Discurso do Prof. Dr. Lauro Morhy, Ex-Reitor da UnB, proferido ao ...

de sonhar utopias e de lutar para realizá-las. Mas como “até as flores
têm espinhos”, estes algumas vezes me feriram. Paguei então um
pouco, pela ousadia e coragem de semeá-las e colhê-las, mas sempre
procurando sentir e compartilhar com todos a sua beleza e o seu
perfume. Sinto-me feliz por isso.
Depois de passar por muitas experiências desde que saí da
minha terra amazônica, da minha casa, para estudar fora, cheguei
finalmente à UnB na virada de 1969 para 1970. Acompanhara
vivamente, como jovem estudante, a inauguração de Brasília, e a
criação da UnB. Ambas logo me cativaram. Passei por momentos
difíceis, mas sempre fui movido pelos sonhos e desafios, pela vontade e
pela esperança , que ainda hoje cultivo.
Fiquei inicialmente no Departamento de Química, mas depois
migrei para o Instituto de Ciências Biológicas. Com o meu orientador
científico e amigo Prof. Dr. Luiz Fernando Gouvêa Labouriau, de
saudosa memória, a quem rendo homenagem neste momento, e à sua
esposa Profa.Dra.Mariléa Salgado Labouriau, ambos também
homenageados pela UnB como Professores Eméritos, fundamos o
Departamento de Biologia Vegetal. Com a saída do Prof. Labouriau e
esposa do Brasil, passei a trabalhar no Laboratório de Biofísica, do
Departamento de Biologia Celular e com proteínas. Contei com a
experiente orientação do Prof.Manoel Mateus Ventura, também Emérito
da UnB. Guardo boas lembranças desse tempo, e dos colegas
docentes e pesquisadores científicos do laboratório, Profs. Drs. Kumiko
Mizuta, Celina Martin, Hiroaki Ikemoto e Jéferson Aragão.
Atuei intensamente nos ensinos de graduação e pós-graduação, e na
atividade científica, sobretudo nos vinte primeiros anos de UnB.
Reestruturamos o Laboratório de Bioquímica, que passou a ser o
Laboratório de Bioquímica-Química de Proteínas. Criamos o Centro
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