />

onde r 23 =|X|, 0≤μ


Conjuntos de Dimensão Inteira:<br />

Pontos fixos,<br />

Órbitas Periódicas,<br />

Órbitas Quasi-Periódicas,<br />

Conjuntos Invariantes associados a OP,…<br />

Conjuntos de Dimensão Fractal:<br />

Atratores Caóticos e Selas Caóticas.<br />

Atratores (Selas) Caótico são conjuntos invariantes atrativos<br />

(não-atrativos) caóticos que contém infinitas órbitas periódicas<br />

instáveis.


Mapa de Poincaré<br />

Seja Σ uma seção de superfície de co-dimensão 1.<br />

Esta hipersuperfície deve ser escolhida de forma que<br />

todas as trajetórias que cruzam Σ satisfaçam duas<br />

condições:<br />

(i) As trajetórias interseptem Σ transversalmente,<br />

(ii) Cruzem Σ na mesma direção.<br />

Fig. Seção de Poincaré gerada pela intersecção de trajetórias com<br />

uma superfície de Poincaré.


Obrigada pela atenção!!


V Escola de Verão de Física do ITA<br />

8 a 10 de fevereiro de 2010<br />

<strong>Sistemas</strong> <strong>Dinâmicos</strong> <strong>Aplicados</strong> a<br />

<strong>Missões</strong> <strong>Espaciais</strong><br />

Prof a Dr a Maisa de Oliveira Terra<br />

ITA - Instituto Tecnológico de Aeronáutica<br />

Departamento de Matemática<br />

São José dos Campos, SP<br />

maisa@ita.br


Esboçoda2 a Aula:<br />

1. Objetivo e motivação<br />

2. O Problema de N=3 Corpos<br />

─ Caso Restrito Circular Planar<br />

◦ Pontos de Equilíbrio ou Lagrangeanos<br />

◦ Constante de Jacobi e Regiões de Hill<br />

◦ Órbitas Periódicas de Poincaré e Halo<br />

◦ Aplicações dos Pontos Lagrangeanos em <strong>Missões</strong><br />

3. Elementos <strong>Dinâmicos</strong> Relevantes do P3CRCP<br />

◦ Conjuntos Invariantes Associados<br />

◦ Contribuições de Conley – McGehee – Llibre, Martinez e<br />

Simó<br />

Existência de Órbitas Trânsito e de Orbitas Homoclínicas<br />

4. Existência de Conecções Heteroclínicas<br />

5. Aproximação de “Patched-3B”


Objetivo de Hoje: Hoje<br />

Como utilizar a teoria de sistemas dinâmicos aplicada ao<br />

Problema de 3 Corpos Restrito no Projeto de <strong>Missões</strong> <strong>Espaciais</strong><br />

de Baixa Energia.<br />

Uma Motivação Prática: Prática Missão Genesis<br />

Missão: coletar amostras do<br />

vento solar a partir de uma<br />

órbita Halo do ponto L 1 e<br />

retornar a Terra.<br />

Órbita Halo, trajetórias de<br />

transferência e de retorno em<br />

um sistema girante.<br />

Projetada usando Teoria de<br />

<strong>Sistemas</strong> <strong>Dinâmicos</strong> (Barden,<br />

Howell, Lo).<br />

Segue a dinâmica natural, usando pouca propulsão após lançamento.<br />

Porção de retorno a Terra utiliza dinâmica heteroclínica.


Formulação Matemática do Problema de N Corpos<br />

O Problema Geral de N Corpos da Mecânica Celeste consiste de um<br />

problema de valor inicial para EDOs.<br />

Dados os valores dos<br />

parâmetros do sistema: massas m k, k=1,…, N e das<br />

condições iniciais: posições q k(0) e velocidades iniciais dq k/dt(0) das N part.<br />

queremos encontrar as 2N funções vetoriais tridimensionais do tempo –<br />

6N variáveis, soluções das equações:<br />

m jmk<br />

( qk<br />

− q j )<br />

m j q& & j = G ∑ , j = 1,...,<br />

N<br />

3<br />

k≠<br />

j q − q<br />

Dadas as 10 Integrais Algébricas Independentes, temos que a<br />

dinâmica efetiva no espaço de fase é de (6N-10) dimensões.<br />

k<br />

j


No Problema Restrito de 3C Circular (PR3CC) temos 2 primários de<br />

massas m 1 e m 2 que movem-se em círculos, em torno de seu centro<br />

de massa; o menor (3 o corpo) move-se na presença do campo<br />

gravitacional dos primários (sem afetá-los, dado que m 3


Normaliza-se a velocidade de angular do sistema girante a unidade<br />

e, também, a distância entre os primários a unidade de modo que<br />

estes se localizem no eixo x em (-μ,0) e (1- μ,0),<br />

onde<br />

m2<br />

μ = , m1<br />

> m2.<br />

m + m<br />

1<br />

Seja (x,y) a posiçao do 3 o corpo no sistema baricêntrico sinódico.<br />

As equações de movimento são dadas por:<br />

2 2<br />

&x<br />

&−<br />

2 y = Ω<br />

x + y 1−<br />

μ μ μ<br />

&<br />

( 1−<br />

μ)<br />

x<br />

Ω = + + + ,<br />

onde<br />

2 r1<br />

r2<br />

2<br />

&y<br />

& + 2x&<br />

= Ω y<br />

2<br />

2 2 2<br />

2 2<br />

r = ( x − μ)<br />

+ y , r = ( x + 1−<br />

μ)<br />

+ y ,<br />

A Integral de movimento J define uma variedade invariante 3D:<br />

1<br />

4<br />

( , C)<br />

= ( x,<br />

y,<br />

x&<br />

, y&<br />

) ∈R<br />

| J ( x,<br />

y,<br />

x&<br />

, y&<br />

) =<br />

2 2<br />

J(<br />

x,<br />

y,<br />

x&<br />

, y&<br />

) = 2Ω( x,<br />

y)<br />

− ( x&<br />

+ y&<br />

) = C.<br />

M μ<br />

2<br />

{ constante}<br />

C é associada à energia do 3 o corpo e é a chamada constante de Jacobi.<br />

(M restringe o movimento no espaço de fase 4D a uma variedade invariante 3D)<br />

2<br />

,


Pontos Lagrangeanos<br />

Este sistema dinâmico possui 5 pontos de equilíbrio, definidos por :<br />

∂J<br />

= Ω<br />

∂x<br />

x<br />

∂J<br />

∂J<br />

∂J<br />

= 0 , = Ω y = 0,<br />

= 0 ⇒ x&<br />

= 0,<br />

= 0 ⇒ y&<br />

= 0.<br />

∂y<br />

∂x&<br />

∂y&<br />

Estes pontos são chamados Lagrangeanos, sendo:<br />

• 3 colineares:<br />

L 1, L 2 e L 3 localizados ao longo<br />

do eixo-x (pontos sela-centro);<br />

• 2 triângulares:<br />

L 4 e L 5 estão nos vértices de<br />

triângulos equiláteros, (estáveis,<br />

se m 1 /m 2 >24,96).<br />

O valor da constante de Jacobi<br />

nestes pontos é denotada por C k,<br />

k=1,2,3,4,5.<br />

Fig.: Sistema Sol-Júpiter-Cometa


A projeção da superfície M no espaço de posições é chamada<br />

Região de Hill (*) , M(μ,C)={(x,y)|Ω(x,y)≥C/2} e constitue a região<br />

acessível às trajetórias para um dado valor de C.<br />

Pois:<br />

( x y)<br />

− ≥ 0<br />

2 2<br />

x & + y&<br />

= 2Ω<br />

, C<br />

Uma Região de Hill<br />

é limitada pela curva<br />

de velocidade zero,<br />

denominada<br />

Curva de Hill.<br />

P/ o Sistema Terra-Lua:<br />

C<br />

C<br />

C<br />

C<br />

1<br />

2<br />

3<br />

4<br />

≈ 3,<br />

20034<br />

≈ 3,<br />

18416<br />

≈ 3,<br />

02415<br />

= C<br />

5<br />

= 3<br />

(*) Devido a George William Hill (1838-1914).<br />

5 Possibilidades de Regiões de Hill<br />

Caso 5: C


Ref.: Chaos and Stability in Planetary Sytems, R.Dvorak, F.Freistetter, J.Kurths (Eds.),<br />

Lecture Notes in Physics 683, Springer, 2005.


L 1 ,L 2 ,L 3 selas<br />

L 4 ,L 5 máximos<br />

globais<br />

Potencial Efetivo do Sistema Terra-Lua<br />

U(<br />

x,<br />

y)<br />

= −Ω<br />

+ μ( 1− μ)<br />

2<br />

Pontos Lagrangeanos<br />

no Sist. Terra-Lua<br />

Possibilidade de uma EN orbitar um dos Pontos<br />

Lagrangeanos<br />

Valores do Parâmetro para o Sistema:<br />

Terra-Lua μ=0,01211506683<br />

Sol-Júpiter μ=0,0009537<br />

Sol-Terra μ=0,000003


Fig.: Valores de C k=-2E k para os<br />

5 pontos Lagrangeanos em função de μ.<br />

Estes valores separam os 5 casos de<br />

Regiões de Hill.


Se m 2


Do Ponto L 1 :<br />

O Ponto L 1 do Sol-Terra é ideal para realizar observações do Sol.<br />

Objetos ali nunca são sombreados pela Terra ou pela Lua.<br />

A SOHO (Solar and Heliospheric Observatory)(Esa-Nasa) foi estacionada<br />

em uma Órbita Halo em L 1, e a<br />

ACE (Advanced Composition Explorer) em uma Órbita Lissajous em L 1.<br />

(Nasa) (óbita quase-periódica)<br />

Outras <strong>Missões</strong> ali: WIND (Nasa), Genesis (Nasa,finalizada), International<br />

Sun/Earth Explorer 3 (ISEE-3, Nasa, já deixou L1), Deep Space Climate<br />

Observatory (Nasa), Solar-C (Japan Aerospace Exploration Agency,<br />

possível para após 2010).<br />

O L 1 do Terra -Lu a permite fácil acesso a órbitas lunares e terrestres,<br />

com variação mínima de velocidade e seria ideal a uma estação espacial<br />

localizada no meio do percurso, dedicada a auxiliar no transporte de cargas<br />

e pessoas, para a ida e volta da Lua.


Do Ponto L 2 :<br />

O Ponto L 2 do Sol-Terra é um ponto ideal um bom local para<br />

observatórios espaciais, pois um objeto em torno de L 2 manterá<br />

a mesma orientação com relação ao Sol e a Terra, tornando a<br />

calibração e manutenção muito mais simples.<br />

A Wilkinson Microwave Anisotropy Probe (Nasa) já está em órbita em<br />

torno do L 2 do Sol-Terra . Os futuros Planck satellite (ESA, primavera de<br />

2009), Herschel Space Observatory (ESA, primavera de 2009 c/Planck),<br />

Gaia probe e James Webb Space Telescope (Nasa,ESA,Canadian Space<br />

Agency, Junho de 2013 ou após) serão colocados no L 2 do Sol-Terra .<br />

O L 2 do Terra -Lu a seria uma boa localização para um satélite de<br />

comunicação cobrindo o lado mais distante da Lua.<br />

Do Ponto L 3 :<br />

O L 3 do Sol-Terra é altamente instável, devido às forças gravitacionais<br />

dos demais planetas mais importantes que a Terra (Venus, por ex.,<br />

aproxima-se dentro de 0,3 UA de L3 a cada 20 meses).


Dos Pontos L 4 e L 5 :<br />

•Os L 4 e L 5 do Sol-Jú piter estão ocupados por muitos milhares de<br />

asteróides, os chamados Asteróides Troianos;<br />

•Os L 4 e L 5 do Sol-Terra contêm poeira interplanetária;<br />

•Os L 4 e L 5 do Terra -Lu a contêm poeira interplanetária, chamadas<br />

Nuvens de Kordylewski.<br />

• Netuno tem objetos do Cinturão de Kuiper nos seus pontos L 4 e L 5.<br />

• A Lu a d e Sa tu rn o Teth ys tem 2 satélites muito menores nos seus<br />

pontos L 4 e L 5 chamados Telesto and Calypso, respectivamente.<br />

•As Lu a d e Sa tu rn o D ion e tem Luas muito menores Helene e<br />

Polydeuces nos seus pontos L 4 e L 5, respectivamente.


Estabilização em uma Órbita Halo: Uma possibilidade é usar<br />

controle ótimo para o direcionar traj. à variedade estável de órbita<br />

halo de L 1.


Uma Ilustração sobre Estabilidade de Pontos de Equilíbrio<br />

Em <strong>Sistemas</strong> Conservativos<br />

O Pêndulo Simples<br />

θ<br />

θ=0<br />

l<br />

m=1


Soluções Locais próximo a Orb.Lyapunov:<br />

λt<br />

−λt<br />

i<br />

x(<br />

t)<br />

= α v e + α v e + 2Re(<br />

βe<br />

Variedades Invariantes locais W u (instáveis) e W s (instáveis)<br />

para uma órbita de Lyapunov.<br />

1<br />

1<br />

2<br />

2<br />

νt<br />

w)


Def.: Órbitas com α 1α 2


A região R é topologicamente equivalente a uma região R NL que está no<br />

gargalo da Região de Hill do Problema Restrito não-linearizado (PRNL).<br />

Seja G o subconjunto de J-1 (C) que se projeta em RNL NL.<br />

Conley provou, analisando a Hamiltoniana linearizada do Prob.Rest. que:<br />

G é topologicamente equivalente ao produto cartesiano de uma esfera<br />

bidimensional e um intervalo aberto: aberto<br />

G homeomórfico a S 2xI xI<br />

Tem-se portanto uma esfera bidimensional correspondendo a l1 e outra<br />

a l2 no PRNL em J-1 (C), que são as chamadas esferas limites S 2<br />

1 e S2<br />

2 .


As variedades invariantes estáveis e instáveis das órbitas de Lyapunov são<br />

as separatrizes entre as órbitas trânsito e as não-trânsito não trânsito. .<br />

Def.: Órbitas com α 1 α 2 >0 são chamadas de órbitas não-trânsito.<br />

Órbitas com α 1 α 2 =0 são chamadas de órbitas assintóticas.<br />

Órbitas com α 1 α 2


Variedades Invariantes como Separatrizes<br />

Órb. Trânsito:<br />

Internas aos tubos<br />

Órb. Não Trânsito:<br />

Externas aos tubos<br />

Órbitas Assintóticas:<br />

formam tubos de<br />

variedades invariantes<br />

2D sobre a superfícies<br />

de energia 3D.<br />

Esses tubos invariantes particionam a variedade de energia e funcionam<br />

como separatrizes do fluxo através da região de equilíbrio:<br />

aquelas dentro dos tubos são orb. trânsito, as de fora são não-trânsito.


Distiguimos 9 classes de órbitas agrupadas em 4 categorias: categorias<br />

1. O ponto ξ=η=0 corresponde a uma órbita periódica em R<br />

(órbita de Lyapunov) (ponto preto do centro).<br />

2. As 4 semi-eixos ηξ=0 (verdes)<br />

(ou equivalentemente |ς| 2 =ρ*, onde ρ*=2ε/ν),<br />

correspondem a 4 cilindros de órbitas assintóticas a essas<br />

órbitas periódicas, ou quando o tempo cresce (ξ=0)<br />

ou quando o tempo decresce (η=0).<br />

3. Os segmentos hiperbólicos dados por ηξ=constante>0<br />

(ou |ς| 2 0, a esfera é n 1, percurso do sul<br />

para o norte. Se ξ


Representação de McGehee. McGehee [1969], a partir do trabalho de<br />

Conley [1968], propôs uma representação que facilita a visualização da<br />

região R. Lembrando que R é homeomórfico a S 2 x I .<br />

McGehee a representou por um anel esférico, como mostra Fig.2.2(b).<br />

Fig.2.2: (a) A seção do fluxo da região R da superfície de energia.<br />

(b) A representação de McGehee do fluxo na região R.<br />

Ref.: Conley [1968], C.C. Conley, SIAM J. Appl. Math. 16, 732-746.<br />

McGehee [1969], R.P. McGehee, “Some homoclinic Orbits for the R3BP”, Ph. D. Thesis,<br />

University of Wisconsin, 1969.


Caso 3:<br />

Para C menor e próximo a C2 a Região de Hill possui um<br />

gargalo próximo a L1 e L2.<br />

Tem-se 4 tipos de órbitas: periódica, periódica,<br />

assintótica,<br />

assintótica,<br />

trânsito e não-trânsito<br />

não trânsito. .<br />

As variedades estáveis e instáveis das órbitas de Lyapunov próximas a<br />

L1 e L2 separam 2 tipos de movimento: órbitas trânsito e não-trânsito<br />

não trânsito.


Por ex., no Sistema Terra-Lua , para uma EN transitar de fora da órbita<br />

da Lua para a região de captura da Lua, é possível somente através do<br />

tubo da variedade estável da órbita periódica de L 2 .<br />

Trajetórias dentro do tubo da variedade<br />

estável transitarão da região externa<br />

da órbita da Lua para a região de captura<br />

da Lua.<br />

Trajetória<br />

que começa<br />

dentro do<br />

tubo.


Os tubos invariantes estáveis e instáveis associados às órbitas<br />

periódicas em torno de L 1 e L 2 são os condutores do espaço de<br />

fase, transportando de material entre os domínios em um único<br />

sistema de 3 corpos, assim como, entre primários de sistemas<br />

de 3C separados.Esses tubos são fundamentais para se entender<br />

transporte tanto no sistema solar quanto em sistemas moleculares.<br />

É notório como técnicas das duas áreas – Mecânica Celeste e<br />

<strong>Sistemas</strong> Moleculares – podem ser intercambiadas entre si.<br />

Tubos em sistemas moleculares: Noscontextosatômicose<br />

moleculares, tubos de controle, por exemplo, o espalhamento<br />

de elétrons por átomos de Rydberg.


Existência de Órbitas Homoclínicas e de Conecções Heteroclínicas<br />

Como vimos, as estruturas locais próximas a pontos de libração: (i) OP,<br />

(ii) partes de variedades estáveis e instáveis destas OP, (iii) órbitas trânsito<br />

e (iv) não-trânsito.<br />

Importa agora saber como estas estruturas locais são conectadas globalmente.<br />

globalmente<br />

Objetivamos mostrar como órbitas homoclínicas na região interior são<br />

conectadas a órbitas homoclínicas na região exterior por um ciclo heteroclínico<br />

na região de Júpiter, no sistema Sol-Júpiter.<br />

A união destas 3 estruturas é chamada uma cadeia. cadeia<br />

Obs.: Uma Região de Hill do Caso 3 pode ser particionada em domínios.<br />

Por exemplo, para um cometa no Sistema Sol-Júpiter teremos 5 deles:<br />

domínio próximo ao Sol (S)<br />

domínio próximo a Júpiter (J)<br />

domínio externo (X)<br />

domínio próximo L 1 (R 1 )<br />

domínio próximo L 2 (R 2 )<br />

Domínio interior é associada ao<br />

complementar do externo.


Existência de Órbitas Homoclínicas a O.P.:<br />

Conley [1968] e McGehee [1969] provaram a existência de órbitas homoclínicas<br />

tanto para o domínio interior e exterior e<br />

Llibre, Martinez e Simó [LMS,1985] mostraram analiticamente a existência<br />

das órbitas homoclínicas transversais (1,1) no domínio interior sob certas condições<br />

apropriadas.<br />

Def.: Uma órbita homoclínica relacionada a uma OP m é uma órbita que tende<br />

a m quando t→±∞. Portanto, ela está na variedade invariante instável e<br />

estável de m.<br />

Elaéditaumaórbita homoclínica transversal se em algum ponto da órbita os<br />

espaços tangentes às variedades estáveis e instáveis naquele ponto geram<br />

o espaço tangente completo a M(μ,e) naquele mesmo ponto.<br />

Em nosso problema ou uma órbita homoclínica transversal existe ou<br />

“degenerescência total” ocorre.<br />

Degenerescência total é o caso quando toda órbita assintótica à órbita periódica<br />

instável em uma extremidade é também assintótica a mesma OP na outra<br />

extremidade, portanto é uma órbita homoclínica. Ou seja, a situação de<br />

degenerescência total ocorre, quando as variedades estáveis e instáveis da órbita<br />

de Lyapunov coincidem-se.<br />

Em qualquer um dos casos conclui-se pela existência de uma órbita homoclínica.


Fig.: Uma seção de Poincaré no domínio exterior do Sistema<br />

de 3C Sol-Júpiter-EN.


O prefixo (1,1) refere-se a 1 a intersecção com a seção de Poincaré - definida<br />

pelo plano y=0, x


O prefixo (1,1) refere-se a 1 a intersecção com a seção de Poincaré - definida<br />

pelo plano y=0, x


Ref.: Koon, Lo, Marsden e Ross [2000], Chaos 10, 427.<br />

Existência de Conecções Heteroclínicas<br />

• Encontraram conecções heteroclínicas entre pares de O.P.<br />

Construção de uma conecção heteroclínica entre órbitas de Lyapunov de L 1 e L 2 , buscando uma<br />

intersecção de suas respectivas variedades Invariantes na região J.<br />

• Encontraram uma grande classe de órbitas próximas a esta cadeia homo/heteroclínicas.<br />

• Cometas podem seguir estes canais em rápida transição.


Existência de Órbitas de Transição<br />

• Sequência simbólica usada para rotular itinerário de cada órbita de cometa.<br />

• Teorema Principal: Para cada itinerário admissível, por ex., (…,X,J,S,J,X,…)<br />

existe uma órbita cujo caminho corresponde a este itinerário.<br />

•Pode-se ainda especificar o número de revoluções que o cometa realiza em<br />

torno do Sol & Júpiter (além L 1 & L 2 ).


Construção Numérica de Órbitas<br />

• Procedimento realizado para construir órbita com itinerário prescrito.<br />

• Exemplo: Uma órbita com itinerário (X,J,S,J,X).


Surfando no Sistema Solar:<br />

Variedades Invariantes e a Dinâmica do Sistema Solar.<br />

Com os elementos dinâmicos apresentados é assim possível<br />

desenvolver técnicas e projetar <strong>Missões</strong> espacias interplanetárias,<br />

dentre outras.<br />

Report do JPL de 1997 de Lo e Ross.


V Escola de Verão de Física do ITA<br />

8 a 10 de fevereiro de 2010<br />

<strong>Sistemas</strong> <strong>Dinâmicos</strong> <strong>Aplicados</strong> a<br />

<strong>Missões</strong> <strong>Espaciais</strong><br />

Prof a Dr a Maisa de Oliveira Terra<br />

ITA - Instituto Tecnológico de Aeronáutica<br />

Departamento de Matemática<br />

São José dos Campos, SP<br />

maisa@ita.br


Esboçoda3 a Aula:<br />

1. Transferências Terra-Lua<br />

<strong>Sistemas</strong> de 3 Corpos Acoplados<br />

Aproximação de “Patched-3B”<br />

Refinamentos Finais do Projeto de Transferências TL.<br />

2. Missão Discovery Gênesis<br />

3. Observações de <strong>Sistemas</strong> Naturais que envolvem<br />

P3CRCP<br />

4. Petit Grand Tour das Luas de Júpiter<br />

Caso Planar<br />

Extensão Espacial


Transferências Terra--Lua Terra Lua<br />

• Abordagem tradicional para construir uma trajetória de Transferência<br />

para a Lua a partir da Terra é através da Transferência<br />

de Hohmann.<br />

Usa apenas dinâmica de 2C. Determina-se uma<br />

elipse kepleriana de 2C partindo de uma órbita<br />

em torno da Terra para uma órbita da Lua.<br />

Esse tipo de Transf. requer um grande ΔV para<br />

EN ser capturada pela Lua.<br />

Os dois corpos envolvidos são Terra-EN.<br />

• Em 1991, a missão japonesa Muses-A falha, não tendo propente<br />

suficiente para uma transferência para a Lua por método usual, é<br />

recuperada através de um método inovador,baseado no trabalho de<br />

Belbruno & Miller [1993]. A missão passa a ser chamada por Hiten.


Essa transf. usa uma TBE com assistência gravitacional do Sol e<br />

captura balística na Lua. Essa transf. requer menos combustível<br />

do que a transf. Hohmann.<br />

Trajetória de TBE no sistema<br />

referencial geocêntrico<br />

Mesma trajetória no sistema<br />

referencial Sol-Terra


Aplicação das técnicas de <strong>Sistemas</strong> Sinâmicos para produzir: produzir<br />

1. Petit Grand Tour das luas de Júpiter [Koon,2000].<br />

2. Reproduzir o tipo da Missão Hiten: Hiten transferência de baixa<br />

Energia (TBE) com uma captura balística na Lua baseado no<br />

trabalho de Belbruno e Miller [2] sobre a Teoria de Fronteira de<br />

Estabilidade Fraca (WSB).<br />

Os 3 elementos chaves para produzir essa Transferência a Lua são:<br />

1. Tratar o Problema de 4 C Sol-Terra-Lua-EN como 2 P3CRC<br />

acoplados: <strong>Sistemas</strong> Sol-Terra e Terra-Lua (& EN, óbvio);<br />

2. Usar as variedades invariantes instáveis de OP em torno dos<br />

pontos Lagrangeanos do Sol-Terra Sol Terra para fornecer TBE da<br />

Terra às variedades estáveis de OP em torno de pontos<br />

Lagrangeanos do Terra-Lua Terra Lua;<br />

3. Usar variedades estáveis de OP em torno de pontos<br />

Lagrangeanos do Terra-Lua para produzir capturas balísticas<br />

em torno da Lua.<br />

[2] E. Belbruno, J. miller, Sun-Perturbed Earth-to Moon Transfers with Ballistic Capture, Journal of<br />

Guidance, Control and Dynamics 16 (1993) 770-775.


<strong>Sistemas</strong> de 3 Corpos Acoplados<br />

O estudo de transferências como da EN Hiten requer 4C:<br />

Sol, Terra, Lua e EN.<br />

Contudo, o P4C é muito mais complexo e menos compreendido que<br />

o P3C. Decompondo o P4C em 2 P3C, todo o aparato da teoria de<br />

variedades invariantes torna-se disponível.<br />

Usualmente o Sistema Solar é visto como um todo, mas quando se<br />

deseja usar as Órbitas Halo, a decomposição do sistema solar como<br />

P3C é natural. Isto é que foi feito para projetar a Petit Grand Tour<br />

de Koon et al.<br />

Contudo o sucesso dessa abordagem depende grandemente dos<br />

particulares 4C. A fim de que TBE sejam possíveis é necessário que<br />

as estruturas de variedades invariantes dos 2 sistemas de 3C se<br />

interceptem dentro de um período razoável, caso contrário a transf.<br />

pode requerer um tempo de duração impraticavelmente longo.<br />

Para o caso Sol-Terra-Lua-EN, este não é um problema.


As estruturas das variedades invariantes do L 2 do Terra-Lua<br />

crescem muito rapidamente (da ordem de 1 mês) para a região<br />

circular em torno da Terra com um raio de 1.000.000 km.<br />

Similarmente as estruturas invariantes do L 1 e L 2 do Sol-Terra<br />

também se estendem com a mesma ordem de tempo à mesma<br />

região circular.<br />

A so b repo siçã o d esta s estru tu ra s fo rn ece a TBE en tre<br />

Terra e Lu a .<br />

Isto explica porque muitas das técnicas baseadas na Teoria WSB<br />

sempre envolvem esta região de 1.000.000 km em torno da Terra<br />

como ponto de partida para a construção da trajetória.


Argumentos favoráveis a 2 Modelos de 3C acoplados: acoplados<br />

Fora da SOI da Lua (60.000 km):<br />

• pode-se desprezar a perturbação da Lua no Sistema de 3C<br />

Sol-Terra-EN.<br />

Entrando-se na SOI da Terra (900.000 km):<br />

• realiza-se ΔV de meio do curso,<br />

• pode-se desprezar a perturbação do Sol no Sistema de 3C<br />

Terra-Lua-EN,<br />

• pode-se usar a estrutura das variedades so Terra-Lua para captura.<br />

No sistema Solar real: excentricidade da Lua é 0,055,<br />

excentricidade da Terra é 0,017 e<br />

a órbita da Lua é inclinada com relação a órbita da Terra por 5 0 .<br />

(Justifica uso de modelo coplanar circular)


Aproximação de “Patched-3B”<br />

Projetando Transferência Terra-Lua Terra Lua com Assistência do Sol<br />

A partir da secão de Poincaré definida pelo segmento vertical que passa pela Terra:<br />

• Integra-se diretamente, EN guiada pela variedade estável do L 2 do Sistema<br />

Terra-Lua de modo a ser capturada pela Lua;<br />

• Integrando retrogradamente, EN restrita pela variedade estável do L 2 do Sistema<br />

Sol-Terra, realiza uma volta e retorna.


Porção da Captura Balística Lunar<br />

Tubo da variedade estável da OP em torno de L 2 fornece mecanismo de<br />

captura temporária pelo 2 o primário.<br />

Definição de Captura Balística pela Lua: uma órbita que sob dinâmica natural entra na<br />

SOI da Lua (20.000 km) e realiza ao menos uma volta em torno da Lua.<br />

Nesse estado, pequeno ΔV resultará em captura estável (fechando gargalo em L 1 ou L 2 ).


Porção do Ponto de Libração do Sol-Terra Sol Terra<br />

Escolhe-se CI no exterior do corte de Poincaré do tubo invariante instável de<br />

L2 do Sol-Terra, integrando-se retrogradamente para produzir a trajetória:<br />

Essa trajetória retrógrada passa pela região de L 2 com um twist<br />

twist, restrita pela<br />

variedade instável e chega à Terra, restrita pela variedade estável de L 2 .


Conectando as 2 porções: obtemos a solução do P4C<br />

Sol-Terra-Lua-EN como 2 sistemas de 3C acoplados


Refinamentos Finais do Projeto de Transf. Transf.<br />

Terra-Lua Terra Lua:<br />

i. A trajetória final, começando na Terra e terminando em captura<br />

Lunar é integrada no Problema 4C Bicircular, onde ambos Lua e<br />

Terra são supostos mover em órbitas circulares na eclíptica,e EN<br />

é uma massa que não afeta a dinâmica dos demais corpos.<br />

Fig.: Sistema de ref. girante do<br />

Modelo Bicircular, onde Terra e<br />

Lua são fixas no eixo-x e Sol<br />

gira em sentido horário em torno<br />

do baricentro do Terra-Lua (origem)<br />

com freq. angular ω s .<br />

ii. A solução final do Bicircular é diferencialmente corrigida para<br />

que se obtenha uma trajetória integrada completamente usando-se<br />

as efemérides do JPL (Jet Propulsion Lab).<br />

Disponível em: http://ssd.jpl.nasa.gov/eph_info.html


Com pequenas modificações (um ΔV de 34 m/s no ponto de colagem)<br />

produz-se uma solução no problema de 4 corpos bicircular ,<br />

Dado que captura na Lua ocorra de modo natural (ΔV nulo)<br />

quantidade necessária de combustível é reduzida (em torno de 20%).


Missão Discovery Genesis<br />

Objetivo: coletar dados sobre o vento solar a partir de uma órbita<br />

Halo de L 1 por 2 anos. Retorno de amostras à Terra em 2003<br />

para análise.<br />

Órbita Halo, de transferência e de retorno no referencial girante.<br />

EN retorna a Terra por uma conecção heteroclínica.


Observações de <strong>Sistemas</strong> Naturais que envolvem P3CRCP<br />

(a) Projeções no espaço de configuração das variedades estável (curva<br />

tracejada) e instável (curva curva sólida) sólida de L1 e L2 no referencial girante de<br />

Sol-Júpiter. As variedades de L1 são as verdes, enquanto que as<br />

variedades de L 2 são pretas.<br />

(b) A órbita do cometa Oterma (AD 1915-1980) no referencial girante com<br />

baricentro de Sol-Júpiter (vermelho) segue proximamente as variedades<br />

invariantes de L 1 e L 2 . Distâncias estão em unidades astronômicas (AU).


Petit Grand Tour das Luas de Júpiter (Modelo Modelo Planar)<br />

4 Luas de Júpiter,<br />

chamadas Luas de Galileu:<br />

Contrução de uma trajetória de baixa energia que visite várias luas de Júpiter<br />

em uma única missão.<br />

Em lugar de flybys, pode-se orbitar cada lua por qualquer duração.<br />

Io,<br />

Europa,<br />

Ganimedes,<br />

Calisto.


Petit Grand Tour das Luas de Júpiter (Modelo Modelo Planar)<br />

• Sistema de 4C Júpiter-Ganimede-Europa-SC pode ser aproximado por<br />

2 <strong>Sistemas</strong> acoplados de 3C. 3C<br />

• Tubos de variedades invariantes de 2 sistemas de 3C são conectados<br />

na ordem correta para construir órbita com itinerário desejado.<br />

• Solução inicial refinada pelo modelo de 4C.<br />

• Soluções de 3 corpos oferecem uma grande<br />

classe de TBE.<br />

Variedade instável da OP de L1<br />

de Ganimede<br />

Variedade estável da OP de L2<br />

de Europa


Petit Grand Tour das Luas de Júpiter (Modelo Modelo Planar)<br />

Usou variedades invariantes para construir trajetórias com<br />

características interessantes:<br />

• 1 volta em torno de Ganimede, 4 órbitas em torno de Europa.<br />

•um ΔV leva EN do sistema Júpiter-Ganimede para o<br />

Sistema Júpiter-Europa.<br />

Em lugar de flybys, EN pode orbitar várias luas por qualquer duração.


Detalhes Técnicos: Ilustrando uma Conecção Heteroclínica<br />

Encontra-se uma intersecção das variedades estável/instável,<br />

através de uma escolha apropriada da seção de Poincaré.<br />

Pontos de intersecção devem ser integrados para produzir<br />

Conecções Heteroclínicas.


Construção de uma órbita (X,J,S) do Sistema Sol-Júpiter:<br />

Qualquer ponto na intersecção de Δ J é uma órbita (X,J,S).


Construção de uma órbita (J, X; J, S, J)


Extensão do Modelo Planar ao Modelo Espacial


Espacial: Espacial:<br />

Variedades Invariantes como Separatrizes<br />

Dinâmica próxima aos pontos de equilíbrio colineares:<br />

Sela x Centro x Centro<br />

•Órbitas limitadas (periódicas ou quasi-periódicas): S 3 (3-esfera);<br />

(Normally Hyperbolic Invariant Manifolds - NHIM)<br />

• Órbitas assintóticas a NHIM formam tubos de variedades<br />

invariantes 4D (S 3 x R) em uma superfície de energia 5D.<br />

Eles separam órbitas trânsito (as de dentro dos tubos) de<br />

não-trânsito (de fora dos tubos).<br />

• Órbitas trânsito e não-trânsito

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