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Dissertação de Mestrado em Serviço Social.pdf - Instituto Superior ...

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Trabalho Doméstico:<br />

Narrativas ex<strong>em</strong>plares <strong>de</strong> mulheres “Domésticas”<br />

avaliado como um trabalho muito cansativo e, como tal, ingrato, pois a mulher doméstica<br />

vive no seu local <strong>de</strong> trabalho, não tendo horário <strong>de</strong> saída, n<strong>em</strong> horário <strong>de</strong> entrada; Nível<br />

Analítico “Como são e se organizam as Domésticas” — foi igualmente geral a leitura das<br />

narradoras, assumindo que na Condição <strong>de</strong> Domésticas a organização é fundamental porque,<br />

para além <strong>de</strong> assegurar as tarefas <strong>de</strong> casa, estas também são gestoras dos recursos económicos<br />

da família, como planificam as refeições, o que (na sua gran<strong>de</strong> maioria) – acaba por<br />

condicionar os seus t<strong>em</strong>pos livres; Nível Analítico “Avaliação <strong>Social</strong> das Tarefas<br />

Domésticas” — mais uma vez, as narradoras concordam entre si que não existe, por parte da<br />

socieda<strong>de</strong>, qualquer valorização ou reconhecimento do trabalho realizado pela mulher<br />

Doméstica. Deste modo, foi também unânime a leitura feita pelas 8 Mulheres Domésticas:<br />

enten<strong>de</strong>m ser a educação um passo fundamental para atingir o tão necessitado<br />

reconhecimento; ora, para que tal se atinja é crucial que a mentalida<strong>de</strong> da socieda<strong>de</strong> esteja,<br />

também ela, apta para a mudança, porque a educação só se conseguirá se qu<strong>em</strong> educa<br />

valorizar o Trabalho e a Condição da Mulher Doméstica.<br />

Neste sentido, concluo: é preciso (re) valorizar as tarefas domésticas, <strong>de</strong> modo a que<br />

estas mulheres não se sintam “inúteis” perante a Condição <strong>de</strong> Domésticas que, muitas vezes<br />

é-lhes imposta, como foi possível verificar na presente investigação; e também,<br />

repensar/reavaliar as tarefas domésticas <strong>de</strong> modo a que não sejam entendidas como tarefas da<br />

mulher/género, sendo asseguradas por homens ou mulheres. Não basta ajudar a mulher<br />

Doméstica a realizar as tarefas <strong>de</strong> casa como se <strong>de</strong> um favor se tratasse, é necessário partilhar<br />

as tarefas domésticas.<br />

BIBLIOGRAFIA<br />

Almeida, Ana Nunes <strong>de</strong>. (1985). Trabalho f<strong>em</strong>inino e estratégias familiares. Análise <strong>Social</strong>,<br />

vol. XXI (85), 7-44.<br />

Almeida, Ana Nunes <strong>de</strong>. (1993). Mulheres e famílias operárias: a «esposa doméstica».<br />

Análise <strong>Social</strong>, vol. XXVIII (120), 105-132.<br />

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