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Guia de Divulgação Científica - Museu da Vida - Fiocruz

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A Internet é um bom lugar para começar. Tente usar sites<br />

confiáveis – por exemplo, sites acadêmicos ou governamentais<br />

ou sites oficiais <strong>de</strong> organizações não-governamentais (ONGs) e<br />

outros grupos <strong>de</strong> interesse. Consulte sites pessoais somente<br />

quando estiver convencido <strong>de</strong> sua confiabili<strong>da</strong><strong>de</strong>.<br />

Mesmo que você esteja escrevendo sobre um assunto que é a sua<br />

própria especiali<strong>da</strong><strong>de</strong>, é importante consi<strong>de</strong>rá-lo a partir do<br />

maior número possível <strong>de</strong> ângulos diferentes, inclusive aqueles<br />

<strong>de</strong> pessoas com perspectivas divergentes <strong>da</strong> sua própria. Isto<br />

significa extrair informações <strong>de</strong> to<strong>da</strong>s as principais partes <strong>de</strong><br />

uma discussão – não apenas fontes oficiais, como o governo,<br />

legisladores e publicações científicas, mas também socie<strong>da</strong><strong>de</strong>s<br />

eruditas, think tanks [grupos <strong>de</strong> especialistas que <strong>de</strong>senvolvem<br />

idéias sobre um <strong>da</strong>do tema e sugerem ações], acadêmicos e ONGs.<br />

Uma comunicação direta com as pessoas é a melhor maneira <strong>de</strong><br />

obter informações atualiza<strong>da</strong>s e, muitas vezes, evita gastar<br />

semanas mergulhando em relatórios <strong>de</strong> centenas <strong>de</strong> páginas.<br />

Pense na possibili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> fazer circular um artigo preparatório<br />

para todos os seus contatos potenciais, para informar seus objetivos<br />

e <strong>de</strong>screver em linhas gerais sua pesquisa e o respectivo cronograma.<br />

Se você tiver tempo, encontre-se pessoalmente com as pessoas<br />

cujos conselhos você está buscando – ou pelo menos converse<br />

com elas pelo telefone. E-mail é útil para fazer um contato<br />

inicial ou marcar reuniões, mas se você fizer perguntas por email,<br />

haverá espaço para atrasos, bem como interpretação<br />

equivoca<strong>da</strong>. É melhor conversar primeiro com as pessoas em<br />

‘tempo real’ e, então, finalizar qualquer <strong>de</strong>talhe pen<strong>de</strong>nte por<br />

e-mail, se necessário.<br />

Finalmente, mantenha registro <strong>da</strong>s pessoas com quem falou e<br />

quando. Se possível, redija minutas <strong>da</strong>s suas reuniões com os<br />

contatos enquanto ain<strong>da</strong> estiverem frescas na memória. Uma<br />

vantagem disto é que, se você tiver omitido algo, po<strong>de</strong>rá entrar<br />

em contato com as pessoas enquanto elas ain<strong>da</strong> lembram <strong>de</strong><br />

quem você é. Também evitará quaisquer confusões sobre quem<br />

disse o quê.<br />

Etapa 2: Re<strong>da</strong>ção<br />

Ao redigir um relato, é útil lembrar que, para ser eficiente, a<br />

experiência mostra que ele <strong>de</strong>ve passar pelo ‘teste do café <strong>da</strong><br />

manhã’ – isto é, se um político conseguiu i<strong>de</strong>ntificar seus pontos<br />

principais no tempo que leva para consumir um café <strong>da</strong> manhã<br />

apressado! Seu relato <strong>de</strong>ve ser auto-suficiente e o leitor não<br />

<strong>de</strong>ve precisar consultar outros documentos. Deve haver <strong>de</strong>talhes<br />

suficientes para aqueles que <strong>de</strong>sejam examinar a questão em<br />

maior profundi<strong>da</strong><strong>de</strong> e, ao mesmo tempo, <strong>de</strong>ve expressar os<br />

principais pontos <strong>de</strong> forma suscinta o bastante para que possa<br />

ser fácil e rapi<strong>da</strong>mente apreendido.<br />

Certifique-se <strong>de</strong> que a estrutura do documento é clara. Comece<br />

com um resumo geral que informe o leitor por que o assunto é<br />

relevante e oportuno e que <strong>de</strong>screva em linhas gerais as principais<br />

questões que serão discuti<strong>da</strong>s, na or<strong>de</strong>m em que serão apresenta<strong>da</strong>s.<br />

Você <strong>de</strong>ve se certificar <strong>de</strong> que o texto do relato contém algumas<br />

informações subsidiárias, mas não tantas que interrompam o<br />

fluxo principal do texto. Po<strong>de</strong> ser conveniente colocar quaisquer<br />

<strong>de</strong>talhes adicionais em quadros. No mínimo, se tiver escrito<br />

mais <strong>de</strong> uma página, certifique-se <strong>de</strong> que a primeira página tenha<br />

algo que chame a atenção do leitor. (Mencionar dinheiro na<br />

primeira página freqüentemente funciona bem!)<br />

A forma como o conteúdo principal do relato é estruturado<br />

obviamente <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> do tema, mas uma dica geral é usar muitos<br />

títulos. Estes orientam o leitor através do texto e aju<strong>da</strong>m a<br />

i<strong>de</strong>ntificar os pontos principais num relance. Texto sólido sem<br />

sinalizadores é <strong>de</strong>sagradável e difícil <strong>de</strong> digerir.<br />

Outro ponto a lembrar é evitar colocar informações <strong>de</strong>mais em<br />

anexos e notas <strong>de</strong> ro<strong>da</strong>pé; poucos leitores os consultarão.<br />

Finalmente, termine (ou inicie) com um resumo bem escrito.<br />

Lembre-se, po<strong>de</strong> ser que um político ou elaborador <strong>de</strong> políticas<br />

ocupado só tenha tempo, ou inclinação, para ler isto. Consi<strong>de</strong>re<br />

apresentar seu resumo como itens <strong>de</strong> uma lista. Desta maneira,<br />

eles po<strong>de</strong>rão ser mais facilmente lembrados.<br />

30<br />

Como escrevo relatos sintéticos sobre questões<br />

relaciona<strong>da</strong>s à ciência para formuladores <strong>de</strong> políticas?<br />

<strong>Guia</strong> <strong>de</strong> <strong>Divulgação</strong> <strong>Científica</strong><br />

Estilo<br />

Se a linguagem utiliza<strong>da</strong> num relato for <strong>de</strong>masiado seca e técnica,<br />

o leitor-alvo rapi<strong>da</strong>mente se ‘<strong>de</strong>sligará’ e se <strong>de</strong>sviará para algo<br />

mais interessante. Aqui estão algumas dicas para evitar isto:<br />

• Use sentenças curtas e parágrafos curtos. Lembre-se <strong>de</strong> que<br />

seu relato é essencialmente uma narrativa. Escreva <strong>de</strong> maneira<br />

que o leitor seja guiado pela sua história do início ao fim.<br />

• Evite usar jargão e acrônimos. Se precisar usá-los, inclua<br />

uma rápi<strong>da</strong> explicação no texto principal – ou, pelo menos,<br />

numa caixa que possa ser facilmente i<strong>de</strong>ntifica<strong>da</strong>.<br />

• Use figuras e gráficos em lugar <strong>de</strong> palavras – ou, no mínimo,<br />

para ilustrá-las, mas certifique-se <strong>de</strong> que estejam legen<strong>da</strong>dos<br />

<strong>de</strong> uma maneira clara e coerente, que não sejam complexos<br />

<strong>de</strong>mais e possam ser facilmente interpretáveis.<br />

• Defina to<strong>da</strong>s as uni<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> medi<strong>da</strong> e, on<strong>de</strong> possível, tente<br />

colocá-las no contexto ou, no mínimo, torne-as significativas.<br />

Por exemplo, se você disser que algo tem ‘poucos mícrons <strong>de</strong><br />

largura’, explique que um mícron é um milionésimo <strong>de</strong> metro e<br />

‘cerca <strong>de</strong> um centésimo <strong>da</strong> espessura <strong>de</strong> um cabelo humano’. Não<br />

diga 10 -6 metros, a menos que você também explique isso.<br />

Precisão<br />

As informações forneci<strong>da</strong>s <strong>de</strong>vem ser precisas, bem <strong>de</strong>fini<strong>da</strong>s e<br />

<strong>de</strong> fontes confiáveis. Lembre-se <strong>de</strong> que elas po<strong>de</strong>rão ser usa<strong>da</strong>s<br />

num <strong>de</strong>bate político ou para tomar <strong>de</strong>cisões políticas cruciais.<br />

Evite usar termos gerais como ‘gran<strong>de</strong>’ ou ‘a maioria <strong>de</strong>’ sem<br />

qualificação. Por exemplo, em lugar <strong>de</strong> dizer ‘uma gran<strong>de</strong><br />

quanti<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> radioativi<strong>da</strong><strong>de</strong> foi libera<strong>da</strong>’ consi<strong>de</strong>re dizer ‘A<br />

quanti<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> radioativi<strong>da</strong><strong>de</strong> libera<strong>da</strong> foi X vezes aquela

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