Caderno de Cinema do Professor 1 - Cultura é Currículo - Governo ...
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Pedro, Elizabeth Teixeira, interpretaria o seu próprio papel. O filme se chamaria<br />
“Cabra Marca<strong>do</strong> para Morrer” e chegou a ter duas semanas <strong>de</strong> filmagens,<br />
antes <strong>do</strong> golpe. Retoman<strong>do</strong> o trabalho em 1981, o diretor conseguiu<br />
localizar Elizabeth Teixeira. Mostrou-lhe material filma<strong>do</strong> em 1964 e filmou<br />
o <strong>de</strong>poimento <strong>de</strong>la sobre a dispersão <strong>de</strong> sua família após a interrupção <strong>do</strong><br />
filme. E o que era para ser uma ficção acabou se tornan<strong>do</strong> um <strong>do</strong>s mais<br />
premia<strong>do</strong>s <strong>do</strong>cumentários brasileiros.<br />
• Eduar<strong>do</strong> Coutinho <strong>é</strong> famoso pela profunda pesquisa que faz sobre a realida<strong>de</strong><br />
que preten<strong>de</strong> filmar. Por isso, O Fim e o Princípio foge <strong>de</strong> seus padrões,<br />
por ter si<strong>do</strong> produzi<strong>do</strong> sem nenhum levantamento anterior sobre o<br />
que seria grava<strong>do</strong>.<br />
Algumas possibilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> trabalho com o filme<br />
O Fim e o Princípio<br />
• Áreas curriculares: Linguagens e Códigos / Ciências Humanas<br />
• Sugestão <strong>de</strong> disciplinas: Língua Portuguesa / História / Geografia /<br />
Filosofia<br />
• Tema: Ética e Cidadania (registro <strong>de</strong> uma comunida<strong>de</strong>)<br />
Ativida<strong>de</strong>s<br />
1º momento<br />
Apresentar para os alunos os trechos <strong>do</strong> <strong>de</strong>poimento <strong>de</strong> Eduar<strong>do</strong> Coutinho,<br />
diretor <strong>do</strong> filme, sobre a experiência <strong>de</strong> ter grava<strong>do</strong> esse filme.<br />
Eu gosto muito da Paraíba, e não só porque foi on<strong>de</strong> filmei Cabra Marca<strong>do</strong><br />
para Morrer (1964-1984). Na Paraíba, historicamente, houve uma<br />
quantida<strong>de</strong> enorme <strong>de</strong> poetas populares. Mas po<strong>de</strong>ria ser noutro Esta<strong>do</strong><br />
<strong>do</strong> Nor<strong>de</strong>ste. Existe no sertão um talento oratório e uma qualida<strong>de</strong><br />
<strong>do</strong> imaginário que não se encontram em outros lugares. A riqueza <strong>é</strong><br />
tamanha que os assuntos em si viram secundários. Para fazer um filme<br />
<strong>de</strong> fala, eu supunha, o melhor seria no sertão.<br />
Fonte: http://www.nor<strong>de</strong>steweb.com/not10_1205/ne_not_20051119a.htm<br />
A partir <strong>de</strong>sse comentário, discuta com os alunos o significa<strong>do</strong> <strong>de</strong> “um talento<br />
oratório e uma qualida<strong>de</strong> <strong>do</strong> imaginário”.<br />
Em outro trecho <strong>do</strong> <strong>de</strong>poimento, Coutinho <strong>de</strong>clarou: “Sem a Rosa, não teríamos<br />
filme, ou ao menos, esse filme”. Discuta com os alunos:<br />
• Quais são o papel e a importância <strong>de</strong> Rosa no filme?<br />
• Como era o jeito <strong>de</strong> Rosa quan<strong>do</strong> se aproximava das pessoas que seriam<br />
entrevistadas?<br />
• Por que <strong>é</strong> importante rememorar e registrar os fatos?<br />
• O que <strong>de</strong>fine um <strong>do</strong>cumentário?<br />
• Que outros <strong>do</strong>cumentários os alunos conhecem?<br />
2º momento<br />
Com base nas frases ditas pelos personagens <strong>do</strong> filme, os alunos<br />
po<strong>de</strong>riam, em grupos, discutir e registrar o senti<strong>do</strong> <strong>de</strong> cada frase.<br />
• Minha vida era nas carreiras, trabalhan<strong>do</strong>.<br />
• Quem reza não se ven<strong>de</strong>, ven<strong>de</strong>?<br />
• Eu digo, a nossa vida <strong>é</strong> um parafuso...<br />
• Tu<strong>do</strong> no mun<strong>do</strong> a gente tem que pensar um pouco.<br />
• Hoje eu estou sem pontuação para nada.<br />
• Eu não sei o que <strong>é</strong> raiva.<br />
• Ele dizia que on<strong>de</strong> estava o bem, estava o mal, os <strong>do</strong>is andam juntos.<br />
• O ter <strong>é</strong> uma preocupação gran<strong>de</strong>.<br />
• E quem <strong>é</strong> o mun<strong>do</strong>? Não somos nós?<br />
• Eu sou que nem o vento, uma folha seca, o vento<br />
me leva.<br />
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