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Aleister Crowley - Download de livros sobre magia, ocultismo ...

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chamas azuis torcidas, simbolizadoras <strong>de</strong> seu nascimento da água, o feminino, elemento<br />

fluido. Em sua mão direita ela segura o lótus <strong>de</strong> Ísis, o lótus representando o feminino<br />

ou po<strong>de</strong>r passivo; suas raízes estão na terra sob a água, ou na própria água, mas ele abre<br />

suas pétalas para o Sol cuja imagem é o bojo do cálice. É, portanto, uma forma viva do<br />

Cálice Sagrado (O Santo Graal) santificada pelo sangue do Sol. Empoleirados nas<br />

colunas <strong>de</strong> apoio em forma <strong>de</strong> chama <strong>de</strong> seu trono estão duas <strong>de</strong> suas aves mais<br />

sagradas, o pardal e a pomba. O ponto essencial <strong>de</strong>ste simbolismo precisa ser buscado<br />

nos poemas <strong>de</strong> Catulo e Marcial. Há abelhas <strong>sobre</strong> seu manto e também dominós,<br />

circundados por linhas espirais contínuas. A significação é similar em toda parte.<br />

Em torno <strong>de</strong>la, como um cinto, se acha o zodíaco.<br />

Sob o trono há um piso coberto <strong>de</strong> tapeçaria bordada com flores-<strong>de</strong>-lis e peixes, os<br />

quais parecem estar adorando a rosa secreta, que é mostrada à base do trono. A<br />

significação <strong>de</strong>stes símbolos já foi explicada. Nesta carta todos os símbolos são<br />

cognatos <strong>de</strong>vido à simplicida<strong>de</strong> e pureza do emblema. Não há aqui nenhuma<br />

contradição; a oposição que parece existir é apenas a oposição necessária ao equilíbrio,<br />

o que é indicado pelas luas giratórias.<br />

A heráldica da Imperatriz é dupla: <strong>de</strong> um lado o pelicano da tradição alimentando<br />

seus filhotes do sangue <strong>de</strong> seu próprio coração, do outro, a águia branca do alquimista.<br />

Com referência ao pelicano, seu simbolismo total só estava disponível para<br />

iniciados do quinto grau da O.T.O. Em termos gerais, po<strong>de</strong>-se sugerir o significado<br />

i<strong>de</strong>ntificando-se o próprio pelicano fêmea com a Gran<strong>de</strong> Mãe e sua prole, com a Filha<br />

na fórmula do Tetragrammaton. É porque a filha é a filha <strong>de</strong> sua mãe que ela po<strong>de</strong> ser<br />

guindada ao seu trono. Em outras palavras, há uma continuida<strong>de</strong> da vida, uma herança<br />

<strong>de</strong> sangue, que junta todas as formas da natureza. Não há ruptura entre luz e trevas.<br />

Natura non facit saltum. 36 Se estas consi<strong>de</strong>rações fossem inteiramente entendidas,<br />

possibilitaria a reconciliação da teoria quântica com as equações eletromagnéticas.<br />

A águia branca neste trunfo correspon<strong>de</strong> à águia vermelha da carta-consorte, O<br />

Imperador. Aqui é preciso trabalhar em sentido inverso, pois nestas cartas mais elevadas<br />

se acham os símbolos da perfeição; tanto a perfeição inicial da natureza quanto a<br />

perfeição final da arte; não apenas Ísis, mas também Néftis. Consequentemente, as<br />

minúcias do trabalho pertencem a cartas subsequentes, especialmente Atu VI e Atu<br />

XIV.<br />

Ao fundo da carta está o arco ou porta, que é a interpretação da letra Daleth. Esta<br />

carta, em síntese, po<strong>de</strong> ser <strong>de</strong>nominada Porta do Céu. Contudo, <strong>de</strong>vido à beleza do<br />

símbolo, <strong>de</strong>vido à sua apresentação omniforme, o estudante que está <strong>de</strong>slumbrado por<br />

qualquer dada manifestação po<strong>de</strong> extraviar-se. Em nenhuma outra carta é tão necessário<br />

<strong>de</strong>sconsi<strong>de</strong>rar as partes para se concentrar no todo.<br />

36 Em latim no original, A natureza não dá saltos (NT).<br />

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