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Dissertação de Mestrado em Serviço Social.pdf - Instituto Superior ...

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Trabalho Doméstico:<br />

Narrativas ex<strong>em</strong>plares <strong>de</strong> mulheres “Domésticas”<br />

Desta feita, <strong>em</strong> 2005 O. apresenta o seu <strong>de</strong>spedimento e resolve mudar <strong>de</strong> cida<strong>de</strong>, “<br />

(…) <strong>de</strong>ixei a associação e foi quando fui p`o Algarve, trabalhar (…).” (pág.3). Ainda no<br />

contexto <strong>de</strong>sta <strong>de</strong>cisão, percebe-se segundo o discurso da narradora que, estando a mesma no<br />

Algarve não houve qualquer dificulda<strong>de</strong> <strong>em</strong> conseguir uma colocação profissional, menos<br />

ainda, <strong>em</strong> gostar daquilo que iria <strong>de</strong>senvolver, como nos indica: “ (…) trabalhei lá durante<br />

três anos (…) foi a experiência profissional da qual eu mais gostei, <strong>de</strong>, com a qual eu mais<br />

me i<strong>de</strong>ntifiquei.” (pág.3). Apesar <strong>de</strong> ter sido uma experiência profissional muito positiva para<br />

a jov<strong>em</strong>, o t<strong>em</strong>po <strong>em</strong> que esteve <strong>em</strong>pregada não passou dos três anos e, <strong>em</strong> 2008, esclarece-<br />

nos: “ (…) fizeram-me uma proposta p`a eu sair <strong>de</strong> lá, ou seja, fui <strong>de</strong>spedida, pronto. (…)”<br />

(pág.3). A jov<strong>em</strong> diz não ter percebido qual o motivo do seu <strong>de</strong>spedimento, pois consi<strong>de</strong>ra<br />

ainda hoje que, “ (…) `tava a fazer um bom trabalho (…).” (pág.4).<br />

Após ter sido <strong>de</strong>spedida, O. Deci<strong>de</strong> regressar à cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Moura on<strong>de</strong> residia <strong>de</strong>s<strong>de</strong><br />

s<strong>em</strong>pre, então, ainda no mesmo ano <strong>de</strong> 2008 <strong>de</strong>ixa o Algarve, na altura não reflectindo muito<br />

sobre a sua opção, convicta <strong>de</strong> que essa era a <strong>de</strong>cisão mais acertada, e volta para Moura.<br />

Desta fase da sua vida, não obstante, hoje, a sua opinião diverge: “ (…) vim muito chateada e<br />

tomei a opção (…) voltar p`ra cá, e hoje <strong>em</strong> dia tenho consciência <strong>de</strong> que foi uma má opção.<br />

Deveria ter continuado lá, porque in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nt<strong>em</strong>ente <strong>de</strong> eu ter ficado s<strong>em</strong> trabalho, mas eu<br />

vim p`ra cá e a situação foi a mesma.” (pág.4). No presente, a narradora consi<strong>de</strong>ra que lá as<br />

oportunida<strong>de</strong>s certamente seriam maiores (pág.4). Nessa época, <strong>de</strong> volta a casa,<br />

<strong>de</strong>s<strong>em</strong>pregada e s<strong>em</strong> qualquer perspectiva <strong>de</strong> <strong>em</strong>prego, O. inscreve-se no centro <strong>de</strong> <strong>em</strong>prego<br />

para po<strong>de</strong>r receber o subsídio <strong>de</strong> <strong>de</strong>s<strong>em</strong>prego do qual tinha direito (pág.4), passado pouco<br />

t<strong>em</strong>po consegue colocação profissional, e segundo a mesma: “ (…) fui chamada p`ra vir<br />

trabalhar p`ra câmara, aqui p`ra câmara <strong>de</strong> Moura.” (pág.4). Rapidamente altera a sua<br />

condição perante o trabalho e passa a <strong>em</strong>pregada (pág.4); no entanto, a proposta que recebeu<br />

não era o que O. pretendia, por se limitar a um curto espaço <strong>de</strong> t<strong>em</strong>po (pág.5), “ (…) aquilo<br />

eram os antigos POC`s do centro <strong>de</strong> <strong>em</strong>prego (…) seria com t<strong>em</strong>po limitado (…) comecei a<br />

trabalhar <strong>em</strong> Abril, seria até ao final do ano.” (pág.5). Passados quatro meses ao serviço da<br />

câmara, ainda no ano <strong>de</strong> 2008, mas no mês <strong>de</strong> Agosto conforme nos relatou, O. apresenta a<br />

sua <strong>de</strong>missão porque <strong>de</strong>cidiu acompanhar o seu namorado para Alverca/ Vila Franca, dado<br />

que este havia recebido uma proposta <strong>de</strong> trabalho por um limite <strong>de</strong> t<strong>em</strong>po superior ao seu<br />

(pág.5).<br />

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