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florescimento do cafeeiro de l.) sob diferentes - SBI-Café

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PAULO MARINHO DE OLIVEIRA<br />

FLORESCIMENTO DO CAFEEIRO<br />

L.) SOB DIFERENTES<br />

DE<br />

Tese apresentada à Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Lavras,<br />

como parte das exigências <strong>do</strong> Programa <strong>de</strong><br />

graduação em Agronomia, área <strong>de</strong> concentração em<br />

para obtenção <strong>do</strong> título <strong>de</strong> “Doutor”.<br />

Orienta<strong>do</strong>r<br />

Prof. Dr. José Guimarães<br />

LAVRAS<br />

MINAS GERAIS - BRASIL<br />

2002


<strong>do</strong> conhecer e a grandiosida<strong>de</strong> da vida;<br />

“O nosso me<strong>do</strong> mais profun<strong>do</strong> não é <strong>de</strong> sermos ina<strong>de</strong>qua<strong>do</strong>s.<br />

Nosso me<strong>do</strong> mais profun<strong>do</strong><br />

é que somos po<strong>de</strong>rosos além <strong>de</strong> qualquer medida.<br />

É a nossa não nossas trevas,<br />

o que mais nos apavora.<br />

Nós nos perguntamos:<br />

Quem sou eu para ser brilhante,<br />

maravilhoso, talentoso e fabuloso?<br />

Na realida<strong>de</strong>, quem é você para não ser?<br />

Você é filho <strong>do</strong> universo.<br />

Você se fazer <strong>de</strong> pequeno não ajuda o mun<strong>do</strong>.<br />

Não há iluminação em se encolher,<br />

para que os outros não se sintam inseguros<br />

quan<strong>do</strong> estão perto <strong>de</strong> você.<br />

Nascemos para manifestar<br />

a glória <strong>do</strong> universo que está <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> nós.<br />

Não está apenas em um <strong>de</strong> nós: está em to<strong>do</strong>s nós<br />

E conforme <strong>de</strong>ixamos nossa própria luz brilhar,<br />

inconscientemente damos outras pessoas<br />

permissão para fazer o mesmo.<br />

E conforme nos libertamos <strong>do</strong> nosso me<strong>do</strong>,<br />

Nossa presença, automaticamente, libera os outros.”<br />

(Nelson<br />

E por acreditar que idéias não po<strong>de</strong>m ser concebidas a partir <strong>de</strong> mo<strong>de</strong>los<br />

estabeleci<strong>do</strong>s, fecha<strong>do</strong>s e pragmáticos;<br />

CONTINUO VIVENDO.. .


neste trabalho.<br />

AGRADECIMENTOS<br />

A to<strong>do</strong>s os meus familiares, pela força nos momentos <strong>de</strong> incerteza.<br />

ÀUniversida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Lavras pelo conhecimento adquiri<strong>do</strong>.<br />

À Universida<strong>de</strong> Estadual <strong>do</strong> Su<strong>do</strong>este da Bahia, pela participação direta<br />

Ao Consórcio Brasileiro <strong>de</strong> Pesquisa Desenvolvimento <strong>do</strong> <strong>Café</strong><br />

que financiou este projeto.<br />

Ao senhor Francisco Carlos Alves Trinda<strong>de</strong>, proprietário da área on<strong>de</strong> foi<br />

conduzi<strong>do</strong> este experimento.<br />

A Fundação <strong>de</strong> Apoio ao Ensino, Pesquisa e Extensão da<br />

Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Lavras, por ter a realização <strong>de</strong>sta pesquisa.<br />

À Coor<strong>de</strong>nação <strong>de</strong> Aperfeiçoamento <strong>de</strong> Pessoal <strong>de</strong> Nível Superior<br />

(CAPES), pela concessão da bolsa <strong>de</strong> estu<strong>do</strong> nos <strong>do</strong>is primeiros anos <strong>do</strong> Curso.<br />

A to<strong>do</strong>s os professor da que d le forma direta ou indireta<br />

contribuíram para a minha formação acadêmica.<br />

futuro.<br />

Aos amigos <strong>do</strong> passa<strong>do</strong> e <strong>do</strong> presente, os quais espero ter também no<br />

Aos professores, Rubens, e Manoel, pela contribuição na<br />

realização <strong>de</strong>ste trabalho.<br />

À acadêmica Rebecca minha bolsista, companheira e amiga, que<br />

teve participação <strong>de</strong>cisiva na conclusão <strong>de</strong>sta pesquisa.<br />

Aos amigos da república Zebu, (in<br />

Caçula, Bomba, e pela momentos<br />

inesquecíveis e eterna amiza<strong>de</strong>.<br />

Aos colegas da República “Toca <strong>do</strong>s pelo e por<br />

me acomodarem no estágio <strong>do</strong> curso.<br />

Por fim, a to<strong>do</strong>s que <strong>de</strong> alguma forma contribuíram para que fosse possível<br />

a realização <strong>de</strong>ste sonho.


BIOGRAFIA<br />

Paulo Marinho <strong>de</strong> Oliveira, filho <strong>de</strong> Simão Marinho Leite (in<br />

e Maria da Luz Marinho <strong>de</strong> Oliveira, nasceu em Claro <strong>do</strong>s Poções, Esta<strong>do</strong> <strong>de</strong><br />

Minas Gerais, em 24 <strong>de</strong> fevereiro <strong>de</strong> 1972.<br />

Formou-se em Técnico em pela Escola Agrotécnica<br />

Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> em <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> 1988. Graduou-se em<br />

Engenharia Agrícola pela Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Lavras, em janeiro <strong>de</strong><br />

1995; em fevereiro <strong>de</strong>ste mesmo ano, ingressou no Curso <strong>de</strong> em<br />

Engenharia e Drenagem, o qual concluiu em agosto <strong>de</strong> 1997;<br />

ingressou, neste mesmo mês, no Curso <strong>de</strong> Doutora<strong>do</strong> em<br />

Em maio <strong>de</strong> 1999, foi admiti<strong>do</strong>, por concurso público, para o quadro<br />

permanente <strong>de</strong> professores <strong>do</strong> Centro Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Educação Tecnológica da Bahia<br />

para atuar na área <strong>de</strong> Engenharia <strong>de</strong> e Solo e Recursos<br />

Coor<strong>de</strong>nou o processo <strong>de</strong> implantação <strong>do</strong> Curso <strong>de</strong><br />

Ambiental <strong>de</strong>sta instituição, <strong>do</strong> qual foi Coor<strong>de</strong>na<strong>do</strong>r <strong>de</strong> março <strong>de</strong> 2000 a março<br />

<strong>de</strong> 2002.


RESUMO .............................................................................................<br />

ABSTRACT ........................................................................................<br />

1 ................................................................................<br />

2 .............................................................<br />

2.1 Fatores envolvi<strong>do</strong>s na <strong>do</strong>s botões florais <strong>do</strong> <strong>cafeeiro</strong><br />

2.2 Efeitos da tensão <strong>de</strong> no solo e na planta <strong>sob</strong>re a quebra da<br />

em botões florais .........................................................<br />

2.3 O continuum solo-planta-atmosfera a relação entre potencial<br />

<strong>do</strong> solo e da folha .............................................................<br />

2.4 Efeito <strong>do</strong> déficit no <strong>de</strong> ............................<br />

3. MATERIAL E .............................................................<br />

3.1 Observação ....................................................................................<br />

3.2 Area experimental ..........................................................................<br />

3.3 Cultura ...........................................................................................<br />

3.4 Delineamento experimental ...........................................................<br />

3.5 Sistema <strong>de</strong> manejo e irrigação .......................................................<br />

3.6 avaliadas ................................................................<br />

3.6.1 Florescimento .............................................................................<br />

3.6.2 Potencial foliar <strong>de</strong> ante-manhã ......<br />

3.6.3 Potencial <strong>do</strong> solo .....................................................<br />

3.6.4 Teores <strong>de</strong> ........................................................................<br />

3.7 Análise estatística das informações ...............................................<br />

4. RESULTADOS E .....................................................<br />

4.1 Florescimento ................................................................................<br />

Página<br />

11<br />

04<br />

04<br />

09<br />

12<br />

17<br />

20<br />

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20<br />

20<br />

21<br />

22<br />

26<br />

26<br />

26<br />

27<br />

27<br />

28<br />

29<br />

29


4.2 Exigência <strong>de</strong> déficit para a floração <strong>do</strong> <strong>cafeeiro</strong> ...............<br />

4.3 A relação entre os potenciais no solo e na folha e os<br />

teores <strong>de</strong> ............................................................................<br />

4.3.1 Estu<strong>do</strong> da relação entre o potencial <strong>do</strong> solo e o<br />

potencial foliar ....................................................<br />

4.3.2 Correlação entre os potenciais <strong>do</strong> solo e da<br />

folha com os teores <strong>de</strong> (PROL) ..........................<br />

5 GERAIS ..........................................................<br />

6 ................................................................................<br />

7 .............................................<br />

ANEXOS .............................................................................................<br />

38<br />

41<br />

41<br />

42<br />

45<br />

46<br />

41<br />

54


RESUMO<br />

OLIVEIRA, Paulo Marinho <strong>de</strong> Florescimento <strong>do</strong> <strong>cafeeiro</strong> arabica L.)<br />

<strong>sob</strong> <strong>diferentes</strong> <strong>de</strong> irrigação. 2002. 67p. Tese (Doutora<strong>do</strong> em<br />

-Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Lavras, Lavras,<br />

Este trabalho avaliar os efeitos <strong>de</strong> <strong>diferentes</strong> <strong>de</strong><br />

irrigação <strong>sob</strong>re a floração <strong>do</strong> <strong>cafeeiro</strong> L.) Vermelho, em<br />

campo; e ainda estudar a relação entre o potencial foliar e <strong>do</strong> solo e os<br />

teores <strong>do</strong> aminoáci<strong>do</strong> O estu<strong>do</strong> foi conduzi<strong>do</strong> em área experimental<br />

localizada na Fazenda Santa Clara, em Bahia, e Long.<br />

O <strong>de</strong>lineamento experimental utiliza<strong>do</strong> foi o inteiramente casualiza<strong>do</strong>,<br />

com parcelas subdivididas no tempo (Split-plot). As <strong>de</strong> irrigação<br />

(tratamentos) foram: 1 - irrigação <strong>de</strong> 2 em 2 dias; 2 irrigação <strong>de</strong> 4 em 4 dias; 3<br />

- irrigação <strong>de</strong> 6 em 6 dias; 4 - irrigação <strong>de</strong> 8 em 8 dias; 5 - irrigação <strong>de</strong> 10 em 10<br />

dias. O sistema <strong>de</strong> irrigação utiliza<strong>do</strong> foi o e o manejo da irrigação<br />

foi feito com base em utilizan<strong>do</strong>-se a curva característica <strong>de</strong><br />

retenção <strong>de</strong> <strong>do</strong> solo, ajustada pelo software Soil Water Retention Curve<br />

Avaliou-se, ao longo <strong>do</strong> experimento, a abertura floral, através da<br />

contagem das flores que se abriam (antese). Determinaram-se, ainda, os<br />

potenciais <strong>do</strong> solo e foliar ao longo <strong>do</strong> tempo, e os níveis<br />

<strong>do</strong> aminoáci<strong>do</strong> (PROL). As análises foram feitas utilizan<strong>do</strong> o<br />

sistema (Statistical Analysis Neste experimento foi possível<br />

observar que: o número médio <strong>de</strong> flores acumuladas no tempo foi igual em todas<br />

as <strong>de</strong> irrigação; irrigações frequentes no perío<strong>do</strong> pós “abotoamento”<br />

floral levaram a uma maior na mais<br />

expressivas foram observadas somente após chuvas. Não houve correlação entre<br />

o potencial medi<strong>do</strong> no solo e na planta (folha). Os potenciais<br />

e os teores <strong>de</strong> tiveram boa correlação.<br />

Comitê Orienta<strong>do</strong>r: Rubens José Guimarães - (Orienta<strong>do</strong>r), Manoel<br />

Alves <strong>de</strong> Faria -<br />

i


ABSTRACT<br />

OLIVEIRA, Paulo Marinho <strong>de</strong>. Coffee tree flowering arabica L.)<br />

un<strong>de</strong>r different irrigation frequencies. Lavras: 2002. 67p. (Thesis<br />

Doctor Science in Production)'<br />

This work aimed to evaluate the effects of different irrigation<br />

frequencies, on the coffee tree flowering arabica L.) Red in the<br />

field, to study the relationship between the leaf and soil water potential and to<br />

evaluate the amino acid proline levels. The study was conducted in the<br />

experimental area of Santa Clara farm, in Bahia, and<br />

Long. The experimental <strong>de</strong>sign was the entirely ran<strong>do</strong>mized, with<br />

portions subdivi<strong>de</strong>d through time (Split-plot). The frequencies (traits)<br />

were: 1 - 2 in 2 days irrigation; 2 4 in 4 days irrigation; 3 - 6 in 6 days<br />

irrigation; 4 8 in 8 days irrigation; 5 - in 10 days irrigation. The irrigation<br />

system was the drip irrigation and the irrigation schedule was based in<br />

tensiometry, by using the characteristic curve of soil water retention, adjusted<br />

with the software Soil Water Retention Curves The floral opening was<br />

evaluated along the experiment, by counting the flowers that up<br />

(anthesis). The soil water potential the leaf water potential and<br />

the amino acid proline levels were evaluated through time. The statistical<br />

analysis were carried out using the system (Statistical Analysis System). It<br />

was possible to observe, in this experiment, that: The mean of flowers<br />

accumulated in the time it was equal in all irrigation frequencies. Frequent<br />

irrigations in the post flower-bud formation period took away to a higher<br />

flowering More expressive "bloomed" are only observed after<br />

rains. There was no correlation between the water potential measured in the soil<br />

and in the plant (leaves). The foliar water potentials and the proline levels<br />

showed good correlation.<br />

Guidance Committee: José Guimarães (Major Professor),<br />

Manoel Alves <strong>de</strong> Faria -


A história da cafeicultura confun<strong>de</strong>-se com a <strong>do</strong> próprio país, O Brasil<br />

o maior produtor e exporta<strong>do</strong>r mundial, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o século há pelo menos 150<br />

anos. A em mundial movimenta uma consi<strong>de</strong>rável soma<br />

<strong>de</strong> dinheiro, sen<strong>do</strong> o comércio que se situa em segun<strong>do</strong> lugar<br />

internacionalmente, per<strong>de</strong>n<strong>do</strong> apenas para o petróleo. Gera, anualmente, <strong>de</strong> 12 a<br />

13 bilhões <strong>de</strong> dólares, com a exportação <strong>de</strong> cerca <strong>de</strong> 60 milhões <strong>de</strong> sacas.<br />

O agribusiness <strong>do</strong> café gera, no Brasil, cerca <strong>de</strong> 3 bilhões <strong>de</strong><br />

envolven<strong>do</strong> uma complexa ca<strong>de</strong>ia que vai <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a indústria <strong>de</strong> até o<br />

consumo final (Guimarães et al., 2002).<br />

O setor da produção no Brasil é representa<strong>do</strong> por<br />

aproximadamente 320.000 proprieda<strong>de</strong>s, na sua maioria pequenas (até 10<br />

hectares), constituí<strong>do</strong> por um parque <strong>cafeeiro</strong> ao re<strong>do</strong>r <strong>de</strong> 3,6 bilhões <strong>de</strong> covas<br />

implantadas, em uma área <strong>de</strong> 2,2 milhões <strong>de</strong> hectares, distribuí<strong>do</strong>s em vários<br />

Esta<strong>do</strong>s brasileiros, abrangen<strong>do</strong> 1.980 municípios cafeicultores (Associação<br />

2001).<br />

A expansão da cultura <strong>do</strong> café para aptas com irrigação obrigatória,<br />

nas quais o déficit é fator limitante àprodução, levou àformação <strong>de</strong> uma<br />

cafeicultura diferenciada quanto a aspectos bem como no<br />

tocante àprópria fisiologia da planta.<br />

A irrigação <strong>do</strong> <strong>cafeeiro</strong> em larga escala uma prática relativamente<br />

nova, e como toda em fase <strong>de</strong> implantação, muito carente <strong>de</strong><br />

informações. Os limites e as variáveis envolvidas em to<strong>do</strong> processo <strong>de</strong> produção<br />

<strong>de</strong>sta cultura irrigada ainda estão por ser investiga<strong>do</strong>s, caben<strong>do</strong> aos<br />

pesquisa<strong>do</strong>res da área respon<strong>de</strong>r aos impostos por técnicos,<br />

produtores e empresários <strong>do</strong> setor.<br />

1


Estudar a floração <strong>do</strong> <strong>cafeeiro</strong>, na perspectiva <strong>de</strong> sempre<br />

foi um gran<strong>de</strong> <strong>de</strong>safio, e como tal, cheio <strong>de</strong> antagonismos e controvérsias, diante<br />

<strong>do</strong> gran<strong>de</strong> número <strong>de</strong> fatores envolvi<strong>do</strong>s neste importante processo fisiológico.<br />

Até então, a teoria mais aceita é a <strong>de</strong> que o <strong>cafeeiro</strong> necessita <strong>de</strong> certo<br />

este aspecto.<br />

para que ocorra a entretanto, existem controvérsias a<br />

Algumas publicações trazem revisões abordan<strong>do</strong> as relações entre a<br />

e o <strong>cafeeiro</strong> 1976; Maestri Barros, 1977; Barros Maestri, 1978;<br />

1979; 1985; Rena Maestri, 1985; Rena et al., 1994; Barros et<br />

al., 1995; Santinato et al., 1997; Rena Maestri, 2000; 2001). Contu<strong>do</strong>, os<br />

mecanismos ecofisiológicos que conduzem o <strong>cafeeiro</strong> à floração não são<br />

completamente conheci<strong>do</strong>s. Sabe-se que as relações a temperatura e a<br />

para <strong>de</strong>senca<strong>de</strong>ar os processos que conduzemà formação e<br />

abertura da flor, com <strong>de</strong>staque para a <strong>de</strong>ficiência <strong>de</strong> ( Rena Maestri,<br />

2000). Mas a contribuição <strong>de</strong> cada um <strong>de</strong>sses fatores ainda encontra-se aberta a<br />

investigações.<br />

A uniformização da maturação <strong>do</strong>s frutos <strong>do</strong> <strong>cafeeiro</strong>, em tempos <strong>de</strong> alta<br />

competitivida<strong>de</strong> entre países produtores, passou a ser fator <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> relevância,<br />

pois é um mecanismo que possibilita, entre outros aspectos, a da<br />

colheita (principalmente a mecânica), o escalonamento da produção,<br />

racionalização <strong>do</strong> uso <strong>do</strong>s sistemas <strong>de</strong> irrigação, o controle mais efetivo <strong>de</strong><br />

algumas pragas e <strong>do</strong>enças, a da bienalida<strong>de</strong> da cultura e a melhora<br />

em atributos pós-colheita, o que po<strong>de</strong> levar, em linhas gerais, a <strong>do</strong><br />

custo <strong>de</strong> produção.<br />

Manejar sistemas <strong>de</strong> irrigação com base em liga<strong>do</strong>s à planta<br />

é um imperativo em tempos em que a ten<strong>de</strong> a ficar cada vez mais<br />

disputada, em virtu<strong>de</strong> <strong>de</strong> sua escassez. Não foram encontra<strong>do</strong>s trabalhos que<br />

correlacionam o potencial <strong>de</strong> no solo com o da planta para o <strong>cafeeiro</strong>, e<br />

2


atualmente não se tem idéia <strong>de</strong> qual o potencial ótimo <strong>de</strong> irrigação para a cultura<br />

<strong>do</strong> café com base na planta.<br />

Diante <strong>do</strong> exposto, verifica-se que há a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> pesquisas que<br />

venham a evi<strong>de</strong>nciar a real implicação <strong>de</strong> <strong>diferentes</strong> <strong>de</strong> irrigação<br />

<strong>sob</strong>re o comportamento <strong>do</strong> <strong>florescimento</strong> <strong>do</strong> <strong>cafeeiro</strong>, e se perío<strong>do</strong>s <strong>de</strong> déficit<br />

são realmente imprescindíveis a esse evento fisiológico. Minimizar os<br />

gastos <strong>de</strong> e, por <strong>de</strong> energia, é outro ponto que merece<br />

especial atenção por parte <strong>do</strong>s pesquisa<strong>do</strong>res que militam na relação<br />

para o <strong>cafeeiro</strong>.<br />

caben<strong>do</strong> a estes estabelecer relações seguras entre os<br />

<strong>de</strong> solo e <strong>de</strong> planta, nortea<strong>do</strong>res <strong>do</strong> manejo <strong>de</strong> sistemas <strong>de</strong> irrigação<br />

O presente trabalho <strong>de</strong> pesquisa teve como objetivos gerais estudar a<br />

influência <strong>de</strong> <strong>diferentes</strong> <strong>de</strong> irrigação, pós o “abotoamento” floral,<br />

<strong>sob</strong>re o comportamento <strong>do</strong> <strong>florescimento</strong> <strong>do</strong> <strong>cafeeiro</strong> em campo, e também <strong>de</strong><br />

verificar a relação entre o potencial medi<strong>do</strong> no solo e na planta e os<br />

teores <strong>do</strong> aminoáci<strong>do</strong><br />

Trabalhou-se com as hipóteses <strong>de</strong> o <strong>cafeeiro</strong> necessita <strong>de</strong> déficit<br />

para que ocorra a retomada <strong>do</strong> crescimento <strong>do</strong>s botões florais <strong>do</strong>rmentes<br />

após a irrigação; ainda, que <strong>cafeeiro</strong>s irriga<strong>do</strong>s com maior<br />

apresentam maior <strong>de</strong> e que existe boa correlação entre<br />

potencial <strong>de</strong> ante-manhã medi<strong>do</strong> na planta e no solo com os teores <strong>do</strong><br />

aminoáci<strong>do</strong><br />

3


2<br />

2.1 Fatores envolvi<strong>do</strong>s na <strong>do</strong>s botões florais <strong>do</strong> <strong>cafeeiro</strong><br />

O <strong>cafeeiro</strong> é uma espécie tropical em que todas as plantas individuais,<br />

numa certa extensão geográfica, florescem simultaneamente; a isto se dá o nome<br />

<strong>de</strong> floração (Barros Maestri, 1978). Nas <strong>do</strong> sul e<br />

su<strong>de</strong>ste <strong>do</strong> Brasil, geralmente ocorrem <strong>de</strong> 2 a 3 floradas <strong>de</strong> intensida<strong>de</strong>s<br />

<strong>de</strong>crescentes, enquanto, em outros países, como na Colômbia, verificam-se até<br />

15 esta se <strong>de</strong>ve a fatores Em regiões<br />

em que a estação seca não bem <strong>de</strong>finida, <strong>cafeeiro</strong>s arábica florescem em ramos<br />

ver<strong>de</strong>s jovens, isto flores e frutos jovens e completamente <strong>de</strong>senvolvi<strong>do</strong>s são<br />

encontra<strong>do</strong>s no mesmo ramo (Rena Maestri, 2000).<br />

A floração po<strong>de</strong> ser separada em três fases: iniciação floral,<br />

<strong>de</strong>senvolvimento <strong>do</strong> botão floral e antese (florada), na tentativa <strong>de</strong> separar a<br />

iniciação floral das fases preparatórias <strong>de</strong> e <strong>de</strong> evocação<br />

Maestri, 1970). De acor<strong>do</strong> com Rena Maestri a floração <strong>do</strong> <strong>cafeeiro</strong><br />

compreen<strong>de</strong> uma <strong>de</strong> eventos que vai da<br />

floral até a antese, passan<strong>do</strong> pelas fases intermediárias da evocação floral,<br />

diferenciação ou iniciação <strong>do</strong>s florais e <strong>de</strong>senvolvimento da flor. A<br />

transição entre fases é comumente gradual e imperceptível, <strong>sob</strong>retu<strong>do</strong> nos<br />

estádios iniciais até a formação <strong>do</strong>s<br />

Após a diferenciação, a gema floral se <strong>de</strong>senvolve por alguns meses,<br />

constituin<strong>do</strong> o perío<strong>do</strong> <strong>de</strong> “abotoamento”. Uma vez “abotoada”, a gema floral<br />

entra em e fica pronta para a antese 1987).<br />

cita<strong>do</strong>s por et. al. na tentativa <strong>de</strong> conhecer<br />

melhor a fenologia <strong>do</strong>s botões florais <strong>do</strong> <strong>cafeeiro</strong>, dividiram-os em 7 classes: “1<br />

- vegetative bud; 2 - si<strong>de</strong> green; 3 - tight green cluster; 4 - open white cluster; 5<br />

4


candle; 6 anthesis, e 7 small et al. (1992)<br />

observaram que somente flores que se encontravam no estádio da classe (open<br />

white cluster) respondiam ao estímulo para florir após déficit e posterior<br />

irrigação, ou seja, somente a partir <strong>de</strong>ste estádio estariam maduras para o<br />

<strong>florescimento</strong>.<br />

Para tentar enten<strong>de</strong>r os mecanismos ecofisiológicos e<br />

envolvi<strong>do</strong>s nas distintas fases da <strong>do</strong> <strong>cafeeiro</strong>, revisões bibliográficas e<br />

trabalhos <strong>de</strong> investigação científica foram feitos por alguns pesquisa<strong>do</strong>res, sem<br />

contu<strong>do</strong> preencher as lacunas existentes, face ao gran<strong>de</strong> número <strong>de</strong><br />

<strong>cafeeiro</strong>.<br />

e <strong>diferentes</strong> condições <strong>de</strong> ambiente envolvidas no cultivo <strong>do</strong><br />

Entre os aspectos envolvi<strong>do</strong>s na <strong>do</strong> botão floral <strong>do</strong> <strong>cafeeiro</strong>,<br />

po<strong>de</strong>-se dizer que existem <strong>do</strong>is grupos: os <strong>de</strong> or<strong>de</strong>m fisiológica (internos), como,<br />

por exemplo, a ação e <strong>do</strong>s (giberelinas,<br />

e os fatores externos ou <strong>do</strong> ambiente (temperatura, tensão <strong>de</strong><br />

no solo, fotoperiodismo, entre outros), os quais para promover a<br />

estagnação <strong>do</strong> crescimento <strong>do</strong>s botões florais por um certo perío<strong>do</strong>, sen<strong>do</strong> estas<br />

<strong>de</strong> pesquisa<strong>do</strong>res.<br />

pouco esclarecidas e com antagonismos entre as <strong>diferentes</strong> correntes<br />

Para os florais diferencia<strong>do</strong>s crescem <strong>de</strong> mo<strong>do</strong><br />

contínuo por um perío<strong>do</strong> <strong>de</strong> cerca <strong>de</strong> <strong>do</strong>is meses até atingirem um tamanho<br />

máximo <strong>de</strong> 4 a 8 ocorren<strong>do</strong> então uma pausa <strong>de</strong> semanas ou meses <strong>de</strong><br />

duração <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>n<strong>do</strong> das condições externas, principalmente<br />

distribuição das chuvas. Não haven<strong>do</strong> uma estação seca <strong>de</strong>finida, os botões<br />

crescem continuamente, resultan<strong>do</strong> em sucessivas, <strong>de</strong>vi<strong>do</strong> à iniciação<br />

<strong>do</strong>s florais ocorrer em perío<strong>do</strong>s mais ou menos extensos.<br />

Mes cita<strong>do</strong> por Maestri atribui a<br />

exclusivamente ao déficit interno <strong>de</strong> nos botões florais, mesmo com<br />

5


suprimento razoável <strong>de</strong> umida<strong>de</strong> no solo. (1958) sugere que não se trata<br />

apenas <strong>de</strong> um fenômeno <strong>de</strong> suprimento <strong>de</strong> porém <strong>de</strong> um possível<br />

mecanismo químico ou hormonal. A estimularia a síntese ou ativação<br />

<strong>de</strong> um responsável pela antese. Durante o perío<strong>do</strong> seco, gran<strong>de</strong>s<br />

quantida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> inibi<strong>do</strong>r <strong>do</strong> tipo se acumulam nas gemas<br />

florais <strong>do</strong> café, sen<strong>do</strong> responsáveis por 75% <strong>do</strong> processo <strong>de</strong><br />

et al., 1970). A talvez esteja relacionada com um balanço interno<br />

<strong>de</strong>sfavorável entre promotores e inibi<strong>do</strong>res 1973); (Gopal<br />

Vasu<strong>de</strong>va, 1973); (Gopal 1976).<br />

Para as regiões <strong>do</strong> Brasil, é pouco provável a influência direta<br />

<strong>do</strong> fotoperío<strong>do</strong> <strong>sob</strong>re a e, <strong>sob</strong>re sua quebra, pois<br />

no perío<strong>do</strong> <strong>de</strong> floração <strong>do</strong> <strong>cafeeiro</strong> as exigências em luz são totalmente supridas,<br />

aten<strong>de</strong>n<strong>do</strong> à necessida<strong>de</strong> fotoperiódica <strong>do</strong> <strong>cafeeiro</strong>, que é <strong>de</strong> 13-14 horas. Rena<br />

Maestri (1986) concluem que são necessárias investigações críticas para<br />

estabelecer com segurança o papel regula<strong>do</strong>r <strong>do</strong> fotoperío<strong>do</strong> na floral<br />

em café, procuran<strong>do</strong> <strong>de</strong>terminar seu efeito direto no<br />

processo, àparte <strong>de</strong> efeitos indiretos via crescimento<br />

Quanto ao papel da temperatura na quebra da <strong>do</strong>s botões<br />

florais, toma-se muito dificil analisar suas implicações isoladamente, pois tanto<br />

as chuvas quanto a irrigação promovem um abaixamento relativo da<br />

temperatura. Diante <strong>do</strong> exposto, surgem especulações e divergências.<br />

trabalhan<strong>do</strong> com observou que a planta<br />

constantemente irrigada parece ter si<strong>do</strong> estimulada com pequenos chuviscos,<br />

enquanto plantas não irrigadas só foram estimuladas com chuva mais intensa.<br />

Como a queda rápida da temperatura sempre esteve associada com os chuviscos<br />

e a chuva, o autor sugeriu que a queda abrupta da temperatura foi o que<br />

provocou a quebra da na planta irrigada, propon<strong>do</strong> a existência <strong>de</strong><br />

<strong>do</strong>is tipos <strong>de</strong> nos botões florais <strong>do</strong> <strong>cafeeiro</strong>, uma imposta<br />

6


por déficit <strong>de</strong> que po<strong>de</strong> ser superada com e uma<br />

verda<strong>de</strong>ira, <strong>de</strong> natureza que exige uma queda rápida da temperatura<br />

para ser eliminada.<br />

As feitas por (1984) foram divergentes. O autor<br />

observou que após os botões florais terem atingi<strong>do</strong> o crescimento máximo, estes<br />

parecem iniciar um perío<strong>do</strong> <strong>de</strong> verda<strong>de</strong>ira pela própria<br />

planta, in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte das condições <strong>do</strong> meio ambiente.<br />

(1975) associou a quebra da <strong>do</strong>s botões florais com<br />

uma queda <strong>de</strong> 3°C na temperatura, <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> um perío<strong>do</strong> <strong>de</strong> 45 minutos ou<br />

menos, basean<strong>do</strong>-se nos da<strong>do</strong>s e nas <strong>de</strong> três anos<br />

consecutivos.<br />

Quebrar a através <strong>do</strong> uso <strong>de</strong> tem si<strong>do</strong> uma<br />

prática bastante estudada, porém sem resulta<strong>do</strong>s práticos que venham a<br />

convergir para a utilização <strong>de</strong>ste mecanismo em campo. (1958) constatou<br />

que todas as substâncias <strong>de</strong> natureza produziram resulta<strong>do</strong>s negativos<br />

quanto ao rompimento da<br />

Uma vez que <strong>do</strong> tipo substituem o efeito <strong>do</strong><br />

frio na quebra da (1958) sugeriu que também po<strong>de</strong>riam<br />

substituir o perío<strong>do</strong> seco. Na região costeira <strong>do</strong> Peru, on<strong>de</strong> as gemas retomam o<br />

crescimento após irrigação que segue um perío<strong>do</strong> seco, este pesquisa<strong>do</strong>r foi bem<br />

sucedi<strong>do</strong> na quebra da quan<strong>do</strong> aspergiu os botões florais <strong>de</strong> <strong>cafeeiro</strong>s<br />

irriga<strong>do</strong>s com soluções <strong>de</strong> e 100 <strong>de</strong> Através<br />

<strong>do</strong>s resulta<strong>do</strong>s apresenta<strong>do</strong>s por foi observa<strong>do</strong> que o<br />

induziu a abertura <strong>do</strong>s botões florais.<br />

(1973) verificou que após irrigação por aspersão, os níveis <strong>de</strong><br />

giberelinas ativas aumentam rapidamente nas gemas florais, e que a quebra da<br />

<strong>do</strong>s botões florais parece ter si<strong>do</strong> provocada por uma transformação<br />

<strong>de</strong> giberelinas inativas em giberelinas ativas <strong>de</strong>ntro <strong>do</strong>s botões. Concluiu,<br />

7


portanto, que para a quebra da é necessário apenas um aumento<br />

transitório <strong>do</strong>s níveis <strong>de</strong> giberelinas ativas nos botões, sen<strong>do</strong> que o promotor<br />

aumenta apenas até o dia após a irrigação por aspersão, cain<strong>do</strong> daí até a<br />

antese.<br />

A das das espécies <strong>de</strong> clima tempera<strong>do</strong> é por<br />

inibi<strong>do</strong>res naturais <strong>do</strong> tipo De acor<strong>do</strong> com<br />

o nível <strong>de</strong> nos botões <strong>do</strong>rmentes é bastante alto em valores<br />

absolutos; no entanto, o inibi<strong>do</strong>r permanece constante até o quarto dia após a<br />

irrigação, quan<strong>do</strong> aumenta até a abertura <strong>do</strong> botão. Aparentemente, a quebra da<br />

se dá mais em razão <strong>do</strong> aumento <strong>do</strong> nível <strong>de</strong> promotores ou da razão<br />

que por diminuição <strong>do</strong> inibi<strong>do</strong>r (Barros &Maestri, 1978).<br />

Quanto mais prolonga<strong>do</strong> for o perío<strong>do</strong> seco, maior será a eficiência <strong>do</strong>s<br />

tratamentos que a <strong>do</strong>s botões Maestri, pois a<br />

seca aumenta a sensibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> resposta das gemas <strong>do</strong>rmentes. Como condições<br />

<strong>de</strong> déficit <strong>de</strong> promovem o <strong>de</strong> é provável que o inibi<strong>do</strong>r<br />

prepare a gema para uma resposta mais eficiente à ação posterior da<br />

no processo <strong>de</strong> quebra da<br />

O papel <strong>de</strong> <strong>do</strong> tipo parece estar liga<strong>do</strong> mais ao<br />

crescimento <strong>do</strong>s botões que à quebra da Como as<br />

constituem agente <strong>de</strong> atração <strong>de</strong> nutrientes, e como a importação <strong>de</strong>stes para as<br />

gemas ébem acentuada, é provável que os <strong>do</strong>is fenômenos estejam relaciona<strong>do</strong>s<br />

(Barros Maestri, 1978). O nível <strong>de</strong> nas gemas <strong>sob</strong>e <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o segun<strong>do</strong><br />

dia após a quebra da até <strong>do</strong>is dias antes da antese; como a partir <strong>do</strong><br />

quarto dia o nível <strong>de</strong> cai e o <strong>de</strong> aumenta, é possível que daí em diante<br />

a contrabalance o 1973).<br />

Apenas um princípio fitoquímico, as giberelinas, originadas no próprio<br />

botão floral, parece ser essencial na quebra da um segun<strong>do</strong> princípio,<br />

8


otão.<br />

teria, quan<strong>do</strong> muito, um papel complementar no crescimento <strong>do</strong><br />

É evi<strong>de</strong>nte que existe uma ligação entre a tensão <strong>de</strong> águano solo<br />

e na planta e a ativida<strong>de</strong> responsável direta pela quebra da<br />

<strong>do</strong>s botões florais <strong>do</strong> <strong>cafeeiro</strong>. Esta relação, pelo grau <strong>de</strong><br />

complexida<strong>de</strong> e o número <strong>de</strong> variáveis envolvidas, exige investigações<br />

e criteriosas visan<strong>do</strong> a <strong>de</strong> pontos <strong>de</strong>sconheci<strong>do</strong>s.<br />

2.2 Efeitos da tensão <strong>de</strong> no solo e na planta <strong>sob</strong>re a quebra da<br />

<strong>do</strong>s florais<br />

Quanto aos aspectos liga<strong>do</strong>s implicações da tensão <strong>de</strong> águano solo na<br />

fisiologia da floração <strong>do</strong> <strong>cafeeiro</strong>, houve certa estagnação nas pesquisas a partir<br />

da década <strong>de</strong> setenta, que foram retomadas no final da década <strong>de</strong> noventa, sem<br />

contu<strong>do</strong> esclarecer e tomar aplicáveis os seus resulta<strong>do</strong>s para os cafeicultores.<br />

Sabe-se boje, através <strong>de</strong> alguns trabalhos <strong>de</strong>senvolvi<strong>do</strong>s em outras regiões<br />

<strong>do</strong> globo et al., 1992; 1994 e que<br />

o estresse associa<strong>do</strong> à irrigação uma prática que po<strong>de</strong> vir a uniformizar<br />

a floração <strong>do</strong> <strong>cafeeiro</strong> e, a e colheita.<br />

(1 960) relata que o estresse fator necessário à quebra da<br />

<strong>do</strong>s botões florais <strong>do</strong> <strong>cafeeiro</strong> e associa tal aspecto à <strong>do</strong><br />

frio na quebra da <strong>de</strong> plantas <strong>de</strong> clima tempera<strong>do</strong>.<br />

A <strong>do</strong> mecanismo da e quebra <strong>de</strong> <strong>do</strong>s<br />

botões florais, além <strong>de</strong> seu valor intrínseco, po<strong>de</strong>rá servir <strong>de</strong> guia para um<br />

possível controle da visan<strong>do</strong> a maturação <strong>de</strong> frutos numa mesma época<br />

Maestri, 1970).<br />

Dois gran<strong>de</strong>s são feitos: qual a relação entre potencial<br />

no solo e na planta e que alterações esta relação traz à ativida<strong>de</strong><br />

9


egula<strong>do</strong>ra <strong>do</strong> <strong>florescimento</strong>? Existem, neste ponto, controvérsias<br />

quanto até que potencial será submetida a planta para que a modificação<br />

<strong>de</strong>ste venha a romper a <strong>do</strong>s botões e se isso acarretará prejuízos na<br />

colheita.<br />

Barros Maestri (1978) observaram que <strong>cafeeiro</strong>s submeti<strong>do</strong>s a longo<br />

perío<strong>do</strong> <strong>de</strong> respon<strong>de</strong>m a chuvas pesadas no que diz respeito à<br />

quebra da mesmo que não haja queda rápida <strong>de</strong> temperatura; e que<br />

chuvas menores que mesmo que acompanhadas <strong>de</strong> queda <strong>de</strong><br />

temperatura, não provocam<br />

Magalhães (1976) notaram que a quebra da <strong>do</strong>s<br />

botões, por irrigação <strong>do</strong> solo, somente quan<strong>do</strong> o potencial das<br />

folhas baixava além <strong>de</strong> - . Os autores postulam que, <strong>sob</strong> condições <strong>de</strong><br />

déficit as folhas aos botões até que o potencial das folhas<br />

se iguale ou se tome mais negativo que o <strong>do</strong>s botões. Logo que o fluxo <strong>de</strong><br />

paralise ou se reverta por excessiva das folhas, as flores<br />

se abrem em resposta à irrigação. Concluíram eles que um potencial<br />

foliar <strong>de</strong> - é necessário para a quebra da e que a irrigação<br />

causa a abertura das flores em virtu<strong>de</strong> <strong>de</strong> uma rápida entrada <strong>de</strong> águanos botões,<br />

como resposta ao potencial das folhas.<br />

et al. trabalhan<strong>do</strong> com L., verificaram<br />

que mesmo mais severos não tiveram tanta implicação no<br />

crescimento durante a iniciação floral. Constataram, ainda, que a<br />

quebra da <strong>do</strong>s botões florais ocorre quan<strong>do</strong> o <strong>cafeeiro</strong> é submeti<strong>do</strong> a<br />

potenciais <strong>de</strong> 0,8 com posterior irrigação, e que esta<br />

prática muito importante para a sincronização da<br />

em experimentos com as cultivares Vermelho e Mun<strong>do</strong> Novo,<br />

constataram que a <strong>do</strong>s botões florais só era quebrada quan<strong>do</strong> as<br />

10


plantas eram submetidas a uma variação <strong>de</strong> potencial da or<strong>de</strong>m <strong>de</strong><br />

(Av).<br />

(1964) propôs o termo para esse tipo <strong>de</strong><br />

relação entre a e o <strong>cafeeiro</strong>, na qual ocorre a abertura floral (antese), após<br />

chuva ou irrigação, em plantas <strong>de</strong> café que passaram por um perío<strong>do</strong> <strong>de</strong> déficit<br />

Quanto ao sinal que leva ao <strong>do</strong> processo <strong>de</strong> retomada<br />

<strong>do</strong> crescimento <strong>do</strong>s botões florais, acredita que <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> um perío<strong>do</strong> seco, tanto<br />

a chuva quanto a irrigação promovem a queda brusca da temperatura, provocam<br />

uma elevação rápida <strong>do</strong> potencial das gemas, a qual seria, então, o fator<br />

<strong>do</strong> rompimento da<br />

da transformação <strong>de</strong> giberelinas inativas em ativas, promotoras<br />

(1984) e et al. (1988) postularam que os botões<br />

florais <strong>do</strong>rmentes fariam a “leitura” cumulativada da tensão tanto na sua<br />

magnitu<strong>de</strong> quanto na sua duração (dada por um perío<strong>do</strong> prolonga<strong>do</strong> ou por<br />

<strong>de</strong> perío<strong>do</strong>s curtos). Nas plantas que não atravessam um perío<strong>do</strong><br />

<strong>de</strong>fini<strong>do</strong> <strong>de</strong> tensão a só quebrada em espaços <strong>de</strong> tempo mais<br />

prolonga<strong>do</strong>s, uma vez que plantas constantemente irrigadas apresentam, em dias<br />

quentes e ensolara<strong>do</strong>s, curtos perío<strong>do</strong>s <strong>de</strong> “déficit em razão da<br />

<strong>de</strong>manda os quais po<strong>de</strong>m ser integra<strong>do</strong>s pelos botões florais.<br />

et al. (1992) observaram, em um experimento no campo, que<br />

um pequeno número <strong>de</strong> botões florais passou <strong>do</strong> estádio 4 para o 6 (antese) sem,<br />

contu<strong>do</strong>, as plantas serem submetidas a déficit fato que não ocorreu no<br />

experimento que conduziram em condições controladas.<br />

Acredita-se que seja necessário um sinal radicular para <strong>de</strong>senca<strong>de</strong>ar o<br />

processo (Rena Maestri, induzi<strong>do</strong> pela variação <strong>de</strong> potencial no<br />

sistema radicular, in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte <strong>do</strong> potencial foliar et al.,<br />

1992).<br />

11


Toma-se evi<strong>de</strong>nte que investigar tais representa um<br />

importante passo na busca <strong>de</strong> soluções para a <strong>de</strong> floração <strong>do</strong><br />

<strong>cafeeiro</strong>, auxilian<strong>do</strong> na tomada <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisões em relação ao manejo da irrigação<br />

em ditas “marginais”.<br />

2.3 O solo-planta-atmosfera: a relação entre potencial <strong>do</strong><br />

solo e da folha<br />

As espécies vegetais produzem, através da<br />

fonte energética para o homem e os animais. O carbono necessárioà<br />

é extraí<strong>do</strong> <strong>do</strong> <strong>do</strong> ar que entra, por difusão, pelos nas partes ver<strong>de</strong>s<br />

da planta. No interior <strong>do</strong>s o ar está quase satura<strong>do</strong> com Como a<br />

atmosfera ao re<strong>do</strong>r da planta encontra-se normalmente com umida<strong>de</strong> abaixo da<br />

saturação, uma difusão <strong>de</strong> ocorre, na forma <strong>de</strong> vapor, <strong>do</strong>s para a<br />

atmosfera. Esse processo <strong>de</strong> perda <strong>de</strong> pela planta é expresso<br />

em volume por unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> área e tempo. Este fenômeno faz variar o potencial<br />

no sistema solo-planta-atmosfera, responsável pelo movimento da<br />

da raiz para a planta e daí para a atmosfera.<br />

A planta mantém o equilíbrio extrain<strong>do</strong> com nutrientes<br />

dissolvi<strong>do</strong>s, <strong>do</strong> solo através <strong>de</strong> seu sistema radicular. Quan<strong>do</strong> a quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

presente no solo diminui, a planta encontra dificulda<strong>de</strong> em absorver uma<br />

vazão <strong>de</strong> igual que está per<strong>de</strong>n<strong>do</strong> e começa a fechar os<br />

para diminuir a difusão <strong>de</strong> para a atmosfera. Em diminui a<br />

quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> gás que entra na planta pelas folhas, principalmente,<br />

bem como absorção <strong>de</strong> e nutrientes pelas raizes (Van 1994).<br />

A como to<strong>do</strong>s os corpos na natureza, está sempre em busca <strong>de</strong> um<br />

esta<strong>do</strong> mínimo <strong>de</strong> energia. Move-se <strong>de</strong> pontos <strong>de</strong> maior energia (potencial) para<br />

pontos <strong>de</strong> menor energia. A na planta (células) divi<strong>de</strong>-se basicamente,<br />

12


segun<strong>do</strong> Lacher em: úpa <strong>de</strong> ou seja, aquela que está<br />

associada aos ou dissolven<strong>do</strong> substâncias orgânicas e ou<br />

ainda preenchen<strong>do</strong> os espaços entre as finas estruturas <strong>do</strong> protoplasma e a pare<strong>de</strong><br />

celular; á pa <strong>de</strong> estoque, que preenche os ou vesículas celulares;<br />

intersticial, que serve <strong>de</strong> meio <strong>de</strong> transporte nos espaços e,<br />

finalmente, úpa vascular, que funciona como meio <strong>de</strong> transporte aos elementos<br />

condutores <strong>do</strong> e<br />

Para a ativida<strong>de</strong> bioquímica das células nãoé importante a quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

nela existente, mas sim o seu esta<strong>do</strong> termodinâmico, ou seja, seu potencial<br />

quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> trabalho necessário para elevar a<br />

ligada ao nível potencial da pura. Na solução, a está<br />

ligada, sen<strong>do</strong> necessário o emprego <strong>de</strong> energia para torná-la disponível. O<br />

potencial da na solução é sempre menor que o da águapura<br />

e, portanto, assume sempre valores negativos. A em ou<br />

em superficies apresenta também valores negativos <strong>de</strong> potencial<br />

(potencial Se a está <strong>sob</strong> pressão, sua energia livre aumenta<br />

e o potencial <strong>de</strong> pressão (Y,) em relação à não é positivo. De<br />

acor<strong>do</strong> com (1995) e Lacher o potencial total da<br />

na planta ou potencial para a maioria <strong>do</strong>s é o<br />

<strong>do</strong>s potenciais cita<strong>do</strong>s anteriormente, <strong>de</strong>sprezan<strong>do</strong>-se um outro<br />

componente, que seria o potencial<br />

A no solo está submetida à ação <strong>de</strong> uma <strong>de</strong> fatores que<br />

influenciam diretamente a sua retenção. O conceito <strong>de</strong> potencial <strong>do</strong> solo,<br />

o que alguns autores <strong>de</strong>nominam <strong>de</strong> potencial total <strong>de</strong> no solo, surgiu com<br />

a intenção <strong>de</strong> elaborar uma teoria que englobasse to<strong>do</strong>s esses fatores (Oliveira,<br />

1997). O potencial <strong>do</strong> solo po<strong>de</strong> ser consi<strong>de</strong>ra<strong>do</strong> como "a quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

trabalho que é preciso aplicar para transportar reversível e a<br />

13


unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>s<strong>de</strong> uma situação <strong>de</strong> referência até um ponto<br />

consi<strong>de</strong>ra<strong>do</strong> <strong>do</strong> solo” 1987).<br />

O potencial total <strong>de</strong> águano soloé o <strong>de</strong> diversos componentes<br />

conheci<strong>do</strong>s, como <strong>de</strong> pressão e Em condições<br />

sem excesso <strong>de</strong> sais e solo não satura<strong>do</strong>, os potenciais <strong>de</strong> gravida<strong>de</strong><br />

e são os mais importantes. O potencial conseqüência da<br />

posição ocupada pela em relação a um plano <strong>de</strong> referência, e o o<br />

resulta<strong>do</strong> <strong>de</strong> forças capilares e <strong>de</strong> que surgem em da<br />

entre a e a matriz (arranjo das partículas) <strong>do</strong> solo 1985).<br />

O esta<strong>do</strong> da no solo-planta-atmosfera uma<br />

proprieda<strong>de</strong> dinâmica que está associada ao balanço entre a perda <strong>de</strong> na<br />

folha e a absorção <strong>de</strong> pela raíz. Alterações no potencial foliar<br />

afetam diretamente os processos fisiológicos e, por o crescimento<br />

e a produtivida<strong>de</strong> das culturas. O uso <strong>do</strong> potencial <strong>de</strong> na folha tem si<strong>do</strong><br />

bastante estuda<strong>do</strong> por se tratar <strong>de</strong> uma medida simples e rápida <strong>de</strong> <strong>de</strong>terminar o<br />

esta<strong>do</strong> da no vegetal. Os valores absolutos <strong>de</strong> potencial são<br />

como indica<strong>do</strong>res <strong>de</strong> estresse contu<strong>do</strong>, (1984) recomenda que tal<br />

medida seja usada com prudência, uma vez que adaptações evolutivas e<br />

fisiológicas ao meio ambiente po<strong>de</strong>m influenciar, <strong>de</strong> forma marcante, o nível <strong>de</strong><br />

potencial no qual o estresse se estabelece.<br />

Quan<strong>do</strong> o solo seca, o total <strong>de</strong> nele conti<strong>do</strong> e o potencial<br />

bem como a hidráulica, ficam cada vez menores, fazen<strong>do</strong> com<br />

que sejam necessários gradientes <strong>de</strong> potencial cada vez maiores entre solo e raiz<br />

para se manter um fluxo <strong>de</strong> Não existe, contu<strong>do</strong>, um consenso entre os<br />

pesquisa<strong>do</strong>res da área <strong>sob</strong>re a causa <strong>de</strong> o fluxo <strong>de</strong> raizes, em certas<br />

circunstâncias, ser insuficiente para suprir a <strong>de</strong>manda<br />

De acor<strong>do</strong> com Van os cientistas se divi<strong>de</strong>m em três grupos<br />

quanto à explicação <strong>de</strong>sse fenômeno. Os <strong>do</strong> primeiro grupo acreditam que a<br />

14


hidráulica <strong>do</strong> solo seja o fator limitante: a ocorrência <strong>de</strong> uma zona<br />

<strong>de</strong> esgotamento <strong>de</strong> próximo causa uma diminuição na<br />

hidráulica. Pesquisa<strong>do</strong>res <strong>do</strong> segun<strong>do</strong> grupo <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>m que a<br />

encontra uma maior resistência quanto ao seu movimento <strong>de</strong>ntro <strong>do</strong> teci<strong>do</strong><br />

vegetal, a caminho <strong>do</strong> O terceiro grupo <strong>de</strong> cientistas é da opinião <strong>de</strong> que<br />

existe uma gran<strong>de</strong> resistência ao movimento <strong>de</strong> no exato limite entre solo e<br />

raiz (interface solo-raiz).<br />

Apesar <strong>do</strong> gran<strong>de</strong> número <strong>de</strong> estu<strong>do</strong>s <strong>sob</strong>re relações no <strong>cafeeiro</strong>,<br />

até então não foram encontra<strong>do</strong>s trabalhos que tenham se ocupa<strong>do</strong> em estudar a<br />

relação entre o potencial foliar e no solo, para <strong>cafeeiro</strong>s em condição <strong>de</strong><br />

campo. Alguns pesquisa<strong>do</strong>res estudaram essa dinâmica <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> uma outra<br />

perspectiva, em trabalhos com outras 1981;<br />

et al., 1991; et al., 1992).<br />

et al. (1983 a, b, c), trabalhan<strong>do</strong> em ambiente controla<strong>do</strong> com<br />

as espécies C. L. (cultivar e C. Pierre (cultivar<br />

Robusta), verificaram que a resistência à difusão <strong>de</strong> vapor da folha cresceu<br />

drasticamente a partir <strong>de</strong> um potencial foliar inferior a - 1,2 para o<br />

e para o robusta, e que a resistência hidráulica da planta sempre foi<br />

maior que a <strong>do</strong> solo, esse resulta<strong>do</strong> possa ter si<strong>do</strong> afeta<strong>do</strong> pelo mo<strong>de</strong>lo<br />

<strong>de</strong> estimativa <strong>do</strong> potencial da na superficie radicular e que ocorreu um<br />

padrão <strong>de</strong> recuperação <strong>do</strong> potencial da das folhas quan<strong>do</strong> elas<br />

foram irrigadas após certo grau <strong>de</strong> déficit<br />

et al. (1990) verificaram, para <strong>cafeeiro</strong>s no campo, as relações<br />

entre o potencial da da folha e os fluxos gasosos, a variação <strong>do</strong> módulo <strong>de</strong><br />

elasticida<strong>de</strong> da célula, <strong>do</strong> potencial e <strong>do</strong> potencial da da folha,<br />

bem como as variações <strong>de</strong> e difusão <strong>de</strong> vapor, quan<strong>do</strong><br />

ocorria secamento <strong>do</strong> solo. Observaram que as taxas <strong>de</strong> difusão <strong>de</strong> vapor entre<br />

cultivares eram <strong>diferentes</strong>, e que plantas submetidas a déficit tiveram o


módulo <strong>de</strong> elasticida<strong>de</strong> celular reduzi<strong>do</strong>s. Verificaram, ainda, que mudanças na<br />

assimilação <strong>de</strong> carbono e foram largamente<br />

in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes das alterações <strong>do</strong> turgor celular, mas associadas modificações<br />

no volume relativo <strong>do</strong> Os autores sugerem que o ajustamento<br />

<strong>sob</strong> déficit<br />

contribui para a manutenção <strong>do</strong>s fluxos gasosos em folhas <strong>de</strong> <strong>cafeeiro</strong>s<br />

Visan<strong>do</strong> aumentar o conhecimento <strong>sob</strong>re os mecanismos <strong>do</strong><br />

transporte <strong>de</strong> no sistema solo-planta-atmosfera,<br />

(1998) estudaram a relação entre as resistências ao fluxo <strong>de</strong> e a diferença<br />

<strong>de</strong> potencial da entre solo e planta, em mudas <strong>de</strong> <strong>cafeeiro</strong> da cultivar<br />

crescen<strong>do</strong> em ambiente controla<strong>do</strong>. Concluíram que existe uma relação linear<br />

entre a e os potenciais <strong>do</strong> solo e da folha. Observaram,<br />

ainda, que a resistência da planta ao fluxo foi sempre superior à <strong>do</strong> solo e que<br />

houve um padrão <strong>de</strong> recuperação <strong>do</strong> potencial da na folha,<br />

representa<strong>do</strong> por uma fase inicial <strong>de</strong> alta taxa <strong>de</strong> variação <strong>de</strong> potencial<br />

foliar, segui<strong>do</strong> <strong>de</strong> outra, com variações menores <strong>de</strong> potencial.<br />

Em tempos <strong>de</strong> escassez <strong>de</strong> racionalizar e minimizar os gastos com<br />

a irrigação é um ponto prepon<strong>de</strong>rante. Dentro <strong>de</strong>ssa manejar os sistemas<br />

com base em liga<strong>do</strong>s à planta será essencial para baixar custos <strong>de</strong><br />

produção e ganhos. Determinar o ponto ótimo <strong>de</strong> irrigação com base<br />

no potencial foliar é algo imprescindível à automação e<br />

<strong>de</strong> sistemas <strong>de</strong> irrigação, em tempos <strong>de</strong> agricultura <strong>de</strong><br />

precisão. A aplicação <strong>do</strong>s conceitos <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento sustentável aos sistemas<br />

agrícolas premiará os projetos elabora<strong>do</strong>s com base em conceitos que levarão a<br />

uma maior eficiência no uso da<br />

16


2.4 Efeito <strong>do</strong> déficit no <strong>de</strong><br />

Entre os vários fatores limitantes da produção vegetal, o déficit<br />

ocupa posição <strong>de</strong> <strong>de</strong>staque, pois além <strong>de</strong> afetar diretamente as relações<br />

nas plantas, alteran<strong>do</strong>-lhes o metabolismo, fenômeno que ocorre em gran<strong>de</strong>s<br />

extensões <strong>de</strong> áreas cultivadas 1995). Portanto, <strong>de</strong> acor<strong>do</strong> com<br />

esses autores, as plantas parecem ter <strong>de</strong>senvolvi<strong>do</strong> mecanismos, capazes <strong>de</strong><br />

diminuir os efeitos da falta <strong>de</strong> no solo, que po<strong>de</strong>m ser transmiti<strong>do</strong>s<br />

geneticamente.<br />

Entre esses mecanismos, o ajustamento que é resulta<strong>do</strong> <strong>de</strong><br />

líqui<strong>do</strong> <strong>de</strong> no incluin<strong>do</strong> orgânicos e<br />

açúcares, parece ser um <strong>do</strong>s mais eficientes em conferir plantas tolerância ao<br />

déficit (Da 1991).<br />

De acor<strong>do</strong> com Carvalho alguns estu<strong>do</strong>s foram<br />

feitos comparan<strong>do</strong> plantas <strong>do</strong> gênero em relação ao seu comportamento<br />

mediante estresse encontrar indica<strong>do</strong>res fisiológicos que<br />

po<strong>de</strong>riam contribuir para um manejo mais eficiente <strong>do</strong>s sistemas <strong>de</strong> irrigação.<br />

Para tal fim, <strong>diferentes</strong> foram avalia<strong>do</strong>s, po<strong>de</strong>n<strong>do</strong> ser cita<strong>do</strong>s o<br />

potencial da e na folha, ativida<strong>de</strong> da<br />

<strong>do</strong> nitrato, temperatura da cobertura foliar, sistema radicular e<br />

<strong>de</strong> Nesse contexto, a eficiência da e os níveis <strong>de</strong><br />

clorofila são francamente estáveis, mesmo <strong>sob</strong> severa <strong>de</strong>sidratação, po<strong>de</strong>n<strong>do</strong><br />

ser toma<strong>do</strong>s como indica<strong>do</strong>res <strong>de</strong> tolerância à seca (Rena Maestri, 2000). O<br />

mesmo aplica-se à fisiologia e ao curso <strong>de</strong> recuperação <strong>do</strong> déficit<br />

após um perío<strong>do</strong> <strong>de</strong> estiagem, posto que esses indica<strong>do</strong>res retomam a<br />

valores normais após a seca, sem recuperação correspon<strong>de</strong>nte da capacida<strong>de</strong><br />

fotossintética.<br />

17


Alguns cientistas <strong>de</strong>senvolveram pesquisas no senti<strong>do</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>tectar<br />

compostos orgânicos que po<strong>de</strong>riam ter o aumento <strong>de</strong> suas concentrações<br />

(ajustamento correlaciona<strong>do</strong>s ao aumento <strong>do</strong> déficit o que<br />

po<strong>de</strong>ria levar à <strong>de</strong> plantas tolerantes ou resistentes a baixos potenciais<br />

<strong>de</strong> no solo. Parece, contu<strong>do</strong>, que o aminoáci<strong>do</strong> é o que melhor se<br />

correlaciona (Vasuveda et al., 1981; Da 1991; Da et al., 1993;<br />

Maestri et al., 1995; et al., 2000; Rena Maestri, 2000; 2001).<br />

O aumento <strong>de</strong> como um indicativo <strong>de</strong> resistência a<br />

déficits baseia-se nas proprieda<strong>de</strong>s <strong>de</strong>sse aminoáci<strong>do</strong> na<br />

celular, proteção <strong>de</strong> sistemas e proteínas contra a<br />

Alguns fenômenos são normalmente associa<strong>do</strong>s a esse como<br />

estabilização <strong>de</strong> proteínas, manutenção da ativida<strong>de</strong> conservação <strong>de</strong><br />

compostos ou respiratórios 1988). Ten<strong>do</strong> a<br />

alta solubilida<strong>de</strong>, supõe-se que durante a ocorrência <strong>de</strong> um déficit<br />

a mesma assuma importância como fornece<strong>do</strong>ra <strong>de</strong> nitrogênio e fonte <strong>de</strong><br />

carbono 1989).<br />

Existem, entretanto, controvérsias quanto à real relação entre os níveis<br />

<strong>de</strong> e o status <strong>do</strong> <strong>cafeeiro</strong>, uma vez que a maioria das pesquisas<br />

foram conduzidas em casas-<strong>de</strong>-vegetação. Maestri et al. trabalhan<strong>do</strong> com<br />

plantas jovens das cultivares Vermelho e Amarelo” e também “Mun<strong>do</strong><br />

Novo”, obtiveram boa correlação entre o potencial foliar e os níveis <strong>de</strong><br />

Resulta<strong>do</strong>s semelhantes foram apresenta<strong>do</strong>s por<br />

(1989) e Da et al. (1993). Contu<strong>do</strong>, Rena &Maestri (2000) pon<strong>de</strong>ram que<br />

esse aminoáci<strong>do</strong> não se relaciona satisfatoriamente com a tolerância seca em<br />

várias cultivares <strong>de</strong> arábica e e que o potencial <strong>de</strong><br />

manhã, que largamente das condições atmosféricas, parece indicar<br />

melhor o esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> <strong>cafeeiro</strong>, po<strong>de</strong>n<strong>do</strong>, portanto, ser utiliza<strong>do</strong> como o<br />

mais a<strong>de</strong>qua<strong>do</strong> para a estimativa da necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> irrigação. A<br />

18


correlação entre tolerância à seca e o teor <strong>de</strong> po<strong>de</strong> não ocorrer, isto pelo<br />

fato <strong>de</strong> que o potencial <strong>de</strong> <strong>de</strong>ste aminoáci<strong>do</strong> talvez esteja diretamente e<br />

simplesmente relaciona<strong>do</strong> com a diminuição <strong>de</strong> nos teci<strong>do</strong>s.<br />

maior utilização <strong>de</strong>ssas relações na <strong>de</strong>terminação da<br />

necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> irrigação, no presente trabalho avaliaram-se, também, os níveis<br />

<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>cafeeiro</strong>s no campo, submeti<strong>do</strong>s a <strong>diferentes</strong> déficits<br />

19


3.1<br />

3 MATERIAL E<br />

Antes da implantação <strong>de</strong>ste trabalho <strong>de</strong> pesquisa, a área em que seria<br />

conduzi<strong>do</strong> o presente experimento estava ocupada por outro. Nos<br />

anteriores à aplicação <strong>do</strong>s tratamentos, abril e maio (perío<strong>do</strong> <strong>de</strong> colheita),<br />

<strong>cafeeiro</strong> estava sen<strong>do</strong> apenas “molha<strong>do</strong>”.<br />

3.2 Área experimental<br />

O experimento foi instala<strong>do</strong> em área experimental da Fazenda Santa<br />

Clara, proprieda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Francisco Carlos Trinda<strong>de</strong>, em Bahia,<br />

latitu<strong>de</strong> <strong>de</strong> longitu<strong>de</strong> <strong>de</strong> ocupan<strong>do</strong> uma área <strong>de</strong><br />

aproximadamente 0,20 ha, conforme levantamento realiza<strong>do</strong> em<br />

O9 <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> 2000. Escolheu-se a presente área em da escassez <strong>de</strong><br />

chuvas no perío<strong>do</strong> <strong>de</strong> condução da pesquisa, conforme da<strong>do</strong>s climatológicos<br />

(Anexos).<br />

O solo da área experimental é <strong>do</strong> tipo Latossolo Vermelho<br />

(EMBRAPA, 1999). Em janeiro <strong>de</strong> 2001 foram feitas análises químicas e<br />

nos laboratórios <strong>do</strong> Departamento <strong>de</strong> Ciência <strong>do</strong> Solo da Universida<strong>de</strong><br />

Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Lavras, a fim <strong>de</strong> caracterizar o mesmo (Anexos).<br />

3.3 Cultura<br />

Foi utilizada, neste trabalho, uma lavoura <strong>de</strong> café L.)<br />

da cultivar Vermelho”, com 6 anos <strong>de</strong> ida<strong>de</strong>, plantada no<br />

<strong>de</strong> x 1,50 m).<br />

20


Durante to<strong>do</strong> o perío<strong>do</strong> <strong>de</strong> condução <strong>do</strong> experimento, proce<strong>de</strong>ram-se<br />

os tratos culturais e controles sempre que necessários, conforme<br />

recomendação <strong>de</strong> Men<strong>de</strong>s et al. 995).<br />

3.4 Delineamento experimental<br />

O <strong>de</strong>lineamento experimental utiliza<strong>do</strong> foi o inteiramente<br />

no esquema <strong>de</strong> parcelas subdivididas no tempo (Split-plot), com 5<br />

repetições. Inicialmente dividiu-se a área experimental em 5 talhões (setores),<br />

cada talhão era composto por 8 linhas <strong>de</strong> <strong>cafeeiro</strong>, com aproximadamente 13<br />

metros <strong>de</strong> comprimento. Em cinco linhas, selecionaram-se três plantas, das quais<br />

apenas a planta <strong>do</strong> centro era avaliada (parcela útil); as linhas externas serviram<br />

<strong>de</strong> boradura. Posteriormente, sorteou-se para cada talhão um tratamento. Os<br />

tratamentos consistiram em submeter o <strong>cafeeiro</strong> a <strong>diferentes</strong> <strong>de</strong><br />

irrigação:<br />

- Irrigação <strong>de</strong> 2 em 2 dias;<br />

- Irrigação <strong>de</strong> 4 em 4 dias;<br />

- Irrigação <strong>de</strong> 6 em 6 dias;<br />

- Irrigação <strong>de</strong> 8 em 8 dias<br />

<strong>de</strong> em 10 dias.<br />

Em to<strong>do</strong>s os tratamentos, repunha-se a lâmina consumida em cada<br />

intervalo <strong>de</strong> tempo, <strong>de</strong> forma a voltarem os níveis <strong>de</strong> umida<strong>de</strong> para a capacida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> campo No presente trabalho, em função <strong>do</strong> tipo <strong>de</strong> solo, a<strong>do</strong>tou-se como<br />

umida<strong>de</strong>, na capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> campo, aquela a uma tensão <strong>de</strong> 10 (1<br />

Não utilizou-se um tratamento sem irrigação (testemunha), pois as plantas<br />

não resistiriam a tamanho déficit<br />

21


3.5 Sistema e manejo da irrigação<br />

O experimento foi irriga<strong>do</strong> por utilizan<strong>do</strong>-se um sistema<br />

não automatiza<strong>do</strong> <strong>de</strong> irrigação, em que a era distribuída plantas através<br />

<strong>de</strong> goteja<strong>do</strong>res integra<strong>do</strong>s com 20 <strong>de</strong> diâmetro, fabrica<strong>do</strong>s com resina<br />

virgem <strong>de</strong> linear <strong>de</strong> baixa <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong>, com vazão nominal <strong>de</strong> a 4,2<br />

e pressão máxima <strong>de</strong> serviço <strong>de</strong> 35 Na entrada <strong>de</strong> cada setor <strong>de</strong><br />

irrigação foram instaladas válvulas regula<strong>do</strong>ras <strong>de</strong> pressão com o intuito <strong>de</strong><br />

melhorar a distribuição <strong>de</strong><br />

Os goteja<strong>do</strong>res foram instala<strong>do</strong>s nos tubos em <strong>de</strong> 0,50111,<br />

<strong>de</strong> maneira que a superficie molhada formasse uma faixa contínua ao longo da<br />

linha <strong>de</strong> plantio.<br />

Foi feito um teste <strong>do</strong> úmi<strong>do</strong> no dia 12 <strong>de</strong> maio <strong>de</strong> 2001, em uma<br />

área adjacente à <strong>do</strong> experimento, plantada também com café, no mesmo<br />

e com as mesmas características <strong>de</strong> solo, com o intuito <strong>de</strong> conhecer<br />

o perfil <strong>de</strong> <strong>do</strong> mesmo. O teste consistiu em submeter o sistema a<br />

condições normais <strong>de</strong> funcionamento (pressão no <strong>de</strong> controle e nas<br />

linhas laterais estabilizadas). A partir disso, enumeraram-se seis goteja<strong>do</strong>res <strong>de</strong><br />

uma linha <strong>de</strong> distribuição, sen<strong>do</strong> a mesma <strong>de</strong>slocada para o centro da linha <strong>de</strong><br />

plantas com o intuito <strong>de</strong> facilitar os trabalhos. Posteriormente, foram gera<strong>do</strong>s<br />

perfis <strong>de</strong> goteja<strong>do</strong>r - 0,5 hora; goteja<strong>do</strong>r - 1 hora; 3" goteja<strong>do</strong>r<br />

- 2 horas; goteja<strong>do</strong>r 3 horas; goteja<strong>do</strong>r - 4 horas; goteja<strong>do</strong>r - 5 horas).<br />

Após a quarta hora <strong>de</strong> teste, já se havia forma<strong>do</strong> uma faixa molhada até uma<br />

profundida<strong>de</strong> <strong>de</strong> aproximadamente 0,40 m. Através da avaliação feita na quinta<br />

hora, foi possível observar a estabilização <strong>de</strong> uma faixa molhada <strong>de</strong> m <strong>de</strong><br />

largura, valor este a<strong>do</strong>ta<strong>do</strong> para o manejo da irrigação.<br />

O manejo da irrigação foi feito através <strong>de</strong> constitui<strong>do</strong>s <strong>de</strong><br />

tubos <strong>de</strong> com diâmetro <strong>de</strong> cápsulas <strong>de</strong> porcelana porosa,


tubo acrílico com diâmetro interno <strong>de</strong> 13 borracha <strong>de</strong> e<br />

instala<strong>do</strong>s em baixo da “copa” <strong>do</strong> <strong>cafeeiro</strong>, na faixa molhada a 0,15<br />

m da linha <strong>de</strong> e a uma profundida<strong>de</strong> <strong>de</strong> 0,30 m (local on<strong>de</strong> concentra-<br />

se o maior volume <strong>de</strong> raizes).<br />

Para <strong>de</strong>terminar as lâminas a serem aplicadas, utilizou-se a curva<br />

característica <strong>de</strong> retenção <strong>de</strong> no solo, gerada a partir <strong>de</strong> uma amostra<br />

<strong>de</strong>formada, composta por 10 simples, feitas nas camadas <strong>de</strong> O a<br />

0,20 e <strong>de</strong> 0,20 a 0,40 m. Os pontos da curva foram gera<strong>do</strong>s no laboratório <strong>de</strong><br />

Física <strong>do</strong>s Solos da Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Lavras, em fevereiro <strong>de</strong> 2001, a<br />

foi ajustada <strong>de</strong> acor<strong>do</strong> com Van utilizan<strong>do</strong> o software<br />

Soil Water Retention Curve <strong>de</strong>senvolvi<strong>do</strong> por Doura<strong>do</strong> Neto et al.<br />

(1990). A curva ajustada expressa pela seguinte equação:<br />

Em que:<br />

U - Umida<strong>de</strong> com base em peso<br />

+ (0,0142 x (Equação 1)<br />

Y, - Potencial <strong>do</strong> solo (cm)<br />

23


0.409<br />

S<br />

7 0.343<br />

I<br />

O<br />

I<br />

U t<br />

r<br />

van (1980)<br />

0.077<br />

20 3765 7510 11255 15000<br />

. . potential (cm)<br />

FIGURA 1 Curva característica <strong>de</strong> retenção <strong>de</strong> no solo, na camada <strong>de</strong> O a<br />

m, 2002.<br />

Depois <strong>de</strong> obtidas as umida<strong>de</strong>s com base em peso (U) - Equação 1,<br />

chega-se umida<strong>de</strong>s com base em volume através da seguinte equação:<br />

Em que:<br />

Umida<strong>de</strong> com base em volume<br />

U - Umida<strong>de</strong> com base em peso<br />

- Densida<strong>de</strong> <strong>do</strong> solo<br />

(Equação 2)<br />

Para o trabalho em questão, <strong>de</strong>terminou-se a <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong> <strong>do</strong> solo, através<br />

da média <strong>de</strong> 10 <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong>s, geradas a partir <strong>de</strong> amostras coletadas nas camadas<br />

<strong>de</strong> O a e <strong>de</strong> a m, chegan<strong>do</strong>-se a uma = To<strong>do</strong> o<br />

processo envolvi<strong>do</strong> na <strong>de</strong>terminação da <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong> <strong>do</strong> solo foi <strong>de</strong>scrito por<br />

Oliveira (1997).<br />

24


As lâminas a serem aplicadas em cada tratamento foram obtidas<br />

através da seguinte equação:<br />

Em que:<br />

L - Lâmina a ser aplicada<br />

L = e,,,) X (Equação 3)<br />

Umida<strong>de</strong> na capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> campo com base em volume<br />

Umida<strong>de</strong> <strong>do</strong> solo no momento da irrigação<br />

Profundida<strong>de</strong> efetiva <strong>do</strong> sistema radicular <strong>do</strong> <strong>cafeeiro</strong> (400<br />

Para <strong>de</strong>terminar os tempos <strong>de</strong> irrigação, fez-se uma avaliação <strong>do</strong><br />

sistema <strong>de</strong> irrigação <strong>de</strong> acor<strong>do</strong> com meto<strong>do</strong>logia proposta por<br />

posteriormente modificada por Bernar<strong>do</strong> (1989). Chegou-se seguintes<br />

médias para os goteja<strong>do</strong>res <strong>de</strong> cada setor:<br />

Setor 1 (Tratamento 1) - Q = $08<br />

Setor 2 (Tratamento 4) Q =<br />

Setor 3 (Tratamento 3) Q = 5,17<br />

Setor 4 (Tratamento 2) Q = $14<br />

Setor 5 (Tratamento 5) - Q =<br />

De posse <strong>do</strong>s potenciais <strong>do</strong> solo foi possível<br />

<strong>de</strong>terminar as lâminas a serem aplicadas, e conhecen<strong>do</strong>-se a faixa molhada e a<br />

média <strong>do</strong>s goteja<strong>do</strong>res em cada setor, foi possível <strong>de</strong>terminar os tempos<br />

<strong>de</strong> irrigação para cada tratamento, nas <strong>diferentes</strong> circunstâncias.<br />

25


3.6 Características avaliadas<br />

No <strong>de</strong>correr <strong>do</strong> experimento foram avaliadas as seguintes características:<br />

3.6.1 Florescimento<br />

As avaliações da floração tiveram início no dia 20 <strong>de</strong> junho <strong>de</strong> 2001 e<br />

esten<strong>de</strong>ram-se até <strong>de</strong>zembro. Eram feitas duas vezes por semana (quartas e<br />

sába<strong>do</strong>s) e consistiam em contar as flores que se abriam (antese) nos ramos<br />

plagiotrópicos <strong>do</strong> terço superior, escolhi<strong>do</strong>s em cada das 5 plantas (5<br />

repetições - item 3.4). Para efetuar tal contagem, utilizava-se uma<br />

para eliminar as pontas das flores, contan<strong>do</strong>-as, portanto, sem risco <strong>de</strong><br />

recontagem.<br />

3.6.2 Potencial foliar <strong>de</strong> ante-manhã<br />

O potencial foliar <strong>de</strong> ante-manhã, que segun<strong>do</strong> Rena Maestri<br />

(2000) é o melhor para estimar o status <strong>do</strong> <strong>cafeeiro</strong>, foi<br />

<strong>de</strong>termina<strong>do</strong> sempre quartas-feiras, antes <strong>do</strong> amanhecer, no perío<strong>do</strong> <strong>de</strong> julho a<br />

<strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> 2001, utilizan<strong>do</strong>-se, para isso, uma câmara <strong>de</strong> pressão <strong>do</strong> mo<strong>de</strong>lo<br />

1000, da Instruments aparato proposto por<br />

et al. cujo princípio <strong>de</strong> funcionamento e processo envolto nas<br />

<strong>de</strong>terminações é apresenta<strong>do</strong> <strong>de</strong>talhadamente por (1997). No presente<br />

trabalho, o potencial foliar <strong>de</strong> ante-manhã foi <strong>de</strong>termina<strong>do</strong> em duas<br />

folhas com a mesma ida<strong>de</strong> fisiológica, localizadas no terço médio <strong>do</strong>s ramos<br />

situa<strong>do</strong>s logo no início <strong>do</strong> terço superior da planta.<br />

26


3.6.3 <strong>do</strong> solo<br />

Conforme aborda<strong>do</strong> no item 3.5, foram feitas <strong>de</strong>terminações <strong>do</strong> potencial<br />

<strong>do</strong> solo, a uma profundida<strong>de</strong> <strong>de</strong> 0,30 m, utilizan<strong>do</strong>-se<br />

Além das leituras feitas <strong>de</strong> 2 em 2 dias, para o manejo da irrigação, mediu-se<br />

também, na ante-manhã das quartas-feiras, o potencial <strong>do</strong> solo com o<br />

intuito <strong>de</strong> correlacionar estes valores com o potencial foliar. Os<br />

eram escorva<strong>do</strong>s com <strong>de</strong>stilada sempre que necessário,<br />

possibilitan<strong>do</strong> o equilíbrio entre a tensão da contida na cápsula <strong>do</strong><br />

e a tensão da no solo ao seu re<strong>do</strong>r, <strong>de</strong> forma que as leituras da<br />

tensão correspon<strong>de</strong>ssem ao esta<strong>do</strong> real <strong>de</strong> umida<strong>de</strong> <strong>do</strong> solo.<br />

3.6.4 Teores<br />

Para <strong>de</strong>terminar os <strong>de</strong> utilizou-se o mesmo par <strong>de</strong> folhas<br />

usa<strong>do</strong> na <strong>de</strong>terminação <strong>do</strong> potencial foliar <strong>de</strong> ante-manhã. As folhas<br />

eram inicialmente colocadas em estufa <strong>de</strong> circulação forçada <strong>de</strong> ar, a<br />

durante 48 horas e posteriormente moídas; então, pesavam-se <strong>de</strong> massa<br />

seca das folhas, os quais eram em 10 <strong>de</strong><br />

a 3%. Essa mistura era agitada em temperatura ambiente durante<br />

60 minutos e <strong>de</strong>pois filtrada em papel <strong>de</strong> filtro. Retirava-se uma <strong>de</strong> 2<br />

<strong>do</strong> filtra<strong>do</strong>, adicionavam-se 2 <strong>de</strong> e 2 <strong>de</strong> acético<br />

glacial, colocava-se essa mistura em “banho maria” <strong>sob</strong> ebulição durante 60<br />

minutos, <strong>de</strong>pois se fazia resfriamento em banho <strong>de</strong> gelo, para finalmente fazer a<br />

leitura com o a 520 To<strong>do</strong> esse protocolo foi <strong>de</strong>scrito por<br />

Bates sem adição <strong>de</strong><br />

27


3.7 Análise estatística das informações<br />

O número <strong>de</strong> flores acumuladas médio em cada tratamento foi submeti<strong>do</strong><br />

à análise <strong>de</strong> segun<strong>do</strong> (1957).<br />

Para os potenciais e <strong>de</strong> solo e os teores <strong>de</strong><br />

foram feitas análises <strong>de</strong> correlação por meio <strong>do</strong> coeficiente <strong>de</strong> correlação <strong>de</strong><br />

utilizan<strong>do</strong> o (2000) (Statistical Analysis System).<br />

28


4.1 Florescimento<br />

4 RESULTADOS E<br />

Analisan<strong>do</strong> a Tabela 1, que apresenta o resumo da análise <strong>de</strong><br />

para o número <strong>de</strong> flores abertas acumuladas médio para os tratamentos, po<strong>de</strong>-se<br />

dizer que a floração teve comportamento diferencia<strong>do</strong> ao longo <strong>do</strong> tempo, nas<br />

<strong>diferentes</strong> <strong>de</strong> irrigação, <strong>de</strong>vi<strong>do</strong> à tratamento x tempo<br />

apresentar alto grau <strong>de</strong> estatística In<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte da<br />

ter si<strong>do</strong> significativa, observa-se que o número <strong>de</strong> flores foi igual para<br />

to<strong>do</strong>s os tratamentos, já que estes não diferiram estatisticamente. Para avaliar o<br />

comportamento da floração ao longo <strong>do</strong> tempo em cada tratamento, geraram-se<br />

curvas <strong>de</strong> tendência, floração acumulada x tempo (Figura 2).<br />

TABELA 1 Resumo da análise <strong>de</strong> <strong>do</strong>s da<strong>do</strong>s obti<strong>do</strong>s <strong>de</strong> junho a<br />

<strong>de</strong>zembro 2001, na <strong>do</strong> número <strong>de</strong> flores acumuladas<br />

médio no <strong>cafeeiro</strong><br />

2002.<br />

Fator <strong>de</strong> Variação<br />

arabica L.) Lavras-<br />

Tratamentos 4 348.516.78<br />

Resíduo 1 20<br />

206.067,15<br />

Tempo 51<br />

265.370,65<br />

Tratamento x Tempo 204<br />

17005,53<br />

Resíduo 2 1020 2.829,44<br />

Total corrigi<strong>do</strong> 1229<br />

Média Geral 8,8098<br />

53,96<br />

significativo ao nível <strong>de</strong> 1% <strong>de</strong> probabilida<strong>de</strong>.<br />

não significativo<br />

Através da análise conjunta das Figuras 2 e 3, verifica-se que o<br />

Tratamento 1 (irrigação <strong>de</strong> 2 em 2 dias) apresentou 35 picos <strong>de</strong> floração <strong>de</strong><br />

<strong>diferentes</strong> proporções, com maior intensida<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>florescimento</strong> nos meses <strong>de</strong><br />

29


outubro e <strong>de</strong>zembro. Os Tratamentos 2 (irrigação <strong>de</strong> 4 em 4 dias), 3 (irrigação <strong>de</strong><br />

6 em 6 dias) e 4 (irrigação <strong>de</strong> 8 em 8 dias) apresentaram, respectivamente, 17,25<br />

e 23 picos <strong>de</strong> nestes também o <strong>florescimento</strong> concentrou-se nos meses<br />

<strong>de</strong> outubro e <strong>de</strong>zembro (Figuras 2,4, 5 e 6). Para o Tratamento 5 (irrigação <strong>de</strong><br />

10 em dias), o <strong>florescimento</strong> concentrou-se nos meses <strong>de</strong> julho e outubro, e<br />

este apresentou 15 picos <strong>de</strong> floração (Figura 7). Tais resulta<strong>do</strong>s são semelhantes<br />

aos apresenta<strong>do</strong>s por que observaram um padrão <strong>de</strong><br />

floração igual para to<strong>do</strong>s, os tratamentos, para as plantas que eram<br />

irrigadas em intervalos maiores <strong>de</strong> tempo. Estes autores verificaram, ainda, um<br />

menor número <strong>de</strong> flores nos tratamentos em que o <strong>cafeeiro</strong> era submeti<strong>do</strong> a<br />

estresse mo<strong>de</strong>ra<strong>do</strong> e severo, fato este não observa<strong>do</strong> no presente<br />

trabalho, visto que as diferenças entre o número <strong>de</strong> flores não apresentaram grau<br />

<strong>de</strong> estatística os tratamentos.<br />

Pelo que foi observa<strong>do</strong> anteriormente, po<strong>de</strong>-se dizer, ainda, que houve<br />

uma maior <strong>de</strong> floração no Tratamento 1, uma vez que o<br />

número <strong>de</strong> flores foi igual para to<strong>do</strong>s os tratamentos e este apresentou um maior<br />

número <strong>de</strong> picos <strong>de</strong> floração (35). Em contrapartida, o tratamento em que o<br />

<strong>cafeeiro</strong> era irriga<strong>do</strong> em intervalos maiores <strong>de</strong> tempo (Tratamento 5) foi o que<br />

proporcionou uma maior uniformida<strong>de</strong> <strong>de</strong> fato este <strong>de</strong>vi<strong>do</strong> a um menor<br />

número <strong>de</strong> algumas concentradas logo no início das avaliações (Figura<br />

Esses resulta<strong>do</strong>s foram semelhantes aos apresenta<strong>do</strong>s por et al.<br />

que observaram que <strong>cafeeiro</strong>s submeti<strong>do</strong>s a pequenos déficits<br />

(potenciais varian<strong>do</strong> <strong>de</strong> - 0,3 a - 0,5 tiveram a floração<br />

retardada em relação a <strong>cafeeiro</strong>s irriga<strong>do</strong>s em intervalos maiores <strong>de</strong> tempo. Os<br />

autores postulam que em plantas irrigadas com maior (baixos déficits<br />

os florais levam maior tempo para atingirem a condição <strong>de</strong><br />

maduros e, portanto, prontos para respon<strong>de</strong>rem ao estimulo imposto pela<br />

30


variação <strong>de</strong> potencial na planta, <strong>de</strong>corrente da entrada <strong>de</strong> no sistema<br />

via chuva ou irrigação. Em <strong>cafeeiro</strong>s submeti<strong>do</strong>s a maiores déficits <strong>de</strong> o<br />

amadurecimento <strong>do</strong>s botões florais mais rápi<strong>do</strong> e concentra<strong>do</strong>, fazen<strong>do</strong> com<br />

que as plantas floresçam mais uniformemente. De acor<strong>do</strong> com Rena Maestri<br />

para os botões respon<strong>de</strong>rem a um estímulo externo (chuva ou irrigação),<br />

estes <strong>de</strong>vem estar maduros para tal, e para que isso ocorra, <strong>de</strong>vem passar por um<br />

perio<strong>do</strong> <strong>de</strong> déficit interno <strong>de</strong><br />

Pelo que foi apresenta<strong>do</strong> e discuti<strong>do</strong> até aqui, fica evi<strong>de</strong>nte que perío<strong>do</strong>s<br />

<strong>de</strong> déficit <strong>de</strong> (irrigações menos frequentes) são <strong>de</strong> suma para<br />

que se completem eventos fisiológicos que permitam aos<br />

botões florais respon<strong>de</strong>r a estímulos externos e reassumir o crescimento. A<br />

uniformização da floração está intimamente relacionada ao amadurecimento <strong>do</strong>s<br />

botões florais, o qual <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> <strong>de</strong> déficits internos <strong>de</strong> et al.,<br />

1988; et al., 1992; 1994 e Rena Maestri, 2000;<br />

2001).<br />

31


O<br />

O 30 120 180<br />

Dias<br />

-<br />

4<br />

-<br />

FIGURA 2 - Curvas características <strong>do</strong> <strong>florescimento</strong> acumula<strong>do</strong>, no perio<strong>do</strong> <strong>de</strong><br />

26 <strong>de</strong> junho a 15 <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> 2001, para o <strong>cafeeiro</strong><br />

arabica L.) <strong>sob</strong> <strong>diferentes</strong> <strong>de</strong> irrigação.<br />

2002.<br />

32


1<br />

.


05112101<br />

08112101<br />

11112101<br />

14112101<br />

29111101<br />

17111101<br />

20111101<br />

12110101<br />

0€110101<br />

19108101<br />

22108101<br />

26108101<br />

O4108101<br />

07108101<br />

26107101<br />

25107101<br />

17107101<br />

20107101<br />

08107101<br />

11107101<br />

26106101<br />

23106101


FIGURA 7 Número <strong>de</strong> flores em cada avaliação, no perio<strong>do</strong> <strong>de</strong> 26 <strong>de</strong> junho a 15 <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> 2001, para o<br />

Tratamento 5 (irrigação <strong>de</strong> 10 em 10 dias), 2002.


4.2 Exigência <strong>de</strong> déficit para a floração <strong>do</strong> <strong>cafeeiro</strong><br />

Observan<strong>do</strong> a Figura 8, po<strong>de</strong>-se inferir que as plantas submetidas a esse<br />

tratamento (irrigação <strong>de</strong> 2 em 2 dias) teoricamente não passaram por déficit<br />

já que a umida<strong>de</strong> era próxima à capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> campo 10<br />

com variação máxima até 18,7 o que, em instância, não<br />

submete o <strong>cafeeiro</strong> a estresse algum. Através da observação conjunta das<br />

Figuras 3 (item 4.1) e 8, po<strong>de</strong>-se inferir que os <strong>cafeeiro</strong>s <strong>de</strong>sse tratamento<br />

floriram in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntemente <strong>de</strong> terem passa<strong>do</strong> por um déficit<br />

pronuncia<strong>do</strong>.<br />

Isto po<strong>de</strong> ser explica<strong>do</strong> da seguinte forma: <strong>de</strong> acor<strong>do</strong> com<br />

os botões florais <strong>do</strong>rmentes fariam a “leitura” cumulativa da tensão<br />

tanto na sua magnitu<strong>de</strong> quanto na sua duração (da<strong>do</strong> por um perío<strong>do</strong><br />

prolonga<strong>do</strong> ou por <strong>de</strong> perío<strong>do</strong>s curtos), o que explicaria em parte o fato<br />

<strong>de</strong> ocorrerem floradas mesmo em <strong>cafeeiro</strong>s que não foram submeti<strong>do</strong>s a<br />

déficit Este autor observou, ainda, que em plantas que não atravessaram<br />

um perío<strong>do</strong> <strong>de</strong>fini<strong>do</strong> <strong>de</strong> tensão a só é quebrada em espaços <strong>de</strong><br />

tempo mais prolonga<strong>do</strong>s, o que também foi observa<strong>do</strong> neste trabalho.<br />

Contu<strong>do</strong>, floradas <strong>de</strong> maior expressão só foram observadas após chuvas<br />

<strong>de</strong> maior intensida<strong>de</strong> (outubro e <strong>de</strong>zembro). Tal po<strong>de</strong> ser visualizada<br />

através da análise conjunta das Figuras 3, 4, 5, 6 - item 4.1, da Figura 8 e das<br />

informações climatológicas (Anexos).<br />

Os resulta<strong>do</strong>s apresenta<strong>do</strong>s anteriormente são semelhantes aos mostra<strong>do</strong>s<br />

por et al. que observaram a quebra da <strong>de</strong> botões<br />

florais, em número reduzi<strong>do</strong>, em plantas que não passaram por déficit<br />

mais acentua<strong>do</strong>; e com et al. que observaram que<br />

tratamentos em que o déficit era mais tinham a floração<br />

retardada, <strong>de</strong>vi<strong>do</strong> à exigência <strong>de</strong> um maior perío<strong>do</strong> para os botões florais<br />

38


“amadurecerem”. et al. (1988) propuseram uma teoria para explicar<br />

porque <strong>cafeeiro</strong>s irriga<strong>do</strong>s frequentemente, que teoricamente não passaram por<br />

déficits florescem. De acor<strong>do</strong> com esses autores, mesmo plantas<br />

constantemente irrigadas apresentam, em dias ensolara<strong>do</strong>s e quentes, curtos<br />

perío<strong>do</strong>s <strong>de</strong> déficit em razão da <strong>de</strong>manda os quais po<strong>de</strong>m<br />

ser integra<strong>do</strong>s pelos botões florais. et al. (1992) só observaram floradas<br />

expressivas após os <strong>cafeeiro</strong>s serem submeti<strong>do</strong>s a potenciais<br />

inferiores a -<br />

Os resulta<strong>do</strong>s obti<strong>do</strong>s nesse trabalho são conflitantes com os<br />

apresenta<strong>do</strong>s por pois esses autores observaram que<br />

<strong>cafeeiro</strong>s que não foram submeti<strong>do</strong>s a déficit não floriram; e também<br />

com os divulga<strong>do</strong>s por Magalhães que afirmam ser<br />

necessário um déficit igual ou superior a 1,2 para que os botões<br />

florais <strong>do</strong>rmentes retomem o crescimento após ou irrigação. Tais<br />

discrepâncias <strong>de</strong>correm, possivelmente, das condições uma vez<br />

que estes trabalhos foram conduzi<strong>do</strong>s em ambientes controla<strong>do</strong>s.<br />

Pelo que foi aborda<strong>do</strong> e discuti<strong>do</strong> até aqui, po<strong>de</strong>-se fazer as seguintes<br />

observações: <strong>cafeeiro</strong>s que não foram submeti<strong>do</strong>s a níveis mais pronuncia<strong>do</strong>s <strong>de</strong><br />

déficit apresentaram levan<strong>do</strong> a crer que o déficit no<br />

<strong>cafeeiro</strong> seja necessário por diminuir os picos <strong>de</strong> e uma condição<br />

e elementar para o <strong>cafeeiro</strong> florir.<br />

39


4.3 A relação entre os potenciais no solo e na folha e os teores <strong>de</strong><br />

Estu<strong>do</strong> da relação entre o potencial <strong>do</strong> solo e o<br />

foliar<br />

Observan<strong>do</strong> a Tabela 5, a qual apresenta os coeficientes <strong>de</strong> correlação <strong>de</strong><br />

Pearson, verifica-se que para o Tratamento 1 (irrigação <strong>de</strong> 2 em 2 dias) não<br />

houve relação linear entre o potencial no solo e na folha já<br />

que o valor 0,0526 não difere significativamente <strong>de</strong> zero, a um nível <strong>de</strong> 5% <strong>de</strong><br />

probabilida<strong>de</strong>.<br />

TABELA 5 - Estimativas <strong>do</strong>s coeficientes <strong>de</strong> correlação <strong>de</strong> Pearson entre o<br />

potencial no solo potencial na folha<br />

e teor <strong>de</strong> na (PROL), para o <strong>cafeeiro</strong><br />

arabica L.) vermelho, em 5 tratamentos, no perío<strong>do</strong> <strong>de</strong> 7<br />

<strong>de</strong> julho a 12 <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> 2001. 2002.<br />

1 3 4<br />

PROL PROL PROL PROL PROL<br />

0,0526 0,0376 0,1576 0,1854 0,1275 0,1612 0,0171 0,1631 0,2720 0,0570<br />

0,8747"<br />

significativo em nível <strong>de</strong> 1 <strong>de</strong> probabilida<strong>de</strong>.<br />

* significativo em nível <strong>de</strong> 5% <strong>de</strong> probabilida<strong>de</strong>.<br />

Para os <strong>de</strong>mais tratamentos: 2 irrigação <strong>de</strong> 4 em 4 dias; 3 - irrigação <strong>de</strong><br />

6 em 6 dias; 4 irrigação <strong>de</strong> 8 em 8 dias e 5 irrigação <strong>de</strong> em 10 dias, não<br />

houve também relação linear entre e o que atesta<strong>do</strong> pelo seus<br />

coeficientes <strong>de</strong> correlação <strong>de</strong> Pearson, 0,1576, 0,1275, 0,0171, 0,2720,<br />

respectivamente, os quais não diferem <strong>de</strong> zero ao nível <strong>de</strong> 5% <strong>de</strong> probabilida<strong>de</strong>.<br />

41


Esta ausência <strong>de</strong> correlação entre e <strong>de</strong>corre, possivelmente, <strong>do</strong><br />

gran<strong>de</strong> volume <strong>de</strong> solo explora<strong>do</strong> pelas plantas e da variabilida<strong>de</strong> em termos<br />

climáticos ao longo <strong>do</strong> perío<strong>do</strong> <strong>de</strong> avaliação. et al. comparan<strong>do</strong><br />

os da<strong>do</strong>s <strong>de</strong> potenciais obti<strong>do</strong>s num experimento conduzi<strong>do</strong> em<br />

ambiente controla<strong>do</strong> e em campo, observaram que o potencial foliar<br />

<strong>de</strong>cresceu mais lentamente no experimento a campo que no conduzi<strong>do</strong> em<br />

<strong>de</strong>-vegetação. Tal resulta<strong>do</strong> foi relaciona<strong>do</strong> ao gran<strong>de</strong> volume <strong>de</strong> solo explora<strong>do</strong><br />

pelas plantas <strong>do</strong> campo e a chuvas esporádicas. et al. (1983 a, b, c)<br />

verificaram um padrão <strong>de</strong> recuperação <strong>do</strong> potencial da das folhas<br />

quan<strong>do</strong> elas foram irrigadas após certo grau <strong>de</strong> déficit representa<strong>do</strong> por<br />

uma fase inicial <strong>de</strong> alta taxa <strong>de</strong> variação <strong>de</strong> potencial foliar seguida <strong>de</strong><br />

outra, quan<strong>do</strong> os gradientes <strong>de</strong> variação eram inferiores, o que também po<strong>de</strong><br />

explicar essa ausência <strong>de</strong> relação entre e (1998)<br />

estudaram a relação entre as resistências ao fluxo <strong>de</strong> e a diferença <strong>de</strong><br />

potencial da entre solo e planta, em mudas da cultivar crescen<strong>do</strong> em<br />

ambiente controla<strong>do</strong>, e concluíram que existe uma relação linear entre a<br />

e os potenciais <strong>do</strong> solo e da folha.<br />

Definir o potencial foliar ótimo para a irrigação <strong>do</strong> <strong>cafeeiro</strong> em<br />

<strong>diferentes</strong> estádios é um importante passo na busca da<br />

<strong>de</strong>sse irriga<strong>do</strong>.<br />

4.3.2 Correlação entre os potenciais <strong>do</strong> solo e da folha<br />

com os teores <strong>de</strong> (PROL)<br />

Analisan<strong>do</strong> a Tabela 5, verifica-se um alto nível <strong>de</strong> correlação entre os<br />

potenciais da folha e os teores <strong>de</strong> (PROL), já que os<br />

coeficientes <strong>de</strong> correlação <strong>de</strong> apresentaram alto nível <strong>de</strong><br />

estatística, ou seja, ao nível <strong>de</strong> 1% <strong>de</strong> probabilida<strong>de</strong>. Quanto à correlação entre<br />

42


esse aminoáci<strong>do</strong> e o os resulta<strong>do</strong>s obti<strong>do</strong>s, coeficientes <strong>de</strong> Pearson <strong>de</strong><br />

0,0376, 0,1854, 0,1612, 0,1631 e 0,0570, respectivamente para os tratamentos 1,<br />

2,3,4, e 5, evi<strong>de</strong>nciam a <strong>de</strong> relação linear entre os teores <strong>de</strong><br />

e os potenciais <strong>do</strong> solo.<br />

O Tratamento (irrigação <strong>de</strong> 2 em 2 dias) foi o que apresentou o maior<br />

coeficiente atestan<strong>do</strong> ocorrer uma forte relação linear entre os teores<br />

<strong>do</strong> aminoáci<strong>do</strong> na folha e seus respectivos potenciais Já o<br />

Tratamento 5 (irrigação <strong>de</strong> em 10 dias), apesar <strong>do</strong> alto grau <strong>de</strong><br />

estatística, foi o que apresentou o menor nível <strong>de</strong> correlação (coeficiente <strong>de</strong><br />

ou seja, a menor relação entre PROL e ocorreu nesse tratamento.<br />

Os <strong>de</strong>mais tratamentos, 2, 3 e 4, apresentaram níveis intermediários <strong>de</strong> relação<br />

entre PROL e com coeficientes <strong>de</strong> correlação <strong>de</strong> Pearson <strong>de</strong> 0,7512,<br />

0,7702 e 0,6232, respectivamente.<br />

Os resulta<strong>do</strong>s apresenta<strong>do</strong>s para a relação entre o aminoáci<strong>do</strong> e<br />

os potenciais estão <strong>de</strong> acor<strong>do</strong> com os observa<strong>do</strong>s por<br />

(1988). No trabalho conduzi<strong>do</strong> por este autor, houve um acréscimo nos níveis <strong>de</strong><br />

PROL à medida que se aumentava o déficit Da (1991) observou<br />

uma relação altamente significativa entre déficit e atribuin<strong>do</strong><br />

este fato a um ajustamento o qual confere ao <strong>cafeeiro</strong> certa tolerância<br />

à seca. (1989) encontraram boa correlação entre os teores<br />

<strong>de</strong> e os potenciais somente quan<strong>do</strong> o <strong>cafeeiro</strong> era<br />

submeti<strong>do</strong> a déficits mais acentua<strong>do</strong>s, fato este que não foi observa<strong>do</strong><br />

na presente pesquisa, uma vez que o maior nível <strong>de</strong> correlação entre PROL e<br />

esteve associa<strong>do</strong> a níveis <strong>de</strong> déficit mais bran<strong>do</strong>s (irrigação <strong>de</strong> 2 em<br />

2 dias), e o menor, para plantas submetidas a um maior déficit (irrigação <strong>de</strong><br />

em 10 dias).<br />

Maestri et al. (1995) obtiveram alto nível <strong>de</strong> correlação (r = entre<br />

os teores <strong>de</strong> e déficit valor muito próximo <strong>do</strong> coeficiente <strong>de</strong><br />

43


correlação <strong>de</strong> Pearson observa<strong>do</strong> para o Tratamento 1 <strong>do</strong> presente trabalho.<br />

et al. trabalhan<strong>do</strong> com <strong>cafeeiro</strong>s à sombra e a pleno sol,<br />

observaram maior <strong>de</strong> em <strong>cafeeiro</strong>s a pleno sol, os quais estavam<br />

sujeitos a um maior déficit <strong>de</strong><br />

Apesar <strong>de</strong> a maioria <strong>do</strong>s trabalhos científicos atestarem boa correlação<br />

entre déficit e os teores <strong>de</strong> Rena Maestri (2000) pon<strong>de</strong>ram<br />

que, para algumas cultivares <strong>do</strong> arabica e também<br />

esse aminoáci<strong>do</strong> po<strong>de</strong> não se relacionar bem com a tolerância seca. Contu<strong>do</strong>,<br />

nesse trabalho, po<strong>de</strong>-se dizer que os níveis <strong>de</strong> PROL correlacionaram-se bem<br />

com o déficit <strong>de</strong><br />

44


5 GERAIS<br />

De posse <strong>do</strong>s da<strong>do</strong>s gera<strong>do</strong>s por este trabalho, observou-se que possível<br />

<strong>de</strong>senvolver ou adaptar um através <strong>de</strong> uma equação matemática, que<br />

venha a expressar o comportamento da floração <strong>do</strong> <strong>cafeeiro</strong>.<br />

Apesar das <strong>diferentes</strong> <strong>de</strong> irrigação testadas, a ocorrência <strong>de</strong><br />

chuvas <strong>de</strong> maior intensida<strong>de</strong> parece ter efeito <strong>de</strong>cisivo na floração <strong>do</strong><br />

<strong>cafeeiro</strong>.<br />

Mesmo não haven<strong>do</strong> correlação entre o Potencial <strong>do</strong> Solo e o<br />

Potencial Foliar acreditamos que o possa vir a ser o<br />

melhor para indicar o momento ótimo <strong>de</strong> irrigação para o<br />

<strong>cafeeiro</strong>.<br />

Sugerimos que em trabalhos futuros, nesta linha <strong>de</strong> pesquisa, sejam<br />

avalia<strong>do</strong>s os várias vezes ao dia, a fim <strong>de</strong> se terem maiores<br />

informações acerca <strong>do</strong>s déficits ocorri<strong>do</strong>s.<br />

O acompanhamento <strong>do</strong> <strong>de</strong>senvolvimento <strong>do</strong>s botões florais durante to<strong>do</strong> o<br />

perío<strong>do</strong> <strong>de</strong> condução <strong>do</strong> experimento po<strong>de</strong> ser uma importante ferramenta<br />

para avaliar as implicações <strong>de</strong> <strong>diferentes</strong> níveis <strong>de</strong> déficit <strong>sob</strong>re o<br />

comportamento da floração <strong>do</strong> <strong>cafeeiro</strong>.<br />

45


6 CONCLUSõES<br />

Nas condições em que foi conduzi<strong>do</strong> este trabalho, conclui-se que:<br />

O número total <strong>de</strong> flores foi igual em todas as <strong>de</strong><br />

Maior <strong>de</strong> irrigação no perío<strong>do</strong> pós “abotoamento” floral levou a<br />

uma maior na<br />

mais expressivas foram observadas somente após chuvas;<br />

Não houve correlação entre o potencial medi<strong>do</strong> no solo e na planta<br />

(folha);<br />

Houve boa correlação entre o potencial foliar e os teores <strong>do</strong><br />

aminoáci<strong>do</strong> principalmente em <strong>cafeeiro</strong>s frequentemente irriga<strong>do</strong>s.<br />

46


7<br />

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52


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53


TABELA<br />

TABELA<br />

TABELA<br />

TABELA<br />

TABELA<br />

TABELA<br />

TABELA IA<br />

ANEXO<br />

Proprieda<strong>de</strong>s químicas <strong>do</strong> solo, <strong>sob</strong> a projeção da<br />

copa <strong>do</strong> <strong>cafeeiro</strong>, na camada <strong>de</strong> 0-20 cm, na área<br />

experimental da fazenda Santa Clara, município <strong>de</strong><br />

....................................................<br />

Proprieda<strong>de</strong>s químicas <strong>do</strong> solo, <strong>sob</strong> a projeção da<br />

copa <strong>do</strong> <strong>cafeeiro</strong>, na camada <strong>de</strong> cm, na área<br />

experimental da fazenda Santa Clara, município <strong>de</strong><br />

2001 ...................................................<br />

Proprieda<strong>de</strong>s químicas <strong>do</strong> solo, entre as linhas <strong>do</strong><br />

<strong>cafeeiro</strong>, na camada <strong>de</strong> 0-20 cm, na área<br />

experimental da fazenda Santa Clara, município <strong>de</strong><br />

2001 ...................................................<br />

Proprieda<strong>de</strong>s químicas <strong>do</strong> solo, entre as linhas <strong>do</strong><br />

<strong>cafeeiro</strong>, na camada <strong>de</strong> cm, na área<br />

experimental da fazenda Santa Clara, município <strong>de</strong><br />

2001 ...................................................<br />

Pontos da curva característica <strong>de</strong> retenção <strong>de</strong><br />

<strong>do</strong> solo, e análise textural, na área experimental da<br />

fazenda Santa Clara, município <strong>de</strong><br />

2001 ..........................................................................<br />

Da<strong>do</strong>s <strong>de</strong> temperatura máxima, mínima e média<br />

(“C), precipitação e umida<strong>de</strong><br />

relativa <strong>do</strong> ar - (“h) registra<strong>do</strong>s durante o mês<br />

<strong>de</strong> junho <strong>de</strong> 2001 ......................................................<br />

Da<strong>do</strong>s <strong>de</strong> temperatura máxima, mínima e média<br />

(“C), precipitação e umida<strong>de</strong><br />

relativa <strong>do</strong> ar - registra<strong>do</strong>s durante o mês<br />

<strong>de</strong> julho<br />

54<br />

Página<br />

56<br />

51<br />

59<br />

60<br />

61<br />

62


TABELA SA<br />

TABELA<br />

TABELA<br />

TABELA 1<br />

TABELA<br />

Da<strong>do</strong>s <strong>de</strong> temperatura máxima, mínima e média<br />

(“C), precipitação e umida<strong>de</strong><br />

relativa <strong>do</strong> ar (“h) registra<strong>do</strong>s durante o mês<br />

<strong>de</strong> agosto <strong>de</strong> 2001 .....................................................<br />

Da<strong>do</strong>s <strong>de</strong> temperatura máxima, mínima e média<br />

(“C), precipitação e umida<strong>de</strong><br />

relativa <strong>do</strong> ar - (“h) registra<strong>do</strong>s durante o mês<br />

<strong>de</strong> setembro <strong>de</strong> 2001 .................................................<br />

Da<strong>do</strong>s <strong>de</strong> temperatura máxima, mínima e média<br />

(“C), precipitação e umida<strong>de</strong><br />

relativa <strong>do</strong> ar - (“h) registra<strong>do</strong>s durante o mês<br />

<strong>de</strong> outubro <strong>de</strong> 2001 ...................................................<br />

Da<strong>do</strong>s <strong>de</strong> temperatura máxima, mínima e média<br />

(“C), precipitação e umida<strong>de</strong><br />

relativa <strong>do</strong> ar - (“h) registra<strong>do</strong>s durante o mês<br />

<strong>de</strong> novembro <strong>de</strong> 2001 ...............................................<br />

Da<strong>do</strong>s <strong>de</strong> temperatura máxima, mínima e média<br />

(“C), precipitação e umida<strong>de</strong><br />

relativa <strong>do</strong> ar (“h) registra<strong>do</strong>s durante o mês<br />

<strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> 2001 ...............................................<br />

55<br />

63<br />

64<br />

65<br />

66<br />

61


TABELA Proprieda<strong>de</strong>s químicas <strong>do</strong> solo, <strong>sob</strong> a projeção da copa <strong>do</strong><br />

<strong>cafeeiro</strong>, na camada <strong>de</strong> 0-20 cm, na área experimental da<br />

fazenda Santa Clara, município <strong>de</strong> 2001.<br />

Atributo Unida<strong>de</strong> Valor Interpretação<br />

pH em 63 Aci<strong>de</strong>z Fraca<br />

P (Fósforo I) Alto<br />

K (Potássio I)<br />

Alto<br />

(Cálcio)<br />

dm’ 5,9 Alto<br />

AI (Alumínio)<br />

dm’<br />

dm’<br />

13 Alto<br />

Baixo<br />

H +AI (Aci<strong>de</strong>z Potencial) dm’ 12 Baixo<br />

(Soma <strong>de</strong> Bases)<br />

dm’ Alto<br />

t Efetiva) dm’ Alto<br />

T a pH<br />

dm’ 9,7 Médio<br />

m (Saturação por Alumínio) dm’ Baixo<br />

V (Saturação por Bases) 87,6 Alto<br />

56<br />

19,7<br />

63<br />

89<br />

23


TABELA Proprieda<strong>de</strong>s químicas <strong>do</strong> solo, <strong>sob</strong> a projeção da copa <strong>do</strong><br />

<strong>cafeeiro</strong>, na camada <strong>de</strong> cm, na área experimental da<br />

fazenda Santa Clara, município <strong>de</strong> 2001,<br />

Atributo Unida<strong>de</strong> Valor Interpretação<br />

pH em 6.6 Aci<strong>de</strong>z Fraca<br />

Alto<br />

K (Potássio I)<br />

Alto<br />

(Cálcio)<br />

AI (Alumínio)<br />

H + AI (Aci<strong>de</strong>z Potencial)<br />

(Soma <strong>de</strong> Bases)<br />

t Efetiva)<br />

T a pH<br />

m (Saturação por Alumínio)<br />

V (Saturação por Bases)<br />

dm’<br />

dm’<br />

dm’<br />

dm’<br />

4,1<br />

1,5<br />

1<br />

6,3<br />

6,3<br />

Alto<br />

Alto<br />

Baixo<br />

Baixo<br />

Alto<br />

Alto<br />

Médio<br />

Baixo<br />

Alto<br />

% 52,4<br />

% 10,2<br />

% 92<br />

57<br />

2,7<br />

5.7


TABELA Proprieda<strong>de</strong>s químicas <strong>do</strong> solo, entre as linhas <strong>do</strong> <strong>cafeeiro</strong>, na<br />

camada <strong>de</strong> 0-20 cm, na área experimental da fazenda Santa<br />

Clara, município <strong>de</strong> 2001,<br />

Atributo Unida<strong>de</strong> Valor Interpretação<br />

pH em<br />

63 Aci<strong>de</strong>z Fraca<br />

P (Fósforo I) Alto<br />

K (Potássio I) Alto<br />

(Cálcio) dm’ 3,7 Médio<br />

dm’ 1,4 Alto<br />

AI (Alumínio)<br />

H + AI (Aci<strong>de</strong>z Potencial)<br />

dm’ 1,3<br />

Baixo<br />

Baixo<br />

(Soma <strong>de</strong> Bases) dm’ 5,9<br />

Alto<br />

t Efetiva)<br />

5,9<br />

Médio<br />

T a pH<br />

m (Saturação por Alumínio) dm’<br />

V (Saturação por Bases) %<br />

dm’ 7,2 Médio<br />

% 19,6<br />

% 10,6<br />

2,6<br />

4,9<br />

58<br />

Baixo<br />

Alto


TABELA - Proprieda<strong>de</strong>s <strong>do</strong> solo, entre as linhas <strong>do</strong> <strong>cafeeiro</strong>, na<br />

camada <strong>de</strong> cm, na área experimental da fazenda Santa<br />

Clara, municipio <strong>de</strong> 2001.<br />

Atributo Unida<strong>de</strong> Valor Interpretação<br />

pH em<br />

P (Fósforo I)<br />

7,0 Neutro<br />

Alto<br />

K (Potássio I) Alto<br />

(Cálcio) dm’ 33 Médio<br />

dm’ 13 Alto<br />

AI (Aluminio)<br />

H + Al (Aci<strong>de</strong>z Potencial)<br />

(Soma <strong>de</strong> Bases)<br />

t Efetiva)<br />

dm’<br />

dm’<br />

dm’<br />

1,5<br />

6,4<br />

6,4<br />

Baixo<br />

Baixo<br />

Alto<br />

Alto<br />

T a pH dm’ 7,9 Médio<br />

m (Saturação por Aluminio) dm’<br />

Baixo<br />

V (Saturação por Bases) %<br />

Alto<br />

%<br />

59<br />

43


TABELA Pontos da curva característica <strong>de</strong> retenção <strong>de</strong> <strong>do</strong> solo, e<br />

análise textural, na área experimental da fazenda Santa Clara,<br />

60


Bahia - - e Long.<br />

61


TABELA Da<strong>do</strong>s médios <strong>de</strong> temperatura máxima, mínima e média (“C),<br />

precipitação e umida<strong>de</strong> relativa <strong>do</strong> ar<br />

registra<strong>do</strong>s durante o mês <strong>de</strong> julho <strong>de</strong> 2001.<br />

26 17<br />

12 31 17<br />

24 64<br />

32 17 60<br />

21 31 17 24 62<br />

29 25<br />

18<br />

68<br />

30 28<br />

17 22,5<br />

66<br />

31 29<br />

14<br />

62<br />

Fonte: Estação Metereológica da Superintendência <strong>de</strong> Recursos da<br />

Bahia e Long.<br />

62


TABELA - Da<strong>do</strong>s médios <strong>de</strong> temperatura máxima, mínima e média ("C),<br />

precipitação e umida<strong>de</strong> relativa <strong>do</strong> ar<br />

Fonte: Metereológica da Superintendência <strong>de</strong> Recursos da<br />

Bahia - e Long.<br />

63


TA BELA 9A - Da<strong>do</strong>s médios <strong>de</strong> temperatura máxima, mínima e média ( 0 C),<br />

precipitação pluviométrica (mm) e umida<strong>de</strong> relativa <strong>do</strong> ar - UR<br />

(%) registra<strong>do</strong>s durante o mês <strong>de</strong> setembro <strong>de</strong> 2001.<br />

Dia<br />

Temperatura ( 0 1<br />

2<br />

3<br />

4<br />

5<br />

6<br />

7<br />

8<br />

9<br />

10<br />

11<br />

12<br />

13<br />

C)<br />

Máxima Mínima Média<br />

29,5 15 22,3<br />

28,5 15 21,8<br />

29 17,5 23,3<br />

32,5 15,5 24<br />

32,5 15,5 24<br />

32,5 15,5 24<br />

32,5 15,5 24<br />

32 18,5 25,3<br />

32 16,5 24,3<br />

34 16,5 24,3<br />

35 18,5 26,8<br />

36,5 19 27,8<br />

33 21 22<br />

Precipitação<br />

(mm)<br />

-<br />

-<br />

-<br />

-<br />

-<br />

-<br />

-<br />

-<br />

-<br />

-<br />

-<br />

-<br />

-<br />

UR<br />

(%)<br />

87<br />

73<br />

80<br />

80<br />

85<br />

85<br />

71<br />

68<br />

79<br />

81<br />

76<br />

66<br />

67<br />

14 31 17 24 - 84<br />

15<br />

16<br />

33<br />

34<br />

17,5<br />

20,5<br />

25,3<br />

27,3<br />

-<br />

-<br />

73<br />

74<br />

17 36,5 21 28,8 0,75 98<br />

18 32 16,5 24,3 I 75<br />

19 25 15 20 2,25 72<br />

20<br />

21<br />

22<br />

23<br />

24<br />

25<br />

26<br />

27<br />

27,5<br />

29<br />

31<br />

32,5<br />

32,5<br />

31,5<br />

31,5<br />

33,5<br />

15,5<br />

15,5<br />

19<br />

19<br />

19,5<br />

17<br />

17<br />

18,5<br />

21,5<br />

22,3<br />

25<br />

25,8<br />

26<br />

24,3<br />

24,3<br />

26<br />

-<br />

-<br />

-<br />

-<br />

-<br />

-<br />

-<br />

-<br />

72<br />

68<br />

60<br />

67<br />

73<br />

73<br />

71<br />

73<br />

28<br />

29<br />

30<br />

35,5<br />

34,5<br />

34,5<br />

18,5<br />

19<br />

18,5<br />

27<br />

26,8<br />

26,5<br />

-<br />

-<br />

-<br />

74<br />

76<br />

77<br />

Fonte: Estação Metereológtca da Supenntendêncta <strong>de</strong> Recursos Hídncos da<br />

Bahia- SRH; Anagé- BA (Lat. 14°38'S e Long. 41°09').<br />

64


Bahia - - e Long.<br />

65


TABELA Da<strong>do</strong>s médios <strong>de</strong> temperatura máxima, mínima e média (“C),<br />

precipitação e umida<strong>de</strong> relativa <strong>do</strong> ar<br />

registra<strong>do</strong>s durante o mês <strong>de</strong> novembro <strong>de</strong> 2001.<br />

I I I I<br />

Fonte: Climatológica Groweather System, mo<strong>de</strong>lo<br />

Davis Instruments.<br />

66


Bahia - - e Long.

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