10.05.2013 Views

Aleister Crowley - Download de livros sobre magia, ocultismo ...

Aleister Crowley - Download de livros sobre magia, ocultismo ...

Aleister Crowley - Download de livros sobre magia, ocultismo ...

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

A justeza da troca revela-se evi<strong>de</strong>nte quando se consi<strong>de</strong>ra a etimologia. É natural<br />

que a Gran<strong>de</strong> Mãe <strong>de</strong>va ser atribuída a Hé, que é a sua letra no Tetragrammaton,<br />

enquanto que a letra Tzaddi é a letra natural <strong>de</strong> O Imperador no sistema fonético<br />

original, como é indicado nas palavras Tsar, Czar, Kaiser, Caesar, Senior, Seigneur,<br />

Señor, Signor, Sir.<br />

O TARÔ E A MAGIA<br />

A <strong>magia</strong> é a ciência e arte <strong>de</strong> fazer com que ocorra mudança em conformida<strong>de</strong><br />

com a vonta<strong>de</strong>. Em outras palavras, a <strong>magia</strong> é ciência, pura e aplicada.<br />

Esta tese foi <strong>de</strong>senvolvida extensivamente pelo Dr. Sir J.G. Frazer. Mas na<br />

linguagem corrente, a palavra <strong>magia</strong> tem sido usada com o significado do tipo <strong>de</strong><br />

ciência que as pessoas comuns não compreen<strong>de</strong>m. É neste sentido restrito, na maioria<br />

das partes, que essa palavra será empregada neste ensaio.<br />

O negócio da ciência é explorar a natureza. Suas primeiras perguntas são: O que é<br />

isto? Como se constituiu? Quais são suas relações com outros objetos? O conhecimento<br />

adquirido po<strong>de</strong> então ser usado na ciência aplicada, que indaga: Como po<strong>de</strong>mos<br />

empregar da melhor forma esta ou aquela coisa ou i<strong>de</strong>ia para o propósito que nos parece<br />

a<strong>de</strong>quado? Um exemplo po<strong>de</strong> esclarecer isto.<br />

Os gregos da antiguida<strong>de</strong> estavam cientes <strong>de</strong> que pelo friccionamento <strong>de</strong> âmbar<br />

(que eles <strong>de</strong>nominavam electron) na seda aquele adquiria o capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> atrair para si<br />

objetos leves como pedacinhos <strong>de</strong> papel. Mas eles pararam por aí. Sua ciência teve seus<br />

olhos vendados por teorias teológicas e filosóficas do tipo a priori. Foram precisos<br />

bem mais <strong>de</strong> 2.000 anos para que esse fenômeno fosse correlacionado com outros<br />

fenômenos elétricos. A i<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> medição era mal conhecida por quem quer que seja<br />

salvo por matemáticos como Arquime<strong>de</strong>s e astrônomos. Os fundamentos da ciência,<br />

como é entendida hoje, foram efetivamente formulados há não mais que duzentos anos.<br />

Havia uma imensa quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> conhecimento, mas era quase todo ele qualitativo. A<br />

classificação dos fenômenos <strong>de</strong>pendia principalmente <strong>de</strong> analogias poéticas. As<br />

doutrinas das correspondências e assinaturas eram baseadas em semelhanças<br />

fantásticas. Cornélio Agrippa escreveu <strong>sobre</strong> a antipatia entre um golfinho e um<br />

remoinho <strong>de</strong> água. Se uma meretriz se sentava sob uma oliveira, esta não daria mais<br />

frutos. Se alguma coisa parecia com alguma outra coisa, passava a participar <strong>de</strong> alguma<br />

forma misteriosa <strong>de</strong> suas qualida<strong>de</strong>s.<br />

Hoje em dia, isso soa como mera ignorância supersticiosa e absurdo, mas não se<br />

trata disto em absoluto. O antigo sistema <strong>de</strong> classificação era às vezes bom, às vezes<br />

ruim, <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> seus limites. Mas em caso algum ele ia realmente muito longe. A<br />

engenhosida<strong>de</strong> natural <strong>de</strong> seus filósofos naturais, <strong>de</strong> fato, compensava largamente a<br />

<strong>de</strong>bilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> suas teorias, e acabou finalmente por levá-los (especialmente através da<br />

46

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!