Caderno de Cinema do Professor 1 - Cultura é Currículo - Governo ...
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• Al<strong>é</strong>m <strong>de</strong> escrever roteiros e dirigir, Woody Allen costuma atuar em seus<br />
filmes.<br />
• A Rosa Púrpura <strong>do</strong> Cairo <strong>é</strong> consi<strong>de</strong>rada uma das mais belas homenagens<br />
feitas ao cinema.<br />
Algumas possibilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> trabalho com o filme<br />
A Rosa Púrpura <strong>do</strong> Cairo<br />
• Áreas curriculares: Linguagens e Códigos / Ciências Humanas<br />
• Sugestão <strong>de</strong> disciplinas: Língua Portuguesa / Arte / História / Filosofia<br />
• Tema: Pluralida<strong>de</strong> <strong>Cultura</strong>l - Metalinguagem e Figuras <strong>de</strong> Linguagem<br />
Orientações preliminares<br />
Com A Rosa Púrpura <strong>do</strong> Cairo, os professores po<strong>de</strong>m trabalhar, a partir da<br />
construção <strong>de</strong> sua narrativa e, tamb<strong>é</strong>m, por interm<strong>é</strong>dio das figuras <strong>de</strong> linguagem,<br />
o <strong>de</strong>slocamento <strong>de</strong> situações espaço-temporais, alterações no tempo e<br />
no espaço, a mudança <strong>de</strong> senti<strong>do</strong> das palavras, usan<strong>do</strong>, por exemplo, figuras<br />
<strong>de</strong> linguagem como a alegoria (uma representação figurativa que transmite<br />
um significa<strong>do</strong> outro em adição ao literal), a metáfora (figura <strong>de</strong> estilo que consiste<br />
na comparação entre <strong>do</strong>is elementos por meio <strong>de</strong> seus significa<strong>do</strong>s imag<strong>é</strong>ticos,<br />
causan<strong>do</strong> o efeito <strong>de</strong> atribuição “inesperada” ou improvável <strong>de</strong> significa<strong>do</strong>s<br />
<strong>de</strong> um termo a outro), e a metonímia (emprego <strong>de</strong> um termo por outro,<br />
dada a relação <strong>de</strong> semelhança ou a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> associação entre eles).<br />
Ativida<strong>de</strong>s<br />
É relevante que os alunos conheçam sobre um <strong>do</strong>s nomes mais importantes<br />
da história <strong>do</strong> cinema: Woody Allen. Nesse senti<strong>do</strong>, peça para eles pesquisarem,<br />
em diferentes fontes, sobre sua cinematografia, socializan<strong>do</strong> as informações<br />
com os colegas. Igualmente importante <strong>é</strong> apresentar a ficha t<strong>é</strong>cnica<br />
<strong>do</strong> filme para os alunos.<br />
Após terem assisti<strong>do</strong> ao filme, os professores po<strong>de</strong>m promover uma discus-<br />
são das seguintes questões com os alunos: O que seria real? O que seria ficção?<br />
O que seria realida<strong>de</strong>? E fantasia, fabulação, sonho? É possível nos <strong>de</strong>slocarmos<br />
para um outro tempo-espaço imaginário? É possível nos <strong>de</strong>slocarmos <strong>de</strong> nossa<br />
realida<strong>de</strong>? Em que medida? Qual e como seria o “passaporte” para esse <strong>de</strong>slocamento?<br />
Que “figuras <strong>de</strong> linguagem” po<strong>de</strong>mos reconhecer nesse filme?<br />
Algumas sugestões que po<strong>de</strong>m embasar essa ativida<strong>de</strong>:<br />
Explorar algumas passagens <strong>do</strong> filme que mesclam a relação entre aquilo<br />
que <strong>é</strong> real e ficcional; por exemplo, no momento em que a personagem<br />
Tom Braxter, <strong>de</strong> <strong>de</strong>ntro <strong>do</strong> filme A Rosa Púrpura <strong>do</strong> Cairo, passa<strong>do</strong> no cinema<br />
<strong>de</strong> Nova Jersey, fala com a cin<strong>é</strong>fila Cecília – viciada em filmes hollywoodianos.<br />
To<strong>do</strong> esse <strong>de</strong>bate em torno <strong>do</strong> reconhecimento <strong>de</strong> figuras <strong>de</strong> linguagem<br />
po<strong>de</strong> ser conduzi<strong>do</strong> pelo professor <strong>de</strong> Língua Portuguesa.<br />
Trabalhar com a linguagem cinematográfica, discutin<strong>do</strong>, por exemplo, o<br />
quanto, nas artes visuais, artistas tamb<strong>é</strong>m se apropriaram <strong>de</strong> outras obras <strong>de</strong><br />
arte para realizar as suas. Nesse senti<strong>do</strong>, a arte tratan<strong>do</strong> da própria arte como<br />
assunto ou tema. Pablo Picasso (1881-1973), um artista <strong>do</strong> s<strong>é</strong>culo XX, por<br />
exemplo, faz referência em suas obras a outros artistas <strong>do</strong> s<strong>é</strong>culo XVII, como<br />
Diego Velázquez (1599-1660). Uma operação que dialoga com a colagem, a<br />
apropriação e “citação”.<br />
Trabalhar o perío<strong>do</strong> da Gran<strong>de</strong> Depressão nos Esta<strong>do</strong>s Uni<strong>do</strong>s, a situação<br />
socioeconômica em que cida<strong>de</strong>s como Nova Jersey se encontravam naquele<br />
momento histórico: pessoas <strong>de</strong>sempregadas, parques e construções<br />
<strong>de</strong>sativadas, ambientes presentes no filme. Al<strong>é</strong>m disso,<br />
vale a pena discutir com os alunos sobre o papel ambíguo <strong>do</strong><br />
cinema: escapismo que aliena as pessoas e sonho diante <strong>de</strong><br />
uma realida<strong>de</strong> miserável. Nesse particular, po<strong>de</strong> ser feita<br />
uma comparação com as nossas telenovelas.<br />
20 <strong>Ca<strong>de</strong>rno</strong> <strong>de</strong> <strong>Cinema</strong> <strong>do</strong> <strong>Professor</strong> – Um Luz, Câmera... Educação! 21