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Dissertação de Mestrado em Serviço Social.pdf - Instituto Superior ...

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Trabalho Doméstico:<br />

Narrativas ex<strong>em</strong>plares <strong>de</strong> mulheres “Domésticas”<br />

documentos <strong>de</strong> natureza secundária 1 , <strong>de</strong> modo a que a investigadora encontrasse “respostas<br />

aos probl<strong>em</strong>as formulados” (I<strong>de</strong>m: 88). Portanto, procurou-se o esclarecimento <strong>de</strong> dúvidas<br />

acerca do t<strong>em</strong>a trabalho doméstico, b<strong>em</strong> como adquirir novos conhecimentos a respeito do<br />

mesmo.<br />

A Probl<strong>em</strong>ática <strong>de</strong>sta pesquisa mergulha fundamentalmente, na conceptualização do<br />

Trabalho Doméstico e da Dupla Tarefa, numa tentativa <strong>de</strong> compreensão do percurso da<br />

Mulher Doméstica <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o período da Revolução Industrial até aos dias <strong>de</strong> hoje. Des<strong>de</strong> cedo<br />

que a mulher começou a conciliar a Dupla Tarefa, sendo esta inicialmente uma prática mais<br />

frequente por parte das mulheres operárias <strong>de</strong>vido à sua condição económica <strong>de</strong>sfavorável<br />

(Almeida, 1985). Em contrapartida, a mulher burguesa <strong>de</strong>dicava-se ao cuidado da casa e à<br />

família (Ferreira, 1981). No entanto, com o passar do t<strong>em</strong>po e, mais recent<strong>em</strong>ente no seio da<br />

Socieda<strong>de</strong> D<strong>em</strong>ocrática e Pós-Mo<strong>de</strong>rna, assiste-se a diversas alterações da <strong>de</strong>nominação <strong>de</strong><br />

Doméstica, passando esta a ser consi<strong>de</strong>rada a “dona <strong>de</strong> casa” mo<strong>de</strong>rna; mais tar<strong>de</strong> entendida<br />

como pós dona <strong>de</strong> casa e, é com a entrada significativa da mulher no Mercado <strong>de</strong> Trabalho<br />

que se assiste <strong>de</strong> fato, ao assumir da Dupla Tarefa por parte da Mulher, in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nt<strong>em</strong>ente<br />

da sua classe social (Lipovetsky, 1997). 2<br />

Relativamente ao método <strong>de</strong> pesquisa adoptado para concretizar a nossa pesquisa<br />

sobre esta Probl<strong>em</strong>ática, é <strong>de</strong> <strong>de</strong>stacar a análise intensiva ou o método <strong>de</strong> estudo <strong>de</strong> casos,<br />

(Young, 1960) o qual, segundo Lúcia Martinelli, “é (…) a<strong>de</strong>quado para investigar (…) a<br />

vida <strong>de</strong> uma pessoa.” (1999: 46). Este método foi fundamental pois permitiu à investigadora<br />

conhecer e compreen<strong>de</strong>r as trajetórias <strong>de</strong> vida <strong>de</strong> mulheres alentejanas e o modo como estas<br />

avaliam o trabalho doméstico, através dos seus relatos <strong>de</strong> vida ex<strong>em</strong>plares. Martinelli (1999)<br />

assinala ainda que o estudo <strong>de</strong> caso permite ao investigador “promover a ruptura do senso<br />

comum, através <strong>de</strong> um processo <strong>de</strong> compreensão dos el<strong>em</strong>entos mais significativos,<br />

investigados com profundida<strong>de</strong>” (I<strong>de</strong>m: 46). Deste modo, com a investigação, foi possível<br />

minimizar i<strong>de</strong>ias pré concebidas acerca do t<strong>em</strong>a.<br />

1 Consi<strong>de</strong>rando que, os documentos bibliográficos po<strong>de</strong>m categorizar-se <strong>em</strong> três níveis, consoante a sua<br />

natureza: primários, secundários ou terciários, como asseguram Cervo e Bervian, os documentos são<br />

secundários “quando colhidos <strong>em</strong> relatórios, livros, revistas, jornais e outras fontes impressas, magnéticas ou<br />

eletrônicas.” (2002:88).<br />

2 Confrontar Apêndice A (pp.29-39), <strong>de</strong> modo a ler <strong>de</strong> forma mais <strong>de</strong>talhada a Revisão da Literatura e<br />

Fundamentação Teórico-Conceptual <strong>de</strong>sta investigação.<br />

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