Dissertação de Mestrado em Serviço Social.pdf - Instituto Superior ...
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Trabalho Doméstico:<br />
Narrativas ex<strong>em</strong>plares <strong>de</strong> mulheres “Domésticas”<br />
no caso <strong>de</strong>sta investigação. Segundo Paillé e Mucchielli (2003) uma análise <strong>de</strong>scritiva “ (…)<br />
sert <strong>de</strong> support à la recosntitution plus ou moins détaillée <strong>de</strong>s actes, évén<strong>em</strong>ents et<br />
expériences rapportés à l’intérieur du corpus à l´´etu<strong>de</strong>.” (I<strong>de</strong>m:Ibi<strong>de</strong>m). Desta feita, a<br />
escrita <strong>de</strong>scritiva 5 foi <strong>de</strong>senvolvida a partir da história <strong>de</strong> vida <strong>de</strong> cada narradora, mediante<br />
uma atenção à cronologia dos acontecimentos, tentando <strong>de</strong>finir os Momentos Marcantes da<br />
Trajetória I<strong>de</strong>ntitária <strong>de</strong> cada uma das mulheres alentejanas “Domésticas” (Toscano, 2008:<br />
189-235.). A escrita avaliativa, por sua vez, esteve presente <strong>em</strong> todo o processo analítico.<br />
Relativamente à escrita analítica, esta po<strong>de</strong> ser entendida como a “ (…) <strong>de</strong>scription pour<br />
prendre la forme d'essais plus conceptuels, se situant à une certaine distance du corpus<br />
analysé.” (Paillé e Mucchielli, 2003: 105). Sendo a análise qualitativa um processo muito<br />
faseado, ao chegar à escrita analítica o investigador <strong>de</strong>ve não per<strong>de</strong>r o essencial do corpus<br />
analisado mas sim, optar por conceptualizar a informação que <strong>de</strong>tém.<br />
É neste sentido que passamos a apresentar a Interpretação Teorizante e Analítica dos 8<br />
casos <strong>de</strong> mulheres “Domésticas”. Nesta fase do trabalho aprofundou-se o mo<strong>de</strong>lo analítico<br />
<strong>em</strong> torno dos Factores <strong>de</strong> Mudança; das Estratégias e Reacções I<strong>de</strong>ntitárias, como das<br />
Lógicas <strong>de</strong> Acção adotadas e dos Territórios Sócio-I<strong>de</strong>ntitários afectados, conforme proposto<br />
<strong>em</strong> Toscano, 2008 (3.ª parte).<br />
5.1. Interpretação Teorizante e Analítica do Caso <strong>de</strong> A.<br />
A Trajetória I<strong>de</strong>ntitária <strong>de</strong> A. po<strong>de</strong> ser analisada a partir <strong>de</strong> 3 Momentos Marcantes: o<br />
Momento 1 6 (1988-2007): “A Menina”, <strong>de</strong>sdobrado <strong>em</strong> 2 Etapas (1 Factor <strong>de</strong> Mudança); o<br />
M2 (2008-2012): “Casamento – <strong>de</strong> menina filha a mãe, esposa, mulher casada: a doméstica”,<br />
com 1 Etapa; e o M3 (2012): “O Futuro – Possível entrada na Universida<strong>de</strong>”, com 1 Etapa<br />
(Ap. C – p.43).<br />
A compreensão <strong>de</strong>ste percurso i<strong>de</strong>ntitário <strong>de</strong>monstra-nos claramente a existência <strong>de</strong><br />
uma Lógica <strong>de</strong> A<strong>de</strong>quação Não Passiva assumida por A. aquando da mudança do M1 para o<br />
5<br />
A análise <strong>de</strong>scritiva <strong>de</strong>senvolvida para cada caso po<strong>de</strong> ser confrontada nos respectivos apêndices. Deve ter-se<br />
<strong>em</strong> conta que, cada caso inicia a sua numeração na pág.1.<br />
6<br />
Futuramente abreviamos os Momentos por M seguido do número respetivo.<br />
6