Alta Idade Media e Renascimento Cultural
Alta Idade Media e Renascimento Cultural
Alta Idade Media e Renascimento Cultural
You also want an ePaper? Increase the reach of your titles
YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.
IDADE MÉDIA<br />
• QUEDA DO IMPÉRIO ROMANO DO OCIDENTE:<br />
– 476 d.C: marca cronologicamente o fim do Império<br />
Romano do Ocidente, quando uma horda mista de<br />
germanos liderados por Odorico invadem Roma e<br />
destituem o Imperador que na época era Rômulo<br />
Augusto.
• BÁRBAROS:<br />
– Eram aqueles que não falavam a língua latina (Roma) e não<br />
estavam subordinados ao seu Império;<br />
– Germanos: indo-europeus, organizados em confederações<br />
guerreiras, como a dos francos, burgúndios,<br />
suevos,vândalos, visigodos, ostrogodos, lombardos,<br />
anglos e saxões;<br />
– Celtas, Eslavos, Tártaro-mongóis;
• CARACTERÍSTICAS GERAIS:<br />
•Período de constantes<br />
invasões e deslocamentos<br />
populacionais.<br />
• Síntese de elementos do<br />
antigo Império Romano +<br />
povos bárbaros +<br />
cristianismo.<br />
• Formação, apogeu e<br />
declínio do Feudalismo:<br />
– Formação: V ao IX; Apogeu: IX ao XII; Declínio: a partir do XIII;
• Elementos feudais: mistura da cultura romana e da cultura bárbara.<br />
ROMANOS GERMÂNICOS<br />
Clientela (dependência perante os<br />
patrícios)<br />
Colonato (fixação na terra –<br />
origem da servidão)<br />
Vilas (grandes propriedades<br />
rurais – origem dos feudos)<br />
Comitatus:(fidelidade/dependênci<br />
a entre guerreiros/nobres – base<br />
da suserania e vassalagem)<br />
Subsistência (ausência de<br />
comércio e moeda)<br />
Economia agropastoril<br />
Direito legislativo Direito consuetudinário (tradição<br />
oral)
• POVOS BÁRBAROS:<br />
– Economia: baseava-se principalmente na produção agropastoril +<br />
ausência de comércio e moeda. Relação Senhores x Servos = Modo<br />
de Produção Feudal<br />
– Poucos “conheciam” a escrita e a religião era marcada pelo<br />
politeísmo, com divindades representando as forças da natureza.<br />
– COMITATUS: laços de dependência entre os guerreiros;<br />
– Poder político: das castas de guerreiros;<br />
– Justiça: direito consuetudinário (tradição, costume);
• REINO FRANCO:<br />
• Atual França.<br />
• Único reino bárbaro relativamente duradouro.<br />
• Dinastia Merovíngia:<br />
– Clóvis (496) Batalha de Tolbiac – conversão ao cristianismo.<br />
– Conquista da Gália.<br />
– Ruralização.<br />
– Distribuição de terras entre clero e nobreza.<br />
Fragmentação do poder.<br />
– Poder de fato: Mordomos do Paço ou do Palácio (espécies de<br />
“prefeitos” ou primeiro ministro).<br />
– Carlos Martel (732) – Bloqueio aos árabes na França (Batalha de<br />
Poitiers/Pireneus).<br />
– Últimos reis da dinastia: Reis Indolentes (incompetência<br />
administrativa) Childerico III.
• DINASTIA CAROLÍNGIA:<br />
– Pepino, o Breve (751 – 768):<br />
Expulsão dos lombardos da<br />
Península Itálica.<br />
Doação para a Igreja (Patrimônio<br />
de São Pedro/Estados Pontifícios).<br />
Apoio da Igreja.<br />
– Carlos Magno (768 – 814):<br />
Auge / Imperador<br />
Guerras de conquista.<br />
Doações para guerreiros/<br />
nobres (laços de dependência).<br />
Centralização relativa.<br />
Coroação em 800 pelo Papa Leão III.
CARLOS MAGNO<br />
Apoio da Igreja (expansão do cristianismo).<br />
Tentativa de reconstruir o Império Romano do<br />
Ocidente.<br />
Divisão imperial em 300 partes (condados, ducados e<br />
marcas).<br />
Missi Dominici – Fiscais imperiais (enviados do<br />
senhor/burocracia).<br />
<strong>Renascimento</strong> carolíngio – preservação de obras<br />
clássicas em escolas eclesiásticas.<br />
– Luís, o Piedoso (814 – 841)<br />
Enfraquecimento.<br />
Agravamento da descentralização política.<br />
– Disputas pela sucessão imperial após morte de Luís, o<br />
Piedoso.
TRATADO DE VERDUN (843):<br />
Divisão do Império.<br />
OCIDENTE – Carlos, o Calvo (atual França);<br />
CENTRO – Lotário (atuais Itália e Suíça);<br />
ORIENTE – Luís, o Germânico (atual Alemanha).
• Política: DESCENTRALIZAÇÃO o poder estava nas mãos dos<br />
senhores feudais e não dos reis quem realmente detinha o poder eram<br />
os proprietários de terra;<br />
• Ideologia:<br />
– Teocentrismo<br />
– IGREJA: maior instituição, monopólio cultural e intelectual na <strong>Idade</strong><br />
Média Ocidental (atuante em todos os setores)<br />
– Conformismo, continuismo<br />
– Ética paternalista cristã
– CONCEITO DE FEUDALISMO<br />
– Modo de vida (política, economia e sociedade) na Europa<br />
Ocidental Medieval;<br />
– A progressiva insegurança, os saques, a decadência das<br />
cidades e a conseqüente ruralização, fazem com que os<br />
grandes proprietários de terra tenham maior poder já que se<br />
transformam em unidades básicas de poder;<br />
– Feudo (feudum): propriedade; terra recebida como<br />
recompensa (uso fruto); terreno; honorários; etc...
– Economia: agrícola/pastoril, autosuficiente<br />
(subsistência), comércio muito<br />
reduzido a base de troca (escambo) e<br />
moeda.<br />
– Unidade econômica básica: FEUDO<br />
(benefício / Senhorio ou Domínio).<br />
MANSO SENHORIAL – castelo +<br />
melhores terras.<br />
MANSO SERVIL – terras arrendadas<br />
(lotes = glebas ou tenências).<br />
MANSO COMUNAL – bosques e<br />
pastos (uso comum)
–Visão interna da casa dos servos
• Sociedade:<br />
– ESTAMENTAL (posição social definida pelo nascimento).<br />
– Poder vinculado à posse e extensão da terra.<br />
– Laços de dependência pessoal:<br />
SUSERANIA e VASSALAGEM;<br />
SENHOR e SERVOS;<br />
–CLERO: terra + poder político + poder ideológico (salvação)<br />
–NOBREZA: terra + poder político (defesa)<br />
–SERVOS: obrigações (corvéia, talha, banalidades, tostão de<br />
Pedro ou dízimo, mão-morta, capitação, formariage...) e<br />
VILÕES: quase servos, porém com menos obrigações
“IMPOSTOS” OU OBRIGAÇÕES DOS SERVOS<br />
– Corvéia: dias de trabalho compulsório nas terras do senhor feudal;<br />
– Talha: doação de parte da produção para o senhor feudal;<br />
– Capitação: imposto pago por indivíduo;<br />
– Banalidades: pelo uso das propriedades (equipamentos) do senhor<br />
feudal (moinho, forno, etc..);<br />
– Mão-Morta: imposto sobre a transmissão da herança;<br />
– Prestações: hospitalidade obrigatória ao senhor feudal;<br />
– Tostão-de-Pedro: dízimo à Igreja;<br />
– Formariage ou Consórcio: pagamento para concretizar o<br />
casamento;<br />
– Homenagem: Juramento de fidelidade do vassalo;
– SENHORES<br />
– Fornecer proteção militar ao vassalo;<br />
– Proteger seus herdeiros e garantir a primogenitura na<br />
hereditariedade do feudo por parte do senhor feudal;
O RENASCIMENTO CULTURAL<br />
• Definição: movimento cultural e artístico que rompeu com<br />
o padrão de pensamento vigente no mundo medieval,<br />
introduzindo a cultura laica (não religiosa);<br />
• Quando: entre os séculos XIV e XVI;<br />
• Onde: ITA (principal), ING, FRA, POR, ESP, ALE,<br />
HOL/BEL (Países Baixos);
O RENASCIMENTO CULTURAL<br />
• Diferenças entre o pensamento medieval e o renascentista:<br />
PENSAMENTO<br />
MEDIEVAL<br />
Teocentrismo Antropocentrismo<br />
PENSAMENTO<br />
RENASCENTISTA<br />
Verdade = Bíblia Verdade = experimentação, observação<br />
Vida material sem importância Vida terrena e material também é importante<br />
Conformismo Crença no progresso<br />
Natureza = fonte do pecado Natureza = beleza, onde o homem se insere<br />
Ascetismo Hedonismo<br />
Dogmatismo Fé diferente da razão
O RENASCIMENTO CULTURAL<br />
• Características principais do <strong>Renascimento</strong>:<br />
– Humanismo (valorização do ser humano, criação privilegiada de Deus)<br />
– Antropocentrismo (idéia de que o homem se encontra no<br />
centro do universo)<br />
– Individualismo<br />
– Racionalismo<br />
– Naturalismo<br />
– Hedonismo<br />
– Cientificismo<br />
– Empirismo<br />
– Experimentalismo<br />
– Inspiração na cultura clássica (mundo greco-romano).
O RENASCIMENTO CULTURAL<br />
• Abrangência: homens, ricos, cultos e urbanos (burguesia).<br />
• Itália: o berço do <strong>Renascimento</strong><br />
– Desenvolvimento comercial<br />
– Desenvolvimento urbano<br />
– Contato com árabes e bizantinos (retomada das obras clássicas<br />
perdidas na <strong>Idade</strong> Média)<br />
– Herdeiros naturais do Império Romano<br />
– Surgimento do Mecenato
O RENASCIMENTO CULTURAL<br />
• Fases do <strong>Renascimento</strong> italiano:<br />
– TRECENTO (séc XIV):<br />
transição da cultura teocêntrica para a antropocêntrica;<br />
Dante – Literatura – A Divina Comédia<br />
Petrarca – Literatura – Ad Itália, Lírica do Cancioneiro<br />
Boccaccio – Literatura - Decameron<br />
Giotto – Pintura – figuras com aspecto humano e traços<br />
de individualidade. Destaque para suas representações de<br />
São Francisco de Assis.
SÃO FRANCISCO PREGANDO<br />
AOS PÁSSAROS<br />
O RENASCIMENTO CULTURAL<br />
A OBRA DE GIOTTO<br />
LAMENTO CRISTO MORTO
O RENASCIMENTO CULTURAL<br />
– QUATROCENTO (séc XV):<br />
família Médici (mecenas);<br />
Florença (principal centro);<br />
pintura com maior destaque (técnica da pintura a óleo);<br />
Masaccio – geometria em perspectiva. “A Expulsão de<br />
Adão e Eva do Paraíso”, “Tributo”, Distribuição de<br />
esmolas por São Pedro”;<br />
Botticelli – figuras leves, delicadeza, inocência.<br />
“Nascimento de Vênus”, “Alegoria da Primavera”<br />
Da Vinci – maior nome do renascimento. Pintor, escultor,<br />
urbanista, engenheiro, músico, físico, botânico...<br />
“Gioconda” (Mona Lisa), “Santa Ceia”, Virgens das<br />
Rochas”.
O RENASCIMENTO CULTURAL<br />
A ARTE DE SANDRO BOTTICELLI<br />
NASCIMENTO DE VÊNUS<br />
ALEGORIA DA PRIMAVERA
GIOCONDA (MONA LISA)<br />
O RENASCIMENTO CULTURAL<br />
A OBRA DE LEONARDO DA VINCI<br />
VITRUVIO<br />
SANTA CEIA
O RENASCIMENTO CULTURAL<br />
– CINQUECENTO (séc XVI):<br />
Papas (mecenas);<br />
Roma (principal centro);<br />
Ariosto – Literatura – “Orlando Furioso”;<br />
Torquato Tasso – Literatura – “Jerusalém Libertada”<br />
Nicolau Maquiavel – Literatura – “O Príncipe”;<br />
Rafael – Pintura – conhecido como o pintor das madonas.<br />
“Madona Sistina”, “Escola de Atenas”, “A Sagrada<br />
Família”;<br />
Michelângelo – Pintura e Escultura – “Moisés”, “Davi” e<br />
“Pietá” (esculturas), afrescos da Capela Sistina (pintura).
O RENASCIMENTO CULTURAL<br />
A ARTE DE RAFAEL SANZIO<br />
ESCOLA DE ATENAS
A CRIAÇÃO DE ADÃO<br />
A ARTE DE MICHELÂNGELO<br />
PIETÁ<br />
MOISÉS<br />
DAVI
• Fatores da decadência do <strong>Renascimento</strong>:<br />
– Expansão marítima – decadência do comércio do<br />
Mediterrâneo.<br />
– Contra-Reforma – perseguições movidas pela Igreja Católica.<br />
• O <strong>Renascimento</strong> fora da Itália:<br />
– INGLATERRA:<br />
Thomas Morus – Utopia;<br />
William Shakespeare – Romeu e Julieta, Hamlet, Otelo,<br />
Sonhos de Uma Noite de Verão, entre outras.<br />
– FRANÇA:<br />
Rabelais – Gargântua e Pantagruel;<br />
Montaigne – Ensaios.
– PORTUGAL:<br />
Gil Vicente – Teatro – Auto da Visitação e Auto dos Reis<br />
Magos;<br />
Camões – Literatura – Os Lusíadas<br />
– ESPANHA:<br />
El Greco – Pintura – Vista de Toledo sob a tempestade e<br />
O Enterro do conde Orgaz;<br />
Cervantes – Literatura - Dom Quixote de la Mancha
– PAÍSES BAIXOS (Holanda e Bélgica):<br />
Irmãos Hubert e Jan Van Eyck – Pintura – Adoração do<br />
Cordeiro;<br />
Hieronymus Bosh – Pintura – Carroça de Ferro, Jardins das<br />
Delícias e As tentações de Santo Antão;<br />
Pieter Brueghel – Pintura – O Alquimista, Banquete<br />
Nupcial, Os Cegos;<br />
Erasmo de Roterdam – Literatura - Elogio da Loucura.<br />
– ALEMANHA:<br />
Albrecht Dürer – Pintura – Auto-retrato, Natividade;<br />
Hans Holbein – Pintura – Cristo na sepultura.
O RENASCIMENTO FORA DA ITÁLIA<br />
HIERONYMUS BOSH<br />
JARDINS DAS DELÍCIAS CARROÇA DE FENO<br />
PIETER BRUGHEL<br />
BANQUETE DE NÚPCIAS
O ENTERRO DO<br />
CONDE ORGAZ<br />
O RENASCIMENTO FORA DA ITÁLIA<br />
EL GRECO<br />
VISTA DE TOLEDO SOB A<br />
TEMPESTADE<br />
ALBRECHT<br />
DÜRER<br />
AUTO-RETRATO
• O <strong>Renascimento</strong> Científico:<br />
– NICOLAU COPÉRNICO: teoria heliocêntrica;<br />
– JOHAN KEPLER: órbitas elípticas dos planetas;<br />
– GALILEU GALILEI: confirmação da teoria heliocêntrica;<br />
– ANDRÉ VESÁLIO: “pai” da moderna anatomia;<br />
– MIGUEL SERVET e WILLIAM HARVEY: mecanismo de<br />
circulação sangüínea;<br />
– GIORDANO BRUNO: afirmou que o universo não era<br />
estático e a Terra não era o centro dele. Foi queimado na<br />
fogueira a mando da Inquisição.