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Dissertação de Mestrado em Serviço Social.pdf - Instituto Superior ...

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Trabalho Doméstico:<br />

Narrativas ex<strong>em</strong>plares <strong>de</strong> mulheres “Domésticas”<br />

marido da narradora encontra-se explicado no Ap. H – pp.110-114. Em traços muito gerais, o<br />

marido <strong>de</strong> Rita começou a per<strong>de</strong>r mobilida<strong>de</strong> e, a per<strong>de</strong>r também o controlo das suas acções,<br />

tendo sido registados alguns aci<strong>de</strong>ntes <strong>de</strong> viação; para além disso, o esquecimento também<br />

passou a ser frequente no seu quotidiano. Por entre muitas idas ao médico, o diagnóstico não<br />

era esclarecedor, até que Rita soube que o marido tinha Alzheimer. Ao acompanhar <strong>de</strong> perto<br />

o estado <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> <strong>de</strong>le, a narradora optou por arrendar a pastelaria, <strong>de</strong> modo a passar mais<br />

t<strong>em</strong>po com o marido. Esta não foi uma <strong>de</strong>cisão fácil pois, segundo nos disse, gostava muito<br />

do trabalho na pastelaria, no entanto, assume que o marido merece toda a sua <strong>de</strong>dicação, po<strong>de</strong><br />

por isso, enten<strong>de</strong>r-se que Rita adoptou uma Lógica <strong>de</strong> A<strong>de</strong>quação Passiva, tendo ela presente<br />

que, a situação não se po<strong>de</strong> alterar. Face a este acontecimento, percebeu-se que os hábitos e<br />

rotinas da narradora se alteraram completamente (Etapa 2 do M3). Isto porque, é a mesma a<br />

reconhecer que no presente, a realização das tarefas domésticas não é tão regular como era<br />

antes da <strong>de</strong>scoberta da doença do marido; as suas saídas <strong>de</strong> casa, são somente para ir à<br />

farmácia ou ao supermercado – não sai para tomar um café; não vai à Baixa da Banheira<br />

visitar a família pois, sabe o quanto o marido gostava <strong>de</strong> lá ir; e por sua vez, <strong>de</strong>ixa também <strong>de</strong><br />

cuidar <strong>de</strong> si, consi<strong>de</strong>rando, por ex<strong>em</strong>plo, que como não sai <strong>de</strong> casa, não precisa <strong>de</strong> comprar<br />

roupa nova, pois nunca lhe dará uso.<br />

Este, é por isso, um caso ex<strong>em</strong>plar do assumir <strong>de</strong> uma Estratégia Individual -<br />

Sacrifício Estratégico <strong>de</strong> Rita ao <strong>de</strong>dicar o seu t<strong>em</strong>po ao marido, reconhecendo que ele é<br />

merecedor <strong>de</strong> toda a sua <strong>de</strong>dicação.<br />

5.7. Interpretação Teorizante e Analítica do Caso <strong>de</strong> Maria CM<br />

O caso <strong>de</strong> Maria CM é analisado tendo <strong>em</strong> conta 2 Momentos Marcantes: o M1<br />

(1931-1951): “A Criança – filha, irmã, prima e neta num meio social carenciado”, com 3<br />

Etapas; e o M2 (1951-2012): “O Casamento, a Maternida<strong>de</strong> e a vida <strong>de</strong> casada”, composto<br />

por 3 Etapas (1 Fator <strong>de</strong> Mudança); (Ap. I – p.115).<br />

Esta, é uma Trajectória I<strong>de</strong>ntitária constant<strong>em</strong>ente marcada pela presença da figura<br />

paterna <strong>em</strong> todas as <strong>de</strong>cisões que diz<strong>em</strong> respeito ao T. S-I Laboral.<br />

Maria CM é uma mulher alentejana, nascida <strong>em</strong> 1930 na vila <strong>de</strong> Campo Maior,<br />

consi<strong>de</strong>rada “ a menina da família” (p.1;M1). Sabe-se que tinha 2 irmãos mas um faleceu<br />

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