Discurso do Prof. Dr. Lauro Morhy, Ex-Reitor da UnB, proferido ao ...
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Disse o poeta popular que “Quem viaja com rancores/<br />
maldizen<strong>do</strong> a caminha<strong>da</strong>/ não pode ver quantas flores/ brotam na beira<br />
<strong>da</strong> estra<strong>da</strong>”. Ver e sentir a vi<strong>da</strong> é preciso, em to<strong>da</strong> a sua dimensão. É<br />
necessário ter paciência e persistência, recursos <strong>da</strong> esperança que<br />
devemos renovar to<strong>do</strong>s os dias. Amigos, de esperança em esperança<br />
exorcizamos o pessimismo, vivemos “pra frente” e construímos o bom<br />
futuro. Sem esperança não há sonhos, apenas terríveis pesadelos.<br />
Assim acreditan<strong>do</strong> cunhei esta frase, que já compartilhei com to<strong>do</strong>s, e<br />
que me alerta e renova a ca<strong>da</strong> dia: “Quan<strong>do</strong> paramos de sonhar, o<br />
Diabo faz e gente ter pesadelos”.<br />
Que bom é desenvolver a capaci<strong>da</strong>de de ouvir o silêncio nos dias<br />
rui<strong>do</strong>sos de hoje. É quan<strong>do</strong> podemos ver enfim o mun<strong>do</strong> e sentir melhor<br />
o universo. É o silêncio “audível” que nos pode permitir ver e ouvir a<br />
to<strong>do</strong>s os la<strong>do</strong>s. Aqueles sete la<strong>do</strong>s: o <strong>da</strong> direita, o <strong>da</strong> esquer<strong>da</strong>, o <strong>da</strong><br />
frente, o de traz, o de cima, o de baixo e o sétimo la<strong>do</strong>, talvez o mais<br />
importante de to<strong>do</strong>s: o la<strong>do</strong> de dentro. É quan<strong>do</strong> vemos a nossa maior<br />
dimensão com to<strong>da</strong>s as suas potenciali<strong>da</strong>des, limitações e também<br />
pequenez...É quan<strong>do</strong> nos deparamos com difíceis interrogações tais<br />
como: quem somos ? de onde viemos ? para onde vamos ? To<strong>da</strong> a<br />
nossa sabe<strong>do</strong>ria ain<strong>da</strong> está longe de responder a essas perguntas.<br />
Vemos que somos apenas uma minúscula ilha num infinito oceano de<br />
ignorância, que ultrapassa em muito os limites <strong>da</strong> Terra.<br />
Como seres que mais usam a inteligência para <strong>do</strong>minar as<br />
forças hostis <strong>da</strong> natureza e as dificul<strong>da</strong>des <strong>da</strong> vi<strong>da</strong>, sabemos que é o<br />
cérebro o maior de to<strong>do</strong>s os recursos de que dispomos. Mas, foi<br />
demora<strong>da</strong> e penosa a evolução <strong>do</strong> homem até os nossos dias. As<br />
transições por que passou a humani<strong>da</strong>de envolveram inúmeros<br />
deslocamentos com avanços e retrocessos, e o progresso alcança<strong>do</strong><br />
apresenta distorções graves. Há uma distância grande entre o que se<br />
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