Aleister Crowley - Download de livros sobre magia, ocultismo ...
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cristã primitiva. Este assunto é tratado com certos <strong>de</strong>talhes em Payne Knight, on<strong>de</strong> a<br />
origem do símbolo e o significado do nome são investigados. Von Hammer-Purgstall<br />
estava seguramente certo ao supor Baphomet uma forma do <strong>de</strong>us-touro, ou melhor, o<br />
<strong>de</strong>us matador <strong>de</strong> Discos, Mithras, pois Baphomet <strong>de</strong>veria ser escrito com um “r” no<br />
final, sendo assim claramente uma corruptela que significa Pai Mithras. Há aqui<br />
também uma conexão com o asno, pois foi como um <strong>de</strong>us <strong>de</strong> cabeça <strong>de</strong> asno que se<br />
tornou um objeto <strong>de</strong> veneração por parte dos Templários.<br />
Os cristãos primitivos também foram acusados <strong>de</strong> venerar um asno ou <strong>de</strong>us <strong>de</strong><br />
cabeça <strong>de</strong> asno, e isto, mais uma vez, está relacionado ao asno selvagem do <strong>de</strong>serto, o<br />
<strong>de</strong>us Set, i<strong>de</strong>ntificado com Saturno e Satã (ver Atu XV). Ele é o sul, como Nuit é o<br />
norte: os egípcios possuíam um <strong>de</strong>serto e um oceano nesses quadrantes.<br />
RESUMO<br />
Pareceu conveniente abordar separadamente tais formas principais da i<strong>de</strong>ia do<br />
Louco, mas nenhuma tentativa foi feita, ou <strong>de</strong>veria ser feita, no sentido <strong>de</strong> impedir a<br />
justaposição e fusão das lendas. As variações da expressão, mesmo quando<br />
contraditórias na aparência, <strong>de</strong>vem conduzir a uma apreensão intuitiva do símbolo por<br />
meio <strong>de</strong> uma sublimação e transcendência do intelectual. Todos estes símbolos dos<br />
trunfos em última análise existem numa região além da razão e acima <strong>de</strong>la. O estudo<br />
<strong>de</strong>stas cartas tem como objetivo mais importante o treinamento da mente <strong>de</strong> modo a<br />
pensar com clareza e coerência <strong>de</strong>ssa maneira exaltada.<br />
Isto sempre foi característico dos métodos <strong>de</strong> iniciação tais como entendidos pelos<br />
hierofantes.<br />
No período confuso, dogmático do materialismo vitoriano, foi necessário à ciência<br />
<strong>de</strong>sacreditar todas as tentativas <strong>de</strong> transcen<strong>de</strong>r o modo racionalista <strong>de</strong> abordagem da<br />
realida<strong>de</strong>; e, não obstante, foi o progresso da própria ciência que reintegrou esses<br />
diferenciais. A partir do próprio começo <strong>de</strong>ste século, a ciência prática do mecânico e<br />
do engenheiro foi constrangida mais e mais a <strong>de</strong>scobrir sua justificativa teórica na física<br />
matemática.<br />
A matemática tem sido sempre a mais severa, abstrata e lógica das ciências.<br />
Contudo, mesmo na matemática relativamente precoce do garoto <strong>de</strong> escola, o<br />
conhecimento tem que ser extraído do irreal e do irracional. Os números irracionais e as<br />
séries infinitas são as próprias formas radicais do pensamento matemático avançado. A<br />
apoteose da física matemática é agora a admissão do malogro em <strong>de</strong>scobrir a realida<strong>de</strong><br />
em qualquer i<strong>de</strong>ia inteligível isolada. A mo<strong>de</strong>rna resposta à questão O que é alguma<br />
coisa? é que é relativamente a uma ca<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> <strong>de</strong>z i<strong>de</strong>ias, qualquer uma <strong>de</strong>las que possa<br />
ser interpretada em termos das restantes. Os gnósticos teriam, sem dúvida, chamado isso<br />
<strong>de</strong> “uma ca<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> <strong>de</strong>z Æons”. Essas <strong>de</strong>z i<strong>de</strong>ias não <strong>de</strong>vem <strong>de</strong> modo algum ser<br />
consi<strong>de</strong>radas como aspectos <strong>de</strong> alguma realida<strong>de</strong> ao fundo. Da mesma maneira que a<br />
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