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ideias entram nela. Todas as qualidades que podem ser predicadas de alguma coisa podem ser atribuídas a um ou mais dessas Gunas. Tamas é trevas, inércia, indolência, ignorância, morte e similares; Rajas é energia, excitação, fogo, brilho, agitação; Sattvas é calma, inteligência, lucidez e equilíbrio. Correspondem às três principais castas hindus. Um dos mais importantes aforismos da filosofia hindu é: “as Gunas giram”. Isto significa que de acordo com a doutrina da mudança contínua nada é capaz de permanecer em qualquer fase em que uma dessas Gunas é predominante; não importa quão densa e inerte essa coisa possa ser, um tempo virá no qual começará a agitar-se. O fim e a recompensa do esforço é um estado de lúcida quietude, o qual, entretanto, tende por fim a se afundar na inércia original. As Gunas são representadas na filosofia europeia pelas três qualidades, enxofre, mercúrio e sal, já retratadas nos Atus I, III e IV. Mas nesta carta a atribuição é um tanto diferente. A esfinge é composta dos quatro Kerubs exibidos no Atu V, o touro, o leão, a águia e o homem. Estes correspondem, adicionalmente, às quatro virtudes mágicas: saber, querer, ousar e manter silêncio. 42 Esta esfinge representa o elemento enxofre e é exaltada, temporariamente, sobre o cimo da roda. Está armada de uma espada curta de tipo romano, segura ereta entre as patas do leão. Subindo o lado esquerdo da roda vê-se Hermanúbis, que representa o mercúrio alquímico. Ele é um deus composto, mas o elemento símio predomina nele. Do lado direito, precipitando-se para baixo, vê-se Tífon, que representa o elemento sal. Contudo, nestas figuras há também certo grau de complexidade, pois Tífon era um monstro do mundo primitivo que personificava o poder destrutivo e a fúria de vulcões e tufões. Na lenda, ele tentou lograr suprema autoridade tanto sobre deuses quanto seres humanos, mas Zeus o destruiu mediante um raio. Dizia-se ser ele o pai dos ventos tempestuosos, quentes e venenosos, e também das harpias. Mas esta carta, como o Atu XVI pode também ser interpretada como uma unidade de suprema realização e deleite. Os raios que destroem, também geram; e a roda pode ser considerada como o olho de Shiva, cuja abertura aniquila o universo, ou como uma roda sobre o Carro de Jaganath, cujos devotos atingem a perfeição no momento em que ela os esmaga. Uma descrição desta carta tal como aparece em The Vision and the Voice, com certos significados interiores, é dada em um Apêndice. 42 Estes são os quatro elementos, somados a um quinto, espírito, para formar o pentagrama, e a virtude mágica correspondente é Ire, ir. “Ir” é o sinal da divindade, como explicado em referência à correia de sandália ou Ankh, a crux ansata, que por sua vez, é idêntica ao símbolo astrológico de Vênus, compreendendo as dez Sephiroth (ver diagrama). 94
XI ‒ VOLÚPIA Este trunfo era chamado anteriormente de Força. Mas ele implica em muitíssimo mais do que força no sentido ordinário da palavra. Uma análise técnica mostra que o caminho que corresponde a esta carta não é a força de Geburah, mas a influência proveniente de Chesed sobre Geburah, o caminho equilibrado tanto vertical quanto horizontalmente na Árvore da Vida (ver diagrama). Por esta razão, julgou-se melhor mudar o título tradicional. Volúpia sugere não apenas força, mas inclusive a alegria da força exercida. Trata-se de vigor e do arrebatamento do vigor. “Saí, oh crianças, sob as estrelas, & tomai vossa fartura de amor! Eu estou acima de vós e em vós. Meu êxtase está no vosso. Minha alegria é ver vossa alegria.” “Beleza e força, gargalhada e langor delicioso, força e fogo são de nós.” “Eu sou a Serpente que dá Conhecimento & Deleite e glória brilhante, e agita o coração dos homens com embriaguez. Para me adorar, tomai vinho e drogas estranhas das quais Eu direi ao meu profeta, & embebedai-vos deles. Eles não vos ferirão em nada. Isto é uma mentira, esta tolice contra o ser. A exposição de inocência é uma mentira. Sê forte, oh homem! deseja, aproveita todas as coisas de sentido e êxtase: não temas que Deus algum te negue por isto.” “Vede, estes são graves mistérios; pois há também amigos meus que são eremitas. Agora, não penseis em encontrá-los na floresta ou na montanha; mas em camas de 95
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po<strong>de</strong>m ser atribuídas a um ou mais <strong>de</strong>ssas Gunas. Tamas é trevas, inércia, indolência,<br />
ignorância, morte e similares; Rajas é energia, excitação, fogo, brilho, agitação; Sattvas<br />
é calma, inteligência, luci<strong>de</strong>z e equilíbrio. Correspon<strong>de</strong>m às três principais castas<br />
hindus.<br />
Um dos mais importantes aforismos da filosofia hindu é: “as Gunas giram”. Isto<br />
significa que <strong>de</strong> acordo com a doutrina da mudança contínua nada é capaz <strong>de</strong><br />
permanecer em qualquer fase em que uma <strong>de</strong>ssas Gunas é predominante; não importa<br />
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fim e a recompensa do esforço é um estado <strong>de</strong> lúcida quietu<strong>de</strong>, o qual, entretanto, ten<strong>de</strong><br />
por fim a se afundar na inércia original.<br />
As Gunas são representadas na filosofia europeia pelas três qualida<strong>de</strong>s, enxofre,<br />
mercúrio e sal, já retratadas nos Atus I, III e IV. Mas nesta carta a atribuição é um tanto<br />
diferente. A esfinge é composta dos quatro Kerubs exibidos no Atu V, o touro, o leão, a<br />
águia e o homem. Estes correspon<strong>de</strong>m, adicionalmente, às quatro virtu<strong>de</strong>s mágicas:<br />
saber, querer, ousar e manter silêncio. 42 Esta esfinge representa o elemento enxofre e é<br />
exaltada, temporariamente, <strong>sobre</strong> o cimo da roda. Está armada <strong>de</strong> uma espada curta <strong>de</strong><br />
tipo romano, segura ereta entre as patas do leão.<br />
Subindo o lado esquerdo da roda vê-se Hermanúbis, que representa o mercúrio<br />
alquímico. Ele é um <strong>de</strong>us composto, mas o elemento símio predomina nele.<br />
Do lado direito, precipitando-se para baixo, vê-se Tífon, que representa o<br />
elemento sal. Contudo, nestas figuras há também certo grau <strong>de</strong> complexida<strong>de</strong>, pois<br />
Tífon era um monstro do mundo primitivo que personificava o po<strong>de</strong>r <strong>de</strong>strutivo e a fúria<br />
<strong>de</strong> vulcões e tufões. Na lenda, ele tentou lograr suprema autorida<strong>de</strong> tanto <strong>sobre</strong> <strong>de</strong>uses<br />
quanto seres humanos, mas Zeus o <strong>de</strong>struiu mediante um raio. Dizia-se ser ele o pai dos<br />
ventos tempestuosos, quentes e venenosos, e também das harpias. Mas esta carta, como<br />
o Atu XVI po<strong>de</strong> também ser interpretada como uma unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> suprema realização e<br />
<strong>de</strong>leite. Os raios que <strong>de</strong>stroem, também geram; e a roda po<strong>de</strong> ser consi<strong>de</strong>rada como o<br />
olho <strong>de</strong> Shiva, cuja abertura aniquila o universo, ou como uma roda <strong>sobre</strong> o Carro <strong>de</strong><br />
Jaganath, cujos <strong>de</strong>votos atingem a perfeição no momento em que ela os esmaga.<br />
Uma <strong>de</strong>scrição <strong>de</strong>sta carta tal como aparece em The Vision and the Voice, com<br />
certos significados interiores, é dada em um Apêndice.<br />
42 Estes são os quatro elementos, somados a um quinto, espírito, para formar o pentagrama, e a virtu<strong>de</strong><br />
mágica correspon<strong>de</strong>nte é Ire, ir. “Ir” é o sinal da divinda<strong>de</strong>, como explicado em referência à correia <strong>de</strong><br />
sandália ou Ankh, a crux ansata, que por sua vez, é idêntica ao símbolo astrológico <strong>de</strong> Vênus,<br />
compreen<strong>de</strong>ndo as <strong>de</strong>z Sephiroth (ver diagrama).<br />
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